geografia a 10º [(radiaÇÃo solar) - resumo] (rp)

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  • 7/30/2019 GEOGRAFIA A 10 [(RADIAO SOLAR) - RESUMO] (RP)

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    EN SI NO SEC UN DRIO rea Curricular de Geograf ia [2011/2012] MDULO 2.2 - A RADIAO SOLAR [RESUMO]

    1. Processos atmosfricos

    A principal fonte de energia

    da Terra o Sol. Sem a

    energia de dele provm

    (radiao solar) o nosso

    planeta seria gelado e no

    teria vida. Assim, graas

    a ela que acionado o

    motor que pe em funcio-namento todos os fenme-

    nos fsicos e qumicos

    superfcie da Terra.

    Conceitos importantes:

    - constante solar: quantidade de energia solar recebida no limite superior da atmosfera, numasuperfcie de 1 cm 2 (valor mdio 2 cal/1 cm 2 /m).

    Da energia solar recebida no limite superior da atmosfera, cerca de metade perde-se aoatravessar a atmosfera, devido :

    - absoro: reteno de energia realizada por diversos agentes atmosfricos (vapor de gua,dixido de carbono, ozono, poeiras, ). Corresponde a cerca de 19%.

    - reflexo: reenvio de energia para o espao, aps ter incidido numa superfcie (nuvens,diferentes reas da superfcie terrestre).

    - albedo:

    - difuso: disperso da radiao solarem vrias direes, provoca-da pela existncia de mol-culas, gases, poeiras egotculas em suspenso.

    - radiao difusa: parte da radiaodispersa pelo pro-cesso da difuso que, por processos indiretos, atinge a superfcie terrestre.

    - radiao solar global (51%): radiao solar total que atinge a superfcie terrestre, quer deforma direta quer de forma indireta (radiao difusa).

    - radiao terrestre: energia calorfica (calor) que a Terra emite.

    - equilbrio trmico: corresponde situao de igualdade que resulta da diferena entre a energiarecebida (radiao solar global) e a radiao terrestre.

    - corresponde energia refletidapor um corpo, em relao energia que nele incidiu.

    - revela valores muito elevados na neve e nas nuvens.

    - apresenta valores mais baixos

    nas florestas densas esuperfcies lquidas (oceanos).

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    Professor: Rui Pimenta (janeiro 2012) p. 2 de 4

    2. Variao da radiao solarApesar de existir equilbrio energtico a nvel global, h diferenas entre as diversas regies da Terra.

    A regio do globo em que Portugal se situa(Zona Temperada do Hemisfrio Norte),corresponde quase na totalidade s reas do

    globo em que, globalmente, a radiao solarglobal inferior radiao terrestre, o quecorresponde a uma situao de dficeenergtico (regies acima do 40 de latitude).

    A quantidade de energia recebida por unidadede superfcie varia segundo a latitude, devidosobretudo forma arredondada da Terra e inclinao do seu eixo em relao ao plano derbita, que fazem variar o ngulo de incidnciada luz solar e o tempo de exposio radiaosolar.

    A saber:

    A radiao solar varia ainda consoante a durao do dia natural (perodo iluminado do dia) e ainsolao (perodo de tempo em que o Sol se encontra descoberto, geralmente expresso em n dehoras por dia ou por ano). Assim, sempre que o dia natural ou a insolao aumentam, a radiaosolar tambm aumenta.

    Por ltimo, o relevo tambm interfere na radiao solar recebida, quer como consequncia da altitude(sempre que a altitude aumenta a temperatura diminui 6 C por cada km gradiente trmico), quercomo consequncia da orientao do relevo: vertentes soalheiras (voltadas a Sul, no hemisfrioNorte) recebem radiao solar durante mais tempo e ou os ngulos de incidncia so maiores;vertentes umbrias vice-versa.

    3. Distribuio geogrfica da radiao solarSe atendermos distribuio geo-grfica:

    - o ngulo de incidncia aumenta com a diminuio da latitude, isto , dos plos para o equador.- quanto maior o ngulo de incidncia, menor a superfcie que recebe a radiao, o que

    implica uma maior quantidade de energia recebida por unidade de superfcie, o que contribuipara valores de temperatura mais elevados.

    - quanto maior o ngulo de incidncia, menor a espessura da camada atmosfrica atravessadae a perda energtica por processos de absoro, reflexo e difuso, o que conduz a valores detemperatura mais elevados.

    - da radiao solar global:. ao longo do ano (mapas A e B) verificamos que existe uma considervel variao,

    registando-se (tal como em todos os lugares do hemisfrio norte) os valores maisbaixos na estao de inverno ( A) e os mais elevados no vero ( B);

    . genericamente, verificamos que aumenta de norte para sul ou, de um modo maisconcreto, aumenta de noroeste para sudeste.

    - da insolao, verificamos que apresenta um padro semelhante ao da radiao solarglobal (mapa C).

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    Professor: Rui Pimenta (janeiro 2012) p. 3 de 4

    4. Valorizao da radiao solar

    4. Distribuio espacial da temperaturaConsiderando a distribuio espacial

    das temperaturas mdias anuais(mapa E), que em Portugal somoderadas, verifica-se que:

    Relativamente aos mapas de isotrmicas (linhas que unem lugares com a mesma temperaturamdia, reduzidas ao nvel mdio das guas do mar), possvel concluir que:

    5. Valorizao da radiao solarNo contexto europeu o territrio nacional apresenta as condies naturais mais favorveis para oaproveitamento da energia solar, o que faz com que a radiao solar seja um recurso endgenode grande importncia (grfico 1).Em Portugal, tem-se registado uma evoluo positiva no aproveitamento da energia solar, com aconstruo de novas centrais fotovoltaicas de grande dimenso (grfico 2) e a implementao de

    programas de incentivo instalao de sistemas de aproveitamento trmico da radiao solar(grfico 3), em edifcios habitacionais e de servios sociais e pblicos.

    A B

    Radiao solar global em Portugal continental, em janeiro (A) e julho (B)

    C

    Valores anuais da radiao solar global em Portugal continental

    D

    Valores anuais da insolao em Portugal continental

    - os valores mais elevados regis-tam-se no Sul do Pas,sobretudo no litoral algarvio,evidenciando a influncia dalatitude;

    - a norte do rio Tejo, os valores detemperatura mdia anual dimi-nuem do Litoral para o Interior,com exceo do vale superior dorio Douro, pois que, por sermuito encaixado, fica abrigadodo ventos de oeste e concentrao calor.

    - os valores mais baixos registam-se a norte, sobretudo nasregies de montanha onde ofator altitude importante.

    F

    Isotrmicas em janeiro ( E) e julho ( F) em Portugal continental

    GTemperaturas mdias anuais,

    em Portugal continental

    E

    - os valores mais baixos de temperatura ocorrem nos meses de inverno (mapa F) e os mais elevados nosmeses de vero (mapa G);

    - no que toca distribuio espacial:. as isotrmicas em janeiro dispem-se obliquamente em relao linha de costa, observando-se uma

    diminuio da temperatura mdia, de sudoeste para nordeste;. as isotrmicas em junho tornam visvel um aumento dos valores da temperatura mdia do litoral para ointerior.

    - o sentido do decrscimo da temperatura revela a influncia da latitude e do afastamento do mar, sendoeste ltimo fator decisivo na distribui o dos valores no ms de unho ma a G .

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    Professor: Rui Pimenta (janeiro 2012) p. 4 de 4

    O Plano Nacional de Ao para a Eficincia Energtica, aprovado em 2008, estabelece como objetivoque 31% da energia final provenha de fontes renovveis at 2020.

    Contudo, existem algumas dificuldades a superar para otimizar o aproveitamento da energia solar:- o fato da produo estar sujeita variabilidade da radiao solar que, como sabemos,

    interrompida durante a noite e diminui consideravelmente no inverno, que correspondeprecisamente ao perodo de maior consumo de energia;

    - a produo de eletricidade em quantidades apreciveis, com a tecnologia atual, requer:

    . grande investimento de capital;

    . disponibilizao de vastas reas para instalao das centrais solares;

    . a instalao de centrais de produo na proximidade dos centros urbanos a abastecer, de modo areduzir as perdas por transporte.

    O turismo , enquanto atividade humana que incorpora uma importante componente de prtica ao arlivre, encontra no clima portugus um forte aliado, desde logo, pelas temperaturas moderadas egrande nmero de dias luminosos.

    Assim, a radiao solar constitui um fator de desenvolvimento, no s pelas receitas e pelo empregoque o turismo proporciona, mas tambm pelos efeitos multiplicadores que induz noutras atividades(servios, transportes, construo civil, etc.) e pela dinmica que imprime ao territrio no sentido dapreservao do seu patrimnio (arquitetnico, gastronmico, paisagstico, etc.).

    Portugal apresenta condies excecionais para o desenvolvimento do turismo balnear j que a umclima mediterrnico, de longos veros quentes, secos e luminosos, alia extensas praias de areia fina eguas tpidas (mornas).

    As principais regies de turismo balnear portuguesas so o Algarve, Lisboa e a Madeira.

    O turismo snior , que se desenvolve durante todo o ano, um setor que tem crescido muito,contribuindo para reduzir a sazonalidade do turismo.

    Contudo, o principal problema que o turismo balnear encerra mesmo o seu cartermarcadamente sazonal, pelo que deve sempre ser complementada com outras atividades que sedesenvolvam de forma mais contnua ao longo do ano.

    Mdia anual de horas de Sol em pases europeus (2001)

    Grfico 1Evoluo da produo de energia eltrica pelosistema fotovoltaico, em Portugal continental

    Grfico 2

    Grfico 3

    Evoluo da rea instalada de sistemas deaproveitamento solar trmico, em Portugal