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1 CURSO MARCATO 2ª FASE - OAB 2ª FASE - OAB DIREITO ADMINISTRATIVO - DIREITO ADMINISTRATIVO - AGÊNCIAS E BENS AGÊNCIAS E BENS PÚBLICOS PÚBLICOS Professora Amanda Alves Almozara Pós-graduada e mestranda pela PUC/SP Advogada www.professoraamanda.com.br www.professoraamanda.com.br 1

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CURSO MARCATO 2ª FASE - OAB2ª FASE - OAB

DIREITO ADMINISTRATIVO -DIREITO ADMINISTRATIVO -

AGÊNCIAS E BENS AGÊNCIAS E BENS PÚBLICOSPÚBLICOS

Professora Amanda Alves AlmozaraPós-graduada e mestranda pela PUC/SP

Advogada

www.professoraamanda.com.br www.professoraamanda.com.br  1

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AGÊNCIAS REGULADORAS E EXECUTIVAS 

EC 19/98 – Estado neoliberal e modernização do Estado.Criação de um grupo especial de agênciasObjetivo institucional: controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, em regra, sob a forma de concessão e permissão, e também intervenção estatal no domínio econômico, quando necessário para evitar abusos nesse campo, perpetrados por pessoas da iniciativa privada.SÃO AS CHAMADAS AGÊNCIAS AUTÁRQUICAS. Se dividem em:

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AGÊNCIAS REGULADORAS: controle e fiscalização (desestatização)

AGÊNCIAS EXECUTIVAS: execução efetiva de certas atividades administrativas típicas do Estado.

CARACTERÍSTICAS COMUNS DESSAS AGÊNCIAS:são autarquias em regime especial, que detém maior

independências TÉCNICA, ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA.

Hely Lopes Meirelles esclarece em seus ensinamentos o conceito de autarquia de regime especial:

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“É toda aquela que a lei instituidora conferir privilégios específicos e aumentar sua autonomia comparativamente com as autarquias comuns, sem infringir os preceitos constitucionais pertinentes a essas entidades de personalidade pública”.

1.AGÊNCIAS REGULADORAS

Lei 9491/97 _ PND: transferir atividades dispendiosas e indevidas, exercidas pelo Estado.Descentralização legal: Administração indiretaDescentralização negocial: Concessão de serviços públicos

O ESTADO SE AFASTA - NECESSIDADE DE ÓRGÃOS REGULADORES

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ENTIDADES COM FUNÇÃO TÍPICA DE CONTROLE ANP, ANATEL, ANEEL, ANA, ANCINE ETC.

Visam evitar o ABUSO DO PODER ECONÔMICO (dominação de mercado e eliminação de concorrência)

TEORIA DA CAPTURA

Regime de pessoal: estatutário

Todas as características das autarquias se aplicam a elas.

SUA CONDIÇÃO DECORRE DE LEI

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Regime especial das agências reguladoras compreende: o amplo poder normativo; uma maior independência financeira e administrativa; a impossibilidade de recurso administrativo impróprio de suas decisões; e o mandato fixo de seus dirigentes. Exercem ainda poder de polícia em sua área de atuação.

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2. AGÊNCIAS EXECUTIVAS

São apenas uma qualificação a ser reconhecida, mediante decreto, a um órgão da administração direta, uma autarquia ou fundação responsável por serviço ou atividade exclusiva do Estado, sendo seus dirigentes de livre nomeação e exoneração pelo Presidente da República.Consagração do princípio da EFICIÊNCIA

Lei nº 9.649, de 27/05/98, nos artigos 51 e 52, dispõe que a qualificação de uma instituição, como agência, exige que ela tenha um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento e um contrato de gestão com Ministério superior.

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Determina a Constituição no seu art. 37, § 8º: § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal. 

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CELEBRA CONTRATO DE GESTÃO: assegurar uma maior autonomia gerencial para as entidades da administração indireta ou órgãos da administração direta e, em contrapartida, estabelecer indicadores e metas de qualidade e de redução de custo, as quais deverão ser fiscalizadas e auditadas pela própria administração direta.

Pode perder a qualificação de agência executiva se não atender aos mesmos requisitos legais daquela entidade preexistente. Uma vez firmado o contrato, a qualificação como agência executiva será feita por decreto.

EXEMPLO: Inmetro, Abin (autarquias com qualificação)

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BENS PÚBLICOS BENS PODEM SER:

PÚBLICOSPJDPúblicoou que esteja afetado à prestação de um serviço público (exceção)

PRIVADOSPJDPrivado

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1. CONCEITOS:

“São todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e entidades governamentais.” Hely Lopes Meirelles.“São todas as coisas materiais ou imateriais pertencentes as pessoas jurídicas de Direito Público e as pertencentes a terceiros quando vinculadas à prestação de serviço público. Diógenes Gasparini.“Art. 98 Código Civil - São públicos os bens de domínio nacional pertencentes as pessoas jurídicas de direito publico interno; todos os outros são particulares seja qual for a pessoa a que pertencerem.”

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2. Classificação:2.1. Quanto a titularidade:a) Federais: relacionam-se segundo critério de segurança nacional, proteção a economia do país, interesse público nacional e a extensão do bem (arts. 20 e 176 CF).b) Estaduais: são enumerados taxativamente na Constituição Federal (art. 26).c) Municipais: não foram contemplados com a partilha constitucional de bens públicos, são os de interesse local. 2.2. Quanto à destinação:a) Bens de uso comum do povo: são as coisas móveis ou imóveis pertencentes ao Poder Público, usáveis, sem formalidades, por qualquer do povo. Ex.: os mares, as praias, os rios, as estradas, as ruas, as praças, as áreas de lazer e verde.

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b) Bens de uso especial: são aqueles que visam à execução dos serviços públicos. Ex.: edifícios públicos, escolas, universidades, museus, veículos oficiais.c) Bens dominicais: são os destituídos de qualquer destinação, prontos para serem utilizados ou alienados ou, ainda, ver seu uso trespassado a quem por eles se interessar. Ex.: terras devolutas, prédios desativados, bens móveis inservíveis. 3. AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO:Afetação é fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação pública especial de interesse direto ou indireto da Administração. Desafetação é o fato administrativo pelo qual um bem é desativado, deixando de servir à finalidade pública.

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 4. REGIME JURÍDICO (atributos):

REGRA: INALIENABILIDADE. Alienabilidade Condicionada: os bens de uso comum e os bens de uso especial não podem ser alienados, apenas os bens dominicais são passíveis de alienação desde que preenchido algumas condições especiais (art. 101 do CC)Imprescritibilidade: Não suscetíveis à USUCAPIÃO (art. 102 do CC) (arts. 183, § 3º e 191, parágrafo único, CF).Impenhorabilidade: é protegida a propriedade dos bens públicos, não permitindo que sobre eles recaia penhora.Imunidade de Impostos: vedação a instituição de impostos sobre o patrimônio público (art. 150, IV CF). Uso comum dos bens públicos: art. 103 do CC:O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 17

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5. UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS

Uso privativo: é o direito de utilização de bens públicos conferida pela Administração a pessoas determinadas, mediante instrumento jurídico específico para tal fim.

A) AUTORIZAÇÃO DE USO: é o ato administrativo pelo qual o Poder Público consente que determinado indivíduo utilize bem público de modo privativo, atendendo primordialmente a seu próprio interesse. Ex.: autorização especial para uso das águas (Lei nº 9984/2000).

B) PERMISSÃO DE USO: é o ato administrativo pelo qual a Administração consente que certa pessoa utilize privativamente bem público, atendendo ao mesmo tempo aos interesses público e privado.

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C) CONCESSÃO DE USO: é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público confere a pessoa determinada o uso privativo de bem público, independentemente do maior ou menor interesse público da pessoa concedente.

D) CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO: é o contrato administrativo, gratuito ou oneroso, por prazo certo ou indeterminado, em que se confere ao particular o uso da terra e do espaço aéreo sobre a superfície de terrenos públicos ou particulares, para fins de urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra e outra utilização de interesse social. Lei Orgânica do Município de Goiânia (art. 42, § 1º).

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E) CESSÃO DE USO: é aquela em que o Poder Público consente o uso gratuito de bem público por órgãos o da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividades que, de algum modo, traduza interesse para a coletividade.

6. ALIENAÇÃO:

6.1. Requisitos:

a) Bens imóveis: autorização legislativainteresse público devidamente justificadoavaliação prévialicitação sobre a modalidade de concorrência

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Dispensada nos casos de: dação em pagamento, doação, permuta, investidura, venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública, alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária, procedimentos de legitimação de posse.

b) Bens imóveis adquiridos por meio de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento:interesse publico devidamente justificado;avaliação prévia;licitação sobre a modalidade de concorrência ou leilão.

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c) Bens Móveis:interesse publico devidamente justificado;avaliação prévia;licitação.

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