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Manejo de solo em pastagens em áreas
declivosas
Carlos Eugênio Martins
Pesquisador da Embrapa Gado de Leite
III Simpósio Mineiro de Ciência do Solo
UFV – Departamento de Solos – Viçosa/MG – 13 a 16/04/2015
Produção de leite, número de produtores e disponibilidade per capita nos países do
Mercosul
PASTAGEM INTENSIFICADA > 10.000 kg/ha/ano Fontes: FAO – 2012, IFCN- 2011
Países Produção de leite mil t. Nº fazendas x 1.000 TL (vaca/ano) Nº vacas/ fazenda kg/hab./ano estimativa
Brasil 31.668 1167.0 1.3 20 154
Argentina 10.501 11.2 5.8 157 249
Uruguai 1.821 6.0 4.2 71 552
Paraguai 396 7.0 2.8 24 61
Venezuela 2.294 144.0 1.8 6 82
TOTAL 46.680 1335.2 3.18 56 163
SITUAÇÃO ATUAL DA BOVINOCULTURA LEITEIRA NA REGIÃO SUDESTE
Estado Produção* Produtividade kg/vaca/lactação**
Minas Gerais 8.388.039 1.515
São Paulo 1.605.657 1.070
Rio de Janeiro 488.786 1.186
Espírito Santo 437.205 1.121
Brasil 30.715.460 1.209 (4,0)
Número médio de vacas ordenhadas no BR – 21.231 milhões.
Fontes:
* http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/
** IBGE – Pesquisa da Pecuária Municipal, 2007 (ZOCCAL, 2007 - Comunicação
pessoal por escrito).
* PERSPECTIVAS FUTURAS
* INTENSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LEITE
- CONFINADO
- A PASTO – Grandes problemas
- Áreas declivosas em boa parte do País
-Estabelecimento
-Caclagem e adubação de plantio e manutenção nestas áreas
POR QUE PASTAGEM ?
* CUSTO DE PRODUÇÃO
* CAPACIDADE DE SUPORTE
* SELETIVIDADE
QUE FORRAGEIRAS UTILIZAR ?
- PRODUTIVIDADE
- QUALIDADE DA FORRAGEM
- RESPOSTA À FERTILIZAÇÃO
(Pennisetum purpureum, Cynodon spp, Panicum maximum, Brachiaria
spp (Urochloa spp), Setaria sphacelata; S. Anceps, Andropogon
gayanus ...)
* AUMENTAR A CAPACIDADE DE SUPORTE ( 3,0 UA/ha) – Manejo do solo -
ãgua - planta
* AUMENTAR A PRODUÇÃO DE LEITE POR ÁREA
- C. - elefante, Cynodon: 18.000 kg/ha/ano
- Panicum, B. brizantha: 15.000 kg/ha/ano
- Setaria, B. decumbens: 10.000 kg/ha/ano
* REDUZIR O INTERVALO ENTRE PARTOS
* REDUZIR O CUSTO DE PRODUÇÃO DE LEITE
* ESTIMULAR A DIVERSIFICAÇÃO AGROPECUÁRIA
OBJETIVOS DO PROCESSO DE INTENSIFICAÇÃO
Problemas no manejo da pastagem induzem à esta situação
Problemas no manejo da pastagem induzem à esta situação
POR QUE ISSO OCORRE ?
SISTEMAS TRADICIONAIS DE EXPLORAÇÃO
DA FAZENDA ....
Manejo de solo e plantas no sistema iLPF
– Escolha da área e das culturas (lavoura, forrageira e componente florestal) - Amostragem do solo – Interpretação e recomendação (Para cada cultura utilizada no consórcio); - Preparo do solo/(Práticas conservacionistas) - Plantio direto – Calagem/Gessagem -Adubação de plantio - fosfato natural - demais nutrientes – Para cada cultura no consórcio - Divisão dos piquetes - Nº de piquetes = [P. descanso(intervalo de desfolha)/p. de ocupação] +1 – Adubação de manutenção
Figura – Topossequência adaptada de Resende, M. (1995)
Leito menor Leito maior
Terraço Meia Encosta
Morro Topo de morro
Solo descoberto
Plantio convencional
Plantio direto
Pastagem bem conduzida
0
5
10
15
20
25
30
Solo erodido (t/ha/ano)
Água perdida (% da chuva)
Fonte: Alvarenga et al, 1998
Perda de solo e água - Erosão
ESTABELECIMENTO EM ÁREAS SUJEITAS A EROSÃO
O PREPARO DO SOLO DEVE SER PRECEDIDO DE PRÁTICAS
CONSERVACIONISTAS.
A B C
0
20
40
60
80
100
120
Tipos de preparo do solo (A - Descoberto), B (Total/ preparado e sem eado) e C (Preparado em faixas e em nível
Pe
rd
as
re
lati
va
s d
e s
olo
(%
)
Perdas relativas de solo por erosão, comparando-se sistemas de preparo
do solo para a recuperação de pastagens. SARAIVA et al. (1989)
Plantio de forrageiras em áreas montanhosas, por meio de faixas
(a) cultivadas em nível e intercaladas por faixas de retenção (b),
não cultivadas. Cóser & Cruz Filho, (1989).
Etapas do processo de degradação de pastagens (Escada da desilusão FARIA, 2005 –
Comunicação pessoal por escrito)
Etapas do processo de degradação de pastagens
Fonte: Macedo (2005)
a) Germoplasma inadequado ao segmento da topossequência:
b) Má formação inicial da pastagem causada pela ausência ou mau uso de alguns dos seguintes itens:
- Práticas de conservação e de preparo do solo;
- Correção da acidez e/ou adubação de plantio;
- Sistemas e métodos de plantio;
- Época inadequada de plantio;
- Qualidade da semente;
- Manejo animal na fase de formação (sistema convencional ou sistema integrados de produção;
c) Manejo e práticas culturais:
- Uso do fogo como rotina;
- Métodos, épocas e excesso de roçadas;
- Ausência ou uso inadequado de adubação de manutenção (7,4 kg/ha/ano de NPK – FREIRE et al. (2005);
d) Ocorrência de pragas e doenças e plantas invasoras:
e) Manejo animal:
- Excesso de lotação;
- Sistemas inapropriados de pastejo;
f) Ausência ou aplicação incorreta de práticas de conservação do solo após uso relativo ou prolongado de pastejo.
Causas da degradação das pastagens
Fonte: Macedo (2005)
CALAGEM
Qualidade do calcário
Época de aplicação do calcário
Tolerância diferencial de plantas
Tolerância a Al e exigência em P de gramíneas e leguminosas forrageiras
Tolerância a Al Exigência em P Espécie
Alta Média Baixa Baixa Média Alta
Brachiaria humidicola x x
Brachiaria dictyoneura x x
Brachiaria decumbens x x
Brachiaria brizantha x x
Andropogon gayanus x x
Melinis minutiflora x x
Panicum maximum x x
Hyparrhenia rufa x x
Pennisetum purpureum x x
Stylosanthes capitata x x
Stylosanthes guianensis x x
Centrosema pubescens x x
Galactia striata x x
Macroptilium atropurpureum x x
Desmodium intortum x x
Leucaena leucocephala x x
Neonotonia wightii x x
Medicago sativa x x
Fonte: Spain & Andrew (1975-1976); CIAT (1977); Andrew (1978); Siqueira et
al. (1980) e Sanches & Salinas (1982); EMBRAPA (1986).
EFEITOS DO CLIMA
- TEMPERATURA (Entre 0 a 30ºC a atividade metabólica das plantas cresce linearmente)
0
5
10
15
20
25
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezMeses
Tem
peratu
ra m
ínim
a (
ºC)
Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo São Paulo
Temperatura mínima (ºC) nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito
Santo e São Paulo, ocorrida entre 1961 e 1990.
Fonte: Brasil, 1992 (Modificado).
PRECIPITAÇÃO (Pouca chance de sucesso da irrigação durante o período seco em
Regiões como a nossa - Viçosa)
0
50
100
150
200
250
300
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Pre
cip
itação
(m
m)
Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo São Paulo
Precipitação pluviométrica média (mm) nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São
Paulo, ocorrida entre 1961 e 1990.
Fonte: Brasil, 1992 (Modificado).
LUMINOSIDADE
Altura média da entrada e saída das vacas dos piquetes.
Manejo de pastagem
Espécie forrageira – Cv. Altura de entrada nos piquetes (cm)
Altura de saída dos piquetes (cm)
P. maximum – Cv. Mombaça
90 50
P. maximum – Cv. Tanzânia
70 40
P. maximum – Cv. Massai 50 30
* B. brizantha – Cv. Marandu
25 a 30 15
B. brizantha – Cv. Xaraés 35 20
P. purpureum Cv. Cameroon
100 40 a 60
P. purpureum Cv. Napier 160 80 • B. brizantha (Urochloa brizantha)
• Fonte – CARNEVALI, R. A. Comunicação pessoal por escrito – 2015 – Modificado.
DIVISÃO DAS PASTAGENS
PERÍODO DE DESCANSO*
N.º DE PIQUETES * = ------------------------------------------ + 1
PERÍODO DE OCUPAÇÃO
* Varia com a forrageira
* Período de Descanso = Intervalo de Desfolha
Capim-elefante (cv. Napier, Mineiro, Taiwan, Pioneiro), Panicum maximun, Cynodon spp) – 3 dias de ocupação com 30 dias de descanso – 11 piquetes;
Capim-elefante (cv. Cameroon, Roxo) – 3 dias de ocupação com 45 dias de descanso – 16 piquetes
Brachiaria brizantha – 5 dias de ocupação com 30 dias de descanso – 7 piquetes
Brachiaria decumbens, B. ruziziensis – 9 dias de ocupação com 27 dias de descanso – 4 piquetes
Período de
ocupação
(dia)
Dias de pastejo
1º dia
2º dia
3º dia
4º dia
5º dia
6º dia
Proteína bruta (%)
1
18,6
11,7
3
17,3
14,8
13,1
11,3
5
17,2
15,6
14,1
12,8
11,9
10,9
Digestibilidade in vitro da matéria seca (%)
1
71,3
60,9
3
72,4
68,9
63,5
59,5
5
70,2
70,0
67,6
61,7
60,4
58,1
PROTEINA BRUTA E DIGESTIBILIDADE IN VITRO DO CAPIM NAPIER
SOB DIFERENTES PERÍODOS DE OCUPAÇÃO – CÓSER et al. (1999)
TAXA DE LOTAÇÃO E ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO
* TAXA DE LOTAÇÃO – Variável com a forrageira
* Adubação de manutenção - Variável com a forrageira
MANEJO DA PASTAGEM
ACOMPANHAMENTO DA FERTILIDADE DO SOLO
LIMPEZA DA PASTAGEM
PASTEJO NO PERÍODO DAS ÁGUAS
- ANIMAIS PERMANECEM O TEMPO TODO NO PIQUETE
PASTEJO NO PERÍODO DA SECA1
- NO INTERVALO ENTRE ORDENHAS, AS VACAS RECEBEM SUPLEMENTAÇÃO
VOLUMOSA NO COCHO (Cana-de-açúcar + 1% de Uréia; Silagem de Milho ou
Sorgo; Verde Picado; Feno; ...)
- A NOITE RETORNAM AOS PIQUETES
ADUBAÇÃO PARA ESTABELECIMENTO
6000
7000
8000
9000
10000
11000
12000
Ma
té
ria
s
ec
a (k
g/h
a)
0 40 80 120 160 Dose de P2O5 (kg/ha) - DE=113,12
Y=6316,2+50,377x-0,11798x*x
Produção de matéria seca de capim-elefante em função de doses crescentes de
adubação fosfatada, em Latossolo Vermelho-Amarelo argiloso e dose estimada de
fosfato (DE) necessária para 90% da produção máxima (Saraiva & Carvalho, 1991 –
Adaptado
2 FOSFATO NATURAL
3 DEMAIS NUTRIENTES
1 FÓSFORO
MANEJO DA PASTAGEM
(Utilização)
* ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO
EM GERAL, RECOMENDAM-SE ADUBAÇÕES DE MANUTENÇÃO COM
NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO.
6
7
8
9
10
Pro
d.
de
le
ite
(k
g/v
ac
a/d
ia)
20 40 60 80Doses de P2O5 (kg/ha)
Produção média de leite (kg/vaca/dia), em 300 dias de lactação, em pastagem
de capim-elefante submetida a quatro níveis de adubação fosfatada de
manutenção (1ª lactação - ano de 1991 a 1992) (Martins, 1993).
Produção média de leite por animal (kg/vaca/dia) e produção por área (kg/ha/ano)
em pastagem de capim-elefante, submetida a quatro níveis de adubação
fosfatada de manutenção (1ª lactação - 1991/1992 e 2ª lactação - 1992/1993).
FÓSFORO
Produção de leite
1ª lactação 2ª lactação
Níveis de
P2O5
(kg/ha) kg/animal/dia kg/ha/ano kg/animal/dia kg/ha/ano
20 9,4 19.929 8,9 16.283
40 9,0 19.941 8,8 16.127
60 8,4 18.177 8,9 16.177
80 9,4 19.710 9,4 17.112
Efeito da adubação nitrogenada na produção de matéria seca (MS), na
porcentagem de proteína bruta (PB) e na porcentagem de recuperação de
nitrogênio na forragem do capim-elefante, cortada a cada 60 dias. Médias de
dois anos (Vicente-Chandler et al. 1959, adaptado por Monteiro 1994).
NITOGÊNIO
N (kg/ha/ano) MS (kg/ha/ano) PB (%) Recup. de N (%)
0
224
448
896
1.344
2.240
16.968
27.571
41.134
49.908
52.167
52.209
6,5
7,2
7,9
9,7
11,9
13,8
-
63,8
76,4
66,9
61,0
43,6
POTÁSSIO
Produção de matéria seca (kg/ha/ano), porcentagem de potássio e potássio
removido (kg/ha/ano) pelo capim-elefante recebendo níveis de adubação
potássica (Vicente-Chandler et al. 1961, adaptado por Monteiro 1990).
Produtividade de leite em pastagem de Estrela Africana, adubada com doses crescentes de adubação nitrogenada – GOULART, et al. 2012.
05/06/2012 - y = -0,000013x2 + 0,0838x + 363,71. 13/06/2012 - y = -0,000768x2 + 0,6614x + 485,43. 20/06/2012 - y = -0,001081x2 + 0,9290x + 396,00. 27/06/2012 - y = -0,001479x2 + 1,3847x + 279,19. 04/07/2012 - y = -0,000620x2 + 0,6597x + 390,52. 11/07/2012 - y = -0,001837x2 + 1,6755x + 200,46. 18/07/2012 - y = -0,001675x2 + 1,6015x + 139,47. 25/07/2012 - y = -0,001995x2 + 1,7619x + 153,93
A dose máxima de nitrogênio para atingir a máxima produção biológica variou de 430 a 532 kg/ha.
Taxa de lotação em pastagem de Estrela Africana, adubada com doses crescentes de adubação nitrogenada – GOULART, et al. 2012.
05/06/2012 - y = 0,000002x2 – 0,00097x + 5,955. 13/06/2012 - y = -0,000006x2 + 0,00574x + 4,931. 20/06/2012 - y = -0,000006x2 + 0,00567x + 4,924. 27/06/2012 - y = -0,000017x2 + 0,01496x + 3,416. 04/07/2012 - y = -0,000010x2 + 0,00864x + 4,437. 11/07/2012 - y = -0,000023x2 + 0,01895x + 2,570. 18/07/2012 - y = -0,000017x2 + 0,01687x + 2,033. 25/07/2012 - y = -0,000019x2 + 0,01775x + 2,050.
XI Congresso Internacional do Leite
XI Workshop de Políticas Públicas
XII Simpósio de Sustentabilidade da Atividade Leiteira
A dose máxima de nitrogênio para atingir a taxa de lotação máxima variou de 412 a 496 kg/ha.
OUTROS NUTRIENTES
Merecem destaque o enxofre o cálcio, o magnésio e o zinco.
ENXOFRE:
CARVALHO (1985) - Recomenda de 20-40kg/ha de S
CÁLCIO E MAGNÉSIO
Via de regra supridos pela calagem
ZINCO
CARVALHO (1985) - Recomendam a aplicação de 2kg/ha de Zn (10kg/ha de sulfato
de zinco).
MONTEIRO (1990) - a aplicação de micronutriente em forrageiras, de forma mais
geral, tem sido aconselhada através do emprego de FTE (Fritted Trace Elements)
nas formulações BR-10 (contendo 2,5% de B; 0,1% de Co; 1,0% de Cu; 4,0% de
Fe; 4,0% de Mn; 0,1% de Mo; 7,0% de Zn) ou BR-16 (contendo 1,5% de B; 3,5% de
Cu; 0,4% de Mo e 3,5% de Zn) à base de 30 a 50kg/ha, junto com a adubação
fosfatada.
* ACOMPANHAMENTO DA FERTILIDADE DO SOLO
Argila (%) P-rem (mg/L Disponibilidade de P
Baixa (kg/ha de P2O5) Média (kg/ha de P2O5)
Alta (kg/ha de P2O5)
Baixo nível tecnológico
60 – 100 0 – 9 80 45 0
35 – 60 9 – 19 70 35 0
15 – 35 19 – 33 50 25 0
0 - 15 33 - 60 30 15 0
Médio nível tecnológico
60 – 100 0 – 9 100 80 0
35 – 60 9 – 19 90 70 0
15 – 35 19 – 33 70 50 0
0 - 15 33 - 60 50 30 0
Alto nível tecnológico
60 – 100 0 – 9 120 100 50
35 – 60 9 – 19 110 90 40
15 – 35 19 – 33 90 70 30
0 - 15 33 - 60 70 50 20
Recomendação de adubação fosfatada para o estabelecimento de pastagens em sistemas com diferentes níveis tecnológicos,
considerando a disponibilidade de fósforo de acordo com a textura do solo ou com o fósforo remanescente (P-rem).
Fonte: CANTARUTTI et al. (1999) – 5ª Aproximação
Critérios para recomendação de adubação
Argila (%) P-rem (mg/L Disponibilidade de P
Baixa (kg/ha de P2O5) Média (kg/ha de P2O5)
Alta (kg/ha de P2O5)
Baixo nível tecnológico
60 – 100 0 – 9 40 0 0
35 – 60 9 – 19 30 0 0
15 – 35 19 – 33 20 0 0
0 - 15 33 - 60 15 0 0
Médio nível tecnológico
60 – 100 0 – 9 50 30 0
35 – 60 9 – 19 40 25 0
15 – 35 19 – 33 30 20 0
0 - 15 33 - 60 20 15 0
Alto nível tecnológico
60 – 100 0 – 9 60 40 0
35 – 60 9 – 19 50 30 0
15 – 35 19 – 33 40 20 0
0 - 15 33 - 60 30 15 0
Recomendação de adubação fosfatada para a manutenção de pastagens em sistemas com diferentes níveis tecnológicos,
considerando a disponibilidade de fósforo de acordo com a textura do solo ou com o fósforo remanescente (P-rem).
Fonte: CANTARUTTI et al. (1999) – 5ª Aproximação
Critérios para recomendação de adubação
Nível tecnológico Disponibilidade de K no solo(1)
Baixa (kg/ha de K2O) Média (kg/ha de K2O) Alta (kg/ha de K2O)
Estabelecimento
Baixo 20 0 0
Médio 40 20 0
Alto 60 30 0
Manutenção
Baixo 40 0 0
Médio 100 100 0
Alto 200 200 0
Recomendação de adubação potássica para o estabelecimento e manutenção de pastagens em sistemas com diferentes
níveis tecnológicos, considerando a disponibilidade de potássio no solo.
Fonte: CANTARUTTI et al. (1999) – 5ª Aproximação
Baixa: < 40 mg/dm3; Média 40 – 70 mg/dm3. Boa: > 70 mg/dm3
Critérios para recomendação de adubação
ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO
Sugestão de adubação para as principais forrageiras utilizadas nos sistemas intensivos de exploração a pasto, utilizando a fórmula 20-05-20 e, taxa de lotação
esperada.
Forrageira Adubação
(kg/ha/ano) TL (UA/ ha/ano)
Tl Para caprinos/ovinos
Capim-elefante e Cynodon* 1.000 4 a 7
(100 a 120)1 – 502
Panicum* * 800 4 a 5 (80)1 – 30 a 402
Brachiaria brizantha 700 4 a 4,5 (60)1 - 302
B. ruziziensis, Setária 500 3 a 3,5 (50)1 – 20 a 252
* O gênero Cynodon engloba as forrageiras: Coast cross, Tif ton 85, Tif ton 68, Estrela Africana,
Florona, Florico e Florakirk;
* * O gênero Panicum engloba as forrageiras: Colonião, Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, dentre outros.
1 – Animais em fase de recria/acabamento; 2 – Fêmeas leiteiras
Capineira de capim-elefante – Junho de 2005
Pastagem de Cynodon, usado por caprinos
Pastagens de Xaraés, Marandu e Arapoti
Pastagem de Xaraés
Foto: Embrapa
Sistemas integrados de Producao Animal e Vegetal
IAP – PAI
iLP, iPF, iLPF ...
Foto: Embrapa
É a diversificação e rotação das atividades de
agricultura, de pecuária e de floresta dentro da
propriedade, constituindo um mesmo sistema,
com benefícios para ambas – Potencialização do
uso do solo
O diferencial é o PLANEJAMENTO
O QUE É
INTEGRAÇÃO LAVOURA- PECUÁRIA- FLORESTA?
OBJETIVOS
•Recuperar ou reformar pastagens degradadas
•Reduzir degradação do solo e quebrar ciclo da
monocultura, de pragas e doenças
•Produzir pasto, forragem conservada e grãos para
alimentação animal na estação seca e palha para o
plantio direto
•Diminuir a dependência por insumos externos
•Aumentar a estabilidade de renda do produtor
•Reduzir os custos tanto da atividade agrícola quanto
da pecuária
•AUMENTO DO REBANHO BOVINO Mais leite e
carne com maior produtividade
•AUMENTO ANUAL DE PRODUÇÃO DE GRÃOS
Maior produção com maior produtividade
•RECUPERAÇÃO DAS PASTAGENS DEGRADADAS
Mais pasto de melhor qualidade
•SUSTENTABILIDADE NO USO DOS RECURSOS
NATURAIS Menos erosão e melhor
qualidade do solo e da água
•MENOR PRESSÃO PARA ABERTURA DE NOVAS
ÁREAS Preservação de matas, flora
e fauna
IMPACTOS DA INTEGRAÇÃO
•AUMENTO DO REBANHO BOVINO - Mais leite e carne com maior
produtividade
•AUMENTO ANUAL DE PRODUÇÃO DE GRÃOS - Maior produção
com maior produtividade
•RECUPERAÇÃO DAS PASTAGENS DEGRADADAS - Mais pasto de
melhor qualidade
•SUSTENTABILIDADE NO USO DOS RECURSOS NATURAIS - Menos
erosão e melhor qualidade do solo e da água
•MENOR PRESSÃO PARA ABERTURA DE NOVAS ÁREAS -
Preservação de matas, flora e fauna
Máquinas e equipamentos para a agricultura em base familiar e áreas acidentadas
Máquinas para Semeadura Direta
(Pequenas Propriedades)
Ao interpretar o resultado da análise podemos recomendar - Calagem - Gessagem - Adubação Plantio/Estabelecimento Cobertura/Manutenção
Estabelecimento da pastagem ou plantio da capineira
- Aração e gradagem: – Incorporar calcário e adubo fosfatado (antes da
gradagem). – Preparo do solo em nível e/ou em faixa.
Máquinas para Semeadura Direta
(Pequenas Propriedades)
Máquinas para Semeadura Direta
(Pequenas Propriedades)
1 - Reservatório de adubo. 2 - Reservatório de Semente. 3 - Cabo de regulagem de altura
4 - Rodas de tração e fechamento da linha. 5 - Rodas para transporte. 6 - Disco duplo desencontrado semente. 7 - Régua reguladora da quantidade de adubo. 8 – Sulcador. 9 - Disco de corte. 10- Roda de
apoio para corte de palhada.
Máquinas para Semeadura Direta
(Pequenas Propriedades)
Desafios – Fotos: Cortesia João K
Sobressemeadura
com motocicleta
Feno tropical
Guandu + braquiária
Distribuição espacial das URT’s em iLPF no Brasil. Crédito – Embrapa Gado de Leite – Maio de 2010.
www.cnpgl.embrapa.br/ILPF/Mapas
PARA REFLETIR
Pastagem é cultura como outra qualquer – Não deve ser atividade
extrativista
Não existe capim milagroso, existe bom manejo
iLPF – Potencializa o uso do solo
Pecuarista de hoje tem de ser um grande agricultor (lavoureiro)
O DESAFIO
- Selecionar as alternativas economicamente viáveis, ambientalmente
corretas e socialmente justas;
- Decidir por aquela que melhor se
ajuste a cada situação em particular;
– ESTA É A NOSSA MISSÃO
Considerações Finais
Plantio com prepara convencional de áreas declivosas, tem de ser precedido de
práticas conservacionistas;
Plantio de gramíneas forrageiras em áreas declivosas, usando o plantio direto sob
palhada – Usado na recuperação de pastagens – Método Heringer para grandes
áreas (Dr. Humberto Luiz Wernebasch Filho – Yuotube 2012);
Melhoramento vegetal de gramíneas forrageiras - - tanto para estresse bióticos como
abióticos;
Uso de máquinas apropriadas para o plantio em áreas declivosas – Será um contra-
senso – Acho que não – pequenas e grandes áreas.
Amostragem do solo todos os anos, para possibilitar calagens e adubações mais
racionais, em qualquer segmento da topossequências e de acordo com a forrageira.
“Não há problema sem solução, não há solução sem erro e não há erro que não possa ser corrigido”
Muito obrigado Pela Atenção!!!
Carlos Eugênio Martins – Cacá [email protected]
(32) 3313-7515
Equipe: Pesquisadores: Alexandre Magno Brighenti dos Santos; Carlos Augusto de Miranda Gomide; Carlos Eugênio Martins; Carlos Renato Tavares de Castro; Domingos Sávio Campos Paciullo; Fausto de Souza Sobrinho; Jackson Silva e Oliveira, Marcelo Dias Müller; Mirton José Frota Morenz, Paulino José Melo Andrade e Wadson Sebastião Duarte da Rocha. Extensionistas da Emater – Ana Luiz Talles Soares, Antônio Carlos de Assis Resende, Heron Guidorizzi Lopes, Leonardo Henrique Ferreira Calsavara, Luiz Paulo, Vinícius Madeira Corrêa, Weliton Coelho Andrade. Empresários Rurais – Vicente de Paula Machado, Carlos Machado, Sérgio Machado, Márcio Resende, Vanderlei (Batista) Fábio, Didi, Enilton, Sílvio, Beleza, Assistentes: José Luiz do Nascimento, Evandro Liguori de Oliveira e Reginaldo Neves Santos. Estagiários – Vários de Residência Zootécnica, Iniciação Científica e Estudantes de Pós-graduação (Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado).