gabarito direito administrativo 2ª fase oab

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XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2ª FASE - ADMINISTRATIVO DAMASIO EDUCACIONAL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2ª FASE DIREITO DO ADMINISTRATIVO Simulado Peça: Item Pontuação 1) Endereçamento adequado: Juízo Cível ou da Fazenda Pública da Comarca de Embú das Artes, do Estado de São Paulo (0,25) 0 / 0,30 2) Indicação das partes (0.25 para dada item) Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo (0,25) Réu: Flávio Penna (0,25) 0 / 0,25/ 0,50 3) Identificação da peça: Contestação (0,25), com fundamento no art. 297 ou 300 do CPC, e 17, §9º da Lei 8.429/92 (0,25). 0 / 0,25 / 0,50 4) Fundamentação 01: Preliminar de nulidade de citação em razão da ausência de notificação do requerido para apresentar defesa prévia (art. 17, § 7°, da Lei 8.429/92). A falta de notificação do acusado para apresentar defesa prévia na ação de improbidade administrativa, é causa de nulidade do feito. (0,50) 5) Fundamentação 02: Arguição de ilegitimidade passiva de Flávio Penna ( art. 301, X do CPC) . Para que o terceiro (art. 3°, da Lei 8.429/92) seja responsabilizado pelas sanções da Lei n.° 8.429/92, é indispensável que seja identificado algum agente público como autor da prática do ato de improbidade. Logo, não é possível que seja proposta ação de improbidade somente contra o terceiro, sem que figure também um agente público no polo passivo da demanda. STJ. 1ª Turma. REsp. 1.171.017-PA, Rel. Sérgio Kukina, julgado em 25/02/2014 (inf. 535). (0,50) 6) Fundamentação 03: No mérito - Prescrição da pretensão punitiva, art. 23, da Lei 8.429/92, tendo em vista decorridos mais de 7 anos do suposto evento danoso e mais de 6 anos da sua ciência. O prazo prescricional da ação de improbidade com relação aos particulares, deverá ser o mesmo previsto para o agente público que praticou, em conjunto, o ato de improbidade administrativa. Nesse sentido o STJ: 0 / 0,50 0 / 0,50 0 / 0,75

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Gabarito de Direito Administrativo da 2ª Fase do XVI Exame da OAB

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Page 1: Gabarito Direito Administrativo 2ª fase OAB

XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

2ª FASE - ADMINISTRATIVO

DAMASIO EDUCACIONAL

XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO – 2ª FASE DIREITO DO ADMINISTRATIVO

Simulado – Peça:

Item Pontuação

1) Endereçamento adequado: Juízo Cível ou da Fazenda Pública da Comarca de

Embú das Artes, do Estado de São Paulo (0,25)

0 / 0,30

2) Indicação das partes (0.25 para dada item)

Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo (0,25)

Réu: Flávio Penna (0,25)

0 / 0,25/ 0,50

3) Identificação da peça: Contestação (0,25), com fundamento no art. 297 ou 300

do CPC, e 17, §9º da Lei 8.429/92 (0,25).

0 / 0,25 / 0,50

4) Fundamentação 01: Preliminar de nulidade de citação em razão da ausência de

notificação do requerido para apresentar defesa prévia (art. 17, § 7°, da Lei

8.429/92). A falta de notificação do acusado para apresentar defesa prévia na ação

de improbidade administrativa, é causa de nulidade do feito. (0,50)

5) Fundamentação 02: Arguição de ilegitimidade passiva de Flávio Penna (art. 301,

X do CPC). Para que o terceiro (art. 3°, da Lei 8.429/92) seja responsabilizado pelas

sanções da Lei n.° 8.429/92, é indispensável que seja identificado algum agente

público como autor da prática do ato de improbidade. Logo, não é possível que seja

proposta ação de improbidade somente contra o terceiro, sem que figure também

um agente público no polo passivo da demanda. STJ. 1ª Turma. REsp. 1.171.017-PA,

Rel. Sérgio Kukina, julgado em 25/02/2014 (inf. 535). (0,50)

6) Fundamentação 03: No mérito - Prescrição da pretensão punitiva, art. 23, da Lei

8.429/92, tendo em vista decorridos mais de 7 anos do suposto evento danoso e

mais de 6 anos da sua ciência. O prazo prescricional da ação de improbidade com

relação aos particulares, deverá ser o mesmo previsto para o agente público que

praticou, em conjunto, o ato de improbidade administrativa. Nesse sentido o STJ:

0 / 0,50

0 / 0,50

0 / 0,75

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XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

2ª FASE - ADMINISTRATIVO

DAMASIO EDUCACIONAL

XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

“(...) Em relação ao terceiro que não detém a qualidade de agente público, incide também a norma do art. 23 da Lei nº 8.429/1992 para efeito de aferição do termo inicial do prazo prescricional. (...)"

STJ. 2ª Turma. REsp 1156519/RO, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 18/06/2013. (0,75)

7) Fundamentação 04: Ainda no mérito - Falta de demonstração do elemento

subjetivo, dolo ou culpa, fundamento do art. 10, Lei 8.429/92 (0,75).

0 / 0,75

8) Pedidos (0,20 para cada item)

1. Acolhimento da preliminar de nulidade da citação, face à ausência de

notificação;

2. Acolhimento de preliminar de ilegitimidade passiva de Flávio Penna, com a

extinção do processo sem resolução do mérito (art. 267, VI do CPC);

3. Reconhecimento doa prescrição, com extinção do processo com resolução do

mérito (art. 269, IV do CPC);

4. Improcedência da demanda pela ausência de demonstração do elemento

subjetivo da conduta, dolo ou culpa.

5. Condenação nas custas e honorários sucumbenciais.

6. Protesto por provas

0 / 0,20 / 0,40

/ 0,60 / 0,80 /

1,00 / 1,20

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XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

2ª FASE - ADMINISTRATIVO

DAMASIO EDUCACIONAL

XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

Questão 1:

A) Sim. Trata-se de prerrogativa conferida à administração por força de lei,

conforme art. 87, caput, da Lei 8666/93 (0,40).

0 / 0,40

B) Não, pois pode inicialmente se valer da defesa prévia prevista no art. 87 caput e

§2º, da Lei 8.666/93 ou de recurso administrativo, conforme art. 109, I, f, da Lei

8.666/93 (0,40).

C) A aplicação da penalidade prescinde do ajuizamento da ação, em atenção à

autoexecutoriedade dos atos administrativos, traduzidos aqui pelo desconto na

garantia prestada pela empresa, bem como nos pagamentos devidos, conforme

art. 86, §§ 2º e 3º, da Lei 8.666/93, autorizam (0,45).

0 / 0,40

0 / 0,45

Questões2:

a) A demissão é ato de caráter punitivo, representando uma penalidade aplicada

ao servidor público em razão de infração funcional grave (art. 127, III, c.c art. 132,

ambos da Lei 8.112/90) (0,30). A destituição de cargo em comissão é uma sanção

aplicada ao agente público não ocupante de cargo efetivo, em razão de infração

sujeitas às penalidades de suspensão e de demissão (art. 127, V, c.c. art. 135,

ambos da Lei 8.112/90) (0,30).

0 / 0,60

b) Sim. A exoneração ex ofício, implica na iniciativa da Administração em

dispensar o servidor público estável. Poderá nas seguintes situações:

1 – servidor público, após sofrer avaliação funcional, demonstra insuficiência de desempenho, comprovada em processo administrativo com ampla defesa (art. 41, § 1º, III, CF) (0,30). 2 – se a redução das despesas com pessoal a cargo das pessoas federativas se mostrarem inócuas (art. 169, § 3°, CF, será admitida a exoneração por excesso de quadro, conforme determina o § 4°, art. 169, CF) (0,35).

0 / 0,65

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XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

2ª FASE - ADMINISTRATIVO

DAMASIO EDUCACIONAL

XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

Questão 3

a) Não. Embora a Lei n. 8.112/90, em seu art. 141, inciso I, indique o Presidente da

República como agente competente para aplicação da pena de demissão, o Supremo

Tribunal Federal já se pronunciou quanto à possibilidade de delegação da competência

(0,60). O Decreto n. 3.035/99, em seu art. 1º, inciso I, delega aos Ministros de Estado a

competência para aplicar penalidade de demissão.

0 / 0,60

b) Não. O presidente da comissão disciplinar cometeu abuso de poder, na forma de excesso de poder, por duas razões. A primeira porque a comissão competente para analisar pedido de revisão é a comissão revisora e não comissão disciplinar; segundo que compete à autoridade que aplicou a penalidade o julgamento da revisão, conforme art. 181, da Lei 8.112/90 (0,65).

0 / 0,65

Questão 04

a) Não. Compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar a aplicação de quaisquer

recursos repassados pela União mediante convênio, a Município, art. 71, VI, CF (0,65).

0 / 0,65

b) Sim. A decisão foi do Tribunal de Contas da União foi correta, conforme art. 71, VIII, CF (0,60).

0 / 0,60