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Fundada em 24 de Fevereiro de 2007 Registro na ABIM – 005 - JV

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Page 1: Fundada em 24 de Fevereiro de 2007 Registro na ABIM ... · com a matéria, “O Discurso de Ledo e o Dia do Maçom”, elucidando nossos leitores quanto à grande confusão de datas

Fundada em 24 de Fevereiro de 2007 Registro na ABIM – 005 - JV

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EditorialEditorial______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

““Eduque as crianças e não será preciso castigar os homens Eduque as crianças e não será preciso castigar os homens !”!”

Pitágoras

mês de agosto, para alguns, é agourento, de má sorte. Entendemos que, como Iniciados, não nos podemos prender a crendices e superstições, pois já

irradiamos a Luz interna, ou, pelo menos, deveríamos tê-la despertada, para a iluminação de nosso caminho na vereda iniciática.

OODesde sua origem, não traz uma boa fama, de fato; no calendário romano,

chamava-se sextilius, passando a ser chamado de augustus, por determinação do Imperador Augustus César, em homenagem a ele próprio, por explícito ciúme do seu antecessor Júlio César, que havia trocado o nome do 5º mês do calendário romano – quinquilius para Julius, também, como uma auto-homenagem. Não satisfeito, O Imperador Augustus adicionou mais um dia para o recém-criado mês, a fim de não ficar em “desvantagem” com seu antecessor, pois o mês de Julius tinha 31 dias. Razão de termos hoje dois meses seguidos com 31 dias – julho e agosto.

“Vanitas vanitatum et omnia vanitas” (Vaidade das Vaidades e tudo é vaidade), como bem narra uns dos menores livros bíblicos, o de Eclesiastes, o qual recomendamos como leitura diária a todo Maçom, um auxílio ao trabalho do Eterno Aprendiz, o de “vencer as paixões e submeter as vontades”.

Maçonicamente, a história nos traz boas recordações, porém apontaremos, apenas, algumas, ainda que superficialmente: a iniciação e a exaltação do Irmão Guatimozim – D. Pedro I - respectivamente, em 02 e 05 de agosto de 1822, na Loja Commércio e Artes; em 05/ago/1827 – nascimento do Marechal Deodoro da Fonseca; em 19/ago/1849 – nascimento do abolicionista Joaquim Nabuco; em 25/ago/1803 – nascimento de Luís Alves de Lima e Silva – Duque de Caxias; em 11/ago/1781 - o nascimento de um dos maiores Maçons de todos os tempos, Joaquim Gonçalves Ledo, que abrilhanta nossa Coluna Destaques, com a matéria, “O Discurso de Ledo e o Dia do Maçom”, elucidando nossos leitores quanto à grande confusão de datas e calendários, utilizados nos primórdios do GOB.

Enfim, efemérides é o que não falta para ignorarmos essa crendice popular.

A matéria de autoria do meu querido Confrade Raimundo da Silva Pereira, “O Evoluir de Uma Idéia Luminosa”, retrata a altruística criação da egrégia Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes do Estado do Rio de Janeiro, na qual, orgulhosamente, como Membro Fundador, ocupamos a titularidade da Cadeira nº 11; a Coluna Informe Cultural, através da matéria, “Até Porque Solidariedade é Fundamental!” apresenta o belíssimo trabalho maçônico-humanitário das Fundações Hermon e São João, no Sul do país.

Já na Coluna Os Grandes Iniciados apresentamos uma compilação da Vida e Obra de Pitágoras, enquanto na Coluna Ritos Maçônicos damos continuidade ao “R∴E∴A∴A∴, Parte II”.

Em Reflexões, a matéria, “Comece Consigo Mesmo”, uma colaboração do Irmão Dirceu Goulart, incansável articulista na Internet, nos leva à introspecção e a entender que a mudança do mundo começa dentro de nós.

Por fim, agradecemos as inúmeras manifestações de carinho e incentivo com relação à nossa Revista, assim como as críticas e considerações, que muito nos têm ajudado no caminho da busca da excelência de nosso trabalho.

Conscientes de que somos, apenas, uma espécie de canal, por onde fluem os excelsos ensinamentos dos Mestres da Sabedoria, e de que isso, já por si só, nos atribui a enorme responsabilidade de bem informar, conscientizar e fazer luz ao entendimento das entrelinhas de muitos “Mistérios”, nos dedicamos, penhoradamente, a cada edição, a fim de merecer, sempre, a calorosa acolhida de nossos respeitáveis leitores.

Revista Arte Real – tratando a cultura maçônica com a seriedade que merece!

Nesta EdiçãoNesta Edição____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Capa – Uma Frondosa Árvore de Sophia............................CapaEditorial.....................................................................................2Matéria da Capa - O Evoluir de Uma Idéia Luminosa..........3Informe Cultural – O Que Há Por Vir...............................4 Até Porque Solidariedade é Fundamental...5Destaque - O Discurso de Ledo e o Dia do Maçom............... .6

Os Grandes Iniciados – Pitágoras..............................................7Ritos Maçônicos – O REAA – Parte II.................................9Trabalhos – Especulação e Simbolismo.................................11

- A Philotimia e os Maçons....................................12Reflexões – Comece Consigo Mesmo....................................13

Boas Dicas – Sites /Indicação de Livros / Edições Anteriores.............................................13

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Matéria da CapaMatéria da Capa____________________________________________________________________________________________________________________________________________

O Evoluir de Uma Idéia LuminosaO Evoluir de Uma Idéia LuminosaRaimundo da Silva Pereira

ranscorriam os últimos dias do mês de novembro do ano de 2006, quando em plena reunião conjunta das Lojas

Maçônicas, jurisdicionadas à GLMERJ e componentes do Condomínio Maçônico “Maurício Muzzi”, localizado no próspero Bairro de Realengo, RJ, a idéia surgiu. Uma plêiade de Filhos de Ísis, intelectuais com reconhecida capacidade e invulgar brilhantismo cultural, lançou a luminosa idéia de preparar o solo fértil, para semear, por intermédio de ilustres cultores, o que viria a ser, hoje, nossa Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes, que, sobre ser um Sodalício Cultural, é local de reflexão e debate de problemas e assuntos contemporâneos.

TT

Esses abnegados idealistas, impregnados do mais puro sentimento de divulgação do saber, trocaram idéias e formularam hipóteses capazes de viabilizar a fundação de uma Academia, apta a congregar diversos ramos da intelectualidade existente na família maçônica da Zona Oeste do Rio de Janeiro, após uma brilhante palestra do Confrade Rivayl dos Reis.

Participaram desse pioneiro evento, os Confrades: Luís Antonio Luciano dos Santos, Jorge Mandacary Pimentel, Francisco Feitosa da Fonseca e Rivayl dos Reis, cujo espírito idealístico fez germinar o sentimento, que já pairava, de há muito, no imaginário de outros entusiastas, que compuseram o quadro associativo inicial da Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes do Estado do Rio de Janeiro.

A idéia tomou impulso extraordinário, contaminando a intelectualidade em diferentes seguimentos do pensamento e do saber, acarretando a realização de diversas reuniões preparatórias.

O Grupo Precursor foi, então, robustecido com as presenças de outros confrades e continuou no seu indômito afã de Fundar e Instalar a Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes do Estado do Rio de Janeiro, realizando reuniões mensais preparatórias, para formalizar esse Sodalício Maçônico nos moldes tradicionais da cultura brasileira, ocasionando a cerimônia inesquecível, em 25 de agosto de 2007.

Para que a semente já selecionada, finalmente plantada, medrasse e crescesse vigorosa, exuberante, bela e promissora, suas raízes primárias adentraram o manancial da intelectualidade consagrada, à procura da seiva nutricional, apropriada à formação do raizame capaz de sustentar uma frondosa e superabundante árvore produtora e difusora da cultura brasileira, estribada na harmonia, na paz e no amor fraternal.

O Indispensável elemento vital da maravilhosa seiva intelectual, imprescindível ao crescimento harmonioso e pujante dessa simbólica árvore da cultura, foi alcançado na pessoa do Sereníssimo Grão-Mestre da GLMERJ, Waldemar Zveiter, magistrado incorruptível, intransigente defensor da soberania do Brasil sobre a Amazônia legal. O Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter, possuidor de vasta e invejável cultura, grande entusiasta do estado de direito democrático e Maçom por excelência, acedeu fraternal e afetivamente ao convite formulado pelo Grupo Precursor, para que participasse e, de forma vitalícia, presidisse a novel Academia.

A aquiescência do Sereníssimo Grão-Mestre em participar desse empreendimento deu nova dimensão ao projeto inicial, circunscrito aos Filhos de Ísis, membros das Lojas Maçônicas jurisdicionadas à GLMERJ e localizadas na Zona Oeste da Capital, tornando sua abrangência a todos os Maçons, componentes das Lojas Maçônicas sob os auspícios da GLMERJ, em todo o nosso Estado.

A Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes, fundada na reunião de 03 de abril de 2007, teve sua Instalação com a investidura da Primeira Diretoria, no dia 25 de agosto de 2007, em inesquecível Sessão Solene, realizada no Palácio Maçônico da Rua Mariz e Barros, nº 945, RJ. E, também, foram empossados os 31 Acadêmicos Fundadores.

Em reunião memorável, de 06 de novembro de 2007, o Presidente Vitalício Waldemar Zveiter apresentou proposta, aprovada por unanimidade, para que a ACAD-M-RJ mesclasse sua composição, admitindo pessoas do sexo feminino, ligadas à Maçonaria, fato de repercussão extraordinária em toda a jurisdição da Grande Loja no Estado de Rio de Janeiro. Essa inesquecível decisão proporcionou que a segunda Assembléia Solene e esplendorosa da ACAD-M-RJ, também, no Palácio Maçônico da Rua Mariz e Barros, empossasse 40 Acadêmicos (Confrades e Confreiras), no dia 08 de março de 2008.

A Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes, em seu primeiro ano de existência, demonstra pujança incomparável, com um quadro social composto por 75 Acadêmicos, dos quais 17 são Confreiras, ligadas de alguma

forma à nossa Sublime Instituição.

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Informe CulturalInforme Cultural____________________________________________________________________________________________________________________________________________

O Que Há Por VirO Que Há Por VirFrancisco Feitosa

a edição nº 13, março/08, de nossa Revista, na Coluna Destaques, apresentamos uma matéria com o título:

“Entusiasmo – o Combustível de um Eterno Aprendiz”, que narrava a profícua trajetória da reativação da Excelsa Loja de Perfeição Visconde do Rio Branco, fundada em 12 de janeiro de 1960, ligada à 10ª Inspetoria Litúrgica de Minas Gerais, jurisdicionada ao Supremo Conselho do Grau 33º do R∴E∴A∴A∴ da Maçonaria para a República Federativa do Brasil.

NN

Para ter acesso à matéria supra, clique no link abaixo:

http://www.entreirmaos.net/arte/artereal13.pdf

Movido pelo entusiasmo de um Eterno Aprendiz, nos foi possível, com o apoio imprescindível de vários Irmãos do RJ, BH, Juiz de Fora e do Sul de Minas, realizar o sonho dos Irmãos da região, que estavam impedidos de progredir no estudo do R∴E∴A∴A∴por carência de Lojas dos Altos Graus, em uma Região Litúrgica (10ª R∴L∴, MG, Sul de Minas), que, para o leitor ter uma idéia de tais dificuldades, é maior que todo o estado do Rio de Janeiro.

A data, para sublimar tal evento, foi o “Dia das Calendas” – dia 1º de março – como era conhecido o primeiro dia do antigo calendário romano, com o significado de: “o que há por vir”. Seu significado deixou a entender que tal intento era, apenas, a ponta de um iceberg de realizações e progressos para a região.

A Excelsa Loja de Perfeição, a cada dia, encontra-se mais pujante, superando as expectativas. No dia 31 de julho próximo passado foram investidos novos Irmãos no Grau de Mestre Secreto, com a criação da turma II/2008. Hoje, a Excelsa Loja se encontra com 46 Irmãos, ligados ao seu quadro, em apenas 5 meses de trabalho.

Está em andamento a reativação do Capítulo Rosa-Cruz Tufy Matuk (15º ao 18º) para receber os Irmãos ao final dos Graus Inefáveis, e a próxima empreitada será a reativação do Conselho de Cavaleiros Kadosh (19º ao 30º).

Dada as inúmeras dificuldades de se administrar uma região tão extensa, embora tenha que ser louvado o belo e hercúleo trabalho do Grande Inspetor Litúrgico dessa R∴L∴, Poderoso Ir∴ Jorge Buttrós, 33º, o Supremo Conselho, na pessoa do seu Soberano Grande Comendador, Poderoso Irmão Luiz Fernando Rodrigues Torres, 33º, atendendo à

necessidade da crescente região, decretou, através do Decreto 007 – 2003/08, de 24 de julho de 2008, redividir a 10ª R∴L∴, criando a 14ª R∴L∴, que abrangerá 14 cidades do Sul de Minas.

Nesse mesmo dia, o Sacro Colégio esteve reunido em sua Sede, no Oriente de Jacarepaguá, RJ, em Sessão Magna de Investidura de novos Irmãos ao Grau 33° - Inspetor Geral da Ordem, em uma belíssima cerimônia, cujo destaque foi a investidura do Grão-Mestre do Grande Oriente do Pará.

Na oportunidade, tivemos a honra e o privilégio de ser empossado pelo Soberano Grande Comendador no cargo de Grande Inspetor Litúrgico, para a recém-criada 14ª Região Litúrgica , MG.

Além do dia 1º de março, que marcou a reativação da Excelsa Loja de Perfeição em São Lourenço, com seu significado de “O que há por vir”, o dia 24 de julho desse mesmo ano, também, entra no rol de efemérides a ser comemorado.

Os Irmãos do Sul de Minas estão de parabéns e têm motivos de sobra, para comemorarem a criação e o, conseqüente, crescimento da Região. Um grande passo foi dado para a fundação e/ou a reativação dos Corpos Filosóficos nas 14 cidades dessa nova R∴L∴.

Reafirmamos que não mediremos esforços, para proporcionar aos Irmãos o que lhes é de direito: a possibilidade de evoluírem em sua caminhada maçônica, através do estudo dos Altos Graus do R∴E∴A∴A∴.

Que o Pai Celestial, o Senhor dos Mundos, cubra de bênçãos, com seu Sagrado Manto, essa nova Região Litúrgica, que, altruisticamente, brota como uma Flor de Loto na Serra da Mantiqueira.

Maiores informações sobre essa matéria poderão ser adquiridas através dos contatos: (35) 3331-1288; MSN entre-

[email protected] ; E-mail [email protected]

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Informe CulturalInforme Cultural____________________________________________________________________________________________________________________________________________

Até Porque Solidariedade é Fundamental!Até Porque Solidariedade é Fundamental!Francisco Feitosa

ssa Coluna nasceu com o objetivo de divulgar eventos culturais maçônicos e altruísticos projetos

da Maçonaria, ou de Irmãos Maçons, que, preocupados com a manutenção dos verdadeiros valores morais e da qualidade de vida do ser humano, doam recursos e/ou parte de seu precioso tempo, em prol de ajudar o próximo.

EE

Descobrimos duas Fundações, que merecem nosso total apoio e respeito, ambas localizadas na região Sul do país, sendo uma em Porto União, Santa Catarina – Fundação Hermon, e outra em Porto Alegre, Rio Grande do Sul – Fundação São João, sobre cujo belíssimo trabalho realizado, mostrando a preocupação da Maçonaria com os problemas de nossa sociedade, teceremos algumas considerações.

A Fundação São João de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência Social tem como finalidade, basicamente, caráter assistencial e beneficente, sempre, com preferência aos Irmãos:

·ações que beneficiem a Comunidade Maçônica e em geral, desenvolvendo projetos, apoiando os já existentes e novos, conforme critérios normais de aprovação;

·ações para arrecadar brinquedos, roupas, alimentos não-perecíveis, prestando auxílio a creches, asilos e famílias carentes;

·realizações de convênios e parcerias, para desenvolver projetos, promovendo programas de saúde e bem-estar social, bem como ensino e aprendizagem;

·prestação de consultorias, assessorias técnicas e científicas, formando recursos financeiros e humanos, com o objetivo de auxiliar entidades e organizações carentes.

A nossa realidade tem mostrado a carência de nosso povo maçônico em vários segmentos de vida, bem como a ineficiência do Estado Brasileiro no atendimento às necessidades básicas de todo cidadão. Esta situação proporcionou a abertura de uma nova atitude e maneira de proceder, de um novo modelo de gestão, denominado fundação, onde vamos priorizar ações, que visem, diretamente, a beneficiar aos Irmãos das 3 Potências, GORGS, GLMERGS e GOB-RS, concentrando esforços voluntários, integrando ações e, fundamentalmente, criando uma população com escala representativa, de forma que se obtenham, sempre, prioritariamente, ganhos para todos os Irmãos, iniciando na área de saúde (atendimento médico e odontológico), dando mais opções a Irmãos e familiares.

Cliquem no endereço abaixo e saibam mais sobre a Fundação São João: http://www.fundacaosaojoao.com.br

A Fundação Hermon é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, instituída em 21 de abril de 2001, pela Grande Loja de Santa Catarina, Grande Oriente de Santa Catarina e Grande Oriente do Estado de Santa Catarina; é composta de 150 unidades, presentes em mais de 50 municípios catarinenses, potencializando a participação de aproximadamente 4.000 associados voluntários, para atuar com ênfase nas áreas da educação, saúde e assistência social, propiciando melhor condição de vida à sociedade catarinense

pelo desenvolvimento de ações, tendentes a transformá-la para melhor, através da qualidade, transparência e

eficiência administrativa.

A A Comunidade Terapêutica Fundação Hermon dedica-se à recuperação de toxicômanos e alcoólatras, através de grupos de apoio e

de residência integral, buscando sua recuperação e posterior

reinserção social.

Visando a recuperação desses

dependentes químicos, a Fundação utiliza-se de

profissionais responsáveis e técnicas de Terapia Ocupacional e Laborterapia, pelos quais os

internos são instruídos, participando de técnicas de

produção de mudas de essências florestais,

nativas e exóticas, hortifrutigranjeiros, educação ambiental, oficinas terapêuticas, acompanhamento espiritual, psicológico e social.

Para saber mais sobre a Fundação Hermon, cliquem no endereço, abaixo: http://www.comunidadehermon.com.br/fundacao.html

Somente seremos fortes se estivermos unidos! Até

porque, solidariedade é fundamental!

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DestaquesDestaques____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O Discurso de Ledo e o Dia do MaçomO Discurso de Ledo e o Dia do MaçomFrancisco Feitosa

baixo, transcrevemos o famoso e eloqüente discurso do Irmão Joaquim Gonçalves Ledo,

realizado na 14ª Sessão – Assembléia do GOB, no 20° dia do 6° mês, quando, na oportunidade, como Primeiro Grande Vigilante, exerceu mais uma vez o Grão-Mestrado no impedimento do Grão-Mestre José Bonifácio.

AA

“SENHOR! A natureza, a razão e a humanidade, esse feixe indissolúvel e sagrado, que nenhuma força humana pode quebrar, gravaram, no coração do homem, uma propensão irresistível para, por todos os meios e com todas as forças em todas as épocas e em todos os lugares, buscarem ou melhorarem o seu bem-estar. Este principio tão santo como a sua origem, e de centuplicada força, quando aplicado às nações, era de sobra para o Brasil, essa porção preciosa do globo habitado, não aceder à inerte expectação de sua futura sorte, tal qual fosse decretada longe de seus lugares e no meio de uma potência (Portugal), que deveria reconhecer inimiga de sua glória, zelosa de sua grandeza, e que bastante deixava ver, pelo seu Manifesto às nações, que queria firmar a sua ressurreição política sobre a morte do nascente Império Luso-Brasileiro, pois baseava as razões de sua decadência sobre a elevação gloriosa desse filho da América – o Brasil.

Se, a esta tão óbvia e justa consideração, quisesse juntar a sua dolorosa experiência de trezentos e oito anos, em que o Brasil só existira para Portugal, para pagar tributos, que motivos não encontraria na cadeia tenebrosa de seus males, para chamar a atenção e vigilância de todos os seus filhos a usar da soberania, que lhe compete, e dos mesmos direitos, de que usara Portugal, e por si mesmo tratar de sua existência e representação política, da sua prosperidade e da sua constituição? Sim, o Brasil podia dizer a Portugal: “Desde que o sol abriu o seu túmulo e dele me fez saltar, para apresentar-se ao ditoso Cabral a minha fertilidade, a minha riqueza, a minha prosperidade, tudo te sacrifiquei, tudo te dei, e tu que me deste? Escravidão e só escravidão. Cavavam o seio das montanhas, penetravam o centro do meu solo, para te mandarem o ouro, com que pagavas às nações estrangeiras a tua conservação, e as obras, com que decoras a tua majestosa capital; e tu, quando a sôfrega ambição devorou os tesouros, que, sob mão, achavam-se nos meus terrenos, quiseste impor-me o mais odioso dos tributos, a “capitação”. Mudavam o curso dos meus caudalosos rios, para arrancarem de seus leitos os diamantes que brilham na coroa do monarca; despiam as minhas florestas, para enriquecerem a tua grandeza, que, todavia, deixava cair das enfraquecidas mãos ... E tu que deste? Opressão e vilipêndio! Mandavas queimar os filatórios e teares, onde minha nascente indústria beneficiava o algodão, para vestir os meus filhos; negavas-me a luz das ciências, para que não pudesse conhecer os meus direitos nem figurar entre os povos cultos; acanhavas a

minha indústria, para me conservares na mais triste dependência da tua; desejavas, até, diminuir as fontes da minha natural grandeza e não querias que eu conhecesse o Universo, senão o pequeno terreno, que tu ocupas. Eu acolhi no meu seio os teus filhos, a cuja existência doirava, e tu me mandavas em paga tiranos indomáveis, que me laceravam.

Agora, é tempo de reempossar-me de minha Liberdade; basta de oferecer-me em sacrifício às tuas interessadas vistas. Assaz te conheci, demasiado te servi... – os povos não são propriedade de ninguém.

Talvez, o Congresso de Lisboa, no devaneio de sua fúria (e será uma nova inconseqüência), dê o nome rebelião

ao passo heróico das províncias do Brasil à reassunção de sua soberania desprezada; mas, se o fizer, deverá, primeiro, declarar rebelde a Razão, que prescreve aos homens não se deixarem esmagar pelos outros homens, deverá declarar rebelde a Natureza, que ensinou aos filhos a se separarem dos seus pais, quando tocam a época de sua virilidade; é mister declarar rebelde a Justiça, que não autoriza usurpação, nem perfídias; é mister declarar rebelde o próprio Portugal, que encetou a marcha de sua monarquia, separando-se de Castela; é mister declarar-se rebelde a si mesmo (esse Congresso), porque, se a força irresistível das coisas prometia a futura desunião dos dois Reinos, os seus procedimentos aceleraram essa época, sem dúvida fatal para outra parte da nação que se queira engrandecer.

O Brasil, elevado à categoria de Reino, reconhecido por todas as potências e com todas as formalidades, que fazem o direito público na Europa,

tem inquestionavelmente jus de reempossar-se da porção de soberania que lhe compete, porque o estabelecimento da ordem constitucional é negócio privativo de cada povo.

A independência, Senhor, no sentido dos mais abalizados políticos, é inata nas colônias, como a separação das famílias o é na Humanidade.

A natureza não formou satélites maiores que os seus planetas. A América deve pertencer à America, e Europa a Europa, porque não debalde o Grande Arquiteto do Universo meteu entre elas o espaço imenso que as separa. O momento, para estabelecer-se um perdurável sistema e ligar todas as partes do nosso grande todo, é este...

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O Brasil, no meio das nações independentes, e que falam com exemplo de felicidade, não pode conservar-se colonialmente sujeito a uma nação remota e pequena, sem forças para defendê-lo e, ainda, para conquistá-lo. As nações do Universo têm os olhos sobre nós, brasileiros, e sobre ti, Príncipe !

Cumpre aparecer entre elas como rebeldes, ou como homens livres e dignos de o ser. Tu já conheces os bens e os males que te esperam e à tua posteridade. Queres ou não queres?

Resolve, Senhor!”

Cabe salientar que as datas, em que foram realizadas as Sessões do GOB, em seus primórdios, vêm criando inúmeras confusões graças à falsa interpretação do Barão do Rio Branco, em notas de “História da Independência do Brasil”, de Varnhagen, copiando Manoel Joaquim de Menezes, em um erro largamente divulgado, através de diversos compiladores, o que gerou inúmeras controvérsias, inclusive, sobre a data de fundação do GOB, devido à confusão do calendário, utilizado na época: o hebraico (iniciado em 21 de março), utilizado pelo Rito Adonhiramita, ou o antigo romano (iniciado em 1º de março), utilizado pelo Rito Moderno.

Enfim, essa situação poderá ser bem elucidada através do livro “História do Grande Oriente do Brasil – A Maçonaria na História do Brasil”, de autoria do historiador maçônico José Castellani, editado pelo próprio GOB. Castellani se baseou em documentação do GOB, que poderá ser acessada na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, com o título: “Documentos para a História da Independência”, volume I, onde, no capítulo referente à Maçonaria e à Independência, consta a certidão das Atas das Sessões do Grande Oriente, em 1822.

Além disso, existe outro documento oficial do GOB, na forma de Ato exarado, emitido em 1922, por ocasião do centenário de sua criação.

A data, em que foi proferido esse fervoroso discurso de Ledo, foi sugerida e aprovada como o Dia do Maçom, na 5ª Reunião da CMSB, realizada em Belém, PA, em 1957, por sugestão da GLMMG, baseando-se na falsa interpretação do Barão do Rio Branco. Por isso, comemoramos o Dia do Maçom em 20 de agosto, quando, na verdade, esse discurso foi proferido no 20º dia do 6º mês (Elul), o que nos remete à data de 09 de setembro.

Como o objetivo de nossa Revista é tratar a Cultura com a seriedade, que ela merece, estamos apresentando esse tema com equilíbrio e ressaltando que a veracidade dos fatos não tira, de jeito e maneira, nosso direito de comemorarmos o dia 20 de agosto como o Dia do Maçom.

Em verdade, esse dia deve ser comemorado pelos verdadeiros Maçons todos os dias, através de uma postura altruística, a exemplo de nossos Irmãos do passado que se souberam impor e derrubar as Bastilhas, assoladoras da sociedade brasileira.

Muitas Bastilhas, ainda, existem, e precisamos, urgentemente, derrubá-las. Ressuscitemos nosso saudoso Irmão Ledo dentro de nós, através de uma conduta digna de um verdadeiro Maçom. A sociedade exige uma Maçonaria mais atuante. Por que não quebrarmos essa quase inércia desde já, aproveitando esse ano eleitoral?

Feliz Dia do Maçom!* O texto do discurso proferido por Joaquim Gonçalves Ledo nos foi, gentilmente, cedido pelo Valoroso Irmão Fernando Colacioppo (Coordenador da

Rede Colméia).

Os Grandes IniciadosOs Grandes Iniciados__________________________________________________________________________________________________________________________

PitágorasPitágorasFrancisco Feitosa

"Com ordem e com tempo, encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem."

Coluna “Os Grandes Iniciados” apresenta mais um Mestre de Sabedoria que iluminou o mundo

com seus excelsos ensinamentos, sendo, até hoje, um Farol a guiar os passos da humanidade. Através de um trabalho de compilação, apresentamos a Vida e Obra de Pitágoras.

AA

A Escola Itálica compreende o mais importante e, ao mesmo tempo, o mais obscuro movimento filosófico na Grécia, anterior a Sócrates. A filosofia emigra das costas da Jônia para a Itália e Cecília, ali constituindo a Escola Itálica, conforme a chamou Aristóteles.

O seu fundador foi Pitágoras cujo nome significa o Anunciador Pítico (Pythios), talvez, a mais incompreendida figura da antigüidade clássica; nasceu em Samos, por volta de 580 a.C., e era filho de Mnesarcos, rico comerciante, e de uma mulher, chamada Parthemis ou Pythaia.

A Pitonisa de Delfos, consultada quando os recém-casados estavam viajando, lhes prometera um "filho, que seria útil a todos os homens e em todos os tempos". Quando completou um ano, sua mãe, a conselho dos sacerdotes de Delfos, levou-o ao Templo de Adonai, no Vale do Líbano, onde

foi abençoado pelo Sumo Sacerdote.Desde cedo, revelou tendência acentuada para os mais

árduos estudos, discutindo com os Sacerdotes de Samos e com os filósofos da Jônia.

Aos 18 anos, era discípulo de Hermodamas de Samos; aos 20, do grande

Pericydes, que, segundo Cícero, foi o primeiro filósofo grego a afirmar a

imortalidade da alma; discutira até com Thales e Anaximandro, em Mileto.

Embora todos esses Mestres lhe tenham aberto novos horizontes para os estudos,

nenhum o satisfazia inteiramente.Sabe-se que o hierofante Adonai

aconselhou-o a ir ao Egito, recomendado-o ao faraó Amom, onde, afirma-se, foi iniciado nos mistérios egípcios, nos santuários de Mênfis, Dióspolis e Heliópolis, por cerca de 22 anos. Afirma-se, ademais, que realizou um retiro no Monte Carmelo e na Caldéia, quando foi feito prisioneiro pelas tropas de Cambísis, tendo sido, daí, conduzido para a Babilônia. Em sua viagem a essa metrópole da Antiguidade, conheceu o

pensamento das antigas religiões do Oriente e freqüentou as aulas, ministradas por famosos mestres de então.

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Viajou muito, para estudar em vários centros iniciáticos do Egito, Babilônia, Pérsia e Índia, sendo, ainda hoje, conhecido neste último país com o nome de Yavanacharya. Regressou finalmente a sua Ilha natal, abandonando-a depois, para instalar-se na Itália Meridional, onde encontrou clima favorável para as reformas que pretendia introduzir.

Durante o período em que viveu em Samos, o tirano Polícrates assumiu o governo da cidade, o que obrigou Pitágoras a emigrar para a colônia grega de Crotona, onde fundou uma escola filosófica-religiosa, da qual podiam participar homens e mulheres. Antes de sua localização na Magna Grécia, relata-se que esteve em contato com os órficos, já em decadência, no Peloponeso, tendo, então, conhecido a famosa sacerdotiza Teocléia de Delfos.

Pitágoras era, então, possuidor de todas as ciências profanas e sagradas. Era um eminente matemático, autor de importantíssimas descobertas astronômicas e criador da acústica.

Conhecia toda a filosofia, todos os cânones da poesia. Por outro lado, iniciou-se em todos os mistérios antigos, conhecia todos os arcanos, que eles zelosamente guardavam. Entretanto, como relata Cícero, chamava-se a si próprio de "filósofo" (amigo da sabedoria), repudiando o termo sábio.

Os iniciantes à Iniciação Pitagórica passavam por um estágio de dois a cinco anos, o estágio da preparação - Paraskeué. O discípulo, denominado “Acustecói”, devia render culto aos deuses e aos Espíritos Superiores, aprendendo a amar uma Lei Divina, que a tudo e a todos regia.

Durante esse período, devia o discípulo observar em silêncio absoluto, para que os turbilhões mentais serenassem e ele pudesse, então, ver refletida em sua mente a luz puríssima da verdade. O aspirante devia possuir as 10 virtudes Pitagóricas, que correspondiam às que Manu prescrevera na Índia e, também, às Paramithas Budistas.

O segundo estágio era o da purificação - Katarsis. O discípulo devia praticar uma higiene muito rigorosa e uma ginástica racional, para que pudesse desenvolver-se harmoniosamente, pois a Taça Sagrada, que contém o Espírito, deve ser absolutamente pura, imaculada e suficientemente rija, para que possa conter, durante todo o tempo necessário, a evolução. "O corpo é uma tumba", diziam os pitagóricos; "deve ser superado, mas não deve ser perdido".

A alimentação devia constar, apenas, de comidas puras e, por isso, a carne, saturada de animalidade, devia ser rejeitada. Aprendia a ser tolerante, sincero, nobre de sentimentos e de aspirações. A música e a matemática ocupavam, também, um lugar preponderante. Pitágoras cultivava ardorosamente a música, que dizia ter a propriedade de excitar ou acalmar as paixões. Descobriu que a altura dos sons obedecia a regras numéricas. A essência do mundo - concluiu - não era, pois, nenhum elemento, mas um Número, uma Lei.

O discípulo, até então, ainda, não vira Pitágoras, pois

este só falava àqueles que estivessem preparados para receber seus ensinamentos. Só então, é que ele recebia da boca de Pitágoras a doutrina áurea da Verdade. Pitágoras falava da Causa sem Causa, da qual tudo emanou - o Um e o Todo. "O corpo de Deus" - dizia - "é da substância da Luz". Afirmava que duas coisas fizera o Criador à sua Imagem e Semelhança: o Sistema Cósmico, com seus inúmeros sóis, luas e planetas, e o Homem, em cuja natureza existia todo o Universo em miniatura.

Ensinava, ainda, que a vida humana era, apenas, um elo de uma cadeia quase infinita de vidas, através das quais vai

a alma obtendo as experiências de que necessita, para regressar à Unidade de onde brotou. O homem bom colhe frutos bons; o mau semeador não pode esperar senão por uma má colheita. Aprendia, também, a conhecer os Números, que, para Pitágoras, constituíam a própria essência das coisas.

A matemática, que estudava, era a geometria dos números; o Um é o ponto; o dois, a linha; o três, a superfície; o quatro, o corpo sólido. O número 10, soma dos quatro primeiros, é o número chave e constitui a famosa TETRACTIS. Também, para os Cabalistas, o número 10 revestir-se-ia de uma importância extraordinária, sendo, para eles, considerado o número perfeito; as 10 Sephirots são as dez emanações da Suprema Deidade.

Com os números, relaciona-se a teoria da música, que se fundamenta na medida dos intervalos. No Cosmos, cada astro dá uma nota, e o conjunto constitui a harmonia das esferas, a música celestial, que não ouvimos, por ser constante.

As descobertas matemáticas dos pitagóricos eram secretíssimas, e, severamente, punido o discípulo que as revelasse. Muito adiantadas as suas concepções astronômicas, conhecendo, já, a rotação da Terra.

O terceiro grau do discípulo pitagórico era o da perfeição - Teleiótes. Os mais profundos conhecimentos ocultos eram, então, revelados aos já discípulos aceitos que, tendo aprendido, deviam, agora, ensinar. Era preciso que fossem, então, pelo mundo afora, para espalhar, por toda a humanidade, os fertilizantes raios da virtude e da justiça.

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Estudava-se cosmogonia e psicologia esotéricas, que tocavam os mais profundos mistérios da vida e os segredos perigosos das ciências e das artes ocultas.

A última etapa era a “Epifania”, estado no qual o Iniciado, tendo unido sua alma a Deus, contempla a Verdade Integral. Nesse grau, Pitágoras contentava-se em ensinar aos seus fiéis a aplicação da doutrina:

“A origem do bem e do mal é mistério incompreensível para quem não se importa com o fim das coisas”.

“A liberdade não existe para os escravos das próprias paixões, para os que não crêem em deus e para os que a vida é apenas um clarão no meio de dois nadas”.

“Os Versos Dourados”, de Lisis, ressaltam a essência do sistema pitagórico, repleto de ética científica, capaz de formar uma sociedade de homens corretos, tão adaptáveis à religião da ciência quanto à ciência da religião.

A filosofia de Pitágoras e todo o movimento, criado a partir de seus ensinamentos, deram a base de uma ciência total,

de natureza holística, na qual o conhecimento estava integrado em um conjunto de princípios éticos, metafísicos e religiosos. Este conhecimento tinha, ainda, uma função gnosialógica (ação em busca do conhecimento, da sabedoria) e existencial, tendo influenciado o desenvolvimento de toda a filosofia posterior, particularmente, o pensamento de Platão, os humanistas do Renascimento, Paracelso e os alquimistas.

O seu famoso Instituto foi, finalmente, destruído em seu incêndio; segundo uns, pereceu Pitágoras, junto com os seus mais amados discípulos, enquanto outros afirmam que conseguiu fugir, tomando um rumo, que permaneceu ignorado.

Segundo as melhores fontes, Pitágoras deve ter falecido entre 510 e 480. A sociedade pitagórica continuou após a sua morte, tendo desaparecido quando do famoso massacre de Metaponto, depois da derrota da liga crotoniata.

*Compilação de várias fontes, incluindo as Revistas Dhâranâ e Aquarius, órgãos de divulgação da

Sociedade Brasileira de Eubiose.

Ritos MaçônicosRitos Maçônicos__________________________________________________________________________________________________________________________________________

Rito Escocês Antigo e Aceito – Parte IRito Escocês Antigo e Aceito – Parte IIIAilton Pinto de Trindade Branco

nome Rito Escocês Antigo e Aceito foi anunciado para o mundo maçônico após a criação do primeiro

Supremo Conselho em Charleston, Estados Unidos, em 31 de maio de 1801.

OOEm 4 de dezembro de 1802, uma Circular levou ao

conhecimento dos maçons, principalmente europeus, a criação do Conselho-Mãe em Charleston, na Carolina do Sul, denominado Supremo Conselho dos Soberanos Grandes Inspetores Gerais, 33º, e último Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Antes de 1801, fora fundado pelo Conde de Grasse-Tilly um Supremo Conselho nas Índias Ocidentais Francesas, com 33 graus. Entretanto, esse Supremo Conselho foi ignorado e abafado pelo Supremo Conselho Norte-Americano, que conseguiu fazer-se constar como o Supremo Conselho-Mãe do Mundo.

Nos três primeiros anos de vida do Supremo Conselho Norte-Americano, o Rito Escocês Antigo e Aceito permaneceu sem ritual próprio. Os Altos Graus funcionaram com os Graus de Perfeição do Rito de Heredom, acrescentados dos oito novos graus, que totalizavam os 33. Os novos graus não eram iniciáticos e ganharam conteúdo mais administrativo que litúrgico. Os Graus Simbólicos, na época, conhecidos como Maçonaria Azul, foram os da ritualística norte-americana.

O segundo Supremo Conselho criado foi o da França, em 1804, quando, também, foi confeccionado o primeiro ritual dos graus simbólicos do Rito, o “Guide des Maçons Écossais”. Foi idealizado pelos maçons franceses, apelidados de “escoceses”, que fundaram, nesse mesmo ano, 1804, uma nova Obediência Maçônica em Paris: a “Grande Loja Geral Escocesa”, mais uma Loja-Mãe do Rito Antigo Aceito, um modelo ritualístico, recebido dos maçons integrantes da

Grande Loja dos “Antigos” de Londres. A Grande Loja Geral Escocesa de Paris uniu particularidades do Rito Antigo Aceito, de origem operativa, praticado na Escócia, com a natureza hebraica do Rito de Perfeição, e organizou um ritual para os graus ditos simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Assim como, no presente, associa-se naturalmente Supremo Conselho com Rito Escocês Antigo e Aceito, pode-se considerar a mesma associação no passado, entre Maçonaria Azul e as Lojas-Mãe Escocesas. Na França, a primeira Loja-Mãe Escocesa foi a de Marselha, criada em 1751, coincidindo com a fundação da segunda Grande Loja, em Londres, que se declarou dos “Antigos Maçons”. A segunda Loja-Mãe, na França, foi a de Avinhão, e a terceira, a Grande Loja Geral Escocesa, já referida, criada em Paris, em 1804, para organizar o ritual que serviu para os três graus básicos dos 33, da vertente latina do Rito Escocês Antigo e Aceito.

O Supremo Conselho, fundado em 1801, nos Estados Unidos, veio para organizar a maçonaria, praticada nos chamados Altos Graus, entre os quais estavam os do Rito de Heredom, criado a partir de 1758 e usado como referência para a criação do Rito Escocês Antigo e Aceito. O novo Rito

se constituiu literalmente de 33 graus. Na prática, dos 33 graus, o Supremo Conselho de Charleston interessou-se em comandar do 4 ao 33, não se envolvendo com os três primeiros, para evitar conflito com a Maçonaria Norte-Americana das Lojas Azuis. Desistiu de qualquer tipo de ingerência nos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre do Rito Escocês Antigo e Aceito. E, com essa mesma concepção, o Rito chegou a França, em 1804, através do Supremo Conselho, fundado em Paris, dentro do Grande Oriente de França, que tinha o Rito Moderno, ou Francês, como oficial.

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Inicialmente, o Supremo Conselho da França manteve o mesmo modelo de seu precursor americano: deixou os graus simbólicos para a Grande Loja Geral Escocesa, criada, também, em 1804, para organizar os graus simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito, que funcionou, ao exemplo do Supremo Conselho, dentro do Grande Oriente da França. A partir de 1816, com o desaparecimento da Grande Loja Geral Escocesa, o Grande Oriente assumiu as atribuições do simbolismo escocês antigo na França e, ao fazê-lo, diminuiu a autoridade do Supremo Conselho sobre o número de graus, criando, sob sua jurisdição, as Lojas Capitulares, que trabalham dos graus 1º ao 18º, do Rito Escocês Antigo e Aceito. Nessa ocasião, lançou um novo ritual para as Lojas Capitulares, em 1820, implantando diversas alterações no ritual de 1804.

O ritual de 1804, em linhas gerais, reproduz os procedimentos praticados pelos maçons da Grande Loja dos “antigos” de Londres. Algumas diferenças foram inevitáveis, para conciliarem a ritualística da Maçonaria Azul dos “antigos” com o simbolismo fundamental dos Altos Graus. Por isso, o Primeiro Vigilante foi deslocado do centro do Ocidente, em frente ao Venerável Mestre, para junto da Coluna do Norte, e o Segundo Vigilante trazido do meio da Coluna do Sul, para a ponta da mesma Coluna, ambos, lado a lado, no Ocidente. A nova distribuição das Luzes no Templo compatibilizou-as com a encontrada nos graus acima do 3, os Graus de Perfeição, recolhidos do Rito de Heredom.

A idéia de um rito maçônico, originário do movimento de criação dos Supremos Conselhos a partir dos Estados Unidos da América, que ganhou o nome de Rito Escocês Antigo e Aceito, se apoiou na certeza de que o importante, no arcabouço do Rito, seriam os Altos Graus. A Maçonaria Azul teria o papel, apenas, de base do edifício, servindo de arregimentadora de pretendentes. O primeiro Supremo Conselho concebeu o Rito com 33 graus, mas deu aos três primeiros importância mínima, não lhes revestindo da roupagem própria do escocesismo. Aproveitou o que já existia no país e, sobre eles, montou a estrutura principal do 4º ao 33º. Presentemente, considera-se que essa foi a vertente anglo-saxã do Rito Escocês Antigo e Aceito, que permanece sem rituais próprios para Aprendiz, Companheiro e Mestre. Nos Estados Unidos, o Rito existe do grau 4º para cima. Não há Loja especializada em trabalhos simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito.

A existência de duas influências ritualístico-institucionais foi materializada após a chegada do Rito a França. Até 1813, as Lojas-Mãe Escocesas lideraram a Maçonaria Azul na França e mantiveram a ritualística sem alterações. A fusão das duas Grandes Lojas inglesas, a dos “modernos” e a dos “antigos”, na atual Grande Loja Unida da Inglaterra, enfraqueceu a posição das Obediências, que preservavam a ritualística dos “antigos”, como foi o caso das

Lojas-Mãe Escocesas, que desapareceram nos anos seguintes. Quando o Grande Oriente da França assumiu os Graus Simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito e criou as Lojas Capitulares, estabeleceu um segundo modelo de funcionamento e jurisdição para o Rito. Os Altos Graus se constituíram do 19º ao 33º sob a hegemonia do Supremo Conselho, e os graus abaixo desses ficaram sob a autoridade do Grande Oriente. As divergências entre o Supremo Conselho da

França, de um lado, e os Supremos Conselhos dos Estados Unidos e da Inglaterra, de outro, dividiram o Rito Escocês Antigo e Aceito em duas vertentes: uma ortodoxa, a anglo-saxônica, outra heterodoxa, latina, ou francesa. Foram alterados alguns procedimentos ritualísticos, símbolos e até a concepção interna do Templo. Uma das principais modificações foi a implantação de um desnível, que passou a caracterizar o Oriente como uma região geográfica delimitada, e não mais constituída, apenas, pelo Venerável Mestre. A cor igualmente foi trocada. O azul da Maçonaria Azul cedeu lugar para o vermelho do Grau Rosa-Cruz, o mais elevado da Loja Capitular, e os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre passaram a fazer parte de uma denominação nova: o Simbolismo, que recebeu o vermelho. O Simbolismo substituiu a Maçonaria Azul. Assim se formou a vertente latina do Rito Escocês Antigo e Aceito. Mais tarde, os Supremos Conselhos do

mundo inteiro reivindicaram o retorno para o sistema inicial, ou seja, com poderes sobre o conjunto de graus, a partir do 4º e se estendendo até o 33º, ocasionando o desmantelamento das Lojas Capitulares. No entanto, as cores permaneceram as duas, dependendo da vertente e da ritualística, também, pois o simbolismo da vertente latina é diferente da vertente anglo-

saxã.

““O discípulo evolui por seus próprios méritos, O discípulo evolui por seus próprios méritos, e a si mesmo transformando, transforma o mundo.”e a si mesmo transformando, transforma o mundo.”

Professor Henrique José de Souza

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TrabalhosTrabalhos____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Especulação e SimbolismoEspeculação e SimbolismoFrancisco de Assis de Góis

egundo William Preston, a Maçonaria Especulativa compreende a ordem oculta do Universo e das coisas

secretas, tanto terrenas como celestiais, e, mais particularmente, aquelas de natureza espiritual e intelectual.

SS

A Maçonaria Operativa direcionou nossos trabalhos à perfeição, enquanto a Especulativa nos remete à felicidade. Uma nos direcionou ao discernimento e ao uso dos dons da Natureza, enquanto a outra nos possibilita investigar a ordem e o sistema do Universo, adaptando às suas regras as nossas idéias e conceitos de justiça, o único meio pelo qual o homem pode viver em paz, com conforto e felicidade, no mundo.

Conseguir um progresso diário na Maçonaria é um dever, que cabe a cada um dos membros dessa Sociedade, e isso é algo, expressamente exigido em nossas leis. Que propósito pode ser mais nobre que a busca da virtude? Qual motivo pode ser mais atraente do que a prática da justiça? Qual instrução pode ser mais benéfica do que uma acurada elucidação dos mistérios simbólicos, que proliferam e enfeitam a mente humana?

Tudo aquilo que os olhos alcançam, mais rapidamente, desperta a atenção e grava, na memória, aquelas circunstâncias, que vêm acompanhadas de sérias verdades. Assim, os maçons adotaram, universalmente, o método de inculcar os princípios de sua Ordem por meio de emblemas e alegorias. Essa prática conseguiu evitar que seus mistérios chegassem ao alcance de todo noviço desatento e despreparado, de quem eles poderiam não receber a devida atenção.

Em seu livro "Uma Interpretação de Nossos Símbolos Maçônicos", J. S. M. Ward escreve:

“Podemos sair da Loja e, ao apreciarmos a natureza, perceber que tudo que nos cerca é algo que Deus está a nos ensinar por intermédio de símbolos e alegorias. O Sol, que se eleva no firmamento, não é uma nítida imagem de sua glória? Ele ilustra o seu poder criativo, e, em seu nascente e seu poente, está uma alegoria de nossa existência: a vida e a morte e, mais ainda, a ressurreição. A semente, plantada no solo, nos mostra uma mesma mensagem, e até o mais humilde dos animais, no campo, pode nos ensinar importantes lições”.

Todas as leis da natureza são as suas leis, e, quanto mais as estudamos, mais compreendemos não se tratar de um mero resultado do acaso, mas a prova de um profundo e abrangente Intelecto, a cujo lado o intelecto do mais sábio dos homens não passa de brincadeira de criança.

Seguramente, um dos principais objetivos de nossa vida na Terra é o de podermos tentar compreender, embora de forma tênue, o significado de Seus grandes símbolos.

Assim, existe um profundo significado na injunção incumbida a cada maçom: "fazer avanços diários no conhecimento maçônico".

Isso equivale a dizer que é o nosso dever estudar e aprender a interpretar o significado de nossos Símbolos e Alegorias, pois, assim, estaremos mais aptos a interpretar a grande alegoria da Natureza.

Não devemos esquecer que, na composição da Maçonaria, muitas diferentes tradições e linhas de ensinamento se misturaram no decorrer das gerações; e, assim sendo, é possível que um homem exponha uma linha de

interpretação, e outro tenha uma visão um pouco diferente. É possível que ambos estejam certos e tudo tenha acontecido pelo fato de que um se tenha concentrado num aspecto e o outro, num segundo, sendo ambos verdadeiros.

No entanto, há algo que devemos ter sempre em mente, ao estudarmos o significado e a origem de todos os costumes, práticas ritualísticas e símbolos: com o passar do tempo, os homens são capazes de esquecer a verdadeira origem e significado, passando a inventar novas e ingênuas explicações. Eles criam novas lendas ao redor de antigos costumes e tradições, ou as importam de alguma outra escola de credo. Esse tipo de tendência pode ser observado de muitas formas na Maçonaria.

Mais de um significado está oculto por trás de nossos silenciosos emblemas, e, normalmente, a aparente explicação, dada no cerimonial, não é nem o significado original, nem o

profundo, a ele agregado.

Trechos da obra "Leaves from Georgia Masonary" se referem à questão geral acerca dos simbolismos e da especulação:

“O simbolismo é a chave de todos os mistérios, de todas as religiões, modernas e antigas e de todo conhecimento esotérico. Sem uma compreensão do significado dos símbolos, jamais, conseguiremos apreciar a beleza da vida, ou entender aquilo que a nossa fé nos procura ensinar. Porém, assim que o conhecimento dos símbolos nos começa a chegar, cada vez mais, tornamo-nos livres e iniciados”.

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“Palavras são inadequadas para transportar ou transmitir as verdades espirituais, pois todas elas têm origem material e, conseqüentemente, um significado material. A Maçonaria não emprega palavras para transmitir as mais profundas verdades espirituais, ela utiliza símbolos. Geralmente, são simples figuras cujos inícios se ocultam no passado místico e cujos primeiros usuários são desconhecidos”.

“Estude seriamente os símbolos da Maçonaria e escave fundo no entulho do Templo, para encontrar as grandes verdades ali enterradas, pois os resultados recompensarão essas buscas. Porém, o estudo dos símbolos, sem a aplicação prática na vida, não passará de um mero exercício intelectual, e, se você tentar, simplesmente, entendê-lo, sem vivenciá-lo, o resultado será mais problemas do que proveitos”.

“Tão logo tenha aprendido o significado de um símbolo, torne-o parte de sua vida, sorva-o como a água da mais pura das fontes, alimente sua alma com ele, faça com que ele seja um dos guias do seu coração. Assim você estará crescendo em conhecimento, enquanto a sua alma se elevará ainda mais, chegando mais próximo das estrelas e da sabedoria divina que eles encerram”.

A sabedoria é um crescimento da alma, e esta recompensa não pode ser adquirida senão pelo igual valor em sacrifício. Cada vez que você progride, se sentirá depositando, no altar dos sacrifícios, algo que representou o trabalho de suas mãos e do seu coração, retribuindo, assim, aos seus irmãos e à humanidade os benefícios que recebeu livre e gratuitamente.

O desígnio da Maçonaria é o de tornar o homem mais sábio e melhor, e, conseqüentemente, mais feliz. Ela estabelece, em suas instruções simbólicas, os princípios da moralidade que têm inspirado as vidas verdadeiramente grandiosas. Aquele que observa e cumpre os preceitos maçônicos haverá de encontrar, dentro de si, um certeiro e infalível monitor, no qual poderá, sempre, confiar.

O estudante, que quiser aprender o que são esses princípios, deve estar disposto a vivenciá-los. Como já foi dito, a sabedoria é um crescimento da alma. Os princípios morais de nada valem, até que se tornem vivos e direcionados, pela prática, aos mais profundos recônditos da alma.

A sabedoria é inútil a menos que possa ser posta em prática.

Se você não estiver disposto a vivenciar a sua Maçonaria, não procure conhecer seus sagrados mistérios, pois

esse conhecimento traz em si a responsabilidade do uso e da obediência, e é impossível esquivar-se dessa

responsabilidade.No entanto, a Maçonaria não detém

o monopólio da verdade, e nem toda a sabedoria dos antigos sábios. Na verdade, nem

ela nem qualquer outra organização podem avocar para si o monopólio dessas qualidades.

Essa sabedoria e as grandes verdades da vida estão encerradas dentro de nós, e precisamos

despertá-las. Em cada homem, essas verdades estão ocultas em seu coração, de

forma que, ao se deparar com uma delas, ele não se surpreende, pois parece identificar um antigo e familiar

conhecimento.No entanto, as pessoas não conseguem enxergar essas

verdades, quando levam suas vidas sob falsos padrões ou quando obscurecem o seu julgamento por meio de erros ou vícios.

Elas estão encobertas nas alegorias do mundo e, até mesmo, nos contos de fadas, que contamos às crianças. Porém, as pessoas não conseguem ouvir o significado espiritual, tão simples ao conhecedor, até que seus ouvidos estejam sintonizados com a harmonia do espírito.

Esses segredos de inestimável valor estão, claramente, estampados no Livro da Natureza, aquela prodigiosa Obra, produzida e escrita pelo Próprio Grande Criador, mas que somente os homens de valor têm a capacidade de decifrá-los e

entendê-los.

TrabalhosTrabalhos____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Philotimia e os MaçonsA Philotimia e os MaçonsErnani Souza

hilotimia – do grego: Amor à honra, apreço pela honra, pela dignidade.PP

Honra - do latim: Princípio ético, que leva alguém a ter uma conduta proba, virtuosa, corajosa, e que lhe permite gozar de bom conceito junto à sociedade.

Dignidade - do latim: Qualidade moral, que infunde respeito; consciência do próprio valor; honra, autoridade, nobreza.

De certa forma, conservando o bom senso da

humildade (aquela que abre todas as portas), bem que “Philotimia” poderia ser sinônimo de “Maçom”, considerando sua definição básica: “Ter amor e apreço pela honra e pela dignidade”.

A bem querer, o ideal era todo Maçom ter a “philotimia” (o amor à honra e à dignidade) dentro de si; dessa forma, a ética maçônica seria melhor preservada, e os serviços humanitários e espirituais, prestados à humanidade, seriam de maior eficácia e pureza.

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O objetivo principal do Maçom é melhorar a sociedade em que vive, através de seu bom exemplo; para isso, tem que fazer uso da sua fraternidade, caridade e tolerância pessoal e ensinar a todos “o quão bom e suave é que os irmãos vivam em união”; tem que, em todo momento de sua vida, estar de pé e à ordem, para “levantar templos à virtude e cavar masmorras aos vícios”, objetivando, com isso, combater as distorções de comportamento, prejudiciais à evolução social e comunitária; tem que ser livre e de bons costumes, para melhor difundir seus conhecimentos e seu exemplo, levando meios igualitários de prosperidade para todos; tem que combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros, para glorificar a verdade

e a justiça entre os povos, procurando melhorar a condição de vida humana e espiritual de todo o planeta. Um comportamento philotímico do Maçom, com certeza, certifica e solidifica mais os princípios fundamentais, que perpetuam a existência da Maçonaria em nosso planeta através dos tempos. Todo o Maçom, em qualquer parte do mundo que esteja, tem o dever sagrado de manter e fazer evoluir, em sua alma, o amor à honra e à dignidade (“philotimia”), defender os princípios éticos da Maçonaria e servir de bom exemplo para o aprimoramento social e espiritual da humanidade.

Observando por esse prisma, a “philotimia” e os

Maçons são vinhos do mesmo Graal.

ReflexõesReflexões__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Comece Consigo MesmoComece Consigo Mesmo

s palavras a seguir foram escritas na tumba de um bispo anglicano (1100

d.C.), nas criptas da abadia de Westminster:AA

“Quando era jovem e livre e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em mudar o mundo. Quando fiquei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não mudaria; e assim, reduzi um pouco os limites de meu ideal e decidi mudar, apenas, meu país. Porém este, também, parecia imutável.

À medida que chegava ao crepúsculo,

numa última e desesperada tentativa, procurei mudar, apenas, minha família, aqueles mais próximos a mim, mas, ai de mim, eles não mudaram. E, agora, deitado em meu leito de morte, subitamente percebo:

se eu tivesse, apenas, mudado a mim mesmo primeiro, então, pelo exemplo, eu teria mudado minha família. Com sua inspiração e estímulo, eu poderia ter melhorado meu país e, quem sabe até, ter mudado o mundo”.

* Colaboração do valoroso Irmão Dirceu

Goulart

BoasDicasBoasDicas__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Sites Sites Conheça os sites: www.livrosmaconicos.com - Livros maçônicos e

www.entreirmaos.net - o site da Família Maçônica.

LivrosLivros Indico o livro “Reflexões Maçônicas” de autoria do Irmão Jorge

Tavares Vicente, editado pela editora Marques Saraiva.

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