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Fundada em 24 de fevereiro de 2007 Registro na ABIM 005-JV

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Fundada em 24 de fevereiro de 2007 Registro na ABIM 005-JV

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EditorialEditorial________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

o longo de várias edições, vimos, incessantemente, através de nosso Editorial e de matérias de nossos colaboradores, conclamando os Irmãos quanto a nossa importantíssima responsabilidade diante das urnas, em prol de um Brasil mais

digno. AA

Na verdade muitos preferem abdicar do interesse pela política a assumirem o papel de cidadão, permitindo que outros, mal-intencionados, definam nossa própria sorte, lamentando o futuro das próximas gerações, sem fazerem, sequer, força, para desconfiarem que são os responsáveis, direto, por tal desastre.

Verdadeiros patriotas de Copa do Mundo de Futebol. Que gente é essa?

Modificar a cultura de um povo não é tarefa fácil, principalmente, quando seu problema é “não ter cultura”. A cultura de ler, de votar, de respeitar as pessoas e o meio ambiente, da coletividade, etc.

Mais uma vez, defrontamos com a oportunidade de mudança, através do voto, mas sabemos que sua eficácia é proporcional ao grau de consciência de cada eleitor, daí o desânimo!

A Revista Arte Real, consciente de sua responsabilidade como órgão de divulgação e conscientização, não se omite de sua obrigação junto a nossos leitores, elucidando-os para a dissolução de velhos paradigmas, causados pelas “bastilhas” impostas por uma minoria dominante e mal-intencionada.

O ano de 2008, em si, anuncia seu final e nos leva a refletir o que pudemos ou nos propusemos a fazer em benefício de nosso planeta, que, há muito, agoniza e já dá mostras de sua revolta.

Existe uma passagem bíblica, muito mal-interpretada até os dias de hoje, em que o Mestre Jesus diz que devemos, sempre, oferecer a outra face. O povo, ainda, levado a entender as Santas Escrituras pela letra que mata, e não em suas entrelinhas não consegue perceber que existe a face do Amor e do Rigor. Que se não aprendermos através do amor, teremos que aprender através do rigor, da dor, do sofrimento, pois, queiramos ou não, estamos nesse plano físico para evoluir, em busca do caminho de volta à Casa do Pai!

As previsões e profecias, para os próximos anos, não são as melhores, resultante de um Karma negativo coletivo, que o homem vem construindo ao longo de anos, devido a sua omissão, descaso, ganância, egoísmo. O Império Americano já mostra sinais de sua falência, e as Bolsas de Valores do mundo inteiro começam a entrar em colapso, afetando o mundo globalizado.

É bem possível que a natureza revoltada, como em outras oportunidades, volte a ceifar milhares e milhares de vidas, dizimando civilizações inteiras e modificando a geografia do planeta, para o surgimento de uma Era de Paz e de Harmonia, a tão esperada Idade de Ouro.

Nesta edição, corroborando, em parte, com o que acima abordamos, destacamos a matéria de autoria da escritora Zélia Scorza Pires, intitulada “Nada é por Acaso”, através da qual convido a todos a fazer uma profunda reflexão. Na coluna Trabalhos, apresentamos a matéria “Mistérios de Elêusis” e “A Origem da Palavra Irmão”, de autoria dos valorosos Irmãos Cossão e Valdemar Sansão, respectivamente.

Na coluna Os Grandes Iniciados, a Vida e a Obra de Ramakrishna nos servem como um referencial de humildade e sabedoria. Já, na coluna Reflexões, apresentamos a matéria “Filosofia do Tubarão”, a qual merece uma leitura profundamente meditativa.

Agradecemos as inúmeras manifestações de carinho de nossos leitores, sugerindo, apresentando considerações, criticando, enviando matérias, enfim, contribuindo com o nosso árduo, porém, prazeroso trabalho, junto a esta Revista, em prol da cultura maçônica.

Que possamos, em próximos editoriais, escrever linhas mais animadoras!

Nesta EdiçãoNesta Edição____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Capa – Finados ou Iniciados?.............................................CapaEditorial.....................................................................................2Matéria da Capa - Finados ou Iniciados?..............................3Destaque - Nada é por Acaso.................................................. .4

Informe Cultural – Loja de Pesquisas Quatuor Coronati.........5Os Grandes Iniciados – Sri Ramakrishna...................................6

Ritos Maçônicos – Rituais e Ritos.........................................8Trabalhos – Mistérios de Elêusis.............................................9

- A Origem da Palavra Irmão..............................10Reflexões – Filosofia de Tubarão...........................................12Lançamento – Livro Rito de York ........................................13

Boas Dicas – Sites /Indicação de Livros / Edições Anteriores . .13

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Matéria da CapaMatéria da Capa____________________________________________________________________________________________________________________________________

Finados ou Iniciados?Finados ou Iniciados?“O fim de uma vida é o recomeço para a outra! Kether transmuta Malkuth!”

Leo Cinezi Dia de Finados, que, desde o século XIII, vem sendo pranteado, anualmente, no segundo dia do mês de

novembro, nos faz lembrar aqueles que já se foram deste plano. São os verdadeiros Iniciados na Grande Obra, a fim de darem continuidade à labuta gradativa para o engrandecimento do ser. Engrandecimento mesmo! Pois, como somos corpos, etéreos nessa nova fase, engrandecemo-nos pela união que amalgama todos em uma única forma.

OO

Hoje, não passa de “mais um feriado” no calendário gregoriano. Ou melhor, no calendário mundano ou profissional. A vida, sempre menosprezada, é levada sem muito sentido, mas com foco em aquisições e bens que pertencem a este mundo, e não ao próximo.

Às vezes, pegamo-nos distraído completamente. E, no silêncio da distração, encontramos uma forma de reflexão. É um mergulho no turbulento e profundo oceano da consciência, atingindo, assim, um local inexplorado e que merece atenção.

Em nossa essência, existem todas as informações que almejamos, mas de que nos distanciamos diuturnamente, por vivermos em comunhão, apenas, com o mundo capitalista devastador que se ergue à nossa volta.

Mas... Se temos tudo de que precisamos dentro de nós mesmos, por que não nos aquietamos, deixando de invadir o mundo dos metais?

A vida em sociedade se fez necessária e, desde então, não foi mais, sequer, indagado se a necessidade, em dado momento deveria se expandir para todo o sempre.

Nós, ainda, tentamos, vez por outra, encontrar um refúgio (material, também, né?!?!), para suavizar as nódoas captadas na trilha desta vida. E, com o descanso proporcionado pela data em questão, muitos de nós vão para seus retiros, onde, até, inconscientemente, buscam mais um pouquinho do que já temos: paz.

Finados é um dia de celebração. Não é um dia de tristeza! É uma celebração da vida eterna dos nossos pares

próximos e amados. É um dia de amor. Amor ao próximo! Amor por alguém que nunca nos deixou nem deixará.

É o Dia de Todos os Mortos, pois sucede o Dia de Todos os Santos, dia dos que morreram em estado de graça, e não foram canonizados. É importante citar que foi copiado dos cultos pagãos dos celtas e dos gauleses. A Festa dos Espíritos era celebrada pelos celtas em 1º de novembro. Nessa data, os celtas ofereciam sacrifícios para liberar os espíritos, aprisionados por Samhain, o príncipe das trevas. Hoje é FERIADÃO quando cai perto do fim de semana.

Finados são os novos iniciados na próxima etapa. É somente com essa passagem que poderemos galgar o próximo estágio e, por tal motivo, não devemos temer a

morte. A morte abre mais uma porta. É uma chave mística, que permite adentrarmos outro nível, a fim de redescobrirmos o que nos impulsiona na busca.

Iniciados nessa nova fase, unidos, ou melhor, re-unidos, multiplicamos nosso poder divino, como filhos e herdeiros do Supremo, que somos. O poder será nosso no devido tempo. Aliás, CRONOS, o Tempo, sempre esteve ao nosso lado, e não contra nós. Nós é que nos colocamos contra o tempo, para atendermos alguma pseudo necessidade, que julgamos ser importante para nós.

Mas é isso! Finados, hoje, é um feriado! E, vamos encher nossas rodovias em busca de algo, que encontraríamos

facilmente, deitados na grama do parque perto de casa.

E já que vamos, aproveitemos bem o trânsito e façamos dos momentos em família uma reflexão da VIDA e da MORTE. É uma grande oportunidade para tentarmos uma aproximação mais profunda. Transformemos nossos transtornos em lições e nossas diferenças em singularidades. Cada indivíduo é ÚNICO. Podemos dizer IDIOTA, com conotação grega. E idiota, que somos, vamos tentar nos reencontrar um pouquinho mais.

Desejamos paz no Dia de Finados e que tudo o que for

feito seja motivo de reflexão. Boa viagem! Nos dois sentidos!

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DestaquesDestaques__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nada é por AcasoNada é por AcasoZélia Scorza

s verdadeiros Teósofos, os adeptos do Budismo, do Espiritismo (mais

correto chamar Animismo), e outras religiões e filosofias que adotam as leis de carma e reencarnação, sabem que coisa alguma acontece no mundo por acaso. Nos fatos diários, por mais insignificantes que eles sejam, essas duas sábias leis nunca estão ausentes... Tudo é matematicamente previsto. Olhado por esse ângulo, o sofrimento, nas suas mais variadas formas, talvez, possa ajudar, pelo menos em parte, todo e qualquer ser humano a suportar, com mais resignação, as surpresas desagradáveis que a vida, muitas vezes, apronta-nos.

OO

A Cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, não passa por uma fase boa. No ano passado, graças ao policiamento ostensivo, a cidade vibrou com dois eventos importantes: a eleição do Cristo Redentor, como uma das Sete Maravilhas do Mundo, e os Jogos Pan-Americanos. Confrontos, balas perdidas, tudo, nesses dias festivos, correu sem incidentes graves. Prova de que Deus é brasileiro! É nesse contexto que entra a razão deste nosso comentário, que acreditamos ensine alguma coisa, graças às informações valiosas do Professor Henrique José de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose.

Segundo ele, a “bala perdida” atinge alguém, se o mau carma dessa pessoa a encaminha... Seja carma atual ou de vidas passadas... “A bala numerada ou nomeada”, naquele momento, é a sua correspondente... Esteja tal ser perto ou distante do local, donde ela foi projetada, ou mesmo dentro de sua própria casa...

Cabe, então, a pergunta: que cálculos são esses, que, tão perfeitamente determinados, conduzem o destino da bala? Só pode ser coisa de planos superiores, ou, então, o julgamento imparcial dos Lípikas... O ser atingido, caso não morra na hora, ou venha a morrer dias depois, ou se fica com lesões graves, ou sofre ferimentos leves, ou sai ileso por verdadeiro milagre, nesse último caso, é porque “a vida corrige em tempo...” E, quando isso acontece, o espanto é geral, porque desconhecem que foi a própria Lei da Compensação (a mesma Lei de carma), que “suplantou o valor potencial de seus erros passados”.

Não é fantástico? Quem, senão uma Fonte Superior, para conduzir tão bem um trabalho assim.

Sabemos que nada disso que estamos comentando pode aliviar o coração de quem sofre a perda de um ente querido, tão abruptamente retirado dessa vida. Melhor seria que nada disso acontecesse. Que a cidade fosse tranqüila, como em passado não tão distante, e nós mesmos, em nossa mocidade, dessa paz usufruímos. Seria igualmente bom se cada ser pudesse resgatar suas dívidas cármicas em suaves prestações, o que, muitas vezes, acontece, principalmente, quando a Lei Divina reconhece, no devedor, o seu grande valor e força de vontade para vencer seus próprios erros.

O caso, porém, é que, no final de um grande ciclo planetário, como agora acontece, carma nenhum fica mais pendente... Isso porque a Terra precisa aliviar-se...

Como falávamos, a tranqüilidade, que tomou conta da cidade do Rio de Janeiro naqueles dois eventos, criou alma nova no povo carioca, pelo menos naqueles dias. Povo alegre, que, embora vivendo momentos difíceis, quase que diários, não faz muito tempo, numa pesquisa mundial, foi eleito o mais cordial, alegre e comunicativo do mundo. Infelizmente, porém, a cidade tem um opressivo carma: o vermelho das paixões...

Além disso, em passado remoto, do pétreo Pão de Açúcar, uma terrível vingança se abateu contra dois príncipes fenícios, filhos de Badezir, o rei fenício, que, naquele tempo, governava as terras brasileiras. Séculos após essa terrível vingança, a, então, Cidade do Rio de Janeiro inaugurou uma estátua gigantesca, do Cristo, na corcova de um monte, que, em altura, suplanta a pedra Pão de Açúcar... Até hoje, lá está o Cristo, com os braços abertos, tentando fazer o que pode para salvaguardar a cidade maravilhosa...

Esse carma peculiar, atraído por essa terrível vingança, desde então, fez do Pão de Açúcar um pão salgado... Dessa pedra em forma de cone, inimigos do rei Badezir provocaram a morte, por afogamento, do casal de príncipes, na

Baía de Guanabara... Esse régio casal tinha uma missão divina, criminosamente interrompida... Ficou, então, pairando sobre a cidade, um carma com dia e hora marcado para ocorrer... Em hieróglifos, na Pedra da Gávea, lá está a profética data, já distante no tempo, pois, até hoje, não se consumou. Provavelmente porque o carma pode ter sido adiado, pode ter sido atenuado, como pode ter sido desfeito, e, se a última hipótese aconteceu, resíduos sempre ficam... E, como sempre acontece, se juntam a outros resíduos que se vão formando... Mas o Cristo Redentor, em seu pedestal, continua lá, na corcova do monte, e, embora de pedra, tem sua emanação, pois todos os que o visitam o contemplam com amor, admiração e respeito, e isso, de qualquer forma, é bom para a cidade. Com os braços abertos, Ele prossegue amparando-a, na esperança de um comportamento melhor por parte da população.

Como, por parte das autoridades, nunca houve interesse em evitar a propagação das favelas, estas tomaram conta dos morros, cuja vegetação, antes tão exuberante, era um dos cartões-postais da cidade. A beleza, no entanto, não desapareceu de vez, porque a cidade é cercada de montanhas, quase todas lindas e enigmáticas... Tanto que o conjunto de várias delas, se olhadas da Ilha Rasa, propriedade do Exército, permite ver-se, por inteiro, um Gigante de Pedra, deitado... O “gigante pela própria Natureza”, o “deitado eternamente em berço esplêndido”, do Hino Nacional Brasileiro, teria sido nele inspirado? Esse Gigante de Pedra, o seu nariz (veja o tamanho dele) é a Pedra da Gávea, e os pés... o Pão de Açúcar... Pedra, que, esotericamente, nosso Mestre, o Professor Henrique José de Souza, chama de Pão dos Asuras... E é do alto dos morros, daqueles que se transformaram em favelas, onde a vegetação desapareceu, levando junto o canto dos pássaros, que toda a beleza da cidade pode, também, ser vista. Mas, raízes profundas de um grande mal latente, fazem com que balas perdidas continuem fazendo estragos, com seus

trajetos “numerados carmicamente...”

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Informe CulturalInforme Cultural__________________________________________________________________________________________________________________________________

Loja de Pesquisas Quatuor CororaniLoja de Pesquisas Quatuor CororaniFrancisco Feitosa

cademia Maçônica de Letras, segundo o Dicionário de

Maçonaria, de autoria de Joaquim Gervásio de Figueiredo, significa: “Sociedade civil literária de Maçons, de âmbito nacional, constituída sobre bases democráticas, com a finalidade de incentivar a cultura e letras maçônicas”.

AA

Uma Academia Maçônica ou uma Loja Maçônica de Pesquisas é muito mais que um prédio, onde se reúnem pessoas. É uma Sacrossanta Casa, onde se congregam os pensamentos dos maiores expoentes da cultura de uma sociedade, que, inspirados por seus ilustres patronos e intuídos pelo Grande Arquiteto do Universo criam, ao longo de sua história, um egrégora poderosíssimo, cujas influências interagem positivamente junto ao coletivo humano.

Conscientes dessa assertiva, valorosos Irmãos de Lojas jurisdicionadas à G∴L∴M∴M∴G∴reuniram-se no dia 22 de outubro de 2007, sob a presidência de seu Grão-Mestre, Irmão Antônio José dos Santos, e o resultado dessa reunião foi a criação da Loja Maçônica de Pesquisas “Quatuor Coronati” Pedro Campos de Miranda e a eleição de sua primeira Administração, tendo sido eleito o Ilustre Irmão José Maurício Guimarães como seu primeiro Confrade Presidente.

No dia 08 de novembro de 2007, através do Decreto nº 1.713 daquela Grande Loja, foi realizada a Cerimônia de Instalação e Posse da Administração e dos Membros Efetivos Fundadores.

Na Maçonaria, existem diversas Lojas de Estudos e Pesquisas, sendo a mais antiga a Loja Quatuor Coronati, n.º 2076, da Grande Loja Unida de Inglaterra. O nome “Quatuor Coronati”, escolhido por diversas Lojas no mundo maçônico, é uma justa homenagem aos “Quatro Coroados”, que foram martirizados e considerados santos patronos dos pedreiros em toda a Europa, entre os séculos V e XVI.

Já o de “Pedro Campos de Miranda” é uma homenagem a um valoroso e saudoso Irmão, cujos atributos são: a elevada cultura, a abnegação pelo estudo da filosofia maçônica, a respeitabilidade conquistada como jornalista e escritor, além de suas ações de fraternidade e solidariedade.

Essa egrégia Casa de Cultura da capital mineira funciona sempre, no dia 11 de cada mês, salvo, quando este cai em um final de semana; nesse caso, a Sessão é antecipada para o dia 8.

O dia 8 de novembro tem um porquê mais do que especial. Essa data foi escolhida para sua fundação, em função de ter sido, justamente, nesse dia, no ano de 298, que os

Quatro Coroados, hábeis artesãos da arte da escultura, foram terrivelmente sacrificados, por ordem do Imperador Diocleciano I, por terem se negado a cumprir suas ordens de esculpir a imagem de Esculápio (deus da saúde). Essa data foi escolhida para homenageá-los pelo Papa Melchiades, entre os anos 310 a 314.

O quadro de Membros Fundadores Efetivos dessa nobre Loja de Pesquisas foi formado por 81 Cadeiras, em alusão aos 81 nós da Corda que ornamenta, com seu profundo significado, o Templo nos Graus Simbólicos.

As Sessões se realizam no Salão Nobre da G∴L∴M∴M∴G∴, na Avenida Brasil, nº 478, Santa Efigênia, BH, às 20h, e são abertas a todos os Maçons regulares e ativos, observando-se, apenas, o Grau em que a Loja estiver trabalhando.

Tivemos a honra e o privilégio de sermos admitido como Membro Honorário dessa Nobre Casa, dedicada ao estudo e à pesquisa, e, humildemente, juntando-nos a valorosos Confrades, conscientes da importância de seu papel como literatos e da expressividade de mais uma Loja Acadêmica, estamos contribuindo com a cultura maçônica, também, em terras mineiras.

Atendendo ao convite do Confrade Presidente, estaremos, junto ao valoroso Irmão João Camanho, que foi admitido em 08 de outubro passado, também, como Membro Honorário dessa Loja de Estudos, proferindo uma palestra no próximo dia 11 de novembro, com o tema: “O Cunho Transcendente da Missão dos Cavaleiros Templários”, em uma abordagem hermenêutica das “tramas” da Divindade, através da Grande Fraternidade Branca, para o surgimento da Raça Dourada em terras brasileiras.

Parabenizamos os valorosos Irmãos Fundadores e conclamamos nossos leitores a conhecerem o belíssimo e altruístico trabalho, desenvolvido no seio dessas Lojas de Pesquisas e Academias Maçônicas, em prol do crescimento espiritual e cultural da Ordem maçônica.

Aproveitamos a oportunidade para convidarmos nossos Irmãos do Oriente de BH a nos prestigiarem, assistindo

à exposição desse tema.

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Os Grandes IniciadosOs Grandes Iniciados______________________________________________________________________________________________________________

Sri RamakrishnaSri RamakrishnaFrancisco Feitosa

esta edição, apresentamos mais um Mestre da Sabedoria que, em Sacro-Ofício, veio trazer a Luz

de seus excelsos ensinamentos, em auxílio à evolução da humanidade. A compilação da Vida e Obra desse Mahatma – Ramakrishna – foi extraída do site do Centro Ramakrisna Vedanta.

NN

Sri Ramakrishna foi um santo, que nasceu na Índia, num vilarejo simples, próximo à Kolkata (Calcutá), no século XIX. Suas palavras e ensinamentos deixaram marcas tão profundas na sociedade indiana, que possibilitaram uma revolução naquele país. Tais doutrinas estavam alicerçadas na vivência espiritual direta; ele foi, em verdade, a personificação das Escrituras, pois, através de sua experiência, pôde comprovar a autenticidade delas e remover as superstições, que, como a poeira, encobria as nobres verdades descobertas pelos antigos sábios da Índia.

Mas, o mais belo da vida de Sri Ramakrishna, é que a força de suas palavras não ficou limitada às fronteiras da Índia, nem ao próprio hinduísmo, ganhou o mundo. E isso se deveu à simplicidade e universalidade dessas palavras, que forneceram a todos, das mais diferentes religiões, a comprovação de que as experiências de seus próprios profetas foram autênticas.

Sri Ramakrishna nasceu em 18 de fevereiro de 1836, no vilarejo Karmapukur, cerca de dez quilômetros a noroeste de Kolkata. Seus pais, Kshudiram Chattopadhyaya e Chandramani Devi, embora fossem pobres, eram muito piedosos e dotados de muitas virtudes. Casaram-se em 1799. Naquela época, Kshudiram estava vivendo no vilarejo ancestral de Derepore, próximo de Kamarpukur. Seu primeiro filho, Ramkumar, nasceu em 1805, e sua primeira filha, Katyayani, em 1810.

Em 1814, o proprietário da terra mandou que Kshudiram prestasse falso testemunho no tribunal contra um vizinho. Quando ele se recusou a fazê-lo, o senhor moveu uma ação contra ele e lhe retirou a propriedade ancestral. Assim, desprovido, Kshudiram chegou, a convite de outro proprietário, à pacata vila de Kamarpukur, onde lhe foi dada uma casa e, mais ou menos, um acre de terra fértil. As colheitas dessa pequena propriedade eram suficientes para atender às necessidades básicas de sua família. Aqui ele viveu na simplicidade, dignidade e contentamento.

Dez anos depois de sua chegada a Kamarpukur, Kshudiram fez uma peregrinação a pé até Rameswaram, no extremo Sul da Índia. Dois anos depois, nasceu seu segundo filho, chamado Rameswar. Novamente, em 1835, com a idade de sessenta anos, fez uma peregrinação, desta vez, a Gaya. Ali, desde tempos imemoriais, os indianos vêm dos quatro cantos da Índia, a fim de cumprir suas obrigações com seus ancestrais, fazendo-lhes oferendas nas sagradas pegadas do Senhor Vishnu.

Nesse lugar sagrado, Kshudiram teve um sonho, em

que o Senhor Vishnu lhe prometeu nascer como seu filho. E Chandramani Devi, também, defronte ao templo de Shiva, em Kamarpukur, teve uma visão, mostrando-lhe o nascimento da divina criança. Quando regressou, o marido encontrou-a grávida.

Quando criança, Ramakrishna (seu nome de nascimento era Gadadhar) era muito amado pelos aldeões. Desde o princípio, não tinha interesse por educação formal e nem por assuntos mundanos. Entretanto, era um garoto muito talentoso e podia cantar e pintar muito bem. Gostava de servir aos homens santos e escutar suas histórias. Era muito comum encontrá-lo absorvido em estados espirituais. Com a idade de seis anos, experimentou seu primeiro êxtase, quando viu uma revoada de grous brancos, movendo-se sob um fundo de nuvens escuras. Essa tendência de entrar em êxtase foi se

intensificando com a idade. Seu pai faleceu, quando Gadadhar tinha sete anos, e esse acontecimento aprofundou seu comportamento introspectivo e seu desapego pelo mundo.

Quando Sri Ramakrishna tinha cerca de dezesseis anos, seu irmão Ramkumar levou-o até Kolkata, para que o assistisse em sua profissão sacerdotal. Em 1855, o templo de Kali, em Dakshineswar, construído por Rani Rasmani, foi consagrado, e Ramkumar tornou-se o sacerdote chefe desse templo. Quando faleceu alguns meses depois, Ramakrishna foi indicado como sacerdote. Desenvolveu intensa devoção pela Mãe Kali e despendeu muitas horas em adoração de Sua imagem, esquecendo-se dos rituais e das tarefas sacerdotais. Seu intenso anelo culminou com a visão da Mãe Kali como ilimitada refulgência, permeando tudo à sua volta.

O estado de intoxicação divina de Sri Ramakrishna alarmou seus familiares em Kamarpukur, e eles o casaram com Saradami, uma garota do vilarejo vizinho de Jayrambati. Inalterado pelo casamento, Sri Ramakrishna mergulhou em práticas ainda mais intensas. Impelido por intenso chamado interior, para experimentar os diferentes aspectos de Deus, seguiu, com a ajuda de vários Gurus, os muitos caminhos, descritos nas Escrituras Hindus, e realizou Deus através de cada um deles. O primeiro mestre, que apareceu em Dakshineswar (em 1861), foi uma mulher extraordinária, conhecida como Bhairavi Brahmani, uma avançada adepta espiritual, muito versada nas Escrituras. Com sua ajuda, Sri Ramakrishna praticou várias das mais difíceis disciplinas do caminho tântrico e atingiu sucesso em todas elas. Três anos mais tarde, chegou um monge errante, chamado Totapuri, e, sob sua orientação, Sri Ramakrishna atingiu o Nirvikalpa Samadhi, a mais elevada experiência espiritual mencionada nas Escrituras Hindus. Ele permaneceu nesse estado de não-dualidade por seis meses, sem nenhuma consciência de seu próprio corpo. Dessa maneira, reviveu toda a gama de experiências espirituais dos mais de três mil anos da religião hindu.

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Com sua insaciável sede por Deus, rompeu as fronteiras do Hinduísmo, percorreu os caminhos do Islam e Cristianismo e atingiu a mais elevada realização em cada um deles, em curtos períodos de tempo. Aceitava Jesus e Buddha como encarnações de Deus e venerou os dez Gurus Sikhs. Expressou a quintessência dos seus doze anos de intensiva realização espiritual numa simples frase: Yato mat, tato path, cujo significado é “Quantas forem as crenças, tantos serão os caminhos”. Agora, vivia frequentemente num exaltado estado

Em 1872, sua esposa Sarada, agora, com dezenove anos, veio do vilarejo para encontrá-lo. Ele a recebeu cordialmente, ensinou-lhe a executar as tarefas domésticas e, ao mesmo tempo, conduzir uma intensa vida espiritual. Uma noite, adorou-a como a Mãe Divina em seu quarto, no templo de Dakshineswar. Embora Sarada permanecesse com ele, viviam vidas puras e imaculadas, e sua relação matrimonial foi puramente espiritual. É preciso mencionar, aqui, que Sri Ramakrishna havia sido ordenado Sannyasin (monge hindu) e observava os votos monásticos básicos, que conduzem à perfeição. Mas, externamente, viveu como um homem laico, humilde, amável e com a simplicidade de uma criança. Durante a estada de Sri Ramakrishna em Dakshineswar, Rani Rasmani foi quem primeiramente proveu suas necessidades. Após o falecimento dela, seu genro Mathur Nath Biswas assumiu a responsabilidade de cuidar de Sri Ramakrishna.

O nome de Sri Ramakrishna se espalhava como um iluminado santo bengali. Mathur, certa vez, convocou uma assembléia de eruditos, e eles declararam que Sri Ramakrishna não se tratava de um homem comum, mas do Avatar da Era Moderna. Nessa época, o movimento sócio-religioso conhecido como Brahmo Samaj, fundado pelo Raja Ram Mohan Roy, estava no topo da popularidade em Bengala. Sri Ramakrishna entrou em contato com muitos líderes e membros do Brahmo Samaj e exerceu grande influência sobre eles. Seus ensinamentos sobre a harmonia das religiões atraíram pessoas pertencentes a diferentes denominações, e Dakshineswar tornou-se um verdadeiro parlamento das religiões.

Como um enxame de abelhas, rodeando uma flor

totalmente desabrochada, os devotos começaram a chegar até Sri Ramakrishna. Ele os dividiu em duas categorias. A primeira consistia de Chefes de Família; ele lhes ensinou a realizar Deus, enquanto vivendo no mundo e cumprindo seus deveres familiares. A outra (a mais importante categoria) era composta por um grupo de jovens educados, a maioria da classe média de Bengala, que ele treinou, para se tornarem monges e serem, assim, os porta-vozes de sua mensagem para a humanidade. O

principal, dentre eles, foi Narendranath, que, anos mais tarde, com o nome de Swami Vivekananda, semeou a mensagem universal da Vedanta em diferentes partes do mundo, revitalizando o Hinduísmo e despertando o espírito da nação indiana.

Sri Ramakrishna não escreveu nenhum livro, nem ministrou palestras públicas. Ao invés disso, ele optou por falar em linguagem simples, com o uso de parábolas e metáforas de maneira ilustrativa, que foram coletadas através da observação da natureza e das coisas comuns do dia-a-dia. Suas conversas eram encantadoras e atraíram a elite cultural de Bengala. Essas conversas foram anotadas por um de seus discípulos, Mahendranat

Gupta, que as publicou sob a forma de livro, Sri Ramakrishna Kathamrita (O néctar das palavras de Sri Ramakrishna), em Bengali. Sua versão em inglês, O Evangelho de Sri Ramakrishna, foi publicada em 1942 e continua aumentando sua popularidade, ainda hoje, em função de sua relevância e apelo universal.

A intensidade de sua vida espiritual e a incansável tarefa de dar instruções espirituais para o fluxo interminável de aspirantes consumiram a saúde de Sri Ramakrishna, que desenvolveu câncer na garganta em 1885. Ele, então, mudou-se para uma casa de campo mais espaçosa, onde seus jovens discípulos puderam cuidar dele dia e noite. Instigou neles o amor de um pelo outro e, assim, lançou a pedra fundamental para a futura ordem monástica, conhecida como Ramakrishna Math. Nas primeiras horas do dia 16 de agosto de 1886, Sri Ramakrishna deixou seu corpo, repetindo o nome da Mãe

Divina e mergulhando na eternidade.

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Ritos MaçônicosRitos Maçônicos______________________________________________________________________________________________________________________________________

Rituais e RitosRituais e RitosRui Bandeira

xistem diferentes rituais, praticados por diferentes ritos

maçônicos. Desde o início, desde a transição da Maçonaria Operativa para a Especulativa, isso se verificou. As Lojas, que se agruparam na primeira Grande Loja de Londres, designadas por Modernos e influenciadas pelos intelectuais, aceitos nas Lojas operativas (os Maçons Aceitos), e pelos seus seguidores, praticavam um ritual deísta, em que a referência ao Grande Arquiteto do Universo é formulada de tal forma, que qualquer crente, independentemente da religião professada, pode-se rever no conceito. Também, verificou-se existir, na Inglaterra, outra corrente, baseada nos Maçons Operativos e na zona de York, os Antigos, que praticavam um ritual teísta, mais influenciado pela tradição religiosa cristã. Essas duas correntes vieram, mais tarde, a fundir-se na atual Grande Loja Unida de Inglaterra, na seqüência de negociações mediadas e dirigidas pelo Duque de Sussex; dessa fusão, resultou um novo ritual, em que prevaleceu a tendência deísta.

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Partindo dos primitivos rituais ingleses, ao longo do tempo e do espaço, novos rituais foram criados. A base é sempre a mesma: os princípios fundamentais maçônicos e a inclusão de alegorias e referências simbólicas, para o trabalho individual de cada Maçon. A tensão inicial, também, curiosamente, persiste: uns rituais são claramente deístas e inclusos de elementos de todas as religiões e até sem religião definida, desde que crentes num Criador; outros sofrem de visíveis influências crísticas, sendo claramente mais confortáveis para os praticantes da tradição religiosa cristã.

Referir os ritos e rituais existentes levará, seguramente, a pecar por defeito, por esquecimento ou ignorância de rituais extintos, localizados ou raros. Mas, mesmo com caráter

exemplificativo e recorrendo apenas à memória, é possível indicar vários: o Rito de York, o Rito de Webb (variante americana do Rito de York), o Rito Escocês Antigo e Aceito, o Rito Escocês Retificado (muito praticado na Suíça, na Grande Loja Suíça Alpina, e com características crísticas marcadas), o Rito Francês ou Moderno, o Rito Sueco e as suas variantes nos países nórdicos, etc.

Em cada Grande Loja, pode praticar-se um ou mais ritos. Por exemplo, nas Grandes Lojas dos Estados Unidos, pratica-se, nos Três Graus da Maçonaria Azul - Aprendiz, Companheiro e Mestre, exclusivamente, um rito, a variante americana do Rito de York, também, conhecida por Rito de Webb. Existe, apenas, uma exceção: na Grande Loja da Luisiana, persistem, desde os tempos das Lojas existentes, quando a Louisiana era francesa, algumas poucas Lojas, menos de uma dúzia, que praticam nos Três Primeiros Graus, o Rito Escocês Antigo e Aceito. Nos Estados Unidos, designam-se essas

Lojas Maçonaria Vermelha, em alusão à cor dos aventais própria do rito. Só nos Altos Graus, verifica-se existirem dois sistemas principais, os Altos Graus do Rito de York, referidos por York Rite, e os Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, referidos por Scottish Rite.

Não obstante a forte presença do Rito de York e suas variantes no mundo anglo-saxônico, pode dizer-se, sem receio de erro, que o rito maçônico mais popular e mais espalhado pelo Globo, particularmente nos países latinos e latino-americanos, é o Rito Escocês Antigo e Aceito. Trata-se de um rito elaborado mais tarde que os ritos originais ingleses, já na fase de expansão geográfica da Maçonaria e com algumas influências do Romantismo. É um rito com um ritual particularmente impressivo e desenvolvido, algo extenso, que dá prazer executar bem e que, quando bem executado, impressiona a quem a ele assiste e dele participa, quer pelo seu texto, quer pela sua forma de

execução.

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TrabalhosTrabalhos________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Mistérios de ElêusisMistérios de Elêusis"Se o grão de trigo cair no chão e não morrer, fica só, mas, se morrer, dará muitos frutos." (João,12:24.)

M. Cossãourante séculos incontáveis, sociedades de todo o mundo

criaram rituais, elaborados sobre o ciclo do nascimento e da morte. Observou-se que, assim como uma semente brota da terra, amadurece, depois murcha e morre, também, o homem "surge e é cortado, como uma flor" ; na primavera, a terra produz e vai morrer no outono; o Sol nasce ao amanhecer e desaparece ao anoitecer. Não é de admirar que, diante de uma tal impressionante dependência da natureza e dos elementos, as sociedades primitivas tenham criado mitos convincentes, para explicar as coisas, que estavam efetivamente além da sua compreensão e do seu controle. Porém, observaram, ainda, que, embora a natureza morresse, também, voltaria a surgir. Os grandes pensadores e filósofos dessas antigas civilizações achavam que seu conhecimento era tão convincente, que chegava a ser sagrado e, portanto, só podia ser revelado aos Iniciados ou aos igualmente elevados na mente e na estatura. Uma das maneiras, que usavam

DD para registrar seus conhecimentos e, ao mesmo tempo, ocultá-los dos não-Iniciados, era velar as informações sob metáforas e alegorias; dessa maneira, os não-informados e não-iluminados só ouviam uma história. Os mitos e os símbolos eram um meio convincente de evocar a compreensão de grandes verdades, que não podiam ser dirigidas à mente pensante, mas tinham de ser diretamente compreendidas pela intuição.

Na Grécia, a religião separava as cidades tanto quanto as unia. Sob o culto geral dos deuses do Olimpo, havia outros mais intensos das divindades locais e algumas pessoas que não prestavam vassalagem a Zeus. O separatismo tribal e político alimentava o politeísmo e tornava impossível o monoteísmo. Em tempos mais primitivos, cada família tinha seu deus particular, em cujo louvor o divino fogo ardia constantemente na lareira; a ele, eram oferecidos o alimento e o vinho antes de cada refeição. Essa sagrada comunhão, ou

compartilhamento da comida com deus, era o ato básico e primário da religião no lar. O nascimento, o casamento e a morte eram santificados, como sacramentos, pelo antigo ritual, diante do fogo; e, dessa forma, a religião derramava uma poesia mística sobre os atos elementares da vida humana, dando-lhe solene estabilidade. Portanto, a família, a tribo e a cidade possuíam, cada qual, o seu deus próprio e mantinham sempre aceso o Fogo Sagrado, símbolo da vida misticamente poderosa e da eterna imaginação religiosa do povo grego.

A imaginação religiosa da Grécia produziu uma mitologia exuberante e um copioso panteão. Todos os objetos, ou forças da natureza, todas as bênçãos e todos os terrores, todas as qualidades do homem e, até mesmo, os vícios eram personificados num deus, em geral, de forma humana; nenhuma outra religião foi tão antropomórfica quanto a grega. Cada um dos deuses tinha uma lenda, ou história, que justificava sua situação na vida da cidade, ou o ritual com que era honrado. A despeito das realizações da filosofia e das tentativas de uns poucos em favor da adoção de um credo monoteístico, o povo continuou, até o fim da civilização helênica, a criar mitos e mesmo deuses.

Consegue-se dar alguma ordem e clareza ao enxame de deuses, se os dividirmos artificialmente em sete grupos: deuses do céu, deuses da terra, deuses da fertilidade, deuses animais, deuses subterrâneos, deuses ancestrais ou heróis, e deuses olímpicos. "Enumerá-los pelos seus nomes", como disse Hesíodo, "seria árdua tarefa para um homem mortal".

Essencialmente, havia três elementos e estádios na religião grega: o ctônico, o olímpico e o místico. O primeiro dedicava-se à adoração dos deuses subterrâneos, e era mais popular entre os pobres; o segundo, dos deuses celestiais, era mais popular entre as pessoas ricas; e o terceiro, dos deuses ressurretos, era mais popular entre as pessoas da classe média. O primeiro predominou antes da idade homérica, o segundo, durante essa idade, e o terceiro, depois dela. Nos tempos do Iluminismo de Péricles, o mais vigoroso elemento da religião grega era o Mistério.

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No seu sentido grego, Mistério consistia numa cerimônia secreta em que se revelavam símbolos sagrados: ritos simbólicos se realizavam, e só os Iniciados eram adoradores. Os ritos costumavam representar, ou comemorar, em forma semidramática, os sofrimentos, a morte e a ressurreição de um deus, relacionado com velhos temas da vegetação e da magia; esse deus prometia aos Iniciados uma imortalidade pessoal. Platão, juntamente com Pitágoras, integra o rol de figuras notáveis (entre as quais Sócrates e Aristóteles), associadas às Escolas de Mistérios gregas. Na verdade, essas Escolas eram cópias diretas das primeiras Escolas de Mistérios egípcias e indianas, e, como em suas precursoras, não, apenas, ensinava-se a reencarnação como uma doutrina central, mas ela, também, representava um grau indispensável (ritual simbólico), pelo qual todos os Iniciados tinham de passar, antes de alcançar a purificação e progredir para níveis mais elevados. A chave da estrutura da crença dos discípulos do pensamento platônico era a jornada da alma por períodos de vida sucessivos, como uma forma de purificação.

Muitos lugares da Grécia celebravam tais rituais místicos, mas nenhum com tanta importância como Elêusis. Em Elêusis, os Mistérios eram de origem pré-aquéia; talvez, fossem, inicialmente, uma festa outonal. Um dos mitos explicava como Deméter, deusa do trigo e da terra cultivada, recompensando o povo da Ática por sua fé, estabeleceu, em Elêusis, seu maior templo, o qual foi, muitas vezes, destruído e reconstruído no curso da história grega. A festa eleusiana de Deméter era realizada com inescedível liturgia e pompa.

Nos Mistérios Menores, celebrados na Primavera, os candidatos à Iniciação submetiam-se a uma purificação preliminar, que consistia num mergulho espontâneo nas águas do rio Ilisso. Em setembro, os candidatos e outros participantes marchavam em solene, mas alegre, peregrinação ao longo da estrada, que levava a Elêusis, conduzindo, à frente do cortejo, a imagem da divindade ctônica Iaco. A procissão chegava a Elêusis sob o clarão das tochas e, solenemente, depositava a imagem no templo; depois disso, os peregrinos passavam o resto do dia em danças e cantos sacros.

Os Grandes Mistérios duravam quatro dias ou mais. Os já purificados pelo banho e pelo jejum eram, então, aceitos nos ritos menores; os que se tinham Iniciado no ano precedente viam-se levados à Sala da Iniciação, onde se realizava a cerimônia secreta. Os Mystai, ou Iniciados, quebravam o jejum participando de uma comunhão sagrada, feita em memória de Deméter, bebendo uma mistura de farinha e água e comendo bolos salgados. Que espécies de rituais místicos eram, então, praticados não se sabe. O segredo foi muito bem conservado através da antiguidade, sob pena de morte. Mesmo o piedoso Ésquilo, por pouco, escapou à condenação por ter escrito certas linhas, que podiam tê-lo revelado. A cerimônia era, em todos os casos, uma

representação simbólica e contribuía para formar o drama dionisíaco. Ao final da cerimônia, vinha imediatamente a solene proclamação de que "Nossa senhora deu à luz um menino sagrado" e uma espiga de trigo surgia como produto do parto de Deméter, a generosidade dos campos. Os fiéis eram, então, conduzidos sob a luz frouxa das tochas através de escuras cavernas subterrâneas, que simbolizavam o Hades, e, de novo, passavam para uma câmara profusamente iluminada, representando, ao que parece, a morada dos bem-aventurados. Mostravam-lhes, em seguida, em solene exaltação, os objetos sacros, relíquias ou ícones, que, até aquele momento, haviam-lhes sido ocultos. Neste êxtase de revelação, segundo se afirma, os fiéis sentiam-se perfeitamente unificados com Deus, com o qual suas almas formavam uma só Unidade; viam-se arrancados à ilusão da própria individualidade e

experimentavam a paz da absorção divina.

Na época de Pisístrato, os Mistérios de Dionísio passaram a fazer parte da liturgia de Elêusis, por uma espécie de contágio religioso, o deus Iaco foi identificado com Dionísio como filho de Perséfone, e a lenda de Dionísio Zagreu foi superposta ao mito de Deméter. Mas, através da variedade de formas, a idéia básica dos Mistérios permanecia a mesma: como a semente torna a brotar, assim, também, os mortos renascem; e não só para a horrível e sombria existência no

Hades, mas também para uma vida de felicidade e de paz.

TrabalhosTrabalhos________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Origem da Palavra IrmãoA Origem da Palavra IrmãoValdemar Sansão

s membros da Maçonaria, unidos pelo Amor Fraternal, qualquer que seja o seu grau, dão-se o tratamento de "Irmão". É o título que

geralmente se dão, mutuamente, os religiosos de uma mesma Ordem e de um mesmo convento e, também, os membros de uma mesma associação.

OOEsse tratamento existe em todas as sociedades iniciáticas e nas

confrarias, onde o seu significado é a condição adquirida com a participação de um mesmo ideal, baseado na amizade. É o tratamento que se davam entre si os Maçons operativos.

A origem do cordial tratamento de "Irmão" afirma que o mesmo foi adotado e nunca mais olvidado pelos “Maçons”, desde os tempos de Abraão, o velho patriarca bíblico. Reza a história que, estando ele e sua mulher Sara, no Egito, lá ensinava as sete ciências liberais (gramática, lógica e dialética, matemática, geometria, astronomia e música) e contou, entre os seus discípulos, com um de nome Euclides. Tão inteligente, que não demorou nada em tornar-se Mestre nas mesmas ciências, ficando, por isso, bastante afamado como ilustre personagem.

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Então, Euclides, a par com suas aulas, estabeleceu regras de conduta para o discipulado: em primeiro lugar, cada um deveria ser fiel ao Rei e ao país de nascimento; em segundo, cumpria-lhes amarem-se uns aos outros e serem leais e dedicados mutuamente. Para que seus alunos não descuidassem dessas últimas obrigações, ele sugeriu aos mesmos que se dessem, reciprocamente, o tratamento de "Irmãos" ou "Companheiros".

Aprovando, inteiramente, esse costume da Escola de Euclides, a Maçonaria resolveu sugeri-lo aos seus iniciados, que o receberam com todo agrado, sem nenhuma restrição, passando a ser uma norma obrigatória nos diversos Corpos da Ordem.

De fato, traduz uma maneira de proceder muito afetiva e agradável a todos os corações dos que militam em nossos Templos. Assim, passaram os Iniciados ao uso desse tratamento em todas as horas, quer no mundo profano, quer no maçônico.

O Poema Regius, que data do ano de 1.390, aconselha os operários a não se tratarem de outra forma senão de "meu caro Irmão". Por isso, o tratamento de Irmão, dado por um Maçom a outro, significa reconhecimento fraternal, como pertencente à mesma família. Os Maçons são Irmãos por terem recebido a mesma Iniciação, os mesmos modos de reconhecimento e as mesmas instruções de moralidade.

Além da amizade fraternal, que deve uni-los, os Maçons consideram-se Irmãos por serem, simbolicamente, filhos da mesma mãe, a Mãe-Terra, representada pela deusa egípcia Ísis, viúva de Osíris, o Sol, e a mãe de Hórus. Assim os Maçons são, também, simbolicamente, Irmãos de Hórus e se autodenominam Filhos da Viúva.

Durante a Iniciação, quando o recipiendário recebe a Luz, seus novos Irmãos juram protegê-lo sempre que for preciso. A partir daquele momento, todos que a ele se referem o tratam como Irmão. Os filhos de seus novos Irmãos passam a tratá-lo como "Tio", e as esposas de seus Irmãos passam a ser sua "Cunhada". Forma-se, nesse momento, um elo firme entre o novo membro da Ordem e a família maçônica.

A Maçonaria não reconhece qualquer distinção entre raças, crenças, condições financeira ou social entre seus Obreiros. Há séculos, vem a Sublime Instituição oferecendo a oportunidade aos homens de se encontrarem e colherem os frutos do prazer, de conviverem sempre em paz, em união e concórdia, como amigos desinteressados, dentro de um espírito coletivo, voltado à prática do bem, guiados por rígidos princípios morais, sem desavenças e dissensões.

Os membros de nossa Ordem aprendem a destruir a ignorância em si mesmos e nos outros; a ser corajosos contra suas próprias fraquezas, lutar contra seus próprios vícios e, também, contra a injustiça alheia. São estimulados a praticarem um modo de vida, que produza um nível elevado em suas relações com seus Irmãos, aos quais dedicam amizade sincera e devotada. São fiéis cumpridores de todo dever, cujo cumprimento lhes seja legalmente imposto ou reclamado pela felicidade de sua Pátria, de sua Família e da Humanidade.

Jamais abandonará sua prole, seus Irmãos e seus amigos, no perigo, na aflição ou na perseguição. Sobre o coração do Maçom está o símbolo do amor, da amizade, da razão serena e perseverante. O que o distingue, na vida

profana, é sua aversão à iniqüidade, à injustiça, à vingança, à inveja e à ambição, sendo ele constante em fazer o bem e em elogiar seus Irmãos.

O verdadeiro Irmão é aquele que interroga sua consciência sobre seus próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou a lei da justiça, do amor e da caridade em sua maior pureza; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia; é aquele que interroga sua consciência sobre seus próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou a lei da justiça, do amor e da caridade em sua maior pureza; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia; se não menosprezou voluntariamente uma ocasião de ser útil; se ninguém tem o que reclamar dele. E quando não tem uma palavra que auxilie, procura não abrir a

boca... (se for falar, cuida para que suas palavras sejam melhores que o seu silêncio.)

O Irmão, possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem

pelo bem, sem esperança de recompensa, retribui o mal com o bem, toma a

defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre seu interesse à justiça.

Ele é bom, humano e benevolente para com todos, sem preferência de raças nem de crenças, abraça o branco e o negro (pois não é a cor, mas sim o talento

e a virtude que fazem um homem elevar-se, por sobre os demais), o rico

e o pobre, o jovem e o velho, o sábio e o ignorante, o nobre e o plebeu, porque

vê Irmãos em todos os homens.

Porém, devemos observar que nem o rico, o príncipe ou o sábio devem "descer" para o

nivelamento. Não descendo ao nível deles, mas, sim, ajudando-os a se levantarem e poderem melhor enxergar o horizonte. É caminhando que se faz o caminho. Pensando, Agindo, sentindo, sofrendo, aprendendo e corrigindo. Fazendo melhor em seguida. Comprometendo-se a, sempre, ensinar aos capazes o que se aprendeu. Capacitando-os. Perpetuando a Gnose adquirida.

Quem deverá "subir" é o pobre; pobre no sentido de ser carente. Acontece de existirem, entre os ricos de recursos materiais, os pobres de sabedoria, ignorantes de conhecimento, de altruísmo e complacência.

O verdadeiro Irmão não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; compreendendo, não condena. Portanto, perdoa, anula as ofensas e não se lembra senão dos benefícios, que já tenha recebido, porque sabe que com a mesma sábia compreensão que deixou de condenar, assim será tratado intimamente, na sua própria causa de compreensão, como réu de sua consciência, quando essa o julgar.

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Não se compraz em procurar os defeitos alheios, nem em colocá-los em evidência. Se a necessidade a isso o obriga, procura, sempre, motivar o bem que pode atenuar o mal. Não se envaidece nem com a fortuna, nem com as vantagens pessoais, porque sabe que tudo o que lhe foi dado, apenas, o direito da posse, pertence ao mundo. E, por poder dessa força natural, se desmerecido, tudo lhe pode ser retirado.

Se a ordem social colocou homens sob sua dependência, ele os trata com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante o Grande Arquiteto do Universo; usa de sua autoridade, para erguer-lhes o moral e não para esmagá-los com o seu orgulho; evita tudo o que poderia tornar sua posição subalterna mais penosa.

O subordinado, por sua vez, compreende os deveres da sua posição e tem o escrúpulo em cumpri-los conscienciosamente.

O verdadeiro Irmão respeita, em seus semelhantes, todos os direitos dados pelas leis da Natureza, como gostaria que os seus fossem respeitados. Aplicando os ensinamentos maçônicos, tanto no interior dos Templos como no seio da sociedade profana, dentro de suas possibilidades, colabora para a edificação do Templo da civilização humana.

Afinal, se cultiva a liberdade, a igualdade e a fraternidade, tem, por obrigação, abrir mais os seus braços, entrelaçar seus Irmãos e oferecer sua convivência fraterna, sua influência, seu trabalho de auxílio, com harmonia, paz, concórdia e fraternização, dentro e fora do Templo.

Enfim, o verdadeiro Irmão saberá fazer o Bem sem ostentação, mas não sem utilidade para todos. Onde quer que o pobre reclame o combate sem descanso aos exploradores dos fracos, o auxílio e proteção à criança ou à mulher, o Irmão é

obrigado a fazer obra maçônica. É-lhe proibido fechar os olhos aos deserdados da sorte.

Porém, só quando se encontra revestido de todas essas virtudes, é que pode dizer: "M∴II∴C∴M∴R∴" - frase mais ouvida e citada dentro da Loja e, também, fora dela - como forma de identificação.

Curioso, no entanto, é que, ao sermos reconhecidos como irmãos, o outro abre o sorriso e os braços, como se fosse um velho conhecido. Esse é um sentimento de irmandade, muitas vezes, mais forte que entre Irmãos de sangue.

Nossa Ordem precisa de Irmãos verdadeiros, aqueles que têm orgulho de pertencerem à

Sublime Instituição e estão dispostos a sacrifícios pessoais em benefício da mesma.

O Grande Arquiteto do Universo, que é DEUS, ouve nossos rogos e nos mostra o caminho que a Ele conduz, continua a nos proporcionar a dádiva da aproximação de valorosos Irmãos, que nos socorrem em nossas dificuldades, se interessam por nós, nos escrevem, telefonam para saber como estamos, trocam e-mails e,

assim, não nos deixam experimentar a depressão e a solidão.

Nossas Lojas Maçônicas são portos seguros, colos de mãe, para enxugamento

das lágrimas e o consolo de nossas dores, num ambiente de luz, paz e amor, pois é sublime reunir,

em seu seio, católicos, evangélicos, espíritas, maometanos, israelitas, budistas, e a todos dizer: "Aqui, vossas disputas não encontrarão eco; aqui, não ofendereis a ninguém e ninguém vos ofenderá".

Meu Irmão, se eu me esquecer de você, nunca se esqueça de mim! Conte comigo. Eu conto com você.

"O maior cargo em maçonaria é o de verdadeiro

Irmão".

ReflexõesReflexões______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Filosofia do Tubarão*Filosofia do Tubarão*s japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes, há décadas.

Assim, para alimentar a sua população, eles aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os nipônicos não gostariam do sabor deles. Para resolverem esse problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto-mar por muito mais tempo.

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Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e congelado e, é claro, não gostaram do congelado. Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, como "sardinhas".

Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos. Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto

de peixe fresco e não o de peixe apático.Como resolveram esse problema? Como conseguiram

trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor? Se você estivesse dando consultoria à empresa de pesca, o que recomendaria? Antes da resposta, leia o que vem abaixo: quando as pessoas atingem seus objetivos - tais como: quando encontram uma namorada maravilhosa, quando começam com sucesso numa empresa nova, quando pagam todas as suas dívidas, ou o que quer que seja, podem perder as suas paixões. Podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, então, relaxam. Passam pelos mesmos problemas de ganhadores de loteria, que gastam todo seu dinheiro; o mesmo ocorre com os herdeiros, que nunca crescem, e donas-de-casa, entediadas, que ficam dependentes de remédios de tarja preta. Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a solução é bem simples. L. Ron Hubbard observou, no começo dos anos 50: "O homem progride, estranhamente, somente perante um ambiente desafiador". Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais gosta de um bom problema. Se seus desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo a passo, conquistá-los, fica muito feliz. Pensa neles e se sente com mais energia. Fica excitado e com vontade de tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo!

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Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas, ainda, colocam-nos dentro de tanques, nos seus barcos. Mas, também, adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns, mas a maioria deles chega com vivacidade e frescura. E fresco no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados, lá nos tanques.

Portanto, como norma de vida, ao invés de evitar desafios, pule dentro deles. Massacre-os. Curta o jogo. Se seus desafios são muito grandes e numerosos, não desista, se reorganize! Busque mais determinação, mais conhecimento e

mais ajuda. Se você alcançou seus objetivos, coloque objetivos maiores. Uma vez que suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vá ao encontro dos objetivos do seu grupo, da sociedade e, até mesmo, da humanidade. Crie seu sucesso pessoal e não se acomode nele. Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer a diferença.

"Ponha um tubarão no seu tanque e veja quão

longe você realmente pode chegar." *Autor desconhecido

LançamentoLançamento______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Livro RITO YORK - O Simbolismo: Aprendiz MaçomLivro RITO YORK - O Simbolismo: Aprendiz Maçom

Mesmo sendo uma ritualística muito antiga, datada de antes da unificação das duas Grandes Lojas inglesas, transformando-se na Grande Loja Unida da Inglaterra (1813), muito pouco se tem falado, principalmente, nos países latino-americanos, sobre esses rituais. Esses rituais tomaram forma de Rito a partir de 1797, com a abnegação do Irmão Thomas Smith Webb, que codificou os antigos rituais, oriundos do Reino Unido, em um Rito chamado York - York Rite, em homenagem à cidade inglesa, onde se especula ser o local da mais antiga forma de encontros (trabalhos) maçônicos. O Rito York, também, vem a ser conhecido por muitos, em todo o mundo, como Rito Americano.

A presente obra vem trazendo um amálgama de Monitor, Manual e Ritual, todos juntos, no Grau de Aprendiz Maçom, para que o leitor venha a conhecer, de forma didática, um Sistema Ritualístico, verdadeiramente, apaixonante."

BoasDicasBoasDicas______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Sites Sites Recomendo uma visita aos site:

http://www.museumaconicoparanaense.com

LivrosLivros Indico o livro “Rito York – O Simbolismo: Aprendiz Maçom” de

autoria dos Irmãos Hugo Borges e Sérgio Cavalcante, pela editora Imprell. Acessem o link - http://www.ritodeyork.com.br/ritoyorkbook.html

Arte Real – Edições Anteriores Arte Real – Edições Anteriores As edições anteriores se encontram disponíveis para download no

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