NUTRIÇÃO ANIMALNUTRIÇÃO ANIMAL

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIAINSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL

ProfªProfª. . DrªDrª. Jamile Andréa Rodrigues da Silva. Jamile Andréa Rodrigues da Silva

O QUE É O QUE É NUTRIÇÃO ANIMAL???NUTRIÇÃO ANIMAL???

“É a Arte de transformar alimentos de baixo valor para os seres humanos em

nutrientes de alto valor, utilizando o metabolismo animal,como máquina de

transformação”.

“Conjunto de processos em que um organismo vivo digere ou assimila os

nutrientes contidos nos alimentos, usando-os para seu crescimento,

reposição ou reparação dos tecidos corporais e também, para elaboração

de produtos”

• ALIMENTO

• NUTRIENTE

• RAÇÃO

• RAÇÃO BALANCEADA

• EXIGÊNCIA NUTRICIONAL

FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

n Ingestão de alimentos com a hidrólise, absorção e excreção

n Sistema digestivon Trato Gastro-intestinal;n Acessórios (glândulas salivares,

pâncreas e fígado)

FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

n Classificação:n Carnívorosn Herbívorosn Onívoros

nMonogástricosn Ruminantes

Sistema digestivo em diferentes espécies

Cão Equino Suíno

Ovino

Aves

Partes constituintes do sistema digestivo

Boca e FaringeÓrgão Função

Mastigação

EsôfagoOndas peristálticas

EstômagoSuco gástrico

Pâncreas Suco pancreático

FígadoSecreção de bile

Vesícula Biliar Armazena e concentra bile entre refeições

Intestino Delgado Digestão e absorção da maioria das substâncias

Intestino Grosso Digestão microbiana e absorção de água;

Reto A distensão inicia o reflexo da defecação

CONTROLE DA DIGESTÃO

n Motilidaden Hormônios gastrointestinais;

n Gastrinan Secretinan Colecistoquinica (CCK)n Peptídio inibidor gástrico (GIP)

n Sistema nervoso entérico;n Plexos formam circuitos neurais

n Sistema nervoso autônomo

Estimular ou inibir o músculo liso

PREENSÃO ALIMENTOSPREENSÃO ALIMENTOS

Músculos da face, lábios e língua (voluntário)

BOVINOS

• Língua longa e móvel

• Alimentos cortados pela compressão dos dentes incisivos inferiores contra o palato duro superior.

• O processo é auxiliado por movimento da cabeça, na direção posterior.

• A aspereza da superfície da língua, com suas papilas, impedem o retrocesso do alimento.

OVINOS E CAPRINOS

Lábios e dentes incisivos inferioresArrancados pelos dentes incisivos inferioresMovimentos com a cabeça para o lado e para cimaPastoreio próximo ao solo

EQÜINOS

•Lábios e incisivos

• Os lábios são puxados para trás e permitem que os dentes incisivos cortem a grama em sua base.

AVES

n Preensão é variável – bico

n O alimentos são ingeridose deglutidos pormovimentos bruscos dacabeça, auxiliados pelaforça da gravidade.

SUÍNOS

n Focinho – rígido e sensível ao tato Alimentos - movimentos dos lábio inferior e da línguan Líquidos – sucção

CARNÍVOROS

n Incisivos e molares e cortam ou arrancam pedaços

n Alimentação pastosa - língua e lábiosn Líquido – língua (concha)

MASTIGAÇÃO

n Primeiro ato da digestão

n Ações da mandíbula, língua e bochechas

n Quebrar as partículas em tamanho adequado para passar pelo esôfago

n Umedece e lubrifica o alimento ao misturá-lo com a saliva

MASTIGAÇÃO

• Carnívoros e onívoros → cortam e trituram• Herbívoros → movimentos circulares dos

maxilares, moem e trituram• Ruminantes → 2 mastigações

70 e 90 movimentos mastigatórios/minuto

SECREÇÃO SALIVAR

n Glândulas salivaresn Parótidasn Submandibularesn Sublinguais

n Fatores que afetam a secreçãon Estímulos psíquicosn Mecânicosn Químicos

QUANTIDADE DE SALIVA PRODUZIDA

ESPÉCIE QUANTIDADEVaca 98 - 190 litros Ovelha 6 - 16 litros Cavalo 40 litrosSuíno 15 litrosHomem 1,5 litrosGalinha 7 - 25 ml

Saliva tipo serosa – eletrólitos, água, não tem mucina.

Saliva tipo mucosa - alto teor de mucina, muito pouco eletrólitos e água.

Saliva tipo mista - mistura da secreção serosa e mucosa.

SECREÇÃO SALIVAR

n Funções da salivan Água e mucina - bolo alimentar;n Amilase salivar (ptialina)

amido → dextrina →maltose

q Ruminantes - tampão - pH ideal p/ ação dos MO do rúmen (uréia e minerais -fonte de nutrientes p/ MO)

SECREÇÃO SALIVAR

DEGLUTIÇÃO

n Passagem do alimento pela boca, faringe e esôfago

n Fase voluntária → a língua molda o alimento na forma de um bolo e o empurra para a faringe.

n Fase involuntária(faríngea) → Fase reflexa bastante rápida -contração involuntária dos músculos da faringe → esôfago

DEGLUTIÇÃO

1. Palato mole é elevado, fechando a abertura faringeana da nasofaringe;2. Língua é pressionada contra o palato duro, fechando a abertura oral da faringe;3. Glote sob a epiglote, bloqueando a abertura laríngea;4. Uma onda passa pela parede do órgão, empurrando o bolo de alimento para a abertura do esôfago.5. O esfíncter esofágico superior se relacha para receber o alimento.

ESÔFAGO

n Esôfago:n Esfíncter superior (faringo-esofágico) n Corpon Esfíncter inferior (cárdia)

• Controle do Sistema Nervoso Autônomo

n Funções principais: 1. Reservatório para o alimento; 2. Fragmentar e misturar o quimo com as secreções gástricas; 3. Esvaziar o conteúdo gástrico para o duodeno com velocidade controlada.

ESTÔMAGO MONOGÁSTRICOS

• Secretado na mucosa do estômago• Constituição:

. HCl. Pepsinogênio . Secretina (suco pancreático) . Ação anti-séptica

. MucinaProtege o epitélio

SUCO GÁSTRICO

SUCO GÁSTRICO

. Pepsina

. pH ótimo 1,5 a 2,5

. Lipase gástrica

. Renina: ruminantes lactentes

. Proteólise sobre caseína (proteína do leite);

. Catepsina: Proteólise (pH de 3 a 5)

ESTÔMAGO RUMINANTES

n Rúmen, retículo, omaso e abomaso

Ruminante

RUMINAÇÃO

n Regurgitação n Remastigaçãon Re-insalivação e re-deglutição

n Provável estimulação:n Presença da digesta;n Estimulação nervosa (nervo vago)

INTESTINO DELGADO

n Suco pancreático;n Suco entérico;n Suco biliar.

n Suco pancreático - secretado por estímulo nervoso e secretinan Fluido claro (pH 7,8 a 8,2)nQuase todas as enzimas

SUCO PANCREÁTICO

n Enzimas proteolíticas - inativas (tripsinogênio, quimiotripsinogênio e procarboxipeptidase) –enteroquinase (mucosa duodenal)

n . Tripsina: hidrólise de todas proteínasn . Quimiotripsina: idem tripsina (coagulação do

leite);n . Carboxipeptidase: ataca ligação do AA terminal

n Amilase pancreática:amido → maltose → glicose

n Lipase pancreática: lipídios → ácidos graxos e álcoois - Ação dos sais biliares

SUCO ENTÉRICO

n Suco duodenal (gls de Brünner) líq. transparente, incolor, rico em mucina. pH de 8,2 e 9,3. . n Enteroquinase (ativa proteinases do suco pancreático)n Amilase

n Suco intestinal (gls de Liberküm) líq. aquoso amarelado, claro. n Mucinan Diversas enzimas: extracelulares (maltase, lipase) e

intracelulares (fosfatases, nucleotidases e nucleosidases)

n Inativo para proteínas - atua apenas sobre peptídios

SUCO BILIAR

n Líquido límpido, amargo, pH 8,0 com coloração amarelo-esverdeada.

n Água, pigmentos biliares, sais biliares, colesterol, lecitina e mucina.

n Atua na digestão e absorção - Não contém enzimas!

n Ação digestiva - sais biliares e lecitina, que exercem ação emulsificante sobre as gorduras

n Ativa a lipase pancreática

n Neutraliza o quimo gástrico, estimula ligeiramente o peristaltismo e ação anti-séptica.

MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS

n Esfíncter íleo-cecaln Intestino delgado → Intestino grosson Impede o movimento retrógradon Atividade peristáltica → relaxa

INTESTINO DELGADO

n Microorganismosn Alimentos que escapam à digestãon Degradação da celulose (pouco significativa)n Vit. complexo B e K – não satisfazemn Mais eficaz - herbívoros de estômago simples

(cavalo)n Produtos finais - AA, AGV, amônia, aminas, gases

(metano e hidrogênio)n Absorção mais reduzida.

INTESTINO GROSSO

DEFECAÇÃO

n Eliminação dos resíduos (fezes) n Acumulados no cólonn Movimentos peristálticos → reton Esfíncteres anais interno e externon Distensão do reto → necessidade de evacuar n Onda peristáltica intensa → esfíncteres

relaxados.

Obrigada!

M e se n té rica S e ro sa

M u s c u la tu ra lo n g itu d in a l N ó d u lo lin fá tic o M u s c u la tu ra c irc u la r S u b m u c o s aP le x u s m e s e n té r ic o M u c o s a m u s c u la r L â m in a p ró p r ia m u c o s a

E p ité lio

P le x u s d as u b m u c o s a d e M e is s n e r L ú m e n

V ilo

G lâ n d u la n a s u b m u c o s a

G lâ n d u la fo ra d o T G I

1

2

Modo de ação dos hormônios do trato intestinal.

HORMÔNIOAÇÃO GASTRINA CCK SECRETINA GIP

Secreção ácida E(1) E I(1) I(1)Esvaziamento gástrico I I(1) I ISecreção pancreática de HCO3

- E E(1) E(1) OSecreção pancreática de enzimas E E(1) E OSecreção biliar de HCO3

- E E E(1) OContração da vesícula biliar E E(1) EMotilidade gástrica E E I IMotilidade intestinal E E I OLiberação de insulina E E E E(1)Desenvolvimento da mucosa E(1) E IDesenvolvimento pancreático E E(1) E(1)E: estímulo; I: inibição; O: ausência de efeito BRANCO: desconhecido; (1): efeito

principal do hormônio. (HCO3- Bicarbonato)

QUADRO 13. Ação do sistema nervoso no processo digestivo.

ÓRGÃO SISTEMA SIMPÁTICO

SISTEMA PARASSIMPÁTICO

Glândulasalivar

Vasoconstrição(diminui)

Vasodilatação (aumenta)

Glândulagástrica

Inibe a secreção Aumenta a secreção

Pâncreas(Exócrina)

Aumenta a secreçãodo muco

Aumenta a secreção enzimae a secreção do sucopancreático

Intestino (ID eIG)

Diminui motilidade Aumenta motilidade

Esfíncteres(Geral)

Contrai (fecha) Relaxa (abre)

ESÔFAGO

ESTÔMAGO MONOGÁSTRICOS