formação e manejo de pastagens na amazônia do brasil

Upload: newton-de-lucena-costa

Post on 06-Apr-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    1/24

    Disponible en: http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=63612648007

    RedalycSistema de Informacin Cientfica

    Red de Revistas Cientficas de Amrica Latina, el Caribe, Espaa y Portugal

    Lucena Costa, Newton de; Ramalho Townsend, Cludio; Avelar Magalhes, Joo;

    Tadeu Paulino, Valdinei; Gomes de Arajo Pereira, Ricardo

    Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    REDVET Revista electrnica de Veterinaria, Vol. VII, Nm. 1, enero-sin mes, 2006, pp.

    9-30

    Veterinaria Organizacin

    Espaa

    Cmo citar? Nmero completo Ms informacin del artculo Pgina de la revista

    REDVET Revista electrnica de [email protected]

    Veterinaria Organizacin

    Espaa

    www.redalyc.orgProyecto acadmico sin fines de lucro, desarrollado bajo la iniciativa de acceso abierto

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    2/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    9

    Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil(Establishment and management of pastures in Brazilians Amazonia)

    Newton de Lucena Costa*, Cludio Ramalho Townsend**, Joo AvelarMagalhes***, Valdinei Tadeu Paulino****, Ricardo Gomes de ArajoPereira**. *Embrapa Amap. **Embrapa Rondnia. ***Embrapa MeioNorte. ****Instituto de Zootecnia, Nova Odessa , So Paulo. Contacto:[email protected]

    RESMEN - En Amazona de Basil, lamayor parte de la alimentacin animalse basa en el uso de pastos y forrajes,lo cual determina que sea necesariotener un buen conocimiento de los

    diferentes sistemas de manejo yutilizacin de stos si se quierealcanzar la mayor produccin animalpor unidad de rea. El manejo depraderas tiene como objetivo esencialel de obtener una mayor produccin yproductividad animal mediante lautilizacin racional de los pastos en sumejor estado nutricional, con unrendimiento adecuado y buscando elmayor consumo por parte de losanimales en pastoreo, sin detrimento

    de la calidad de las praderas, ni de supersistencia. Un manejo tcnico depraderas requiere conocer lascaractersticas morfolgicas y hbito decrecimiento de los pastos, con el fin de

    tener en cuenta el sistema de pastoreode los potreros. En este trabajo sonrevisados los principales aspectos sobrela formacin y manejo de pasturastropicales, tales como mezclas de

    gramneas y leguminosas, fertilizantesy enmiendas, sistema de pastoreo,duracin de perodos de ocupacin ydescanso, carga animal y seleccin deespecies bien adaptadas al medio querenan caractersticas deseables comopersistencia, gustosidad, valornutritivo, digestibilidad, rendimiento,alta relacin de hojas a tallos,resistencia al pisoteo y alta capacidadde recuperacin.

    Palabras clave: germoplasmaforrajero, pasturas tropicales, manejo,sistemas de produccin de animal.

    RESUMO - Na Amaznia do Brasil, aspastagens cultivadas constituem aprincipal fonte de alimentao dosrebanhos, o que torna necessrio umbom conhecimento sobre os diferentessistemas de manejo e utilizao, de

    modo a obter-se uma maiorprodutividade animal. O manejo daspastagens tem como principal objetivoa obteno de uma maior produo eprodutividade animal mediante autilizao racional das pastagens, comrendimentos adequados de forragem debom valor nutritivo, sem afetar suapersistncia. O manejo requer oconhecimento das caractersticasmorfolgicas e hbitos de crescimentodas plantas forrageiras. Neste trabalho

    so revisados os principais aspectossobre a formao e manejo depastagens tropicais, tais comoconsorciao, calagem e fertilizao,durao dos perodos de ocupao edescanso, carga animal e seleo de

    germoplasma forrageiro adaptado scondies edafoclimticas regionais eque apresentem caractersticasagronmicas desejveis comopersistncia, palatabilidade, bom valornutritivo e digestibilidade, rendimentode forragem, alta relao folha/colmo,tolerncia ao pastejo e alta capacidadede recuperao aps o corte ou pasejo.

    Palavras chave: germoplasmaforrageiro, pastagens tropicais, manejo,sistemas de produo animal.

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    3/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    10

    1. Introduo

    As pastagens representam a principal e mais barata fonte de alimentos para os

    ruminantes, mas nem sempre so manejadas de forma adequada, muitas vezesdevido falta de conhecimento sobre suas condies fisiolgicas de crescimento ecomposio nutricional. Manejar uma pastagem de forma adequada significa produziralimentos em grandes quantidades, alm de procurar o mximo valor nutritivo daforragem. A produo de forragem afeta significativamente a capacidade de suportedas pastagens (nmero de animais que a pastagem comporta sem que suaprodutividade ou persistncia seja afetada), sendo influenciada pela fertilidade dosolo, manejo e condies climticas, enquanto que o valor nutritivo, representado pelacomposio qumica, digestibilidade e aproveitamento da forragem digestvel, afeta aproduo por animal (kg de carne/animal, produo de leite/vaca) e depende,primariamente, do consumo de forragem, o qual afetado pela palatabilidade,velocidade de passagem e disponibilidade da forragem. Associando-se a capacidade de

    suporte e a produo por animal, tem-se a produo por rea de pastagem, que viade regra o principal fator que determina a eficincia no manejo de pastagens.

    No manejo de uma pastagem deve-se procurar:

    a) manter a populao e a produtividade das espcies forrageiras existentes napastagem, visando a utilizao uniforme durante o ano;b) adequar o mximo rendimento e a qualidade da forragem produzida, combase no pastejo controlado, visando produo econmica por animal e porrea;c) suprir as exigncias nutricionais segundo as diferentes categorias de animale ciclo de produo; e,

    d) manejar adequadamente o complexo solo/planta/animal para produoeconmica, tanto para o produtor como para o consumidor, de produtos deorigem animal.

    Dentre os fatores relacionados ao manejo de pastagem, os mais sujeitos a intervenodireta do homem so:

    a) a produo e a qualidade da forragem produzida na pastagem;b) o consumo animal;c) sistema de pastejo adotado;d) equilbrio da composio botnica da pastagem; e,e) correo e fertilizao do solo na formao e manuteno da pastagem.

    O manejo de pastagens pode ser caracterizado como o controle das relaes dosistema solo-planta-animal visando a maior produo e melhor utilizao epersistncia das pastagens. Em termos prticos, um animal em pastejo representa aforma mais simples do sistema solo-planta-animal. O solo a base do sistema e atuacomo fonte de nutrientes para a pastagem. A planta a fonte de nutrientes para oanimal e atua como modificador das condies fsicas e qumicas do solo. O animalatua como modificador das condies do solo e da planta.Um manejo satisfatrio aquele em que: 1. controla-se a presso de pastejo, quepode ser expressa em termos de carga animal (nmero de animais por unidade derea), da forragem disponvel por animal ou da altura da pastagem aps um perodode utilizao (pastejo rotativo) ou em utilizao (pastejo contnuo); 2. controlam-se osperodos de ocupao e descanso, constatando a perfeita recuperao da pastagem.

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    4/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    10

    2. Princpios Bsicos do Manejo de Pastagens

    O corte ou pastejo de uma planta forrageira acarreta uma srie de alteraes em sua

    morfologia e fisiologia, sendo as principais:

    * diminuio na absoro de gua e, conseqentemente de nutrientes;

    * paralisao temporria no crescimento de razes; e,

    * menor eficincia fotossinttica.

    Com base nestas alteraes foram postulados os princpios bsicos do manejo depastagens, considerando os aspectos morfolgicos e fisiolgicos das plantas forrageiras.

    2.1. Aspectos morfolgicos

    A perenidade das gramneas forrageiras assegurada por sua capacidade de rebrotaraps cortes ou pastejos sucessivos, ou seja, sua habilidade de emitir folhas a partir demeristemas remanescentes, que lhe permite a sobrevivncia s custas da formao deuma nova rea foliar. Ademais, apresentam a capacidade de emisso de afilhos, osquais so produtos do desenvolvimento de gemas axilares que, quando localizadas nabase do colmo, so denominadas de gemas basilares e os afilhos delas originados deafilhos basais. A pastagem formada por uma populao de afilhos, em estadodinmico de renovao, sendo a persistncia das gramneas perenes atribudas, emparte, a essa contnua produo e substituio de afilhos.

    O fitmero a unidade bsica do afilho e composto por lmina, bainha foliar, n,entre-n, e gemas axilares. O desenvolvimento das folhas, o surgimento de afilhos

    originados das gemas axilares e a formao de razes so processos dedesenvolvimento do afilho como um todo, que apresentam similaridades, diferenas einteraes que resultam no acmulo de biomassa do afilho (Nabinger & Pontes, 2001).

    Quanto ao hbito de crescimento as plantas forrageiras podem ser divididas em doisgrupos: as cespitosas de crescimento ereto, formando touceiras e, asestolonferas/rizomatosas de crescimento rasteiro ou prostrado. As primeiras porexporem mais facilmente os seus meristemas apicais decapitao, necessariamentedevem ser manejadas sob pastejo menos intenso (manter resduos de maior porte) ousob pastejo rotativo; enquanto que as de crescimento rasteiro toleram pastejo maisintenso, pois seus meristemas apicais ficam menos expostos decapitao pelosanimais.

    Os meristemas apicais so os tecidos responsveis pela produo das novas folhas,alongamento dos caules e inflorescncias, determinantes na intensidade de rebrotalogo aps o corte ou pastejo. As gemas axilares e basilares so tecidos que promovema rebrota das plantas, sendo a presena das axilares fator determinante no manejo dopastejo em espcies forrageiras de crescimento cespitoso.

    As gramneas forrageiras, geralmente, durante a fase vegetativa mantm seumeristema apical prximo ao solo, contudo, na fase reprodutiva ocorre o alongamentodas clulas dos entre-ns, resultando na elevao do meristema apical, expondo-o eliminao atravs do corte ou pastejo. Os efeitos da intensidade de corte ou pastejona rebrota de um afilho podem ser visualizados na Figura 1 (Rodrigues & Rodrigues,1987). Na altura h1, quando as condies ambientais e nutricionais forem favorveis,

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    5/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    11

    o crescimento da planta ser pouco afetado, considerando-se que o processo defotossntese no foi interrompido. Em condies desfavorveis, poder ocorrer uma

    paralisao temporria no crescimento do sistema radicular, o que reduziria a taxa decrescimento logo aps a desfolha, sem contudo afetar a produo de forragem darebrota. A desfolha na altura h2, alm da eliminao de um elevado percentual defolhas fotossinteticamente ativas, poder remover pores do colmo mais prximas dosolo e que atuam como regies de armazenamento de CNE. Neste caso, a recuperaoda planta est relacionada com a intensidade dos danos causados ao sistema radiculare depende da rpida reposio de folhas pelos meristema apical. Finalmente, adesfolha na h3 ocorrer a remoo do meristema apical, resultando na paralisao docrescimento e eventual morte do afilho. Logo, a rebrota ser muito mais lenta, poisocorrer a partir de gemas basais ou axilares.

    As gramneas forrageiras apresentam diferenas entre espcies ou mesmo entrecultivares de uma mesma espcie, quanto precocidade na elevao e,

    conseqentemente, remoo do meristema apical. Costa (1991), avaliando os efeitosda freqncia (28, 42 e 56 dias) e altura de corte (10 e 20 cm acima do solo) em

    Andropogon gayanus cv. Planaltina, verificaram que seu afilhamento no foi afetadopela altura de corte, contudo, foi incrementado com cortes a cada 56 (38afilhos/planta) ou 42 dias (31 afilhos/planta). Cortes menos freqentes implicarammaior remoo de meristemas apicais (52,5; 40,4 e 28,6%, respectivamente paracortes a cada 56, 42 e 28 dias). Para pastagens de P. atratum cv. Pojuca, B.humidicola e de B. brizantha cvs. Marandu e Xaras, Costa & Paulino (1999) e Costaet al. (2003a) verificaram que o vigor de rebrota foi inversamente proporcional idade das plantas, ocorrendo o oposto quanto eliminao de meristemas apicais(Tabela 1).

    Figura 1.Estrutura de um afilho de gramnea. a) folhas expandidas e fotossinteticamente ativas; b)folhas que esto emergindo e que no atingiram sua capacidade fotossinttica total; c) folhas que noemergiram e que dependem dos assimilados produzidos por folhas mais velhas; d) meristema apical;e) gemas axilares; f) h1,h2, h3 = alturas de corte ou pastejo.

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    6/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    12

    Tabela 1.Vigor de rebrota aos 21 dias aps o corte (VR - kg de MS/ha) e remoo de

    meristemas apicais (RMA - %) de gramneas forrageiras tropicais, em funo dasidades das plantas.

    P. atratumcv. Pojuca

    B. brizanthacv. Marandu

    B. brizanthacv. Xaras

    B. humidicolaIdade dasplantas(dias) VR RMA VR RMA VR RMA VR RMA

    14 544 0,0 510 0,0 1.194 0,0 274 0,0

    21 1.027 0,0 638 8,0 1.330 5,2 385 0,0

    28 1.420 0,0 2.759 17,0 3.720 14,5 619 3,2

    35 1.365 12,5 2.740 22,3 3.360 25,3 1.013 6,9

    42 987 25,6 1.061 34,7 2.385 31,8 985 7,7

    Fonte: Costa & Paulino (1999); Costa (2002); Costa et al. (2003a).

    2.2. Aspectos fisiolgicos

    2.2.1. ndice de rea foliar (IAF)

    a relao entre a rea de folhas e a superfcie de solo que elas cobrem (m2 defolha/m2 de solo), expressando o potencial de rendimento de forragem, relacionadocom a utilizao da energia solar, atravs da fotossntese. Com o aumento dainterceptao da luz solar ocorrem, simultaneamente, incrementos no rendimento deforragem, at ser atingido um plat, quando as folhas mais velhas entram emsenescncia e so sombreadas pelas mais novas, acarretando a diminuio da

    eficincia fotossinttica com menores taxas de crescimento. Costa & Paulino(1998a,1999) verificaram que os IAF de gentipos de B. brizantha e B. humidicolaforam diretamente proporcionais idade das plantas, sendo os maiores valoresregistrados aos 35 e 42 dias de rebrota (Tabela 2). Para Paspalum atratum cv. Pojuca,o IAF foi significativamente incrementado em plantas com at 98 dias de rebrota,contudo as taxas de assimilao aparente - parmetro que representa a diferenaentre a fotossntese e a respirao, ou seja, uma estimativa da fotossntese lquida,devido ao auto-sombreamento das folhas - foram mximas no perodo compreendidoentre 14 e 28 dias de rebrota (Costa & Paulino, 1998b).

    O IAF timo de uma planta forrageira aquele associado com altos rendimentos,bem distribudos ao longo da estao de crescimento. Normalmente, ocorre quando

    as folhas interceptam cerca de 90% da energia radiante incidente. As leguminosas,por apresentarem as folhas na posio horizontal, so capazes de interceptaremmais luz por unidade de rea foliar do que as gramneas com suas folhas semi-eretas. Costa et al. (1999), avaliando a morfognese de trs gentipos de B.humidicola, verificaram que o IAF timo ocorreu com plantas aos 35 dias de rebrota,enquanto que para B. dictyoneura e P. maximum cv. Centenrio, este ocorreu noperodo entre 35 e 42 dias aps o corte das plantas (Costa et al., 2003c,d,e).

    O IAF remanescente, ou seja, a quantidade de tecido fotossinteticamente ativo quepermanece na planta aps o pastejo ou corte, de fundamental importncia nomanejo de uma pastagem. A rebrota se dar s expensas dos produtos dafotossntese das folhas remanescentes, desde que a quantidade de CO2 assimilada

    seja superior ou igual quantidade de CO2 liberada pela planta durante a respirao.

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    7/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    13

    No entanto, deve-se considerar que a eficincia fotossinttica diminui medida que asfolhas vo ficando mais velhas. Por outro lado, se as plantas

    forrageiras forem manejadas sob desfolha intensa, o crescimento do sistema radiculare o acmulo de carboidratos de reservas sero prejudicados. Para P. atratum cv.Pojuca, Costa et al. (2003b) observaram que o vigor de rebrota foi diretamenteproporcional ao IAF remanescente, sendo os maiores rendimentos de matria seca(MS) obtidos com cortes a 30 cm (29,1 t/ha), comparativamente a 15 cm acima dosolo (23,4 t/ha). Da mesma forma, Costa et al. (2000b), em pastagens de P. atratumcv. Pojuca, submetidas a pastejo rotativo (7 dias de ocupao por 21 dias dedescanso), verificaram que a carga animal afetou significativamente o IAFremanescente e, conseqentemente, a disponibilidade de forragem e MS residual defolhas (Tabela 3).

    Tabela 2. ndice de rea foliar de gentipos de B. brizantha, B. dictyoneura e B.

    humidicola, em funo da idade das plantas.

    Idade das plantas (dias)Gramneas14 21 28 35 42

    B. brizantha cv. Marandu 0,53 0,89 1,57 2,01 2,33

    B. brizantha cv. Xaras 0,61 1.41 2,30 2,86 3,07

    B. brizantha BRA-003395 0,52 0,79 1,32 1,70 1,98

    B. dictyoneura 0,80 1,57 2,44 2,97 3,38

    B. humidicola 0,73 0,92 1,45 2,26 2,58

    B. humidicola BRA-003564 0,86 1,17 1,80 2,64 2,94

    B. humidicola BRA-003545 0,98 1,40 1,93 2,71 2,89Fonte: Costa & Paulino (1998a); Costa et al. (1999; 2003d).

    Tabela 3. Disponibilidade de matria seca (DMS), matria seca residual de folhas(MSRF), matria seca da resteva (MSR), ndice de rea foliar (IAF) e ndice de reafoliar remanescente (IAFR) de Paspalum atratum cv. Pojuca, em funo da cargaanimal.

    EstaoCargaanimal(UA/ha)

    DMS(t/ha)

    MSRF(t/ha)

    MSR(t/ha)

    IAF IAFR

    Chuvosa1 2,0 3,58 a 1,30 a 2,84 a 2,78 a 0,69 a3,0 2,74 b 0,91 b 2,65 a 1,95 b 0,52 b

    Seca2 2,0 2,03 c 0,41 c 1,74 b 1,76 b 0,32 c

    3,0 1,41 d 0,28 d 1,65 b 0,80 c 0,27 c

    - Mdias seguidas de mesma letra no diferem entre si (P > 0,05) pelo teste deDuncan.1 Outubro a maio = 1.897 mm; 2 Junho a setembro = 278 mm.Fonte: Costa et al. (2000b).

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    8/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    14

    2.2.2. Taxa de aparecimento foliar (TAF)

    A TAF, geralmente expressa em nmero de folha/dia/afilho, uma varivelmorfognica que mede a dinmica do fluxo de tecido de plantas, influenciando

    diretamente cada um dos componentes da estrutura do relvado (tamanho da folha,densidade de afilho e folhas por afilho) (Lemaire & Chapman, 1996). Entre os termosusados para descrever o aparecimento foliar, plastocrono, auxocrono e filocrono,Wilhelm & McMaster (1995) apontam o filocrono, definido como o intervalo de tempotrmico decorrido entre o aparecimento de duas folhas consecutivas ou seja, o temponecessrio para a formao de uma nova folha, como o mais prtico e vivel.

    O filocrono para determinado gentipo relativamente constante durante odesenvolvimento vegetativo de um afilho, quando em condies ambientaisconstantes; contudo, Gomide (1997) pondera que a TAF, expressa em folhas/dia, estem funo do gentipo, do nvel de insero, dos fatores ambientais, dos nutrientesminerais, da estao do ano e da intensidade e freqncia de desfolhao. O equilbrio

    entre a TAF e a senescncia do afilho altamente dependente do regime dedesfolhao do pasto, o qual por sua vez determina a evoluo do ndice de rea foliar(IAF), que parece ser o fator mais importante na determinao do aparecimento e nasenescncia dos afilhos (Lemaire & Chapman, 1996). A TAF praticamente no afetada por uma desfolhao que remova apenas duas a trs folhas/afilho, mas diminuda em cerca de 15 a 20% quando todas as folhas de um afilho so removidas(Davies, 1974), demonstrando a intensa fora de demanda dos meristemas foliarespor assimilados aps uma desfolhao. O pastejo pode provocar uma leve tendncia adiminuir a TAF da rebrota aps uma desfolhao severa, o que pode ser conseqnciado aumento no comprimento da bainha das folhas sucessivas, determinando umamaior demora no surgimento de novas folhas (Skinner & Nelson, 1994a,b). Destaforma, a TAF de pastagens, mantidas em baixo IAF por desfolhao freqente,

    aparenta ser maior do que a observada em pastejo rotativo.2.2.3. Taxa de expanso foliar (TEF)

    A taxa de expanso foliar, expressa em mm/dia, correlaciona-se positivamente com orendimento forrageiro (Horst et al., 1978) e o rendimento por afilho (Nelson et al.,1977), mas negativamente com o nmero de afilhos/planta (Jones et al., 1979).Como o nmero de afilhos/planta depende da TAF, observa-se correlao negativaentre esta medida e a TEF (Zarrough et al., 1984). Enquanto a expanso da lminafoliar cessa com a diferenciao da lgula, o alongamento da bainha persiste at aexteriorizao da lgula. Modificaes na TEF ocorrem em funo de duascaractersticas celulares: nmero de clulas produzidas por dia (diviso celular) emudana no comprimento da clula (alongamento celular).

    Grandes variaes entre espcies e dentro de cada espcie so reportadas, em funodo manejo adotado e das condies climticas. Almeida et al. (1997), em P.

    purpureum cv. Ano, observaram um aumento da TEF de 2,0 para 3,4 cm/dia quandoem nveis maiores de oferta de forragem, que naturalmente proporcionam maioresresduos, maior senescncia e, conseqentemente, maior reciclagem de N. SegundoLemaire & Agnusdei (1999), cerca de 50% do carbono e 80% do nitrognio (N) reciclado das folhas durante o processo de senescncia, podendo ser usado pelaplanta para a produo de novos tecidos foliares. Costa et al. (1998a; 1999)verificaram que as TEF de gentipos de B. brizantha e B. humidicola foramdiretamente proporcionais idade das plantas, sendo os maiores valores registradosno perodo compreendido entre os 14 e 28 dias de rebrota (Tabela 4). Costa et al.

    (2000b, 2001, 2003c,e; 2004), em pastagens de P. atratum cv. Pojuca e P.

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    9/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    15

    maximum cvs. Tanznia-1, Massai, Centenrio e Mombaa, constataram que as TEFforam significativamente reduzidas com o aumento da presso de pastejo durante o

    perodo chuvoso, no sendo detectado efeito significativo no perodo seco (Tabela 5).Esta resposta desfolhao, provavelmente, est mais relacionada expanso celularque produo de clulas no-expandidas via diviso. Grant et al. (1981) observaramque a TEF positivamente correlacionada com a quantidade de folhas verdesremanescentes no afilho aps a desfolhao. A relao do tamanho do afilho com aTEF pode ser responsvel pela longa durao das taxas de alongamento por afilhopara populaes de afilhos de diferentes tamanhos.

    Tabela 4. Taxas de expanso foliar (mm/dia) de gentipos de B. brizantha e B.humidicola, em funo da idade das plantas.

    Idade das Plantas (dias)Gramneas 14 21 28 35 42B. brizantha cv. Marandu 17,13 15,38 11,10 7,11 7,98

    B. brizantha cv. Xaras 25,24 23,50 18,51 11,24 13,11

    B. brizantha BRA-003395

    15,58 16,51 9,39 9,78 7,47

    B. humidicola 12,07 15,14 11,75 8,70 7,44

    B. humidicola BRA-003564

    13,10 14,80 10,70 6,51 6,84

    B. humidicola BRA-003545

    15,32 17,49 16,21 12,10 11,49

    Fonte: Costa et al. (1998a; 1999).

    Tabela 5.Taxa de expanso foliar (mm/dia) de gramneas forrageiras tropicais, emfuno das estaes do ano e da carga animal.

    Estao

    Cargaanimal(UA/ha)

    P.atratumcv.Pojuca

    P.maximumcv.Tanznia

    P.maximumcv. Massai

    P.maximumcv.Centenrio

    P.maximumcv.Mombaa

    Chuvosa

    2,0 5,58 a 6,19 a 5,96 a 18,97 a 24,17 a

    3,0 4,72 b 4,17 b 4,02 b 13,76 b 20,05 bSeca 2,0 2,17 c 1,24 c 1,64 c 6,65 c 5,10 c

    3,0 1,84 c 1,11 c 1,01 c 4,90 c 4,11 c

    - Mdias seguidas de mesma letra, na coluna, no diferem entre si (P > 0,05) peloteste de Duncan.Fonte: Costa et al. (2000b, 2001, 2003c,e).

    2.2.4. Morfognese

    A emergncia, o alongamento, a senescncia e a morte de folhas definem o fluxo debiomassa em um relvado e determinam o IAF da pastagem, juntamente com sua

    populao de afilhos. Por isso, suas respectivas taxas so importantes parmetros noestabelecimento de modelos alternativos de manejo da pastagem, visando ao

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    10/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    16

    aumento de produtividade e eficincia de utilizao da forragem produzida (Grant etal., 1988; Parsons & Penning, 1988). Numa pastagem em crescimento vegetativo, naqual aparentemente apenas folhas so produzidas (pois ainda no h alongamentodos entrens) a morfognese pode ser descrita por trs caractersticas bsicas: taxa

    de aparecimento de folhas (TAF), taxa de expanso das folhas (TEF) e durao devida da folha (DVF) (Chapman & Lemaire, 1993). Estas caractersticas sodeterminadas geneticamente, porm influenciadas por variveis ambientais comotemperatura, disponibilidade hdrica e de nutrientes. A combinao destas variveismorfognicas genotpicas determina a dinmica do fluxo de tecidos e as principaiscaractersticas estruturais das pastagens:

    - Tamanho da folha, que determinado pela relao entre TAF e TEF, pois a duraodo perodo de expanso de uma folha uma frao constante do intervalo deaparecimento ou seja do filocrono (Robson, 1967; Dale, 1982);

    - Densidade de afilhos, que parcialmente relacionada com TAF, que por seu ladodetermina o nmero potencial de stios para o surgimento de afilhos (Davies,1974). Desta forma, genotipos com alta TAF apresentam alto potencial deafilhamento e assim determinam uma pastagem com uma densidade de afilhosmais elevada do que quelas com baixa TAF.

    - Nmero de folhas vivas por afilho, que o produto da TAF pela durao de vidadas folhas.

    Assumindo que, para um dado gentipo h uma relao constante entre rea ecomprimento da folha, o produto das trs caractersticas estruturais da pastagemdetermina o seu IAF.

    2.2.5. Carboidratos no-estruturais (CNE)

    So substncias orgnicas elaboradas e armazenadas pelas plantas forrageiras, emcertos perodos, nos rgos mais permanentes (razes, base dos caules, estoles, rizomasetc.), para serem utilizadas, em momento oportuno (rebrota aps pastejo, perodoscrticos, florescimento, dormncia), como fonte de energia para a respirao ou naconstituio de novos tecidos estruturais (Costa, 2002, 2003; Costa & Saibro, 1985). Nasgramneas e leguminosas forrageiras tropicais so representadas, principalmente, peloamido e de uma pequena proporo de glucose, frutose, sacarose e maltose.

    Quando as condies ambientais (temperatura, umidade, fertilidade do solo) e demanejo (carga animal e sistema de pastejo) so favorveis para o crescimento,normalmente no h acmulo de CNE, uma vez que eles so utilizados para a

    produo de forragem ou como fonte de energia para as plantas. Quando a sntese deCNE exceder os gastos com respirao e crescimento, ocorrer o seu acmulo.Dependendo do grau de desfolhao, o tecido foliar remanescente poder no suprir,via fotossntese, a quantidade necessria de CNE para o novo crescimento; nestecaso, haver uma mobilizao dos CNE como fonte de energia ou como substrato parao crescimento estrutural (Costa & Saibro, 1985; Botrel, 1990).

    Aps o pastejo ou corte que reduza drasticamente a rea foliar, observa-se umaqueda acentuada na concentrao de carboidratos de reservas, j que com ainterrupo do processo de fotossntese, estes so utilizados como fonte de energiapara a respirao e constituio de novos tecidos (rebrota). Com o progressivorestabelecimento da rea foliar e o aumento da capacidade fotossinttica da planta, o

    acmulo de carboidratos de reserva ser crescente, enquanto o processo de

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    11/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    17

    fotossntese se eqivaler ou superar o de respirao. Costa & Saibro (1990), avaliandoa flutuao estacional dos CNE em seis gramneas forrageiras, verificaram variaes

    significativas nos teores dos CNE, em funo das idades de rebrota, sendo as maioresredues observadas aos sete dias aps o corte, notadamente em P. guenoarum(53%), P. maximum (52%) e P. coryphaeum (42%), enquanto que B. humidicola(21%) apresentou a menor flutuao. Para todas as gramneas avaliadas houve umaalta correlao positiva e significativa entre o vigor de rebrota e os teores de CNE.Para pastagens de P. guenoarum, Costa & Saibro (1994) constataram um padrocclico de acmulo e utilizao de CNE, ocorrendo variaes significativas em funodas estaes do ano. Durante a primavera, vero e outono, os maiores teores foramobservados com cortes praticados com as plantas em estdio vegetativo, a 10 cmacima do solo, enquanto que durante o inverno no observou-se efeito significativo doestdio de crescimento (Tabela 6).

    Tabela 6.Percentagem de CNE na base do colmo e rizomas de P. guenoarum, emfuno do estdio de crescimento, altura de corte e estao do ano.

    Estaes do AnoEstdios decrescimento

    Altura decorte(cm)

    Primavera

    Vero Outono Inverno

    Vegetativo 5 9,3 11,8 7,5 9,6

    10 12,0 14,7 10,4 13,0

    Florescimento 5 7,8 10,5 8,0 10,8

    10 9,8 12,8 8,7 13,2

    Fonte: Costa & Saibro (1994).

    2.2.6. Interao IAF x CNE

    O potencial de crescimento das plantas forrageiras est diretamente correlacionadocom o seu IAF e a concentrao de CNE. Ward & Blaser (1961), com Dactylisglomerata, simularam dois nveis de concentrao de CNE (alto e baixo), associados rea foliar remanescente alta (5 cm) e baixa (0,25 cm). A rebrota subseqente denovas folhas foi influenciada pelos dois fatores, enquanto que a emisso de novosafilhos teve maior relao com a concentrao de CNE, j que a diviso e a expansocelular so estimuladas por estes e outros compostos orgnicos. No entanto,Humphreys & Robinson (1966) verificaram que a rebrota de Panicum maximum foi

    mais dependente do IAF remanescente aps o corte que da concentrao de CNE(Tabela 7). Para Gomide et al. (1979) e Nascimento et al. (1980), a velocidade derebrota de P. maximum, H. rufa e M. minutiflora foi direta e positivamentecorrelacionada com a percentagem de meristemas apicais remanescentes aps o corteou pastejo. A importncia dos CNE seria mais evidente no perodo em que os cortesno resultam em intensa decapitao de afilhos, podendo limitar-se aos primeiros diasde recuperao aps o corte, enquanto se expandem as primeiras folhas. Com plantasem idades mais avanadas, devido ao processo de alongamento do caule, o vigor derebrota fica na dependncia da preservao dos meristemas apicais. Rebrotas maisvigorosas foram constatadas em plantas cortadas aos 28 dias de idade, quando ento,os nveis de CNE j haviam se estabilizado e a eliminao de meristemas apicais aindaera baixa.

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    12/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    18

    Tabela 7. Efeito do nvel inicial de CNE e do IAF remanescente na rebrota(g/vaso/dia) de plantas de Panicum maximum, aos 20 dias aps o corte.

    Nvel de CNE (g/vaso)IAF Inicial 0,6 1,1 1,5

    0,0 1,21 1,02 1,55

    0,3 1,95 1,77 2,15

    0,8 2,72 1,87 2,89

    Fonte: Humphreys & Robinson (1966).

    Diante do exposto, pode-se inferir que tanto o super como o subpastejo soprejudiciais pastagem. No superpastejo as desfolhaes intensas e freqenteseliminam drasticamente a rea foliar e, conseqentemente esgotam os CNE dasplantas, alm de exporem seus pontos de crescimento decapitao, redundando em

    menor produo de forragem (vigor de rebrota) e persistncia das plantas forrageiras.No subpastejo ocorre o acmulo de tecidos com baixa capacidade fotossinttica esenescentes, resultando em menor rea foliar ativa, com diminuio dos teores deCNE, implicando produo de forragem com baixo valor nutritivo.

    3. Prticas de Manejo de Pastagens

    No manejo de pastagens o principal objetivo assegurar a produtividade animal, alongo prazo, mantendo sua estabilidade e persistncia. Para que se possa alcanar altaproduo animal em pastagens, trs condies bsicas devem ser atendidas:

    a) alta produtividade de forragem com bom valor nutritivo, se possvel, com distribuio

    estacional concomitante com a curva anual dos requerimentos nutricionais dos animais;b) propiciar aos animais elevado consumo voluntrio; e

    c) a eficincia de converso alimentar dos animais deve ser alta.

    Dentre os fatores de manejo que mais afetam a utilizao das pastagens, destacam-sea carga animal e o sistema de pastejo. A carga animal ou intensidade de pastejo influina utilizao da forragem produzida, estabelecendo uma forte interao com adisponibilidade de forragem como conseqncia do crescimento das plantas, dadefolhao e do consumo pelos animais. J, o sistema de pastejo est relacionadocom os perodos de ocupao e descanso da pastagem e tem por finalidade bsicamanter uma alta produo de forragem com bom valor nutritivo, durante a maior

    parte do ano, de modo a maximizar a produo por animal e/ou por rea.

    3.1. Manejo de formao

    A utilizao intensa das pastagens, logo aps o seu estabelecimento podecomprometer sua produtividade e diminuir sua vida til. Se o plantio foi bemsucedido e ocorreu boa emergncia de plantas, aproximadamente 3 a 4 meses aps,quando a espcie forrageira atingir uma altura aproximada de 30-40 cm (plantasprostradas) e 60-100 cm (plantas cespitosas), faz-se um pastejo inicial e rpido comuma carga animal de 4 a 6 UA/ha, preferencialmente utilizando-se animais jovens,visando a consolidar o sistema radicular e estimular novas brotaes, contribuindotambm para maior cobertura do solo. Segue-se uma limpeza das plantas invasoras,

    replantio das reas descobertas e descanso das pastagens at o completo

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    13/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    19

    estabelecimento. No entanto, recomenda-se no iniciar o pastejo durante a primeira

    estao chuvosa. Quando se tem uma densidade de plantas muito baixa, desejveldeixar que estas cresam livremente para a produo de sementes e, ento, dar-se-um pastejo para que os animais auxiliem na queda e distribuio das sementes emtoda a rea, favorecendo, dessa forma, a ressemeadura natural na estao chuvosaseguinte (Costa, 2002; 2003).

    3.2. Sistemas de pastejo

    Um sistema de pastejo composto basicamente por:

    a) Dias de ocupao: perodo em que os animais permanecem pastejando uma

    determinada rea;b) Dias de descanso: perodo compreendido entre dois pastejos subseqentes, no

    qual a pastagem fica em repouso para rebrotar, variando desde o pastejocontnuo, com zero dia de descanso, at sistemas com uma ampla relao dedias de descanso, em que o perodo de ocupao pode ficar reduzido a um diaou menos, como ocorre no pastejo rotativo; e

    c) Presso de pastejo: a relao entre o peso vivo dos animais em pastejo e aquantidade de forragem disponvel na pastagem, normalmente expressa em kgde MS oferecida (disponvel) por 100 kg de peso vivo/dia, ou seja, uma pressode pastejo de 3% significa uma oferta diria de 3 kg de MS disponvel para cada100 kg de peso vivo/dia. Diferencia-se do conceito de taxa de lotao, pois este

    relaciona a carga animal com a rea, no levando em considerao adisponibilidade de forragem.

    Independentemente do mtodo de pastejo, contnuo ou rotativo, a presso de pastejo o principal fator que determina o sucesso ou insucesso no manejo de umapastagem. Partindo-se do princpio em que os demais componentes do sistema nosejam limitantes, a mxima produo por animal (p.e. kg de leite/vaca) determinada pelo valor nutritivo (qualidade) da forragem disponvel, e a mximaproduo por rea (kg de leite/ha = kg de leite/vaca x nmero de vacas/ha) funoda quantidade de forragem disponvel na pastagem. A mxima produo por animal epor rea no pode ser atingida simultaneamente.

    No manejo de uma pastagem deve-se procurar manter a presso de pastejo e/oudisponibilidade de forragem em nveis que, embora no representem o mximoganho por animal, propiciem os maiores ganhos por rea (zona de amplitudetima), pois, desta forma, a pastagem estar expressando o seu potencialprodutivo, ou seja, conciliando elevada produo de forragem com alto valornutritivo (Figura 2).

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    14/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    20

    O mximo ganho por animal ocorre quando a presso de pastejo baixa e/ou adisponibilidade de forragem alta, o que propicia o pastejo seletivo por parte dos

    animais (rea de subpastejo); em casos extremos o desempenho animal poder serprejudicado, devido ao decrscimo na qualidade da forragem, em funo do acmulode material senescente. medida que a presso de pastejo vai aumentando e/ou adisponibilidade de forragem vai diminuindo o ganho/rea crescente e o por animal decrescente; inicialmente as taxas so pequenas, mas com o aumento na restrio deforragem disponvel as taxas de decrscimo passam a ser maiores, at ser atingido oponto em que tanto o ganho/rea como por animal, passam a ser decrescentes (reade superpastejo), chegando-se ao plat em que os ganhos so nulos. Um dos fatoresque limitam o manejo de pastagens com base na presso de pastejo a determinaoda disponibilidade de forragem, pois as tcnicas tradicionais de corte e pesagem daforragem so onerosas (mo-de-obra, tempo, custo), embora as metodologias dedupla amostragem, que procuram correlacionar amostragens de corte com estimativasvisuais, realizadas por avaliadores treinados, representem um grande avano nestesentido.

    Uma forma simples e prtica de se estimar a disponibilidade de forragem em umapastagem atravs da altura de suas plantas, desde que a densidade e a composiobotnica estejam adequadas, uma vez que estas variveis guardam uma estreitacorrelao entre si. As alturas mnimas recomendadas para o manejo, sob pastejocontnuo e rotativo, e uma estimativa da capacidade de suporte das principaisgramneas forrageiras cultivadas na regio Amaznica so apresentadas nas Tabelas 8e 9.

    Figura 2.Relao da presso de pastejo (n) com o ganho por animal (g) e o ganho por unidadede rea (G)(Mott, 1960).

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    15/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    21

    Tabela 8.Alturas recomendadas como indicadoras da presso de pastejo consideradastimas para gramneas forrageiras tropicais.

    Alturas mnimas de pastejo (cm)Pastejo rotativoGramneas Pastejo

    contnuo Entrada Sada

    A. gayanus cv. Planaltina 40-50 80-120 30-40

    B. brizantha cvs. Marandu, Xaras 30-40 80-100 25-30

    B. decumbens, B. ruziziensis 20-25 30-40 15-20

    B. dictyoneura, B. humidicola 15-20 30-40 10-15

    C. dactylon, C. nlenfluensis 15-20 25-30 10-15

    P. maximum cvs. Tobiat, Mombaa 40-50 120-140 30-40

    P. maximum cvs. Tanznia, Centenrio,Vencedor

    40-50 80-120 30-40

    P. maximum cv. Massai 25-30 50-70 20-25

    P. atratum cv. Pojuca 25-30 40-60 15-20

    S. sphacelata 30-40 80-100 25-30

    3.2.1. Tipos de pastejo

    a) Pastejo Contnuo: caracteriza-se pela permanncia dos animais na pastagem durantetoda a estao de pastejo, podendo a carga animal ser fixa ou varivel. Apresentareduzido investimento em instalaes e equipamentos; maior seletividade dos animaisna coleta de forragem e distribuio irregular do pastejo, fezes e urina. A variao nacarga animal recomendada, dada a estacionalidade na produo de forragem duranteo ano, adotando-se uma lotao para o perodo chuvoso e outra, menor, para o perodoseco. Quando se adota carga animal fixa, a lotao utilizada deve ter como base acapacidade de suporte no perodo seco; havendo sobra de forragem na estaochuvosa, esta poder ser utilizada como feno-em-p durante o perodo secosubseqente. A distribuio de bebedouros (aguadas), cochos para mineralizao esombreamento (natural ou artificial) deve ser bastante racional, de modo a minimizar opastejo desuniforme. Em geral, este sistema apresenta baixa produtividade erentabilidade inferior aos sistemas rotacionados;

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    16/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    22

    Tabela 9. Estimativas da capacidade mdia de suporte (UA/ha)1 das principaisgramneas forrageiras tropicais.

    Pastejo contnuo Pastejo rotativoGramneas Chuva Seca Chuva Seca

    A. gayanus cv. Planaltina 1,5 1,0 2,2 1,2

    B. brizantha cvs. Marandu, Xaras 1,5 1,0 2,5 1,2

    B. decumbens, B. ruziziensis 1,5 1,0 2,0 1,2

    B. dictyoneura, B. humidicola 1,8 1,0 2,5 1,4

    H. rufa 1,0 0,5 1,2 0,6

    P. maximum cvs. Tobiat, Mombaa 2,0 0,6 2,8 1,0

    P. maximum cvs. Tanznia, Centenrio,Vencedor

    1,6 0,6 2,5 1,0

    P. maximum cv. Massai 1,5 0,8 2,2 1,0P. atratum cv. Pojuca 2,0 1,0 2,5 1,2

    S. sphacelata 1,5 0,8 2,0 1,01 UA: unidade animal equivalente a 450 kg de peso vivo.- Dados obtidos com base em resultados de pesquisas, literatura disponvel para a

    Regio Amaznica, utilizando-se prticas de manejo compatveis com ascaractersticas agronmicas de cada espcie: pastejo contnuo com ajuste estacionalda carga animal; pastejo rotativo (um a sete dias de ocupao e 21 a 35 dias dedescanso); moderados nveis de adubao (50 kg de P2O5/ha); sem suplementaoalimentar e com adequada mineralizao do rebanho.

    b) Pastejo rotativo: as reas so subdivididas em dois ou mais piquetes,proporcionando descansos peridicos s plantas forrageiras, cuja durao depende donmero de divises e extenso do perodo de ocupao de cada piquete. A cargaanimal ou a presso de pastejo pode ser fixa ou varivel. Quando utiliza-se apenasdois piquetes o pastejo dito alternado. Caracteriza-se por maior investimento eminstalaes e equipamentos; menor seletividade animal; manejo mais sofisticado edistribuio mais regular do pastejo, fezes e urina. As leis universais do pastejorotativo foram estabelecidas por Andr Voisin, as quais esto fundamentadas nosprincpios fisiolgicos das plantas forrageiras e nas prticas adequadas de manejo dosrebanhos (Voisin, 1974):

    1 Lei - Para que uma pastagem, cortada pelo dente do animal, d sua produtividademxima, preciso que entre dois cortes sucessivos haja tempo suficiente (perodo de

    descanso) para permitir pastagem:

    a) acumular, em suas razes, reservas orgnicas necessrias para uma nova rebrota;

    b) propiciar um alto vigor de rebrota com a mxima produo diria/rea (partesigmide da curva de crescimento);

    2 Lei - O tempo total de ocupao de um piquete deve ser suficientemente curto paraque uma planta pastejada no primeiro dia, no o seja de novo antes da sada dosanimais (a nova rebrota da forrageira no deve ser pastejada imediatamente);

    3 Lei - preciso auxiliar os animais que possuam exigncias nutricionais maiores aconsumir maior quantidade de forragem de melhor qualidade (dividir o rebanho emlotes);

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    17/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    23

    4 Lei - Para que uma vaca d produes regulares, ela no deve permanecer maisque trs dias sobre um mesmo piquete. Os rendimentos sero mximos se ela no

    permanecer mais que um dia no mesmo piquete.De acordo com o manejo dos animais e das pastagens, o pastejo rotativo podeapresentar algumas variantes:

    b.1) Um grupo de animais: os mesmos animais permanecem na pastagem durantetodo o perodo de utilizao;

    b.2) Dois grupos de animais: nos primeiros dias de ocupao o pastejo realizadopelos animais despontadores (categorias de maior exigncia nutricional), seguidospelos animais rapadores (categorias de menor exigncia nutricional);

    b.3) Creep grazing: no caso do rebanho de cria, em que os piquetes so dotados deporteiras especiais, que permitem apenas a passagem de bezerros (as) s pastagens

    de melhor valor nutritivo;b.4) Em faixas ou racional: os pastejos so realizados em faixas, dimensionadas parasuprir as necessidades dirias do rebanho; como referncia considerar 100 m2/dia/UAa rea de pastagem a ser utilizada; e

    b.5) Diferido: consiste em se manter, durante o final do perodo das chuvas, reas depastagens diferidas (sem animais), com a finalidade de acumular forragem (feno-em-

    p) para utilizao durante o perodo seco, prevendo-se uma rea de 0,5 a 1,0ha/animal.

    c) Pastejo rotacionado intensivo: desenvolvido pela Embrapa Amaznia Oriental, emBelm, Par, busca o aproveitamento mximo da forragem de melhor qualidadenutritiva, ajustando-se os perodos de pastejo fisiologia de rebrota das plantasforrageiras, evitando-se a perda de qualidade pela maturao ou excesso de pisoteio.O acompanhamento da pastagem deve ser dirio, com aplicao de fertilizantes,mineralizao adequada dos animais e o permanente controle de plantas invasoras. Operodo de pastejo deve ser curto (um a sete dias), deixando-se, por ocasio daretirada dos animais, um estoque de forragem nunca inferior a 1,5 t de MS/ha.Recomenda-se a diviso da pastagem em um mnimo de seis piquetes. A capacidadede suporte neste sistema de manejo alta, alcanando at 4 UA/ha (Costa et al.,2000a).

    3.2.2. Diviso das pastagens

    A diviso das pastagens uma prtica de grande importncia tanto para o manejo do

    rebanho quanto das pastagens. O nmero de divises varia de acordo com ascategorias animais existentes no rebanho e do sistema de pastejo adotado (contnuo,alternado ou rotativo). Em geral, mdulos constitudos por 8 a 12 piquetes soadequados para a maioria das situaes. O tamanho das divises depende de cadarebanho (nmero de animais por categoria animal) e da capacidade de suporte daspastagens. A distribuio e a forma das divises devem ser compatveis com adisponibilidade das aguadas naturais da propriedade, sempre visando economia decercas. O nmero de subdivises (piquetes) a ser adotado em um sistema de pastejorotativo definido pela frmula:

    Nmero de subdivises = Perodo de descanso + 1

    Perodo de ocupao

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    18/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    24

    Recomenda-se, sempre que possvel, acrescentar mais algumas subdivises, para seter maior flexibilidade no manejo e como precauo nos perodos de escassez deforragem. Um grande nmero de divises, alm de onerar os custos com construode cercas, bebedouros etc., no se traduz em aumentos significativos nos perodos dedescanso das pastagens. Em condies normais, perodos de descanso oscilandoentre 21 a 42 dias permitem o pleno restabelecimento, aps o pastejo da maioria dasgramneas forrageiras tropicais (Tabela 10). Menores intervalos entre pastejospodero ser adotados, desde que as condies de solo e clima sejam favorveis e sejamantida boa quantidade de tecido foliar remanescente. Em geral, o perodo de pastejono deve ultrapassar 7 dias, pois medida que prolonga-se o pastejo, h o risco de osanimais passarem a consumir as novas brotaes, o que pode comprometer apersistncia das pastagens. Quanto menor o tempo de permanncia dos animais napastagem, melhor ser o aproveitamento da forragem disponvel.

    Tabela 10.Perodos de descanso recomendados para o manejo das principais gramneas

    forrageiras, sob pastejo rotativo.

    Gramneas Perodos de descanso (dias)

    A. gayanus cv. Planaltina 28 42B. brizantha cv. Marandu, Xaras 28 35B. decumbens, B. ruziziensis 28 - 42B. dictyoneura, B. humidicola 21 - 35C. dactylon, C. nlenfluensis 21 - 28P. maximum cvs. Tobiat, Mombaa 28 - 42P. maximum cvs. Tanznia, Centenrio,Vencedor

    28 - 35

    P. maximum cv. Massai 28 - 35P. atratum cv. Pojuca 21 - 35P. purpureum cvs. Cameroon, Pioneiro 35 - 49S. sphacelata 35 - 42

    3.2.3. Sistemas de pastejo x produo animal

    O desempenho animal em pastagens est diretamente correlacionado com a disponibilidadee com o valor nutritivo da forragem (composio qumica, digestibilidade e aproveitamentoda forragem digestvel), as quais afetam o consumo e, conseqentemente, a eficincia detransformao de forragem em produtos animais (carne e leite). A utilizao de prticas demanejo adequadas, notadamente, carga animal e sistema de pastejo, podem maximizar aproduo animal, alm de assegurar a persistncia das pastagens. Geralmente, com autilizao de taxas de lotao baixas o sistema de pastejo contnuo pode ser superior aopastejo rotativo, ocorrendo o inverso quando so utilizadas taxas de lotao mais altas.

    Em pastagens de A. gayanus cv. Planaltina, pastejadas por ovinos deslanados, oaumento da carga animal (6, 12 e 18 an/ha) reduziu significativamente a disponibilidadede forragem e o ganho de peso dirio, contudo implicou na obteno dos maiores teoresde PB. A carga animal mais adequada foi de 12 an/ha, a qual alm de assegurar a

    persistncia da pastagem, proporcionou melhor desempenho animal durante o ano. A

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    19/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    25

    utilizao de 18 an/ha mostrou-se invivel, j que resultou num processo de degradaocompleta da pastagem (Costa et al., 1995). Gonalves et al. (1986), avaliando o

    desempenho produtivo de bovinos de corte em pastagens deA. gayanus cv. Planaltina,submetidas a pastejo contnuo, com ajustes das taxas de lotao, em funo dadisponibilidade de forragem, constataram, durante o perodo chuvoso, que os ganhos depeso/rea foram diretamente proporcionais s taxas de lotao, ocorrendo o inversoquanto ao ganho de peso/animal, enquanto que durante o perodo seco, o melhordesempenho animal foi registrado com a taxa de lotao mdia (1,5 UA/ha) (Tabela 11).

    Tabela 11.Ganho de peso de novilhos anelorados em pastagens de A. gayanus cv.Planaltina, submetidas a diferentes taxas de lotao.

    Taxas de lotao (UA/ha)Perodo chuvoso1 Perodo seco2Ganho depeso1,22 1,97 2,81 0,77 1,50 2,23

    kg/an/dia 0,741 0,600 0,630 0,545 0,385 0,160kg/ha/dia 0,904 1,182 1,770 0,420 0,578 0,357

    kg/ha/perodo 190,7 249,4 373,5 35,7 49,1 30,31 Perodo chuvoso = 211 dias; 2 Perodo seco = 85 dias.Fonte: Gonalves et al. (1986)

    Em pastagens de H. rufa, Gonalves et al. (1990) obtiveram maior ganho depeso/animal com a utilizao de pastejo contnuo e taxa de lotao de 1,5 an/ha,

    enquanto que com 3,0 an/ha, no foi constatado efeito de sistema de pastejo sobre aproduo de carne/ha (Tabela 12). No entanto, em pastagens de S. sphacelata cv.Kazungula, Gonalves et al. (1988), durante o perodo chuvoso, verificaram que opastejo rotativo implicava maior ganho/animal com a utilizao de 1,0 ou 1,5 UA/ha,no sendo detectado efeito significativo entre sistemas de pastejo quando dautilizao de 2,0 UA/ha; contudo, durante o perodo seco, o pastejo rotativo resultouem melhor desempenho animal, no sendo constatado efeito significativo de cargaanimal. Quanto ao desempenho animal/rea, o pastejo rotativo, independentementeda carga animal, resultou num acrscimo de 168% no ganho de peso/ha,comparativamente aos obtidos com o pastejo contnuo (Tabela 13). A disponibilidadede forragem registrada com a utilizao do pastejo rotativo foi, em mdia, 96,7%superior quela obtida com o pastejo contnuo (2,85; 2,14 e 1,86 x 1,99; 0,93 e 0,57t MS/ha, respectivamente para cargas de 1,0; 1,5 e 2,0 UA/ha).

    Tabela 12. Ganho de peso de novilhos anelorados em pastagens de H. rufa, emfuno do sistema de pastejo e da carga animal. Presidente Mdici, Rondnia.

    Carga animal Ganho de pesoSistema depastejo (an/ha) kg/animal kg/ha

    Contnuo 1,5 134 a 201 b

    Contnuo 3,0 110 b 330 a

    Rotativo1 3,0 113 b 339 a

    - Mdias seguidas de mesma letra, na coluna, no diferem entre si (P > 0,05) peloteste de Duncan.1 10 dias de ocupao x 30 dias de descanso. Fonte: Gonalves et al. (1990).

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    20/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    26

    Tabela 13. Desempenho produtivo de novilhos Nelore em pastagens de S. sphacelatacv. Kazungula, em funo do sistema de pastejo e da carga animal.

    Ganho de pesokg/animal/diaSistema depastejo Carga animal(UA/ha)Chuva Seca

    kg/ha/ano

    Contnuo 1,0 0,329 b 0,007 c 123,5 b

    1,5 0,280 c -0,106 b 91,0 c

    2,0 0,244 d -0,156 b 73,5 d

    Rotativo1 1,0 0,453 a 0,235 a 255,5 a

    1,5 0,301 b 0,221 a 257,0 a

    2,0 0,242 d 0,196 a 262,0 a

    - Mdias seguidas de mesma letra no diferem entre si (P > 0,05) pelo teste deDuncan.

    1 14 dias de ocupao x 56 dias de descanso. Fonte: Gonalves et al. (1988).

    Referncias Bibliogrficas

    1. ALMEIDA, E.X.; SETELICH, E.A.; MARASCHIN, G.E. Oferta de forragem evariveis morfognicas em capim-elefante ano cv. Mott. In: REUNIO ANUALDA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34., 1997, Juiz de Fora. Anais...Juiz de Fora: SBZ, p.240-242, 1997.

    2. BOTREL, M. de A. Bases fisiolgicas para o manejo de pastagem. CoronelPacheco: Embrapa Gado de Leite, 1990. 19p. (Embrapa Gado de Leite.Documentos, 35).

    3. CHAPMAN, D; LEMAIRE, G. Morphogenetic and structural determinants of plantregrowth after defoliation. In: INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS, 17.,1993, Palmerston North. Proceedings... Palmerston North: New ZealandGrassland Association, 1993. p.95-104.

    4. COSTA, N.A. da; MOURA CARVALHO, L.O.D.; TEIXEIRA, L.B.; SIMO NETO, M.Pastagens cultivadas na Amaznia. Belm: Embrapa Amaznia Oriental,2000a. 151p.

    5. COSTA, N. de L. Efeito da altura e freqncia de corte sobre a produo deforragem, composio qumica e perfilhamento do capim-andropogon( Andropogon gayanus cv. Planaltina). In: REUNIO ANUAL DA SOCIEDADE

    BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 27., 1991, Joo Pessoa. Anais... Joo Pessoa:SBZ, 1991. p.97.

    6. COSTA, N. de L. Formao e manejo de pastagens na Amaznia brasileira. In:SEMINRIO INTERNACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DAPECURIA NA AMAZNIA, 1., 2003, Porto Velho. Anais... Braslia:IICA/PROCITRPICOS, 2003. 19p. (CD-ROM).

    7. COSTA, N. de L. Formao e manejo de pastagens em Rondnia. In:SEMINRIO REGIONAL AGRONEGCIO LEITE, 1., 2001, Ji-Paran. Anais...Porto Velho: Embrapa Rondnia, 2002, p.106-116.

    8. COSTA, N. de L.; PAULINO, V.T. Avaliao agronmica de gentipos deBrachiaria brizantha em diferentes idades de corte. In: REUNIO ANUAL DA

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    21/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    27

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 35., 1998, Botucatu. Anais...Botucatu: SBZ, 1998a. v.2, p.614-616.

    9. COSTA, N. de L.; PAULINO, V.T. Avaliao agronmica de gentipos deBrachiaria humidicola em diferentes idades de corte. In: REUNIO ANUAL DASOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 36., 1999, Porto Alegre. Anais...Porto Alegre: SBZ, 1999. 3p.

    10.COSTA, N. de L.; PAULINO, V.T. Produo de forragem e composio mineralde Paspalum atratum BRA-9610 em diferentes idades de corte. In: REUNIOANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 35., 1998, Botucatu.Anais... Botucatu: SBZ, 1998b. v.2, p.336-338.

    11.COSTA, N. de L.; PAULINO, V.T.; BUENO, M.S.; MAGALHES, J.A.; PEREIRA,R.G. de A.; CARVALHO, F.C. de. Carga animal de ovinos deslanados empastagens de Andropogon gayanus cv. Planaltina em Rondnia. In:

    SYMPOSIUM ON GRASSLAND ECOPHYSIOLOGY AND GRAZING ECOLOGY, 2.,2004, Curitiba. Anais... Curitiba: UFPR, 2004b, 3p. (CD-ROM)

    12.COSTA, N de L.; PAULINO, V.T.; MAGALHES, J.A.; TOWNSEND, C.R.;OLIVEIRA, J.R. da C. Anlise do crescimento de Brachiaria dictyoneuranos cerrados de Rondnia. Porto Velho: Embrapa Rondnia, 2003d. 3p.(Embrapa Rondnia. Comunicado Tcnico, 275).

    13.COSTA, N de L.; PAULINO, V.T.; MAGALHES, J.A.; TOWNSEND, C.R.;OLIVEIRA, J.R. da C. Morfognese e anlise de crescimento de Panicummaximum cv. Centenrio nos cerrados de Rondnia. Porto Velho:Embrapa Rondnia, 2004. 3p. (Embrapa Rondnia. Comunicado Tcnico, 285).

    14.COSTA, N. de L.; SAIBRO, J.C. de. Efeito de regimes de cortes sobre aflutuao estacional de glicdios no-estruturais em alfafa e Paspalumguenoarum sob cultivo consorciado. Pesquisa Agropecuria Brasileira,Braslia, v.29, n.4, p.667-674, 1994.

    15.COSTA, N. de L.; SAIBRO, J.C. de. Flutuao estacional de glicdios no-estruturais em gramneas forrageiras tropicais. In: REUNIN DE LA REDINTERNACIONAL DE EVALUACIN DE PASTOS TROPICALES - AMAZNIA, 1.,1990, Lima, Peru. Memrias... Cali, Colmbia: CIAT, 1990. v.2. p.901-904.

    16.COSTA, N. de L.; SAIBRO, J.C. de. Reservas orgnicas em plantas forrageiras.Lavoura Arrozeira, Porto Alegre, v.38, n.358, p.34-37, 1985.

    17.COSTA, N de L.; TOWNSEND, C.R.; MAGALHES, J.A. Avaliao agronmica

    sob pastejo de Panicum maximum cv. Massai. In: REUNIO ANUAL DASOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 40., 2003, Santa Maria. Anais...Santa Maria: SBZ, 2003c. 5p. (CD-ROM).

    18.COSTA, N. de L.; TOWNSEND, C.R.; MAGALHES, J.A.; OLIVEIRA, J.R. da C.Avaliao agronmica de Brachiaria brizanthacv. Xaras em diferentesidades de corte. Porto Velho: Embrapa Rondnia, 2003a. 4 p. (EmbrapaRondnia. Comunicado Tcnico, 238).

    19.COSTA, N. de L.; TOWNSEND, C.R.; MAGALHES, J.A.; OLIVEIRA, J.R. da C.Desempenho agronmico sob pastejo de Panicum maximum cv.Mombaa em Rondnia. Porto Velho: Embrapa Rondnia, 2003e. 4p.(Embrapa Rondnia. Comunicado Tcnico, 274).

    20.COSTA, N. de L.; TOWNSEND, C.R.; MAGALHES, J.A.; PEREIRA, R.G. de A.Avaliao agronmica sob pastejo de Panicum maximum cv.

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    22/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    28

    Tanznia em Rondnia. Porto Velho: Embrapa Rondnia, 2001. 4p.(Embrapa Rondnia. Comunicado Tcnico, 197).

    21.COSTA, N. de L.; TOWNSEND, C.R.; MAGALHES, J.A.; PEREIRA, R.G. de A.;

    PAULINO, V.T.; LUCENA, M.A.C. de. Avaliao agronmica sob pastejo dePaspalum atratum BRA-009610. In: REUNIN LATINOAMERICANA DEPRODUCCIN ANIMAL, 16., 2000, Montevideo. Anais... Montevideo: ALPA,2000b. 4p. (CD-ROM).

    22.COSTA, N. de L.; TOWNSEND, C.R.; PAULINO, V.T.; PEREIRA, R.G. de A.;MAGALHES, J.A. Resposta de Paspalum atratum cv. Pojuca regimes decortes. Porto Velho: Embrapa Rondnia, 2003b. 3p. (Embrapa Rondnia.Comunicado Tcnico, 256).

    23.DALE, J.E. Some effects of temperature an irradiance on growth of the firstfour leaves of wheat Triticum aestivum. Annals of Botany,v.50, p851-858,1982.

    24.DAVIES, A. Leaf tissue remaining after cutting and regrowth in perennialryegrass. Journal of Agriculture Science, v.82, p.165-172, 1974.

    25.GILLET, M. Les gramines fourragres: description, fonctionnement,application la culture de lherbe. Paris: Bordas. 1980. 306p.

    26.GOMIDE, J.A. Morfognese e anlise de crescimento de gramneas tropicais.In: SIMPSIO INTERNACIONAL SOBRE PRODUO ANIMAL EM PASTEJO,Viosa, 1997. Anais... Viosa: UFV, p.411-430, 1997.

    27.GOMIDE, J.A.; OBEID, J.A.; RODRIGUES, L.R.A. Fatores morfofisiolgicos derebrota do capim-colonio (Panicum maximum). Revista da SociedadeBrasileira de Zootecnia, Viosa, v.8, n.4, p.532-562, 1979.

    28.GONALVES, C.A.; COSTA, N. de L.; OLIVEIRA, J.R. da C. Mtodos derecuperao e manejo de pastagens de Hyparrhenia rufa em Presidente Mdici,Rondnia, Brasil. In: REUNIN DE LA RED INTERNACIONAL DE EVALUACINDE PASTOS TROPICALES - AMAZNIA, 1., 1990, Lima, Peru. Memrias... Cali,Colmbia: CIAT, 1990. v.2. p.597-599.

    29.GONALVES, C.A.; SERRO, E.A.S.; COSTA, N. de L. Produtividade animal empastagens deSetaria sphacelatacv. Kazungula em Porto Velho-RO.PortoVelho: EMBRAPA-UEPAE Porto Velho, 1988. 7p. (Embrapa.UEPAE Porto Velho.Comunicado Tcnico, 56).

    30.GONALVES, C.A.; PEREIRA, R.G. de A.; COSTA, N. de L. Efeito de

    diferentes cargas animais sobre o ganho de peso em pastagem de Andropogon gayanus cv. Planaltina em Porto Velho-RO. Porto Velho:Embrapa-UEPAE Porto Velho, 1986. 5p. (Embrapa.UEPAE Porto Velho. Pesquisaem Andamento, 96).

    31.GRANT, S.A.; BERTHARM, G.T.; TORVELL, L. Components of regrowth ingrazed and cut Lolium perene swards. Grass and Forage Science, v.36,p.155-168, 1981.

    32.GRANT, S.A.; BERTHARM, G.T.; TORVELL, L.; KING, J.; ELSTON, A.Comparison of herbage production under continuous stocking and intermittentgrazing. Grass and Forage Science,v.43, n.1, p.29-39, 1988.

    33.HORST, G.L.; NELSON, C.J.; ASAY, K. H. Relationship of leaf elongation to

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    23/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero/2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    Veterinaria REDVET , ISSN 1695-7504, Vol. VII, n 01, Enero/2006, Veterinaria.org - ComunidadVirtual Veterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L. Espaa. Mensual. Disponible en

    http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y ms especificamente enhttp://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    29

    forage yield of tall fescue genotypes. Crop Science, v.18, n.5, p.715-719,1978.

    34.HUMPHREYS, J.R.; ROBINSON, A.R. Subtropical grass growth. 1. Relationshipbetween carbohydrate accumulation and leaf area in growth. QueenslandJournal of Agriculture Science, v.23, n.2, p.211-259, 1966.

    35.JEWISS; O.R. Tillering in grasses - its significance and control. Journal ofBritish Grassland Society,v.27, p.65-82, 1972.

    36.JONES, R.J.; NELSON, C.J.; SLEPER, D.A. Seedling selection for morphologicalcharacters associated with yield of tall fescue. Crop Science,v.19, n.5, p.631-634,1979.

    37.LEMAIRE, G.; AGNUSDEI, M. Leaf tissue tun-over and efficiency of herbage

    utilisation. In: MORAES, A. (Ed.). INTERNATIONAL SYMPOSIUM ONGRASSLAND ECOPHYSIOLOGY AND GRAZING ECOLOGY, 1., 1999, Curitiba.Anais... Curitiba: UFPR, 1999. p.165-186 .

    38.LEMAIRE, G.; CHAPMAN, D. Tissue fluxes in grazing plant communities. In:HODGSON, J.; ILLIUS, A.W. (Eds.). The ecology and management ofgrazing systems.Wallingford: CAB International, 1996. p.3-36.

    39.MOTT, G.O. Grazing pressure and the measurement of pasture production. In:INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS, 8., 1960, Reading, England.Proceedings... Reading: University of Reading, 1960, v.1, p.375-379.

    40.NABINGER, C.; PONTES, L da S. Morfognese de plantas forrageiras e

    estrutura do pasto. In: MATTOS, W.R.S. (Ed.). A produo animal na visodos brasileiros. Piracicaba: SBZ, 2001, 18p.

    41.NASCIMENTO, M.P.S.B.; NASCIMENTO, H.T.S.; GOMIDE, J.A. Alguns aspectosmorfofisiolgicos de trs gramneas de clima tropical. Revista da SociedadeBrasileira de Zootecnia,Viosa, v.9, n.1, p.142-158, 1980.

    42.NELSON, C.J.; ASAY, K.H.; SLEPER, D.A. Mechanisms of canopy developmentof tall fescue genotypes. Crop Science, v.17, n.3, p.449-452, 1977.

    43.PARSONS, A J.; PENNING, P.D. The effect of duration of regrowth onphotosynthesis, leaf death and the average rate growth in a rotationally grazedswards. Grass and Forage Science, v.43, n.1, p.15-27, 1988.

    44.SKINNER, R.H.; NELSON C.J. Epidermal cell division and the coordination ofleaf and tiller development. Annals of Botany, v.74, p.9-15, 1994b.

    45.SKINNER, R.H.; NELSON C.J. Role of leaf appearance rate and the coleoptiletiller in regulating tiller production. Crop Science, v.34, p.71-75, 1994a.

    46.ROBSON, M.M. A comparison of British and North American varieties of tallfescue. 1.Leaf growth during winter and the effect on it of temperature anddaylenght. Journal of Applied Ecology, v.4, p.475-484, 1967.

    47.RODRIGUES, L.R.A.; RODRIGUES, T.J.D. Ecofisiologia de plantas forrageiras. In:CASTRO, P.R.S., (Ed.). Ecofisiologia da produo agrcola. Piracicaba:POTAFOS, 1987, p.203-230.

  • 8/3/2019 Formao e manejo de pastagens na Amaznia do Brasil

    24/24

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVETISSN 1695-7504http://www.veterinaria.org/revistas/redvet

    Vol. VII, N 01, Enero /2006 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n010106.html

    Lucena Costa, Newton;Ramalho Townsend, Claudio; Avelar Magalhaes; Tadeo Paulino, Valdinei; Gomesde Araujo,Ricardo. Formacao e manejo de pastagens na amazonia do Brasil.- Revista Electrnica de

    V t i i REDVET ISSN 1695 7504 V l VII 01 E /2006 V t i i C id d

    30

    48.VOISIN, A. Produtividade do pasto. So Paulo: Mestre Jou, 1974. 520p.

    49.WARD, C.Y.; BLASER, R.E. Carbohydrate food reserves and leaf area in

    regrowth of orchard grass. Crop Science, v.1, n.5, p.355-370, 1961.

    50.WILHELM, W.W.; McMASTER, G.S. Importance of the phyllochron in studingdevelopment and growth in grasses. Crop Science, v.35, n.1., p.1-3, 1995.

    51.ZARROUGH, K.M.; NELSON, C.J.; SLEPER, D.A. Interrelationships betweenrates of leaf appearance and titlering in selected tall fescue populations. CropScience, v.24, p.565-569, 1984.

    Trabajo recibido el 17/11/2005, n de referencia010607_REDVET. Enviado por su autor primcipal. Publicadoen REDVET el 01/01/2006.

    Revista Electrnica de Veterinaria REDVET, ISSN 1695-7504 - Veterinaria.org - Comunidad VirtualVeterinaria.org - Veterinaria Organizacin S.L.

    Se autoriza la difusin y reenvo de esta publicacin electrnica en su totalidad o parcialmente, siempre quese cite la fuente, enlace con Veterinaria.org - www.veterinaria.org y REDVET

    www.veterinaria.org/revistas/redvet y se cumplan los requisitos indicados en Copyright 1996-2005