gazeta 11ª ediÇÃo

8
iversas obras da prefeitura, tais como a pavimentação de algumas ruas em diversos bairros, instalação de redes de saneamento e a construção de um PSF no bairro Bela Vista estão paralisadas desde No- vembro do ano passado, logo após o fim das eleições. Pág. 5 Gazeta Maiquiniquense Maiquinique-Bahia Ano III Edição11 Fevereiro de 2011 Tiragem 800 exemplares ESCÂNDALO! RESULTADO DO CONCURSO DE MAIQUINIQUE GERA POLÊMICA! SUSPEITA DE FRAUDE PODE LEVAR A ANULAÇÃO DO CONCURSO DA PREFEITURA DE MAIQUINIQUE ! Pág. 4 D A EXPRESSÃO DA REALIDADE Obras da Prefeitura são aban- donadas após eleições MAIQUINIQUE CONTAS DA PREFEITURA APRO- VADAS COM DEZENAS DE RESS- LAVAS As contas da pre- feitura de maiqui- nique, exercício 2009 recebe pa- recer do TCM com dezenas de res- salvas deixando o prefeito Jesulino Porto em maus len- çóis. Pág. 3 BRASIL NOVO MÍNIMO É APROVADO Com a rejeição de duas emendas que previam reajustar o salário mí- nimo para R$ 560 (do DEM) e R$ 600 (do PSDB), a Câmara dos De- putados aprovou integralmente, no início da madrugada da última quinta feira (17), o projeto de valo- rização do mínimo apresentado pelo governo. Pág. 6 MUNDO QUE BOM SERIA SE O EGITO FOS- SE AQUI Em todo o Egito, dezenas de milha- res de árabes enfrentaram gás la- crimogêneo, canhões de água, gra- nadas e tiroteio para exigir o fim da ditadura de Hosni Mubarak de- pois de mais de 30 anos. Pág. 2 Notícias Divulgada nova Lista de multa- dos pelo TCM trazendo nova- mente, nomes de peso na atual administração, tais como o vere- ador Luciano Oliveira, o secretá- rio de administração Gimaldo Bispo dos Santos, e os ex- prefeitos José Francisco de La- cerda (Zé Tupete), e Nemésio Meira Júnior (Meira). Pag. 3 Social SOLIDARIEDADE Funcionários da Vulcabrás Azaléia dão um verdadeiro exemplo de solida- riedade, união e consciência social. SAUDADES Lembranças daque- les que se foram, mas deixaram um legado de fé, espe- rança e coragem. Pag. 8

Upload: rafael-jesus

Post on 06-Mar-2016

239 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

11ª EDIÇÃO DO JORNAL GAZETA MAIQUINIQUENSE

TRANSCRIPT

Page 1: GAZETA 11ª EDIÇÃO

iversas obras da prefeitura, tais como a pavimentação de algumas

ruas em diversos bairros, instalação de redes de saneamento e a

construção de um PSF no bairro Bela Vista estão paralisadas desde No-

vembro do ano passado, logo após o fim das eleições. Pág. 5

Gazeta

Maiq

uin

iquense

Maiquinique-Bahia – Ano III – Edição11 – Fevereiro de 2011 – Tiragem 800 exemplares

ESCÂNDALO! RESULTADO DO CONCURSO DE MAIQUINIQUE GERA POLÊMICA!

SUSPEITA DE FRAUDE PODE LEVAR A ANULAÇÃO DO CONCURSO DA PREFEITURA DE MAIQUINIQUE ! Pág. 4

D

A EXPRESSÃO DA REALIDADE

Obras da Prefeitura são aban-donadas após eleições

MAIQUINIQUE

CONTAS DA PREFEITURA APRO-VADAS COM DEZENAS DE RESS-

LAVAS

As contas da pre-feitura de maiqui-nique, exercício 2009 recebe pa-recer do TCM com dezenas de res-salvas deixando o

prefeito Jesulino Porto em maus len-

çóis.

Pág. 3

BRASIL

NOVO MÍNIMO É APROVADO

Com a rejeição de duas emendas que previam reajustar o salário mí-nimo para R$ 560 (do DEM) e R$ 600 (do PSDB), a Câmara dos De-putados aprovou integralmente, no início da madrugada da última quinta feira (17), o projeto de valo-rização do mínimo apresentado

pelo governo.

Pág. 6

MUNDO

QUE BOM SERIA SE O EGITO FOS-

SE AQUI

Em todo o Egito, dezenas de milha-res de árabes enfrentaram gás la-crimogêneo, canhões de água, gra-nadas e tiroteio para exigir o fim da ditadura de Hosni Mubarak de-

pois de mais de 30 anos.

Pág. 2

Notícias Divulgada nova Lista de multa-dos pelo TCM trazendo nova-mente, nomes de peso na atual administração, tais como o vere-ador Luciano Oliveira, o secretá-rio de administração Gimaldo Bispo dos Santos, e os ex-prefeitos José Francisco de La-cerda (Zé Tupete), e Nemésio Meira Júnior (Meira). Pag. 3

Social

SOLIDARIEDADE Funcionários da

Vulcabrás Azaléia dão um verdadeiro exemplo de solida-

riedade, união e consciência social.

SAUDADES

Lembranças daque-les que se foram, mas deixaram um legado de fé, espe-

rança e coragem.

Pag. 8

Page 2: GAZETA 11ª EDIÇÃO

CRÔNICA DA REDAÇÃO

EDITORIAL E

QUE BOM SERIA SE O EGITO FOSSE AQUI

GAZETA MAIQUINIQUENSE

PÁGINA 2

reio que ninguém, de sã consciência, queira o fracasso

da administração municipal, independente de quem seja

o prefeito. O que se critica, e deve ser criticado mesmo, são

os atos falhos da administração, na esperança de que sejam

corrigidos.

Cabe ao prefeito, se for homem de visão, analisar as críti-

cas e denúncias e tentar corrigir os problemas, ao invés de se

ofender e sair contestando tudo, na base da porrada. Essa tem

sido a função do Gazeta, ao longo desses quase 2 anos de cir-

culação. Esse jornal, por sua integridade, impessoalidade e

independência conquistou o respeito e a admiração de toda a

comunidade de bem de nossa

querida cidade. Prova disso é

que nesses 4 meses que o jor-

nal não foi lançado recebemos

uma enxurrada de mensagens

e apelos para que não parásse-

mos com esse grandioso traba-

lho, e para que déssemos con-

tinuidade a esse prestigioso

meio de comunicação e entre-

tenimento, afim de que a po-

pulação tivesse algum veículo

de informação o qual pudesse

confiar, por ser independente e não possuir vínculo partidário

ou político algum. Em suma, um meio de comunicação livre.

Mas aqui estamos, firmes e fortes, de volta ao polêmico cená-

rio político-social de nossa cidade, com nosso compromisso

primário que é o compromisso com a verdade e a qualidade

da boa informação, visando cada vez mais esclarecer e levar o

cidadão Maiquiniquense

a uma reflexão acerca

dos seus valores políti-

cos, morais e sociais, e

assim formar opiniões.

Através da nossa lingua-

gem crítica exercemos a

nossa cidadania, mos-

trando aos poderosos

que o dinheiro não com-

pra a todos. Nós não nos

intimidaremos, não des-

cansaremos, não deixa-

remos barato, não recua-

remos, e sobretudo, con-

tinuaremos com o nosso

propósito que é fazer

Democracia.

C

Pode ser o fim. Ainda que não o fim,

com certeza é o começo do fim. Em todo o

Egito, dezenas de milhares de árabes en-

frentaram gás lacrimogêneo, canhões de

água, granadas e tiroteio para exigir o fim

da ditadura de Hosni Mubarak depois de

mais de 30 anos.

A indignação de um povo diante de um

regime corrupto decadente e opressivo foi

um dos principais ingredientes para que mi-

lhões de pessoas fossem ás ruas e exigissem

a saída do ex ditador Mubarak da presidên-

cia de seu país.

Com as ilegalidades e imoralida-

des que tem sido cometidas reiteradamente nesta cidade, (e

no país) por agentes públicos de todas as esferas e ramos,

tendo Maiquinique um dos maiores níveis de corrupção de

toda a Bahia... Me pergunto e pergunto a todos: Porque,

pacificamente mas com firmeza, o Egito não pode ser a-

qui? Aqui mesmo em nossa cidade,

em nosso Estado ou em nosso Pa-

ís? O que nos falta para agirmos e

sairmos dessa inércia, desse con-

formismo que só nos leva cada vez

mais para o fundo? Acaso não te-

mos corrupção o bastante aqui em

Maiquinique? Acaso não presenci-

amos diariamente desrespeito e

violência aos princípios éticos e

morais de nossas famílias? Pois

sim, caros leitores, possuímos aqui

todos e mais um pouco os problemas do

Egito, e isso só a nível de Maiquinique.

Mas o que nos falta e nos é deficiente a

muito é a coragem e a atitude de mudança

que aquele povo teve.

Apesar de viver trinta anos sob um regime

opressor, e só agora acordar e desprender-

se dos grilhões que os subjugavam, o Egito

é um exemplo que o Brasil pode e deve se

espelhar. Também já tivemos nosso mo-

mento Egito em 92 com os caras pintadas,

mas em algum trecho desse caminho nos

perdemos, e até hoje não nos encontramos.

Agora estamos presenciando aqui em nossa

cidade uma das maiores agressões e total falta de respeito ao

cidadão Maiquiniquense, o impedimento do direito de ter di-

reito. Isso porque, com a falta de transparência e lisura dos

resultados do concurso fomos lesados nos nossos direitos

mais básicos. E o que, em primeiro momento pareceu que iria

se transformar em uma revolução que iria conscientizar e por

fim aos desmandos e atrocidades de uma administração pú-

blica falida, acabou por se calar e se esconder nas conversi-

nhas de esquina, ou bares,

até se apagar de vez, a-

guardando que fato seme-

lhante aconteça para nova-

mente “sair e se lamentar e

se esconder e se calar”...

Acorda Maiquinique!

Gazeta Maiquiniquen-

EXPEDIENTE

Blog: Maiquiniquevista.blogspot.com E-mail:

[email protected] Diagramação: Rafael de Jesus

Redação: Juliano Silveira Rafael de Jesus

Fone: (77) 9117 8584 / 9117 8383 Rua Hélio Silveira, 27 Bairro União Operária

Maiquinique-BA

E

Manifestante hasteia bandeira do Egito após vitória da revolução

Page 3: GAZETA 11ª EDIÇÃO

notícias

GAZETA MAIQUINIQUENSE

PÁGINA 3

s contas da Prefeitura de Maiquinique, referentes ao

exercício de 2009, apresentaram dezenas de ressalvas

de acordo o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia

(TCM).

O Relator do TCM decidiu aprovar, porém com res-

salvas as referidas contas, aplicando uma multa de R$

2.500,00 (DOIS MIL E QUINHENTOS

REAIS) ao então prefeito

Jesulino Porto.

Dentre as várias ir-

regularidades apontadas

pelo TCM, está o descum-

primento do limite da des-

pesa com pessoal, tendo o

prefeito, gasto 56,80% de

despesa com pessoal, expli-

cando assim a farra de con-

tratações durante o período

eleitoral, existência de déficit

orçamentário, demonstrando

que o Município gastou mais

do que arreca-

dou; descumprimento da Lei

nº 8.666/93 em face da ausên-

cia de licitações no valor de

R$ 69.500,00 em casos legalmente exigíveis com combustí-

veis, publicidade (R$ 69.500,00), fragmentação de despesa

de R$ 156.176,83 para fugir ao procedimento com locação de

veículos (R$ 119.152,78), medicamentos e material hospita-

lar (R$ 37.024,05), totalizando R$ 225.676,83 (fls. 678 a

685);

Por esses motivos, e vários outros o TCM determi-

nou ao gestor uma série de procedi-

mentos, tais como: Adotar

medidas urgentes concernen-

te aos recolhimentos realiza-

dos e NÃO REPASSADOS

ao INSS de R$ 185.409,89,

porquanto deixar de repassar à

Previdência Social, no prazo

legal, as contribuições recolhi-

das dos contribuintes, caracteri-

za ilícito penal tipificado como

“apropriação indébita previden-

ciária”, (Roubo), com as comi-

nações previstas na Lei Federal

nº 9.983, de 14 julho de 2000,

além de multas por ter mantido os

contratados após o período estipu-

lado.

unto às contas da prefeitura, contendo dezenas de

ressalvas, fora publicada, também, pelo TCM, uma

lista dos multados por "incompetência", desvio de ver-

bas públicas, e má aplicação dos recursos públicos.

A lista traz, novamente, nomes de peso na atual ad-

ministração, tais como o vereador Luciano Oliveira, o

secretário de administração Gimaldo Bispo dos Santos, e

os ex-prefeitos José Francisco de Lacerda (Zé Tupete), e

Nemésio Meira Júnior (Meira).

O TCM já havia publicado outras listas como esta, e

na ocasião o Vereador Luciano Oliveira havia sido mul-

tado em 500 Reais. Informação essa que, para o desagra-

do do nobre vereador, fora publicada nesse Jornal, fato

que gerou muita polêmica, deixando o ex-presidente da

câmara Municipal furioso, atacando o jornal na bancada

da casa legislativa, e em seu boletim informativo. Mas o

nobre edil se calou logo que teve resposta a altura.

Agora vejam: O vereador não só deixou de quitar a

última multa no valor de R$ 500,00, como também rece-

beu uma nova multa de R$ 800,00. Nisso já passa de

1.300,00 reais as pendências do vereador com o TCM.

Dessa vez ele vai ficar 800 reais mais furioso....

LISTA DOS MULTADOS TCM

NOVA LISTA DOS MULTADOS PELO TCM J

CONTAS DA PREFEITURA DE MAIQUINIQUE SÃO APROVADAS COM DEZENAS DE RESSALVAS

Page 4: GAZETA 11ª EDIÇÃO

onfirmado os temores das pessoas que participaram do Concurso Público da Prefeitura Municipal de Maiqui-

nique. Boa parte dos quase mil e trezentos concorrentes, não ficaram satisfeitos com o resultado divulgado no último dia 10 desse mês de fevereiro. E as reclamações são muitas por parte da população, e de todas as ordens. Imagine que tem candidatos e candidatas que fizeram o ponto de corte estabelecido pela empresa res-ponsável e não foram aprovados, enquanto outros que alar-dearam não ter feito a pontuação ne-cessária para aprovação, figuram na lista divulgada como aprovados. E pasmem, numa excelente coloca-ção!!! Atitudes como essas, onde o a-prendizado e o esforço pessoal de cada estudante (seja ele jovem, adul-to, mãe ou pai de família) são deixa-das de lado em função da bandeira partidária ou laço sanguíneo com algum político local, vem causando grande revolta entre os participantes do referido concurso. E isso em toda região de Maiquinique, já que estu-dantes de muitas cidades circunvizi-nhas participaram e acreditaram na lisura do concurso. A polêmica to-mou proporções ainda maiores, quando um grande número de pesso-

as procuraram a redação desse jornal e o vereador Juliano Silveira, que encabeçaram essa luta, organizando um abaixo assinado que fora preenchido com diversas assinaturas com a finalidade de pedir a revisão dos gabaritos, protocolando esse documento na promotoria da Comarca de Macaraní, levando também ao conhecimento da Ouvidoria do Estado, além de informar os diversos meios de comunicação, tendo sido publicada várias notas em programas como “Que ve-nha o Povo” da TV Aratu, e “Se Liga Bocão” da TV Itapuã.

Onde buscarão através de todos esses meios respostas para esse problema. É lamentável que a exemplo de outras cida-des onde a Empresa Conpevem atuou como res-ponsável por concursos, o problema vivido por cidades como Jaguaquara, Lauro de Freitas, Correntina, entre outras, venha também acon-tecer em nossa cidade, tirando o sagrado direito de pessoas honestas que pagaram suas inscri-ções, estudaram por dias e noites, comparecen-do honestamente ao concurso em data e horário pré-estabelecido. A grande dúvida que não cala sobre a popu-lação é a seguinte: Por que essa empresa foi escolhida, se antes já se sabia da má fama que a mesma possui ? É lógico que por alguma razão … Com certeza as autoridades tomarão as de-vidas providências. E que a Justiça prevaleça dando direito a quem tem direito!!!

C

CONCURSO DE MAIQUINIQUE: PIADA?

Notícias

GAZETA MAIQUINIQUENSE

PÁGINA 4

sso é o que pergunta João Povo, nosso personagem, pobre

excluído, pai de família e desempregado. Há anos luta, cor-

re atrás, faz o supletivo e sonha com o concurso público

para ser aprovado e se tornar um legítimo funcionário efe-

tivado da cidade que ama. Mas não contava João com o

poder instituído que está nas mãos do opressor e cobre o

sonho do povo com as asas da injustiça. João Povo incenti-

va seu filho a estudar e ser uma pessoa dig-

na, acreditando na justiça. Mas o menino

não entende porque o pai tirou ótima nota

na prova do concurso e foi colocado abaixo

de quem tirou nota ruim. E agora? Como

explicar para o filho que a justiça não é jus-

ta e que quem tirou nota ruim, abaixo do

pai, é amigo ou parente da turma dos pode-

rosos (?) portanto é beneficiado pela justi-

ça.

Como evitar uma descrença e uma

desilusão na cabeça de uma criança que vê

o pai sendo excluído em benefício de ou-

tros que mesmo sem concurso público já

tem seu lugar garantido (?) E para decep-

cionar ainda mais o filho do João Povo,

quem deveria fiscalizar e denunciar essa injustiça com seu

pai batalhador, come na mão do “Grande Alí Babá”. Ora

revoltado, Joãozinho questiona: “e o meu pai, também não

é um pai de família? Acaso ele não tem tanto direito a ter

um emprego efetivo quanto os amigos e parentes do prefei-

to? Quem são os legítimos funcionários: os que tem a ver-

dadeira convicção de que foram aprovados no concurso ou

os que, foram mal e no entanto vão assumir o lugar dos que

foram bem? Joãozinho, as respostas todos sabemos mas...

quem poderá nos defender(?)

I

RESULTADO DO CONCURSO DE MAIQUINIQUE GERA POLÊMICA!

CONCURSO PÚBLICO E AGORA, QUEM PODERÁ ME DEFENDER?

Page 5: GAZETA 11ª EDIÇÃO

sonho de ver os problemas urbanos mais freqüentes de nossa cidade resolvidos virou motivo de frustração em

Maiquinique. Moradores denunciam que muitas obras inicia-das no ano passado pela Prefeitura estão paralisadas desde dezembro, o que causa transtornos à população. Em alguns casos, o secretário municipal da Cidade, Gimaldo Bispo dis-se que as obras estão paradas por conta das verbas que ainda não foram liberadas pelo Governo Federal.

O estudante e comerciante Mateus Rodrigues, de 21 anos, ainda lembra o dia em que ouvia a rádio e carros de som nas ruas anunciando com toda a animação demagógica os calça-mentos e a construção de um posto de saúde no bairro Bela Vista. “Fiquei empolgado com a valorização do bairro, e da cidade em geral, pois diversas ruas seriam pavimentadas fa-cilitando o transporte, tanto de carros e motos quanto de pe-destres”, disse ele.

Quase cinco meses depois, entretanto, ele lamenta o pre-juízo. “Fico triste ao perceber que uma coisa que poderia beneficiar milhares de Maiquiniquenses facilitando a vida de muita gente tenha sido jogado as traças dessa maneira”.

Nossa reportagem esteve em alguns lugares onde as obras estão paradas e conversando com alguns moradores locais esses disseram não ver operários trabalhando desde dezem-bro. Em algumas localidades eles apenas quebraram a calça-da de algumas ruas, e quando chove as enxurradas enche de lama as casas de vários moradores.

O s m o r a d o r e s d i s s e r a m a i n d a q u e os trabalhadores sumiram logo após as eleições. O secre-tário de administração Gimaldo Bispo diz que a prefeitura está apenas esperando a liberação das verbas para poder retomar os trabalhos.

O projeto inicial, previa a pavimentação e instalação de rede de esgoto em todo o Bairro Morumbi, mas por ques-tões político-eleitoral esse projeto não foi seguido e a pre-feitura saiu fazendo diversas gambiarras em diversos bair-ros da cidade, na esperança de angariar votos para os candi-datos apoiados pelo prefeito na ocasião. O resultado foi di-versas obras mal feitas que mais parece bombas relógio pa-

ra os moradores e futuros gestores, sendo ainda que em um dos casos o próprio secretário afirmou que o prefeito utili-zou os recursos da prefeitura para terminar o calçamento de sua rua, ao passo que os cidadãos de bairros como alto da colina, Morumbi e bela vista que moram em ruas que já deveriam ter sido calçadas, são obrigados a conviver com a lama e a poeira. No bairro Belo Vista onde um PSF está sendo construído, mais reclamações: “Pelo visto, ainda vai demorar muito. Após meses de obra parada, apenas dois funcionários trabalham nessa obra que está custando R$ 288.700,00 (duzentos e oitenta e oito mil e setecentos re-ais).

reclame

GAZETA MAIQUINIQUENSE

PÁGINA 5

OBRAS DA PREFEITURA ESTÃO PARADAS DESDE ANO PASSADO

O

Pavimentação

Rua Melquíades Ferraz, recebeu os meio-fios, mas o calçamento ainda

é apenas uma promessa.

Page 6: GAZETA 11ª EDIÇÃO

iante das acirradas discussões que tem se desenrolado

na câmara dos deputados e no senado federal a res-

peito do aumento do novo salário mínimo, o Gazeta resolve

publicar aqui uma crônica do apresentador e escritor, Jô

Soares, que descreve muito bem porque essas discussões

em torno do novo mínimo balança tanto os alicerces da nos-

sa atual situação política, econômica e social.

“Salário mínimo é tão pequenininho que cabe até no

meu bolso. é por isso que ele é chamado de mínimo que

quer dizer que menor não tem.

Meu pai diz que o salário míni-

mo é um dinheiro que não serve pra

nada, mas na televisão o moço disse

que só pode ser isso mesmo, e está

acabado. Meu pai quase quebrou a

televisão depois que o moço falou.

Meu pai anda chamando o salá-

rio mínimo de um outro nome, mas

eu não vou dizer aqui, porque outro

dia eu disse esse nome no recreio e

a professora me deixou de castigo.

O salário mínimo deve ser mui-

to engraçado porque quando falaram que ele tinha aumenta-

do, lá em casa todo mundo deu risada.

Meu pai disse que uma vez um homem que era presi-

dente falou que se ganhasse salário mínimo dava um tiro na

cabeça, mas eu acho que ele estava brincando, porque quem

ganha salário mínimo não tem dinheiro pra comprar revól-

ver.

O meu pai não ganha salário mínimo mas com o que

ele ganha também não dá pra comprar muitos revólveres a

não ser de brinquedo e só de vez em quando.

O meu avô é aposentado. Ele não faz nada mas parece

que já fez. Ouvi dizer que o salário mínimo não aumentou

mais por causa dele. Eu não sabia que o meu avô era tão im-

portante. Minha avó não é aposentada. Também, ela é muito

velhinha, não dá pra ser mais nada.

Lá em casa falaram que com esse salário mínimo não vai

dar mais pra comprar a cesta básica. Eu não sei muito bem o

que é a cesta básica, mas parece que tem comida dentro. Se

for, é só diminuir bastante o tamanho da cesta que aí cabe

tudo.

Ouvi meu tio desempregado dizendo

que tem um livro chamado Constitu-

ição, onde está escrito que com o

salário mínimo a pessoa tem que

comer, morar numa casa, andar de

condução, se vestir e uma porção de

coisas. Coitado do meu tio. A falta

de emprego está deixando ele doidi-

nho.

Quando eu crescer não vou querer

salário mínimo, mesmo que seja o

dobro. Parece que ele é tão pequeno

que mesmo que seja o dobro do do-

bro ele continua mínimo.

A minha mesada é muito pequena, mas inda bem que

ninguém inventou a mesada mínima, porque com o que mi-

nha mãe me dá quase não dá pra comprar figurinha.

Pronto. Isso é o que penso do tal salário mínimo. Espero

que a professora dê uma boa nota porque ela é muito boazi-

nha e merece ganhar muito mais do que todos os salários mí-

nimos juntos.

Só mais uma coisa: se eu fosse presidente da República

mudava o salário mínimo para um salário bem grande e cha-

mava ele de salário máximo.

D

HUMOR

GAZETA MAIQUINIQUENSE

PÁGINA 6

O SALÁRIO MÍNIMO Por: Jô Soares

s grupos políticos mais tradicionais de Maiquinique,

sempre foram apelidados por seus adversários e acaba-

ram assimilando esses apelidos e utilizando-os nas campa-

nhas políticas, a seu favor. No ano de 2004 existiam 2 gru-

pos: os „Sopa rala‟ do atual prefeito Jesulino Porto e os

“Panelas Furada” do grupo liderado pelo ex prefeito Nemé-

sio Meira Júnior (Meira). Mais recentemente, dois grupos

também receberam

seus apelidos: os

„Lambaris‟ do líder

Adilson Martins e os

„Tubarões‟, do pre-

feito Jesulino Porto.

Hoje, ainda per-

sistem os „Lambaris‟

e os „Panelas

Furada‟, mas falta

um apelido de peso

OLHA O CARANGUEJO O para o grupo do prefeito Jesulino Porto, pois o que foi dado,

„Tubarão e sopa rala‟, não pegou. Ouvindo as bases e os

principais adversários do prefeito, alguém me sugeriu um

bom apelido:CARANGUEJO, pois só anda para trás, vive

enterrado na lama e adora cavar buracos.

Uma boa sugestão ! Texto Original: Sudoestehoje.com.br, adaptação Gazeta Maiquiniquense

Page 7: GAZETA 11ª EDIÇÃO

era? Qual nada. Já to até duvidando, sabe pessoal. É que de acordo os últimos acontecimentos, a coisa tá

ficando difícil para o “circo dos animaizinhos”. Pois tá aí novamente. Aqui estamos mais uma vez

com o nosso 4º Febeaci (festival de besteiras que assola a cidade). Até tentamos dar um tempo, mas como a maqui-ninha de fazer besteiras das nossas “otoridades pulíticas” não pára, decidimos que não podíamos mais ficar sem dar

as caras. E foi só anunciar que voltaríamos que os “cocorocas otoridades pulíticas” começaram a se “amostrarem” querendo ganhar um espaço ou uma noti-nha aqui no Febeaci.

Mas nós mudamos. É sim, mudamos. Não queremos mais ficar aqui falando dos mandos e desmandos das Vossas excelências, até mesmo por que nós respeitamos o circo dos animaizinhos. (qualquer semelhança com a rea-lidade é apenas uma infeliz coincidência). Pois bem, mu-damos e decidimos que melhor que falar e escrever, é cantar e compor. Já temos até uma bandinha e algumas músicas gravadas.

Uma inclusive já é sucesso absoluto e ta na boca do povo.

O refrão é o maior sucesso, e a “galera” toda canta.

♪ “VOCÊ PASSOU? PASSEI NÃO!

NÃO PASSOU POR QUE? EU NÃO, PASSEI NÃO

“BUNECÃO” NÃO DEIXOU NÃO. ”♫

♪ “VOCÊ PASSOU? PASSEI SIM!

PASSOU POR QUE? EU SIM, PASSEI SIM

“BUNECÃO” É MEU “PADIM”. ”♫

S

Políticas

GAZETA MAIQUINIQUENSE

PÁGINA 7

FEBEACI 4

ltimamente tem se discutido muito no Brasil o papel e a importância da oposição, suas funções, seus limites de atuação, sua eficácia e os instrumentos políticos

desta. Fato é que, seja em um regime

Democrático, autoritário, conser-vador ou liberal, a oposição tem o sagrado papel de buscar e proteger os direitos das minorias, exercer uma real fiscalização sobre os de-tentores do poder político (dada à máxima de Montesquieu no sen-tido de que todo aquele que dis-põe de poder tem a tendência natural de dele abusar), garantir a possibilidade de alternância no poder e, ainda, o trabalho absoluto de se garantir que o Estado respei-te e preserve, de maneira plena e integral, os direitos fundamentais dos cidadãos.

Na última semana fora aprovado pela Câmara Federal o nosso novo salário mínimo. Com um aumento de R$ 5,00 reais, o salário mínimo que tinha o valor de 540 reais, a par-tir de agora será de 545 reais. Essa vergonha se deu por que a oposição, que cobrava os valores de R$ 560,00 e R$ 600,00, é minoria na câmara e no senado. Logo, se tivésse-mos um equilíbrio de poder em Brasília, ou a oposição fosse maioria, mês que vem, nós os pais e mães de famílias estarí-amos recebendo um salário de R$ 560,00 ou R$ 600,00 re-ais, o que ainda é pouco para se viver em um país como o nosso, mas é muito melhor que míseros R$ 545,00 reais.

Na Bahia estamos vendo a mesma situação, uma vez que o governador reeleito, Jaques Wagner (PT) possui a maioria dos deputados na Câmara Estadual, o que o deixou bem a

vontade para anunciar esta sema-na que cortaria mais de 1,1 Bi-lhão do orçamento do Estado, agora reflitam; se a educação, a segurança, a saúde e a infra-estrutura da Bahia que já não ia lá essas coisas, imagine agora com esse arrocho no orçamento. Em Maiquinique a situação pare-ce ser ainda mais crítica quando falamos em manutenção e divisão de poder, uma vez que o prefeito governa com quase a totalidade dos vereadores, o que gera um prejuízo enorme para a democra-cia, a ética e a moral política e

administrativa de nosso município. Quem não se lembra da aprovação por 8 votos a um do

código tributário de Maiquinique, o qual dispõe sobre a co-brança de impostos para Porto, Ferroporto, Aeroporto Ferro-vias e outras bizarrices mais? Ou então da aprovação por 7 votos a 1 para a alienação (venda) da cesta do povo, que a-pós denúncias desse jornal e da oposição, continua a ser do município.

Pra não citar o vários projetos absurdos que são pautados pela agenda do prefeito e aprovados pela maioria dos verea-dores daquela casa legislativa. Seu voto é sua maior arma. Pensem nisso.

PORQUE A OPOSIÇÃO É IMPORTANTE.

♪ “É NÓIS É NOIS É NOIS DE NOOVO”♫

U

Page 8: GAZETA 11ª EDIÇÃO

aleceu no ultimo dia 05 de fevereiro de 2011 aos 112 anos e 10 meses de idade, o Sr. Jo-

sé Martins Marques. Nascido no dia 06 de Maio de 1898, seu “Zé Martim” como era co-nhecido no município de Maiquinique, partici-pou dos três últimos séculos. Casado três vezes deixa como fruto, 19 filhos - dos quais 13 ainda vivos, mais de 50 netos e alguns bisnetos. Com imensa vocação para o trabalho desde muito cedo saiu de sua terra natal, a cidade de Cedro, no Es-tado de Sergipe. Aos 12 anos aportou a-companhado pelos seus pais pela primei-ra vez na cidade de Salvador em busca de trabalho. Aos 15 anos, ainda ga-roto contribuiu de forma significa-tiva como ajudante de pe-dreiro para a construção da Catedral de ILHÉUS. Em nossa região, foi tropei-ro, comerciante e enquanto trabalhador braçal ajudou na construção da estrada que liga Maiquinique a Macarani e Mai-quinique ao distrito de Pouso Alegre, além da construção da I-greja Católica do nosso Município e do distrito de Pouso Alegre. Acreditando sempre nos seus sonhos, até os 105 anos era possí-vel vê-lo pelas ruas de nossa cidade exercendo alguma ativida-de. Assim foi “Seu Zé”, enquanto cidadão; homem de bem cum-pridor dos seus deveres, pioneiro e desbravador; trabalhador que muito contribuiu para o desenvolvimento de nossa região. En-quanto pai de família, exemplo de homem simples, de caráter ilibado e conduta irrepreensível. Para o povo de Maiquinique “Seu Zé” deixa uma lacuna que jamais será preenchida; à histó-ria caberá, no entanto a eterna preservação da sua memória.

Por: Jesmário Jardim

o dia 11 de fevereiro de 2011, Maiquinique ficou

abalada e triste com a perda de mais um filho muito

querido: Amon de Jesus Pedroso Santos. Filho de Dona

Vera Lúcia Pedroso e do senhor José Gonçalves Santos.

Aos 23 anos termina a

trajetória de Amon,

que ainda muito jo-

vem, aos 13 anos,

decide deixar Mai-

quinique em busca de

melhor condição para

seus estudos. Daí por

diante, apesar dos muitos

obstáculos, e das dificuldades

financeira muitas vitórias seriam

alcançadas, pois sua família e seus

verdadeiros amigos não mediam es-

forços para ajudá-lo.

Apesar da pouca idade con-

quistou muito, e se não fosse a fatalidade de ter sua vida

interrompida, conquistaria muito mais. Formado em Ci-

ências da Computação pela UFBA, fora aprovado no

vestibular com uma pontuação bastante satisfatória, a-

lém de ter ainda outras metas a serem alcançadas. Um

filho exemplar, que muito orgulho trouxe aos pais e ir-

mã, um amigo verdadeiro.

Dedicação, amor, trabalho duro e honestidade são

qualidades que se encaixam facilmente nesse ser.

Que sua história de vida, suas lutas e vitórias, sir-

vam de exemplo para os que começam e para aqueles

que pensam em desistir por simples problemas... Por: Gilvanete Pedroso

F

COLUNA SOCIAL

GAZETA MAIQUINIQUENSE

PÁGINA 8

UMA AULA DE SOLIDARIEDADE

JOSÉ MARTINS, O HOMEM CENTENÁRIO A TRAGETÓRIA DE UM VENCEDOR

s atividades solidárias fazem parte da cultura brasileira, fato este que

vem amenizando algumas carências de uma parcela menor da população, po-rém que reflete, uma característica notá-vel no povo brasileiro. E querendo ou não, em Maiquinique não é diferente. Temos aqui em nossa cidade vários e-xemplos de pessoas solidárias, que se importam com a causa alheia e procura sempre, seja com seu trabalho, com seu

esforço pessoal, ou financeiramente, aju-dando e procurando sempre melhorar a vida dos mais carentes. Como exemplo, o dia de ação social da Igreja Batista, on-de um grande número de fiéis, comerci-antes, pessoas comuns, se unem num projeto belíssimo a fim de poder fazer algo de bom para aqueles mais carentes e necessitados. Temos também vários e-xemplos individuais, como é o caso do professor e educador Adaildo Ferreira, que não mede esforços em está sempre ajudando aqueles que precisam, seja atra-vés de seu trabalho, ajudando estudantes em concursos, ou através da ajuda pesso-al, de apóio e amizade àqueles que preci-sam.

Como exemplos coletivos, gostaria de destacar também, além da já citada Igreja Batista, as igrejas Assembléia de Deus, a Católica, e várias outra comunidades cris-tãs de nossa cidade, que fazem vários trabalhos solidários não se cansando

nunca, sempre procurando amenizar a situação de calamidade de muitas famí-lias, dando comida a quem não a tem, e principalmente oferecendo esperanças e perspectivas de uma vida melhor para muitas pessoas.

A

GOSTARÍAMOS DE PARABENI-ZAR E DESTACAR AQUI O TRABA-LHO DE UM GRUPO DE AMIGOS, FUNCIONÁRIOS DA VULCABRÁS AZALÉIA, QUE ATRAVÉS DA SOLI-DARIEDADE, DA UNIÃO E DA CONSCIÊNCIA SOCIAL, TÊM SE ENGAJADO CADA VEZ MAIS EM UMA LUTA SOLIDÁRIA, PROCU-RANDO LEVAR UM POUCO DE CONFORTO, CARINHO, E ESPE-RANÇA A QUEM PRECISA. ATITU-DE ESSA QUE MERECE NOSSO A-POIO E ATENÇÃO. PARABÉNS PE-LA INICIATIVA E PELO BELO EM-PLO. CONNTINUEM

N