gêneros textuais no enem 2009

Gêneros textuais no ENEM-2009 Manoel Neves

TEXTO ENEM-2009

QUESTÃO 01 ENEM-2009

O texto tem o obje*vo de solucionar um problema social,

a) descrevendo a situação do país em relação à gripe suína.

b) alertando a população para o risco de morte pela Influenza A.

c) informando a população sobre a iminência de uma pandemia de Influenza A.

d) orientando a população sobre os sintomas da gripe suína e procedimentos para evitar a contaminação.

e) convocando toda a população para se submeter a exames de detecção da gripe suína.

SOLUÇÃO COMENTADA ENEM-2009

A principal intencionalidade da propaganda em destaque é instruir a população acerca dos procedimentos a serem adotados a fim de se evitar a propagação da gripe suína.

Percebe-‐se, ainda, que o texto informa quais são os sintomas e como evitar a propagação da doença. Assinale-‐se, pois, a alterna*va “d”.


Os principais recursos u*lizados para envolvimento e adesão do leitor à campanha ins*tucional incluem

a) o emprego de enumeração de itens e apresentação de Ktulos expressivos.

b) o uso de orações subordinadas condicionais e temporais.

c) o emprego de pronomes como “você” e “sua” e o uso do impera*vo.

d) a construção de figuras metafóricas e o uso de repe*ção. e) o fornecimento de número de telefone gratuito para contato.


O texto criado para a propaganda do Ministério da Saúde estabelece o contato com o leitor por intermédio da simulação da interlocução, o que se dá por intermédio do uso do pronome você [retomado em sua] e das formas verbais no impera*vo afirma*vo [como entre, evite, cubra, entre outros]. Marque-‐se, pois, a alterna*va “c”.

A PROPAGANDA gêneros textuais no ENEM

definição texto argumenta*vo que visa a vender um produto/ideia por intermédio de mensagens

intencionalidade levar o leitor a fazer algo

estrutura curto com mensagem direta [uso da segunda pessoa, voca*vos, etc]; slogan; verbal e não verbal

tipos textuais exposi*vo e injun*vo

contexto de circulação outdoors, televisão, rádio, jornal, revista e internet

TEXTO ENEM-2009


Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos cons*tuem um gênero textual

a) em que a imagem pouco contribui para facilitar a interpretação da mensagem con*da no texto, como pode ser constatado no primeiro quadrinho.

b) cuja linguagem se caracteriza por ser rápida e clara, que facilita a compreensão, como se percebe na fala do segundo quadrinho: “</DIV> </SPAN> <BR CLEAR = ALL> < BR> <BR> <SCRIPT>”.

c) em que o uso de letras com espessuras diversas está ligado a sen*mentos expressos pelos personagens, como pode ser percebido no úl*mo quadrinho.

d) que possui em seu texto escrito caracterís*cas próximas a uma conversação face a face, como pode ser percebido no segundo quadrinho.

e) em que a localização casual dos balões nos quadrinhos expressa com clareza a sucessão cronológica da história, como pode ser percebido no segundo quadrinho.


O melhor comentário acerca do gênero textual história em quadrinhos presente nas opções dadas é o que se encontra na alterna*va “d”, posto que se pode afirmar que a história em quadrinhos é um desdobramento do gênero literário narra*va e uma de suas principais caracterís*cas é o diálogo, que acaba por conferir dinamismo e agilidade.

[A HISTÓRIA EM] QUADRINHOS gêneros textuais no ENEM

definição narra*va curKssima que combina linguagem verbal e visual [hipergênero que engloba outros]

intencionalidade função esté*ca, em geral; pode promover reflexões filosóficas, sociais, metalinguís*cas...

estrutura balão, vinheta, figura, onomatopeia, elipse, página ou prancha [ver slide posterior]

tipos textuais predominantemente narra*vo

suporte o suporte deve ser manuseável e portá*l, sendo o papel o mais comum

[A HISTÓRIA EM] QUADRINHOS gêneros textuais no ENEM

estrutura ou componentes balão

vinheta

figura

onomatopeia

elipse

página ou prancha

lugar onde geralmente aparece a fala da personagem

traço que serve para emoldurar/separar os quadrinhos

representação [imóvel] da personagem

composição verbal expressiva na interação entre as personagens

vazio [entre as imagens separadas] a ser preenchido pelo leitor

conjunto de duas a quatro *ras

letra para atender às suas intenções, o autor explora *pos de fonte: negrito...

outros níveis de fala, caracteres desconhecidos, repe*ções, elementos paralinguís*cos

TEXTO ENEM-2009

BRASIL. Ministério da Saúde. Revista nordeste, João Pessoa, ano 3, n. 35, maio/jun. 2009.


O texto exemplifica um gênero textual híbrido entre carta e publicidade oficial. Em seu conteúdo, é possível perceber aspectos relacionados a gêneros digitais. Considerando-‐se a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação presentes no texto, infere-‐se que

a) a u*lização do termo download indica restrição de leitura de informações a respeito de formas de combate à dengue.

b) a diversidade dos sistemas de comunicação empregados e mencionados reduz a possibilidade de acesso às informações a respeito do combate à dengue.

c) a u*lização do material disponibilizado para download no site www.combatadengue.com.br restringe-‐se ao receptor da publicidade.

d) a necessidade de a*ngir públicos dis*ntos se revela por meio da estratégia de disponibilização de informações empregada pelo emissor.

e) a u*lização desse gênero textual compreende, no próprio texto, o detalhamento de informações a respeito de formas de combate à dengue.


Apesar de o leitor virtual do texto produzido pelo Ministério da Saúde serem os prefeitos, o portador [Revista nordeste] permite que ele circule entre outros setores da sociedade. Ademais, sua estrutura lembra a de uma carta aberta, texto cujo obje*vo discursivo é dar a conhecer a um público mais abrangente determinada informação. Ao publicar o texto dirigido aos prefeitos em uma revista de circulação ampla, o locutor acaba por revelar sua intenção de que o texto ganhe uma maior abrangência de leitores. Assinale-‐se, pois, a alterna*va “d”.


Diante dos recursos argumenta*vos u*lizados, depreende-‐se que o texto apresentado

a) se dirige aos líderes comunitários para tomarem a inicia*va de combater a dengue.

b) conclama toda a população a par*cipar das estratégias de combate ao mosquito da dengue.

c) se dirige aos prefeitos, conclamando-‐os a organizarem inicia*vas de combate à dengue. d) tem como obje*vo ensinar os procedimentos técnicos necessários para o combate ao mosquito da dengue.

e) apela ao governo federal, para que dê apoio aos governos estaduais e municipais no combate ao mosquito da dengue.


O voca*vo u*lizado no início do texto leva-‐nos a afirmar que o texto se dirige explicitamente aos prefeitos, apesar de visar, ainda que indiretamente, a outros públicos. Assinale-‐se, pois, a alterna*va “c”.

A CARTA ABERTA gêneros textuais no ENEM

definição carta que se dirige publicamente a alguém por intermédio de órgãos da imprensa

intencionalidade cobrar providências acerca de algum problema

estrutura Ktulo, introdução, desenvolvimento, conclusão, despedida, assinatura, local e data

tipos textuais exposi*vo, argumenta*vo e injun*vo

contexto de circulação rádio, jornal, revista e internet

TEXTO ENEM-2009

Dario vinha apressado, guarda-‐chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-‐se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-‐se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes rodearam-‐no e indagaram se não se sen*a bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

TREVISAN, D. Uma vela para Dario. Cemitério de Elefantes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964 (adaptado).


No texto, um acontecimento é narrado em linguagem literária. Esse mesmo fato, se relatado em versão jornalís*ca, com caracterís*cas de noKcia, seria iden*ficado em:

a) Aí, amigão, fui diminuindo o passo e tentei me apoiar no guarda-‐chuva... mas não deu. Encostei na parede e fui escorregando. Foi mal cara! Perdi os sen*dos ali mesmo. Um povo que passava falou comigo e tentou me socorrer. E eu, ali, estatelado, sem conseguir falar nada! Cruzes! Que mal!

b) O representante comercial Dario Ferreira, 43 anos, não resis*u e caiu na calçada da Rua da Abolição, quase esquina com a Padre Vieira, no centro da cidade, ontem por volta do meio-‐dia. O homem ainda tentou apoiar-‐se no guarda-‐chuva que trazia, mas não conseguiu. Aos populares que tentaram socorrê-‐lo não conseguiu dar qualquer informação.

c) Eu logo vi que podia se tratar de um ataque. Eu vinha logo atrás. O homem, todo aprumado, de guarda-‐chuva no braço e cachimbo na boca, dobrou a esquina e foi diminuindo o passo até se sentar no chão da calçada. Algumas pessoas que passavam pararam para ajudar, mas ele nem conseguia falar.


No texto, um acontecimento é narrado em linguagem literária. Esse mesmo fato, se relatado em versão jornalís*ca, com caracterís*cas de noKcia, seria iden*ficado em:

d) Ví*ma. Idade: entre 40 e 45 anos; Sexo: masculino; Cor: branca; Ocorrência: Encontrado desacordado na Rua da Abolição, quase esquina com Padre Vieira. Ambulância chamada às 12h34min por homem desconhecido. A caminho.

e) Pronto socorro? Por favor, tem um homem caído na calçada da rua da Abolição, quase esquina com a Padre Vieira. Ele parece desmaiado. Tem um grupo de pessoas em volta dele. Mas parece que ninguém aqui pode ajudar. Ele precisa de uma ambulância rápido. Por favor, venham logo!


A obje*vidade, a impessoalidade e a organização das informações caracterís*cas da linguagem jornalís*ca [função referencial ou denotaAva] encontra-‐se presente tão-‐somente no texto transcrito na alterna*va “b”.

A NOTÍCIA gêneros textuais no ENEM

definição relato de fatos recentes de grande relevância para o público leitor

intencionalidade informar acerca de determinado evento importante para determinada comunidade

estrutura Ktulo, lead [quem, o que, onde, quando, como, por que, para que], relato dos fatos

tipos textuais exposi*vo e narra*vo

contexto de circulação jornal, revista, rádio, televisão, internet...

TEXTO ENEM-2009

Disponível em hup://www.heliorubiales.zip.net


Observe a charge, que sa*riza o comportamento dos par*cipantes de uma entrevista cole*va por causa do que fazem, do que falam e do ambiente em que se encontram. Considerando-‐se os elementos da charge, conclui-‐se que ela

a) defende, em teoria, o desmatamento.

b) valoriza a transparência pública.

c) destaca a atuação dos ambientalistas.

d) ironiza o comportamento da imprensa. e) cri*ca a ineficácia das polí*cas.


Se se considerar que o local onde os polí*cos estão divulgando que vão combater o desmatamento é uma área que está totalmente desmatada, percebe-‐se que a intenção do locutor é apontar o descompasso entre o discurso [dos polí*cos] e a realidade. Assinale-‐se, pois, a alterna*va “e”, na medida em que se depreende da leitura da charge que quando os polí*cos partem para a ação já é tarde demais.

A CHARGE gêneros textuais no ENEM

definição ilustração com traços carregados [caricaturais] que pode ser acompanhada de texto verbal

intencionalidade cri*car, por intermédio da caricatura, evento próximo ao momento de sua produção

estrutura um só quadrinho; caricatura; linguagem verbal [nem sempre aparece]; intertextualidade;

tipos textuais intencionalidade argumenta*va [com traços injun*vos]

contexto de circulação jornal, revista, internet, entre outros

TEXTO ENEM-2009

Em Touro indomável, que a cinemateca lança nesta semana nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a dor maior e a violência verdadeira vêm dos demônios de La Moua – que fizeram dele tanto um astro no ringue como um homem fadado à destruição. Dirigida como um senso ver*ginoso do des*no de seu personagem, essa obra-‐prima de Mar*n Scorcese é daqueles filmes que falam à perfeição de seu tema (o boxe) para então transcendê-‐lo e tratar do que importa: aquilo que faz dos seres humanos apenas isso mesmo, humanos e tremendamente imperfeitos.

Revista Veja, 18 fev. 2009 (adaptado).


Ao escolher este gênero textual, o produtor do texto obje*vou

a) construir uma apreciação irônica do filme.

b) evidenciar argumentos contrários ao filme de Scorcese.

c) elaborar uma narra*va com descrição de *pos literários.

d) apresentar ao leitor um painel da obra e se posicionar cri*camente. e) afirmar que o filme transcende o seu obje*vo inicial e, por isso, perde sua qualidade.


O texto transcrito nesta questão visa a apresentar resumida e cri*camente o filme Touro indomável. Trata-‐se de uma resenha que obje*va despertar a atenção do leitor para que ele compre o filme. Isso pode ser percebido, por exemplo, no uso do modalizador obra-‐prima para se referir à obra em análise. Marque-‐se, pois, a alterna*va “d”.

A RESENHA JORNALÍSTICA gêneros textuais no ENEM

definição resumo de texto de extensão maior que a sinopse

intencionalidade fazer análise crí*ca de uma obra ou ainda uma sinopse geral do que ocorreu num período/texto

estrutura variada

tipos textuais sequências exposi*vas, narra*vas e argumenta*vas; intencionalidade argumenta*va e injun*va

contexto de circulação jornal, revista, internet, entre outros

INSTRUÇÃO ENEM-2009

As imagens seguintes fazem parte de uma campanha do Ministério da Saúde contra o tabagismo.

TEXTO ENEM-2009

Disponível em: hup://www.cafesemfumo.blogspot.com. Acesso em: 10 abr. 2009.


O emprego dos recursos verbais e não-‐verbais nesse gênero textual adota como uma das estratégias persuasivas

a) evidenciar a inu*lidade terapêu*ca do cigarro.

b) indicar a u*lidade do cigarro como pes*cida contra ratos e baratas.

c) apontar para o descaso do Ministério da Saúde com a população infan*l.

d) mostrar a relação direta entre o uso do cigarro e o aparecimento de problemas no aparelho respiratório.

e) indicar que os que mais sofrem as consequências do tabagismo são os fumantes a*vos, ou seja, aqueles que fazem o uso direto do cigarro.


A intencionalidade da propaganda do Ministério da Saúde é adver*r os fumantes acerca dos problemas que o cigarro pode trazer à saúde, principalmente no que diz respeito aos problemas no aparelho respiratório. Marque-‐se, pois, a alterna*va “d”.

Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça: vírgulas significam pausas.

Revista Língua Portuguesa, n.o 36, outubro de 2008, p. 30.

A publicidade u*liza recursos e elementos linguís*cos e extralinguís*cos para propagar sua mensagem. O autor do texto publicitário acima, para construir seu sen*do, baseia-‐ se a) na possibilidade de confundir o leitor quanto à sua ro*na. b) na certeza de surpreender o leitor com efeitos de humor. c) na criação de dúvida quanto à quan*dade de trabalho. d) no duplo sen*do da palavra pausas: pausa na escrita e pausa no trabalho. e) no obje*vo de irritar o leitor no que se refere à sua ro*na de trabalho diária.

QUESTÃO 10 segunda aplicação do ENEM-2009

No texto em análise, explora-‐se a duplicidade de sen*do do sinal diacrí*co vírgula [,]. Marque-‐se, pois, a alterna*va “d”.

SOLUÇÃO COMENTADA segunda aplicação do ENEM-2009

Disponível em: hup://www.fundacaofia.com.br/ceats/eca_gibi/capa.htm. Acesso em: 3 maio 2009 (adaptado).

Para o uso co*diano de qualquer gênero de texto que circula em nossa sociedade, é necessário que se conheça sua finalidade, função social e organização textual. Pela leitura da história em quadrinhos, infere-‐se que o gênero estatuto

a) pertence à esfera jurídica, por tratar de leis e ter como finalidade estabelecer normas e regras de conduta.

b) caracteriza-‐se pelo uso de uma variedade linguís*ca regional não padrão.

c) caracteriza-‐se pelo uso da linguagem coloquial.

d) estabelece o direito de todos os cidadãos.

e) apresenta elementos não verbais.


O estatuto é um gênero textual que pertence ao domínio discursivo jurídico. Por isso, deve-‐se assinalar a alterna*va “a”.


O ESTATUTO gêneros textuais no ENEM

definição regulamento ou conjunto de regras ou leis de organização e funcionamento

intencionalidade regulamentar funcionamento de grupo, sociedade, ins*tuição, órgão, estabelecimento, empresa.

estrutura organiza-‐se em capítulos, Ktulos, subKtulos, parágrafos e incisos

tipos textuais exposi*vo e injun*vo;

contexto de circulação domínio discursivo jurídico

Concordo plenamente com o ar*go “Revolucione a sala de aula”. É preciso que valorizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-‐los, quando possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arquiteta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor.

Tania Bertoluci de Souza, Porto Alegre, RS. Disponível em: <:hup://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).

Em uma sociedade letrada como a nossa, são construídos textos diversos para dar conta das necessidades co*dianas de comunicação. Assim, para u*lizar-‐se de algum gênero textual, é preciso que conheçamos os seus elementos. A carta de leitor é um gênero textual que

a) apresenta sua estrutura por parágrafos, organizado pela *pologia da ordem da injunção (comando) e es*lo de linguagem com alto grau de formalidade.

b) se inscreve em uma categoria cujo obje*vo é o de descrever os assuntos e temas que circularam nos jornais e revistas do país semanalmente.

c) se organiza por uma estrutura de elementos bastante flexível em que o locutor encaminha a ampliação dos temas tratados para o veículo de comunicação.

d) se cons*tui por um es*lo caracterizado pelo uso da variedade não-‐padrão da língua e tema construído por fatos polí*cos. e) se organiza em torno de um tema, de um es*lo e em forma de paragrafação, representando, em conjunto, as ideias e opiniões de locutores que interagem diretamente com o veículo de comunicação.

QUESTÃO 12 simulado do INEP para o ENEM-2009


Normalmente, a carta do leitor compõe-‐se de voca*vo, introdução-‐desenvolvimento-‐conclusão, despedida e iden*ficação do locutor [pode, nas revistas ou jornais, estruturar-‐se em um parágrafo apenas].

O assunto normalmente é um problema que mobiliza o locutor [carta de reclamação] ou a manifestação acerca de um tema específico [matéria publicada em jornal em revista].

Trata-‐se de um texto exposi*vo-‐argumenta*vo, em que o locutor interage com o alocutário. Assina-‐se, pois, a alterna*va “e”.

A CARTA DO LEITOR gêneros textuais no ENEM

definição carta em que o leitor de periódicos manifesta-‐se acerca de texto: comenta, cumprimenta, elogia...

intencionalidade interagir, solicitar, concordar, comentar, sugerir

estrutura Ktulo, parágrafo [introdução, desenvolvimento, conclusão] e iden*ficação [nome, cidade, estado]

tipos textuais exposição e argumentação

contexto de circulação jornal, revista, internet ou portador que tenha afinidade

Eu gosto muito de todas as festas de Diaman*na; mas quando são na igreja do Rosário, que é quase pegada à chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que a festa é nossa. E este ano foi mesmo. Foi sorteada para rainha do Rosário uma ex-‐escrava de vovó chamada Júlia e para rei um negro muito entusiasmado que eu não conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo ajuntando dinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo na festa e ainda ficou devendo. Agora é que eu vi como fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia. Júlia com o ves*do e a coroa já gastou muito. Além disso, teve de dar um jantar para a corte toda. A rainha tem uma caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma grande cauda. Esta também é negra da chácara e ajudou no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos neste reinado tão curto. Ninguém rejeita o cargo, mesmo sabendo a despesa que dá!

MORLEY, Helena. Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 57.

Terça-‐feira, 30 de maio de 1893.


O trecho acima apresenta marcas textuais que jus*ficam o emprego da linguagem coloquial. O tom informal do discurso se deve ao fato de que se trata de

a) uma narra*va regionalista, que procura reproduzir as caracterís*cas mais Kpicas da região, como as falas dos personagens e o contexto social a que pertencem. b) uma carta pessoal, escrita pela autora e endereçada a um des*natário específico, com o qual ela tem in*midade suficiente para suprimir as formalidades da correspondência oficial. c) um registro no diário da autora, conforme indicam a data, o emprego da primeira pessoa, a expressão de reflexões pessoais e a ausência de uma intenção literária explícita na escrita.

d) uma narra*va de memórias, na qual a grande distância temporal entre o momento da escrita e o fato narrado impõe o tom informal, pois a autora tem dificuldade de se lembrar com exa*dão dos acontecimentos narrados.

e) uma narra*va oral, em que a autora deve escrever como se es*vesse falando para um interlocutor, isto é, sem se preocupar com a norma padrão da língua portuguesa e com referências exatas aos acontecimentos mencionados.


O texto de Helena Morley é um diário. Isso pode ser claramente verificado pela presença de data, pela linguagem despojada [coloquial] e pelo uso de sequências narra*vas entremeadas de comentários ou análises. Assinale-‐se, pois, a letra “c”.

O DIÁRIO gêneros textuais no ENEM

definição relato que visa a registrar acontecimentos co*dianos a par*r de uma perspec*va pessoal

intencionalidade registrar sen*mentos, impressões sobre acontecimentos e segredos

estrutura local e data, voca*vo, micro narra*vas, análise e assinatura

tipos textuais narra*vo, exposição, argumentação

contexto de circulação gênero privado, confessional, que pressupõe que somente o próprio autor tenha acesso a ele

gêneros textuais no enem 2009

Education