geografia 11º - guia do professor
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Autores: Conceição Gomes, Margarida Morgado, Celeste Coelho. / Conceção e elaboração: Universidade de Aveiro. / Coordenação geral do Projeto: Isabel P. Martins e Ângelo Ferreira. / Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro. / Financiamento do Fundo da Língua Portuguesa.TRANSCRIPT
República Democrática de Timor-LesteMinistério da Educação
11 | GEO
GRAFIA Guia do Professor
GEOGRAFIA11.o ano de escolaridade
Projeto - Reestruturação Curricular do Ensino Secundário Geral em Timor-Leste
Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de AveiroFinanciamento do Fundo da Língua Portuguesa
Guia do ProfessorGEOGRAFIA11.o ano de escolaridade
Os sítios da Internet referidos ao longo deste livro encontram-se ativos à data de publicação. Considerando a existência de alguma volatilidade na Internet, o seu conteúdo e acessibilidade poderão sofrer eventuais alterações.
TítuloGeografia - Guia do Professor
Ano de escolaridade11.o Ano
AutorasConceição GomesMargarida MorgadoCeleste Coelho
Coordenadora de disciplinaCeleste Coelho
Consultora cientí�fica Celeste Coelho
Colaboração das equipas técnicas timorenses da disciplinaEste guia foi elaborado com a colaboração de equipas técnicas timorenses da disciplina, sob a supervisão do Ministério da Educação de Timor-Leste.
Design e PaginaçãoEsfera Crítica Unipessoal, Lda. Iolanda Silva
ISBN978 - 989 - 8547 - 49 - 1
1ª Edição
Conceção e elaboraçãoUniversidade de Aveiro
Coordenação geral do Projeto Isabel P. MartinsÂngelo Ferreira
Ministério da Educação de Timor-Leste
2013
Este guia de professor é propriedade do Ministério da Educação da República Democrática de Timor-Leste, estando proibida a sua utilização para fins comerciais.
Impressão e Acabamento Super Xerox, Unipessoal, Lda.
Tiragem400 exemplares
Índice
3
1 Apresentação do Guia do Professor
2 Programa de Geografia – 11.º ano de escolaridade2.1 Apresentação geral das unidades temáticas 2.2 Planificação a longo prazo das unidades temáticas do programa de Geografia – 11.º ano de escolaridade2.3 Sugestões metodológicas gerais2.4 Avaliação das aprendizagens dos alunos2.5 Instrumentos de avaliação
6
7
9
101113
Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
2 Os recursos humanos - situação atual e cenários futuros2.1 Evolução da população desde a 2ª metade do século XX
1. Planificação a médio prazo2. Sugestões metodológicas3. Mapas organizadores de conceitos4. Documentos de apoio5. Instrumentos de avaliação6. Recursos web e bibliografia de apoio
2.2 As estruturas sociodemográficas1. Planificação a médio prazo2. Sugestões metodológicas3. Mapas organizadores de conceitos4. Documentos de apoio5. Instrumentos de avaliação6. Recursos web e bibliografia de apoio
2.3 Distribuição espacial da população no território1. Planificação a médio prazo2. Sugestões metodológicas3. Mapas organizadores de conceitos4. Documentos de apoio5. Instrumentos de avaliação6. Recursos web e bibliografia de apoio
18
2125272938
404144454653
555660616371
Unidade Temática
3
4
3 Os recursos culturais - uma explicação do presente à luz do passado3.1 Os grupos etnolinguísticos – identificação e características
1 Planificação a médio prazo2 Sugestões metodológicas3 Mapas organizadores de conceitos4 Documentos de apoio5 Instrumentos de avaliação6 Recursos web e bibliografia de apoio
3.2 As marcas do passado na cultura timorense1 Planificação a médio prazo2 Sugestões metodológicas3 Mapas organizadores de conceitos4 Documentos de apoio5 Instrumentos de avaliação6 Recursos web e bibliografia de apoio
3.3 Relações socioculturais com diferentes espaços1 Planificação a médio prazo2 Sugestões metodológicas3 Mapas organizadores de conceitos4 Documentos de apoio5 Instrumentos de avaliação6 Recursos web e bibliografia de apoio
Soluções das Atividades Complementares do Manual do Aluno Bibliografia de referência
73
7481828589
92939899
100103
106107111112113116
117124
3
Guia do Professor | 5
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1. APRESENTAÇÃO DO GUIA DO PROFESSOR
As autoras do Manual do Aluno de Geografia 11º ano de escolaridade, no seguimento do que já foi efetuado no
10º ano de escolaridade, consideram pertinente fornecer aos professores de Geografia de Timor-Leste sugestões
metodológicas, aprofundamentos das temáticas abordadas e recursos materiais que podem enriquecer/
complementar a sua atividade pedagógica. O facto de existir uma grande diversidade de escolas em Timor-Leste,
de turmas e de alunos e respetivos contextos sociais e culturais, levou as autoras a apresentarem no Guia do
Professor uma grande diversidade de materiais que, por falta de espaço e por opção, não foram incluídos no
Manual do Aluno, mas que podem ser úteis aos professores de Geografia como documentos de apoio para a
preparação das suas atividades pedagógicas.
No Guia do Professor encontra orientações que podem ser úteis para a definição dos critérios de avaliação
da disciplina de Geografia, planificações a longo e a médio prazo dos conteúdos programáticos, sugestões
metodológicas muito diversificadas e exercícios práticos que pode utilizar na elaboração dos instrumentos de
avaliação que vai aplicar aos seus alunos.
Para cada temática que constitui o programa de Geografia do 11º ano de escolaridade encontra no Guia
do Professor:
- planificação a médio prazo;
- sugestões metodológicas;
- mapas organizadores de conceitos;
- documentos de apoio;
- exemplos de questões para diversos tipos de instrumentos de avaliação;
- recursos Web e bibliografia de apoio.
Todas as sugestões apresentadas estão de acordo com o programa de Geografia e encontram-se articuladas
com os recursos didáticos apresentados no Manual do Aluno. Reconhecemos que elas podem ser relevantes
para diversificar, completar ou adaptar o Manual do Aluno a diferentes contextos e a diferentes ritmos de
aprendizagem dos alunos.
Esperamos que o Guia do Professor de Geografia - 11º ano de escolaridade seja útil para a prática pedagógica e
corresponda às suas expectativas!
As Autoras
Guia do Professor | 7
2. PROGRAMA DE GEOGRAFIA – 11º ANO DE ESCOLARIDADE
2.1. Apresentação geral das unidades temáticasOs conteúdos do programa de Geografia propostos para o 11º ano de escolaridade estão integrados na unidade
temática 3 – Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças, onde no 10º ano de
escolaridade se abordaram os recursos naturais e no 11º ano de escolaridade são abordados os recursos
humanos e os recursos culturais, tal como se encontra representado na Figura 1. Consideramos, no entanto, que
sempre que o(a) professor(a) considerar necessário se devem revisitar os conteúdos abordados nas unidades
temáticas anteriores.
Ao nível do 11.º ano de escolaridade opta-se por uma abordagem centrada nos aspetos humanos e culturais do
território de Timor-Leste, tendo por base a importância das características naturais do território na moldagem
do povo timorense e da sua cultura. Caracterizam-se os recursos humanos e culturais timorenses e procura
perspetivar-se a sua evolução e o contributo dos mesmos para o desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
Pretende-se, assim, que os alunos conheçam os aspetos humanos e culturais do seu país, que influenciam a vida
dos timorenses, sem perder de vista uma análise mais abrangente, necessária para compreender a evolução dos
recursos humanos e as potencialidades dos recursos culturais numa perspetiva local, regional e global.
Na Figura 2 são apresentados exemplos de questões orientadoras para as temáticas do programa previstas para
serem abordadas no 11.º ano de escolaridade, podendo ser utilizadas pelos professores como ponto de partida
para a lecionação dos correspondentes conteúdos programáticos. No decorrer da lecionação de cada temática
os(as) professores(as) devem criar condições de aprendizagem que levem a que os alunos encontrem respostas
para as questões formuladas.
UNIDADE TEMÁTICA 3Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças- Recursos humanos- Recursos culturais
11º ANO DE ESCOLARIDADE
Figura 1 – Esquema conceptual do programa de Geografia do 11º ano de escolaridade.
8 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Figura 2 – Exemplos de questões orientadoras para as temáticas do programa de Geografia previstas para serem abordadas no 11.º ano de escolaridade.
QUESTÃO ORIENTADORAQual o futuro dos recursos de Timor-Leste?
SUBQUESTÃO ORIENTADORAQue potencialidades podem ter os recursos humanos e culturais no
desenvolvimento de Timor-Leste?
Que importância têm os recursos humanos no desenvolvimento de
Timor-Leste?
Como evoluiu a população em Timor-Leste a
partir da 2ª metade do século XX?
Que características apresentam as estruturas
sócio demográficas de Timor-Leste?
Como se distribui a população no território
timorense?
Que características apresentam os grupos
etnolinguísticos em Timor-Leste?
De que modo as marcas do passado estão
presentes na cultura timorense?
Que relações socioculturais Timor-Leste
estabelece com diferentes países e com a CPLP?
Que impactes podem ter os recursos culturais no desenvolvimento de
Timor-Leste?
UNIDADE TEMÁTICA 3Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças - Recursos humanos e culturais
Guia do Professor | 9
2.2. Planificação a longo prazo das unidades temáticas do programa de Geografia – 11º ano
de escolaridadeNo Quadro I apresentamos uma possível planificação a longo prazo do programa de Geografia para o 11º ano
de escolaridade. Esta deve ser ajustada ao contexto de cada escola e de cada turma, de modo a poder facilitar
o desenvolvimento das atividades pedagógicas previstas e a promover as aprendizagens dos alunos. Deve haver
o cuidado, da parte dos(as) professores(as) de Geografia, de ao longo do ano letivo cumprirem a lecionação das
temáticas previstas para o 11º ano de escolaridade.
Período letivo Unidade temática Subtemas Tempos letivos
1º
3. Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
2.1 Os recursos humanos - situação atual e cenários futuros Evolução da população desde a 2ª metade do século XX
- A população – considerações gerais- O crescimento da população- Cenários de crescimento demográfico e sustentabilidade do território- Saldo migratório e crescimento efetivo- Políticas demográficas
33
Lecionação de conteúdos programáticosApresentação
Aplicação de instrumentos de avaliação escritaCorreção dos instrumentos de avaliação escrita
AutoavaliaçãoTotal de tempos letivos previstos para o 1º período
331221
39
2º
3. Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
2.2 Os recursos humanos - situação atual e cenários futuros As estruturas sociodemográficas
- A estrutura etária- A estrutura profissional- O nível de instrução e de qualificação- Os recursos humanos: potencialidade ou ameaça?
17
2.3 Distribuição espacial da população no território- Distribuição da população- Fatores condicionantes da distribuição da população- Desertos humanos e focos populacionais- Distribuição da população timorense- Consequências do crescimento demográfico das cidades
17
Lecionação de conteúdos programáticosAplicação de instrumentos de avaliação escritaCorreção dos instrumentos de avaliação escrita
AutoavaliaçãoTotal de tempos letivos previstos para o 2º período
34221
39
Quadro I – Planificação a longo prazo do programa de Geografia do 11º ano de escolaridade
10 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Período letivo Unidade temática Subtemas Tempos letivos
3º
3. Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
3.1 Os recursos culturais - uma explicação do presente à luz do passado Os grupos etnolinguísticos – identificação e características
- Os grupos etnolinguísticos – definição e características- Grupos etnolinguísticos timorenses – origem e principais características- Importância dos grupos etnolinguísticos timorenses no desenvolvimento do território
11
3.2 As marcas do passado na cultura timorense- Os filhos do Grande Crocodilo- As marcas culturais da colonização portuguesa- As marcas culturais a partir de meados do século XX- As marcas culturais da ocupação indonésia- As marcas culturais do pós independência de Timor-Leste
12
3.3 Relações socioculturais com diferentes espaços- Relações socioculturais estabelecidas com diferentes espaços (ex.: Indonésia, Austrália, China, etc.)- Relações socioculturais estabelecidas com os países da CPLP
11
Lecionação de conteúdos programáticosAplicação de instrumentos de avaliação escritaCorreção dos instrumentos de avaliação escrita
AutoavaliaçãoTotal de tempos letivos previstos para o 3º período
34221
39
2.3. Sugestões metodológicas geraisOs(As) professores(as) desempenham um papel fundamental na seleção das estratégias que melhor se adaptam
aos alunos e que podem contribuir para o desenvolvimento das competências explicitadas no programa da
disciplina de Geografia e para as metas definidas para cada escola.
No entanto, a autonomia de seleção das abordagens metodológicas que os(as) professores(as) de Geografia
podem fazer deve ter em conta os seguintes aspetos:
- A abordagem integradora dos conceitos geográficos deve ser privilegiada, no sentido de garantir um
ensino e uma aprendizagem da Geografia que valorize a compreensão e a interpretação dos fenómenos
naturais, centrados em contextos reais, com significado para os alunos, que facilite o desenvolvimento
integrado de competências de natureza conceptual, procedimental e atitudinal.
- O nível de aprofundamento a efetuar dos conceitos deve ter em conta os contextos das escolas e dos
alunos que as frequentam, mas devem ser valorizadas questões de âmbito local, nacional e internacional,
situações do dia a dia, casos históricos que envolvam controvérsias sociais em torno de aplicações científicas
ou tecnológicas, possibilitando a organização de processos de ensino e de aprendizagem interessantes e
válidos para a concretização das finalidades do programa.
- O trabalho prático1 deve ser valorizado e considerado como parte integrante e fundamental
dos processos de ensino e de aprendizagem dos conteúdos programáticos de cada temática.
Guia do Professor | 11
O trabalho prático deve ser entendido como um conceito abrangente que engloba atividades de natureza
diversa, que vão desde as que se concretizam com recurso a papel e lápis, às que pressupõem a realização
de atividades laboratoriais2 e atividades experimentais3, à realização de saídas de campo4, às atividades de
pesquisa, de organização e de apresentação de temáticas diversas, às de realização de debates e de jogos de
simulação, entre outras. Nas atividades práticas o(a) professor(a) deve assumir um papel de dinamizador(a)
e facilitador(a) e os alunos devem desempenhar um papel ativo na realização das atividades propostas.
- As atividades práticas sugeridas no Manual do Aluno e no Guia do Professor poderão ser substituídas por
outras que o(a) professor(a) considere mais adequadas, desde que se tenha em conta as competências
que as mesmas pretendem desenvolver.
Salienta-se a importância do(a) professor(a), no decorrer da lecionação dos conteúdos programáticos,
valorizar os conhecimentos prévios dos alunos, as suas vivências e objetivos, pois estes aspetos podem
condicionar as suas aprendizagens. O(A) professor(a) deverá sempre integrar as dimensões teórica e
prática do ensino da Geografia, assim como o trabalho cooperativo entre os alunos. O(A) professor(a), ao
estimular o trabalho cooperativo, deve promover um clima de diálogo e de participação entre todos os
elementos, dando a oportunidade aos alunos de explicitarem as suas ideias e de tomarem consciência das
suas conceções e das dos colegas.
Ao(À) professor(a) caberá decidir o grau de abertura das tarefas que propõe aos alunos, ponderando as
competências que os alunos já possuem, o tempo e os recursos disponíveis.
Estas orientações metodológicas visam a formação integral dos alunos, valorizando a possibilidade de se tornarem
cidadãos capazes de assumirem posturas críticas e responsáveis face ao desafio de participarem nos processos
democráticos de tomada de decisão, quando estão em jogo questões de natureza científico-tecnológica com
impacte social e/ou ambiental.
2.4. Avaliação das aprendizagens dos alunosA avaliação dos alunos deve refletir o modelo pedagógico implementado, tendo em conta a situação do aluno
enquanto ser único, que tem a sua aprendizagem ancorada em fatores de caráter individual e social. A avaliação
deve assumir um caráter contínuo e formativo ao longo do ano, para que o aluno tome consciência não só das
suas potencialidades, mas também das suas dificuldades, procurando ultrapassá-las, através de uma reflexão
sistemática sobre as suas práticas e que esta contribua para uma evolução positiva das suas aprendizagens. A
avaliação deverá ter um caráter interativo, centrar-se nos processos cognitivos dos alunos e estar associada
a processos de feedback que incidam não apenas no produto mas no processo, fomentando a autoavaliação
consciente, como mecanismo de autorregulação do ensino e das aprendizagens dos alunos.
1Trabalho prático – Qualquer método de aprendizagem que exija que os alunos tenham um papel ativo (Hodson, 1994).2Atividade laboratorial – Qualquer atividade que requer a utilização de materiais de laboratório, mais ou menos convencionais, e que pode ser realizada num laboratório ou numa sala de aula normal, desde que não sejam necessárias condições especiais, nomeadamente de segurança, para a realização da mesma (Leite, 2001). 3Atividade experimental – Investigação que envolve os alunos desde a colocação do problema ao planeamento, execução da experiência e elaboração das conclusões (Oliveira, 1999).4Saída de campo – Atividade educativa que envolve um contacto direto dos alunos com o ambiente natural (Brusi, 1992).
12 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
De acordo com as propostas do programa, os processos de avaliação devem integrar as dimensões teórica
e prática do ensino da Geografia. Assim, é fundamental que se diversifiquem as estratégias facilitadoras da
aprendizagem, as técnicas e os instrumentos de avaliação, de modo a que o(a) professor(a) consiga avaliar os
alunos no âmbito dos conhecimentos (saber), das competências (saber fazer) e das atitudes (saber ser). Para
tal, necessita de recorrer a instrumentos de avaliação diversificados, tais como: testes de avaliação, fichas
de trabalho, questionários, relatórios, portfolios, debates, trabalho individual , trabalho de grupo, trabalho
de pesquisa, entre outros. Salienta-se, no entanto, que as opções tomadas deverão, sempre, salvaguardar as
finalidades definidas para o Ensino Secundário.
A avaliação deve revestir-se de funções diagnóstica, formativa e sumativa, funções estas que devem ser
interdependentes e estar devidamente articuladas com as atividades de ensino e de aprendizagem propostas
pelos(as) professores(as).
A avaliação diagnóstica, ao permitir diagnosticar o ponto de partida dos alunos, pode orientar o(a) professor(a)
na análise do programa e na seleção das estratégias mais adequadas para a sua implementação.
A avaliação formativa possibilita o acompanhamento permanente da qualidade dos processos de ensino e
de aprendizagem, fornecendo elementos que o(a) professor(a) deve utilizar para reforçar, corrigir e incentivar
a aprendizagem dos alunos. Esta avaliação pretende ser reguladora e tem como objetivos a adequação das
estratégias implementadas à natureza das dificuldades encontradas no momento do diagnóstico. Pretende,
também, obter uma dupla retroação:
- ao aluno, indica as etapas que venceu e as dificuldades que deve superar;
- ao(à) professor(a), indica a forma como a sua atividade pedagógica se desenvolve e quais são os obstáculos
que enfrenta.
A avaliação formativa deve prevalecer durante o processo educativo, permitindo aos alunos receber feedback
dos seus desempenhos, bem como informações que os ajudem a identificar as suas dificuldades e as suas
potencialidades.
A avaliação sumativa ocorre no final de cada período escolar e pode ser implementada com a função principal
de certificar as aprendizagens dos alunos. Pretende, também, classificar, situar e informar acerca da evolução
das aprendizagens dos alunos.
Torna-se, então, necessário que o(a) professor(a) construa instrumentos de registo da avaliação claros, que
permitam quantificar e aferir, no âmbito da avaliação diagnóstica, formativa e sumativa, os resultados de todo
o processo de aprendizagem dos alunos.
Adaptado de Programa de Geografia 10º/11º/12º anos de escolaridade
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O peso a atribuir às competências de natureza conceptual, procedimental e atitudinal deve ser definido por cada
escola e deve ser dado a conhecer no início do ano letivo aos alunos e aos respetivos encarregados de educação.
2.5. Instrumentos de avaliaçãoA avaliação deve assumir um papel diagnóstico, formativo e sumativo. Estes papéis devem ser articulados com
as atividades de ensino e de aprendizagem implementadas pelos(as) professores(as).
Torna-se, por isso, necessário que o(a) professor(a) construa instrumentos de registo da avaliação claros, que
permitam quantificar e aferir, no âmbito do tipo de avaliação que pretende efetuar, os resultados de todo o
processo de aprendizagem dos alunos. Neste sentido, apresentamos no Quadro II alguns aspetos que podem
ser utilizados na avaliação das atividades práticas realizadas pelos alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Competências de natureza conceptual e procedimental
Provas de
avaliação escrita
Componente
prática
Responsabilidade- É assíduo e pontual.- Cumpre as normas estabelecidas.- Faz-se acompanhar do material necessário. (…)
- Revela espírito de iniciativa.- Planeia e executa atividades práticas. (…)
- Respeita os outros.- Revela entreajuda/cooperação. (…)
- É persistente na superação das dificuldades.- Revela interesse pelas atividades propostas.- Emite juízos de valor fundamentados. (…)
Autonomia
Solidariedade
Empenho
Competências de natureza atitudinal
Na Figura 3 apresentamos, a título de exemplo, alguns critérios de avaliação que podem ser utilizados na
avaliação dos alunos na disciplina de Geografia.
Figura 3 – Exemplos de critérios de avaliação que podem ser utilizados na avaliação dos alunos na disciplina de Geografia.
14 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES PRÁTICAS
Competências a desenvolvernos alunos
- Mobilização de saberes científicos, tecnológicos e culturais; - Pesquisa, tratamento e organização de informação; - Adoção de metodologias de trabalho adequadas às tarefas propostas;- Realização de atividades de forma autónoma e criativa;- Emissão de juízos de valor fundamentados;- Cooperação no trabalho de grupo; - Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação;- Comunicação e utilização correta da língua portuguesa.
Critérios de avaliação
- Correção científica, qualidade dos conhecimentos, organização conceptual, integração de conceitos, execução com rigor das atividades práticas, interpretação de informação, distinção entre a informação essencial e a acessória (competências de conhecimento substantivo e processual);
- Participação oral, sistematização da informação recolhida e utilização correta de linguagem científica (competências de comunicação);
- Planeamento de atividades práticas diversificadas, qualidade do questionamento, da argumentação e da contra argumentação (competências de raciocínio);
- Concretização das tarefas, contribuição pessoal para a realização das tarefas, tipo de interação com o grupo e com a turma, respeito pela opinião dos colegas, promoção de uma sensibilidade ambiental (atitudes).
Instrumentos de avaliação
- Grelhas de observação do trabalho realizado pelos alunos (individualmente e/ou em grupo);- Preenchimento de um guião (ex.: guião de uma atividade de pesquisa, guião de uma saída de campo);- Relatórios individuais;- Portfolio.
Quadro II – Alguns aspetos que podem ser utilizados na avaliação das atividades práticas
São várias as atividades práticas que se podem realizar na disciplina de Geografia, constituem-se como
exemplos: atividades laboratoriais, atividades experimentais, atividades de campo, atividades de pesquisa,
atividades de lápis e papel, debates, ações de sensibilização, jogos de simulação, entre outras.
No Quadro III apresentamos alguns aspetos que podem ser tidos em conta na elaboração e na correção das
provas de avaliação escrita.
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PROVAS DE AVALIAÇÃO ESCRITA(Exemplos que devem ser ajustados ao tipo de conteúdos programáticos que se pretendem avaliar)
Competências gerais a avaliar nos alunos
- Mobilização de saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano;- Uso adequado de linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e tecnológico para se expressar;- Utilização correta da Língua Portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar pensamento próprio;- Seleção e organização de informação para a transformar em conhecimento mobilizável;- Adoção de estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões;- Realização de atividades de forma autónoma, responsável e criativa.
Critérios de avaliação
- Competências do conhecimentosubstantivo (ex.: termos, conceitos, modelos e teorias, características, relações);epistemológico (ex.: dinâmica da Geografia e ligação entre a Ciência, a Tecnologia, a Sociedade e o Ambiente);
- Raciocínio (ex.: interpretação de dados em diversos suportes e explicação de contextos em análise, previsão de resultados/estabelecimento de conclusões, interpretação de dados, estabelecimento de relações entre conceitos);- Comunicação (ex.: expor, explicar e apresentar opiniões, mobilização das ideias para seleção das opções dadas, argumentar e defender ideias);- Atitudes (ex.: reflexão crítica, avaliação do impacte da Geografia na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, desenvolvimento da ética e da estética ambiental, avaliação do impacte do Homem na alteração das paisagens).
Tipo de questões
- Fechadasescolha múltipla, verdadeiro/falso, correspondência, interpretação de esquemas e/ou gráficos, sequências.- Abertasextensa orientada e curta.
Critérios de avaliação
- Correção científica, qualidade dos conhecimentos, organização conceptual, integração de conceitos, interpretação de informação, distinção entre a informação essencial e acessória (competências de conhecimento substantivo e processual);- Sistematização da informação apresentada e utilização correta de linguagem científica (competências de comunicação);- Concretização das tarefas, contribuição pessoal para a realização das tarefas (atitudes).
Quadro III – Alguns aspetos que podem ser tidos em conta na conceção e na correção das provas de avaliação escrita
As questões das provas de avaliação podem apresentar como suporte documentos diversos, constituem-se
como exemplos: textos, figuras, tabelas, gráficos, mapas, fotografias, entre outros.
· Compreender a evolução da população desde a 2ª metade do século XX
· Analisar as estruturas sociodemográficas da população de vários países
· Conhecer a distribuição espacial da população no território timorense
O B J E T I V O S
Unidade Temática 3Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
SUBTEMA 2Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
2.1. Evolução da população desde a 2ª metade do século XX
Unidade Temática 3 | Os recursos de Timor-Leste – características, potencialidades e ameaças
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1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO
SUBTEMA 2 Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
Evolução da população desde a 2ª metade do século XX
• O crescimento natural
- Análise e interpretação de esquemas/gráficos/
mapas/censos sobre:
* evolução da população mundial e timorense a
partir da 2ª metade do século XX;
* crescimento natural.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre
a taxa de natalidade, de mortalidade e de mor-
talidade infantil de uma população.
- Análise e interpretação de esquemas/grá-
ficos/mapas sobre os fatores responsáveis pela
variação da taxa de natalidade, de mortalidade
e de mortalidade infantil.
- Realização de exercícios de aplicação sobre os
fatores que influenciam a variação da taxa de
natalidade, de mortalidade e de mortalidade
infantil de uma população.
- Análise de notícias de Imprensa sobre:
* as principais características dos recursos humanos;
* a evolução da população nos países desen-
volvidos e nos países em desenvolvimento;
* as consequências da taxa de natalidade e
de mortalidade na evolução da população
mundial e da população timorense.
- Realização de atividades de debate/reflexão
sobre as consequências do crescimento da
população no planeamento eficaz da construção
de equipamentos sociais, de redes viárias e de
redes de abastecimento de água potável e de
saneamento básico.
- Conhece os conceitos de
natalidade, de mortalidade
e de mortalidade infantil. 2
- Distingue taxa de
natalidade de taxa de
mortalidade.2
- Apresenta uma noção
de crescimento natural.2
- Indica fatores
responsáveis pela variação
da taxa de natalidade e da
taxa de mortalidade.
2
- Identifica fatores
responsáveis pela manu-
tenção e pela redução
da taxa de mortalidade
infantil.
2
- Conhece as fases da
evolução da população
mundial. 3
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Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
• O crescimento natural
• O saldo migratório
- Indica fatores responsá-veis pela evolução da população mundial.
- Realização de uma atividade interdisciplinar
com o(a) professor(a) de Biologia, onde este(a)
pode apresentar aos alunos fundamentos sobre
os agentes que podem provocar alterações no
controlo da natalidade e da mortalidade (ex.:
agentes que provocam a malária, o dengue, a
febre tifóide).
- Discussão sobre os fatores responsáveis pela
evolução da população mundial.
- Realização de trabalhos de pesquisa e organização
de informação sobre formas de conciliar o
crescimento da população com o desenvolvimento
sustentável das cidades.
- Realização na escola de um debate dinamizado por
um técnico de saúde, onde este venha falar sobre
métodos utilizados no controlo da natalidade.
- Realização de uma visita de estudo a uma clínica
médica, de modo a que os alunos se apercebam
das consequências de algumas doenças na
variação da taxa de mortalidade.
- Desenvolvimento de um pequeno projeto de
sensibilização junto da comunidade (ex.: palestra,
posters, folhetos), sobre medidas a tomar para
controlar as taxas de natalidade, de mortalidade e
de mortalidade infantil.
- Construção de um mapa organizador de conceitos
que sintetize os principais conceitos abordados no
estudo do crescimento natural da população.
- Análise e interpretação de esquemas/gráficos/
mapas/censos sobre:
* o conceito de migração;
* migração interna e migração externa;
* emigração e imigração;
* saldo migratório.
4
- Conhece o conceito de migração.
- Distingue migração interna de migração externa.
- Distingue emigração de imigração.
- Apresenta um conceito de saldo migratório.
5
20 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
• O crescimento efetivo
• Os cenários de crescimento demográfico e a sustentabilidade do território timorense
• As políticas demográficas
- Apresenta a noção de crescimento efetivo.
- Indica causas das migrações.
- Indica consequências positivas e negativas das migrações nas áreas de partida e de chegada.
- Conhece a evolução da população timorense a partir da 2ª metade do século XX.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre
a migração interna e externa, sobre o saldo
migratório e sobre a emigração e a imigração.
- Análise de notícias de Imprensa sobre:
* as principais causas das migrações;
* as consequências das migrações nas áreas de
partida e de chegada;
* as políticas demográficas.
- Análise de documentos de referência que
permitam prever cenários de crescimento
demográfico e de sustentabilidade do território
timorense.
- Realização de atividades de debate/reflexão
sobre as vantagens e as desvantagens da migração
interna e externa e sobre cenários de crescimento
demográfico no território timorense.
- Realização de atividades de debate/discussão
sobre as políticas demográficas adequadas a
diferentes cenários de evolução da população
timorense.
- Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa
e organização de informação sobre as con-
sequências da emigração e da imigração para
o desenvolvimento de Timor-Leste e sobre ce-
nários de crescimento demográfico e de sus-
tentabilidade do território.
- Interpretação de documentos oficiais sobre
políticas demográficas timorenses.
- Construção de um mapa organizador de conceitos
que sintetize os principais conceitos abordados
no estudo do saldo migratório, do crescimento
efetivo da população, dos cenários de crescimento
demográfico e das políticas demográficas.
5
- Relaciona diferentes cenários de crescimento demográfico com a sustentabilidade do território timorense. 5
- Distingue política demográfica natalista de política demográfica antinatalista.
- Problematiza as políticas demográficas adequadas a diferentes cenários de evolução da população.
2
Guia do Professor | 21
2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Nesta secção apresentamos um conjunto de sugestões metodológicas que devem ser analisadas pelo(a)
professor(a) quando estiver a fazer a preparação das suas aulas sobre a temática Evolução da população
desde a 2ª metade do século XX. As sugestões apresentadas vão ao encontro das orientações do programa de
Geografia e devem ser selecionadas em função das condições que permitem a sua realização em cada escola,
dependendo do tipo de alunos e dos tempos letivos previstos para a lecionação da temática.
2.1. Evolução da população desde a 2ª metade do século XX
A procura de respostas para a questão: Como evoluiu a população em Timor-Leste a partir da 2ª metade
do século XX? deve passar pela análise de mapas e de tabelas diversas que ajudem o aluno a compreender
a forma como evoluiu a população mundial, em geral, e a população timorense, em particular. Devem
ser analisados gráficos que mostrem o crescimento da população e os fatores que contribuem para o
crescimento da mesma. Neste sentido, importa perspetivar cenários de crescimento de população e
refletir acerca das suas consequências na sustentabilidade de Timor-Leste.
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Como evoluiu a população em Timor-Leste a partir da 2ª metade do século XX?
Evolução da população desde a 2ª metade do século XX - A população – considerações gerais
- O crescimento da população- Cenários de crescimento demográfico e sustentabilidade do território
- Saldo migratório e crescimento efetivo- Políticas demográficas
Que fatores influenciam a evolução da
população timorense?
De que modo os cenários de crescimento
demográfico podem contribuir para a
sustentabilidade de Timor-Leste?
Que contributo podem ter as políticas
demográficas para o crescimento
da população timorense?
Que fatores contribuem para o saldo
migratório e para o crescimento efetivo da
população timorense?
Figura 4 – Questões orientadoras da temática Evolução da população desde a 2ª metade do século XX.
22 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Os fatores que contribuem para o saldo migratório e para o crescimento efetivo da população devem ser
analisados. Devem, também, ser analisadas as políticas demográficas existentes e refletir-se acerca das
consequências das mesmas na sustentabilidade do território.
As questões apresentadas na Figura 4 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
- Observação e interpretação de mapas e de tabelas relativas à distribuição da taxa de natalidade e de
fecundidade no mundo (ex.: Figuras 2 e 3 e Tabelas I e II do Manual do Aluno).
- Debate/discussão acerca dos principais fatores que influenciam a taxa de natalidade no mundo.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a taxa de natalidade (ex.: Atividades 1 e 2 do Manual do
Aluno) e sobre a taxa de fecundidade de alguns países do mundo (ex.: Atividades 3 e 4 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em tabelas relativos à taxa de mortalidade e de mortalidade
infantil de alguns países do mundo (ex.: Tabelas III e IV do Manual do Aluno) e nos países da CPLP (ex.: Tabela
V do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a taxa de mortalidade e a taxa de mortalidade infantil em
alguns países (ex.: Atividades 5, 6 e 7 do Manual do Aluno).
- Observação e interpretação de mapas relativos à distribuição da taxa de mortalidade infantil no mundo
(ex.: Figura 4 do Manual do Aluno).
- Debate/discussão acerca dos principais fatores que influenciam a taxa de mortalidade e a taxa de mortalidade
infantil no mundo.
- Realização de uma atividade interdisciplinar com o(a) professor(a) de Biologia, onde este(a) pode apresentar
aos alunos fundamentos sobre os agentes que podem provocar alterações no controlo da natalidade e da
mortalidade (ex.: agentes que provocam a malária, o dengue, a febre tifóide, entre outros).
- Realização de atividades de debate/reflexão acerca das medidas que devem ser tomadas em Timor-Leste
para diminuir a taxa de mortalidade infantil (ex.: Atividades 8 e 9 do Manual do Aluno).
- Observação e interpretação de mapas e de tabelas relativas à esperança média de vida no mundo (ex.:
Figura 6 e Tabela VI do Manual do Aluno).
- Debate/discussão acerca dos principais fatores que influenciam a esperança média de vida no mundo.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a esperança média de vida (ex.: Atividade 10 do Manual do Aluno).
- Observação e interpretação de mapas e de tabelas relativas ao crescimento natural no mundo (ex.: Figura
7 e Tabela VII do Manual do Aluno).
- Debate/discussão acerca dos principais fatores que influenciam a taxa de crescimento natural no mundo.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a taxa de crescimento natural no mundo (ex.: Atividade 11
do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de gráficos que mostrem a evolução da população mundial e o modelo de transição
demográfica (ex.: Figuras 8 e 9 e Tabela VIII do Manual do Aluno).
- Análise da síntese apresentada no Quadro 1 do Manual do Aluno sobre as fases da evolução da
população mundial.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a evolução da população no mundo (ex.: Atividades 12 e 13
do Manual do Aluno).
Guia do Professor | 23
- Análise e interpretação de gráficos que mostrem a evolução da população timorense entre 1860 e 2010
(ex.: Figuras 10 e 11 do Manual do Aluno).
- Debate/discussão acerca dos principais fatores que influenciaram a evolução da população timorense entre
1860 e 2010.
- Realização de atividades de debate/reflexão sobre as consequências do crescimento da população no
planeamento eficaz da construção de equipamentos sociais, de redes viárias e de redes de abastecimento de
água potável e de saneamento básico.
- Análise e interpretação de gráficos que mostrem a evolução da taxa de natalidade e de mortalidade em
Timor-Leste entre 2002 e 2011 (ex.: Figura 13 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a evolução da taxa de natalidade e de mortalidade em Timor-
-Leste entre 1950 e 2011 (ex.: Atividade 14 do Manual do Aluno).
- Análise de fotografias sobre diferentes aspetos da sociedade timorense (ex.: Figuras 14, 15 e 16 do Manual
do Aluno).
- Realização de atividades de debate/reflexão acerca dos possíveis cenários de crescimento demográfico em Timor-
-Leste e das consequências dos mesmos para a sustentabilidade do país (ex.: Atividade 15 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade interdisciplinar com o(a) professor(a) de Biologia ou com um(a) técnico(a) do
Centro de Saúde local, onde estes(as) pode apresentar aos alunos fundamentos sobre os métodos contracetivos
e a sua importância no controlo da natalidade e no combate às infeções sexualmente transmissíveis.
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre métodos contracetivos (ex.: Atividade 16 do Manual do
Aluno) e posterior apresentação dos trabalhos realizados à turma e ao(à) professor(a).
- Realização de uma visita de estudo a uma clínica médica, de modo a que os alunos se apercebam das
consequências de algumas doenças na variação da taxa de mortalidade.
- Desenvolvimento de um pequeno projeto de sensibilização junto da comunidade (ex.: palestra, posters,
folhetos, entre outros), sobre medidas a tomar para controlar as taxas de natalidade, de mortalidade e de
mortalidade infantil.
- Apresentação de conceitos relativos ao saldo migratório, ao crescimento efetivo e às causas e consequências
das migrações (ex.: migração, emigração, imigração, fluxos migratórios, entre outros).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre o crescimento efetivo e as migrações (ex.: Atividades 17 a
21 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados e de notícias de Imprensa relativas aos fluxos migratórios contemporâneos
e às consequências dos mesmos nos países de origem e de chegada.
- Apresentação e discussão da classificação das migrações (ex.: Quadro 2 do Manual do Aluno).
- Realização de atividades de debate/reflexão acerca das causas/motivações das migrações e das suas
consequências nas áreas de partida e de chegada (ex.: Quadros 3 e 4 do Manual do Aluno).
- Análise de dados relativos às principais migrações existentes no território timorense, as suas causas e
consequências, apresentados em imagens, gráficos ou tabelas.
- Análise de documentos de referência (ex.: Censos) que permitam prever cenários de crescimento
demográfico e de sustentabilidade do território timorense.
- Realização de atividades de debate/reflexão sobre as vantagens e as desvantagens das migrações internas
e externas e sobre cenários de crescimento demográfico no território timorense.
24 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
- Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e organização de informação sobre as consequências
da emigração e da imigração para o desenvolvimento de Timor-Leste e sobre cenários de crescimento
demográfico e de sustentabilidade do território.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as migrações em Timor-Leste (ex.: Atividade 22 do Manual
do Aluno).
- Apresentação de conceitos relativos às políticas demográficas (ex.: doutrina natalista, doutrina antinatalista,
entre outros).
- Apresentação de gráficos e de imagens relativas às políticas demográficas (ex.: Figura 25 e figuras das
páginas 35 e 36 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados e de notícias de Imprensa relativas às políticas demográficas (natalistas
e antinatalistas).
- Realização de atividades de debate/reflexão acerca das medidas que podem ser tomadas no sentido de
promover políticas demográficas natalistas e antinatalistas.
- Realização de atividades de debate/discussão sobre as políticas demográficas adequadas a diferentes
cenários de evolução da população timorense.
- Interpretação de documentos oficiais sobre políticas demográficas timorenses (ex.: Legislação, Censos).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as políticas demográficas (ex.: Atividade 23 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado importantes durante a
lecionação da temática em estudo.
- Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões colocadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que tenham surgido.
- Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o(a)
professor(a) pode fornecer aos alunos o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e discutir
a importância do referido esquema na estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação da
temática Evolução da população desde a 2ª metade do século XX.
- Em alternativa, o(a) professor(a) pode pedir aos alunos para construírem um mapa organizador de conceitos
que sintetize os principais conceitos abordados no estudo da temática.
- Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática Evolução da população desde a
2ª metade do século XX do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática o(a) professor(a) pode discutir
com os alunos a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos,
verificando se os conhecem e se compreendem o seu significado.
- Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da
temática Evolução da população desde a 2ª metade do século XX do Manual do Aluno. Após a lecionação da
temática o(a) professor(a) pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos
atingiram as metas de aprendizagem definidas.
Guia do Professor | 25
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26 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
cenários futuros
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Até meados
do séc. XVIII
Regime
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da 1ª fase (séc.
XVIII a 1945)
Fluxos migratórios
da 2ª fase
(1945 a 1970)
Fluxos migratórios
após 1970
Revolução
demográfica
Explosão
demográfica
Depois
de 1950
Entre meados do
séc. XVIII e 1950
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consequências
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Diminuição
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Socioculturais
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Positivas
Legal
Temporária
Consequências
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InternaExterna
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Imigrações
Êxodo rural
Ex.:
Diminuição
da taxa de
mortalidade
Êxodo urbano
Áreas urbanasDesem
pregoEscolas e
professores
insuficientesMaior
pressão sobre
o ambiente
Acesso
aos cuidados
de saúde
Utilização
de métodos
contracetivos
Falta de
alimento
Formação da
população
Planeamento
familiar
Movim
entos pendularesIntercontinental
Intracontinental
Tempo de
duração
Tomada
de decisão
Relação
com a lei
influenciado por
Guia do Professor | 27
4. DOCUMENTOS DE APOIO
Apresentamos, de seguida, alguns documentos de apoio que podem ser utilizados pelo(a) professor(a) na
planificação e na preparação das aulas sobre a temática Evolução da população desde a 2ª metade do século
XX. Estes documentos, se o(a) professor(a) considerar oportuno, podem ser partilhados com os alunos.
DOCUMENTO 1 – Envelhecimento da população mundial atinge pico em 2030
A nível mundial, a proporção de pessoas com mais de 60 anos vai triplicar durante este século, passando de 10% no ano 2000 para 32% em 2100.
Na Europa Ocidental, quase metade da população (46%) terá mais de 60 anos no final do século, enquanto na China este grupo etário, que atualmente representa cerca de dez por cento da população, vai atingir os 42% no mesmo período.
A progressão do envelhecimento regista diferentes graus nos diversos países, estando próximo de atingir um pico no Japão, enquanto na América do Norte, Europa, China e antiga União Soviética o nível mais elevado só deverá ser atingido entre 2020 e 2030.
Na Ásia, sobretudo no sul do continente, esta evolução começará em 2030, no Médio Oriente em 2040 e nos países da África Subsariana só deverá registar-se a meio do século.
Lusa 21 | 01 | 2008
DOCUMENTO 2 – Explosão demográfica. África ultrapassa barreira de mil milhões de pessoas
Especialistas veem explosão demográfica como um desafio, mas também como uma esperança para o défice de nascimentos no Ocidente
Em 1950 havia dois europeus para cada africano. Em 2050 prevê-se o contrário. A explosão demográfica em África atingiu este ano a barreira dos mil milhões de habitantes, no mesmo ano em que o envelhecimento (…) só não atira o crescimento efetivo de muitos países para números negativos devido ao peso da imigração.
Em 2050, África deverá atingir os 2 mil milhões de habitantes. A projeção é do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e adianta ainda que, destes, mil milhões serão mulheres. “Estes números partem da ideia de que a taxa de fertilidade vai diminuir com o desenvolvimento e com melhores garantias de planeamento familiar”, ressalva Omar Gharzeddine, da UNFPA. Segundo este fundo, situações de explosão demográfica sempre estiveram correlacionadas com pobreza. Os países africanos têm a maior taxa de fertilidade mundial - uma média de 5,6 filhos por mulher, quando a média global é 2,6. No Níger, o país onde esta taxa é maior, cada mulher tem 7,4 filhos. (…)
(…) A África Subsariana tem a população mais jovem do globo – em 2050 espera-se que 29% dos habitantes tenham entre os 15 e os 24 anos. No outro extremo, aparece a Europa: estima-se que, entre 2000 e 2050, a população europeia diminua 13%, e a média etária aumente dez anos (de 38 para 48 anos). Dentro de quatro décadas, 26,7% da população terá mais de 65 anos, quando em 1950 este grupo pesava 8,2%.
“África está fora do contexto de crescimento dos outros países. Tem uma taxa elevada de fertilidade mas também de mortalidade. Tem um sistema tradicional e tenderá aos poucos para o sistema demográfico moderno”(…).
Publicado por I Informação em 30 de dezembro de 2009
DOCUMENTO 3 – Ambientes degradados e saúde – privações sobrepostas
O fardo que representam as doenças causadas pela poluição do ar interior e exterior, água contaminada e saneamento deficiente é maior para as pessoas dos países pobres, especialmente para os grupos desfavorecidos. A poluição do ar interior mata 11 vezes mais pessoas que vivem em países com um IDH baixo do que pessoas noutros países. Os grupos desfavorecidos dos países com um IDH baixo, médio e elevado enfrentam um maior risco causado pela poluição do ar exterior devido a uma exposição e vulnerabilidade superiores. Nos países com um IDH baixo, mais de seis pessoas em cada dez não dispõem de acesso imediato a água de melhor qualidade, ao passo que quatro em cada dez não dispõem de instalações sanitárias, o que contribui tanto para a disseminação de doenças como para a subnutrição. As alterações climáticas ameaçam agravar estas disparidades através do alastramento de doenças tropicais, como a malária e a febre de dengue, e da diminuição dos rendimentos das culturas.
28 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
A base de dados sobre a Carga Global da Doença da Organização Mundial da Saúde revela algumas conclusões surpreendentes sobre as repercussões dos fatores ambientais, como a de que a água não potável e as condições de saneamento e higiene deficientes encontram-se entre as dez principais causas de doença a nível mundial.
Todos os anos, doenças relacionadas com o ambiente, incluindo infeções respiratórias agudas e diarreia, matam pelo menos três milhões de crianças com menos de cinco anos – mais do que as populações totais com menos de cinco anos da Áustria, Bélgica, Países Baixos, Portugal e Suíça em conjunto.
A degradação ambiental e as alterações climáticas afetam os ambientes físicos e sociais, os conhecimentos, os ativos e os comportamentos. As dimensões do desfavorecimento podem interagir, intensificando os impactos negativos – por exemplo, a intensidade dos riscos para a saúde é mais elevada quando a água e o saneamento são deficientes, privações que frequentemente coincidem. Dos dez países com as taxas mais elevadas de morte por catástrofe ambiental, seis figuram também nas dez primeiras posições da lista do IPM, incluindo o Níger, o Mali e Angola.
Relatório do Desenvolvimento Humano, 2011
DOCUMENTO 4 – Pressões ambientais, migrações e conflitos
Tal como defendia o RDH de 2009, a mobilidade – permitir que as pessoas escolham o local onde vivem – é importante para alargar as liberdades das pessoas e alcançar melhores resultados. Contudo, as restrições legais tornam a migração arriscada. Calcular o número de pessoas que se desloca para escapar a pressões ambientais é difícil porque outros fatores entram em jogo, nomeadamente a pobreza. No entanto, alguns cálculos apontam para valores bastante elevados.
As pressões ambientais têm também sido associadas a uma maior probabilidade de conflitos. A associação, contudo, não é direta e é influenciada por fatores mais abrangentes a nível de contexto e economia política que tornam as pessoas, as comunidades e a sociedade vulneráveis aos efeitos da degradação ambiental.
Relatório do Desenvolvimento Humano, 2011
DOCUMENTO 5 – Atitudes e estereótipos face aos imigrantes
Vários estudos têm evidenciado que os imigrantes se sentem discriminados em vários domínios da vida social, principalmente no acesso ao mercado de trabalho e nas relações laborais, mas também no acesso ao crédito e à habitação, e ainda quanto à possibilidade de ascensão social. Esses estudos mostram igualmente que a atitude dos portugueses quanto à imigração, comparativamente à de outros europeus, revela mais fechamento do que abertura. Tal fechamento assenta na perceção da imigração como uma ameaça em termos culturais, mas também em termos económicos e de segurança. Os estereótipos partilhados pelos portugueses acerca dos imigrantes variam segundo os grupos e são mais negativos relativamente aos africanos. Não obstante, a coexistência entre autóctones e imigrantes em Portugal é geralmente pacífica.
Pires, Rui Pena et al. (2010). Portugal: Atlas das Migrações Internacionais. 1ª Ed. Fundação Caloute Gulbenkian, Comissão Nacional para as
Comemorações do Centenário da República e Edições Tinta da China, Lda. Lisboa.
DOCUMENTO 6 – O potencial das remessas dos migrantes para a governação e o desenvolvimento financeiro no contexto EUA-México
As remessas - o dinheiro que os migrantes enviam para casa, normalmente para os familiares que ficaram nos seus países de origem - têm aumentado a um ritmo estável desde meados dos anos 80. As remessas oficialmente registadas, enviadas para países em vias de desenvolvimento, alcançaram em 2007 um volume estimado de 251 mil milhões de dólares norte-americanos. (…) Para muitos países em vias de desenvolvimento, as remessas constituem, depois do investimento direto estrangeiro, uma das mais importantes fontes de financiamento externo, alcançando um valor duas vezes superior ao dos apoios oficiais ao desenvolvimento. Em termos absolutos, grandes países em desenvolvimento, como a Índia, a China, o México e as Filipinas, recebem a maior parte das remessas. Porém, em termos relativos, os países pequenos e pobres tendem a ser muito mais dependentes das mesmas. (…) No entanto, uma parte desses fundos é enviada através de amigos e familiares ou de outros canais de transferência informais, pelo que não entra nas estatísticas oficiais, o que dificulta a estimativa exata do montante das remessas. De acordo com alguns autores, o total de remessas poderá ser até 50% superior ao montante referido nos dados oficiais (Ratha & Shaw, 2007). (…) Ainda assim, para muitos países em vias de desenvolvimento, não restam dúvidas de que as remessas se converteram numa das mais importantes fontes de financiamento externo. Este facto, por seu turno, estimulou o interesse dos académicos e dos legisladores pelo impacto das remessas no desenvolvimento económico. Os migrantes são vistos cada vez mais como agentes de desenvolvimento, contribuindo para o desenvolvimento económico dos seus países de origem através do envio de remessas, e não só. (…)
Guia do Professor | 29
5. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve possuir funções diagnósticas, formativas e sumativas. Estas funções devem estar devidamente
articuladas com as atividades de ensino e de aprendizagem propostas pelo(a) professor(a) durante a lecionação
da temática Evolução da população desde a 2ª metade do século XX. Torna-se necessário que o(a) professor(a)
construa instrumentos de registo da avaliação claros, que permitam quantificar e aferir, no âmbito do tipo de
avaliação que pretende efetuar, os resultados de todo o processo de aprendizagem dos alunos.
O(A) professor(a) deve construir uma grelha de observação, que permita avaliar a forma como os alunos se
empenham, individualmente ou em grupo, nas atividades propostas durante a lecionação da temática Evolução
da população desde a 2ª metade do século XX.
Os exemplos de questões a seguir apresentados podem ser utilizados em fichas de trabalho ou em provas
de avaliação escrita, bem como outros que o(a) professor(a) considere que são importantes para avaliar os
conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais abordados durante a lecionação da temática Evolução da
população desde a 2ª metade do século XX.
QUESTÕES
1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A taxa de mortalidade é o número de óbitos por cada mil habitantes durante um ano.
B. Ao número de óbitos ocorridos durante um ano dá-se o nome de fecundidade.
C. A mortalidade é o número de nascimentos ocorridos durante um ano.
D. A taxa de fecundidade é o número de nascimentos por cada 1000 mulheres em idade de procriar.
E. Ao número de nascimentos por cada 1000 habitantes durante um ano designa-se taxa de natalidade.
F. O número de mortes de crianças com menos de um ano de idade, ocorridas durante um ano, por cada 1000
crianças nascidas nesse ano dá-se o nome de mortalidade infantil.
G. A esperança média de vida é o número de anos que um indivíduo, à nascença, tem probabilidade de viver.
2. A evolução da população ao longo do tempo tem sido influenciada por diversos fatores.
2.1. Refere três fatores que têm contribuído para o aumento da população ao longo do tempo.
2.2. Explica de que forma os fatores económicos podem influenciar a taxa de natalidade de uma população.
A investigação sobre o impacto económico das remessas nos países recetores tem-se centrado sobretudo no seu efeito de redução da pobreza (…), na criação de crescimento através de efeitos de multiplicação (…), nos seus efeitos ambíguos sobre a desigualdade económica nos países recetores (…), numa possível perda de competitividade internacional através da análise das taxas de câmbio (…) e ainda no comportamento moral dos recetores de remessas (…). Alguns estudos mostraram também que as remessas têm um impacto positivo sobre o capital humano e a iniciativa privada entre as famílias dos migrantes (…).
Ambrosius, Christian; Barbara Fritz & Ursula Stiegler. O potencial das remessas dos migrantes para a governação e o desenvolvimento financeiro no contexto EUA – México. In Malamud,
Andrés & Fernando Carrillo Flórez (2011). Migrações, coesão social e governação: perspetivas euro – latino – americanas. Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
30 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
2.3. Justifica de que modo os fatores religiosos podem contribuir para a variação da taxa de natalidade de uma população.
2.4. Indica duas causas que justifiquem a baixa taxa de mortalidade infantil nos países desenvolvidos.
2.5. Explica a razão pela qual é baixa a esperança média de vida nos países em desenvolvimento.
3. A evolução da população mundial depende de múltiplos fatores.
3.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A taxa de mortalidade infantil é baixa nos países desenvolvidos.
B. Em Timor-Leste tem-se vindo a verificar um aumento acentuado da taxa de mortalidade infantil.
C. A esperança média de vida é mais baixa nos países desenvolvidos do que nos países em desenvolvimento.
D. A taxa de natalidade é mais baixa nos países desenvolvidos e mais elevada nos países em desenvolvimento.
E. A taxa de fecundidade é mais baixa nos países em desenvolvimento e mais elevada nos países desenvolvidos.
F. A taxa de mortalidade feminina é inferior à masculina.
3.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
4. Seleciona a alternativa que completa cada uma das frases que se seguem, de forma a obteres afirmações corretas.
4.1. O número de anos que um indivíduo, à nascença, tem probabilidade de viver representa…
(A) …a taxa de mortalidade.
(B) …o crescimento natural.
(C) …a esperança média de vida.
(D) …a taxa de natalidade.
4.2. As migrações podem classificar-se de acordo com…
(A) …o espaço, o tempo de duração, o número de emigrantes, a tomada de decisão e a relação com a lei.
(B) …o espaço, o tempo de duração, a motivação, a tomada de decisão e a relação com a lei.
(C) …o tempo de duração, a motivação, o tipo de emprego, a tomada de decisão e a relação com a lei.
(D) …o tempo de duração, a motivação, a tomada de decisão, as condições climatéricas e a relação com a lei.
4.3. As migrações externas podem ser…
(A) …de êxodo rural, de êxodo urbano ou definitivas.
(B) …voluntárias ou forçadas.
(C) …intercontinentais ou intracontinentais.
(D) …de êxodo rural, de êxodo urbano ou de movimentos pendulares.
4.4. As migrações quanto à relação com a lei podem ser…
(A) …definitivas ou temporárias.
(B) …legais ou clandestinas.
(C) …laborais ou turísticas.
(D) …voluntárias ou forçadas.
4.5. As causas das migrações podem agrupar-se em…
(A) …económicas, socioculturais, bélicas, religiosas e voluntárias.
(B) …socioculturais, bélicas, religiosas e legais.
(C) …naturais, económicas, socioculturais, bélicas e religiosas.
(D) …naturais, económicas, urbanas, bélicas e religiosas.
Guia do Professor | 31
5. O crescimento da população mundial tem sido muito debatido atualmente.
5.1. Apresenta três argumentos que contribuam para o equilíbrio da população mundial em função dos
recursos disponíveis.
5.2. Explica as principais diferenças existentes entre a doutrina demográfica natalista e a doutrina demográfica
antinatalista.
5.3. Indica duas medidas que visem diminuir a mortalidade nos países em desenvolvimento.
6. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços de cada uma das frases que se seguem, de modo
a obteres afirmações corretas.
6.1. A corresponde à saída de população do país de origem e a corresponde à entrada
de população no país de destino.
(A) emigração […] imigração
(B) imigração […] migração
(C) emigração […] migração
(D) imigração […] emigração
6.2. O desemprego e a pobreza são causas das migrações e as perseguições religiosas são causas
.
(A) económicas […] naturais
(B) bélicas […] religiosas
(C) económicas […] religiosas
(D) socioculturais […] bélicas
6.3. Nas áreas de chegada verifica-se da taxa de natalidade e nas áreas de partida verifica-se
da mesma.
(A) uma diminuição […] um aumento
(B) um aumento […] uma diminuição
(C) um aumento […] uma manutenção
(D) uma diminuição […] uma manutenção
6.4. Nas áreas de partida verifica-se e nas áreas de chegada verificam-se, por vezes, .
(A) saída de moeda estrangeira […] conflitos étnicos
(B) entrada de moeda estrangeira […] conflitos étnicos
(C) conflitos étnicos […] saída de moeda estrangeira
(D) conflitos étnicos […] entrada de moeda estrangeira
6.5. Com a emigração o crescimento efetivo de uma população e com a imigração
este .
(A) aumenta […] diminui
(B) diminui […] mantém-se
(C) diminui […] aumenta
(D) aumenta […] mantém-se
32 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
7. O gráfico I representa a evolução da população mundial e a previsão do crescimento até 2100. Podem ser
observados neste gráfico diferentes ritmos de crescimento.
Gráfico I
7.1. Baseado no gráfico I prevê o crescimento da população entre os seguintes momentos:
7.2. Identifica o ritmo ou o regime demográfico correspondente aos períodos A e B.
7.3. Caracteriza os ritmos demográficos A e B.
8. O Quadro 1 mostra alguns indicadores demográficos do país A e do país B.
Quadro 1
8.1. Calcula o valor da taxa de natalidade para os países A e B.
8.2. Calcula o valor da taxa de mortalidade para os países A e B.
8.3. Indica o valor da taxa de crescimento natural nos países A e B.
8.4. Calcula o valor do crescimento efetivo para os países A e B.
8.5. Indica, justificando, se os países A e B são países desenvolvidos ou países em desenvolvimento.
Período A População estimada em 1650 População estimada em 1750 Valor da diferença
Período B População estimada em 1950 População estimada em 2000 Valor da diferença
Indicadores demográficos País A País BPopulação total 2 000 000 15 000 000Total de nascimentos 22 000 600 000Total de óbitos 18 000 400 000Emigração 2 500 50 000Imigração 35 000 1 000
Guia do Professor | 33
9. As frases que se seguem relacionam-se com indicadores demográficos.
9.1. Classifica as afirmações de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A taxa de natalidade nos países desenvolvidos é, em média, superior a 20‰.
B. Os países em desenvolvimento registam esperanças médias de vida muito elevadas.
C. É no continente africano, no Sul da Ásia e no Médio Oriente que se registam as mais elevadas taxas de
natalidade do mundo.
D. Nos países desenvolvidos o valor da taxa de mortalidade infantil é muito baixo.
E. O ligeiro aumento da taxa de mortalidade nos países desenvolvidos deve-se ao envelhecimento da população.
F. O crescimento explosivo da população é consequência do aumento da taxa de natalidade.
G. Nos países desenvolvidos a percentagem de população jovem é muito elevada.
H. A redução da taxa de mortalidade nos países em desenvolvimento é devida à introdução da medicina preventiva.
I. O analfabetismo conduz à manutenção de elevadas taxas de natalidade nos países em desenvolvimento.
J. A redução da taxa de natalidade nos países desenvolvidos resulta da atividade profissional da mulher.
9.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
10. Lê, atentamente, os Textos 1 e 2 e responde às questões que sobre eles são colocadas.
10.1. Indica quatro causas da redução da natalidade no grupo de países referidos no Texto 1.
10.2. Na tua opinião, qual é a política demográfica que se deve implementar nos países referidos no Texto 2?
10.3. Enuncia quatro medidas que permitam colocar em prática a política demográfica que referiste na resposta anterior.
10.4. Explica, com detalhe, a seguinte afirmação: “A implementação de políticas demográficas nem sempre se
faz de forma explícita e obrigatória, porque há meios mais subtis para levar as pessoas a agir como é desejável”.
11. Os gráficos II e III traduzem o comportamento demográfico, ao longo do tempo, em dois grupos de países.
Gráfico II Gráfico III
TEXTO 1O velho continente está a ficar realmente velho: em cada ano que passa há mais avós que no ano precedente, mas têm cada vez menos netos.(...) Como resultado desta redução abrupta da taxa de natalidade em 2025 existirão 64,1 milhões de reformados para apenas 49 milhões de crianças.
TEXTO 2O elevado número de jovens existentes nestes países provoca todos os anos um aumento de candidatos ao casamento e, por consequência, à procriação. Este facto leva a que mesmo estes novos casais (em número superior aos das gerações anteriores) procurassem diminuir o número de filhos.
34 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
11.1. Identifica o ritmo ou o regime demográfico existente entre 1800 e 1900 que está cartografado no gráfico II.
11.2. Justifica a resposta que deste na questão anterior.
11.3. Identifica o grupo de países a que se refere o gráfico III.
11.4. Justifica a resposta que deste na questão anterior.
11.5. No gráfico II a taxa de natalidade permaneceu elevada ao longo do tempo, enquanto que a taxa de
mortalidade recuou acentuadamente no século XX.
11.5.1. Indica quatro fatores responsáveis pela manutenção dessa elevada taxa de natalidade.
11.5.2. Menciona quatro causas responsáveis pelo recuo da taxa de mortalidade, durante o século XX, nos
países a que se refere o gráfico II.
12. O terror da explosão demográfica pode não ter grande sentido. Na opinião dos especialistas, o principal
problema demográfico deste século é o envelhecimento.
12.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Os países em desenvolvimento possuem uma população envelhecida.
B. A explosão demográfica surgiu no século XX.
C. Explosão demográfica é um crescimento demográfico muito lento durante um curto período de tempo.
D. A explosão demográfica resulta de epidemias, guerras e catástrofes naturais.
E. A explosão demográfica está ainda a decorrer.
F. O ritmo de crescimento primitivo caracteriza-se por ser um crescimento demográfico lento durante um
curto período de tempo.
G. A explosão demográfica é um crescimento demográfico lento durante um período de tempo mais ou menos alargado.
H. Os países mais desenvolvidos são os países do Hemisfério Sul.
I. O ritmo de crescimento primitivo caracteriza-se por ser um crescimento demográfico rápido durante um
longo período de tempo.
J. A explosão demográfica deve-se ao crescimento da população nos países desenvolvidos.
12.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
13. A curva da população nos países em desenvolvimento cresce de forma exponencial.
13.1. Refere quatro fatores, relacionados com as taxas de mortalidade, responsáveis pelo crescimento
exponencial da população nos países em desenvolvimento.
13.2. Os gráficos IV e V mostram modelos de evolução das taxas de natalidade e de mortalidade em dois grupos
de países: desenvolvidos e em desenvolvimento.
Gráfico IV Gráfico V
Guia do Professor | 35
13.2.1. Faz a leitura dos gráficos IV e V em 1850 e em 1990.
13.2.2. Identifica o grupo de países a que pertencem os gráficos IV e V.
13.2.3. Justifica a resposta que deste na questão anterior.
13.2.4. Indica três países com um ritmo de crescimento semelhante ao do gráfico IV.
13.2.5. Refere duas consequências económicas e sociais relacionadas com o ritmo de crescimento demográfico
esquematizado no gráfico V.
13.2.6. As políticas demográficas a colocar em prática nos dois grupos de países representados pelos gráficos IV
e V podem ser natalistas ou antinatalistas.
13.2.6.1. Indica as políticas adequadas aos dois grupos de países representados nos gráficos IV e V.
13.2.6.2. Justifica a resposta que deste na questão anterior.
13.2.6.3. Refere duas medidas relacionadas com as políticas demográficas que podiam ser colocadas em prática
nos dois grupos de países.
14. Lê, atentamente, o Texto 3 e responde às questões que te são propostas.
14.1. Identifica o regime demográfico descrito no Texto 3.
14.2. Caracteriza o regime demográfico indicado na questão anterior.
14.3. Refere duas causas que levaram ao regime demográfico descrito na questão 14.1.
14.4. Caracteriza as taxas de natalidade e de mortalidade durante a vigência do regime demográfico descrito na
questão 14.1 e justifica a tua resposta.
15. Após uma leitura atenta do Texto 4, responde às questões que sobre ele são colocadas.
15.1. Indica a fase da evolução da população mundial descrita no Texto 4.
15.2. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços da frase que se segue, de modo a obteres uma
afirmação correta.
O Texto 4 corresponde ao que se passava na Europa no .
(A) século XX | (B) século XXI
(C) século XIX | (D) século XVIII
TEXTO 4(...) Tinha 7 anos quando comecei a trabalhar na manufatura: o trabalho era a fiação de lã; o trabalho decorria entre as 5 horas da manhã e as 8 da noite, com um intervalo de 30 minutos, a meio do dia, para descansar e comer (...). Eu tinha 14,5 horas de trabalho efetivo aos 7 anos (...) Na manufatura trabalhavam umas 50 crianças mais ou menos da minha idade.
Adaptado de Les memoires de L Europe
TEXTO 3Nos finais do século XVII, em França, mas também provavelmente no resto do mundo, a vida de um pai de família da classe média podia ser esquematizada do seguinte modo: tinha perdido um dos pais aos 14 anos, nascido numa família de 5 filhos, apenas viu três dos seus irmãos atingir os 15 anos...tinha vivido duas ou três grandes fomes e três ou quatro períodos de crise, ligados às más colheitas que se repetiam, em média de 10 em 10 anos.
Fourastié, J. – La grande metamorfhose du 20 siécle
36 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
15.3. Durante o século que identificaste na questão anterior a mortalidade entrou em declínio. Nas afirmações
que se seguem são apresentados possíveis fatores que podem ter contribuído para a diminuição da mortalidade.
15.3.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A mulher começou a entrar no mercado de trabalho.
B. As leis do trabalho publicadas limitaram os horários e o trabalho infantil.
C. A medicina preventiva e curativa progrediram e eliminaram doenças mortíferas.
D. A educação dos filhos começou a pesar no orçamento familiar.
E. O uso de novos materiais de construção contribuiu para a melhoria das condições higiénicas e sanitárias.
15.3.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
15.4. Identifica o grupo de países (desenvolvidos ou em desenvolvimento) responsáveis pelo regime demográfico
descrito no Texto 4.
16. O Quadro 2 mostra a taxa de fertilidade em vários países. Analisa-o com atenção e responde às questões
que se seguem.
Quadro 2
16.1. Assinala no Quadro 2, na coluna correspondente ao grupo de países, os que são desenvolvidos, com o
símbolo (PD), e os que se encontram em desenvolvimento, com o símbolo (PED).
16.2. Refere, justificando, as políticas demográficas que devem ser postas em prática nos países em
desenvolvimento assinalados no Quadro 2.
16.3. Indica três medidas que deviam ser colocadas em prática para contribuir para regulação da natalidade nos
países em desenvolvimento referidos na questão 16.1.
16.4. Refere, justificando, as políticas demográficas que devem ser postas em prática nos países desenvolvidos
assinalados no Quadro 2.
17. Após uma leitura atenta do Texto 5, responde às questões que se seguem.
TEXTO 5É evidente que os que acusam a população do Sul de fazer perigar o planeta, devido ao crescimento da sua população, só pensam numa coisa: obrigar as mulheres desses países a limitar a respetiva fecundidade. (...) Mas, investir na educação é mais benéfico do que pretender reduzir autoritariamente o tamanho das famílias. Foi esse investimento que fez a diferença entre a Ásia do Leste e a África e que implicou uma redução no seu crescimento demográfico.
Adaptado de Brunel, Sylvie, 1998. Os que vão morrer de fome
Países Taxa de Fertilidade Grupo de paísesLíbia 6,2Nova Zelândia 1,5Polónia 1,8Zâmbia 5,7Áustria 1,4Serra Leoa 6,3Madagáscar 5,9Israel 2,8Finlândia 1,8Butão 5,9
Guia do Professor | 37
17.1. Indica a fase da evolução da população mundial descrita no Texto 5.
17.2. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços da frase que se segue, de modo a obteres uma
afirmação correta.
O Texto 5 corresponde ao que se passava nos países em desenvolvimento no .
(A) século XX
(B) século XXI
(C) século XIX
(D) século XVIII
17.3. Durante o século que identificaste na questão anterior a mortalidade entrou em declínio. Nas afirmações
que se seguem são apresentados possíveis fatores que podem ter contribuído para a diminuição da mortalidade.
17.3.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Foram levadas a cabo campanhas de vacinação.
B. As leis do trabalho publicadas limitaram os horários e o trabalho infantil.
C. A alimentação sofreu uma ligeira melhoria.
D. A mulher permaneceu analfabeta e casava muito cedo.
E. Foram aplicados em larga escala produtos químicos de saneamento, sobretudo inseticidas.
17.3.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
17.4. Identifica o grupo de países (desenvolvidos ou em desenvolvimento) responsáveis pelo regime demográfico
descrito no Texto 5.
17.5. Justifica a resposta que deste na questão anterior.
38 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
6. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Bibliografia de apoio
C. G. D. (2007). Timor-Leste – No Caminho para o Desenvolvimento. Lisboa: Mediateca da Caixa Geral de Depósitos.
Figueiredo, J. M. (2005). Fluxos Migratórios e Cooperação para o Desenvolvimento - Realidades compatíveis no
contexto Europeu? Lisboa: ACIME.
Instituto de Altos Estudos Militares e Universidade Católica Portuguesa (2000). Timor um País para o Século XXI.
1ª Ed. Edições Atena, Lda.
Seixas, P. C. (2006). Timor-Leste - Viagens, Transições, Mediações. Oficina Gráfica: Universidade Fernando Pessoa.
Parreira, P. N. C. (2003). A Economia de Timor-Leste - Transição e Integração Regional e Mundial. Gabinete de
Estudos e Prospetiva Económica, Ministério da Economia.
Thomaz, L. F. (1998). De Ceuta a Timor – Memória e Sociedade. 2ª Ed. DIFEL: Difusão Editorial SA.
Thomaz, L. F. (2008). País dos Belos – Achegas para a Compreensão de Timor-Leste. Coleção Memória do Oriente.
Lisboa: Fundação Oriente.
Recursos Web
http://hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2011/download/pt/
http://hdr.undp.org/en/reports/.../timorleste/Timor-Leste_NHDR_2011_EN.pdf
http://loroneconomico.blogspot.com/
http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/conceitos.aspx
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/finalReportPort/
Unidade Temática 3Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
SUBTEMA 2Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
2.2. As estruturas sociodemográficas
Unidade Temática 3 | Os recursos de Timor-Leste – características, potencialidades e ameaças
40
1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO
SUBTEMA 2 Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
As estruturas sociodemográficas
• A estrutura etária
• A estrutura profissional
• O nível de instrução e de qualificação
• Os recursos humanos: potencialidade ou ameaça?
- Análise e interpretação de esquemas/gráficos/
mapas/censos sobre:
* a estrutura etária da população timorense;
* diferentes pirâmides etárias;
* a estrutura profissional da população timorense;
* o nível de instrução e de qualificação dos
recursos humanos timorenses.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a
estrutura etária da população timorense.
- Realização de exercícios de aplicação que
permitam construir diferentes pirâmides etárias.
- Conceção e aplicação de questionários na
população timorense que permitam caracterizar
a estrutura etária de alguns sucos.
- Realização de exercícios de aplicação sobre a estru-
tura etária da população de alguns países desen-
volvidos e de alguns países em desenvolvimento.
- Construção de documentos de divulgação (ex.:
cartazes, posters) sobre as potencialidades e as
ameaças dos recursos humanos timorenses.
- Análise de notícias de Imprensa sobre:
* a estrutura etária e profissional da população
timorense;
* o nível de instrução e de qualificação dos
recursos humanos timorenses.
- Interpretação de documentos oficiais sobre o
nível de instrução e de qualificação dos recursos
humanos timorenses.
- Realização de atividades de debate/reflexão
sobre a importância do nível de instrução e de
qualificação dos recursos humanos timorenses no
desenvolvimento do território.
- Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e
organização de informação sobre as con-sequências
da estrutura etária e profissional da população timor-
ense no desenvolvimento do território.
- Apresenta o conceito de estrutura etária da população.
- Caracteriza a estrutura etária da população de vários países.
- Analisa diferentes pirâmides etárias.
- Caracteriza a estrutura etária da população timorense.
9
- Caracteriza a estrutura profissional da população timorense. 3
- Analisa o nível de instrução e de qualificação dos recursos humanos timorenses. 2
- Reflete sobre as potencialidades e ameaças dos recursos humanos.
3
Guia do Professor | 41
2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Nesta secção apresentamos um conjunto de sugestões metodológicas que devem ser analisadas pelo(a)
professor(a) quando estiver a fazer a preparação das suas aulas sobre a temática As estruturas sociodemográficas.
As sugestões apresentadas vão ao encontro das orientações do programa de Geografia e devem ser selecionadas
pelo(a) professor(a) em função das condições que permitem a sua realização em cada escola, dependendo do
tipo de alunos e dos tempos letivos previstos para a lecionação da temática.
De que modo os recursos humanos
podem contribuir para o desenvolvimento
de Timor-Leste?
Figura 5 – Questões orientadoras da temática As estruturas sociodemográficas.
Que características apresenta a estrutura etária
da população timorense?
Qual o nível de instrução e de qualificação da
população timorense?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Que características apresentam as estruturas sociodemográficas de Timor-Leste?
As estruturas sociodemográficas- A estrutura etária
- A estrutura profissional- O nível de instrução e de qualificação
- Os recursos humanos: potencialidade ou ameaça?
Que importância pode ter o conhecimento da
estrutura etária de uma população?
Que características apresenta a estrutura
profissional da população timorense?
2.2. As estruturas sociodemográficas
42 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
A procura de respostas para a questão: Que características apresentam as estruturas sociodemográficas de Timor-
-Leste? deve passar pela análise de tabelas e de gráficos que ajudem o aluno a compreender as características
das estruturas sociodemográficas de vários países do mundo e de Timor-Leste. Devem ser analisados gráficos, na
forma de pirâmides etárias, que mostrem a estrutura etária da população de diversos países e os alunos devem
procurar compreender quais são os fatores que contribuem para as características da mesma. Importa, também,
estudar o nível de instrução e de qualificação da população e refletir acerca das potencialidades ou ameaças
que podem ter os recursos humanos no desenvolvimento dos países em geral, e de Timor-Leste, em particular.
As questões apresentadas na Figura 5 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
- Observação e interpretação de imagens relativas aos grupos etários existentes numa população (ex.: Figura
26 do Manual do Aluno) e de gráficos sobre a estrutura etária da população dos países desenvolvidos e dos
países em desenvolvimento (ex.: Figuras 28 a 40 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a estrutura etária de uma população (ex.: Atividades 24 a 28
do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em tabelas relativos à estrutura etária da população em
diferentes regiões do mundo, em alguns países desenvolvidos e em países em desenvolvimento (ex.: Tabelas
IX e X do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em gráficos (pirâmides etárias) relativos à estrutura etária
da população em diferentes distritos de Timor-Leste (ex.: Figuras 41 a 48 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a estrutura etária da população timorense (ex.: Atividade 29
do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos relativos ao índice de dependência total, ao índice de dependência de jovens
e ao índice de dependência de idosos.
- Análise e interpretação de dados apresentados em tabelas relativos ao índice de dependência de alguns
países (ex.: Tabela XI do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre o índice de dependência total, o índice de dependência de
jovens e o índice de dependência de idosos da população timorense (ex.: Atividade 30 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos relativos à estrutura profissional de uma população (ex.: indivíduo ativo,
população inativa e taxa de atividade).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a estrutura profissional de uma população (ex.: Atividade
31 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em tabelas, em gráficos e em imagens relativos à estrutura
profissional da população timorense (ex.: Tabela XII e Figuras 49 a 62 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a estrutura profissional da população timorense (ex.:
Atividades 32 e 33 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em tabelas e em imagens sobre o nível de instrução e
qualificação da população timorense (ex.: Tabela XIII do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre o nível de instrução e qualificação da população
timorense (ex.: Atividade 34 do Manual do Aluno) e sobre as potencialidades dos recursos humanos para o
desenvolvimento de Timor-Leste (ex.: Atividade 35 do Manual do Aluno).
Guia do Professor | 43
- Realização de atividades de debate/reflexão sobre a importância do aumento dos níveis de instrução e de
qualificação da população timorense.
- Desenvolvimento de um pequeno projeto de sensibilização junto da comunidade (ex.: palestra, posters, folhetos,
entre outros) sobre a importância do aumento dos níveis de instrução e de qualificação da população timorense.
- Análise e interpretação de dados e de notícias de Imprensa relativas aos níveis de instrução e de qualificação
dos timorenses e da sua importância no desenvolvimento de Timor-Leste.
- Análise de documentos de referência (ex.: Censos) que permitam conhecer a estrutura profissional da
população timorense e os seus níveis de instrução e de qualificação.
- Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e organização de informação sobre a importância dos recursos
humanos no desenvolvimento sustentável de Timor-Leste. O(A) professor(a) pode dividir a turma em quatro
grupos, onde cada grupo pesquise informações acerca de uma das seguintes temáticas:
* qualificação profissional dos timorenses;
* nível de instrução da população timorense;
* medidas que visem a melhoria da qualificação dos timorenses;
* potencialidades do setor petrolífero para o desenvolvimento económico de Timor-Leste.
Posteriormente, cada grupo apresenta à turma os resultados da pesquisa efetuada.
- Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado importantes durante a
lecionação da temática em estudo.
- Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões colocadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
- Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o(a)
professor(a) pode fornecer aos alunos o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e discutir
a importância do referido esquema na estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação da
temática As estruturas sociodemográficas.
- Em alternativa, o(a) professor(a) pode pedir aos alunos para construírem um mapa organizador de conceitos
que sintetize os principais conceitos abordados no estudo das estruturas sociodemográficas.
- Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática As estruturas sociodemográficas
do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática o(a) professor(a) pode discutir com os alunos a lista dos
conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os conhecem
e se compreendem o seu significado.
- Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto
da temática As estruturas sociodemográficas do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática o(a)
professor(a) pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as
metas de aprendizagem definidas.
- Atividade de questionamento em pares, onde o(a) professor(a) pode solicitar aos alunos que se organizem
em pares e um aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega
dá as respostas às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as
perguntas passa a dar as respostas.
44 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Comércio
Serviços públicos Estrutura
etária
ESTRUTU
RAS SO
CIOD
EMO
GRÁ
FICAS
caracterizadas através da(o)
composta por
permite
integraintegra
permite
compreender
pode apresentar
ocupam
atividades
pode ser
conflitos
por exemplo
por exemplo
por exemplo
analisada através de
considera
possuempossuem
devido
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permite
caracterizar
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efeitos
compreender
podem ser
reflete-se nosperm
ite definir
em Tim
or-Leste
Jovens
Sociais
Setor secundário
Elevadas taxas de
reprovação
Falta de professores
Escolas sobrelotadas
Elevada distância da escola
a casaIndústria
transformadora
Construção civil
Setor prim
ário
AgriculturaPecuária
População inativa
Elevado
Guerras
Idosos
Políticos
Setor terciário
População ativa
Baixo
Epidemias
Guerras Epidemias
Classe ocaBase
estreita e topo largoBase larga
e topo estreito
Estudantes, reform
ados, dom
ésticas, inválidos e
pessoas que vivem
dos rendim
entos
Indivíduos ativos
Índice de dependência
de jovens
Índice de dependência
de idosos
Nível de
desenvolvimento
dos países
Elevado nível de instrução e de qualificação
Baixo nível de instrução e de qualificação
Índice de dependência
total
Catástrofes naturais
AdultosEstrutura
social
Estrutura económ
ica
Catástrofes naturais
Grandes fluxos m
igratórios
Crises económ
icas
Países em
desenvolvimento
Países em
desenvolvimento
Baixo na população adulta e idosa
Países desenvolvidos
Países desenvolvidos
Estrutura etáriaEstrutura
profissionalN
ível de instrução e de qualificação
Índices de dependência
Grupos etários
Pirâmide etária
Taxa de
atividade
Serviços
Acontecimentos
do passado
Infraestruturas
3. MAPA O
RGAN
IZADOR DE CO
NCEITO
S
Guia do Professor | 45
4. DOCUMENTOS DE APOIO
Apresentamos, de seguida, um conjunto de documentos de apoio que podem ser utilizados pelo(a) professor(a)
na planificação e na preparação das aulas sobre a temática As estruturas sociodemográficas. Estes documentos,
se o(a) professor(a) considerar oportuno, podem ser partilhados com os alunos.
DOCUMENTO 7 – Crescem os entraves à educação para as crianças desfavorecidas, especialmente as raparigas
Apesar de taxas de matrícula no ensino primário praticamente universais em muitas regiões do mundo, persistem lacunas. Quase três em cada dez crianças em idade de frequentar o ensino primário em países com um IDH baixo não estão sequer matriculadas na escola primária e diversos obstáculos, alguns dos quais ambientais, continuam a afetar até as crianças que estão matriculadas. A falta de eletricidade, por exemplo, exerce efeitos diretos e indiretos. O acesso a eletricidade pode oferecer uma melhor iluminação, proporcionando um aumento do tempo de estudo, assim como a utilização de fogões modernos, reduzindo o tempo despendido na recolha de madeira para combustível e água, atividades que demonstraram abrandar os progressos na educação e diminuir as matrículas nas escolas. As raparigas são, geralmente, afetadas em maior grau porque estão mais propensas a aliar a recolha de recursos à escolarização. O acesso a água potável e a um melhor saneamento é também especialmente importante para a educação das raparigas, permitindo-lhes alcançar progressos em termos de saúde, poupança de tempo e privacidade.
Relatório do Desenvolvimento Humano, 2011
DOCUMENTO 8 – Desigualdade entre os géneros em Timor-Leste
O género feminino em Timor-Leste sofre de uma discriminação significativa – na família, no local de trabalho e na comunidade. As meninas, mais do que os rapazes, deixam a escola e dois terços das mulheres com idade compreendida entre os 15-60 anos são analfabetas, em comparação com menos de metade dos homens. As mulheres também sofrem de discriminação no trabalho: têm menos probabilidades de integrarem a população ativa no trabalho formal e recebem muito menos do que os homens.As mulheres, agora, têm mais acesso a informação sobre a reprodução, no entanto, muitas ainda não têm total acesso aos serviços de planeamento familiar. Como resultado, as mulheres em Timor-Leste tendem a ter elevadas taxas de fertilidade e muitas morrem no parto – a taxa de mortalidade materna vai até 800 por cada 100.000 nados vivos.A amplitude da discriminação contra as mulheres está patente no índice de desenvolvimento humano ajustado ao género (GDI). Este mostra um ligeiro incremento desde 2001, largamente devido a um aumento no rendimento feminino, embora, em contraste, tenha havido, até certo ponto, um pobre desempenho no ensino.Outra questão de séria preocupação é a violência baseada no género. As mulheres continuam a ser objeto de violência doméstica, assédio sexual no local de trabalho, violação e outras formas de maus-tratos e abuso sexual. Cerca de metade das mulheres sofrem de alguma forma de violência nas suas relações íntimas.
Relatório do Desenvolvimento Humano em Timor-Leste, 2006
DOCUMENTO 9 – Igualdade entre os géneros em Timor-Leste
Além de abranger os direitos das mulheres, a igualdade entre os géneros traz grandes benefícios à sociedade como um todo. Quando as mulheres estão numa posição mais forte, conseguem exercer uma influência benéfica no bem-estar da família. É por isso que ensinar as raparigas é um dos melhores investimentos que um país pode fazer – embora a experiência internacional sugira que as mulheres devem ter um mínimo de seis a oito anos de ensino para desenvolverem conhecimentos relativos à saúde e educação das suas crianças.
Relatório do Desenvolvimento Humano em Timor-Leste, 2006
DOCUMENTO 10 – Alfabetização e educação em Timor-Leste
Os níveis de educação também são baixos. O analfabetismo é maior dentro da população mais velha. A baixa frequência escolar é muitas vezes o resultado da pobreza. As crianças pobres tendem a matricular-se tarde e a desistir mais cedo, e como resultado, concentram-se nos níveis mais baixos, enquanto as crianças mais ricas estão mais uniformemente distribuídas na escola. Mas também há problemas de atitude em todos os grupos de rendimento: um inquérito concluiu que 32% das crianças mais pobres e 26% das crianças mais ricas expressaram ‘não ter interesse’ na escola (Banco Mundial, 2003a).
Adaptado de Relatório do Desenvolvimento Humano em Timor-Leste, 2006
46 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
5. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os exemplos de questões a seguir apresentados podem ser utilizados em fichas de trabalho ou em provas de avaliação
escrita, bem como outros que o(a) professor(a) considere que são importantes para avaliar os conteúdos concetuais,
procedimentais e atitudinais abordados durante a lecionação da temática As estruturas sociodemográficas.
DOCUMENTO 12 – Articulações entre Objetivos do Milénio (ODMs) e setores em Timor-Leste
• Pobreza e rendimento – Reduzir os níveis de pobreza permitirá às pessoas impulsionar os seus níveis de nutrição e saúde, por exemplo, e enviar mais das suas crianças para a escola por maiores períodos.
• Saúde – Melhor saúde e nutrição melhorarão a capacidade das crianças para aprender na escola e tornar os trabalhadores mais produtivos. Os baixos níveis de doença também reduzirão despesas médicas.
• Educação – Um melhor ensino irá tornar as pessoas igualmente mais produtivas e abrirá portas à participação da comunidade na política. Em Timor-Leste existe uma forte ligação entre a falta de ensino e a pobreza.
O melhoramento do acesso a água salubre e ao saneamento, por exemplo, pode trazer benefícios positivos a todos os objetivos. Uma vasta percentagem da comunidade rural bebe água não salubre e é vítima de uma série de doenças transmitidas pela água, particularmente de ordem diarreica que é causa da morte de crianças. Estas doenças evitáveis sobrecarregam os recursos das pessoas e pressionam os serviços de saúde limitados. Similarmente a pobreza, por si só, é a causa de muitos problemas de saúde – e a razão por que muitas crianças não obtêm um ensino adequado.
Adaptado de Relatório do Desenvolvimento Humano em Timor-Leste, 2006
DOCUMENTO 11 – Os objetivos de desenvolvimento do milénio (ODM) em Timor-Leste
Objetivo 2 – Alcançar uma educação primária universal Este objetivo para Timor-Leste significa que em 2015 todos os rapazes e raparigas estarão matriculados na escola com a idade de 6 anos e completarão os seis anos de ensino primário de qualidade. Para alcançar isto, o rácio líquido de matrículas tem de crescer, pelo menos, 2% por ano, a percentagem de conclusão devia duplicar para mais de 90% e as percentagens de desistências e de repetição deviam descer para menos de 2% por ano.Algumas das medidas necessárias seriam:- Aprovar e implementar a Política Nacional sobre Educação e Ensino, que coloca como prioridade o ensino básico:- Melhorar as infraestruturas escolares nas zonas onde o índice de matrículas e baixo;- Erradicar as taxas escolares e substanciais;- Criar programas de alimentação escolar e programas de desparasitação para os alunos;- Continuar a melhorar o conhecimento e as competências dos professores no sentido de os centrar nas crianças, melhorar os métodos de aprendizagem com base na participação;- Reforçar o envolvimento e apoio da comunidade através da criação de associações de pais-professores para prestarem assistência na gestão da escola.Objetivo 5 – Melhorar a saúde maternaEm 2015, o rácio da mortalidade materna em Timor-Leste tem de ser reduzido em 30% a partir da atual estimativa de entre 420 e 800 mortes por cada 1.000 nados vivos. A proporção de partos assistidos por técnicos de saúde qualificados devia aumentar de 19% para 60%.Objetivo 6 – Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doençasPara Timor-Leste, o objetivo nacional é o de restringir e reduzir a taxa de prevalência de HIV/SIDA, de reduzir a mortalidade devido à tuberculose em 90% e de tratar 90% de casos detetados por meio de tratamentos de curta duração sob vigilância direta (DOTS). Também é o de aumentar a cobertura e qualidade da deteção antecipada de casos de malária, providenciar o tratamento adequado e fornecer redes anti-insetos para camas para crianças com menos de cinco anos e mulheres grávidas.
Adaptado de Relatório do Desenvolvimento Humano em Timor-Leste, 2006
Guia do Professor | 47
QUESTÕES
1. O conhecimento das estruturas sociodemográficas de uma população é muito importante para conhecer o
nível de desenvolvimento de um país.
1.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A estrutura etária da população timorense é a repartição da população por distritos.
B. Nas pirâmides etárias os grupos etários estão divididos em escalões etários de 10 anos.
C. A estrutura etária da população é analisada, geralmente, através de uma pirâmide etária.
D. A análise das pirâmides etárias permite compreender os grandes fluxos migratórios.
E. Na Europa a percentagem de jovens é superior à de idosos.
F. A estrutura etária de Timor-Leste revela que a população timorense apresenta uma estrutura etária envelhecida.
G. A classe oca dos 30-34 anos verificada em Timor-Leste está relacionada com a instabilidade política e
social que se viveu entre 1975 e 1980.
H. Em todos os distritos de Timor-Leste há mais homens do que mulheres.
1.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
2. Estabelece a correspondência entre os conceitos apresentados na coluna I e as respetivas definições indicadas
na coluna II.
3. Seleciona a alternativa que completa cada uma das frases que se seguem, de forma a obteres afirmações corretas.
3.1. Uma classe oca é uma classe que apresenta…
(A) …mais população que a classe etária seguinte.
(B) …a mesma população que a classe etária seguinte.
(C) …menos população que a classe etária seguinte.
(D) …menos população que a classe etária anterior.
3.2. O índice de dependência total é a relação entre a população…
(A) …independente e a população em idade não ativa.
(B) …dependente e a população em idade ativa.
(C) …independente e a população em idade ativa.
(D) …dependente e a população em idade não ativa.
Coluna I Coluna II
1. Pirâmide etária
2. População inativa
3. Índice de dependência de jovens
4. Taxa de atividade
5. Estrutura etária da população
A. Representação gráfica da população por sexo e por idade.
B. Relação entre a população ativa e a população total.
C. Relação entre a população dos 0 aos 14 anos e a população dos 15 aos 64 anos.
D. Repartição da população por idades e depende da taxa de natalidade, da taxa de mortalidade e da esperança média de vida.
E. Grupo de pessoas que não representam mão de obra disponível para a produção de bens e serviços.
48 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
3.3. Na estrutura etária de uma população, consideram-se três grupos etários…
(A) …jovens, empregados e desempregados.
(B) …jovens, adultos e idosos.
(C) …médicos, engenheiros e políticos.
(D) …caçadores, agricultores e pescadores.
3.4. A análise das pirâmides etárias permite compreender acontecimentos importantes, tais como…
(A) …o clima de uma região.
(B) …o número de batizados ocorridos durante um ano numa região.
(C) …os efeitos das crises económicas e sociais.
(D) …o número de divórcios ocorridos numa região nos últimos cinco anos.
3.5. O efeito Baby Boom relaciona-se com…
(A) …a diminuição da natalidade em todo o mundo, após o final da Segunda Guerra Mundial.
(B) …o aumento da natalidade em todo o mundo, após o final da Primeira Guerra Mundial.
(C) …o aumento da natalidade em todo o mundo, após o final da Segunda Guerra Mundial.
(D) …a diminuição da natalidade em todo o mundo, após o final da Primeira Guerra Mundial.
3.6. O setor primário da economia engloba…
(A) …o comércio, a agricultura e a pesca.
(B) …a agricultura, a construção civil e os serviços públicos.
(C) …o comércio, os serviços públicos e privados.
(D) …a agricultura, a pesca e a pecuária.
4. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços de cada uma das frases que se seguem, de modo a
obteres afirmações corretas.
4.1. Uma pirâmide etária com uma base e um topo caracteriza uma população envelhecida.
(A) estreita […] estreito
(B) estreita […] largo
(C) larga […] estreito
(D) larga […] largo
4.2. As pirâmides etárias com uma base são características dos países em desenvolvimento e as
pirâmides etárias com topo são características dos países desenvolvidos.
(A) estreita […] largo
(B) estreita […] estreito
(C) larga […] largo
(D) larga […] estreito
4.3. O índice de dependência de idosos é nos países em desenvolvimento, dado que a esperança
média de vida é .
(A) elevado […] baixa
(B) baixo […] baixa
(C) baixo […] elevada
(D) elevado […] elevada
Guia do Professor | 49
4.4. Nas pirâmides etárias o eixo vertical corresponde à escala e o eixo horizontal representa a
escala .
(A) das classes etárias […] do número de elementos masculinos e femininos
(B) do número de elementos empregados e desempregados […] das classes etárias
(C) do número de elementos masculinos e femininos […] das classes etárias
(D) das classes etárias […] do número de mortos num ano
4.5. As pirâmides etárias com duplo envelhecimento devem-se na base à e no topo à .
(A) elevada taxa de natalidade […] baixa esperança de vida
(B) elevada esperança de vida […] baixa taxa de natalidade
(C) baixa taxa de natalidade […] elevada esperança de vida
(D) baixa esperança de vida […] elevada taxa de natalidade
5. A juventude e o envelhecimento da população refletem-se nos índices de dependência.
5.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Os países em desenvolvimento apresentam um índice de dependência total elevado.
B. Nos países desenvolvidos o índice de dependência total é elevado.
C. O alargamento do escalão etário da população de 60-64 anos em quase todo o mundo deve-se ao efeito
Baby Boom.
D. O índice de dependência de jovens é a relação entre a população dos 0 aos 14 anos e a população dos 15
aos 64 anos.
E. O índice de dependência de idosos é a relação entre a população de 55 e mais anos e a população dos 15
aos 54 anos.
F. Nos países em desenvolvimento é maior a dependência em relação aos idosos do que aos jovens.
G. O índice de dependência de idosos é baixo nos países desenvolvidos.
H. Nos países desenvolvidos a proporção de idosos é elevada devido à elevada esperança média de vida.
5.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
6. A figura 1 apresenta as pirâmides etárias de dois grupos de países.
Figura 1
Idade(anos)
50 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
6.1. Apresenta as características da pirâmide etária A da figura 1.
6.2. Indica o grupo de países que apresenta uma pirâmide etária idêntica à pirâmide etária A e o grupo de países
que apresenta uma pirâmide etária idêntica à pirâmide etária B da figura 1.
6.3. Justifica a resposta que deste na questão anterior.
6.4. Menciona duas consequências económicas resultantes de uma estrutura etária semelhante à da figura 1A
e à da figura 1B.
6.5. Refere duas consequências sociais resultantes de uma estrutura etária semelhante à da figura 1A e à da figura 1B.
6.6. Indica qual das pirâmides terá maior índice de dependência de idosos. Justifica a tua resposta.
6.7. Menciona duas consequências negativas de um elevado índice de dependência de idosos.
6.8. Sugere, justificando, duas medidas que possam contribuir para diminuir os problemas referidos na questão anterior.
7. Seleciona a alternativa que completa cada uma das frases que se seguem, de forma a obteres afirmações corretas.
7.1. A população ativa é constituída por todas as pessoas que…
(A) …se encontram desempregadas.
(B) …representam mão de obra disponível para a produção de bens e serviços.
(C) …representam mão de obra indisponível para a produção de bens e serviços.
(D) …se encontram a frequentar a escola.
7.2. A população inativa é formada por…
(A) …estudantes, reformados, professores, inválidos para o trabalho e pessoas que vivem dos rendimentos.
(B) …reformados, domésticas, médicos, inválidos para o trabalho e pessoas que vivem dos rendimentos.
(C) …estudantes, reformados, domésticas, inválidos para o trabalho e pessoas que vivem dos rendimentos.
(D) …reformados, domésticas, estudantes, pessoas que vivem dos rendimentos e políticos.
7.3. A taxa de atividade é a relação entre a população…
(A) …ativa e a população total.
(B) …inativa e a população total.
(C) …ativa e a população inativa.
(D) …estudantil e a população total.
8. O conhecimento da estrutura profissional de uma população ajuda a compreender o nível de desenvolvimento
de um país.
8.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A taxa de atividade depende da estrutura etária e da estrutura económica e social de uma população.
B. Uma proporção de jovens muito baixa leva a que as taxas de atividade sejam reduzidas.
C. Uma elevada percentagem de idosos leva a que a taxa de atividade seja elevada.
D. A emigração reduz a população ativa e a imigração aumenta-a.
E. A idade mínima em que se considera um indivíduo ativo pode situar-se entre os 10 e os 15 anos.
F. Nos países com níveis de escolaridade mais baixos a entrada no mercado de trabalho é mais tardia.
G. Nos países mais desenvolvidos a entrada no mundo do trabalho é mais tardia.
H. A participação das mulheres no mundo do trabalho diminui a taxa de atividade de uma dada população.
8.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
Guia do Professor | 51
9. A taxa de atividade de uma população é muito importante para avaliar o nível de desenvolvimento de um país.
9.1. Distingue população ativa de taxa de atividade.
9.2. Refere dois fatores que influenciam a variação da taxa de atividade.
9.3. Relaciona a taxa de atividade de uma população com o nível de desenvolvimento dos países.
9.4. Justifica a evolução do setor terciário em Timor-Leste nos últimos cinco anos.
10. Faz corresponder cada uma das descrições relativas às atividades da população ativa, expressas na coluna I,
ao respetivo setor de atividade, que consta da coluna II.
11. A estrutura profissional de Timor-Leste espelha o seu nível de desenvolvimento.
11.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Em 2010 a taxa de atividade em Timor-Leste foi superior a 70%.
B. Em Timor-Leste o setor primário é dominante.
C. A distribuição da população ativa pelos setores de atividade económica traduz o nível de desenvolvimento
económico em Timor-Leste.
D. A economia de Timor-Leste é predominantemente agrária.
E. O setor secundário encontra-se muito desenvolvido em Timor-Leste.
F. A pesca é uma atividade industrial muito importante para a economia timorense.
G. Em Díli o setor terciário é dominante.
H. Uma das indústrias predominantes em Timor-Leste é a têxtil.
11.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
12. Os níveis de instrução e de qualificação da população timorense ajudam a compreender o nível de
desenvolvimento de Timor-Leste.
12.1. Indica duas consequências que tem para Timor-Leste o baixo nível de instrução da população adulta.
12.2. Menciona duas causas das elevadas taxas de analfabetismo verificadas em Timor-Leste.
12.3. Refere duas medidas que podiam ser tomadas em Timor-Leste para reduzir os níveis atuais de analfabetismo.
Coluna I Coluna II
(a) Saúde
(b) Extração de petróleo
(c) Agricultura
(d) Serviços públicos
(e) Comércio
(f) Educação
(g) Pecuária
(h) Obras públicas
(i) Indústria transformadora
(1) Setor primário
(2) Setor secundário
(3) Setor terciário
52 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
13. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços de cada uma das frases que se seguem, de modo
a obteres afirmações corretas.
13.1. Timor-Leste apresenta uma taxa de natalidade , uma estrutura etária da população e
a maioria da população vive em áreas .
(A) elevada […] envelhecida […] rurais
(B) elevada […] jovem […] rurais
(C) baixa […] jovem […] urbanas
(D) baixa […] jovem […] rurais
13.2. Em Timor-Leste as receitas devem permitir a criação de bens públicos que a
produtividade.
(A) industriais […] diminuam
(B) agrícolas […] induzam
(C) da pesca […] aumentem
(D) petrolíferas […] aumentem
13.3. Em Timor-Leste devem ser implementadas políticas que reforcem o investimento na , no
sentido de esta poder criar emprego e aumentar a procura de produtos .
(A) importação […] locais
(B) exportação […] importados
(C) agricultura […] locais
(D) agricultura […] importados
14. Tendo em conta as informações partilhadas procura responder às questões que a seguir se colocam.
14.1. Refere quais são as áreas de Timor-Leste onde são mais baixos os níveis de pobreza.
14.2. Indica qual é o setor de atividade que em Timor-Leste mais contribui para o crescimento económico.
14.3. Refere duas medidas que devem ser implementadas para diminuir os níveis de pobreza em Timor-Leste.
14.4. Justifica a importância que a melhoria dos níveis de qualificação da população timorense pode ter para o
desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
Guia do Professor | 53
6. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Bibliografia de apoio
C. G. D. (2007). Timor-Leste – No Caminho para o Desenvolvimento. Lisboa: Mediateca da Caixa Geral de Depósitos.
Faculdade de Arquitetura – Universidade Técnica de Lisboa & GERTIL (2002). Atlas de Timor-Leste. LIDEL – Edições
Técnicas Lda.
Figueiredo, J. M. (2005). Fluxos Migratórios e Cooperação para o Desenvolvimento - Realidades compatíveis no
contexto Europeu? Lisboa: ACIME.
Instituto de Altos Estudos Militares e Universidade Católica Portuguesa (2000). Timor um País para o Século XXI.
1ª Ed. Edições Atena, Lda.
Seixas, P. C. (2006). Timor-Leste - Viagens, Transições, Mediações. Oficina Gráfica: Universidade Fernando Pessoa.
Parreira, P. N. C. (2003). A Economia de Timor-Leste - Transição e Integração Regional e Mundial. Gabinete de
Estudos e Prospetiva Económica, Ministério da Economia.
Thomaz, L. F. (1998). De Ceuta a Timor – Memória e Sociedade. 2ª Ed. DIFEL: Difusão Editorial SA.
Thomaz, L. F. (2008). País dos Belos – Achegas para a Compreensão de Timor-Leste. Coleção Memória do Oriente.
Lisboa: Fundação Oriente.
Recursos Web
http://hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2011/download/pt/
http://hdr.undp.org/en/reports/.../timorleste/Timor-Leste_NHDR_2011_EN.pdf
http://loroneconomico.blogspot.com/
http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/conceitos.aspx
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/finalReportPort/
Unidade Temática 3Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
SUBTEMA 2Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
2.3. Distribuição espacial da população no território
Guia do Professor | 55
1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO
SUBTEMA 2 Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
Distribuição espacial da população no território
• Os fatores condicionantes da distribuição da população
• As áreas mais povoadas
• As áreas despovoadas
- Análise e interpretação de esquemas/gráficos/
mapas sobre:
* a densidade populacional;
* os fatores naturais que condicionam a
distribuição da população;
* os fatores económicos, históricos e sociais que
condicionam a distribuição da população;
* a localização das áreas mais povoadas no
mundo e no território timorense;
* a localização das áreas menos povoadas no
território timorense.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre:
os fatores que condicionam a distribuição da
população, a distribuição do povoamento no
mundo e as consequências da concentração da
população em áreas urbanas.
- Localização, recorrendo a mapas de diferentes
escalas de Timor-Leste, das áreas mais povoadas e
mais despovoadas do território.
- Discussão dos fatores que terão condicionado a
distribuição da população em Timor-Leste.
- Realização de exercícios de aplicação sobre fatores
naturais e fatores económicos, históricos e sociais
condicionantes da distribuição da população.
- Análise de notícias de Imprensa sobre:
* a distribuição da população timorense;
* os fatores que condicionam a distribuição da
população timorense.
- Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa
e organização de informação sobre as con-
sequências da distribuição desigual da população
no território timorense.
- Construção de um mapa organizador de
conceitos que sintetize os principais conceitos
abordados no estudo da distribuição espacial da
população no território timorense.
- Conhece o conceito de densidade populacional.
- Apresenta fatores naturais condicionantes da distribuição da população.
- Indica fatores económicos, históricos e sociais condicionantes da distribuição da população.
10
- Refere as áreas mais povoadas do mundo e do território timorense.
- Menciona consequências da concentração da população em áreas urbanas.
4
- Identifica as áreas despo-voadas de Timor-Leste.
3
Unidade Temática 3 | Os recursos de Timor-Leste – características, potencialidades e ameaças
56 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Nesta secção apresentamos um conjunto de sugestões metodológicas que devem ser analisadas pelo(a)
professor(a) quando estiver a fazer a preparação das suas aulas sobre a temática Distribuição espacial da
população no território. As sugestões apresentadas vão ao encontro das orientações do programa de Geografia
e devem ser selecionadas pelo(a) professor(a) em função das condições que permitem a sua realização em cada
escola, dependendo do tipo de alunos e dos tempos letivos previstos para a lecionação da temática.
Que características apresentam os grandes
focos populacionais?
Que consequências advêm do crescimento
demográfico das cidades?
Figura 6 – Questões orientadoras da temática Distribuição espacial da população no território.
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Como se distribui a população no território timorense?
Distribuição espacial da população no território- Distribuição da população
- Fatores condicionantes da distribuição da população- Desertos humanos e focos populacionais
- Distribuição da população timorense - Consequências do crescimento demográfico das cidades
Que fatores condicionam a distribuição
da população?
Que características apresentam os grandes
desertos humanos?
2.3. Distribuição espacial da população no território
A procura de respostas para a questão: Como se distribui a população no território timorense? deve passar pela análise
de mapas, de gráficos e de tabelas que ajudem o aluno a compreender quais são os fatores que condicionam a distribuição da
população, analisando as áreas mais povoadas e mais despovoadas do planeta Terra. Pretende-se, também, abordar a distribuição
da população timorense e refletir acerca das consequências da concentração da população em áreas urbanas.
As questões apresentadas na Figura 6 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
- Observação e interpretação de imagens e mapas relativos às áreas repulsivas para a população existentes no
planeta Terra (ex.: Figura 65 do Manual do Aluno).
Guia do Professor | 57
- Realização de uma atividade de debate/discussão com os alunos acerca dos fatores que condicionam a
distribuição da população no mundo.
- Análise e interpretação de dados apresentados em mapas e gráficos relativos à distribuição mundial dos
climas e à sua influência na distribuição da população e da vegetação e na produtividade humana (ex.: Figuras
66 a 68 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as áreas repulsivas da população e os fatores que influenciam
a distribuição da população no planeta Terra (ex.: Atividades 36 e 37 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em mapas e fotografias relativos à distribuição mundial do
relevo e à sua influência na distribuição da população (ex.: Figuras 69 a 71 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a influência do relevo na distribuição da população (ex.:
Atividade 38 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em fotografias relativos às características do solo e do subsolo
e à sua influência na distribuição da população (ex.: Figuras 72 a 75 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a influência do solo na distribuição da população (ex.: Atividade
39 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos relativos à influência da vegetação e da agricultura na distribuição da
população (ex.: florestas equatoriais, florestas boreais, estepes, pradarias, agricultura intensiva, agri-
cultura itinerante).
- Análise e interpretação de dados apresentados em fotografias relativos à influência da vegetação e da
agricultura na distribuição da população (ex.: Figuras 76 a 79 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a influência da vegetação e do solo na distribuição da população
(ex.: Atividade 40 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em mapas relativos à localização das grandes concentrações
industriais na China e nos EUA (ex.: Figuras 80 a 81 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão com os alunos acerca da importância da indústria na
distribuição da população no mundo.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a influência da indústria na distribuição da população (ex.:
Atividade 41 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em fotografias e em tabelas relativos à influência das cidades
na distribuição da população (ex.: Figuras 82 e 83 e Tabela XIV do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em fotografias e em mapas relativos à influência das vias de
comunicação (ex.: Figuras 84 a 91 do Manual do Aluno) e das migrações (ex.: Figura 92 do Manual do Aluno) na
distribuição da população.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a influência das vias de comunicação e transporte na
distribuição da população (ex.: Atividade 42 do Manual do Aluno) e das migrações na distribuição da população
(ex.: Atividade 43 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos relativos aos desertos humanos e aos focos populacionais (ex.: foco populacional,
deserto humano, densidade populacional).
- Análise e interpretação de dados apresentados em mapas e em tabelas relativos à distribuição mundial da
população (ex.: Figuras 93 e 94 e Tabelas XV e XVI do Manual do Aluno).
58 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
- Análise e interpretação de dados apresentados em mapas, figuras e tabelas relativos à distribuição da
população nos grandes focos populacionais (ex.: Figuras 95 a 97 e Tabela XVII do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão com os alunos acerca das razões que poderão ter levado à
criação dos grandes focos populacionais existentes no planeta Terra.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre os grandes focos de população mundiais (ex.: Atividades 44,
45 e 46 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em fotografias e em tabelas relativos à distribuição da
população em Timor-Leste (ex.: Figuras 98 a 102 e Tabela XVIII do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão com os alunos acerca das razões que poderão ter levado à
distribuição da população verificada atualmente em Timor-Leste.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a distribuição da população em Timor-Leste (ex.: Atividade
47 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados apresentados em fotografias relativas às consequências do crescimento
demográfico das cidades (ex.: Figuras 103 a 110 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as consequências do crescimento demográfico das cidades
(ex.: Atividade 48 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de dados e de notícias de Imprensa sobre as consequências do crescimento
demográfico das cidades timorenses.
- Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e organização de informação sobre as consequências do
crescimento demográfico das cidades timorenses. O(A) professor(a) pode dividir a turma em quatro grupos,
onde cada grupo pesquise informações acerca de uma das seguintes consequências do crescimento das cidades:
* a nível do ambiente;
* a nível da estrutura profissional dos habitantes;
* a nível social;
* a nível económico;
* ou outra que o(a) professor(a) considere pertinente.
Posteriormente, cada grupo apresenta à turma os resultados da pesquisa efetuada e, no final, o(a) professor(a)
pode moderar um debate na turma acerca das soluções que podem ser implementadas para minimizar as
consequências apresentadas pelos alunos.
- Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática. O(A) professor(a) pode pedir aos
alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado importantes durante a lecionação da temática em estudo.
- Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões colocadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
- Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o(a) professor(a)
pode fornecer aos alunos o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e discutir a importância do
referido esquema na estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação da temática Distribuição
espacial da população no território.
- Em alternativa, o(a) professor(a) pode pedir aos alunos para construírem um mapa organizador de conceitos
que sintetize os principais conceitos abordados no estudo da distribuição espacial da população no território.
Guia do Professor | 59
- Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática Distribuição espacial da população
no território do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática o(a) professor(a) pode discutir com os alunos
a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os
conhecem e se compreendem o seu significado.
- Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática
Distribuição espacial da população no território do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática o(a)
professor(a) pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as
metas de aprendizagem definidas.
- Atividade de questionamento em pares, onde o(a) professor(a) pode solicitar aos alunos que se organizem
em pares e um aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega
dá as respostas às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as
perguntas passa a dar as respostas.
60 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Atividade hum
anaAtividade agrícola
Tipo de agricultura
Aparecimento
das civilizações
Foco europeuFoco asiático
Foco norte-americano
71 habitantes/km2
Encosta Norte
Grandes m
igrações
Repulsa da população
Procura de habitação
Equipamentos
sociais Construção de infraestruturas
Intensificação do trânsito
Ausência de espaços verdes
Aumento
da poluiçãoDesem
prego e subem
prego
Criação de grandes
aglomerados
populacionais
Diminuição do
número de pessoas
nas áreas de partida
Aumento do núm
ero de pessoas nas áreas
de chegadaProcura de melhores
condições de vida
Localizados em zonas com
condições m
uito adversas
Grandes agregados populacionais
influenciada por fatores
leva ao aparecim
ento de
DISTRIBU
IÇÃO D
A POPU
LAÇÃO
por exemplo
por exemplo
por exemplo
por exemplo
têm consequências ao nível da
levam a
motivadas por
influenciacondiciona
atraem
abundância de recursos
minerais
muito
abundante
por exemplo
por exemplo
predominante
possuem
não é uniforme
em Tim
or-Leste
Clima
RelevoSolo
Indústria
Subsolo
Cidades
VegetaçãoTransportesAgricultura
Pecuária
Naturais
Cidades
Humanos
Histórico-sociais
Áreas
repulsivas
Regiões
desérticas
Áreas
atrativasDesertos
humanos
Focos
populacionais
Regiões
do litoral
3. MAPA O
RGAN
IZADOR DE CO
NCEITO
S
Guia do Professor | 61
4. DOCUMENTOS DE APOIO
Apresentamos, de seguida, alguns documentos de apoio que podem ser utilizados pelo(a) professor(a) na
planificação e na preparação das aulas aquando da lecionação da temática Distribuição espacial da população no
território. Estes documentos, se o(a) professor(a) considerar oportuno, podem ser partilhados com os alunos.
DOCUMENTO 13 – Trabalhadores migrantes especializados passageiros
Também «escondido da história», mas de uma forma muito diferente, está um grande grupo de trabalhadores migrantes internacionais passageiros altamente especializados como contabilistas, peritos em informática, advogados, professores universitários, médicos, gestores de empresas, engenheiros de construção e consultores. Alguns são consultores freelance, mas a maioria trabalha para empresas internacionais que tentam finalizar contratos, iniciar negócios ou estabelecer sucursais no país de destino. O elemento crucial aqui é que os trabalhadores migrantes não estão a deixar o seu local de origem para sempre. Em comunicações recentes, este grupo de trabalhadores migrantes foi designado de maneiras diferentes como «trabalhadores migrantes especializados passageiros», «pessoas de passagem» ou «seminaturalizados» (no sentido de estrangeiro privilegiado). Não possuem amplos direitos cívicos nos novos países onde trabalham. Por exemplo, não podem votar, não podem apoiar-se nos sistemas de segurança social e não têm direitos de residência permanente. Mas, na realidade, também não precisam destas facilidades e privilégios. Se quiserem votar, podem exercer o seu direito de voto pelo correio. As empresas onde trabalham fazem-lhes seguros, muitas vezes pagam o ensino privilegiado dos filhos, providenciam pensões generosas e subsidiam as visitas familiares. Outros funcionam nas fendas entre o turismo, o trabalho independente e o trabalho com agências.
Cohen, Robin. Globalização, migração internacional e cosmopolitismo quotidiano. In Barreto, A. (2005). Globalização e Migrações. 1ª Ed. Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
DOCUMENTO 14 – A especificidade das migrações atuais da África Subsariana
No entanto, a imagem da migração africana estaria incompleta se não tivéssemos em conta duas outras dimensões. Cada vez que rebenta um conflito étnico surge um fluxo de refugiados, a maioria dos quais se dirige, obviamente, para os países vizinhos, mas muitos outros fogem para os antigos países coloniais. A segunda consideração diz respeito à migração de cérebros. Especialmente em França, muitos estudantes africanos que vieram fazer o doutoramento não regressaram a África para aí trabalharem. No total, tudo indica que 100 000 emigrantes africanos altamente qualificados encontraram emprego fora de África, principalmente na Europa. Este número é tão elevado como o dos cooperantes altamente qualificados do Ocidente que estão empregados em África.
Leman, Johan. Europa da Norte: da emigração e semelhança à diferença e globalização mediada. In Barreto, António (2005). Globalização e Migrações. 1ª Ed. Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
DOCUMENTO 15 – Um mercado de trabalho informal e segmentado: a lógica perversa da vitimização…Deixando de lado os migrantes altamente qualificados e ricos do «Norte», deparamo-nos com um conjunto bastante específico de nichos de emprego ocupados pelos imigrantes. O emprego dos imigrantes nestes segmentos e nichos é muitas vezes altamente segregado por sexo e racializado. A informalização da economia tem sido especialmente forte na agricultura e no setor de serviços, onde a grande maioria dos migrantes pobres trabalha. Esta ligação entre os imigrantes e a economia «clandestina» ou «escondida» foi investigada de forma exaustiva no Sul da Europa. O que esta investigação revela, entre outras coisas, é que seria perigoso inferir quaisquer ligações causais simples — por exemplo, que os migrantes «causaram» de certa forma o desenvolvimento do setor informal. Em vez disso, os dois interagiram de uma forma simbiótica, tendo por base a existência já estabelecida de um mercado de trabalho informal antes da chegada do grosso dos imigrantes.A informalização, a segmentação e a terciarização são, portanto, as tendências gerais mais disseminadas que enquadram a inserção no mercado de trabalho dos imigrantes chegados de países pobres, aliadas, obviamente, aos fatores de «empurra» das sociedades de origem. O processo de preenchimento por parte dos imigrantes dos trabalhos mais baixos e mais mal pagos dos crescentes setores casualizados do mercado de trabalho é também determinado por uma conceção perfeitamente definida daquilo que são tipos de trabalhos «aceitáveis», por oposição a «inaceitáveis», por parte de uma população indígena caracterizada por níveis cada vez mais elevados de educação formal, pelo snobismo do prestígio familiar e pelos valores da classe média. Assim, tanto no que se refere às medidas objetivas dos salários, tipos de trabalho, níveis de segurança no trabalho, etc., como à mentalidade das pessoas locais (e dos imigrantes), encontramos no Sul da Europa urna exemplificação perfeita da bem conhecida hipótese do mercado de trabalho duplo, (…) segundo a qual os imigrantes constituem o «exército de reserva» de mão de obra barata, flexível e explorável.
King, Russell e Natália Ribas-Mateos. Migração internacional e globalização no Mediterrâneo: o «modelo do Sul da Europa». In Barreto, A. (2005). Globalização e Migrações. 1ª Ed. Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
62 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
DOCUMENTO 16 – Impactos da urbanização na degradação do solo urbano e sua relação com o incremento de inundações urbanas
A construção descontrolada é uma das várias consequências do crescimento demográfico verificado nas últimas décadas. Este crescimento populacional gerou uma forte pressão urbanística, não acompanhada convenientemente pelas instituições e normas urbanísticas.A falta de planeamento em relação aos recursos pedológicos e hidrológicos, tem vindo a acentuar o conflito existente entre o ambiente natural e o desenvolvimento físico-urbanístico.Com o aumento do processo de urbanização assiste-se à desflorestação, ocupação de áreas inadequadas para a construção de infraestruturas e à proliferação da atividade industrial em meio urbano, fatores que têm consequências graves ao nível da degradação do solo. Durante o processo de urbanização assiste-se à compactação do solo, que tem como consequência direta a diminuição da infiltração e o aumento do escoamento superficial, que pode levar à ocorrência de inundações nas áreas a jusante.
A atividade industrial em meio urbano tem graves sequelas, tanto nas águas, como no solo, devido à contaminação provocada pela descarga de resíduos e efluentes, que vão ser transportados para os campos agrícolas, promovendo a contaminação.A impermeabilização, a ocupação inadequada do solo, a desflorestação e a construção de condutas de escoamento pluvial de forma empírica e, portanto, sem condições técnicas adequadas, geram um incremento da magnitude e frequência de inundações.Com a evolução tecnológica surgida na última década, a modelação hidrológica aliada à tecnologia SIG contribuiu decisivamente para a elaboração de diagnósticos ambientais.
Pedrosa, A. & Faria, R. (2005). International Symposium in Land Degradation and Desertification.
DOCUMENTO 17 – A urbanização crescente, combinada ao aquecimento global, está a causar mais e maiores desastres naturais, conclui um relatório da Cruz Vermelha Internacional
O World Disasters Report 2010, divulgado na semana passada, diz que os desastres naturais em 2009 foram “relativamente suaves”, mas alerta para um aumento nas condições climáticas extremas nos próximos anos, oferecendo um risco cada vez maior para moradores de regiões urbanas.Pela primeira vez na história, destaca o relatório, há mais pessoas a viver nas cidades grandes do que nas áreas rurais. Estima-se que atualmente 3,5 mil milhões de pessoas vivam nas grandes cidades e 3,4 bilhões em áreas rurais. Aproximadamente 2,6 mil milhões de moradores de regiões urbanas estão em países pobres e cerca de 1 milhar de milhão deles vive em favelas e áreas ocupadas ilegalmente.
A Cruz Vermelha cita o Haiti como exemplo do que pode acontecer a muitos países pobres. “A capital do Haiti, Porto Príncipe, foi projetada para 250 mil pessoas, mas tinha mais de 2 milhões de habitantes – 90% deles a viver em favelas - quando o terramoto a atingiu em janeiro deste ano”, diz Cees Breederveld, da Cruz Vermelha holandesa. “Moradores de favelas são muito mais vulneráveis a desastres por causa da infraestrutura frágil, pela falta de facilidades sanitárias e água potável, e por suas condições precárias.”No caso de um desastre, as cidades mais pobres do mundo com mais de um milhão de habitantes enfrentarão os mesmos riscos que Porto Príncipe, alerta Breederveld. “Mesmo sem nenhum desastre, a mortalidade infantil no Quénia, por exemplo, é 16 vezes maior do que na Austrália. E a urbanização continua a avançar dramaticamente. Há 60 anos, só 75 cidades tinham mais que um milhão de habitantes. Hoje são quase 450 cidades assim.”Breederveld também conclui que as mudanças climáticas têm um papel importante em desastres naturais: “O número de catástrofes causadas por desastres naturais (terramotos, tempestades, erupções vulcânicas), ou por epidemias tem permanecido constante, mas nos últimos 15 anos houve um aumento dramático no número de desastres causados pelo aquecimento global.”
World Disasters Report, 2010
Guia do Professor | 63
5. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os exemplos de questões a seguir apresentados podem ser utilizados em fichas de trabalho ou em provas
de avaliação escrita, bem como outros que o(a) professor(a) considere que são importantes para avaliar os
conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais abordados durante a lecionação da temática Distribuição
espacial da população no território.
QUESTÕES
1. O conhecimento da distribuição espacial da população ajuda a compreender quais são os fatores que a
podem influenciar.
1.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A distribuição da população sobre a superfície terrestre não é uniforme.
B. As áreas pouco povoadas são chamadas áreas atrativas.
C. As regiões do litoral de muitos países são áreas atrativas.
D. Os fatores histórico-sociais influenciam a distribuição da população.
E. Temperaturas bastante baixas aumentam a capacidade de trabalho.
F. Valores elevados de humidade relativa do ar diminuem a capacidade de trabalho.
G. Áreas agrícolas de elevado rendimento conduzem ao aparecimento de regiões pouco povoadas.
H. O relevo acidentado facilita a prática da agricultura.
1.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
2. Estabelece a correspondência entre o tipo de fatores que influenciam a distribuição da população apresentados
na coluna I e os respetivos fatores indicados na coluna II.
3. Seleciona a alternativa que completa cada uma das frases que se seguem, de forma a obteres afirmações corretas.
3.1. A distribuição da população é influenciada por fatores…
(A) …económicos, políticos e climáticos.
(B) …naturais, humanos e histórico-sociais.
(C) …artificiais, humanos e histórico-sociais.
(D) …económicos, humanos e ambientais.
Coluna I Coluna II
1. Fatores naturais
2. Fatores humanos
3. Fatores histórico-sociais
A. Solo
B. Transportes e comunicações
C. Subsolo
D. Localização das cidades
E. Relevo
F. Indústria
G. Grandes civilizações
64 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
3.2. Os habitantes das áreas mais elevadas das cordilheiras dos Himalaias apresentam pulmões…
(A) …menores e menor número de glóbulos vermelhos.
(B) …menores e maior número de glóbulos vermelhos.
(C) …maiores e menor número de glóbulos vermelhos.
(D) …maiores e maior número de glóbulos vermelhos.
3.3. Na estrutura etária de uma população, consideram-se três grupos etários…
(A) …jovens, empregados e desempregados.
(B) …jovens, adultos e idosos.
(C) …médicos, engenheiros e políticos.
(D) …caçadores, agricultores e pescadores.
3.4. As grandes florestas equatoriais são zonas…
(A) …de fraca ocupação humana.
(B) …de elevada ocupação humana.
(C) …de grandes aglomerados populacionais.
(D) …muito atrativas para a construção de cidades.
3.5. A agricultura itinerante sobre queimada leva ao aparecimento de zonas…
(A) …com elevadas densidades populacionais.
(B) …com baixas densidades populacionais.
(C) …sem população.
(D) …com médias densidades populacionais.
3.6. O desenvolvimento das vias de comunicação e transporte permite que o Homem…
(A) …se desloque mais lentamente e com menor conforto.
(B) …se desloque mais rapidamente e com maior conforto.
(C) …se desloque mais rapidamente e com menor conforto.
(D) …as evite, pois aumentam muito o consumo de combustíveis.
3.7. A temperatura ideal para uma maior produtividade humana situa-se entre…
(A) …25oC e 35oC.
(B) …0oC e 10oC.
(C) …20oC e 22oC.
(D) …5oC e 30oC.
3.8. A densidade populacional pode ser definida como…
(A) …a ocupação humana de uma pequena cidade.
(B) …a chegada de pessoas a uma região atrativa.
(C) …o número de habitantes a residir temporariamente num determinado local.
(D) …o número de habitantes existentes numa determinada área.
3.9. As regiões com produtividade vegetal máxima…
(A) …apresentam as melhores condições para a fixação humana.
(B) …correspondem a vazios humanos.
(C) …são densamente povoadas apenas na região equatorial.
(D) …não interferem na ocupação humana.
Guia do Professor | 65
3.10. As regiões elevadas são pouco povoadas porque…
(A) …os solos são muito férteis.
(B) …a instalação de vias de comunicação é difícil.
(C) …os declives permitem a formação de solos férteis.
(D) …o organismo humano está adaptado a essas condições.
3.11. A exploração dos minerais do subsolo é importante porque permite…
(A) …a diminuição da poluição dos solos.
(B) …a criação de empregos.
(C) …a melhoria nas condições de saúde dos mineiros.
(D) …o desenvolvimento agrícola.
3.12. O tipo de agricultura compatível com elevadas densidades populacionais é...
(A) …a agricultura extensiva e monocultural.
(B) …a cultura alagada do arroz da Ásia das Monções.
(C) …a agricultura extensiva e policultural.
(D) …a agricultura praticada nas plantações.
3.13. O desenvolvimento industrial é…
(A) …responsável pelo aparecimento de desemprego.
(B) …gerador de conflitos políticos.
(C) …compatível com baixas densidades populacionais.
(D) …forte onde há mão de obra abundante e barata.
4. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços de cada uma das frases que se seguem, de modo a
obteres afirmações corretas.
4.1. Valores de humidade relativa do ar produzem a sensação de desconforto e a
atividade física.
(A) elevados […] aumentam
(B) elevados […] diminuem
(C) baixos […] aumentam
(D) baixos […] não afetam
4.2. As zonas que apresentam vegetação são povoadas.
(A) média […] menos
(B) média […] mais
(C) escassa […] mais
(D) elevada […] mais
4.3. Os solos em húmus permitem uma agricultura intensiva e estão associados a locais
com densidade populacional.
(A) ricos […] menor
(B) pobres […] menor
(C) pobres […] maior
(D) ricos […] maior
66 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
4.4. A agricultura e pouco mecanizada leva ao aparecimento de densidades populacionais.
(A) extensiva […] elevadas
(B) intensiva […] elevadas
(C) intensiva […] fracas
(D) extensiva […] fracas
5. Os fatores naturais influenciam a densidade populacional existente numa determinada região.
Os fatores naturais que permitem maiores densidades populacionais, são…
A. …o clima ameno.
B. …a agricultura extensiva.
C. …as migrações turísticas.
D. …o relevo.
E. …o solo.
F. …os transportes.
G. …o subsolo.
H. …a ocupação vegetal média.
(Seleciona as opções corretas.)
6. São grandes os contrastes existentes na distribuição da população a nível mundial.
6.1. Indica qual é a diferença entre desertos humanos e focos populacionais.
6.2. Explica a razão pela qual a maior parte da população mundial vive no Hemisfério Oriental.
6.3. Apresenta duas razões que possam explicar o facto do continente americano não ser uma das regiões mais
povoadas do mundo.
6.4. Refere duas consequências para o país de acolhimento das migrações europeias para os Estados Unidos.
7. A nível mundial existem várias regiões que são densamente povoadas.
7.1. Diz o que entendes por foco populacional.
7.2. Refere as condições naturais que proporcionaram o aparecimento do foco populacional asiático.
7.3. Menciona dois fatores humanos responsáveis pelo foco populacional asiático.
7.4. Explica a importância dos fatores históricos na existência do foco asiático.
8. A distribuição da população timorense não é uniforme.
8.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A densidade média de Timor-Leste é de 100 habitantes por km2.
B. A densidade média das áreas urbanas é superior à das áreas rurais.
C. O distrito de Díli é o segundo mais densamente povoado.
D. O distrito mais densamente povoado em Timor-Leste é o de Aileu.
E. Em Timor-Leste, a encosta voltada a Sul tem uma menor densidade populacional que a encosta voltada a Norte.
F. Na cidade de Díli pode encontrar-se maior atividade agrícola.
8.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
Guia do Professor | 67
9. As consequências do crescimento demográfico das cidades dos países em desenvolvimento são, muitas vezes,
difíceis de resolver.
9.1. Indica duas razões que levam ao aumento dos bairros da lata na periferia das cidades.
9.2. Refere duas consequências da existência de bairros da lata na periferia das cidades.
9.3. Explica de que forma a existência de uma rede eficiente de transportes públicos pode contribuir para a
diminuição da poluição nas cidades.
9.4. Indica duas medidas que deviam ser tomadas nas cidades para diminuir o número de desempregados.
10. Imagina que és eleito Ministro do Ambiente de Timor-Leste.
10.1. Indica três medidas que tomarias para aumentar a qualidade de vida da população timorense.
10.2. Apresenta duas medidas urgentes que precisavam de ser implementadas para melhorar a qualidade de
vida dos habitantes de Díli.
10.3. Num texto de 50 a 60 palavras elabora uma mensagem para os timorenses sobre a necessidade de
preservarem o ambiente.
11. Nos países em desenvolvimento há uma grande deslocação da população rural para as cidades.
11.1. Justifica a razão pela qual é problemática a chegada de migrantes às cidades.
11.2. Indica dois problemas que existam nas cidades relacionados com a habitação.
11.3. Indica duas possíveis formas de resolver os problemas relacionados com a habitação que referiste na
questão anterior.
11.4. Refere o tipo de poluição que pode existir nas cidades.
11.5. Justifica a importância de existirem espaços verdes nas cidades.
11.6. Refere dois problemas sociais existentes nas cidades.
11.7. Indica duas possíveis formas de resolver os problemas sociais que referiste na questão anterior.
12. A figura 1 representa um planisfério político.
Figura 1
68 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
12.1 Assinala no mapa da figura 1, com um círculo e com a letra correspondente, as três principais concentrações
humanas mundiais: A – Ásia das Monções | B – Europa Central e Ocidental | C – NE dos EUA.
12.2. A concentração humana do continente europeu deve-se aos fatores que se seguem. Assinala as hipóteses
verdadeiras com um V e as hipóteses falsas com um F.
A. Relevo pouco acidentado.
B. Vias de comunicação terrestres, fluviais e marítimas excelentes.
C. Clima muito frio no inverno e muito quente no verão.
D. Solos férteis e aptos para as práticas agrícolas.
E. Chegada de colonos durante a expansão marítima.
F. Clima de montanha com temperaturas amenas.
G. Setor industrial muito desenvolvido.
H. Ocupação do território desde época remotas.
I. Clima temperado marítimo e continental.
J. Existência de minerais no subsolo.
12.3. A concentração humana do continente asiático deve-se aos fatores que se seguem. Assinala as hipóteses
verdadeiras com um V e as hipóteses falsas com um F.
A. Relevo pouco acidentado.
B. Forte industrialização no século XX.
C. Clima de monção.
D. Solos férteis e aptos para as práticas agrícolas.
E. Chegada de colonos durante a expansão marítima.
F. Clima de montanha com temperaturas amenas.
G. Setor industrial muito desenvolvido.
H. Ocupação do território desde época remotas.
I. Cultura alagada do arroz.
J. Existência de minerais no subsolo.
12.4. Faz corresponder os números assinalados na figura 1 aos vazios humanos abaixo indicados.
Floresta siberiana
Cordilheira dos Andes
Deserto do Saara
Região polar do Norte
Deserto da Austrália
Cordilheira dos Himalaias
Floresta amazónica
Antártida
Floresta do Canadá
Montanhas Rochosas
Guia do Professor | 69
13. A figura 2 traduz a evolução da taxa de urbanização (T.U.) em dois grupos de países e no mundo.
Figura 2
13.1. Preenche o quadro que se segue com os valores aproximados da taxa de urbanização, observada e prevista
ao longo do tempo, nos países em desenvolvimento.
13.2. Refere duas causas para a crescente taxa de urbanização nos países em desenvolvimento.
13.3. Indica duas consequências sociais e económicas resultantes da chegada de pessoas aos centos urbanos,
nos países em desenvolvimento.
14. Observa a figura 3.
Figura 3
14.1. Seleciona a alternativa que completa cada uma das frases que se seguem, de forma a obteres afirmações
corretas.
14.1.1. A região mais povoada em Timor-Leste é…
(A) …o interior montanhoso.
(B) …o leste do país.
(C) …a região oeste do país.
(D) …a costa Sul de Timor-Leste.
Ano 1975 1997 2015Valor da T.U.
70 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
14.1.2. Os três distritos mais povoados de Timor-Leste são…
(A) …Díli, Ainaro, Viqueque.
(B) …Liquiçá, Aileu, Manufahi.
(C) …Díli, Ermera, Liquiçá.
(D) …Baucau, Covalima, Díli.
14.1.3. Os distritos menos povoados de Timor-Leste resultam do facto de serem…
(A) …alagadiços e insalubres.
(B) …muito atrativos para os turistas.
(C) …muito planos.
(D) …muito frios e secos.
14.2. Justifica o papel do relevo na distribuição da população em Timor-Leste.
15. As consequências do crescimento demográfico das cidades dos países em desenvolvimento são, muitas
vezes, difíceis de resolver.
15.1. Indica as razões que levam ao aumento dos bairros da lata na periferia das cidades.
15.2. Explica de que forma a existência de uma rede eficiente de transportes públicos pode contribuir para a
diminuição da poluição nas cidades.
15.3. Justifica a importância dos espaços verdes nas cidades.
15.4. Indica duas medidas que deviam ser tomadas nas cidades para diminuir o número de sem abrigo.
Guia do Professor | 71
6. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Bibliografia de apoio
Carrascalão, M. A. (2002). Timor – Os Anos da Resistência. 1ª Ed. Maria Ângela Carrascalão e Mensagem – Serviço
de Recursos Editoriais, Lda.
C. G. D. (2007). Timor-Leste – No Caminho para o Desenvolvimento. Lisboa: Mediateca da Caixa Geral de Depósitos.
Durand, F. (2010). Timor-Leste – País no Cruzamento da Ásia e do Pacífico. Um Atlas Histórico-Geográfico. LIDEL
– Edições Técnicas Lda.
Faculdade de Arquitetura – Universidade Técnica de Lisboa & GERTIL (2002). Atlas de Timor-Leste. LIDEL – Edições
Técnicas Lda.
Figueiredo, J. M. (2005). Fluxos Migratórios e Cooperação para o Desenvolvimento - Realidades compatíveis no
contexto Europeu? Lisboa: ACIME.
Gunn, G. C. (1999). Timor Loro Sae – 500 Anos. Coleção Livros do Oriente.
Instituto de Altos Estudos Militares e Universidade Católica Portuguesa (2000). Timor um País para o Século XXI.
1ª Ed. Edições Atena, Lda.
Seixas, P. C. (2006). Timor-Leste - Viagens, Transições, Mediações. Oficina Gráfica: Universidade Fernando Pessoa.
Parreira, P. N. C. (2003). A Economia de Timor-Leste - Transição e Integração Regional e Mundial. Gabinete de
Estudos e Prospetiva Económica, Ministério da Economia.
Thomaz, L. F. (1998). De Ceuta a Timor – Memória e Sociedade. 2ª Ed. DIFEL: Difusão Editorial SA.
Thomaz, L. F. (2008). País dos Belos – Achegas para a Compreensão de Timor-Leste. Coleção Memória do Oriente.
Lisboa: Fundação Oriente.
Recursos Web
http://hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2011/download/pt/
http://hdr.undp.org/en/reports/.../timorleste/Timor-Leste_NHDR_2011_EN.pdf
http://loroneconomico.blogspot.com/
http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/conceitos.aspx
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/finalReportPort/
Unidade Temática 3Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
SUBTEMA 3Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
3.1. Os grupos etnolinguísticos – identificação e características
Guia do Professor | 73
1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO
Unidade Temática 3 | Os recursos de Timor-Leste – características, potencialidades e ameaças
SUBTEMA 3 Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
Os grupos etnolinguísticos – identificação e características
• Os grupos etnolinguísticos – definição e características
• Grupos etnolinguísticos timorenses – origem e principais características
• Importância dos grupos etnolinguísticos timorenses no desenvolvimento do território
- Análise e interpretação de esquemas/fotografias/mapas sobre:
* as características dos grupos etnolinguísticos (ex.: origem, rituais, características linguísticas, costumes, gastronomia, organização social, sagrado e artes, ati-vidade profissional);* os grupos etnolinguísticos timorenses;* as características dos grupos etnolinguísticos timo-renses;* a localização dos principais grupos culturais timorenses.
- Discussão acerca da importância das cara-cterísticas linguísticas na definição dos grupos etnolinguísticos.- Análise de notícias de Imprensa sobre:
* as características dos grupos etnolinguísticos timo-renses;* a importância da diversidade cultural existente em Timor-Leste.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as principais características dos grupos etnolinguísticos timorenses.- Localização, recorrendo a mapas de diferentes escalas de Timor-Leste, da distribuição dos principais grupos etnolinguísticos no território.- Discussão dos fatores que terão condicionado a distri-buição dos grupos etnolinguísticos em Timor-Leste.- Realização de exercícios de aplicação sobre fatores naturais e fatores económicos, históricos e sociais con-dicionantes da distribuição dos grupos etnolinguísticos.- Realização de atividades de debate/reflexão sobre a importância dos grupos etnolinguísticos timorenses no desenvolvimento sustentável do território. - Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e orga-nização de informação sobre os principais grupos etno-linguísticos existentes no território timorense.- Construção de documentos de divulgação (ex.: cartazes, posters) sobre os principais grupos etnolinguísticos existentes no território timorense e sobre a sua importância no desenvolvimento de Timor-Leste.- Construção de um mapa organizador de conceitos que sintetize os principais conceitos abordados no estudo dos grupos etnolinguísticos.
- Define grupos etnolinguísticos.- Apresenta as principais características dos grupos etnolinguísticos (ex.: origem, rituais, características linguísticas, costumes, gastronomia, organização social, sagrado e artes, atividade profissional).- Reconhece a importância das características linguísticas na definição dos grupos etnolinguísticos.
3
- Identifica os principais grupos etnolinguísticos existentes em Timor-Leste.- Localiza, em mapas, a distribuição dos principais grupos etnolinguísticos no território timorense.- Identifica marcas dos principais grupos etnolinguísticos na cultura timorense.
6
- Reconhece a importância dos grupos etnolinguísticos no desenvolvimento do território timorense.
2
74 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Que características apresentam os grupos etnolinguísticos em Timor-Leste?
O que permite distinguir um grupo
etnolinguístico de um grupo rácico?
Que grupos rácicos existem em Timor-Leste?
Qual a origem dos grupos etnolinguísticos
timorenses?
Que importância têm os grupos etnolinguísticos
no desenvolvimento de Timor-Leste?
Figura 7 – Questões orientadoras da temática Os grupos etnolinguísticos – identificação e características.
A procura de respostas para a questão: Que características apresentam os grupos etnolinguísticos em Timor-
-Leste? deve passar pela análise de mapas, de tabelas e de imagens diversas que ajudem o aluno a compreender
quais são os principais grupos etnolinguísticos que existem em Timor-Leste, as suas origens e as características
que os permitem identificar, ao nível dos rituais, da língua, dos costumes, da gastronomia, da organização
social, do sagrado e das artes, da arquitetura tradicional, da gastronomia e da atividade profissional. Devem ser
analisadas diversas imagens que ajudem os alunos a identificar os principais recursos culturais de Timor-Leste e
deve ser promovida a realização de atividades práticas que ajudem a sensibilizar os alunos para a importância
da diversidade cultural e para a necessidade de respeitar o património cultural, que se constitui como identitário
de Timor-Leste.
2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Nesta secção apresentamos um conjunto de sugestões metodológicas que devem ser analisadas pelo(a)
professor(a) quando estiver a fazer a preparação das suas aulas sobre a temática Os grupos etnolinguísticos
– identificação e características. As sugestões apresentadas vão ao encontro das orientações do programa de
Geografia e devem ser selecionadas pelo(a) professor(a) em função das condições que permitem a sua realização
em cada escola, dependendo do tipo de alunos e dos tempos letivos previstos para a lecionação da temática.
3.1. Os grupos etnolinguísticos – identificação e características
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Os grupos etnolinguísticos – identificação e características- Os grupos etnolinguísticos – definição e características
- Grupos etnolinguísticos timorenses – origem e principais características- Importância dos grupos etnolinguísticos timorenses no desenvolvimento do território
Guia do Professor | 75
As questões apresentadas na Figura 7 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
- Realização de uma atividade de debate/discussão onde os alunos apresentem exemplos de grupos
etnolinguísticos existentes em Timor-Leste e das características dos mesmos.
- Observação e interpretação de imagens relativas às características que permitem definir um grupo
etnolinguístico e distingui-lo de um grupo rácico (ex.: Figura 1 do Manual do Aluno).
- Análise e interpretação de mapas relativos à distribuição dos grupos rácicos existentes em Timor-Leste (ex.:
Figura 2 do Manual do Aluno).
- Partilha com os alunos da informação contida no documento de apoio apresentado na secção Documentos
de Apoio sobre a passagem de alguns povos pela ilha de Timor (Documento 1 do Guia do Professor).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca dos principais fatores que influenciam a
distribuição dos grupos rácicos em Timor-Leste.
- Apresentação de uma resenha histórica sobre as origens dos principais ocupantes da ilha de Timor e que
estiveram na base da formação dos grupos etnolinguísticos timorenses (ex.: povos papua, povos austronésicos,
entre outros).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre os grupos etnolinguísticos e os grupos rácicos existentes em
Timor-Leste (ex.: Atividades 1 e 2 do Manual do Aluno).
- Observação e interpretação de dados apresentados em tabelas, gráficos e mapas relativos às afinidades
das principais línguas/dialetos existentes em Timor-Leste e à distribuição das línguas faladas pelos principais
grupos etnolinguísticos (ex.: Figuras 3 e 4 e Tabela I do Manual do Aluno).
- Partilha com os alunos da informação contida no documento de apoio apresentado na secção Documentos
de Apoio sobre a origem do tétum (Documento 2 do Guia do Professor).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as línguas de Timor-Leste e sobre as vantagens e as
desvantagens da enorme diversidade linguística existente (ex.: Atividades 3 e 4 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos sobre a forma como os grupos etnolinguísticos valorizam o sagrado e as lendas
(ex.: sagrado, duplos, narrativas, lendas).
- Realização de uma atividade de debate/discussão com os alunos acerca de algumas lendas que foram
estudadas no 10º ano de escolaridade na disciplina de Temas de Literatura e Cultura.
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre algumas lendas características da cultura timorense (ex.:
Atividade 5 do Manual do Aluno).
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos de uma lenda: nome da lenda, tema
abordado na lenda, principais momentos da lenda, importância dada pelos timorenses à lenda pesquisada.
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos
colegas da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem apresentar a lenda num texto
escrito, organizar uma pequena exposição sobre a lenda ou fazer uma representação teatral da lenda que
pretendem contar.
- Partilha com os alunos da informação contida no documento de apoio apresentado na secção Documentos
de Apoio sobre a Lenda da Caverna de N’ Huan (Documento 3 do Guia do Professor).
- Observação e interpretação de dados apresentados em fotografias relativos à importância das técnicas tradicionais
da agricultura, da caça, da pesca e da utilização medicinal das plantas (ex.: Figura 5 do Manual do Aluno).
76 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
- Análise e interpretação de dados apresentados em fotografias relativos ao artesanato timorense e à sua
importância no desenvolvimento de Timor-Leste (ex.: Figura 6 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos (ex.: tais, soru, matérias primas, coloração, futus) e de fotografias relativas à
tecelagem e à forma como esta é valorizada na cultura timorense (ex.: Figura 7 do Manual do Aluno).
- Partilha com os alunos da informação contida no documento de apoio apresentado na secção Documentos
de Apoio sobre a decoração dos tais (Documento 4 do Guia do Professor).
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre os tais produzidos na região onde o aluno habita (ex.:
Atividade 6 do Manual do Aluno).
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos sobre os tais: matérias-primas
utilizadas no seu fabrico, padrões confecionados, técnica de decoração utilizada, rituais associados à sua
utilização, tipo de utilizações dadas aos tais, contributos dos tais para o desenvolvimento da região.
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos colegas
da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem apresentar um texto escrito, organizar uma
pequena exposição na escola com os padrões dos tais produzidos na sua região, convidar uma tecedeira
para vir à escola mostrar a toda a comunidade educativa a forma como se tecem os tais.
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância dos tais no desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste e da forma como os mesmos podem ser valorizados na promoção turística
do país.
- Apresentação de conceitos (ex.: ourives, adornos, filigrana, medalhão, kini-kini) e de fotografias
relativas à ourivesaria e à forma como esta é valorizada na cultura timorense (ex.: Figuras 8 e 9 do
Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância da ourivesaria no desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste e da forma como a mesma pode ser valorizada na promoção turística do país.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a ourivesaria timorense (ex.: Atividade 7 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos (ex.: barro, cozedura, decoração de peças, achados arqueológicos, peças
decorativas) e de fotografias relativas à olaria e à forma como esta é valorizada na cultura timorense (ex.:
Figura 10 do Manual do Aluno).
- Partilha com os alunos da informação contida no documento de apoio apresentado na secção Documentos
de Apoio sobre os significados da cerâmica (Documento 5 do Guia do Professor).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância da olaria no desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste e da forma como a mesma pode ser valorizada na promoção turística do país.
- Apresentação de conceitos (ex.: matérias primas, técnicas de decoração, peças decorativas) e de fotografias
relativas à cestaria e à forma como esta é valorizada na cultura timorense (ex.: Figura 11 do Manual do Aluno).
- Partilha com os alunos da informação contida no documento de apoio apresentado na secção Documentos
de Apoio sobre os critérios de apreciação das peças de cestaria (Documento 6 do Guia do Professor).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância da cestaria no desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste e da forma como a mesma pode ser valorizada na promoção turística do país.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a cestaria timorense (ex.: Atividade 8 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos (ex.: ferreiro, matérias primas, peças utilitárias, técnicas de ferragem) e de fotografias
relativas à ferragem e à forma como esta é valorizada na cultura timorense (ex.: Figura 12 do Manual do Aluno).
Guia do Professor | 77
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância dos ferreiros no desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste e da forma como o trabalho dos mesmos pode ser valorizado na promoção
turística do país.
- Apresentação de conceitos (ex.: escultura, matérias primas, peças decorativas, técnicas de escultura) e de
fotografias relativas à escultura e à forma como esta é valorizada na cultura timorense (ex.: Figuras 13 a 16
do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância da escultura no desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste e da forma como a mesma pode ser valorizada na promoção turística do país.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a escultura timorense (ex.: Atividades 9 e 10 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos (ex.: casas tradicionais, Casas Sagradas, significado e decoração das Casas
Sagradas) e de fotografias relativas à arquitetura tradicional e à forma como esta é valorizada na cultura
timorense (ex.: Figuras 17 e 18 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância da arquitetura tradicional no
desenvolvimento sustentável de Timor-Leste e da forma como a mesma pode ser valorizada na promoção
turística do país.
- Partilha com os alunos da informação contida nos documentos de apoio apresentados na secção
Documentos de Apoio sobre a construção das casas tradicionais e o significado das mesmas (Documentos 7
e 8 do Guia do Professor).
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre as Casas Sagradas existentes na região onde o aluno habita
(ex.: Atividade 11 do Manual do Aluno).
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos sobre as Casas Sagradas: matérias-
-primas utilizadas no fabrico das casas, principais características das casas, alçados das casas, tipo de objetos
que são guardados nas casas, cerimónias realizadas, importância atribuída às casas pela comunidade local.
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos colegas
da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem montar uma pequena exposição onde
apresentem fotografias que permitem retratar as Casas Sagradas da região onde a escola se encontra e
podem fazer pequenas miniaturas das Casas Sagradas.
- Partilha com os alunos da informação contida nos documentos de apoio apresentados na secção Documentos
de Apoio sobre o simbolismo da arquitetura das Casas Sagradas e a relação entre a casa tradicional e a
sustentabilidade (Documentos 9 e 10 do Guia do Professor).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a arquitetura tradicional (ex.: Atividade 11 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos relativos ao canto e à música e à forma como estes são valorizadas na cultura
timorense (ex.: canto, música, titir, karkeit, kanobe, karau dikur, entre outros).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância do canto e da música no desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste e da forma como estes podem ser valorizados na promoção turística do país.
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre as músicas tradicionais de Timor-Leste (ex.: Atividade 12 do
Manual do Aluno).
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos sobre as músicas tradicionais
timorenses: nome da música, letra da canção, cerimónias onde a mesma é habitualmente apresentada, tipo
de instrumentos que a acompanham.
78 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos
colegas da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem montar uma pequena exposição
onde coloquem fotografias que permitam apresentar algumas das músicas tradicionais de Timor-Leste e
podem organizar um pequeno espetáculo musical que permita dar a conhecer à comunidade educativa a
recolha efetuada.
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre instrumentos musicais tradicionais de Timor-Leste (ex.:
Atividade 13 do Manual do Aluno).
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos sobre os instrumentos tradicionais
timorenses: nome do instrumento, matérias-primas utilizadas no seu fabrico, cerimónias onde o mesmo é
tocado, região do país onde é mais frequente a sua utilização, letras de canções que são acompanhadas pelo
instrumento pesquisado.
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos
colegas da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem apresentar um texto escrito,
podem organizar uma pequena exposição com fotografias do instrumento pesquisado, podem organizar
uma pequena demonstração dos sons emitidos pelo instrumento pesquisado.
- Apresentação de conceitos relativos à dança tradicional, à festa e à forma como estas são valorizadas na
cultura timorense (ex.: danças tradicionais, dahur, tebedai, festas tradicionais, entre outros).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância da dança tradicional e da festa no
desenvolvimento sustentável de Timor-Leste e da forma como as festas podem ser valorizadas na promoção
turística do país.
- Partilha com os alunos da informação contida no documento de apoio apresentado na secção Documentos
de Apoio sobre algumas danças tradicionais timorenses (Documento 11 do Guia do Professor).
- Apresentação de conceitos (ex.: família tradicional, barlaque, dote, poligamia, monogamia, levirato) e de
fotografias relativas à família tradicional timorense e à forma como esta é valorizada na cultura timorense
(ex.: Figura 21 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância da monogamia nas famílias timorenses.
- Partilha com os alunos da informação contida nos documentos de apoio apresentados na secção
Documentos de Apoio sobre o significado do barlaque e as causas da poligamia (Documentos 12 e 13
do Guia do Professor).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a família timorense (ex.: Atividade 14 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos (ex.: especiarias, pratos típicos, catupa, batar-dan, batar-hut, kakanu) e de
fotografias relativas à gastronomia timorense e à forma como esta é valorizada na cultura timorense (ex.:
Figuras 22 a 25 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância da gastronomia timorense
no desenvolvimento sustentável de Timor-Leste e da forma como esta pode ser valorizada na promoção
turística do país.
- Partilha com os alunos da informação contida nos documentos de apoio apresentados na secção Documentos
de Apoio sobre a gastronomia timorense e o betel (Documentos 14 e 15 do Guia do Professor).
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre a gastronomia tradicional de Timor-Leste (ex.: Atividade 15
do Manual do Aluno).
Guia do Professor | 79
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos sobre a gastronomia timorense:
nome do prato típico pesquisado, ingredientes utilizados na sua confeção, modo de confeção, região da qual
o prato é típico, ocasião em que o mesmo é confecionado (ex.: no Natal, na Páscoa), outras informações que
sejam consideradas importantes.
* Os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos colegas da turma e
ao(à) professor(a).
* Posteriormente, os alunos podem organizar uma exposição na escola ou numa associação próxima da
escola de modo a poderem divulgar o trabalho efetuado pela turma à comunidade.
* Se houver possibilidade (acesso à Internet), os alunos podem criar um site com os seus colegas da turma
onde possam colocar a informação pesquisada.
- O(A) professor(a) poderá optar, para economia de tempo, por usar a seguinte estratégia na realização dos
trabalhos de pesquisa propostos para a temática em estudo:
* Divide a turma em 6 grupos;
* Dá a cada grupo a possibilidade de escolher um tema entre os seguintes: lendas, características dos
tais, Casas Sagradas, músicas tradicionais timorenses, instrumentos musicais timorenses, gastronomia
tradicional de Timor-Leste. No caso de não haver entendimento na escolha o(a) professor(a) pode
propor aos grupos a realização de um sorteio para ver qual é o tema que cada grupo vai estudar.
* Estabelece um tempo para a realização dos trabalhos de pesquisa (por exemplo, 2 ou 3 semanas).
* Cada grupo faz as pesquisas que considerar necessárias para fundamentar o tema que está a trabalhar.
* A cada grupo é dado um tempo definido para a apresentação do seu tema (por exemplo, 10/15 minutos).
* Em uma ou em duas aulas todos os grupos apresentam à turma o tema sobre o qual fizeram as suas pesquisas.
* No final de todas as apresentações pode haver um momento de debate geral para esclarecimento de
todas as dúvidas e/ou aprofundamento de algum tema.
* Se houver possibilidade na escola poderá ser efetuada uma exposição com todos os trabalhos elaborados
pelos alunos e a mesma pode ser aberta a toda a comunidade.
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância dos grupos etnolinguísticos no
desenvolvimento de Timor-Leste.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre a importância dos grupos etnolinguísticos no desenvolvimento
de Timor-Leste (ex.: Atividades 16 e 17 do Manual do Aluno).
- Análise comparativa de notícias publicadas na Imprensa relativas aos grupos etnolinguísticos de Timor-
-Leste, procurando detetar:
a) As principais características dos grupos etnolinguísticos;
b) A importância dos grupos etnolinguísticos na afirmação da cultura timorense no mundo;
c) Ações que contribuam para a promoção turística da cultura timorense.
- Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado importantes durante a
lecionação da temática em estudo.
- Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões colocadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
80 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
- Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o(a)
professor(a) pode fornecer aos alunos o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e discutir
a importância do referido esquema na estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação da
temática Os grupos etnolinguísticos – identificação e características.
- Em alternativa, o(a) professor(a) pode pedir aos alunos para construírem um mapa organizador de conceitos que
sintetize os principais conceitos abordados no estudo dos grupos etnolinguísticos existentes em Timor-Leste.
- Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática Os grupos etnolinguísticos –
identificação e características do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática o(a) professor(a) pode
discutir com os alunos a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos
mesmos, verificando se os conhecem e se compreendem o seu significado.
- Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da
temática Os grupos etnolinguísticos – identificação e características do Manual do Aluno. Após a lecionação
da temática o(a) professor(a) pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os
alunos atingiram as metas de aprendizagem definidas.
- Atividade de questionamento em pares. O(A) professor(a) pode solicitar aos alunos que se organizem em
pares e um aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega
dá as respostas às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as
perguntas passa a dar as respostas.
Guia do Professor | 81
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4. DOCUMENTOS DE APOIO
Apresentamos, de seguida, alguns documentos de apoio que podem ser utilizados pelo(a) professor(a)
na planificação e na preparação das aulas aquando da lecionação da temática Os grupos etnolinguísticos
– identificação e características. Estes documentos, se o(a) professor(a) considerar oportuno, podem ser
partilhados com os alunos.
DOCUMENTO 1 – Passagem de alguns povos pela ilha de TimorCerca de 2500 a.C. a raça proto-malaia entrou em Timor-Leste. Parecem remontar à sua civilização muitos dos elementos decorativos que a arte popular timorense continua a fabricar atualmente, nomeadamente os que possuem formas geométricas, como o ziguezague, a chave, a grega e a flor de mangustão. Pensa-se que foram responsáveis pela domesticação do búfalo e pela cultura dos cereais (ex.: milho miúdo e arroz de sequeiro).Cerca de 500 a.C. uma grande vaga migratória entrou na ilha de Timor e misturou-se com a raça proto-malaia, dando origem à raça deutero-malaia. Terá sido esta migração que difundiu em Timor-Leste o uso dos metais e a influência da civilização Dong Son, da Idade do Bronze. Desta influência provêm os motivos espiralados frequentes na joalharia timorense.Pensa-se que os Vedas do Ceilão terão passado por Timor entre os séculos V e XIII e a eles se deve o uso do ferro e a introdução do cavalo.
DOCUMENTO 2 – Origem do tétumO tétum é uma língua da família austronésica ou malaio-polinésica, originária da Formosa e do sul da China continental. O primeiro tétum – o tétum-terik – tinha-se estabelecido como língua franca antes da chegada dos portugueses, devido à conquista da parte oriental da ilha pelo Império dos Belos e à necessidade de existir um instrumento de comunicação comum para as trocas comerciais. Com a chegada dos portugueses à ilha, o tétum passou a ser utilizado nos vocábulos portugueses e malaieses e integrava-os no seu léxico, tornando-se uma língua crioula e simplificada, nasceu o tétum praça. Nos finais do século XIX os jesuítas de Soibada tinham traduzido para tétum parte da Bíblia e em 1913 o governador da colónia tentou introduzir o tétum no sistema educativo de Timor-Leste. Em 1981 a Igreja adotou esta língua na liturgia. Ainda que o tétum praça possua variações regionais e sociais, hoje o seu uso é alargado porque é compreendido por quase toda a população timorense. Verifica-se também que, sendo o tétum uma língua bastante incompleta, como resultado das duas colonizações a que Timor foi sujeito, as suas falhas foram sendo colmatadas por vocábulos importados de outras línguas, como o português e o bahasa indonesia.
DOCUMENTO 3 – Lenda da Caverna de N’ HuanDuma caverna de N’ Huan saíram numerosos homens e mulheres envergando langotins. Apesar de saberem comunicar, falavam através duma abertura colocada na axila direita porque tinham a boca tapada ainda que delineada. Um dia, ao incendiarem alguns bambus verdes estes explodiram com grande barulho, o que fez com que as suas bocas se abrissem e se fechasse o orifício da axila. Distribuíram de seguida pedras e ferros para construírem as suas habitações, mas alguns que não receberam quaisquer utensílios viram-se obrigados a cortar com as mãos as folhas das plantas e, ao colocá-las no ânus, transformaram-se em macacos que foram habitar as montanhas. Por isso, ainda hoje, os Dádua não comem carne de símio para não se alimentarem dos seus irmãos.
Recolha de António de Almeida
DOCUMENTO 4 – Decoração dos taisA decoração dos tais é conseguida através de duas técnicas diferentes:
- teia de lavor, onde há uma teia suplementar, de função decorativa e que se sobrepõe à teia normal de tecido;- ikat, em que o fio é previamente tingido com diversas cores, de modo a que ao serem tecidas aparecem na própria teia os desenhos que se pretendem.
Estas técnicas são comuns a todos os povos da Insulíndia e remontam, provavelmente, à civilização austro-asiática.Alguns motivos decorativos são:
- geométricos, por influência da civilização megalítica;- curvilíneos, por influência da civilização Dong Son;
Guia do Professor | 83
- vegetalistas, por influência indo-javanesa.Os motivos renacentistas e barrocos foram introduzidos pelos portugueses.Os tais mais famosos são os de Oecussi Ambeno, onde predomina a técnica do ikat e os motivos são clássicos de influência ocidental. Nos tais de Atsabe predomina a técnica da teia de lavor e os motivos são geométricos, de influência austro-asiática.
DOCUMENTO 5 – Significados da cerâmicaA cerâmica de Timor-Leste faz parte das estruturas simbólicas do imaginário coletivo dos timorenses. A cerâmica, para além da função utilitária que possui, encontra-se ligada a uma utilização simbólica no domínio do sagrado e do mágico-religioso. A sua referência é frequente na toponímia e na etnonímia, nos contos e nas adivinhas. Está, também, associada aos mitos de origem dos grupos etnolinguísticos e aparece referenciada como elemento sacralizado, de contornos totémicos, e de origem de alguns clãs.
DOCUMENTO 7 – Construção das casas tradicionaisO esqueleto das casas tradicionais é de madeira, na maior parte das vezes de pau-rosa. No litoral de Timor-Leste, as paredes são geralmente de palapa (hastes de palmeira) e nas montanhas são de madeira ou bambu. Podem, também, ser feitas de esteira. Na construção das casas não são utilizados pregos, tudo é atado com cordas ou lianas vegetais. A cobertura pode ser de folha de palapeira, de capim ou de gamute. O mobiliário é muito reduzido, resumindo-se a esteiras, almofadas e lanténs (tarimbas de bambu).
DOCUMENTO 8 – Significado das Casas SagradasSe uma Casa Sagrada desaparecer por ruína ou incêndio, grande desgraça se abaterá sobre o povo e as famílias dispersar-se-ão. Quando há um incêndio ou uma má colheita os velhos e entendidos são consultados para que se procurem entender as razões para tal acontecimento. Geralmente a razão apontada é a incúria ou os descuidos a que a casa foi submetida. A solução passa por repará-la o mais rapidamente possível ou construir uma nova para que os espíritos dos avós não tenham razões de queixa.
DOCUMENTO 9 – Simbolismo da arquitetura da Casa SagradaTodos os componentes da Casa Sagrada representam a unidade social da comunidade. Por exemplo, os dois pilares principais são designados por bei-feto/bei-mane (os avós), as quatro colunas são designadas por seki hattane hat (os quatro assistentes do bei-feto/bei-mane). As oito colunas curtas, seki walu/tane walu, reforçam a posição dos dois avós. Nota-se bem esta importância aquando da morte de um mako’na, que é considerada como a queda do kakuluk lor, ou seja, um componente principal da Casa Sagrada partiu e isso causa a insegurança da mesma. A morte da pessoa é considerada como uma ulun kuak (há alguns furos no telhado da casa), isto refere o afastamento ou inimizade da família. A comunidade acredita que o afastamento da família leva à morte prematura. Portanto, se houver alguns problemas entre eles, o melhor caminho é procurar meios para os resolver rapidamente.
DOCUMENTO 10 – Casa tradicional/sustentabilidadeA casa tradicional timorense, erguida em muitos locais sobre estacas, revela uma inteligente adaptação ao ambiente e uma grande economia de meios:
- a construção sobre estacas é uma defesa contra a bicharada e contra a excessiva humidade do solo;- os discos de madeira que existem no cimo dos prumos impedem os ratos de entrarem nas habitações;- o teto pontiagudo permite a existência de um sótão que é utilizado para celeiro, longe do ataque dos roedores e dos ladrões;- no espaço inferior, que fica por baixo da casa, pode-se trabalhar ao ar livre e abrigado do sol e da chuva e podem-se proteger os animais domésticos.
DOCUMENTO 6 – Critérios de apreciação das peças de cestariaNa cestaria coexistem dois critérios de apreciação das peças elaboradas:- a qualidade de execução da cadeia técnica (preparação das fibras, talhe em fitas com faca e gabarito, entrelaçado das fitas, complexidade das formas, evidenciando a habilidade manual da mulher que elabora as peças);- a profusão e as cores garridas dos motivos decorativos efetuados pelo acrescento de fitas coloridas, após o acabamento das peças.
84 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
DOCUMENTO 11 – Danças tradicionais timorensesNa região de Suai há danças de rara beleza, que têm influências indo-javanesas clássicas. A mais conhecida é a dança da cobra ou das toalhas. O makikit (dança do milhafre) e o silat (dança guerreira que simula uma luta corpo a corpo) são praticados na região fronteiriça, parecendo ter origem indonésia.As danças que resultam da influência europeia também são frequentes em Timor-Leste, como é o caso da valsa. De origem indonésia moderna temos o caso do empat-kali e do suru-boec, que imita a apanha do camarão.
DOCUMENTO 12 – Significado do barlaqueO barlaque funciona como garantia do bom comportamento dos cônjuges: pode a mulher abandonar o lar se é maltratada pelo esposo, o que o obrigará, quando contrair novo matrimónio, a pagar segundo dote; por seu lado é permitido ao marido repudiar a mulher quando ela lhe for infiel, exigindo da família a devolução do dote.
DOCUMENTO 13 – Causas da poligamiaAs causas da poligamia na sociedade timorense recaíam sobre os seguintes aspetos:- papel económico da mulher na sociedade, relacionado com a execução de muitas tarefas que permitiam a sobrevivência da família (ex.: cultivo dos campos, cozinhar, educar os filhos, olaria, etc.) ;- melhoria do status social;- alianças e arranjos político sociais;- proibições e tabus sexuais, antigamente muito prolongados durante e após os períodos menstruais, de gravidez e de aleitamento.
DOCUMENTO 14 – A gastronomia timorenseA pimenta chile, moída isoladamente ou com sal, passou a estar presente nas refeições dos timorenses. Tal como diversos budu, estimulantes do apetite, feitos com cebolinhas, sal, limão, pepino, tamarindo, piripiri ou chile, e, às vezes, até com sangue e miudezas de galinha e de outros animais. Sob influência dos indonésios islamizados e dos emigrantes indo-paquistaneses, tornou-se vulgar o uso do sasate em ocasiões festivas – espetada feita com pedaços de carne, condimentados com sal, ai-manas e tamarindo. Por influência dos portugueses de Macau passou a adicionar-se molho de soja, conhecido por sutate. Um outro preparado que mostra a influência lusotropical na culinária timorense é o balichão, uma pasta de camarão miúdo feita depois de seco. Este preparado é uma especialidade de Manatuto, onde é utilizado em pratos de carne de porco.
DOCUMENTO 15 – BetelÉ muito popular, principalmente nos meios rurais, uma prática que consiste em os adultos (homens e mulheres) mascarem uma mistura – betel – constituída pela massa do coco de certas palmeiras, nomeadamente da bua e da malus, com ahu, uma espécie de cal em pó. Este uso timorense, que tinge a boca de uma cor avermelhada, parece assumir contornos de um autêntico vício, sendo defendida por ter o mérito de conservar os dentes e, sobretudo, de dissimular a fome.
Guia do Professor | 85
5. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os exemplos de questões a seguir apresentados podem ser utilizados em fichas de trabalho ou em provas
de avaliação escrita, bem como outros que o(a) professor(a) considere que são importantes para avaliar os
conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais abordados durante a lecionação da temática Os grupos
etnolinguísticos – identificação e características.
QUESTÕES
1. Os recursos culturais são muito importantes para a promoção turística de Timor-Leste.
1.1. Dos aspetos a seguir apresentados, indica aqueles que, na tua opinião, estão relacionados com os recursos
culturais.
A. Desporto | B. Tecnologia informática | C. Língua | D. Mitos e lendas | E. Legislação nacional
F. Dança tradicional | G. Economia local | H. Gastronomia tradicional
2. Em Timor-Leste existem numerosos grupos etnolinguísticos que dão ao país uma singularidade muito particular.
2.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Um grupo etnolinguístico é uma comunidade de pessoas que possui afinidades linguísticas e culturais e
que partilha uma organização social e política e um território.
B. Um grupo rácico é uma comunidade de pessoas que possui fatores morfológicos próprios.
C. Em Timor-Leste a unidade linguística corresponde a uma unidade rácica.
D. Existem cinco grupos rácicos principais em Timor-Leste.
E. O grupo rácico proto-malaio é o que atinge maior percentagem global no território timorense.
F. O grupo rácico vedo-australóide apresenta características semelhantes aos aborígenes australianos e aos
Vedas do Ceilão.
G. A ilha de Timor começou a ser povoada pelos povos papua há cerca de 9 000 anos.
H. O relevo montanhoso de Timor-Leste contribuiu para a mistura das várias etnias.
2.2. Corrige as afirmações que consideraste falsas na questão anterior.
3. Estabelece a correspondência entre as línguas/dialetos apresentados na coluna I e as respetivas afinidades
linguísticas indicadas na coluna II.
Coluna I Coluna II
1. Maclere | 2. Habu
3. Macassai | 4. Roti
5. Atoni | 6. Makúa
7. Galoli | 8. Tétum
9. Fataluco
A. Língua de afinidade papua
B. Língua de afinidade austronésia/ malaio-poliésica
86 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
4. Os grupos etnolinguísticos timorenses têm origem e características bastante distintas.
4.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Os proto-malaios apresentam uma estatura baixa, pele clara, cabelos negros, face losângica e dolicocéfalo.
B. O grupo rácico melanesóide apresenta estatura pequena, pele clara, cabelos frisados e fronte arredondada.
C. Os vedo-australóides apresentam características semelhantes aos aborígenes australianos e aos Vedas
do Ceilão.
D. O grupo rácico deutero-malaio é mais baixo do que os proto-malaios e possui um mongoloidismo aparente.
4.2. Corrige as afirmações que consideraste falsas na questão anterior.
5. O casamento segundo os costumes tradicionais, denominado barlaque, é o ato natural de constituição de
família e o compromisso mais importante assumido pelo homem e pela mulher timorense.
5.1. Indica quais são os principais momentos que ocorrem durante o barlaque.
5.2. Justifica a importância do barlaque na sociedade tradicional timorense.
5.3. Refere duas causas que no passado justificavam a poligamia na sociedade timorense.
5.4. Apresenta duas vantagens da monogamia na sociedade atual de Timor-Leste.
5.5. Indica qual é o papel da mulher na família tradicional timorense.
5.6. Explica de que forma a alfabetização da mulher timorense contribuiu para a sua emancipação.
6. Estabelece a correspondência entre as diferentes áreas do artesanato tradicional apresentadas na coluna I e
as afirmações indicadas na coluna II.
7. Seleciona a alternativa que completa cada uma das frases que se seguem, de forma a obteres afirmações corretas.
7.1. A necessidade que os povos tiveram de comunicar para estabelecerem trocas comerciais levou ao
aparecimento de…
(A) …dialetos diversificados.
(B) …linguagem gestual.
(C) …línguas francas.
(D) …barreiras de comunicação.
Coluna I Coluna II
1. Escultura2. Ourivesaria3. Cestaria4. Tecelagem5. Olaria
A. As cores garridas dos motivos decorativos são conseguidas pelo acrescento de fitas coloridas depois da peça base estar feita.B. A decoração das peças é quase inexistente, limitando-se no caso das peças utilizadas na culinária a um cordão ondulado à volta dos bordos.C. Os dourados de algumas peças são conseguidos com fricções simultâneas de sumo de limão e de uma mistura de carvão com substâncias metálicas extraídas de algumas rochas.D. Na região de Ataúro fazem-se estatuetas em madeira muito apreciadas pelos timorenses e pelos turistas. E. A teia de lavor é uma técnica de decoração onde há uma teia suplementar, de função decorativa, e que se sobrepõe à teia normal de tecido.
Guia do Professor | 87
7.2. As casas tradicionais variam de região para região, porque…
(A) …o tipo de recursos naturais existentes em cada região é diferente.
(B) …o modo de vida, a dimensão da família e o conceito de beleza varia de região para região.
(C) …a religião de cada família assim o determina.
(D) …a disponibilidade financeira de cada família não é igual.
7.3. A Casa Sagrada de um suco é habitada…
(A) …pela pessoa mais antiga do suco.
(B) …por uma família qualquer.
(C) …pelos espíritos dos antigos guerreiros.
(D) …pelos idosos que já não têm família.
7.4. Na Casa Sagrada podem encontrar-se peças decorativas como…
(A) …catanas, computadores e bicicletas.
(B) …catanas, correntes de ouro e luas.
(C) …correntes de ouro, sofás e mobiliário moderno.
(D) …carpetes, estatuetas em madeira e candeeiros vistosos.
8. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços de cada uma das frases que se seguem, de modo a
obteres afirmações corretas.
8.1. O é uma das línguas oficiais de Timor-Leste, verificando-se uma tendência para o seu .
(A) fataluco […] crescimento
(B) tétum […] crescimento
(C) tétum […] decréscimo
(D) macassai […] decréscimo
8.2. A tecelagem é uma atividade desenvolvida por , onde o é o pano tradicional timorense,
feito com a ajuda de um pequeno tear de bambu, o .
(A) mulheres […] futus […] solu tais
(B) homens […] tais […] soru tais
(C) mulheres […] tais […] soru tais
(D) homens […] futus […] solu tais
8.3. Os ourives fabricam , a partir do derretimento de , onde o processo de fabrico é
bastante .
(A) pulseiras […] moedas de prata ou de ouro […] industrializado
(B) anéis […] moedas de latão […] rudimentar
(C) pulseiras […] moedas de prata ou de ouro […] rudimentar
(D) anéis […] moedas de latão […] industrializado
8.4. A olaria é uma arte em Timor-Leste e que é efetuada, sobretudo, por .
(A) contemporânea […] mulheres
(B) tradicional […] homens
(C) tradicional […] mulheres
(D) contemporânea […] homens
88 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
9. Por maior que seja a riqueza de Timor-Leste, ao nível do seu solo, da sua vegetação, dos seus mares e das suas
gentes, as possibilidades que se oferecem aos timorenses dependem da valorização que fazem da sua cultura.
9.1. Comenta a afirmação que se segue: “A cultura reforça a unidade nacional.”
9.2. Indica três ações que podiam ser implementadas em Timor-Leste, com vista a uma maior promoção da
cultura timorense.
9.3. Justifica a importância da cultura timorense na promoção turística de Timor-Leste.
10. A cestaria é uma das artes tradicionais da cultura timorense.
10.1. Indica as matérias-primas que são utilizadas no fabrico das peças de cestaria.
10.2. Refere os critérios que são utilizados na apreciação das peças elaboradas na cestaria.
10.3. Explica de que forma a cestaria pode contribuir para o desenvolvimento local das regiões onde é produzida.
10.4. Indica possíveis redes de escoamento das peças de cestaria produzidas na região de Maubara.
11. A escultura timorense é uma arte tradicional em franca expansão em Timor-Leste.
11.1. Explica de que forma o fabrico de esculturas em tartaruga pode aumentar o risco da extinção destes
animais.
11.2. As leis internacionais proíbem o transporte de esculturas em tartaruga a nível mundial. Justifica a
importância destas leis para a preservação do habitat marinho.
11.3. Indica duas medidas que deviam ser implementadas em Timor-Leste para evitar a produção de
trabalhos em tartaruga.
12. A gastronomia tradicional timorense é muito rica e diversificada.
12.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. É frequente na gastronomia timorense a utilização de carne na confeção de refogados de legumes.
B. A cultura do coco, do açafrão, do tamarindo, do gengibre e de outras especiarias permitiu que a gastronomia
timorense se tornasse muito rica e diversificada.
C. A influência de outros povos levou os timorenses a não utilizarem o leite para beber.
D. A introdução de novos produtos e o contacto com pessoas que possuíam hábitos alimentares diferentes
contribuíram para pequenas alterações na gastronomia timorense.
E. O batar-hut é um prato timorense feito com milho torrado e pilado, ao qual se adiciona açúcar farinado no
final da torrefação ou quando é servido.
F. A banana, a laranja, a maçã e a pera são frutos tropicais muito consumidos em Timor-Leste.
G. Na alimentação timorense é característico e famoso o kakanu, em cuja preparação se utiliza batata doce.
H. O peixe, a batata, o leite e o pão de milho aparecem com frequência na alimentação timorense.
12.2. Corrige as afirmações que consideraste falsas na questão anterior.
12.3. Justifica a importância da gastronomia tradicional para o turismo de Timor-Leste.
Guia do Professor | 89
5. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Bibliografia de apoio
Alkatiri, M. (2006). Timor-Leste – O Caminho para o Desenvolvimento. 2ª Ed. LIDEL – Edições Técnicas Lda.
C. G. D. (2007). Timor-Leste – No Caminho para o Desenvolvimento. Lisboa: Mediateca da Caixa Geral de Depósitos.
Carrascalão, M. A. (2002). Timor – Os Anos da Resistência. 1ª Ed. Maria Ângela Carrascalão e Mensagem – Serviço
de Recursos Editoriais, Lda.
Cinatti, R. (1987). Motivos Artísticos Timorenses e a Sua Integração. Instituto de Investigação Científica Tropical:
Museu de Etnologia.
Cinatti, R. & Sousa Mendes, L. A. (1987). Arquitetura Timorense. Instituto de Investigação Científica Tropical:
Museu de Etnologia.
Durand, F. (2010). Timor-Leste – País no Cruzamento da Ásia e do Pacífico. Um Atlas Histórico-Geográfico. LIDEL
– Edições Técnicas Lda.
Faculdade de Arquitetura – Universidade Técnica de Lisboa & GERTIL (2002). Atlas de Timor-Leste. LIDEL – Edições
Técnicas Lda.
Figueiredo, J. M. (2005). Fluxos Migratórios e Cooperação para o Desenvolvimento - Realidades compatíveis no
contexto Europeu? Lisboa: ACIME.
Gunn, G. C. (1999). Timor Loro Sae – 500 Anos. Coleção Livros do Oriente.
Gusmão, K. R. X.; Rey, J. C.; Gijzen, H.; Simith, V. & Antoulas, S. (2010). A Coleção Antoulas. Timor-Leste: Secretaria
de Estado e Direção Nacional da Cultura.
Instituto de Altos Estudos Militares e Universidade Católica Portuguesa (2000). Timor um País para o Século XXI.
1ª Ed. Edições Atena, Lda.
Mendes Corrêa, A. A. (1944). Timor Português: Contribuições para o seu Estudo Antropológico. Ministério das
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Menezes, F. X. (2006). Encontro de Culturas em Timor-Leste. Díli: Crocodilo Azul.
Parreira, P. N. C. (2003). A Economia de Timor-Leste – Transição e Integração Regional e Mundial. Gabinete de
Estudos e Prospetiva Económica, Ministério da Economia.
Seixas, P. C. (2006). Timor-Leste – Viagens, Transições, Mediações. Oficina Gráfica: Universidade Fernando Pessoa.
Thomaz, L. F. (2002). Babel Loro Sa’e, O Problema Línguístico de Timor-Leste. Instituto Camões: Lisboa.
Thomaz, L. F. (1998). De Ceuta a Timor – Memória e Sociedade. 2ª Ed. DIFEL: Difusão Editorial SA.
Thomaz, L. F. (2008). País dos Belos – Achegas para a Compreensão de Timor-Leste. Coleção Memória do Oriente.
Lisboa: Fundação Oriente.
90 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Recursos Web
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected] | http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/Maps
@139.aspx | http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/finalReportPort/
http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/
http://www.ecodiscovery-easttimor.com/
http://www.historyanthropologytimor.org/
http://www.irasec.com/components/com_irasec/media/upload/OP09-East-Timor_Cabasset-Durand.pdf
http://www.laohamutuk.org/econ/SDP/2011/Plano-Estrategico-Desenvolvimento-TL3.pdf
http://vimeo.com/34954828
http://youtu.be/uzd7Ms0QdL0
http://www.radioliberdadedili.com/
Unidade Temática 3Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
SUBTEMA 3Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
3.2. As marcas do passado na cultura timorense
Unidade Temática 3 | Os recursos de Timor-Leste – características, potencialidades e ameaças
92
1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO
SUBTEMA 3 Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
As marcas do passado na cultura timorense
• Os filhos do Grande Crocodilo
• As marcas culturais da colonização portuguesa
• As marcas culturais a partir de meados do século XX
- Análise e interpretação de esquemas/fotografias/
mapas/textos sobre:
* a história “Os filhos do Grande Crocodilo”;
* as marcas culturais da colonização portuguesa;
* as marcas culturais da ocupação indonésia;
* as marcas culturais do pós independência de
Timor-Leste.
- Discussão acerca das marcas do dia a dia que
valorizam a história “Os filhos do Grande Crocodilo”.
- Análise de notícias de Imprensa sobre:
* a diversidade de marcas culturais existentes
em Timor-Leste;
* a importância da diversidade das marcas
culturais no desenvolvimento de Timor-Leste.
- Realização de atividades de debate/dis-
cussão acerca de possíveis formas de po-
tenciar a diversidade das marcas culturais no
desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre
as marcas do passado na cultura timorense.
- Interpretação de documentos oficiais sobre
marcas do passado na cultura timorense.
- Realização de exercícios de aplicação sobre a
diversidade cultural existente em Timor-Leste e
sobre as marcas do passado na cultura timorense.
- Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e
organização de informação sobre as marcas do
passado na cultura timorense.
- Construção de documentos de divulgação (ex.:
cartazes, posters) sobre as marcas do passado na
cultura timorense.
- Relata a história “Os filhos do Grande Crocodilo”.
- Apresenta marcas do dia a dia que valorizam a história “Os filhos do Grande Crocodilo”.
- Reconhece a importância cultural da história “Os filhos do Grande Crocodilo” no desenvolvimento de Timor-Leste.
2
- Indica marcas culturais da colonização portuguesa em Timor-Leste.
- Reconhece a importância das marcas culturais portuguesas no desenvolvimento sustentável de Timor-Leste
3
- Indica marcas culturais ocorridas em Timor-Leste a partir de meados do século XX.
2
Guia do Professor | 93
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
• As marcas culturais da ocupação indonésia
• As marcas culturais do pós independência de Timor-Leste
- Indica marcas culturais da Indonésia em Timor-Leste.
- Reconhece a importância das marcas culturais da Indonésia no desen-volvimento de Timor-Leste.
- Desenvolvimento de um pequeno projeto de
sensibilização junto da comunidade (ex.: palestras,
posters, folhetos, exposição) que permitam dar a
conhecer a importância das marcas culturais do
passado no desenvolvimento de Timor-Leste.
- Construção de um mapa organizador de
conceitos que sintetize os principais conceitos
abordados no estudo das marcas do passado na
cultura timorense.
2
- Indica marcas culturais recentes de Timor-Leste.- Reconhece a importância das marcas culturais recentes no desenvolvimento de Timor-Leste.
- Analisa a importância da diversidade cultural no desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
- Indica formas de potenciar as marcas culturais do passado no desenvolvimento do território timorense.
3
2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Nesta secção apresentamos um conjunto de sugestões metodológicas que devem ser analisadas pelo(a)
professor(a) quando estiver a fazer a preparação das suas aulas sobre a temática As marcas do passado na
cultura timorense. As sugestões apresentadas vão ao encontro das orientações do programa de Geografia e
devem ser selecionadas pelo(a) professor(a) em função das condições que permitem a sua realização em cada
escola, dependendo do tipo de alunos e dos tempos letivos previstos para a lecionação da temática.
94 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
Que marcas da colonização portuguesa estão
presentes na cultura timorense?
Que marcas culturais ficaram em Timor-Leste
da ocupação indonésia?
Que marcas o pós independência de Timor-
-Leste está a deixar na cultura timorense?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
De que modo as marcas do passado estão presentes na cultura timorense?
As marcas do passado na cultura timorense- Os filhos do Grande Crocodilo
- As marcas culturais da colonização portuguesa- As marcas culturais a partir de meados do século XX
- As marcas culturais da ocupação indonésia- As marcas culturais do pós independência de Timor-Leste
De que forma o mito Os filhos do Grande
Crocodilo está presente na cultura timorense?
Quais são as marcas culturais criadas em
Timor-Leste a partir de meados do século XX?
3.2. As marcas do passado na cultura timorense
Figura 8 – Questões orientadoras da temática As marcas do passado na cultura timorense.
A procura de respostas para a questão: De que modo as marcas do passado estão presentes na cultura timorense?
deve passar pela análise de fotografias e documentos diversos que ajudem o aluno a compreender quais são as
marcas do passado que existem na cultura timorense e que resultaram da interação dos timorenses com vários
povos que, ao longo do tempo, passaram por Timor-Leste. Devem ser realizadas diversas atividades práticas que
sensibilizem os alunos para a importância das marcas do passado na valorização da cultura timorense e para a
importância da mesma no desenvolvimento de Timor-Leste.
As questões apresentadas na Figura 8 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
- Realização de uma atividade de debate/discussão com os alunos acerca da importância do conhecimento
das marcas do passado na cultura timorense e dos exemplos que conhecem de marcas do passado existentes
na cultura timorense.
Guia do Professor | 95
- Realização de uma atividade de revisão acerca dos mitos que os alunos já estudaram no 10º ano de
escolaridade na disciplina de Temas de Literatura e Cultura e dos aspetos geológicos e morfológicos de Timor-
-Leste que foram estudados na disciplina de Geografia (10º ano de escolaridade).
- Observação e interpretação de imagens relativas às marcas da presença do mito Os filhos do Grande
Crocodilo na cultura timorense (ex.: Figuras 26 e 27 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre alguns mitos característicos da cultura timorense (ex.:
Atividade 18 do Manual do Aluno).
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos dos mitos: nome do mito, tema
abordado no mito, principais momentos do mito, importância dada pelos timorenses ao mito relatado.
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos colegas
da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem apresentar o mito num texto escrito, organizar
uma pequena exposição sobre o mito ou fazer uma representação teatral do mito que pretendem contar.
- Partilha com os alunos de informações relativas a outros mitos que façam parte da cultura timorense.
- Realização de uma atividade de debate/discussão com os alunos acerca das marcas que existem em Timor-
Leste da colonização portuguesa.
- Observação e interpretação de dados apresentados em fotografias relativos às marcas que existem em
Timor-Leste que foram deixadas durante a colonização portuguesa (ex.: Figuras 28 a 37 do Manual do Aluno).
- Partilha com os alunos da informação contida nos documentos de apoio apresentados na secção
Documentos de Apoio sobre:
* a chegada dos portugueses à ilha de Timor (Documento 16 do Guia do Professor).
* a sobrevivência da cultura luso timorense (Documento 17 do Guia do Professor).
* as origens do hábito de fumar em Timor-Leste (Documento 18 do Guia do Professor).
* a luta de galos em Timor-Leste (Documento 19 do Guia do Professor).
* os ritos propiciatórios e laudatórios (Documento 20 do Guia do Professor).
* o luto (Documento 21 do Guia do Professor).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as marcas da presença portuguesa na cultura timorense (ex.:
Atividades 19 e 20 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre as marcas da presença portuguesa na cultura timorense
(ex.: Atividade 21 do Manual do Aluno).
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos: marcas da influência portuguesa
na região onde a escola se encontra, importância das marcas identificadas no desenvolvimento da região e
importância dada pelos timorenses da região às marcas identificadas.
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos colegas
da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem apresentar um texto escrito, organizar uma
pequena exposição fotográfica sobre as marcas da influência portuguesa descritas ou apresentar alguns
relatos feitos junto da população da sua região.
- Observação e interpretação de dados apresentados em fotografias relativos às marcas culturais deixadas
em Timor-Leste a partir de meados do século XX (ex.: Figura 38 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos relativos às marcas culturais deixadas em Timor-Leste a partir de meados do
século XX (ex.: ocupação japonesa, invasor, influência lusotropical).
96 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância das marcas culturais deixadas em
Timor-Leste a partir de meados do século XX.
- Observação e interpretação de dados apresentados em fotografias relativos às marcas culturais deixadas
em Timor-Leste durante a ocupação indonésia (ex.: Figuras 39 e 40 do Manual do Aluno).
- Apresentação de conceitos relativos às marcas culturais deixadas em Timor-Leste durante a ocupação
indonésia (ex.: individualidade étnica e cultural, malaio, religião muçulmana).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da importância das marcas culturais deixadas
pela Indonésia durante a ocupação de Timor-Leste.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as marcas da ocupação indonésia na cultura timorense (ex.:
Atividade 22 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre as marcas da ocupação indonésia na cultura timorense (ex.:
Atividade 23 do Manual do Aluno).
* Os alunos podem trabalhar em grupo e pesquisar os seguintes aspetos: marcas da influência indonésia
na região onde a escola se encontra, importância das marcas identificadas no desenvolvimento da região e
importância dada pelos timorenses da região às marcas identificadas.
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos colegas
da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem apresentar um texto escrito, organizar
uma pequena exposição fotográfica sobre as marcas da influência indonésia descritas ou apresentar alguns
relatos feitos junto da população da sua região.
- Partilha com os alunos da informação contida no documento de apoio apresentado na secção Documentos
de Apoio sobre a escolha da religião durante a ocupação indonésia (Documento 22 do Guia do Professor).
- Apresentação de conceitos (ex.: restauração da independência, individualidade história e cultural,
reabilitação do património arquitetónico) e de fotografias relativas às marcas culturais do pós independência
de Timor-Leste (ex.: Figura 41 do Manual do Aluno).
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as marcas culturais do pós independência de Timor-Leste
(ex.: Atividade 24 do Manual do Aluno).
- Partilha com os alunos da informação contida nos documentos de apoio apresentados na secção
Documentos de Apoio sobre o papel da UNESCO na valorização do património cultural timorense (Documento
23 do Guia do Professor) e sobre os tesouros culturais de Timor-Leste (Documento 24 do Guia do Professor).
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da necessidade de preservação do património
cultural e da sua importância no desenvolvimento de Timor-Leste.
- O(A) professor(a) poderá optar, para economia de tempo, por usar a seguinte estratégia na realização dos
trabalhos de pesquisa propostos para a temática em estudo:
* Divide a turma em 6 grupos;
* Dá a cada grupo a possibilidade de escolher um tema entre os seguintes: mitos, marcas da presença portuguesa
e marcas da ocupação indonésia. Vai haver dois grupos a trabalhar o mesmo tema (esta estratégia poderá
ser importante para que os alunos compreendam que apesar do tema ser o mesmo, cada grupo irá realizar
trabalhos bastante diferentes). No caso de não haver entendimento na escolha dos temas o(a) professor(a)
pode propor aos grupos a realização de um sorteio para ver qual é o tema que cada grupo vai trabalhar.
* Estabelece um tempo para a realização dos trabalhos de pesquisa (por exemplo, 1 ou 2 semanas).
Guia do Professor | 97
* Cada grupo faz as pesquisas que considerar necessárias para fundamentar o tema que está a trabalhar.
* A cada grupo é dado um tempo definido para a apresentação do seu tema (por exemplo, 10/15 minutos).
* Em uma ou em duas aulas todos os grupos apresentam à turma o seu tema.
* No final de todas as apresentações pode haver um momento de debate geral para esclarecimento de
todas as dúvidas e/ou aprofundamento de algum tema.
* Se houver possibilidade na escola poderá ser efetuada uma exposição de todos os trabalhos elaborados
pelos alunos e a mesma pode ser aberta a toda a comunidade.
- Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado importantes durante a
lecionação da temática em estudo.
- Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões colocadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
- Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o(a)
professor(a) pode fornecer aos alunos o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e discutir
a importância do referido esquema na estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação da
temática As marcas do passado na cultura timorense.
- Em alternativa, o(a) professor(a) pode pedir aos alunos para construírem um mapa organizador de conceitos que
sintetize os principais conceitos abordados no estudo da temática As marcas do passado na cultura timorense.
- Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática As marcas do passado na cultura
timorense do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática o(a) professor(a) pode discutir com os alunos
a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os
conhecem e se compreendem o significado dos mesmos.
- Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da
temática As marcas do passado na cultura timorense do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática
o(a) professor(a) pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram
as metas de aprendizagem definidas.
98 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
recaem
por exemplo
ocorreu a partirintrodução
com
com
criaçãointroduziram
acentuou
introdução
constituem
introdução
por exemplo
por exemplo
deixou m
arcas
procura explicar
utilizado
da
comocorreu
deixou m
arcasprom
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permite
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obilização
contribuiu para
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MA
RCAS D
O PA
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A CULTU
RA TIMO
RENSE
Colonização
portuguesa
Filhos do Grande
Crocodilo
Origem
da ilha
de Timor
Crocodilo
Animal
SagradoM
otivos
tradicionais
Cultura
timorense
Janelas e
varandas
Marco
cronológico
Local de
encontro
Troca/compra/
venda de bens
Piso
térreo
Traje
misto
Calções
Saias e
vestidos
Bazares e
mercados
Trabalho
assalariado
Destruição de muito
património
Convergência
étnica e cultural
com Portugal
Reconstrução
de património
Influência
lusotropical
Símbolos
culturaisTradições
Aceleração do
cristianismo
Comunidade
internacionalPatrimónio
arquitetónico
Preservação
dos recursos
culturais
Reabilitação
Institucional
Individualidade
Étnica e cultural
dos timorenses
Malaio (bahasa
indonesia)
Asfaltamento
das estradas
Maior assistência
hospitalar
Religião
Católica
Hábitos
alimentares
Distribuição
de bens
Organização
do trabalhoVestuário
Construção
de habitações
BelezaRiqueza
Novas plantas
Animais
Especiarias
Século XVI
PoderMilho
Mandioca
Abóbora
Pimenta
Ovelha
Origem
externa
Mitos
Invasão dos japonesesM
eados do século XXO
cupação indonésiaPós independência
3. MAPA O
RGAN
IZADOR DE CO
NCEITO
S
Guia do Professor | 99
4. DOCUMENTOS DE APOIO
Apresentamos, de seguida, alguns documentos de apoio que podem ser utilizados pelo(a) professor(a) na
planificação e na preparação das aulas. Estes documentos, se o(a) professor(a) considerar oportuno, podem
ser partilhados com os alunos.
DOCUMENTO 16 – Chegada dos portugueses à ilha de TimorNa chegada dos portugueses à ilha de Timor foi encontrada uma civilização da Idade do Ferro. Os timorenses viviam da agricultura e da criação de gado, complementadas com a recolha de alguns produtos espontâneos que eram obtidos na floresta. Existiam pequenas indústrias artesanais, associadas, sobretudo, à cerâmica. Cultivavam tubérculos (ex.: batata doce, inhame, taro) e cereais de sequeiro (ex.: milho miúdo, arroz de sequeiro), num processo de agricultura que fazia uso das queimadas. Tinham como animais domésticos o cão, o gato, o porco, a galinha, o pato, a cabra, o cavalo e o búfalo. Praticavam a tecelagem, a cestaria, a olaria e sabiam trabalhar os metais.
DOCUMENTO 17 – A sobrevivência da cultura luso timorenseA sobrevivência da cultura luso timorense foi posta à prova durante a Segunda Guerra Mundial, onde a ocupação de Timor por tropas estrangeiras, sem qualquer respeito pela posição de neutralidade assumida por Portugal, deu origem a uma guerra sem quartel entre japoneses, australianos e holandeses, em regime de luta de guerrilhas. Quando este conflito terminou, as construções portuguesas em Timor-Leste estavam quase todas destruídas.A convicção dos timorenses da sua própria integração numa cultura luso timorense fez com que toda a propaganda política dos japoneses fosse infrutífera. A própria bandeira portuguesa, mais do que um símbolo de soberania, foi considerada pelos timorenses durante a ocupação japonesa como algo sagrado, deixando de ser apenas o símbolo da nação.
DOCUMENTO 19 – Luta de galosNa luta de galos dois galos lutam num ringue com as cristas eriçadas e lâminas afiadas amarradas às patas. Nestas lutas há apostas simples e há apostas bastante complexas. Muitas vezes as apostas são coletivas, onde os habitantes de um suco apostam contra os de outro.
É interessante observar a alegria ruidosa e esfuziante dos vitoriosos que aos gritos, ovações e pulos lançam novos reptos aos vencidos, procurando humilhá-los.
Os donos dos galos têm uma grande estima pelos seus galos e percorrem, por vezes, grandes distâncias para participarem em diversas lutas.
DOCUMENTO 18 – As origens do hábito de fumar em Timor-LesteFoi a influência portuguesa que trouxe para Timor-Leste o hábito de fumar, que não conseguiu, no entanto, deixar esquecer o tradicional hábito de mascar areca.
DOCUMENTO 20 – Ritos propiciatórios e laudatóriosOs ritos propiciatórios e laudatórios sofreram influência portuguesa. Atualmente adquiriram um significado simbólico, com a redução do número de animais sacrificados. Passou-se o mesmo com os ritos funerários que evidenciam uma tendência para a moderação e a temperança. A obrigatoriedade de enterrar os mortos dentro do prazo legal foi, também, uma prática que resultou da influência portuguesa em Timor-Leste.
100 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
5. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os exemplos das questões a seguir apresentados podem ser utilizados em fichas de trabalho ou em provas
de avaliação escrita, bem como outros que o(a) professor(a) considere que são importantes para avaliar os
conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais abordados durante a lecionação da temática As marcas do
passado na cultura timorense.
DOCUMENTO 21 – LutoO luto é praticado pela generalidade da população timorenses e é a exteriorização desse sentimento, que parece assumir uma mistura de características, resultantes do cruzamento de práticas trazidas pelos portugueses com atitudes primitivas dos nativos. São de referir as visitas regulares e programadas que os timorenses fazem aos cemitérios, levando flores e outras ofertas, bem como as reuniões formais em casa dos familiares nas semanas e meses que se seguem ao falecimento. É vulgar encontrarem-se pessoas com o chamado luto fechado, podendo o mesmo ser manifestado com a colocação de: uma fita preta na manga da camisa, um pequeno pedaço de tecido preto na lapela do casaco ou um pano preto atado à volta do pescoço.
DOCUMENTO 23 – O papel da UNESCO na valorização do património cultural timorenseA UNESCO tem vindo a promover o retorno e a restituição da propriedade cultural timorense no mundo. Tem encorajado os seus Estados Membros a juntarem-se a duas convenções internacionais e a um protocolo que permitirão reforçar a uniformidade das ações timorenses de salvaguarda do património cultural. São elas:
- Protocolo da Convenção de Haia para a Proteção de Propriedade Cultural no Evento de Conflito Armado, de 1954; - Convenção Internacional dos Meios de Proibição e Prevenção de Importação, Exportação e Transferências Ilícitas de Propriedade de Bens Culturais, de 1970;- Convenção UNIDROIT para Roubo de Objetos Culturais Exportados Ilegalmente, de 1995.
DOCUMENTO 24 – Os tesouros culturais de Timor-LesteDurante muitos anos, numerosos tesouros culturais de Timor-Leste foram levados para fora do país e podem ser encontrados por todo o mundo. Torna-se, por isso, urgente que estes tesouros regressem a Timor-Leste. Tal aconteceu recentemente com a Coleção Antoulas, que possui 59 objetos culturais repatriados por Syméon Antoulas e que farão parte da Coleção Nacional do Futuro Museu e Centro Cultural de Timor-Leste.
DOCUMENTO 22 – A escolha da religião durante a ocupação indonésiaEm Timor-Leste a pressão no sentido de se escolher uma das cinco religiões aprovadas na Indonésia (islâmica, hindu, budista, protestante e católica) era ainda maior do que no resto do território indonésio, uma vez que, aos olhos das ABRI, os rituais das religiões nativas de Timor-Leste eram identificados com as guerrilhas da Fretilin nas montanhas. Se um timorense não optasse por uma religião, a sua atitude podia ser interpretada como ateísmo, o que para as autoridades militares significava comunismo – e do ponto de vista da ideologia do exército, era mais do que motivo para atirar a matar. Não havia alternativa, os timorenses eram obrigados a fazer uma opção e em Timor-Leste o catolicismo era uma religião familiar. Na realidade, em muitos sentidos a Igreja Católica em Timor-Leste surgia como um vizinho tolerante de longa data, pois independentemente das suas falhas, nunca adotara uma política de conversão à força. A acrescentar à sua mística havia o facto de, muito antes da invasão indonésia, os padres católicos vestidos de branco de visita às zonas rurais serem encarados pelos crentes das religiões tradicionais como detendo poderes sobrenaturais. Daí que, a maioria da população escolheu a religião católica. Esperavam não só os benefícios espirituais como alguma proteção: o clero procurava defender os timorenses dos ataques físicos nos sucos, concedendo-lhes refúgio em missões e capelas. De um modo bem mais concentrado do que no passado, a Igreja Católica tornou-se, durante a ocupação indonésia, a guardiã dos timorenses, que precisavam de muito conforto e apoio moral.
Kohen (1999)
Guia do Professor | 101
QUESTÕES
1. Vários mitos e lendas enriquecem a cultura timorense.
1.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. O mito “Os filhos do Grande Crocodilo” foi criado para explicar a origem da ilha de Timor.
B. A parte espiritual constitui uma componente essencial da sociedade timorense.
C. Há mitos que referem que o povoamento da ilha de Timor se deve a vagas migratórias desde há 5 000 anos.
D. O relevo acidentado de Timor-Leste é explicado pelo mito “Os filhos do Grande Crocodilo”.
E. A proibição de matar os crocodilos em Timor-Leste está a levar ao seu aumento significativo.
F. O mito “Os filhos do Grande Crocodilo” é o único mito que existe em Timor-Leste.
1.2. Corrige as afirmações que consideraste como falsas na questão anterior.
2. Ao longo do tempo Timor-Leste sofreu a influência de diversos povos.
2.1. Diz o que entendes por aculturação.
2.2. Indica o nome de três países que deixaram marcas de aculturação em Timor-Leste.
2.3. Explica a importância das marcas de aculturação na sociedade timorense.
3. Estabelece a correspondência entre os acontecimentos apresentados na coluna I e as afirmações indicadas
na coluna II.
4. Seleciona a alternativa que completa cada uma das frases que se seguem, de forma a obteres afirmações corretas.
4.1. A influência dos portugueses ao nível dos hábitos alimentares dos timorenses permitiu…
(A) …a proibição do consumo de algumas espécies de peixe.
(B) …a substituição das culturas de regadio pelas culturas de sequeiro.
(C) …retirar de circulação muitos alimentos de má qualidade.
(D) …trazer novos alimentos e novas formas de os confecionar.
4.2. Os portugueses trouxeram novos hábitos de vestuário para Timor-Leste, nomeadamente,…
(A) …o tais, as calças e as saias.
(B) …as blusas, os vestidos e os tais feto.
(C) …as calças, as blusas e os vestidos.
(D) …as calças, os tais e as camisas.
Coluna I Coluna II
1. Marcas culturais da colonização portuguesa
2. Marcas culturais da ocupação indonésia
A. Construção de habitações feitas em pedra e cal.B. Melhoria das condições de circulação na maior parte das estradas de Timor-Leste.C. Realização de bazares e de mercados em várias cidades e sucos.D. Introdução da língua malaia nas escolas de Timor-Leste.E. Difusão do cristianismo. F. Introdução da fruta conde, do amendoim e do inhame em Timor-Leste. G. Aumento das pescas nos mares de Timor-Leste.
102 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
4.3. A construção de habitações em Timor-Leste sofreu algumas influências portuguesas, levando à introdução
de novos materiais, como é o caso…
(A) …da cal, do bambu e da palapa.
(B) …do capim, do tijolo e da argamassa de barro.
(C) …da cal, da argamassa e do tijolo.
(D) …do bambu, da cal e do tijolo.
5. Sob a influência portuguesa foram criados bazares e mercados em várias localidades de Timor-Leste.
5.1. Indica três funções dos bazares para a sociedade timorense.
5.2. Justifica a importância que na sociedade timorense atual ainda é dada à luta de galos.
5.3. Os bazares constituem-se como meio de divulgação de notícias e de boatos.
5.3.1. Apresenta um exemplo concreto que permita confirmar a afirmação apresentada.
5.3.2. Os meios de comunicação podem substituir a função de divulgação de notícias e de boatos desempenhada
pelos bazares? Justifica a tua resposta.
6. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços de cada uma das frases que se seguem, de modo a
obteres afirmações corretas.
6.1. O mito “Os filhos do Grande Crocodilo” considera que a ilha de Timor se formou a partir deste
animal que fossilizou .
(A) do corpo […] no fundo do mar
(B) da cabeça […] nas montanhas
(C) da cabeça […] no fundo do mar
(D) do corpo […] nas montanhas
6.2. Quando os portugueses chegaram à ilha de Timor, no , encontraram uma civilização da .
(A) século XX […] Idade do Bronze
(B) século XVI […] Idade do Bronze
(C) século XX […] Idade do Ferro
(D) século XVI […] Idade do Ferro
6.3. A ocupação administrativa de Timor-Leste foi iniciada nos finais do , conduzindo a um
processo de aculturação.
(A) século XVI […] lento
(B) século XVI […] rápido
(C) século XIX […] lento
(D) século XIX […] rápido
6.4. O contacto direto com os indonésios ajudou os timorenses a compreenderem as diferenças que os
separavam , reforçando o sentimento de étnica e cultural.
(A) de Portugal […] individualidade
(B) de Portugal […] dependência
(C) da Indonésia […] individualidade
(D) da Indonésia […] dependência
Guia do Professor | 103
6.5. Nos últimos anos da ocupação indonésia a agricultura e a pesca significativamente e a criação de
gado bastante.
(A) diminuíram […] aumentou
(B) diminuíram […] diminuiu
(C) aumentaram […] aumentou
(D) aumentaram […] diminuiu
7. O contacto direto com os indonésios ajudou os timorenses a compreenderem as diferenças que os separavam
da Indonésia, exaltando o seu sentimento de individualidade étnica e cultural.
7.1. Indica duas marcas existentes em Timor-Leste do período da ocupação indonésia.
7.2. Justifica o aumento significativo do número de católicos em Timor-Leste durante a ocupação indonésia.
7.3. Explica de que modo a ocupação indonésia contribuiu para a valorização dos recursos culturais de Timor-Leste.
8. A independência de Timor-Leste permitiu que os timorenses assumissem a sua individualidade histórica e cultural.
8.1. Explica de que forma a independência de Timor-Leste contribuiu para a valorização dos recursos
culturais timorenses.
8.2. Indica duas ações que podem ser implementadas pelos timorenses e que podem contribuir para a valorização
dos recursos culturais de Timor-Leste.
8.3. Explica de que modo a valorização dos recursos culturais timorenses pode contribuir para o desenvolvimento
de Timor-Leste.
9. Lê, com atenção, o texto que se segue e responde às questões que sobre ele são colocadas.Os tesouros culturais de Timor-LesteDurante muitos anos, numerosos tesouros culturais de Timor-Leste foram levados para fora do país e podem ser
encontrados por todo o mundo. Torna-se, por isso, urgente que estes tesouros regressem a Timor-Leste. Tal aconteceu
recentemente com a Coleção Antoulas, que possui 59 objetos culturais repatriados por Syméon Antoulas e que farão
parte da Coleção Nacional do Futuro Museu e Centro Cultural de Timor-Leste.
9.1. Indica duas razões que poderão ter contribuído para a saída dos tesouros culturais de Timor-Leste.
9.2. Refere uma vantagem e uma desvantagem da saída dos tesouros culturais de Timor-Leste.
9.3. Explica por que é importante que os tesouros culturais espalhados pelo mundo regressem a Timor-Leste.
9.4. Indica duas medidas que podiam ser implementadas pelo governo timorense para dar a conhecer aos
timorenses os tesouros culturais de Timor-Leste.
6. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Bibliografia de apoio
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Thomaz, L. F. (1998). De Ceuta a Timor – Memória e Sociedade. 2ª Ed. DIFEL: Difusão Editorial SA.
Thomaz, L. F. (2008). País dos Belos – Achegas para a Compreensão de Timor-Leste. Coleção Memória do Oriente.
Lisboa: Fundação Oriente.
Recursos Web
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
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http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/finalReportPort/
http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/
http://www.ecodiscovery-easttimor.com/
http://www.historyanthropologytimor.org/
http://www.irasec.com/components/com_irasec/media/upload/OP09-East-Timor_Cabasset-Durand.pdf
http://www.laohamutuk.org/econ/SDP/2011/Plano-Estrategico-Desenvolvimento-TL3.pdf
http://vimeo.com/34954828
http://youtu.be/uzd7Ms0QdL0
http://www.radioliberdadedili.com/
Unidade Temática 3Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
SUBTEMA 3Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
3.3. Relações socioculturais com diferentes espaços
Unidade Temática 3 | Os recursos de Timor-Leste – características, potencialidades e ameaças
106
1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO
SUBTEMA 3 Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
Relações socioculturais com diferentes espaços
• Relações socioculturais estabelecidas com diferentes espaços (ex.: Indonésia, Austrália, China)
• Relações socioculturais estabelecidas com os países da CPLP
- Análise e interpretação de esquemas/fotografias/
mapas/textos sobre:
* as relações socioculturais que Timor-Leste
estabelece com diferentes países (ex.: Indonésia,
Austrália, China);
* as relações socioculturais que Timor-Leste
es-tabelece com a CPLP.
- Discussão acerca das vantagens para Timor-
-Leste das relações socioculturais estabelecidas
com a Indonésia, a Austrália, com outros países
e com a CPLP.
- Análise de notícias de Imprensa sobre o tipo e a
importância das relações socioculturais que Timor-
-Leste estabelece com outros países e com a CPLP.
- Realização de atividades de debate/discussão
acerca de possíveis formas de potenciar as
relações socioculturais com a Austrália, com
outros países e com a CPLP.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre
as relações socioculturais estabelecidas por
Timor-Leste com a Indonésia, a Austrália, com
outros países e com a CPLP.
- Interpretação de documentos oficiais sobre
relações socioculturais estabelecidas entre
Timor-Leste e a Indonésia, a Austrália, outros
países e a CPLP.
- Realização de exercícios de aplicação sobre as
relações socioculturais estabelecidas por Timor-
Leste com a Indonésia, a Austrália, com outros
países e com a CPLP.
- Analisa o tipo de relações socioculturais que Timor--Leste estabelece com diferentes países (ex.: Indonésia, Austrália, China).
- Identifica vantagens das relações socioculturais com a Indonésia, com a Austrália e com outros países.
- Indica formas de potenciar as relações socioculturais com a Indonésia, a Austrália e outros países.
5
- Caracteriza o tipo de relações socioculturais que Timor-Leste estabelece com os países que constituem a CPLP.
- Identifica vantagens das relações socioculturais com os países da CPLP.
6
Guia do Professor | 107
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTempos letivos
previstos
- Desenvolvimento de trabalhos de pesquisa
e organização de informação sobre as relações
socioculturais estabelecidas por Timor-Leste
com a Indonésia, a Austrália, com outros países
e com a CPLP.
- Construção de documentos de divulgação (ex.:
cartazes, posters) sobre as relações socioculturais
estabelecidas por Timor-Leste com a Indonésia,
a Austrália, com outros países e com a CPLP.
- Desenvolvimento de um pequeno projeto
de sensibilização junto da comunidade (ex.:
palestras, posters, folhetos) que permitam
dar a conhecer a importância das relações
socioculturais estabelecidas por Timor-Leste
com a Indonésia, a Austrália, com outros
países e com a CPLP.
- Construção de um mapa organizador de
conceitos que sintetize os principais conceitos
abordados no estudo das relações socioculturais
estabelecidas por Timor-Leste com a Indonésia,
a Austrália, com outros países e com a CPLP.
6
2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Nesta secção apresentamos um conjunto de sugestões metodológicas que devem ser analisadas pelo(a)
professor(a) quando estiver a fazer a preparação das suas aulas sobre a temática Relações socioculturais com
diferentes espaços. As sugestões apresentadas vão ao encontro das orientações do programa de Geografia e
devem ser selecionadas pelo(a) professor(a) em função das condições que permitem a sua realização em cada
escola, dependendo do tipo de alunos e dos tempos letivos previstos para a lecionação da temática.
108 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
De que modo o incremento das relações socioculturais entre Timor-Leste e diferentes espaços pode contribuir para
o desenvolvimento sustentável do território e para a sua afirmação no mundo?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Que relações socioculturais Timor-Leste estabelece com diferentes países e com a CPLP?
Relações socioculturais com diferentes espaços- Relações socioculturais estabelecidas com diferentes espaços (ex.: Indonésia, Austrália, China)
- Relações socioculturais estabelecidas com os países da CPLP
Que relações socioculturais Timor-Leste
estabelece com diferentes espaços (ex.:
Indonésia, Austrália, China)?
Que relações socioculturais Timor-Leste
estabelece com os países da CPLP?
Figura 9 – Questões orientadoras da temática Relações socioculturais com diferentes espaços.
A procura de respostas para a questão: Que relações socioculturais Timor-Leste estabelece com diferentes países
e com a CPLP? deve passar pela análise de documentos diversos que ajudem o aluno a compreender quais são
as relações que Timor-Leste tem estabelecido com diferentes países do Sudeste Asiático e da CPLP. Devem ser
realizadas diversas atividades práticas que sensibilizem os alunos para a importância do incremento das relações
socioculturais de Timor-Leste com diferentes espaços com vista à promoção do desenvolvimento sustentável e
à afirmação de Timor-Leste no mundo.
As questões apresentadas na Figura 9 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
- Realização de uma atividade de debate/discussão com os alunos acerca do significado da imagem do Cristo
Rei apresentada no Manual do Aluno e da sua relação com a temática em estudo (Figura da página 138 e
Figura 42 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de debate/discussão onde os alunos apresentem exemplos de relações
socioculturais que Timor-Leste tem estabelecido com diferentes países e com a CPLP.
- Observação e interpretação de imagens relativas às marcas das relações socioculturais que Timor-Leste
tem estabelecido com diferentes países (ex.: Figuras 43 a 46 do Manual do Aluno).
- Realização de uma atividade de pesquisa sobre as marcas da influência da comunidade chinesa/comunidade
australiana/outra(s) em Timor-Leste (ex.: Atividade 25 do Manual do Aluno).
3.3. Relações socioculturais com diferentes espaços
Guia do Professor | 109
* Os alunos podem trabalhar em grupo, onde cada grupo pesquise os seguintes aspetos: marcas da influência
da comunidade chinesa/comunidade australiana/outra(s) em Timor-Leste (cada grupo podia pesquisar
a influência de uma comunidade distinta dos outros grupos), importância das marcas identificadas no
desenvolvimento de Timor-Leste e importância dada pelos timorenses da região às marcas identificadas.
* Posteriormente, os alunos devem organizar a informação recolhida para a poderem apresentar aos colegas
da turma e ao(à) professor(a). Como sugestão, os alunos podem apresentar um texto escrito, organizar uma
pequena exposição fotográfica sobre as marcas da comunidade chinesa/comunidade australiana/outra(s)
descritas ou apresentar alguns relatos feitos junto da população da sua região.
* Por fim, cada grupo deve apresentar a informação recolhida aos seus colegas de turma e ao(à) seu(sua)
professor(a) e no final deve haver um debate na turma acerca da importância dos trabalhos apresentados.
- Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da pertinência que tem o aumento das relações
socioculturais com outros países na promoção do desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
- Realização de uma atividade de revisão acerca dos objetivos da CPLP, das áreas a potenciar e das medidas
de concretização das mesmas que já foram estudadas na disciplina de Geografia no 10º ano de escolaridade.
O professor pode pedir aos alunos que façam uma pequena pesquisa acerca dos conceitos estudados no ano
letivo anterior, sobre a CPLP, e que na aula apresentem à turma uma revisão dos mesmos.
- Observação e interpretação de uma imagem relativa aos países que integram a CPLP (ex.: Figura 47 do
Manual do Aluno).
- Partilha com os alunos de informações complementares relativas às relações socioculturais que Timor-
Leste tem estabelecido com diferentes países e com a CPLP (pode ser efetuada na forma de diálogo com os
alunos, na apresentação de fotografias e/ou de notícias da Imprensa, por exemplo a Figura 48 do Manual
do Aluno).
- Partilha com os alunos da informação contida nos documentos de apoio apresentados na secção
Documentos de Apoio sobre o papel da CPLP (Documento 25 do Guia do Professor).
- Análise de notícias de Imprensa relativas a relações socioculturais que Timor-Leste está a estabelecer com
diferentes países e com a CPLP.
* O(A) professor(a) pode solicitar aos alunos, individualmente ou em grupo, que recolham notícias de
Imprensa onde estejam relatadas situações/eventos que permitam evidenciar relações socioculturais de
Timor-Leste com diferentes países e com a CPLP.
* Posteriormente cada aluno/grupo de alunos pode apresentar a notícia recolhida e justificar a importância
do conteúdo da mesma no incremento das relações socioculturais com diferentes países e com a CPLP e na
promoção do desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
- Realização de exercícios de lápis e papel sobre as relações socioculturais que Timor-Leste estabelece com
diferentes países e com a CPLP (ex.: Atividade 26 do Manual do Aluno).
- Realização de um jogo de simulação sobre a importância das relações socioculturais com diferentes países
e com a CPLP para o desenvolvimento sustentável de Timor-Leste. O(A) professor(a) poderá implementar a
seguinte estratégia na realização do jogo de simulação acerca da temática em estudo:
* Realiza uma pequena atividade de debate/discussão com a turma acerca das entidades que, na opinião
dos alunos, deviam estar presentes num debate em que se pretendesse discutir a importância das relações
socioculturais com diferentes países e com a CPLP para o desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
110 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
* Coloca no quadro a lista das entidades sugeridas pelos alunos e dá a cada aluno a possibilidade de assumir
o papel de uma das entidades indicadas (no caso de haver necessidade, pode cada entidade ser representada
por mais do que um aluno).
* Estabelece um tempo para a realização de pequenos trabalhos de pesquisa, onde cada aluno procura
fundamentos para defender a posição da entidade que vai representar (por exemplo, 1 ou 2 aulas).
* Cada grupo de alunos/entidade faz as pesquisas que considerar necessárias para fundamentar a sua
posição no debate.
* Numa aula o(a) professor(a) realiza o debate, onde cada entidade apresenta as suas posições e procura dar
o seu contributo para a discussão acerca da importância das relações socioculturais com diferentes países e
com a CPLP para o desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
* No final de todas as apresentações pode haver um momento de debate geral para esclarecimento de
todas as dúvidas e/ou aprofundamento de algum aspeto que possa ser considerado mais relevante.
* Após a realização desta atividade deve haver um momento de avaliação final do desempenho dos alunos,
onde cada aluno faz a sua autoavaliação e faz a heteroavaliação do desempenho dos outros alunos.
- Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado importantes durante a
lecionação da temática em estudo.
- Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O(A) professor(a)
pode pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas
e aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
- Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o(a)
professor(a) pode fornecer aos alunos o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e discutir
a importância do referido esquema na estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação da
temática Relações socioculturais com diferentes espaços.
- Em alternativa, o(a) professor(a) pode pedir aos alunos para construírem um mapa organizador de conceitos
que sintetize os principais conceitos abordados no estudo das relações socioculturais que Timor-Leste tem
estabelecido com diferentes espaços.
- Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática Relações socioculturais com
diferentes espaços do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática o(a) professor(a) pode discutir com os
alunos a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando
se os conhecem e se compreendem o seu significado.
- Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da
temática Relações socioculturais com diferentes espaços do Manual do Aluno. Após a lecionação da temática
o(a) professor(a) pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram
as metas de aprendizagem definidas.
Guia do Professor | 111
3. M
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112 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
4. DOCUMENTOS DE APOIO
Apresentamos, de seguida, alguns documentos de apoio que podem ser utilizados pelo(a) professor(a) na
planificação e na preparação das aulas sobre a temática Relações socioculturais com diferentes espaços. Estes
documentos, se o(a) professor(a) considerar oportuno, podem ser partilhados com os alunos.
DOCUMENTO 25 – A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)A CPLP tem procurado estruturar-se ao longo dos seus 12 anos de existência. Refletindo a vontade política dos Estados--membros, as aspirações e expectativas dos seus cidadãos, a Organização tem progredido no sentido de uma adaptação evolutiva das suas estruturas. Apesar da exiguidade de recursos de que dispõe, a vitalidade da CPLP reflete-se na defesa da Democracia e no elevado número de medidas conjuntas que os Estados-membros têm adotado para harmonizar políticas, ativar procedimentos comuns e cooperar em domínios tão importantes como a Justiça, a Educação, as Forças Armadas, o Ambiente e as Migrações, entre outros.A adaptação da CPLP às novas exigências de crescimento, derivadas de um maior dinamismo da Organização nos cenários nacionais e internacional e nas políticas dos Estados-membros, tem sido acompanhada por sucessivas alterações dos Estatutos. Este novo quadro legal permitiu, designadamente, o reforço da ação dos pontos focais, com a conversão das suas reuniões em órgão da CPLP, a criação dos Grupos da CPLP nas capitais e nas sedes dos organismos internacionais, a regulamentação da adesão dos Estados e organizações internacionais como observadores associados, e das instituições da sociedade civil como observadores consultivos, e a institucionalização pelo XII Conselho de Ministros, de novembro de 2007, de uma nova dimensão institucional da Organização com a criação da Assembleia Parlamentar. O reforço e o aprofundamento de relações com as organizações da Sociedade Civil dos países membros são outros dos componentes da ação, que se revestem da maior importância. A crescente solicitação de pedidos do estatuto de Observador Consultivo, permite à CPLP esperar que se criem novos espaços de cooperação e caminhos para a uma ação coletiva, multilateral, nos mais variados setores de atividade. No âmbito da realização dos objetivos da CPLP foram igualmente desenvolvidas ações importantes com vista a aproximar os países e seus cidadãos. No espaço da CPLP, intensificou-se a cooperação multilateral, de forma algo tímida, e a cooperação bilateral, exponencialmente: é cada vez mais natural a colaboração entre entidades homólogas dos Estados, seja no plano estatal, seja no âmbito da Sociedade Civil. Porém, o processo multilateral tem refletido, sem dúvida, uma contribuição decisiva para a maturação da CPLP. Tal processo, que implica paciência, flexibilidade, espírito de compromisso é também o garante de um maior equilíbrio, de reforço da compreensão mútua e de uma aposta determinada na ação coletiva que é afinal o fundamento da Comunidade.Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP é o foro multilateral privilegiado para o aprofundamento da amizade mútua e da cooperação entre os seus membros. Criada em 17 de julho de 1996, a CPLP goza de personalidade jurídica e é dotada de autonomia financeira. A Organização tem como objetivos gerais:
• A concertação político-diplomática entre seus estados membros, nomeadamente para o reforço da sua presença no cenário internacional; • A cooperação em todos os domínios, inclusive os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, desporto e comunicação social; • A materialização de projetos de promoção e difusão da língua portuguesa.
A CPLP é regida pelos seguintes princípios: • Igualdade soberana dos Estados membros; • Não ingerência nos assuntos internos de cada estado; • Respeito pela sua identidade nacional; • Reciprocidade de tratamento; • Primado da paz, da democracia, do estado de direito, dos direitos humanos e da justiça social; • Respeito pela sua integridade territorial; • Promoção do desenvolvimento; • Promoção da cooperação mutuamente vantajosa.
No ato de criação da CPLP, foram estabelecidas como órgãos da Comunidade as seguintes instâncias: • A Conferência de Chefes de Estado e de Governo • O Conselho de Ministros • O Comité de Concertação Permanente • O Secretariado Executivo
Posteriormente, os Estatutos revistos na IV Conferência de Chefes de Estado e de Governo (Brasília, 2002) estabeleceram como órgãos adicionais da CPLP:
• As Reuniões Ministeriais sectoriais • A Reunião dos Pontos Focais da Cooperação
Em Luanda, o X Conselho de Ministros em 2005 estabeleceu também como órgão adicional: o Instituto Internacional de Língua Portuguesa - IILP.
Guia do Professor | 113
DOCUMENTO 26 – A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)A Conferência de Chefes de Estado e de Governo reúne-se, ordinariamente, de dois em dois anos e, extraordinariamente, quando solicitada por 2/3 dos Estados membros. Este órgão, integrado pelas autoridades máximas dos oito países, é a instância deliberativa superior da Organização. Como é regra em todas as instâncias deliberativas da CPLP, as suas decisões são sempre tomadas por consenso. O Conselho de Ministros é constituído pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores dos oito países membros e reúne-se, ordinariamente, uma vez por ano e, extraordinariamente, quando solicitado por 2/3 dos Estados membros. O Conselho de Ministros responde perante a Conferência de Chefes de Estado e de Governo, a quem deve apresentar os respetivos relatórios. O Conselho de Ministros elege, entre os seus membros, um presidente de forma rotativa, por mandato de um ano. Tanto a Conferência de Chefes de Estado e de Governo quanto o Conselho de Ministros são hospedados, em caráter rotativo, por um dos Estados membros, que organiza os respetivos eventos em cidade de destaque, no mês de julho, o mês da criação da CPLP. A Assembleia Parlamentar é o órgão que reúne as representações de todos os Parlamentos da Comunidade, constituídas na base dos resultados eleitorais das eleições legislativas dos respetivos países. A Assembleia Parlamentar da CPLP foi instituída pelo XII Conselho de Ministros, em novembro de 2007.O Comité de Concertação Permanente reúne-se, ordinariamente, em Lisboa, na sede da CPLP, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que necessário. O Comité é coordenado pelo representante do país que detém a presidência do Conselho de Ministros. O Secretariado Executivo é o principal órgão executivo da CPLP e tem por incumbência implementar as decisões dos três órgãos deliberativos (Conferência, Conselho e Comité). É dirigido pelo Secretário Executivo, alta personalidade de um dos países membros, eleito rotativamente por um mandato de dois anos, que pode ser renovado uma única vez. O cargo é ocupado por Domingos Simões Pereira, da Guiné-Bissau, desde a VII CCEG decorrida em julho de 2008, em Lisboa. O Secretário Executivo é auxiliado nas suas funções pelo Diretor-Geral, cargo ocupado, desde janeiro de 2008, por Hélder Vaz Lopes, de nacionalidade guineense. As Reuniões Ministeriais sectoriais são constituídas pelos ministros e secretários de Estado dos diferentes setores governamentais de todos os Estados membros. Compete às Reuniões Ministeriais coordenar, ao nível ministerial ou equivalente, as ações de concertação e cooperação nos respetivos setores governamentais. A Reunião dos Pontos Focais de Cooperação congrega as unidades responsáveis, nos Estados membros, pela coordenação da cooperação no âmbito da CPLP. É coordenada pelo representante do país que detém a Presidência do Conselho de Ministros. Compete-lhe assessorar os demais órgãos da CPLP em todos os assuntos relativos à cooperação para o desenvolvimento no âmbito da Comunidade. Os Pontos Focais da Cooperação reúnem-se, ordinariamente, duas vezes por ano e, extraordinariamente, quando solicitado por 2/3 dos Estados membros. Os fundos do Secretariado Executivo da CPLP são provenientes das contribuições dos Estados membros, mediante quotas fixadas pelo Conselho de Ministros. A CPLP dispõe também de um Fundo Especial, dedicado exclusivamente ao apoio financeiro das ações concretas efetuadas no quadro da Organização. Este Fundo é alimentado por contribuições voluntárias de entidades públicas e privadas e está submetido a Regimento próprio. No caso das ações aprovadas no âmbito das Reuniões Ministeriais, estas serão financiadas por fontes a serem identificadas por esses órgãos.
In http://www.cplp.org
5. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os exemplos de questões a seguir apresentados podem ser utilizados em fichas de trabalho ou em provas
de avaliação escrita, bem como outros que o(a) professor(a) considere que são importantes para avaliar os
conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais abordados durante a lecionação da temática Relações
socioculturais com diferentes espaços.
114 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
QUESTÕES
1. As relações socioculturais de Timor-Leste com outros países são importantes para a afirmação do país no mundo.
1.1. Classifica as afirmações que se seguem de verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. As relações socioculturais que Timor-Leste estabelece com a China são muito fortes.
B. A comunidade australiana que vive em Timor-Leste encontra-se muito bem integrada na cultura timorense.
C. A realização de espetáculos musicais e de festivais culturais pode levar ao incremento das relações
socioculturais com a Indonésia.
D. O aumento das relações socioculturais com a CPLP pode ser negativo para o desenvolvimento de Timor-Leste.
E. Timor-Leste nada precisa de fazer para aumentar as relações socioculturais com a CPLP.
F. A dispersão dos chineses pelo território timorense dificulta a divulgação de produtos que são comercializados
um pouco por todo o mundo.
1.2. Corrige as afirmações que assinalaste como falsas na questão anterior.
2. A comunidade chinesa em Timor-Leste tem aumentado bastante nos últimos anos.
2.1. Menciona duas vantagens da presença da comunidade chinesa em Timor-Leste.
2.2. Explica a razão pela qual a comunidade chinesa não se mistura culturalmente com os timorenses.
2.3. Indica duas desvantagens para o desenvolvimento da economia timorense do monopólio comercial que é
feito pela comunidade chinesa em Timor-Leste.
3. Timor-Leste precisa de aumentar as relações socioculturais com outros países.
3.1. Explica de que forma a realização de festivais culturais em outros países pode contribuir para a valorização
dos recursos culturais de Timor-Leste.
3.2. Refere duas ações que deviam ser implementadas pelo governo timorense e que podem contribuir para a
valorização dos recursos culturais de Timor-Leste.
3.3. Explica de que forma o incremento das relações socioculturais com os membros da CPLP pode contribuir
para o desenvolvimento de Timor-Leste.
3.4. Justifica a importância dos recursos culturais timorenses no desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
4. Estabelece a correspondência entre as comunidades/organizações apresentadas na coluna I e as afirmações
indicadas na coluna II.
Coluna I Coluna II
1. CPLP
2. Comunidade australiana
3. Comunidade portuguesa
4. Comunidade chinesa
A. Não se encontra muito integrada na sociedade timorense.
B. Possui em Timor-Leste algumas empresas relacionadas com o turismo
subaquático.
C. Ocupa cargos públicos de relevo na sociedade timorense.
D. Partilha da língua portuguesa entre os seus membros.
Guia do Professor | 115
5. Seleciona a alternativa que completa cada uma das frases que se seguem, de forma a obteres afirmações corretas.
5.1. Grande parte do comércio de Timor-Leste está associado à comunidade…
(A) …indonésia.
(B) …portuguesa.
(C) …australiana.
(D) …chinesa.
5.2. As relações socioculturais de Timor-Leste com a Indonésia…
(A) …não existem.
(B) …têm-se mantido ao longo do tempo.
(C) …têm diminuído nos últimos anos.
(D) …têm aumentado nos últimos anos.
5.3. As relações socioculturais de Timor-Leste com a Austrália podem contribuir para…
(A) …a diminuição do número de turistas australianos.
(B) …a diminuição das trocas comerciais entre os dois países.
(C) …o aumento do número de residentes timorenses na Austrália.
(D) …o aumento do número de turistas australianos.
6. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços de cada uma das frases que se seguem, de modo a
obteres afirmações corretas.
6.1. A criação de e de facilita o escoamento dos trabalhos feitos pelos artesãos timorenses.
(A) cooperativas […] associações
(B) associações […] aeroportos
(C) cooperativas […] estruturas desportivas
(D) associações […] restaurantes
6.2. Timor-Leste necessita de as relações socioculturais com diferentes países.
(A) aumentar […] internas
(B) diminuir […] internas
(C) diminuir […] externas
(D) aumentar […] externas
6.3. Em Timor-Leste precisa de se a construção de para poder acolher os turistas.
(A) diminuir […] estradas
(B) diminuir […] espaços de alojamento
(C) aumentar […] espaços de alojamento
(D) aumentar […] espaços desportivos
7. As relações socioculturais que Timor-Leste pode estabelecer com a Austrália podem aumentar muito nos
próximos anos.
7.1. Explica de que modo pode ser útil para Timor-Leste e para a Austrália o aumento das relações socioculturais
entre os dois países.
116 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
7.2. Indica duas ações que podem ser levadas a cabo pelos cidadãos timorenses para aumentarem as relações
socioculturais com a Austrália.
7.3. Justifica a importância do aumento do número de turistas australianos no desenvolvimento de Timor-Leste.
7.4. Indica três medidas que podiam ser tomadas pelos timorenses para aumentar o número de turistas
australianos a visitar Timor-Leste.
7.5. Refere duas ações que deviam ser tomadas pelo governo timorense para estimular a entrada de turistas
australianos em Timor-Leste.
8. As relações socioculturais que Timor-Leste estabelece com os países da CPLP podem aumentar muito nos
próximos anos.
8.1. Explica de que modo pode ser útil para Timor-Leste o aumento das relações socioculturais com a CPLP.
8.2. Indica duas ações que podem ser levadas a cabo pelos cidadãos timorenses para contribuírem para o
aumento das relações socioculturais com a CPLP.
8.3. Justifica a importância do aumento do número de turistas dos países da CPLP no desenvolvimento de
Timor-Leste.
8.4. Indica três medidas que podiam ser tomadas pelo governo timorense para estimular o aumento do número
de turistas dos países da CPLP.
6. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Bibliografia de apoio
Alkatiri, M. (2006). Timor-Leste – O Caminho para o Desenvolvimento. 2ª Ed. LIDEL – Edições Técnicas Lda.
C. G. D. (2007). Timor-Leste – No Caminho para o Desenvolvimento. Lisboa: Mediateca da Caixa Geral de Depósitos.
Carrascalão, M. A. (2002). Timor – Os Anos da Resistência. 1ª Ed. Maria Ângela Carrascalão e Mensagem –
Serviço de Recursos Editoriais, Lda.
Cinatti, R. & Sousa Mendes, L. A. (1987). Arquitetura Timorense. Instituto de Investigação Científica Tropical:
Museu de Etnologia.
Durand, F. (2010). Timor-Leste – País no Cruzamento da Ásia e do Pacífico. Um Atlas Histórico-Geográfico. LIDEL
– Edições Técnicas Lda.
Faculdade de Arquitetura – Universidade Técnica de Lisboa & GERTIL (2002). Atlas de Timor-Leste. LIDEL – Edições
Técnicas Lda.
Gunn, G. C. (1999). Timor Loro Sae – 500 Anos. Coleção Livros do Oriente.
Gusmão, K. R. X.; Rey, J. C.; Gijzen, H.; Simith, V. & Antoulas, S. (2010). A Coleção Antoulas. Timor-Leste: Secretaria
de Estado e Direção Nacional da Cultura.
Instituto de Altos Estudos Militares e Universidade Católica Portuguesa (2000). Timor um País para o Século XXI.
1ª Ed. Edições Atena, Lda.
Menezes, F. X. (2006). Encontro de Culturas em Timor-Leste. Díli: Crocodilo Azul.
Parreira, P. N. C. (2003). A Economia de Timor-Leste – Transição e Integração Regional e Mundial. Gabinete de
Estudos e Prospetiva Económica, Ministério da Economia.
Guia do Professor | 117
Seixas, P. C. (2006). Timor-Leste – Viagens, Transições, Mediações. Oficina Gráfica: Universidade Fernando Pessoa.
Thomaz, L. F. (1998). De Ceuta a Timor – Memória e Sociedade. 2ª Ed. DIFEL: Difusão Editorial SA.
Thomaz, L. F. (2008). País dos Belos – Achegas para a Compreensão de Timor-Leste. Coleção Memória do Oriente.
Lisboa: Fundação Oriente.
Recursos Web
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/[email protected]
http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/finalReportPort/
http://www.cavr-timorleste.org/chegaFiles/
http://www.ecodiscovery-easttimor.com/
http://www.historyanthropologytimor.org/
http://www.irasec.com/components/com_irasec/media/upload/OP09-East-Timor_Cabasset-Durand.pdf
http://www.laohamutuk.org/econ/SDP/2011/Plano-Estrategico-Desenvolvimento-TL3.pdf
http://vimeo.com/34954828
http://youtu.be/uzd7Ms0QdL0
http://www.radioliberdadedili.com/
http://www.cplp.org
SOLUÇÕES DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES (MANUAL DO ALUNO)
Páginas 39 e 40 do Manual do Aluno
1. 1 – G; 2 – C; 3 – A; 4 – D; 5 – F; 6 – B; 7 - E
2.
2.1. A resposta do aluno pode referir os seguintes fatores (ou outros que também estejam corretos):
- Melhoria na alimentação e nas condições higiénicas, sanitárias, no vestuário e na habitação.
- Redução da frequência e da gravidade das epidemias e das guerras.
- Redução drástica das taxas de mortalidade devido à introdução da medicina preventiva (vacinas).
2.2. A resposta do aluno deve focar os seguintes aspetos:
- Há religiões que não aceitam a utilização de métodos contracetivos e do aborto, por isso as mulheres têm tendência
para terem muito mais filhos.
- Como consequência do aumento do número de filhos vai haver um aumento da taxa de natalidade da população onde
as mulheres estão integradas.
UNIDADE TEMÁTICA 3 - Os Recursos de Timor-Leste
Subtema 2 - Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
2.1. Evolução da população desde a 2ª metade do século XX
118 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
UNIDADE TEMÁTICA 3 - Os Recursos de Timor-Leste
Subtema 2 - Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
2.2. As estruturas sociodemográficas
2.3. A resposta do aluno deve focar os seguintes aspetos:
- Os fatores económicos e sociais contribuem para influenciar a taxa de mortalidade de uma população na medida em
que se uma população tiver muito poder económico cria mais lares para acolher os idosos e lhes proporcionar melhor
qualidade de vida por mais tempo, diminuindo a taxa de mortalidade da referida população.
- Por outro lado, havendo grande poder económico numa população há a possibilidade de se dar melhor assistência
médica às pessoas e isso vai contribuir, também, para diminuir a taxa de mortalidade dessa população.
2.4. A resposta do aluno pode referir as seguintes causas (ou outras que também estejam corretas):
- Falta de assistência médica.
- Má alimentação.
2.5. A resposta do aluno pode referir os seguintes aspetos (podem ser aceites outros que estejam corretos):
- Nos países desenvolvidos é maior o desenvolvimento económico, pelo que se podem construir muitos lares para
idosos e hospitais para fazer o acompanhamento médico das pessoas que possam ter problemas de saúde.
- Esta melhoria de condições de vida leva ao aumento da esperança média de vida das populações.
3.
3.1. A – F; B – V; C – F; D – F; E – V; F - V
4.
4.1. B | 4.2. C | 4.3. D
5.
5.1. A resposta do aluno deve conter três dos seguintes argumentos: económicos, religiosos, morais e/ou políticos.
5.2. As políticas antinatalistas procuram desenvolver ações que contribuem para a diminuição da natalidade. As políticas
natalistas procuram desenvolver ações que contribuam para o aumento de natalidade.
5.3. A resposta do aluno pode referir dois dos seguintes aspetos:
- Campanhas de informação (ex.: cartazes, imprensa, rádio, televisão);
- Aumento do número de centros de planeamento familiar com distribuição de contracetivos;
- Campanhas de promoção das famílias reduzidas;
- Criação de penalizações para as famílias numerosas;
- Despenalização/legalização do aborto;
- Esterilização forçada.
5.4. A resposta do aluno deve efetuar uma análise pessoal dos aspetos referidos na questão anterior.
6.
6.1. D | 6.2. C | 6.3. A
Páginas 62 e 63 do Manual do Aluno
1. 1 – D; 2 – A; 3 – B; 4 – E; 5 – C
2.
2.1. C | 2.2. D | 2.3. B | 2.4. C
Guia do Professor | 119
3.
3.1. A | 3.2. D
4.
4.1. A – F; B – V; C – F; D – F; E – V; F - V
4.2. A. Na pirâmide etária de Timor-Leste (2010) existe uma classe oca no escalão etário dos 30-34 anos. C. Em todos os distritos
de Timor-Leste há mais homens que mulheres. D. Em Timor-Leste a taxa de atividade da população é de cerca de 29,2%.
Páginas 92 e 93 do Manual do Aluno
1. 1 – B, D, E; 2 – A, F; 3 – C, G
2.
2.1. C | 2.2. B | 2.3. D | 2.4. B
3.
3.1. A – F; B – V; C – V; D – F; E – V; F - F
3.2. A. A distribuição da população sobre a superfície terrestre não é uniforme. D. Relevos muito acentuados dificultam as
práticas agrícolas. F. As estepes e as pradarias são zonas de baixa densidade populacional.
4.
4.1. D | 4.2. B
5.
5.1. Desertos humanos são locais do Terra onde praticamente não vive ninguém, por exemplo as zonas de elevada altitude.
Os focos populacionais são locais do planeta muito habitados, por exemplo as grandes cidades.
5.2. A maior parte da população mundial vive no Hemisfério Norte porque é aí que se encontra a maior parte das terras
emersas e onde o clima é mais ameno.
5.3. A resposta do aluno pode indicar duas das seguintes razões (ou outras que o professor considere válidas):
- Clima quente e com uma estação de chuvas abundantes devido às Monções;
- Abundância de rios;
- Vastas planícies aluviais;
- Solos muito férteis.
5.4. A resposta do aluno pode indicar dois dos seguintes fatores (ou outros que o professor considere válidos):
- Disponibilidade de emprego nas numerosas cidades que aí existia;
- Clima temperado com temperaturas amenas e precipitações mais ou menos abundantes e bem distribuídas;
- Solo fértil;
- Rios e os lagos navegáveis;
- Extensas planícies;
- Abundância de recursos minerais e energéticos.
6.
6.1. A – V; B – F; C – F; D – F; E – V; F - V
UNIDADE TEMÁTICA 3 - Os Recursos de Timor-Leste
Subtema 2 - Os recursos humanos – situação atual e cenários futuros
2.3. Distribuição espacial da população no território
120 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
6.2. B. A densidade média das áreas urbanas é superior à das áreas rurais. C. O distrito mais densamente povoado em
Timor-Leste é o de Díli. D. A encosta voltada a Norte tem uma maior densidade populacional que a encosta voltada a Sul.
Páginas 119 a 121 do Manual do Aluno
1.
1.1. A, C, D, F, H
1.2. As opções selecionadas na questão anterior relacionam-se com os recursos culturais porque refletem aspetos da vida
do dia a dia e das mais sofisticadas artes dramáticas, línguas e músicas e tradições culturais e gastronómicas de um povo e
que caracterizam a cultura de um povo.
2. A – 2; B – 3; C - 1
3. 1 – B; 2 – D; 3 – A; 4 - C
4.
4.1. A – V; B – F; C – V; D – V; E – V; F - F
4.2. B. O relevo montanhoso de Timor-Leste contribuiu para a separação dos vários grupos etnolinguísticos. F. As línguas
de Timor-Leste podem ser agrupadas em duas famílias distintas – a austronésia e a papua.
5. A, D, G – 1 B, C, E, F, H – 2
6.
6.1. Língua franca – é uma língua comum a vários povos que foi criada pela necessidade que houve de comunicar,
especialmente para o estabelecimento de trocas comerciais.
6.2. Tétum.
6.3. O facto de em Timor-Leste existirem numerosos grupos etnolinguísticos, cada um com o seu dialeto, levou à
necessidade de se criar uma língua que fosse compreendida por todos e que permitisse a comunicação, especialmente
para o estabelecimento de trocas comerciais.
7. 1 – B; 2 – E; 3 – A; 4 – C; 5 – D
8.
8.1. C | 8.2. B | 8.3. D | 8.4. C
9.
9.1. Os grupos etnolinguísticos podem contribuir para a promoção e a valorização dos recursos culturais timorenses,
porque cada grupo possui uma cultura muito rica e diversificada que se for preservada e divulgada pode contribuir para a
manutenção da mesma e para a promoção do desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
9.2. A resposta do aluno pode indicar as seguintes ações (ou outras que o professor considere válidas):
- Participação ativa nas atividades culturais dos grupos etnolinguísticos.
- Manutenção e valorização da cultura específica de cada grupo etnolinguístico.
- Aquisição de bens culturais que ajudem a preservar e a divulgar a cultura de cada grupo etnolinguístico.
UNIDADE TEMÁTICA 3 - Os Recursos de Timor-Leste
Subtema 3 - Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
3.1. Os grupos etnolinguísticos – identificação e características
Guia do Professor | 121
9.3. A resposta do aluno pode indicar as seguintes ações (ou outras que o professor considere válidas):
- Organização de eventos culturais que ajudem a divulgar e a preservar a cultura dos grupos etnolinguísticos.
- Criação de museus em todos os distritos que ajudem a preservar e a divulgar a cultura dos grupos etnolinguísticos.
- Estímulo à participação dos grupos etnolinguísticos em eventos internacionais, de modo a poderem divulgar a cultura timorense no mundo.
- Criação de um museu nacional que permita divulgar e preservar a cultura dos grupos etnolinguísticos.
9.4. A valorização dos recursos culturais de Timor-Leste pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do território, na
medida em que se forem criados museus (nacional e nos distritos) podem atrair muitos turistas que trazem divisas para o país.
Também a criação de diversificadas peças de artesanato e a sua venda aos turistas podem contribuir para a entrada de
muitas divisas no país e melhorar o desenvolvimento económico e social de Timor-Leste.
10.1. A – V; B – F; C – V; D – V; E – F; F – V; G - V
10.2. B. Na preparação da catupa usa-se óleo de coco e não batata doce. F. A introdução de novos produtos na gastronomia
timorense fez com que a mesma se tornasse mais rica e diversificada.
Páginas 136 e 137 do Manual do Aluno
1.
1.1. A – F; B – V; C – V; D – F; E – V; F - V
1.2. A. O mito “Os filhos do Grande Crocodilo” foi criado para explicar a variedade a morfologia do relevo e da ilha de Timor.
D. Em Timor-Leste existem vários mitos, entre eles o mito “Os filhos do Grande Crocodilo”.
2.
2.1. A aculturação designa o processo de contacto entre culturas diferentes e as suas consequências. A aculturação pressupõe a assimilação
de um grupo de uma cultura por uma outra cultura, resultando na alteração dessa cultura e em modificações na identidade do grupo.
2.2. Portugal, Indonésia e China.
2.3. As marcas de aculturação na sociedade atual timorense são importantes porque permitem que a cultura timorense seja
muito rica e diversificada e, ao mesmo tempo, mostra a tolerância e a aceitação que os timorenses fizeram de diferentes
aspetos da cultura de outros povos.
3. 1 – B, C, E, G 2 – A, D, F
4.
4.1. C | 4.2. D | 4.3. B
5.
5.1. A resposta do aluno pode indicar três das seguintes funções (ou outras que o professor considere válidas):
- Permite a troca de bens ou a aquisição e venda dos mesmos.
- É o local de encontro de amigos e de familiares.
- É um marco importante do calendário local.
- Assume-se como o centro de difusão de notícias e de boatos, desempenhando uma função sociológica e animológica
semelhante aos meios audiovisuais e à imprensa nos países desenvolvidos.
- É um centro de atividades lúdicas, podendo nele se realizarem vários jogos e a luta de galos.
UNIDADE TEMÁTICA 3 - Os Recursos de Timor-Leste
Subtema 3 - Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
3.2. As marcas do passado na cultura timorense
122 | Geografia, 11.o ano de escolaridade
5.2. Os timorenses atribuem uma enorme importância aos bazares, dado que quando combinam os seus compromissos
têm como referência a data do bazar.
5.3. A luta de galos assume-se como uma válvula de escape para descarga de rivalidades e para superação de inibições
relacionadas com a proibição de conflitos armados.
6.
6.1. A independência de Timor-Leste permitiu que os timorenses assumissem a sua individualidade histórica e cultural,
contribuindo para uma valorização dos seus próprios recursos culturais.
6.2. A resposta do aluno pode indicar as seguintes ações (ou outras que o professor considere válidas):
- Participação ativa nas atividades culturais dos grupos etnolinguísticos.
- Manutenção e valorização da cultura específica de cada grupo etnolinguístico.
- Aquisição de bens culturais que ajudem a preservar e a divulgar a cultura de cada grupo etnolinguístico.
6.3. A valorização dos recursos culturais de Timor-Leste pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do território,
na medida em que se forem criados museus (nacional e nos distritos) podem atrair muitos turistas que trazem divisas para
o país. Também a criação de diversificadas peças de artesanato e a sua venda aos turistas podem contribuir para a entrada
de muitas divisas no país e melhorar o desenvolvimento económico e social de Timor-Leste.
7.
7.1. A | 7.2. C | 7.3. D
Páginas 143 a 145 do Manual do Aluno
1.
1.1. A – F; B – F; C – V; D – V; E – V; F - F
1.2. A. As relações que Timor-Leste estabelece com a Austrália ainda são ténues. B. A comunidade chinesa que vive em
Timor-Leste encontra-se muito fechada sobre si própria. F. Timor-Leste precisa de desenvolver muitas e diversificadas
atividades para poder aumentar as relações socioculturais com a CPLP.
2.
2.1. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- A vinda da comunidade chinesa para Timor-Leste permitiu a criação de numerosos espaços comerciais que trouxeram uma
enorme variedade de produtos e a custos bastante baixos para os timorenses.
- Criaram, também, diversas redes de transporte para facilitar a deslocação dos timorenses.
2.2. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- A comunidade chinesa residente em Timor-Leste vive muito voltada para o negócio e trabalha muitas horas por dia, pelo
que opta por viver de forma muito fechada sobre si própria.
2.3. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- Vende produtos muito diversificados a muito baixo preço, pelo que dificulta a expansão de iniciativas dos timorenses para
abrirem os seus espaços comerciais.
UNIDADE TEMÁTICA 3 - Os Recursos de Timor-Leste
Subtema 3 - Os recursos culturais – uma explicação do presente à luz do passado
3.3. Relações socioculturais com diferentes espaços
Guia do Professor | 123
3.
3.1. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- Os festivais culturais permitem a realização de atividades culturais muito diversificadas e a sua divulgação aos timorenses,
pelo que os leva a conhecerem melhor a riqueza das suas tradições e, deste modo, poderão vir a valorizá-las mais no futuro.
3.2. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- Criação de vários espaços onde possam vender produtos tradicionais timorenses.
- Aquisição de peças decorativas timorenses para as suas casas.
3.3. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- O incremento das relações socioculturais com os países da CPLP pode contribuir para que Timor-Leste divulgue os seus
recursos culturais nos países que constituem a CPLP e, deste modo, afirme as suas características particulares junto deles.
3.4. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- Os recursos culturais timorenses se forem devidamente divulgados ao mundo podem levar à necessidade de aumentar a
produção dos mesmos, levando à melhoria da economia timorense.
- Podem, também, levar a que as pessoas de vários países do mundo queiram conhecer Timor-Leste e o procurem como país
para fazer turismo, pelo que esta ação pode levar à melhoria da economia timorense e, deste modo, se pode promover o
desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
4. 1 – D 2 – B 3 – C 4 – A
5.
5.1. C | 5.2. B | 5.3. C
6.
6.1. A | 6.2. B | 6.3. D
7.
7.1. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- O incremento das relações socioculturais entre Timor-Leste e a Austrália pode levar a um maior conhecimento mútuo
das duas culturas e este facto pode levar ao aumento do número de turistas a viajar entre os dois países.
- Pode, também, levar ao aumento do número de ações que promovam os recursos culturais nos dois países, por exemplo
festivais culturais e musicais em ambos os países.
7.2. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- Criação de um Museu em Timor-Leste que permita dar aos timorenses a riqueza cultural dos australianos.
- Organização de eventos em Timor-Leste que promovam o intercâmbio cultural entre os dois países e permita dar a
conhecer aos timorenses as potencialidades do aumento das relações socioculturais entre os dois países.
7.3. A resposta do aluno pode indicar os aspetos abaixo indicados (ou outros que o professor considere válidos):
- O aumento do número de turistas australianos em Timor-Leste permite que os mesmos deixem no país imenso dinheiro
que podem ajudar a desenvolver a economia local.
- O aumento do número de turistas australianos em Timor-Leste leva à necessidade de se criarem mais infraestruturas
para os receber (ex.: restaurantes, espaços de alojamento, entre outros), o que pode gerar muitos postos de trabalho.
7.4. A resposta do aluno pode indicar três das seguintes medidas (ou outras que o professor considere válidas):
- Criação de empresas que divulguem as potencialidades de Timor-Leste aos australianos.
- Criação de restaurantes e de espaços de alojamento em Timor-Leste para poder acolher bem os turistas australianos.
- Organização de circuitos turísticos que permitam dar a conhecer as potencialidades culturais e paisagísticas de todos os
distritos de Timor-Leste.
Bibliografia de Referência
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Alkatiri, M. (2006). Timor-Leste – O Caminho para o Desenvolvimento. 2ª Ed. LIDEL – Edições Técnicas Lda.
BRUSI, D. (1992). Reflexiones en Torno a la Didáctica de las Salidas de Campo en Geología. Actas do VII Simposio Nacional
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Técnicas Lda.
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http://loroneconomico.blogspot.com/
http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/conceitos.aspx
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http://youtu.be/uzd7Ms0QdL0
http://www.radioliberdadedili.com/
Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro
11 | GEO
GRAFIA