gÊneros textuais

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Encontro 16/04 Vídeo: Vovô renovado

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Page 1: GÊNEROS TEXTUAIS

Encontro 16/04

Vídeo: Vovô renovado

Page 2: GÊNEROS TEXTUAIS

Por que propor um trabalho de produçãode textos pautado nos gêneros textuais?

Page 3: GÊNEROS TEXTUAIS

O que dizem os PCN’s...

Page 4: GÊNEROS TEXTUAIS

Nós não falamos ou escrevemos palavras, nem frases, nem textos, nós falamos e escrevemos gêneros.

Page 5: GÊNEROS TEXTUAIS

Por isso...Segundo Bakhtin, (1997, p. 302):

“Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero e, ao ouvir a

fala do outro, sabemos de imediato, bem nas primeiras palavras,

pressentir-lhe o gênero, adivinhar-lhe o volume (a extensão aproximada

do todo discursivo), a dada estrutura composicional, prever-lhe o fim.

(…) Se não existissem os gêneros do discurso e se não os

dominássemos, se tivéssemos de construir cada um de nossos

enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível.”

Page 6: GÊNEROS TEXTUAIS

- “Era uma vez...” (abertura de histórias ficcionais, conto de fadas)

- “Conhece aquela do português...” (piada)

- “Tome dois quilos de açúcar e adicione...” (receita)

- “O tema de hoje será a Revolução Francesa” (conferência ou aula)

- “Prezado amigo...” (abertura de carta)

- “Eu o condeno há cinco anos...” (julgamento em tribunal)

- “Alô quem é?... (telefonema)

EXEMPLOS DE MARCAS LINGUÍSTICAS GERALMENTE PREVISÍVEIS E

IDENTIFICÁVEIS DE IMEDIATO PELOS SUJEITOS:

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Os textos que usamos nas diferentes práticas sociais de linguagem pertencem a gêneros adequados a cada esfera comunicativa.

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Page 10: GÊNEROS TEXTUAIS

Características dos gêneros discursivos

Estilo

Estrutura composicional

Conteúdo temático

Page 11: GÊNEROS TEXTUAIS

Segundo Ramos (2009), a presença do humor é a

principal característica da tirinha, além de ser um texto curto,

configurado no formato retangular, vertical ou horizontal, com um

ou mais quadrinhos, diálogos curtos, recursos icônico-verbais

próprios (como balões, onomatopeias, metáforas visuais, figuras

cinéticas etc), personagens fixos ou não e desfecho inesperado.

CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO DISCURSIVO: TIRINHAS

Page 12: GÊNEROS TEXTUAIS

Em tirinhas de final de revista da Turma da Mônica podemos dizer a que sua:

• ESTRUTURA COMPOSICIONAL se caracteriza, pela presença de três

quadrinhos dispostos, verticalmente, na última página da revista; com a

predominância das imagens; título restrito ao nome próprio da personagem

principal e indicação do FIM no último quadrinho.

• O CONTEÚDO TEMÁTICO é diversificado, abordando brincadeiras infantis,

disputas, alimentação, higiene etc.

• O ESTILO é marcado pelo uso da linguagem informal.

Exemplificando...

Page 13: GÊNEROS TEXTUAIS
Page 14: GÊNEROS TEXTUAIS

Os TIPOS TEXTUAIS são definidos por seus traços linguísticos

predominantes: aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais,

relações lógicas. Por isso um tipo textual é dado por um

conjunto de traços que formam uma sequência e não um texto.

De acordo com Marcuschi (2002:27), “quando se nomeia um certo

texto como “narrativo”, “descritivo” ou “argumentativo”, não está

nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de sequência de

base.

Page 15: GÊNEROS TEXTUAIS

É necessário garantir uma progressão curricular que contemple os diferente tipos de texto em circulação social ao longo das séries escolares. Em função disso, diversas tipologias têm sido propostas ou importadas de teorias linguísticas. A maioria destas tipologias está calcada em critérios estruturais/formais (narração, descrição, dissertação etc.) ou funcionais (textos informativos, textos literários, textos apelativos etc.)

Uso de tipologias...

Page 16: GÊNEROS TEXTUAIS

Ora, baseadas em aspectos estruturais e/ou funcionais estas propostas ou deixam de capturar aspectos da ordem da enunciação ou do discurso, ou, quando consideram estes aspectos fazem-no de maneira externa as classificações. Por isso, falham no que concerne à consideração de importantes elementos do processos de compreensão e produção de textos.

(BARBOSA, J P. Do professor suposto pelos PCNs ao professor real de LP: são os PCNs praticáveis?)

Foco nas tipologias na produção de texto

Page 17: GÊNEROS TEXTUAIS

Marcuschi (2002:22) apresenta uma breve definição das duas noções:

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Page 19: GÊNEROS TEXTUAIS

RECORDANDO...

Page 20: GÊNEROS TEXTUAIS

Produza uma história a partir da imagem abaixo. Na sua produção, preste atenção ao seguinte: - Deve ter começo meio e fim;- Cada assunto deve ficar num parágrafo;- Use sua criatividade.- Utilize a pontuação adequada.

1ª PROPOSTA

Page 21: GÊNEROS TEXTUAIS

É uma sequência lógica e não pertence a um Gênero textual.

Pede-se somente uma descrição de imagens baseada no tipo textual narrativo.

Por isso, não proporciona ao aluno o trabalho com a enunciação e discursividade (o que falar e como falar), nem contempla as condições de produção textual.

1ª PROPOSTA

Page 22: GÊNEROS TEXTUAIS

Propostas com Gêneros que trabalham a discursividade e imagens

História em quadrinhos dobre o Bullying

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Charge (direitos da crianças ECA)

Propostas com Gêneros que trabalham a discursividade e imagens

Page 24: GÊNEROS TEXTUAIS

PRODUÇÃO DE TEXTO NO CONTO “CINDERELA”, A MOCINHA – GRAÇAS AOS ENCANTAMENTOS DE SUA FADA MADRINHA - CONSEGUE IR AO BAILE NO QUAL O PRÍNCIPE IRÁ ESCOLHER SUA FUTURA ESPOSA. QUANDO OUVE AS DOZE BADALADAS QUE ANUNCIAM O FIM DA MAGIA, ELA SAI APRESSADA E PERDE UM DOS PÉS DOS SEUS SAPATINHOS DE CRISTAL NA ESCADARIA DO PALÁCIO.

ESCREVA UMA CARTINHA PARA O PRÍNCIPE CONTANDO-LHE A QUEM PERTENCE O PÉ DE SAPATO QUE ELE ENCONTROU E COMO FAZER

PARA ACHAR A SUA AMADA.

2ª PROPOSTA

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Proposta 2

Concepção de gênero textual (conto de fadas e bilhete)

Proposta que leva o aluno a colocar em jogo seu repertório de conhecimentos

literários e linguísticos.

Proposta Saresp 2007

Page 26: GÊNEROS TEXTUAIS

AutoriaContinue a história

A menina do leiteA menina não cabia em si de felicidade. Pela primeira vez iria à cidade vender o leite de sua vaquinha. Trajando o seu melhor vestido, ela partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça. Enquanto caminhava, o leite chacoalhava dentro da lata. E os pensamentos faziam o mesmo dentro da sua cabeça. "Vou vender o leite e comprar uma dúzia de ovos." "Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos." "Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas." "Vendo os galos e crio as frangas, que são ótimas botadeiras de ovos." "Choco os ovos e terei mais galos e galinhas." "Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas." "Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ..." A menina estava tão distraída que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e ----------------

Proposta SARESP 2013

Page 27: GÊNEROS TEXTUAIS

O Gênero textual fábula propõe a continuação da história pensando em alunos com conhecimentos prévios sobre Fábulas e em como dar continuidade a narrativas.

Proposta Saresp 2013: com várias orientações do aplicador (verbal).

Autoria

Page 28: GÊNEROS TEXTUAIS

Direitos de aprendizagemcomo trabalhar elementos coesivos no 3º ano

Os alunos costumam utilizar na escrita os elementos coesivos usados na fala. Por isso, a repetição dos termos “Dai, e, então, ai”.Elementos coesivos: São elementos necessários para dar fluidez e coesão ao texto, fazendo com que o mesmo não fique truncado. Vejamos: * Embora, ainda que, mesmo que * Aliás, além de tudo, além do mais, além disso * Ainda, afinal, por fim * Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras * Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma...Importância da pontuação na coesão.

Page 29: GÊNEROS TEXTUAIS

Segundo Ingedore Koch, a coesão pode ser referencial ou sequencial.

Coesão Referencial:

• Pronomes• Numerais• Advérbios• Artigos definidos• Sinônimos ou hiperônimos • Elipse

Coesão Sequencial:

• Ordenação linear, assinalada na escrita pelos sinais de pontuação• Marcadores temporais• Correlação dos tempos verbais

Page 30: GÊNEROS TEXTUAIS

Reconto: “A roupa nova do rei” escrito por Radner, aluno do 3º ano.

Um dia passaram homens vendendo roupas e o rei estava na porta do palácio e os

homens pararam falaram grande rei quer uma roupa e o rei falou sim e o homem abriu a

mala e não havia roupa nenhuma lá dentro mais o rei fingia que tinha uma roupa lá dentro

e o rei falou para o homem faça uma roupa para mim vai ter uma grande festa hoje e o homem fingia que estava costurando a roupa do quando o homem terminou ele venha ver a sua roupa como ficou mas não havia nenhuma roupa homem fingia que tinha roupa rei

experimente a sua roupa rei saiu do palácio e subiu no carro e as pessoas falaram olha

o rei e tinha uma menina no meio das pessoas e a menina, falou o rei e as pessoas

falaram todos fomos enganados e o saiu correndo para o palácio.

(Texto normatizado apenas em relação à ortografia)

Page 31: GÊNEROS TEXTUAIS

1.Observe a cadeia coesiva referente aos personagens “os homens” e o “rei”. Qual o problema?

2. Apoiando-se na repetição do “e”, é possível pontuar o texto?

Page 32: GÊNEROS TEXTUAIS

REVISÃOLivro CEEL: Cap. 7 - A revisão textual na sala de aula: reflexões e possibilidades

de ensino.Ana Carolina Perrusi Brandão

A produção de texto é o resultado de sucessivas etapas de planejamento

do que se pretende escrever: preparação e escrita propriamente dita do que foi

planejado, avaliação, replanejamento e reelaboração/ edição final.

O trabalho com a revisão merece um planejamento por parte do professor, com

vistas a gerar situações significativas de interação pela escrita, nas quais uma

proposta mais sistemática de revisão possa ocorrer.

Page 33: GÊNEROS TEXTUAIS

1. O que é revisar um texto?

REVISÃO

É torná-lo objeto de nossa reflexão, é pensar sobre o que foi ou está

sendo escrito e encontrar meios para melhor dizer o que se quer

dizer, reelaborando e reescrevendo o já escrito, tendo por base as

condições de produção textual (considerar os leitores/ interlocutores

de seu texto, refletir se seu escrito atende as suas intenções, bem

como se está adequado à situação comunicativa em que ele se

insere).

Page 34: GÊNEROS TEXTUAIS

2. Quando é possível propor o trabalho de revisão textual na escola?

REVISÃO

Desde a Educação Infantil, já é possível expor as crianças a

situações em que o professor realize revisões coletivas. Agindo dessa

forma, o professor estará, desde cedo, contribuindo para a formação de

uma concepção de produção de texto como um processo de idas e

vindas para reconstruir o que já foi e está sendo escrito.

Page 35: GÊNEROS TEXTUAIS

REVISÃO3. O que é possível revisar nas produções escritas dos alunos?

Um dos aspectos versa sobre a coerência, o “sentido do que foi escrito”, (organização sequencial das

ideias, a sua articulação com o tema do texto, os recursos coesivos utilizados, o grau de informatividade

apresentado pelo texto, as possíveis ambiguidades e a pontuação).

Outra possibilidade de revisão: caligrafia, ortografia, uso de letras maiúsculas, separação de

sílabas, uso de parágrafos, concordância verbal e nominal, bem como aspectos ligados à

configuração espacial e organizacional do texto.

Há que se revisar também os aspectos relacionados à adequação do texto às finalidades propostas,

avaliando o modo de dizer em função do(s) interlocutor(es) pretendido(s), gênero textual e

possível portador para o texto a ser produzido.

IMPORTANTE: Embora interdependentes é evidente que não será possível revisar todos esses aspectos

de uma só vez.

Page 36: GÊNEROS TEXTUAIS

4. Por onde começar e o que priorizar no trabalho de revisão?

Para Morais, a coerência se constitui em um elemento primordial do texto e, por

essa razão, qualquer situação didática de revisão deverá, necessariamente, começar

por enfocar esse aspecto.

REVISÃO

Page 37: GÊNEROS TEXTUAIS

5. Como o professor pode conduzir o trabalho de revisão em sala de aula?

Levar em consideração a função de seu plano de ensino e da situação de escrita,

planejando se a atividade será coletiva, em duplas ou individual.

REVISÃO

Page 38: GÊNEROS TEXTUAIS

6. Que condições são necessárias para que o aluno exerça a atividade de revisão?

REVISÃO

O professor precisa garantir que os alunos tenham clareza das condições de produção: o gênero textual a ser produzido, a quem será dirigido, qual a finalidade do texto a ser escrito, qual o suporte em que o texto será veiculado, entre outros aspectos, de modo que a comunicação escrita pode adquirir significado e função para quem escreveu.

Levar o aluno a participar de atividades sistemáticas de reflexão sobre a linguagem escrita e sua notação, de modo a ampliar o domínio sobre seus usos e formas características.

Possibilitar aos alunos o acesso à leitura de uma grande quantidade de textos bem escritos, permitindo-se, dessa forma, uma maior intimidade com a língua que se usa para escrever.

Page 39: GÊNEROS TEXTUAIS

Girotto (2004), chama a atenção para a necessidade de que se aprenda a reler,

ou seja, é essencial que os alunos incorporem a atitude de retornar ao que foi

escrito e revisar esse escrito como parte do processo de produção de um texto.

REVISÃO7. Que habilidades são necessárias para que o aluno exerça a atividade de revisão?

Page 40: GÊNEROS TEXTUAIS

Concluindo

Enfatiza-se, mais uma vez, o papel assumido pelo professor que, ao intervir

nos textos dos alunos, compartilha com eles a atividade de revisão como um

elemento chave para a formação de produtores de textos competentes, ou seja,

produtores que, nas diversas situações de interação mediadas por textos escritos,

podem elaborar e refletir sobre diferentes possibilidades da linguagem que se usa ao

escrever e analisar seus efeitos sobre o interlocutor, tomando decisões sobre o quê

dizer e como melhor dizê-lo.

REVISÃO

Page 41: GÊNEROS TEXTUAIS

Roteiro (Telma palestra)