futsal aula 5 fisiologia

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FUTSAL FUTSAL Prof. M.Sc. Marcelo Klein Prof. M.Sc. Marcelo Klein

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  • FUTSALProf. M.Sc. Marcelo Klein

  • FUTSALFUTSAL ATIVIDADE FSICA INTERMITENTE esforos de alta intensidade e curta durao X perodos-recuperao

    ALTO NM. REPETIES AES C/ ou S/ BOLA dificuldade de definir qual a participao efetiva de cada sistema energtico (FERREIRA, 1999)

    TODO MOMENTO JOGADOR MUDA padro de corrida, velocidade e direo (BARBIERI, 2009)

    DEMANDA ALTO DESEMPENHO FSICO pouco influenciado substituies ilimitadas (ALVAREZ et al., 2005)

  • FUTSALANLISE DO MOVIMENTO FUTSAL CATEGORIA PRINCIPAL mudanas cada 3,8 seg 26% distncia alta intensidade (DRAGOMACI e WATSFORD, 2006)

    DURANTE PARTIDA:VO2 76% VO2 max (59 92%)FC 90% FCmax (84 96%)(BARBERO et al., 2007; CASTAGNA, 2008)

    VALORES MXIMOS:PICOS 100% - 2 VARIVEIS enorme produo de energia suportar exigncias da atividade VO2 MDIO 50,1 e 57 ml/kg/minLACTATO SANGUNEO 1,1 e 10,4 mmol46 a 52% - TEMPO de JOGO MOVIMENTAES 80 e 90% VO2 max e FC max(CASTAGNA et al., 2008)

  • FUTSALVALORES DISTNCIA PERCORRIDA CATEGORIA PRINCIPAL:

    4778 a 6500m

    5% (1 a 11%) mx velocidade

    12% (3,8 a 19,5%) alta intensidade

    CADA PERIODO 13 e 39 corridas alta intensidade e 2 a 13 mx velocidade CADA 79 seg.

    6,2 A 14,8 m.

    1,4 a 2,5 seg.(AGUADO e LLOVERAS, 1987; MOLINA, 1992)

  • FUTSALVALORES DISTNCIA PERCORRIDA CATEGORIA SUB-17:

    1 equipe

    75% - FC mx

    84% - VO 2 mx

    9% - jogo INTENSIDADE > 70% FC mx

    INFORMAES INCONSISTENTES CARACTERIZAR CATEGORIA

  • FUTSALBELLO JNIOR (1998):

    JOGADORES DESLOCAMENTO POR TODAS POSIES MLTIPLAS FUNES TTICAS

    PIVS 3543 m.

    FIXOS 4658 m.

    ALAS 7180 m.

    DISTNCIA MDIA 5271 m.

  • FUTSALARAJO et al. (1996):

  • FUTSALGOLEIROS: 755 m.29 lanamentos

    GARCIA (2004)SELEO VENEZUELA SUB-20 (SUL-AMERICANO)VARIAO TEMPO DE JOGO 75 a 90 min.54% desse tempo JOGO PARALISADO46% - BOLA EM JOGO150 a 170 INTERRUPES671 AES DIFERENTES3400m. 1909m. (57%) AES - alta e mdia intensidade e 1441m. (43%) baixa intensidade320m. (10%) com bola 2min. 20segCADA JOGADOR MDIA 106 sprints 3 m.

    DEMANDA FISIOLGICA JOGO MAIOR PARTE ENERGIA REQUISITADA SISTEMA ATP-CP SISTEMA AERBIO RECUPERAO

  • FUTSALPLANEJAMENTO DO TREINAMENTO controle relao estmulo-resposta

    PERODO PREPARATRIO identificar pontos fortes e fracos (AVALIAO)

    CAPACIDADES FSICAS resistncia, velocidade, fora e flexibilidade

    As respostas fisiolgicas limitaro o desempenho do atleta frente s solicitaes fsicas da movimentao e execuo dos fundamentos tcnicos do futsal.

    As principais variveis fisiolgicas que influenciam a performance no futsal so:

    Dficit de oxignio; Produo/remoo de lactato; Capacidade aerbica (VO2mx); Reservas musculares e orgnicas de substratos energticos.

  • FUTSALDficit de oxignio

    Solicitao da capacidade cardiorrespiratria: a 70% do VO2mx

    As atividades em dficit de oxignio tendem a solicitar prioritariamente o sistema energtico glicoltico anaerbico, que tem como principais combustveis o glicognio muscular e a glicose plasmtica (presente na circulao cardiovascular). Como as reservas tanto musculares quanto plasmticas (uma vez que o fgado no consegue disponibilizar glicose na mesma velocidade do consumo pelo sistema glicoltico anaerbico durante o exerccio) so limitadas e o acido ltico produzido pelas reaes metablicas de queima da glicose, aumenta o pH do organismo reduzindo a eficincia das reaes metablicas.

    Isto faz com que as atividades em situao de dficit de oxignio no consigam ser mantidas por perodos relativamente longos (no mximo 3 a 6 minutos depende da intensidade da atividade).

  • FUTSALFutsal a maioria dos deslocamentos se do em situao de dficit de oxignio ou em recuperao ativa do dficit adquirido anteriormente.

    Deve-se salientar que esta recuperao acontece de modo incompleto, ocasionando um acumulo do dficit de O2 anterior e do acido ltico resultante do trabalho na situao de dficit, at atingir concentraes que vem a impossibilitar o desempenho ideal/normal.

    O treinamento com vistas ao melhor desempenho do atleta em situaes de dficit de oxignio seria aquele que propiciasse tanto o aumento - o VO2mx. e Resistncia Anaerbica.

  • FUTSAL

  • FUTSALProduo/remoo de lactato

    A composio dos msculos dos membros inferior (pernas) um fator que interfere tanto positivamente quanto negativamente.

    O tipo de fibra presente em maior quantidade nos membros inferiores, pode determinar qual caracterstica do atleta de futsal, ser predominante no seu desempenho a nvel fsico.

    Os atletas mais rpidos da equipe, provavelmente possuem uma predominncia de fibras musculares glicolticas na sua musculatura inferior fator possibilita bons desempenhos em atividades que envolvem manifestaes de fora explosiva e velocidade mas tem geralmente a continuidade da sua performance reduzida no decorrer da partida.

  • FUTSALInterao da durao do jogo de futsal + acido ltico (principal subproduto das reaes metablicas para obteno de energia a nvel muscular)

    As fibras glicolticas produzem grandes quantidades de acido ltico no decorrer da partida comprometer o rendimento do atleta quando o mesmo utilizado por longos perodos sem repouso durante o jogo.

    Os treinamentos de resistncia anaerbia melhor maneira de atenuar este problema

    O principal efeito do treinamento de resistncia anaerbica o aumento da tolerncia do organismo a altas concentraes de acido ltico, alem de aprimorar os mecanismos de remoo do mesmo da musculatura esqueltica e sua recuperao a nvel heptico.

  • FUTSALLIMIAR ANAERBICO

    ZONA METABLICA DESEQUILBRIO ENTRE PRODUO E ELIMINAO C. LTICO MAIOR VO2 SEM ACIDOSE LTICA SUSTENTADA

    INDICADOR FISIOLGICO INTENSIDADE ESFORO

    LIMIAR + ELEVADO FRAO VO2 mx. S/ ACMULO BEM CONDICIONADO

    MTODO VENTILATRIO anlise de gases

    MTODO METABLICO anlise de concentraes fixas de lactato

  • FUTSAL

  • FUTSALCAMASSOLA et al. (2007) 86 profissionais elite BRASIL 64,18% - VO2 mx

    CASTAGNA et al. (2007) profissionais elite ESPANHA 69,43% VO2 mx

    ALVAREZ et al. (2007) diferentes nveis tcnicos:ESPANHA - 2a. DIVISO 70,5% VO2 mxESPANHA - ELITE 67,9% VO2 mxITLIA 3a. DIVISO 71,3% VO2 mx

  • FUTSALCAPACIDADE AERBICA (VO2mx.)

    A capacidade aerbica fator primrio nos aspectos fisiolgicos envolvem o desempenho de atletas nas diferentes modalidades esportivas necessidade orgnica do organismo do oxignio, para as aes de recuperao dos sistemas funcionais, reservas energticas musculares e remoo do acido ltico.

    O VO2max. referenciar a capacidade aerbica de um individuo os nveis de condicionamento cardiorespiratorio dependem diretamente das capacidades pulmonares e circulatrias.

    Os exerccios contnuos de intensidades moderada com durao mdia ou prolongada tendem a desenvolver tanto a capacidade pulmonar quanto circulatria.

  • FUTSALAs atividades prolongadas estimulam alvolos normalmente inertes aumentando a capacidade de absoro de oxignio por parte dos pulmes a necessidade dos msculos de receber nutrientes e remover catablitos (material resultante das atividades de queima ou produtos prejudiciais ao metabolismo celular) promove o aumento da microcirculao sangunea e dos valores ejetados ao corao ao final de cada ciclo cardaco.

    O principal fator limitante na elevao do VO2max. de um atleta quando ele atinge um determinado nvel parece ser a PAS o volume ejetado pelo corao s pode ser modificado at certo nvel varivel de manipulao limitada apesar da sua importncia para o desenvolvimento e aprimoramento das capacidades fsicas de um atleta.

    Normalmente a capacidade aerbica nos esportes mais comumente chamada potncia aerbica quando envolve manifestaes elevadas do VO2max., abaixo ou prximas ao limiar anaerbico.

  • FUTSALVO2 mx

  • FUTSALReserva musculares e orgnicas de substratos energticos

    As reservas musculares e orgnicas de substratos energticos fundamentais para o desenvolvimento das capacidades dos atletas e melhor rendimento durante a performance desportiva o aspecto nutricional o diferencial para uma excelente performance

    A dupla jornada to comum nos atletas de futsal em vrios paises, quando acompanhada de uma alimentao desequilibrada pode ser a razo porque um provvel grande talento no consiga realizar em quadra as exibies que a equipe espera dele.

  • FUTSALO problema nutricional fica mais evidente se analisarmos que poucas equipes contam com um nutricionista no seu quadro de profissionais. As carncias nutricionais podem se apresentar de varias formas desde de uma simples queda no rendimento, quanto no aparecimento de leses por over use ou um estado de sobretreinamento.

    O organismo j possui taxas normais de armazenagem de substratos para o seu funcionamento normal, com o treinamento podemos obrigar pequenas alteraes nessas taxas outro recurso para promovermos alteraes nos nveis de armazenagem suplementao e reposio ps-exerccio de alguns elementos, tais como eletrlitos, gua, creatina (este antes e ps-exerccio para acelerar a recuperao) e repositores energeticos.

  • FUTSALOs sistemas energticos possuem uma capacidade e fora de produo de ATP (moeda energtica do organismo) solicitao por parte do corpo em uma atividade moderada ou intensa uma partida.

    A capacidade e a fora dos sistemas energticos para produo de ATP a seguinte: Capacidade Fora Sistema fosfagnico 55-95 9 Sistema glicoltico 190-300 4,5 Combinado 250-370 11

    Os dados acima esto expressos em massa seca muscular por kg (dm) e baseiam se em provises estimativas de ATP durante exerccios de alta intensidade do msculo vasto lateral (quadrceps).

    MAUGHAN, GLESSON e GREENHAFF (2001).

  • FUTSALJ a capacidade de armazenagem de glicognio no corpo humano (por kg de massa mida): Massa muscular 14-18g Fgado 80-100g A capacidade estocagem de glicognio no organismo por mais que tentemos ampliarmos essa capacidade esbarramos na incapacidade de armazenagem acima dos valores acima devido ao glicognio necessitar reter 3g de gua para sua armazenagem (no importando se no msculo ou no fgado). No quadro abaixo segue a capacidade de armazenagem de energia no corpo humano, dos diferentes combustveis (substratos) utilizados pelos sistemas energticos. O quadro representa a mdia humana para um individuo com 70 kg, tendo um percentual de gordura de 15%. Peso (g) Energia (kJ) Glicognio fgado 80 - 1280 Glicognio muscular 350 - 5600 Glicose sangunea 10 - 160 Lipdios 10.500 - 388.500 Protena 12.000 - 204.000

    MAUGHAN, GLESSON e GREENHAFF (2001).

  • FUTSALCARACTERSTICAS ANTROPOMTRICAS:

  • FUTSALAVALIAO FSICA

    ANTROPOMTRICA:DIMENSO CORPORAL:ESTATURA (cm)MASSA CORPORAL (kg)DOBRAS CUTNEAS (mm)COMPOSIO CORPORAL:% GORDURA PROTOCOLOS: POLLOCK (3 ou 7 DOBRAS) PETROSKI (4 DOBRAS)MASSA GORDA (MG)MASSA CORPORAL MAGRA (MCM)

  • FUTSALAVALIAO FSICA

    CAPACIDADE CARDIORRESPIRATRIA:

    VO2 mxESPECIFICIDADE SHUTTLE RUN 2O m (LERGER e LAMBERT, 1982)MLTIPLOS ESTGIOS SINAIS SONOROS - VELOCIDADE/MIN. (0,5 km/h) EXAUSTO INCAPACIDADE MANTER RITMO

  • FUTSALAVALIAO FSICA

    FORA:

    1 RM FORA MXIMA

    IMPULSO VERTICAL FORA EXPLOSIVA MMII

    VELOCIDADE:

    TIROS 10, 20 e 30 m.

    MENOR TEMPO

    3 TENTATIVAS INTERVAL 2 min.

  • FUTSALAVALIAO FSICA

    AGILIDADE:

    ILLINOIS AGILITY TEST (ROOZEN, 2004)

    C/ ou S/ BOLA

    4 TENTATIVAS 2 x cada lado

    INTERVAL 2 min

  • FUTSALAVALIAO FSICA

    AGILIDADE

    AGILITY SHUTTLE RUN TEST (JONHSON e NELSON, 1979)

    2 LINHAS - DISTNCIA 9,14m.

    2 TENTATIVAS

  • FUTSALAVALIAO FSICA

    FLEXIBILIDADE

    SENTAR e ALCANAR (JONHSON & NELSON, 1979)Quadril dorso e posteriores de MMII3 tentativas melhor resultado

  • FUTSALAVALIAO FSICA

    BATERIA DE TESTES:

  • FUTSALSugestes de atividades para treinamento em situaes de dficit de oxignio Mtodo aerbico (Cooper) aumento do VO2mx.;

    Mtodo intervalado - aumento do VO2mx. e da resistncia anaerbica; Tiros (sprints) de 400 a 800 metros (limite de 800 metros) aumento da resistncia anaerbica; Tiros (sprints) de 30 a 50 metros em aclives.

  • FUTSALSugestes para o treinamento de resistncia anaerbica

    MTODO INTERVALADO:Intervalos longos; Tiros (sprints) de 400 a 800 metros (limite de 800 metros) repouso de 3 a 5 minutos entre os tiros6 a 8 tiros por sesso de treinamento no mximo 2 vezes por semana

  • FUTSALSugestes para o treinamento da capacidade aerbica

    Mtodo aerbico (Cooper)Mtodo intervalado (utilizando intervalos curtos)FartlekCorridas em praias ou bosques.

  • FUTSALSugestes para o aumento das reservas musculares e orgnicas Suplementao de creatina; Orientao nutricional (ajustar a alimentao s necessidades do atleta); Uso de repositores eletrolticos; Recuperao ps-atividades (treinos, jogos, tarefas cotidianas etc.); Utilizao de complexos vitamnicos.