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Fundado em 24 de fevereiro de 2007 Registro na ABIM – 005/JV

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Fundado em 24 de fevereiro de 2007 Registro na ABIM – 005/JV

EditorialEditorial______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

“Convém ter sempre presente que, de modo teórico, parece-nos que em lugar de outro, agiríamos melhor do que ele, mas, em verdade,

observa-se o contrário: todos estão sujeitos ao erro. Evitá-lo é que se faz preciso.”

Professor Henrique José de Souza

em o mais insensível brasileiro consegue controlar a emoção ao som do nosso Hino Nacional. Obra musical

de rara inspiração, transcende à nossa compreensão como música, enquanto sua letra tem a propriedade de mexer com nosso brio, de nos despertar para vivermos um “sonho real”, pois somos brasileiros e nos orgulhamos disso, apesar de nossa caótica realidade política dos dias atuais. Confesso que me banho em lágrimas a cada vez que tenho o privilégio de ouvi-lo e senti-lo em minha alma.

N

Há 177 anos, no dia 13 de abril, essa obra prima foi executada pela primeira vez e, desde então, vem palpitando nossos corações.

O mês de abril nos remete, também, à Conjuração Mineira e nos dá a certeza de que a morte do Alferes Tiradentes não foi em vão, embora, ainda, perdurem nossos exploradores, dessa feita, nascidos em nosso próprio chão, solo sagrado, que tanto amo.

A edição de abril traz alguns presentes para nossos leitores: o artigo “O Lado Oculto das Reuniões em Loja”, de autoria do Ir∴Charles Leadbeater, ocupando, com muito mérito, a coluna Matéria da Capa, dado a profundidade, com que trata o assunto. Já, na coluna “Os Grandes Iniciados”, apresentamos a Vida e Obra de um dos maiores Mestres da Alta Magia – Apolônio de Tyana.

Em Ritos Maçônicos, convidamos a todos a conhecerem o RER – Regime Escocês Retificado. A coluna

Trabalhos nos brinda com o artigo do nosso querido Ir∴José Amâncio - “O Templo”;

A coluna Reflexões fecha esta edição com chave de ouro. Fomos buscar um texto do

excelso Mestre da Sabedoria – Professor Henrique José de Souza -

“Palavras Sábias” - que completa, brilhantemente, mais uma edição de

nossa Revista. Conscientes de que somos,

apenas, mais um veículo de divulgação da cultura maçônica,

buscamos, incessantemente, envidar esforços para bem informar e fazer de cada edição, pela seriedade e carinho,

com que desenvolvemos esse trabalho, e pelo respeito, com que

tratamos nossos leitores, um verdadeiro farol, iluminando os

estreitos caminhos da espiritualidade. Amigo leitor, temos duas

opções: “arregaçarmos as mangas” e transformarmos esse mundo caótico em um lugar digno, nem

que seja para futuras gerações, ou cruzarmos nossos braços diante da televisão e, apenas, lamentarmos. Ou seja, sermos

parte da solução ou do problema! Prefiro e preferirei sempre a primeira. Pense nisso você também e tenha uma boa leitura!

Temos um encontro marcado na próxima edição!

Arte RealArte Real__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Arte Real é uma Revista maçônica virtual , de publicação mensal, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para mais de 10.000 e-mail´s de

Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores.

OEditor Responsável: Francisco Feitosa da Fonseca.Diagramação e Editoração Gráfica: Francisco Feitosa da Fonseca.Revisão: João Geraldo de Freitas CamanhoTexto da Capa: Professor Henrique José de Souza (fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose)Colaboradores nesta edição: André Otávio Muniz - Charles W. Leadbeater – Henrique José de Souza – José Amâncio – Lindolfo Machado – Raimundo Silva PereiraContatos: [email protected] Empresas Patrocinadoras: Arte Real Software – CH Dedetizadora – CONCIV Construções Civis - CFC Objetiva Auto Escola - Empório Bacellar - Flávio Vasques – Jorge Vicente - Maqtem – Maurílio Advocacia – Rezende Consultores - Santana Pneus – Sul Minas Laboratório Fotográfico.Distribuição gratuita via Internet.Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários.

“Se eu soubesse que o mundo se

desintegraria amanhã, ainda assim eu

plantaria a minha macieira”

Mártir Luter King

Nesta EdiçãoNesta Edição__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto da Capa – Professor Henrique José de Souza.......CapaEditorial....................................................................................2Matéria da Capa - O Lado Oculto das Reuniões em Loja.....3Destaque - Tiradentes............................................................ .6Ritos Maçônicos – Regime Escocês Retificado – RER........8

Os Grandes Iluminados – Apolônio de Tyana...................10Trabalhos – O Templo...........................................................12Reflexões – Palavras Sábias..................................................13Boas Dicas – E-book /Site /Livro /Campanha /Edições Anteriores...................................................................13

Matéria da CapaMatéria da Capa________________________________________________________________________________________________________________________________

O Lado Oculto das Reuniões em LojaO Lado Oculto das Reuniões em LojaCharles W. Leadbeater

onsideremos o lado oculto de uma reunião de uma Loja, mais especificamente, o encontro semanal

comum, onde a Loja está seguindo uma linha de estudo definida. Refiro-me, é claro, somente, aos encontros dos membros da Loja, pois os efeitos ocultos, que desejo descrever, são de todo impossíveis quando se trata de quaisquer reuniões em que são admitidos não-membros.

C

Naturalmente, o trabalho de toda Loja tem seu lado público. Há palestras dadas ao público, e se concede espaço para que perguntem coisas; tudo isso é bom e necessário. Mas toda Loja, que é digna de seu nome, também, faz algo muito mais elevado do que qualquer outro trabalho no plano físico, e este trabalho mais elevado só pode ser feito em seus encontros privados. Além disso, ele só pode ser realizado, se estes encontros são conduzidos de forma apropriada e todo harmoniosa. Se os membros estão pensando em si mesmos de qualquer modo; se eles têm vaidades pessoais expressas, como o desejo de brilhar ou de tomar parte proeminente nos trabalhos; se possuem outros sentimentos personalistas, de modo que possam sentir-se ofendidos ou afetados por inveja ou ciúme, possivelmente, nenhum efeito oculto poderá ser produzido. Mas se eles esqueceram de si mesmos no anseio ardente de entender o assunto, que está sendo estudado, um resultado muito considerável e benéfico, do qual eles usualmente não têm a menor idéia, pode, prontamente, ser produzido. Deixem-me explicar a razão disto.

Suponhamos que se realize uma série de encontros, onde está sendo estudado um determinado livro. Todo membro saberá, de antemão, quais parágrafos ou páginas serão abordados no encontro, e espera-se que ele não chegue à reunião sem uma preparação prévia. Ele não deve estar em uma atitude completamente passiva, como um passarinho em seu ninho, à espera de que alguém vá alimentá-lo; ao contrário, todos os membros devem ter uma compreensão inteligente do assunto, que vai ser analisado, e devem estar preparados para contribuir com sua parte de informação. Um bom plano é que cada membro do círculo faça-se responsável pelo exame de alguns dos nossos livros Teosóficos.

O assunto a ser debatido no encontro deve ter sido anunciado no encontro anterior, e cada membro deve

responsabilizar-se pela procura, no livro ou nos livros, de que se encarregou, de qualquer referência ao assunto em questão,

de modo que, quando chega ao encontro, ele já possui todas as informações que aqueles livros particulares contêm a esse

respeito, e está preparado para contribuir quando for solicitado. Desse modo, cada

membro tem seu trabalho a fazer, e cada um é grandemente

auxiliado na direção de uma compreensão clara e plena do

assunto sob consideração, quando todos os presentes

fixam, firmemente, sua atenção sobre ele. A fim de entendermos isso completamente, pensemos

por um momento no efeito de um pensamento.

Todo pensamento, que seja suficientemente definido

para ser digno do nome, produz dois resultados distintos.

Primeiro, ele é por si mesmo uma vibração do corpo mental, que pode ocorrer em diferentes

níveis dentro desse corpo. Assim como qualquer outra vibração, ele tende a reproduzir-se

na matéria circundante. Assim como a corda de uma harpa, posta a vibrar, comunica a vibração ao ar em torno,

produzindo um som audível, da mesma forma, a vibração do pensamento, produzida em matéria de determinada densidade

dentro do corpo mental da pessoa, comunica-se à matéria da mesma densidade no plano mental que a rodeia.

Segundo, cada pensamento rodeia a si mesmo, como matéria viva do plano mental, e torna-se um veículo, que denominamos forma-pensamento. Se o pensamento é um simples exercício do intelecto (como quando estamos envolvidos na resolução de um problema matemático ou geométrico), a forma-pensamento permanece nos planos mentais; mas, se ela for minimamente tingida de desejo ou emoção, ou se de qualquer maneira for ligada ao eu pessoal, imediatamente, ela atrai para si também uma veste de matéria astral, e se manifesta no plano astral.

Um esforço intenso para compreensão do abstrato - uma tentativa de compreender o que significa a quarta dimensão ou o "arquétipo" de uma mesa, por exemplo - significa uma atividade nos níveis mentais mais altos; mas, se o pensamento é mesclado de afeição altruísta, elevada aspiração ou devoção, é mesmo possível que possa ser penetrado de uma vibração do plano búdico e ter seu poder multiplicado centenas de vezes. Devemos considerar esses dois resultados em separado e ver o que decorre de cada um.

A vibração pode ser imaginada como se irradiando no plano mental através da matéria, que for capaz de responder a ela, isto é, através de matéria do mesmo grau de densidade que aquela, onde ela foi gerada originalmente. Irradiando-se dessa forma, ela naturalmente entra em contato com os corpos mentais de muitas outras pessoas, e sua tendência é reproduzir-se nesses corpos. A distância, a que ela é capaz de se irradiar, depende em parte da natureza da vibração e em parte da oposição que encontra. As vibrações, misturadas aos tipos mais baixos de matéria astral, podem ser refletidas ou neutralizadas por uma multidão de outras vibrações no mesmo nível, assim como, no meio do ruído de uma grande cidade, um som suave será completamente abafado.

O pensamento autocentrado usual do homem comum inicia no mais baixo dos níveis mentais e, imediatamente, mergulha nos planos astrais correspondentemente baixos. Portanto seu poder em ambos os planos é muito limitado, pois, por mais violento que seja, existe um mar tão vasto e turbulento de pensamentos similares em toda parte, que as vibrações muito logo se perdem e dissipam na confusão.

Uma vibração, gerada em um nível mais alto, contudo, tem um campo muito mais livre para sua atuação, porque, no presente, o número de pensamentos, que produz esse tipo de vibração, é muito reduzido - de fato, o Pensamento Teosófico está quase em uma classe especial no que diz respeito a esse ponto de vista. Há pessoas realmente religiosas cujo pensamento é tão elevado quanto o nosso, mas nunca é igualmente preciso e definido; há vasto número de pessoas cujos pensamentos sobre negócios e ganho de dinheiro são tão exatos quanto poderia ser desejado, mas não são nem elevados nem altruístas. Até mesmo o pensamento científico pouco alcança a mesma classe que o verdadeiro Pensamento Teosófico, de modo que se pode dizer que nossos estudantes possuem um campo só para eles no mundo mental.

O resultado disso é que, quando uma pessoa pensa em Assuntos Teosóficos ela está emitindo a toda sua volta uma

vibração, que é muito poderosa, pois praticamente não encontra oposição, como um som no meio de um vasto

silêncio, ou como uma luz, brilhando no meio da noite mais escura. Ela põe em movimento um nível de matéria mental,

que até agora mui raramente é usado, e as radiações, que ela causa, atingem o corpo mental do homem comum em um

ponto, que está praticamente adormecido.É isso que dá a esse pensamento seu valor especial, não

só para o pensador mas como para os que estão à sua volta, pois sua tendência é despertar e levar à atividade uma parte todo nova do aparato pensante. Deve ser entendido que tal

vibração não, necessariamente, veicula Pensamentos Teosóficos aos que os ignoram, mas, ao estimular essa porção

mais alta do corpo mental, indubitavelmente, ela tende a elevar e liberalizar o pensamento da pessoa como um todo, ao longo

de quaisquer linhas em que ele esteja acostumado a funcionar, e assim produz um benefício incalculável.

Se o pensamento de uma única pessoa produz estes resultados, logo entenderemos que o pensamento de vinte ou

trinta pessoas, dirigido para o mesmo assunto, resultará em uma força imensamente maior. O poder do pensamento

unificado de um grupo de pessoas é de longe maior que a soma dos seus pensamentos em separado, seria muito mais

fielmente indicado pelo produto de sua multiplicação. Assim se vê que, mesmo só desse ponto de vista, é muito bom que uma

cidade ou comunidade tenha em seu meio uma Loja Teosófica com encontros regulares, uma vez que seus trabalhos - se

forem conduzidos no espírito apropriado - não podem senão ter um efeito, nitidamente, elevador e enobrecedor sobre o pensamento da população em torno. Naturalmente haverá muitas pessoas cujas mentes, ainda, não podem, de modo

algum, ser despertas nesses níveis elevados, mas, mesmo para essas, o constante impacto de ondas desse pensamento mais

elevado trará, para mais perto, o tempo de seu despertar.Tampouco devemos esquecer o resultado produzido

pela formação de formas-pensamento definidas. Elas também irradiarão a partir do centro das atividades, mas podem afetar apenas as mentes, que, em algum grau, já forem responsivas a

idéias dessa natureza. Hoje em dia, já existem muitas dessas mentes, e há membros que podem atestar o fato de que, depois

de terem discutido uma questão como a reencarnação, não é incomum que sejam solicitados a dar informações sobre esse

mesmo assunto para pessoas, que eles não supunham estar nele interessadas anteriormente. Deve ser observado que a forma-pensamento é capaz de veicular a natureza exata do pensamento para aqueles, que estiverem de alguma forma

preparados para recebê-la, ao passo que a vibração do pensamento, embora alcance um círculo maior, é muito menos

definida em sua atuação.

Podemos ver, assim, que, sobre o plano mental, é produzido um efeito impressionante, muito além das intenções de nossos membros no decurso usual de seus estudos - algo muito maior, em verdade, do que seus esforços conscientes no sentido de propaganda jamais produziriam. Mas isso não é tudo, pois a parte mais importante ainda está por vir. Toda Loja da Sociedade é um centro de interesse para os Grandes Mestres de Sabedoria, e, quando ela trabalha lealmente Seus pensamentos e os de Seus discípulos, freqüentemente, voltam-se para ela. Dessa forma, freqüentemente, uma força muito maior do que a nossa brilha de nossos encontros, e uma influência de valor inestimável pode ser focalizada, onde, até onde sabemos, não poderia ser colocada de outra maneira.

Esse pode, de fato, parecer o limite que nosso trabalho pode alcançar, mas há outra coisa ainda maior. Todos os estudantes do oculto sabem que a luz e vida do Logos inundam todo o Seu sistema – que, em todos os planos, é derramada a manifestação específica e apropriada de Sua força. Naturalmente, quanto mais elevado o plano, menos velada é a Sua glória, porque, quanto mais subimos, mais nos aproximamos de Sua fonte. Normalmente a força derramada em cada plano fica estritamente limitada a ele, mas ela pode descer e iluminar um plano mais abaixo, se for preparado um canal especial para ela.

Um desses canais é fornecido sempre que um pensamento ou sentimento tenha um aspecto completamente impessoal. Uma emoção egoísta se move em uma curva fechada e, assim, traz sua resposta em seu próprio plano, uma emoção completamente altruísta é um jorro de energia que não retorna, mas, em seu próprio movimento ascendente, provê um canal para o derramamento de poder divino a partir do plano imediatamente acima. Essa é a realidade que jaz por trás da antiga idéia da resposta às preces.

A pessoa, que se ocupa seriamente do estudo das coisas superiores durante este tempo, é elevada inteiramente acima de si mesma e gera uma poderosa forma-pensamento no plano mental. Essa é imediatamente empregada como um canal pela força que paira no plano imediatamente acima. Quando um grupo de pessoas se reúne em um pensamento dessa natureza, o canal, que elas criam, é, em sua capacidade, desproporcionalmente maior do que a soma de seus canais separados; um encontro desses é, portanto, uma bênção inestimável para a comunidade, onde ocorre, pois, através dele (mesmo nos encontros mais comuns de estudo, quando se analisam assuntos como Rondas eRaças, Pitris e Cadeias Planetárias), pode acontecer um derramamento para dentro do plano mental inferior de forças que, normalmente, são características do mental superior.

Se a atenção é dirigida para o lado mais elevado do Ensinamento Teosófico e estudam-se questões de ética e do

desenvolvimento da alma, como as que encontramos em A Luz no Caminho, A Voz do Silêncio e nossos outros livros

devocionais, ela pode criar um canal de pensamento mais elevado, através do qual a força do próprio plano búdico desce até o mental, e assim se irradia e influencia para o bem muitas

almas, que, de modo algum, estariam abertas para isso, se a força permanecesse em seu próprio nível.

Essa é a função real e maior de uma Loja - prover um canal para a distribuição da vida divina, e, assim, temos outra

ilustração para nos mostrar o quão maior é o invisível do que o visível. Para os fracos olhos físicos, tudo o que se vê é um

pequeno grupo de estudantes, encontrando-se semanalmente no anseio ardente de aprender e se qualificar para ser de

utilidade para seus irmãos. Mas, para os que podem ver mais do mundo, dessa pequena raiz, brota uma flor gloriosa, pois não menos que quatro poderosas correntes de influência se

irradiam daquele centro aparentemente insignificante - a corrente da vibração do pensamento, o grupo de formas-pensamento, o magnetismo dos Mestres de Sabedoria, a

poderosa torrente de energia divina.Eis, também, aqui, um exemplo da importância prática

de um conhecimento do lado invisível da vida. Pela falta desse conhecimento, muitos membros se tornam relapsos no

desempenho de seus deveres, descuidados na assiduidade aos encontros da Loja, e, assim, perdem o privilégio inestimável de

se tornarem partes de um canal para a Vida Divina. De fato, tenho ouvido falar de alguns membros, que são irregulares em

sua freqüência porque consideram as reuniões enfadonhas e acham que não ganham muito com elas! Essas pessoas ainda,

não compreenderam o fato elementar de que eles se reúnem não para receber, mas para dar; não para ganhar e se divertir,

mas para assumirem seu lugar em um trabalho grandioso para o bem da humanidade.

Existe um lado invisível em tudo, e viver a vida de um ocultista é estudar esse lado interno mais elevado da natureza, e, então, adaptar-se a ele de modo inteligente. O ocultista olha

para o todo de cada assunto que aborda, em vez de apenas para sua parte mais baixa e menos importante, e, assim, organiza

suas ações de acordo com o que vê, em obediência ao que ditam o simples bom senso e a Lei de Amor, que guia o universo. Aqueles, pois, que querem estudar e praticar

ocultismo, devem desenvolver em si mesmos três características inestimáveis: conhecimento, bom senso e amor.

A Teosofia não deve representar meramente uma coleção de verdades morais, um feixe de éticas metafísicas

epitomizadas nas dissertações teóricas. A Teosofia deve ser prática e, portanto, livre de discussões inúteis. Ela deve

encontrar expressão objetiva em um vasto código da vida completamente impregnado com seu espírito - o espírito da

tolerância mútua, caridade e amor.

DestaquesDestaques________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Tiradentes - Tiradentes - O Protomártir da Independência do BrasilO Protomártir da Independência do Brasil Raimundo Silva Pereira

o dia 19 de abril de 1792, foi proclamada a condenação do nosso herói máximo - o insigne primeiro mártir da

nacionalidade brasileira - o inolvidável Joaquim José da Silva Xavier, cujo sangue estará eternamente indissolúvel na história do nosso querido Brasil.

NSegundo historiadores de nomeada, “Tiradentes”

representa o paradigma de entusiasmo e obstinação da luta por um ideal, possuidor de caráter e sentimentos nobres, pois abraçou a causa dos perseguidos e oprimidos pela tirania, que dominava o Brasil de sua época, e, destarte, tornou-se, sem a mais remota sombra de dúvida, a expressão máxima do sentimento nativista do povo brasileiro. Sua personalidade marcante e seu idealismo, forjado no sofrimento e na miséria do povo, a quem tanto amou, aliado a seu desprendimento pessoal capaz de levá-lo ao próprio sacrifício, infundiu, no seio de seus patrícios, mediante pregação do ideal de liberdade e igualdade, uma forte e doce esperança na alma nativa brasileira humilhada, proporcionando o encadeamento de uma vibração patriótica, tal qual uma centelha elétrica, que percorreu e inflamou a todos os corações sedentos de liberdade.

Nosso insigne herói “Tiradentes”, desinteressado de bens materiais, com sua atitude franca, leal e sincera, assim como desassombrada, possuía como motivação principal, para escudar sua luta pelo ideal maior, o amor à sua gente e à sua terra, como aríete supremo no combate ao absolutismo do governo colonial.

Como propósitos de seu ideal inatingido, “Tiradentes” além, da Independência do Brasil, constava a proclamação de uma República, a criação de uma Universidade em Vila Rica, Abolição da Escravatura e proteção aos pais com prole superior a cinco filhos.

Embora esse trabalho não comporte grandes informações face a seu caráter sumário, mister se faz coligir algumas informações a respeito do insigne protomártir da nacionalidade brasileira.

Joaquim José da Silva Xavier nasceu na Fazenda Pombal, às margens do Rio das Mortes, nas proximidades das Vilas de São João Del Rei e São José Del Rei, no ano de 1746, tendo por genitores: Domingos da Silva Santos, de nacionalidade portuguesa, e Antonia da Encarnação Xavier, brasileira, filha de portugueses, e, por padrinho de batismo, o português Sebastião Ferreira Leitão, cirurgião dentista, com quem Joaquim José foi morar após ficar órfão aos nove anos de idade.

Com o padrinho, aprendeu a ler e a profissão de Dentista Prático, surgindo provavelmente dessa profissão a alcunha de “Tiradentes”. Joaquim José da Silva Xavier cresceu tornando-se um jovem forte, alto, magro e estrábico. Ao tornar-se rapaz, já possuía rara habilidade no manejo dos boticões, com que extraía dentes, bem como pendor para práticas medicinais e curativas.

Todavia, suas aspirações pessoais transcendiam a essas atividades práticas; assim, ao atingir 30 anos de idade, “Tiradentes”, depois de tentar a sorte como minerador e tropeiro em franco progresso financeiro, recebeu um grande golpe, que forçou um novo direcionamento em sua vida.

O fato resultou da condenação por um tribunal ao pagamento de pesada multa, por haver socorrido um escravo,

que estava sendo submetido a cruel, desumano e impiedoso castigo. Em decorrência dessa condenação, “Tiradentes” teve

que vender seus muares e retornar à atividade prática de dentista e cirurgião entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, até

ingressar na vida militar, assentando praça na 6ª Companhia de Dragões da Capitania de Minas Gerais.

Em face de sua cor branca e ascendência portuguesa e cristã, obteve o privilégio de ingressar na carreira militar como

oficial no posto de Alferes, que corresponde, na atualidade, a Segundo-Tenente. “Tiradentes”, como militar, destacou-se pela correção e coragem com que sempre se desincumbia das tarefas

que lhe eram confiadas, entretanto, pela sua altivez e insubmissão às opressões do Governo Colonial, que condenava à

pobreza e à ignorância os brasileiros natos, no qual constantemente fazia críticas mordazes, jamais conseguiu

promoção a posto superior a Alferes. No entanto, sua capacidade

profissional e senso de responsabilidade fizeram-no ser nomeado Comandante

da Patrulha do Caminho Novo, que ligava Minas ao Rio de Janeiro. Tinha por incumbência conservá-lo em bom

estado de tráfego e dar segurança, contra assaltos, ao ouro e ao diamantes

destinados à Coroa Real Portuguesa. “Tiradentes”, também, exerceu funções

de segurança e guia, quando acompanhava o Governador de Minas

em suas expedições de reconhecimento dos sertões da província. Nessas

viagens, “Tiradentes” tinha, também, outras atribuições, tais como pesquisas

de lavras para mineração e traços de mapas, para posteriormente localizar as minas descobertas, além do exercício da

profissão de dentista prático.Desiludido e revoltado com as preterições de sua

promoção em favor dos filhos do Reino de Portugal e dos bajuladores, “Tiradentes” pede licença das atividades militares, seguindo para o Rio de Janeiro, onde sua pregação de liberdade

pudesse ecoar, uma vez que, em Minas, elas fermentavam, contudo não explodiam. Certa vez, em um de seus

pronunciamentos, afirmou: “Ora eis, aqui, têm vossas Mercês todo um povo açoitado por um só homem e nós todos a chorar

como escravos – ai! Ai! e de três em três anos, vem um e leva um milhão; e os criados levam outro tanto, e, como hão de

passar os filhos da América ?”.

Buscando apoiar-se na influência de pessoas importantes, para lograr aprovação de seus projetos, “Tiradentes” resolveu, em setembro de 1788, procurar seu conterrâneo, José Álvares Maciel, filho do Capitão-Mor de Vila Rica, que acabara de retornar da Europa, onde estudara em Portugal e na Inglaterra e fora influenciado pelos acontecimentos, que acarretaram a Revolução Francesa, estribados nos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, agitadores da Europa do Século XVIII.

Durante a conversa, Maciel identificou, no visitante, os mesmos ideais de Independência, de que estava possuído, e procurou saber as notícias mais recentes de Minas Gerais, tomando conhecimento da indignação do povo contra o governo opressor, que crescia, ainda mais, com a próxima decretação da “Derrama”, exigida pela Corte Portuguesa, na forma de impostos atrasados, considerados exorbitantes, pois nem a produção de ouro, relativa há um ano inteiro, seria suficiente para pagá-la. Falaram, também, a respeito de José Joaquim da Maia, natural do Rio de Janeiro, que, dois anos antes, fora recebido em audiência por Thomas Jefferson, então, embaixador da América do Norte, em Paris, a quem, após relatar as opressões por que passavam os brasileiros natos, em função do despotismo do Governo Colonial Português, pediu conselhos e ajuda para um possível movimento pela Independência do Brasil, nos moldes do ocorrido, para emancipar os Estados Unidos, em 1776.

Com o término de sua licença, “Tiradentes” retorna a Minas Gerais, escoltando a esposa do Visconde de Barbacena, novo Governador da Província. Aproveitando o ensejo, para descobrir os caminhos, que poderiam conduzir à Independência do Brasil, para tanto, se dedicou à leitura de tudo que se relacionasse com a Independência Americana e a Revolução Francesa, estribada nos ideais de Liberdade e Dignificação do ser humano.

Mesmo inexistindo documentos escritos, comprobatórios da condição de Iniciado Maçom do insigne “Tiradentes”, muitos escritores Maçons, pesquisadores da origem dessa Sublime Ordem no Brasil e sua influência na formação de nossa nacionalidade, bem como historiadores de renome são unânimes em afirmar que “Tiradentes” era Maçom.

O escritor e conferencista, Joaquim Felício dos Santos, em sua obra “Memórias do Distrito Diamantino”, afirma textualmente: “Os Conjurados eram todos iniciados na Maçonaria, introduzida

por Tiradentes”, quando por aqui passou vindo da Bahia para Vila Rica”. O Historiador Pedro Calmon, no III volume de sua obra História Social do Brasil afirma: “Foi o sigilo Maçônico a alma da

Revolução de 1789”. Gustavo Barroso, também, historiador de méritos indiscutíveis, em sua obra História Secreta do Brasil,

afirma: “A Maçonaria entrou em cena na Inconfidência Mineira”. O conferencista Luiz Luna, em sua tese no I Congresso Maçônico Internacional de História e Geografia, realizado pela Academia

Maçônica de Letras no Rio de Janeiro, em 1981, afirma que, antes de surgirem no país as primeiras sociedades de caráter maçônico, já

a Maçonaria, indiretamente, influía na formação da sociedade brasileira, pois é sintomática a presença de iniciados Maçons, em

particular, ou de idéias maçônicas, de modo geral, em quase todos os movimentos coletivos de afirmação nacional.

Se não bastassem os indícios, que levaram muitos escritores e historiadores a afirmar a condição de Maçons dos

Inconfidentes: José Joaquim da Maia, Domingos Vidal Barbosa, José Álvares Maciel, Francisco de Paula Freire, José Vieira Couto, José de Oliveira Rolim e Joaquim José da Silva

Xavier; o Triângulo central da Bandeira da Inconfidência, o qual “Tiradentes”, na devassa, dissera representar, apenas, a

Santíssima Trindade, não passa de Símbolo Maçônico tradicional e, historicamente, como tal reconhecido.

Evitando expor seus irmãos conjurados, sem confessar que o triângulo era um Símbolo Maçônico e que ele era

iniciado, “Tiradentes”, com resposta inteligente, disfarçou a verdade, sem negar que o triângulo era um Símbolo Maçônico.

Momentos antes de subir ao patíbulo, para ser enforcado, decapitado e esquartejado, no dia 21 de abril de

1792, tendo entre as mãos um crucifixo, “Tiradentes”, referindo-se a seus companheiros de infortúnio no malogrado sonho de independência, dissera a seu confessor: “Se Deus me

ouvisse, só eu morreria e não eles. Dez vidas eu daria, se as tivesse,

para salvar as deles”. Tal demonstração de

lealdade, fidelidade e amor pelos companheiros, certamente,

“Tiradentes” hauriu das doutrinas maçônicas, para revigorar suas

energias e, assim, com desprendimento pessoal, poder

confiar no destino de Liberdade do povo brasileiro.

Em sua ânsia pela Independência do Brasil do jugo

português, “Tiradentes” foi buscar a flama ardorosa, que alimentou o

sonho sagrado, a emancipação política da nação brasileira, o qual

não pode ver realizado em função do resultado catastrófico da delação de um traidor, no dia 14 de março de 1789,

acarretando o malogro do Movimento Insurreto. A concretização desse supremo ideal de civismo do

povo brasileiro, ‘Tiradentes’ transmitiu como legado valioso e fecundo para seus pósteros, principalmente, os Irmãos

Maçons, que souberam cultivá-lo, bem protegido e acalentado nos corações, com honra e fidelidade, até o momento de torná-lo real e efetivamente realizado com o Grito do Ipiranga, no dia

sete de setembro de 1822.

Ritos MaçônicosRitos Maçônicos____________________________________________________________________________________________________________________________________

Regime Escocês RetificadoRegime Escocês RetificadoAndré Otávio Muniz

Regime Escocês Retificado - RER - é um sistema maçônico e cavalheiresco, constituído na França, na

segunda metade do século XVIII.O

O RER e o Regime, que lhe serve de vetor, se distinguem de outros sistemas maçônicos tanto por suas origens muito claras, das quais se conhecem, precisamente, todas as etapas e principais personagens, que estiveram no centro de seu desenvolvimento, quanto por uma coerência excepcional, essencialmente devida ao fato de que os fundadores do Regime e os redatores do Rito tinham uma idéia extremamente precisa do resultado final, que queriam atingir.

A habilidade, com que esses ritualistas conseguiram manejar os materiais simbólicos e rituais de origens diferentes, possibilitou que se conseguisse como resultado uma obra homogênea, pedagógica e iniciática.

O Rito Escocês Retificado é vinculado a uma organização estrutural – o Regime Escocês Retificado – originalmente articulado em três classes (de ofício, cavalheiresca e sacerdotal), reproduzindo as três divisões superiores de toda sociedade tradicional. Hoje, contudo, só se praticam, regularmente, as duas primeiras classes. As bases do RER podem ser resumidas da seguinte maneira:

Fidelidade ao simbolismo e ao espírito do Cristianismo;

Um duplo apego: de um lado, o respeito às antigas obrigações da Ordem Maçônica, ou seja, das regras tradicionais da Franco-Maçonaria regular; de outro o respeito aos princípios e tradições maçônicas e cavalheirescas próprias do Regime, resultante notadamente das Convenções (Assembléias Gerais) de Lyon, em 1778, e de Wilhelmsbad, em 1782;

O aperfeiçoamento espiritual de seus membros, pela prática da ação, que todo homem deveria empreender consigo mesmo, para vencer suas paixões, corrigir seus defeitos e progredir até a realização espiritual, além do aprofundamento no esoterismo cristão;

A prática constante de uma benemerência esclarecida dirigida a todos os homens.

O RER foi constituído e organizado entre 1774 e 1782 por dois grupos de maçons: um de Estrasburgo e outro de Lyon. No grupo de Lyon, os mais importantes personagens foram Jean e Bernard de Turkheime, no grupo de Estrasburgo, Rodolphe Saltzmann. Sobre todos eles, no entanto, está a radiosa figura de Jean Baptiste Willermoz.

Willermoz, intimamente persuadido de que a Maçonaria é o instrumento de Verdades Superiores (esclarecimento do homem sobre sua verdadeira natureza espiritual e fornecimento de instrumentos necessários para a “reintegração” a seu estado primordial; idéia fundamental e essencial, capaz de despertar potencialidades adormecidas e virtudes ocultas, inscritas na própria alma humana), tornou-se o arquiteto chefe da construção do Regime e do Rito Escocês Retificado, impregnando sua construção com sua doutrina.

As fontes do RER são múltiplas, mas podemos resumi-las da seguinte forma:

A Maçonaria Francesa em uso no século XVIII, mais

precisamente, o Rito Francês (ou Moderno);

A Estrita Observância, sistema maçônico e cavalheiresco

alemão; A Doutrina Martinezista, transmitida por Martinez de

Pasqually, e a Ordem dos “Elus Cohen”; A Tradição Cristã indivisa, nutrida pelos ensinamentos

dos Padres da Igreja (escritores eclesiásticos de destacada sabedoria e profundidade).

A essas fontes, não podemos deixar de acrescentar, ainda que não seja uma fonte direta, mas procedente da mesma

inspiração original, a doutrina do “Filósofo Desconhecido”, Louis Claude de Saint

Martin.Passamos, agora, a explicar de que

maneira cada uma dessas fontes influenciou o RER.

O Rito Francês (ou Moderno)A Maçonaria Francesa do fim do

século XVIII, que, mais tarde, estrutura-se-ia em um sistema chamado de “Rito

Francês”, com seus Três Graus (Aprendiz, Companheiro e Mestre) e suas Quatro

Ordens (Eleito Secreto, Eleito Escocês, Cavaleiro da Espada e Soberano Príncipe Rosacruz), bem como os numerosos

sistemas ditos “escoceses”, deu a forma puramente maçônica, que servirá de receptáculo aos ensinamentos provenientes de

outras fontes.Do Rito Francês ou Moderno, serão, notavelmente

conservados a posição da Coluna J, a atribuição das letras aos dois primeiros graus, o posicionamento dos vigilantes, a marcha partindo

com o pé direito, o porte da espada em Loja pelos IIr∴ e um certo número de usos ritualísticos, adotados nessa época na França.

A Estrita Observância TempláriaA Estrita Observância Templária, ou Maçonaria Retificada

de Dresde, sistema maçônico-cavalheiresco de origem germânica, fundado entre 1751 e 1755 por Charles de Hund, Barão do Império, Senhor de Lipse, na Alta Lusace, que tencionava iniciar uma reforma moral da Maçonaria alemã, reunia, em seu seio, uma parte da nobreza alemã, se constituindo em herdeira e continuadora da Ordem do Templo, de onde pretendia deter os conhecimentos espirituais, que estavam de posse dos Templários, e projetava a restauração dessa Ordem, abolida em 1312.

A Estrita Observância compreendia uma Ordem Interior de Cavalaria em dois graus (o noviciado, classe preparatória ao Segundo Grau, onde seria armado Cavaleiro), sobreposta a uma classe maçônica dividida em quatro graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre e Mestre Escocês (tal qual é adotado hoje no RER, apesar da separação entre o grau simbólico de Mestre Maçom e o grau superior de Mestre Escocês).

O Rito Francês e a Estrita Observância foram as duas principais fontes formais,, que serviram de receptáculo ao elemento mais essencial, ou seja, os ensinamentos de Martinez de Pasqually.

Personagem enigmático que nasceu, segundo certas fontes, em 1710, segundo outras, em 1727, em Grenoble, Dom Martinez de Pasqually, também, chamado de Pasqually de la Tour, ou Latour de las Casas, morreu em Porto Príncipe, em 20 de setembro de 1774.

Católico, de uma família de origem espanhola ou portuguesa, provavelmente de origem marrana, Martinez de Pasqually foi um grande teósofo, descrito por seus discípulos como um mestre, que possuía conhecimentos maravilhosos e era dotado de poderes transcendentais excepcionais.

Sua Doutrina, que inspiraria Jean Baptiste Willermoz e que seria o centro da Doutrina da Ordem dos Cavaleiros Elus Cohen do Universo, mais conhecida como Ordem dos Elus Cohen, é exposta em sua obra inacabada: “Tratado sobre a reintegração dos seres de acordo com suas propriedades primeiras, virtude e potência espiritual divina”, onde expõe a história ontológica do homem, de sua origem divina, de sua queda do estado primordial e original glorioso e dos meios da reintegração, através da iniciação, até seu estado primordial.

Jean Baptiste Willermoz estava intimamente convencido, depois de sua entrada na Ordem dos Elus Cohen, de que a Maçonaria deveria esclarecer o homem sobre sua própria natureza, sua origem e sua destinação.

Fortemente impressionado pelo ensinamento teosófico e teúrgico de Martinez, imediatamente se convenceu de que tomava contato com uma Doutrina puramente tradicional, que revelava a verdade da Maçonaria.

A partir daí, irá consagrar-se inteiramente a esse ensinamento, juntando à tradição esotérica cristã uma moldura maçônica, nascendo, assim, o fundo doutrinal do RER.

Primeiramente, Willermoz achava que a Estrita Observância Templária era o asilo perfeito para sua Doutrina. No entanto, ele percebeu, rapidamente, que ela não correspondia exatamente ao que desejava.

A Doutrina da Estrita Observância, para Willermoz, se afigurava como um ensinamento que visava a um objetivo temporal, ou seja, o renascimento da Ordem do Templo, enquanto instituição.

Da Estrita Observância, Willermoz retirou os elementos que achava importantes para sua própria Doutrina, e, a partir da fusão desses elementos com as fontes já citadas, elaborou o seu Próprio Sistema, ou seja, o RER.

Jean Baptiste Willermoz estruturou o RER com as divisões clássicas de uma sociedade tradicional, ou seja, em três classes concêntricas, cada uma delas correspondente a uma iniciação específica. Em uma visão de conjunto, teríamos:

Uma classe maçônica compreendendo quatro graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre e Mestre Escocês de Santo André. (Iniciação de Ofício);

Uma classe cavalheiresca, a Ordem Interior, compreendendo dois graus: Escudeiro Noviço e Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa (C∴B∴C∴S∴);

Uma classe sacerdotal secreta compreendendo duas categorias: o Professo e o Grande Professo. Hoje, só são praticadas as duas primeiras classes, sendo

o último Grau do Rito o de C∴B∴C∴S∴.A transformação, ocorrida entre a Estrita Observância

Templária e o Regime Escocês Retificado, ou seja, a estruturação do edifício ritual e doutrinal próprios do RER, foi, oficialmente, aprovada por duas assembléias gerais:

O Convento das Gálias, que se deu em Lyon, entre novembro e dezembro de 1778, e ratificou o “Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas” e o “Código da Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa”, que podem ser considerados como textos fundadores do RER, ainda em vigor;

O Convento de Wilhelmsbad, que se deu na Alemanha, em setembro de 1782, sob a presidência do Duque Ferdinando de Brunswick-Lunebourg e do Príncipe Charles de Hesse, os dois principais dirigentes da Estrita Observância, que se juntaram à reforma do Convento das Gálias. Segundo as decisões do Convento das Gálias,

confirmadas pelo Convento de Wilhelmsbad, o RER rejeitou a teoria sustentada pela Estrita Observância de filiação histórica com a Ordem do Templo, conservando um princípio de filiação espiritual, fundado na participação de uma tradição comum, colocada em evidência pela denominação de “Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa”

Além disso, a última classe secreta, a “Profissão”, não foi aprovada pelo Convento de Wilhelmsbad , apesar de continuar a ser praticada secretamente.

No plano temporal, o RER manteve a divisão geográfica da Estrita Observância Templária, inspirada na Ordem do Templo, em nove províncias, estando a França dividida em três províncias: Auvergne, Occitânia e Bourgogne.

Na época do eclipse da Ordem, suspensa no século XIX, o Grande Priorado Independente da Helvécia, herdeiro da 5ª Província (de Bourgogne), recolheu as chancelas e povoou duas outras províncias, tornando-se, assim, o conservador do RER no mundo.

Despertado na França, em 1910, por Edouard de Ribeaucourt, o RER, em 1913, será, juntamente com a Respeitável Loja “Le Centre des Amis” n° 1, a origem de restauração da Maçonaria regular na França, pela fundação da Grande Loja Nacional Independente e Regular para a França e as Colônias, que se tornaria, depois, a Grande Loja Nacional Francesa.

Hoje o RER é praticado por cerca de 4500 maçons retificados na França.

Os Grandes IniciadosOs Grandes Iniciados____________________________________________________________________________________________________________

Apolônio de Tyana*Apolônio de Tyana*Francisco Feitosa

Coluna “Os Grande Iniciados” tem como objetivo principal trazer à luz a Vida e Obra dos Excelsos Seres da

Grande Fraternidade Branca, que, ciclicamente, em sacrifício, melhor dizendo, em “sacro-ofício”, manifestam-se no plano terreno, em prol da evolução humana. Assim, aconteceu a esse Mestre da Sabedoria, contemporâneo do Mestre Jesus.

A

Esse artigo sobre Apolônio de Tyana é fruto de uma cuidadosa compilação, a fim de trazer aos nossos leitores a passagem no plano terreno daquele que foi um dos maiores Mestres da Alta Magia, além de elucidar o verdadeiro papel dos Excelsos Avataras, junto à humanidade.

Nascido entre 1 e 10 d.C., em Tyana, na Capadócia, Turquia, ou na Ásia Menor, como era conhecida à época, Apolônio de Tyana teve pais aristocratas e viveu entre sacerdotes, líderes e imperadores, questionando-lhes a ética e a desonestidade.

Apolônio, praticamente, é um desconhecido da maioria das pessoas, mesmo daquelas que têm uma boa formação religiosa. Aparentemente, parece estranho que uma figura tão relevante não seja citada nos livros, que versam sobre religião, somente aparecendo o seu nome em documentos secretos e em alguns poucos livros de ocultismo.

Quem foi e quem é Apolônio? - Uma misteriosa figura, que "apareceu" nesse ciclo de civilização, no início da era cristã (no século I). Os documentos que falam Dele, geralmente, nunca mencionam a palavra nasceu, e sim apareceu, isso porque, quando esteve diretamente na Terra, manifestava natureza divina. Entre os atributos dessa natureza, Ele, apenas, tinha um corpo aparente, se apresentava na Terra com corpo etéreo, tal como o de Jesus.

Em muitos pontos, a vida de Apolônio se assemelha à de Jesus. Até mesmo a Sua vinda à Terra foi anunciada pelo Espírito Santo.

Alguns documentos antigos afirmam que, certo dia, surgiu na Terra sem ascendentes, mas, também, há documentos que dizem ser filho de uma Virgem. O sobrenome Tyana é o mesmo nome da cidade, onde primeiro se apresentou na Terra.

Dotado de uma palavra fácil, eletrizante e convincente, logo depois se transformou num tribuno, ao mesmo tempo em que sua fama se popularizava, caminhando pelo resto do mundo e dando exemplo justo, bom e perfeito. Foi um espontâneo defensor dos injustiçados, capaz de praticar os mais arrojados e difíceis atos de bravura. Sua firmeza e energia de propósitos, mesmo diante do perigo, revelavam a todos sua coragem estóica. "Ele fora um Deus em forma de Homem!".

Apolônio viajou muito no tempo em que esteve na Terra, desde o Egito até a Mongólia, sempre sendo iniciado nas Ordens que Ele encontrava; não que precisasse ser iniciado, pois Ele já o era, como O Próprio disse para um sacerdote, quando pediu para ser iniciado: "Bem sabes por que não queres iniciar-me. Se o dizes, revelá-lo-ei: o meu crime é justamente conhecer bem melhor do que tu o rito da iniciação. Vim pedir-te por um ato de modéstia, submissão e simplicidade, a fim de que passasses por mais sábio do que Eu. Apenas isto!".

Logo depois que saiu da sua cidade natal, ficou conhecido como um neopitagórico. Em Nínive, na Babilônia, encontrou Damis, seu inseparável e fiel discípulo. De lá ambos foram para a terra dos encantos, a Índia, e percorreram a Mongólia e o Tibet, até que atingiram as montanhas do Himalaia.

Lá Apolônio deixou Damis e partiu só para um mosteiro, onde se tornou o "Senhor portador dos oito poderes da Yoga", o

mais alto Grau dos mosteiros daquela época. Nesse momento, dizem, uma áurea de Luz Lhe cingiu a cabeça de modo

permanente. Depois voltou e se encontrou com Damis partindo para a Grécia, onde começou a fase mais intensa de curar doentes,

no corpo e na alma, paralíticos, cegos, e até ressuscitar mortos, como aconteceu com uma moça em Roma. Durante o cortejo

fúnebre, Apolônio fez parar a procissão e, perguntando à morta seu nome, tocou-a, proferiu algumas palavras num sussurro e

ressuscitou-a. Suas curas eram famosas, afastava os maus espíritos e via o passado das pessoas. Filostrato (216 d.C.), erudito romano,

cita a realização de inúmeros outros milagres.Incrível é a similaridade dos feitos de Apolônio de Tyana

com os de Jesus. Vestindo-se com túnicas brancas, usava cabelo longo e andava descalço; ensinou a libertação do sofrimento a todos os

homens, independente de sua classe social, nacionalidade ou religião. Em

geral, ensinava seus discípulos pela manhã e o povo à tarde.

Uma das missões de Apolônio foi a de ensinar aos seguidores de Jesus como manipular as leis da natureza.

Alguns documentos dizem, e é verdade, que fez milagres idênticos àqueles feitos

por Jesus. O poder dele era tamanho, que, aonde chegava, as guerras eram

interrompidas, e os exércitos enterravam as suas armas. Também pregava, e, para

ouvi-Lo, vinham pessoas de lugares distantes.

Apolônio, por sua vez, ensinou como usar as leis da natureza, explicou como eram feitos os milagres Dele e de

Jesus; preparou os primeiros cristãos para disporem dos meios de curas e de

todos os outros, que Jesus utilizou. Mostrou o poder das cores, ensinou que tudo na natureza é vibração, fez ver que

existe uma polaridade em tudo quanto há e que as coisas podem ser

manipuladas pela luz, pelo som e coisas assim. Ensinou o valor das cores, portanto como usá-las nos templos, para obtenção de estados especiais de consciência.

Ensinou como usar a música, que tipo de música é adequado nas diferentes situações, e restabeleceu os meios

utilizados pelas ciências herméticas. Ensinou simbolismo, mostrou a linguagem simbólica por meio da qual uma pessoa pode entrar

em sintonia com planos superiores, com mundos hiperfísicos. Divulgou como se processam as transmutações na natureza e como conseguir isso, como intervir no astral, visando a certos resultados. Disse como captar o poder inerente a cada coisa, a cada cor, a cada

forma. Revelou o poder dos cristais e dos aromas e como usá-los nos diferentes níveis. Assim, estabeleceu formas de

ampliação da consciência, permitindo que as pessoas pudessem ter acesso a níveis superiores de consciência,

independentemente da interferência de forças espúrias. E, também trouxe ensinamentos de moral, o que atingia em cheio

a maioria dos governantes dos locais por que passou. Tendo o poder da profecia, também, profetizou alguns acontecimentos,

que logo ocorreram. Sendo assim, a Conjura I, tentáculo do "poder" das trevas, praticamente, arrasou o trabalho de Apolônio. Perseguiu,

inexoravelmente, a pessoa e, também, toda a obra maravilhosa estabelecida por Ele.

Apolônio sofreu perseguições terríveis, culminando com várias condenações, como uma vez em que, mesmo preso e julgado, falou para Damis e Demétrio esperarem-No em tal dia e tal hora na praia, e, quando chegou o dia e a hora marcada, simplesmente, apareceu lá ao lado dos dois; outra vez quando ia ser estraçalhado por uma matilha de cães ferozes, simplesmente, sumiu diante da vista de toda uma multidão. Tamanho fenômeno contribuiu, ainda mais, para fazer crescer o mito sobre Ele.

Depois da Sua partida, foi escrito um livro com Sua história e com grande parte dos Seus ensinamentos, apresentado em forma de um evangelho com oito capítulos. Os ensinamentos e o poder do Evangelho de Apolônio eram muito superiores àqueles dos quatro evangelistas da época de Jesus; nele, havia coisas, que faziam tremer aqueles elementos da Conjura, infiltrados no Cristianismo de então.

Após a condenação e desaparecimento, a Conjura ficara livre da presença direta de Apolônio, mas o Seu prestígio tornou-se logo lendário. Assim, a Conjura, que já havia experimentado, com relativo sucesso, o método do despistamento no seio do Cristianismo primitivo, logo passou a usá-lo entre os seguidores de Apolônio, que, em sua quase totalidade, eram cristãos.

No Cristianismo primitivo, a Conjura se infiltrou e procurou destruir os autênticos ensinamentos de Jesus, assumindo a direção das instituições em geral. No caso de Apolônio, ela, que já tinha muita influência dentro das comunidades cristãs, com alguma facilidade, pôde usar, com sucesso, o método da falsificação. Assim sendo, inundou o mundo de então com grande número de cópias falsas dos ensinamentos de Apolônio. Isso funcionou eficazmente, que, até hoje, só um "expert" em ocultismo é capaz de distinguir o que não é e o que é autêntico. Assim, em séculos futuros, Ele foi quase total e oficialmente esquecido, e o Seu nome colocado na galeria dos mitos.

Em todas as bibliotecas, membros da Conjura colocam obras falsas, como sendo de Apolônio, que, mais tarde, geraram suspeitas pelas incoerências nelas contidas. A incredulidade a respeito daquele Mestre, em parte, deve-se àquele trabalho de despistamento em torno de tudo aquilo que Ele realizou e que o qualificou como uma figura lendária. Assim sendo, quase tudo o que existe escrito sobre Apolônio e sobre ensinamentos a Ele atribuídos, em grande número, são falsos. Alguns documentos autênticos existem e são zelosamente guardados por algumas sociedades iniciáticas, sendo reservados aos iniciados nos Mistérios Maiores.

Por outro lado, a influência de Apolônio foi de tamanha magnitude, que o Cristianismo primitivo incorporou uma grande parcela dos ensinamentos, que têm sido usados em aplicações práticas. Assim sendo, a maior parte do ritual e do simbolismo da Igreja Gnóstica o tem como ponto de referência. Muitas pessoas indagam: De onde surgiram os símbolos e os vastos rituais, incorporados à Igreja Gnóstica, se Jesus jamais publicamente usou qualquer um deles? Há quem diga que foram incorporados de práticas pagãs, mas isso só é verdade se, como tal, for, também, incluída a doutrina de Apolônio, que deu origem à quase totalidade dos ritos e símbolos do Gnosticismo e, até mesmo, das diversas seitas cristãs, como a do Catolicismo.

É de causar admiração que, mesmo havendo estado e, até hoje, atuantes no seio da igreja, os membros da Conjura hajam deixado ficar os ritos e símbolos estabelecidos por Apolônio, desde que eles se constituíam poderosos meios de persuasão, de coesão e conseqüente manutenção da unidade religiosa.

Eis duas explicações possíveis: uma, que a Conjura desconhecia todo o potencial do simbolismo e ritualística, orientada

por Apolônio, assim, não vendo neles mais que encenações, portanto algo sem perigo algum. Na verdade, os próprios membros da Conjura

haviam apagado o conhecimento, até mesmo, para a maior parte daqueles que faziam parte do seu ciclo interno, conseqüentemente, o

potencial dos símbolos era algo desconhecido para eles. Segundo, julgando que, afastado Apolônio, os elementos mágicos, incorporados

aos ritos e símbolos, serviria, também, aos seus intentos, pois manteria a coesão daquela estrutura, que, de certa forma, ela já

dominava.Podemos dizer que ambas as afirmativas são verdadeiras: em

parte, a Conjura, desconhecendo o potencial ritualístico e simbólico, deixou que eles continuassem presentes no Cristianismo: por outro lado, sentiu que tudo aquilo era importante para a estruturação da

religião num bloco coeso, por ela administrado. Em muitos momentos, a Conjura deturpou o ritual e o simbolismo, tirou coisas benéficas e as substituiu por outras maléficas, como o uso do vinho,

portanto do álcool, no ritual da missa. Não é somente o ritual católico que se originou dos

ensinamentos de Apolônio; praticamente, a quase totalidade dos símbolos da magia, do hermetismo, do ocultismo, da gnosis e de

muitas outras formas de ocultismo provém de Apolônio.Publicamente, pouco de autenticidade nas publicações, feitas

sobre os ensinamentos atribuídos a Apolônio. Do Seu evangelho, existe uma pequena parte, já publicada; algumas poucas doutrinas

iniciáticas, também, e, mesmo assim, somente têm acesso a elas iniciados de grau elevado. O que chega às mãos dos profanos,

praticamente, são aquelas obras, preparadas especialmente pela Conjura, obras apócrifas, portanto, sem quaisquer significados

positivos. A um não-iniciado é possível a aquisição de, apenas, um trabalho autêntico, intitulado Nuctemeron, mas, até mesmo dele,

existem também algumas edições falsas. O título do livro significa: "O Dia de Deus que Resplandece nas Trevas" (O Deus que está

"aprisionado" em cada pessoa, ainda, envolvida em trevas. Isso equivale ao desabrochar da Centelha Cósmica em cada um, ao

desenvolvimento da consciência clara do Mestre de Cada Um).Assim, a circulação de suas biografias (inúmeras) foi evitada.

Após o Concílio de Nicéia (325 d.C.), em que foram designados os escritos canônicos, começou a perseguição de todos os demais, a

partir de então, considerados apócrifos. A sua famosa biografia, feita a mando da mãe do Imperador Caracalla por Flavius Filostratus

(Filostrato), em 216 d.C., é raríssima. Ela, Domina Julia, reuniu inúmeros manuscritos sobre Apolônio e, junto com o diário de seu

discípulo Damis, deu-os a Filostrato. Preservada secretamente pelos árabes, após a queima da Biblioteca de Alexandria, a obra de

Filostrato foi por eles liberada ao mundo ocidental, através de sua tradução ao latim, em 1.501. Os dois primeiros manuscritos de

Filostrato, publicados em inglês (1.680), foram rapidamente condenados pela Igreja, que se prontificou a queimar tantas cópias

quantas aparecessem. A única tradução completa para o inglês, feita por E. Berwick em 1.809 foi queimada e perseguida pela Igreja Cristã.

A temerosa comparação de seus milagres com aqueles do Jesus bíblico tornou imprescindível a queima de todos os registros de

sua existência, principalmente aqueles dos três primeiros séculos de nossa Era, pois mencionavam Apolônio como o grande líder espiritual

do primeiro século. Como coexistir dois Jesus?*compilação de vários artigos

Sondagem Geotécnica - EstaqueamentoProjetos e Obras Civis – Laudos Periciais

Ir∴HAMILTON S. SILVEIRAENGENHEIRO CIVIL GEOTÉCNICO

CREA 35679/D-RJ( (35) 3332-2353 / [email protected]

Rua Andradas 240/12 – S. Lourenço - MG

TrabalhosTrabalhos______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O TemploO TemploJosé Amâncio

emplo é, em geral, o nome atribuído ao local das reuniões dos membros de instituições iniciáticas, como é o caso da

Maçonaria. Cada grau, dentro da Maçonaria, possui painel próprio, contendo elementos que devem figurar no Templo em que se reúnem as Lojas.

TAntigamente, na falta de um local apropriado,

realizava-se a reunião onde fosse possível, sendo a configuração do painel feita através de um desenho de giz, no solo. Esse desenho era apagado ao final da sessão. Assim, segundo Boucher, o Templo “é a realização material do painel da Loja. Simbolicamente, é orientado como as igrejas: a entrada no ocidente, o sólio do Venerável no oriente, o lado direito ao meio-dia e o lado esquerdo no setentrião”.

A Maçonaria trata, em seu simbolismo, do Templo Humano, um templo espiritual, edificado no coração e na mente do Maçom, isto é, no seu corpo e na sua alma, para recolhimento do Bem, do Amor Fraternal, da Beneficência e da Concórdia. Lê-se em João, II, 18-21: “... Destruí este templo e em três dias eu o construirei de novo...”, adiante, o evangelista esclarece: “Ele dizia isto a respeito do templo de seu corpo”, e, ainda, em Coríntios, III, 16-17: “Não sabeis que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus – que sois vós – é sagrado”.

O Templo Maçônico retrata alguns dados arquitetônicos do templo que Salomão mandou erigir em Jerusalém, na colina do Monte Moriah, citado na Bíblia, para, com os referidos dados, perpetuar seus ensinamentos sobre simbolismo. Maçonicamente, é um templo apenas simbólico, uma imagem representativa do Universo, com suas maravilhas, e serve a ensino ministrado em Loja.

Esse primeiro Templo, também denominado Templo Santo, foi destruído pelo exército de Nabucodonosor, no ano décimo-primeiro do reinado de Sedécias, que foi o 21º rei da

raça de David, fato referenciado no Grau Filosófico do R∴E∴A∴A∴. A história da construção bem como a descrição detalhada do Templo de Salomão podem ser lidas no Primeiro

Livro dos Reis (1 REIS, V, 15 - VIII, 13).Denominam-se Maçonaria Salomônica os graus

atribuídos a Salomão, ou relacionados com a

construção do Templo de Jerusalém, e Colunas

Salomônicas as duas colunas situadas à entrada do Templo

(B∴ e J∴). Salomão, nono filho

de Davi, com Betsabéa, foi o terceiro rei do povo hebreu,

tendo sucedido a seu pai. Governou por cerca de 40

anos, seu governo constituiu-se um período de paz, de

trabalho e prosperidade para Israel. Sua sabedoria tornou-

se lendária em todo o Oriente, pois elevou à glória a

monarquia israelita e construiu o Templo de Jerusalém. Edificou as

muralhas da cidade e ampliou o cultivo das artes e das ciências. Seu nome acha-se ligado à ritualística maçônica, através de

inúmeras lendas, dos Graus Filosóficos do R∴E∴A∴A∴e do Rito de Misraim, entre outros. Seu nome, de shalomon, de

shalôm, significa “Paz, Pacífico, Santidade”. O Templo de Zerubabel, ou Zorobabel, tinha o dobro

das dimensões do primeiro. Afirma-se, em relato bíblico, que essa construção levou vinte e um anos devido à oposição dos

samaritanos, ressentidos com os judeus desde a divisão do reino, cerca do ano 976 a.C.

Um dos Graus Filosóficos faz alusão à construção do segundo Templo.

ReflexõesReflexões____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Palavras SábiasPalavras SábiasProfessor Henrique José de Souza

Visconde de Ouro Preto era tenazmente atacado por seus

inimigos. Quando se aproximou o final do Império e tal crítica foi escasseando, ele, procurando ler diariamente os jornais, dizia a seus amigos: “Meu prestígio está acabando”.

ODe fato, “a inveja é a causa da

perseguição aos gênios”.Sim, porque, se quiseres saber os

valores de alguém, busque o número de seus inimigos, pois cada um deles é um florão que orna a sua coroa.

Já temos ensinado por várias vezes: Eleva-se o homem na vida e se choca com a família. Se se eleva ainda mais, choca-se com o povo. Se mais ainda, com a Nação. E, finalmente, com o mundo inteiro.

É mau discípulo todo aquele que, ouvindo dos Mestres graves referências a outros discípulos e tomando isso por elogios à sua pessoa, contra seus Irmãos, investe furiosamente, juntando às palavras iniciáticas do Mestre suas próprias inventivas. Cega-o a vaidade, o orgulho e o amor próprio. Meditando, mais tarde, sobre tão estranha atitude, ouvirá a Voz do Silêncio, que é a Voz da própria consciência, que desse modo lhe falará:

Não te assistia o direito de assim te escorares na opinião do Mestre para censurar teus Irmãos faltosos, porquanto tuas faltas são iguais ou superiores as deles. Marchando a teu lado pelo mesmo caminho da Iniciação, era teu dever auxiliá-los a vencer as dificuldades, a corrigir-lhes os erros, a iluminar-lhes a vereda, servindo-te do conselho amigo e exemplo constante.

Fracassaste como discípulo julgando-te melhor do que os outros e não entendendo as palavras do Mestre. Mais um

Kalpa (eternidade) passará antes que de novo voltes ao caminho que nesta vida te iria redimir.

Que todos os discípulos tenham sempre na memória as regras sintetizadas

nas seguintes palavras: “Vida casta, mente livre e sem

preconceitos, coração puro, intelecto sequioso de conhecimentos, percepção

espiritual lúcida, fraternal carinho para com todos, boa disposição para receber e

transmitir conselhos e instruções, resignação e ânimo nos sofrimentos das

injustiças pessoais, firmeza inabalável de princípios, valorosa defesa dos

injustamente atacados, devoção perseverante para com o ideal do progresso

e perfeição da humanidade que a Ciência Sagrada descreve – tais são os degraus de

Oiro pelos quais o principiante pode alcançar o Templo da Sabedoria Divina”.

BoasDicasBoasDicas__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Sites Sites Conheça os sites: www.tempo-de-estudos.com - Artigos maçônicos e www.entreirmaos.net - o site da Família Maçônica.

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tem o apoio do GOB/GLMERS. Os interessados poderão, através do e-mail [email protected] se inscrever como doadores, bastando, para isso, fornecer nome e endereço completos, idade, telefone e e-mail para contato.

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