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Secretaria Municipal de Saúde Superintendência de Atenção à Saúde Coordenação de Atenção Básica Atualizado em: 07/04/2020 FLUXO ATENDIMENTO DE PACIENTES NAS EQUIPES DURANTE O PERÍODO DE TRANSMISSÃO DE COVID-19 1 Síndrome Gripal: indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre (na suspeita de COVID-19, a febre pode não estar presente), mesmo que relatada, acompanhada de tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória. 2 A área deve ser separada ou em sala específica, com janelas abertas e os pacientes devem ficar sentados com, pelo menos 1 metro de distância. Na falta de espaço na UBS, selecionar área externa. Intervenção programada, não é urgente: SEGUIR DIRETRIZES DA NOTA TECNICA DA ATENÇÃO BÁSICA 01/2020. O paciente deve ser orientado e informado. Além disso, as consultas devem ser desmarcadas por telefone com os devidos esclarecimentos. Usuário chega à UBS Precisa de atendimento específico da rotina da UBS? Atendimento imediato (alto risco de vida): necessita de intervenção da equipe no mesmo momento, obrigatoriamente com a presença do médico. Encaminhar ou conduzir o usuário a um espaço separado para atendimento e triagem médica para o COVID-19 2 Escuta da demanda do usuário Definição da oferta de cuidado com base na necessidade do usuário e no tempo adequado Avaliação dos dados vitais para melhor condução da queixa O usuário deverá ser orientado a se deslocar para o setor Encaminhar para Sala de vacina, conforme ORIENTAÇÕES DE ESTRATÉGIA DE VACINAÇÃO PARA INFLUENZA E SARAMPO Sala de procedimentos Inalação Sala de coleta NÃO SIM Atendimento prioritário (risco moderado): necessita de intervenção breve da equipe, podendo ser ofertada inicialmente medidas de conforto pela enfermagem até a nova avaliação do profissional mais indicado para o caso. Atendimento no dia (risco baixo ou ausência de risco com vulnerabilidade importante): situação que precisa ser manejada no mesmo dia pela equipe levando em conta a estratificação de risco biológico e a vulnerabilidade psicossocial. O manejo DEVERÁ ser feito pelo enfermeiro, se identificada a necessidade de atendimento médico, realizar a marcação conforme pactuações do território junto ao distrito sanitário. UM PROFISSIONAL DA ESF IRÁ REALIZAR A TRIAGEM RÁPIDA NA PORTA DE ENTRADA DA UBS PARA AJUDAR A DIRECIONAR O FLUXO (UTILIZAR MÁSCARA CIRÚRGICA) Sintomático respiratório? 1 Colocar máscara cirúrgica no paciente e acompanhante* Encaminhar para acolhimento de rotina da UBS Escuta do usuário para definição do caso suspeito conforme o quadro clínico apresentado Os profissionais de saúde que irão prestar atendimento na Triagem médica para o COVID deverão: utilizar proteção (máscara cirúrgica, proteção ocular, luvas, capote descartável). Para precauções quanto à procedimentos geradores de aerossóis, utilizar máscara N95 e gorro. Paciente apresenta critérios de Síndrome Gripal¹? Seguir Orientações de atendimento Síndrome Gripal/COVID 19 Realizar atendimento conforme queixa clínica. Fazer orientações sobre higiene respiratória. Orientar sinais de alerta e medidas de prevenção. NÃO SIM Intervenção Programada Atendimento Imediato Atendimento Prioritário Atendimento no Dia SIM NÃO ORIENTAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO ATENDIMENTO DA SÍNDROME GRIPAL/COVID: Triagem rápida: Poderão realizar a triagem rápida na porta de entrada da UBS: os profissionais do NASF e/ou os profissionais da odontologia, uma vez que, os profissionais da enfermagem estarão envolvidos com a vacinação ou triagem do sintomáticos para COVID-19. UBS isolada: sugere-se que o médico fique na triagem do COVID e o enfermeiro ou auxiliar/técnico de enfermagem faça o acolhimento dos demais casos. UBS integrada: estabelecer uma escala de profissionais que ficarão na sala de triagem inicial de Entrada, no acolhimento de Rotina e na sala de triagem médica para o COVID-19. Escala de atendimento na Triagem Médica: Os profissionais que farão atendimento direto aos pacientes deverão revezar a cada 4 horas. O profissional que atende na sala de triagem médica do COVID-19 deverá utilizar os EPIs recomendados durante todo o período, uma vez que ficará exclusivo para esse fim. A desparamentação deve ser feita ao final do turno, com os cuidados adequados para não provocar contaminação Limpeza Terminal: da sala de Triagem médica de COVID-19 deve ser realizada ao final do trabalho da UBS. Oriente higienização imediata das mãos. Forneça álcool a 70% ou gel, solicite que evite tocar no rosto e em superfícies até o atendimento Oriente higienização imediata das mãos. forneça álcool a 70% ou gel, solicite que evite tocar no rosto e em superfícies até o atendimento

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Secretaria Municipal de Saúde Superintendência de Atenção à Saúde

Coordenação de Atenção Básica

Atualizado em: 07/04/2020

FLUXO ATENDIMENTO DE PACIENTES NAS EQUIPES DURANTE O PERÍODO DE

TRANSMISSÃO DE COVID-19

1Síndrome Gripal: indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre (na suspeita de

COVID-19, a febre pode não estar presente), mesmo que relatada, acompanhada de tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória. 2A área deve ser separada ou em sala específica, com janelas abertas e os pacientes devem ficar sentados com, pelo menos 1 metro de distância. Na falta de espaço na UBS, selecionar área externa.

Intervenção programada, não

é urgente: SEGUIR

DIRETRIZES DA NOTA

TECNICA DA ATENÇÃO BÁSICA 01/2020. O paciente deve ser

orientado e informado. Além

disso, as consultas devem ser

desmarcadas por telefone com

os devidos esclarecimentos.

Usuário

chega à UBS

Precisa de

atendimento

específico da

rotina da UBS?

Atendimento imediato

(alto risco de vida):

necessita de intervenção da

equipe no mesmo

momento,

obrigatoriamente com a

presença do médico. Encaminhar ou conduzir o

usuário a um espaço separado

para atendimento e triagem

médica para o COVID-192 Escuta da demanda do usuário Definição da oferta de cuidado

com base na necessidade do

usuário e no tempo adequado

Avaliação dos dados vitais para

melhor condução da queixa

O usuário deverá ser orientado a se deslocar para

o setor

Encaminhar para Sala de vacina,

conforme ORIENTAÇÕES DE

ESTRATÉGIA DE VACINAÇÃO PARA INFLUENZA E SARAMPO

Sala de

procedimentos

Inalação Sala de

coleta

NÃO

SIM

Atendimento prioritário

(risco moderado):

necessita de intervenção

breve da equipe, podendo ser

ofertada inicialmente

medidas de conforto pela enfermagem até a nova

avaliação do profissional

mais indicado para o caso.

Atendimento no dia (risco

baixo ou ausência de risco

com vulnerabilidade importante): situação que

precisa ser manejada no mesmo

dia pela equipe levando em conta

a estratificação de risco biológico e a vulnerabilidade psicossocial. O

manejo DEVERÁ ser feito pelo

enfermeiro, se identificada a

necessidade de atendimento

médico, realizar a marcação conforme pactuações do

território junto ao distrito

sanitário.

UM PROFISSIONAL DA ESF IRÁ REALIZAR A TRIAGEM

RÁPIDA NA PORTA DE ENTRADA DA UBS PARA

AJUDAR A DIRECIONAR O FLUXO (UTILIZAR

MÁSCARA CIRÚRGICA)

Sintomático

respiratório?1

Colocar máscara cirúrgica no paciente e acompanhante*

Encaminhar para acolhimento de rotina

da UBS

Escuta do usuário para

definição do caso suspeito

conforme o quadro clínico

apresentado

Os profissionais de

saúde que irão

prestar atendimento

na Triagem médica

para o COVID

deverão: utilizar

proteção (máscara

cirúrgica, proteção

ocular, luvas, capote

descartável). Para

precauções quanto à

procedimentos

geradores de

aerossóis, utilizar

máscara N95 e

gorro.

Paciente apresenta critérios de

Síndrome

Gripal¹?

Seguir Orientações de atendimento

Síndrome Gripal/COVID 19

Realizar atendimento

conforme queixa clínica.

Fazer orientações sobre higiene respiratória.

Orientar sinais de alerta e

medidas de prevenção.

NÃO

SIM

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SIM

NÃO

ORIENTAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO ATENDIMENTO DA SÍNDROME GRIPAL/COVID:

Triagem rápida: Poderão realizar a triagem rápida na porta de entrada da UBS: os profissionais do NASF e/ou os profissionais da odontologia, uma vez que, os profissionais da enfermagem estarão envolvidos com a vacinação ou triagem do sintomáticos para COVID-19.

UBS isolada: sugere-se que o médico fique na triagem do COVID e o enfermeiro ou auxiliar/técnico de enfermagem faça o acolhimento dos demais casos.

UBS integrada: estabelecer uma escala de profissionais que ficarão na sala de triagem inicial de Entrada, no acolhimento de Rotina e na sala de triagem médica para o COVID-19.

Escala de atendimento na Triagem Médica: Os profissionais que farão atendimento direto aos pacientes deverão revezar a cada 4 horas. O profissional que atende na sala de triagem médica do COVID-19 deverá utilizar os EPIs recomendados durante todo o período, uma vez que ficará exclusivo para esse fim. A desparamentação deve ser feita ao final do turno, com os cuidados adequados para não provocar contaminação

Limpeza Terminal: da sala de Triagem médica de COVID-19 deve ser realizada ao final do trabalho

da UBS.

Oriente higienização imediata

das mãos. Forneça álcool a

70% ou gel, solicite que evite

tocar no rosto e em superfícies

até o atendimento

Oriente higienização imediata

das mãos. forneça álcool a 70%

ou gel, solicite que evite tocar

no rosto e em superfícies até o

atendimento

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Secretaria Municipal de Saúde Superintendência de Atenção à Saúde

Coordenação de Atenção Básica

Atualizado em: 07/04/2020

ORIENTAÇÕES SOBRE MANEJO CLÍNICO DA SÍNDROME GRIPAL/COVID-19 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 003/2020- 07/04/2020

Considerando localmente, em nível municipal, a existência de fase de transmissão comunitária da COVID-19, é imprescindível que os serviços de APS/UBS trabalhem com abordagem sindrômica do problema, não exigindo mais a identificação do fator etiológico por meio de exame específico. Desta forma, este documento foca na abordagem clínica da Síndrome Gripal e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente do agente etiológico. Múltiplos agentes virais são responsáveis por essas duas síndromes, sendo o vírus da Influenza o de maior magnitude nos últimos anos. Entretanto, há evidências e dados internacionais indicando que a transcendência da COVID-19 pode superar a da Influenza. Portanto, a abordagem pragmática deste protocolo unifica as condutas referentes a esses dois grupos de vírus.

O manejo clínico da Síndrome Gripal (SG) na APS/UBS difere frente à gravidade dos casos. A estratificação de intensidade da SG é a ferramenta primordial para definir a conduta correta para cada caso. O papel da APS/UBS é o de assumir papel resolutivo frente aos casos leves (inclui medidas de suporte e conforto, isolamento domiciliar e monitoramento até alta do isolamento) e de identificação precoce e encaminhamento rápido e correto dos casos graves, mantendo a coordenação do cuidado destes últimos.

Dada a letalidade muito mais elevada do COVID-19 entre os idosos (pessoas com 60 anos ou mais), deve-se priorizá-los para atendimento. Além deles, pessoas com doença crônica, gestantes e puérperas devem ter atendimento priorizado. Gestantes e puérperas não têm risco elevado para COVID-19, mas apresentam maior risco de gravidade se infectadas por Influenza.

Os casos leves de síndrome gripal serão conduzidos pela APS/UBS. Logo, faz-se obrigatório o acompanhamento dos pacientes da APS/UBS ao longo do curso da doença.

O manejo diagnóstico e terapêutico de pessoas com suspeita de infecção respiratória caracterizada como Síndrome Gripal, causada por COVID-19 ou não, no contexto da APS/UBS inclui:

1- Identificação de caso suspeito de Síndrome Gripal/COVID-19 2- Medidas para evitar contágio na UBS 3- Classificação do caso 4- Estratificação da gravidade da síndrome gripal e diagnóstico laboratorial 5- Síndrome gripal e fatores de risco para complicações 6- Monitoramento clínico e determinação de medidas de isolamento e quarentena 7- Atendimentos e serviços que não devem ser contingenciados 8- Recomendações e atribuições para os profissionais com atividades suspensas ou reduzidas

temporariamente

1. IDENTIFICAÇÃO DE CASO POTENCIALMENTE SUSPEITO DE SÍNDROME GRIPAL/COVID-19 Grande parte dos pacientes com Síndromes Gripais/COVID-19 chegarão à APS/UBS como porta de

entrada. O primeiro passo na cascata de manejo do COVID-19 é a identificação precoce de casos de Síndrome Gripal que será feita através de uma TRIAGEM RÁPIDA por profissional da UBS e direcionados para sala específica de atendimento, em área separada, ou se falta de espaço na unidade, selecionar área externa. O profissional da Triagem Rápida, recepção e avaliação de risco devem estar em uso de máscara cirúrgica e permanecer a pelo menos 01 metro de distância dos usuários. Oriente higienização imediata das mãos, oferecendo aos usuários álcool gel ou a 70% para todos que apresentarem na UBS e solicite que evitem tocar no rosto e em superfícies até o atendimento

Se a procura pela UBS for para realização de procedimento eletivo de odontologia e atividades suspensas previstas na Nota Técnica da Atenção Básica 001/2020, o usuário deverá ser informado que estas atividades estão suspensas e orientado a buscar a unidade após 60 dias ou conforme divulgação oficial.

Todos os usuários que buscam atendimentos com quadro agudo deverão ser avaliados na unidade em que buscou atendimento. Ressalta-se que esta recomendação vale também para gestantes, puérperas e pessoas em situação de rua. Os últimos deverão ser atendidos portando ou não documentação. Usuários com síndrome gripal apresentam necessidade de priorização dentre aqueles em uma mesma categoria de risco clínico.

Todos os usuários devem ser abordados quanto a presença de febre, acompanhada de tosse ou

dor de garganta (síndrome gripal).

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2. MEDIDAS PARA EVITAR CONTÁGIO NA UBS Após a identificação precoce na recepção da Unidade Básica de Saúde de todos casos suspeitos de

Síndrome Gripal, deve-se fornecer máscara cirúrgica a todos pacientes logo após reconhecimento profissional responsável por receber os pacientes enquanto aguardam o atendimento da enfermagem e/ou do médico. A sala deve ser mantida com a porta fechada, janelas abertas e ar condicionado desligado. Caso não seja possível, a unidade pode optar por realizar uma separação por meio de um biombo ou solicitar aguardar o atendimento em área externa da unidade para pacientes com Síndrome Gripal, que deverão ser atendidos o mais rápido possível.

Por se tratar de uma doença de contágio pessoa a pessoa e por via respiratória, os profissionais de saúde envolvidos nos cuidados desses pacientes devem tomar precauções específicas para proteção pessoal e também para não servirem de vetores de propagação da doença (Quadro 1). As recomendações de prevenção de contato são:

Lavar as mãos com frequência e seguir os cinco momentos de higienização das mãos: I) antes de contato com a pessoa suspeita de infecção pelo novo coronavírus; II) antes da realização de procedimentos; III) após risco de exposição a fluidos biológicos; IV) após contato com a pessoa suspeita; e V) após contato com áreas próximas à pessoa suspeita.

Usar máscara quando tiver contato próximo com o doente (<1m), para evitar a contaminação da boca e nariz do profissional por gotículas respiratórias, quando o mesmo atuar no atendimento direto ao paciente com Síndrome Gripal/COVID.

Orientar que a etiqueta respiratória deve ser praticada por todos, cobrindo a boca e o nariz durante a tosse e/ou espirros usando lenços de papel ou o cotovelo flexionado, seguida da lavagem das mãos.

Utilizar máscara N95, PFF2 ou equivalente, durante a realização de procedimentos que gerem aerossóis (partículas contaminantes menores e mais leves que as gotículas), como: indução de tosse, intubação traqueal, aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro, coletas de amostras nasotraqueais).

Utilizar luvas de procedimento, avental, protetor ocular ou protetor de face e gorro (para procedimentos que geram aerossóis)

Quando houver risco de contato das mãos do profissional com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e artigos ou equipamentos contaminados. O uso de luvas não substitui a higiene das mãos.

Manter ambientes limpos e arejados. Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

A limpeza e a higienização das unidades de saúde precisam ser mais frequentes e vigorosas, priorizando o mobiliário.

O consultório de atendimento de casos de síndrome gripal deve ser limpo e desinfetado ao final de cada consulta (limpeza concorrente), sendo realizada a limpeza terminal deste espaço ao final do dia.

Quadro 1 – Medidas de Controle Precoce

MEDIDAS DE CONTROLE PRECOCE

PROFISSIONAIS DA SAÚDE (atendimento direto ao paciente) PACIENTES

Contenção respiratória com máscara cirúrgica para atendimento direto ao paciente (<1metro);

Utilizar máscara N95/PFF2 durante a realização de procedimentos que gerem aerossóis;

Uso de luvas, proteção ocular e avental descartável;

Gorro (para procedimentos que geram aerossóis);

Lavar as mãos com frequência;

Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;

Sobre o descarte: Máscara N95/PFF2 pode ser reutilizada, desde que cumpridos

passos obrigatórios para a retirada da máscara sem a contaminação do seu interior e armazenada na própria

Recomendar máscara cirúrgica para os que apresentarem sintomas respiratórios e orienta-los a mantê-la durante todo o trajeto até chegar no domicilio;

Fornecer álcool gel ou a 70% para todos os usuários realizarem a higienização das mãos ao entrar na UBS antes de receber atendimento.

Isolamento com precaução de contato em sala isolada e bem arejada para os sintomáticos respiratórios;

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embalagem, quando recomendado pelo fabricante ou em um saco de papel limpo perfurado (para ocorrer troca de ar) e identificado com o nome do profissional, com o elástico para fora do saco.

Máscara cirúrgica: deverá ser trocada após cada atendimento direto (<1metro) ao paciente (os demais profissionais deverão trocar quando estiver úmida)

Capote: deve ser descartado ao final do turno de atendimento ou se for realizar algum intervalo;

OBS: Todos esses resíduos gerados deverão ser descartados em saco Branco Leitoso e em lixeira exclusiva para esses resíduos (o local de descarte do lixo com resíduo também deve ficar separado com identificação para o recolhimento)

Fonte: NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020.

3. CLASSIFICAÇÃO DO CASO

Após triagem rápida, o paciente deve passar por consulta presencial com o médico/enfermeiro. É imprescindível a realização de consulta médica a fim de estratificar a gravidade por meio de anamnese e exame físico. Idosos acima de 60 anos, pacientes com doenças crônicas, gestantes e puérperas devem ter atendimento prioritário ao chegarem na UBS com sintomas de Síndrome Gripal. Em consulta médica, após confirmar a presença de Síndrome Gripal, é fundamental estratificar a gravidade dos casos, a fim de identificar rapidamente casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Todos os pacientes com Síndrome Gripal devem ser manejados seguindo as mesmas diretrizes dentro do contexto da APS/UBS, já que a investigação da etiologia da Síndrome Gripal não será realizada neste contexto. Alguns pacientes terão Síndrome Gripal decorrente do vírus Influenza, do vírus Respiratório Sincicial ou de outros vírus, enquanto outros pacientes terão Síndrome Gripal decorrente do Novo Coronavírus. No manejo na APS/UBS será utilizada abordagem sindrômica de Síndrome Gripal para todo paciente com suspeita de COVID-19, utilizando as seguintes classificações:

SÍNDROME GRIPAL (SG): indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre (na suspeita de COVID-19, a febre pode não estar presente), mesmo que relatada, acompanhada de tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória.

Em crianças: considera-se também obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico. Em idosos: a febre pode estar ausente. Deve-se considerar também critérios específicos de agravamento como sincope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG): Síndrome Gripal que apresente: dispneia/desconforto respiratório OU Pressão persistente no tórax OU saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto. EM CRIANÇAS: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

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4. ESTRATIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA SÍNDROME GRIPAL E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Estratificação de Gravidade e Conduta A estratificação de gravidade dos casos com Síndrome Gripal deve se dar em consulta médica da

seguinte forma (Tabela 1): A. Casos leves. Aqueles que podem ser acompanhados completamente no âmbito da APS/UBS devido

à menor gravidade do caso; B. Casos graves. Aqueles que se encontram em situação de maior gravidade (Tabelas 1 e 2)

(Síndrome Respiratória Aguda Grave/Sinais e Sintomas de Gravidade para Síndrome Gripal/Síndrome Gripal com comorbidades descompensadas) e, portanto, necessitam de estabilização na APS/UBS e encaminhamento a Centro de Referência/Urgência/Hospitais.

TABELA 1 - Estratificação da gravidade de casos de Síndrome Gripal, Ministério da Saúde, 2020.

ESTRATIFICAÇÃO DE GRAVIDADE DO CASO

CASOS LEVES CASOS GRAVES

QUADRO CLÍNICO

Síndrome gripal com sintomas leves (sem dispneia ou sinais e sintomas de

gravidade) E

Ausência de comorbidades descompensadas que contraindiquem

isolamento domiciliar.

Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) (síndrome gripal

com dispneia ou sinais de gravidade)

OU Síndrome gripal com comorbidades

descompensadas que contraindiquem o isolamento

domiciliar.

CONDUTA

-Realizar manejo clínico apropriado (medicamentos sintomáticos, orientação de repouso, alimentação balanceada e boa oferta de líquidos) -Prescrever oseltamivir para pessoas com condições de risco para complicações. -Se familiares desenvolverem sintomas, orientá-los fazer contato com TELEATENDIMENTO 31981535 antes de procurar atendimento. - Notificar em formulário on-line do Ministério da Saúde: https://notifica.saude.gov.br/ -Fornecer atestado médico de 14 dias para propiciar o isolamento domiciliar quando necessário comprovar ausência (trabalho, escola). (CID 10: J11 (Síndrome Gripal)). -Os contatos domiciliares do paciente com Síndrome Gripal devem receber atestado de 14 dias de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde. - Inserir o paciente na Central de Monitoramento Clínico do COVID-19 os casos em isolamento domiciliar para avaliar evolução clínica por telefone, a cada 48 horas, por no mínimo 14 dias podendo ser estendido até melhora dos sintomas.

-Estabilização na APS/UBS entrar em

contato com Plantão da Epidemiologia - 31-988028143 e

acionar a regulação do SAMU para a transferência do usuário, conforme fluxo habitual. -Se familiares desenvolverem algum sintoma, orientá-los a fazer contato com TELEATENDIMENTO 31981535

antes de procurar atendimento. - O preenchimento da ficha SRAG é de notificação IMEDIATA e ficará a critério do serviço que indicar a internação. -Os contatos domiciliares assintomáticos do paciente com Síndrome Gripal devem permanecer em quarentena por 14 dias, de acordo com a PORTARIA GM Nº 454, DE 20 DE MARÇO DE 2020.

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TABELA 2 - Sinais e sintomas de gravidade para Síndrome Gripal, Ministério da Saúde, 2020.

SINAIS E SINTOMAS DE GRAVIDADE PARA SÍNDROME GRIPAL

ADULTOS CRIANÇAS

Déficit no sistema respiratório: Falta de ar ou dificuldade para respirar; Ronco, retração sub/intercostal severa; Saturação de oximetria de pulso <95% em

ar ambiente; Taquipnéia (>30 ipm);

Déficit no sistema cardiovascular:

Sinais e sintomas de hipotensão (hipotensão arterial com sistólica abaixo de 90 mmHg e/ou diastólica abaixo de 60mmHg);

Diminuição do pulso periférico. Sinais e sintomas de alerta adicionais:

Piora nas condições clínicas de doenças de base;

Alteração do estado mental, como confusão e letargia;

Persistência ou aumento da febre por mais de 3 dias ou retorno após 48 horas de período afebril.

Déficit no sistema respiratório: Falta de ar ou dificuldade para respirar; ronco, retração sub/intercostal severa; Cianose central; Batimento da asa de nariz; Movimento paradoxal do abdome; Bradipneia e ritmo respiratório irregular; Saturação de oximetria de pulso <95% em ar

ambiente Taquipnéia*

Déficit no sistema cardiovascular: Sinais e sintomas de hipotensão; Diminuição do pulso periférico.

Sinais e Sintomas de alerta adicionais: Inapetência para amamentação ou ingestão

de líquidos; Piora nas condições clínicas de doenças de

base; Alteração do estado mental Confusão e letargia; Convulsão.

*Frequência Respiratória Normal (por minuto) em crianças: 1 a 12 meses: 30 a 53 irpm; 1 a 2 anos: 22 a 37irpm;3 na 5 anos: 20 a 28 irpm; Escolar: 18 a 25 irpm; Adolescente: 12 a 20 irpm.(Ref: Protocolo Influenza 2017 – Fonte: American Heart Association, 2015)

4.1 Notificação Imediata

É mandatória a notificação imediata de caso de Síndrome Gripal e de Síndrome Respiratória Aguda

Grave, na fase de transmissão comunitária. A notificação deverá ser realizada:

1. Se SRAG, notificar imediatamente: Preencher Ficha Manual de Síndrome Respiratória

Aguda Grave (NOVA! - Em Anexo) em 2 vias (uma para o setor de Epidemiologia e

outra para a FUNED). Discutir o caso com o Plantão da Epidemiologia - 31-988028143

antes de acionar o SAMU.

2. Todos os casos de Síndrome Gripal (SR) registrar no formulário on-line do Ministério da

Saúde no link: https://notifica.saude.gov.br/. O CID-10 que deve ser utilizado para

Síndrome Gripal inespecífica é o J11. Para os pacientes com SRAG, a coleta de SWAB

será feita na unidade de urgência.

4.2 Diagnóstico Laboratorial

O diagnóstico laboratorial da COVID-19 é realizado por meio das técnicas de transcriptase-reversa Polymerase Chain Reaction (RT-PCR) através do sequenciamento parcial ou total do genoma viral.

Nesse momento, a conduta uniforme sugerida é a coleta para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e Pós óbito imediato, considerando a mudança de cenário.

Os profissionais da Saúde com sintomas Respiratórios deverão realizar sua própria notificação no

Link: https://notifica.saude.gov.br/. Em seguida deverá entrar em contato com o CEREST: 3351-6130/3351-6132 para agendamento de avaliação médica e seguimento de acompanhamento

do quadro clínico.

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5 SÍNDROME GRIPAL E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES. Condições e fatores de risco para complicações

Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);

Adultos ≥ 60 anos;

Crianças< 5 anos (maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos)

População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;

Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye).

Pneumopatias;

Pacientes com tuberculose de todas as formas;

Cardiovasculopatias;

Nefropatias;

Hepatopatias;

Doenças hematológicas;

Distúrbios metabólicos;

Transtornos neurológicos (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico, doenças neuromusculares);

Imunossupressão associada a medicamentos (corticoide ≥ 20 mg/dia por mais de duas semanas, quimioterápicos, inibidores de TNF-alfa), neoplasias, HIV com CD4 <350 células/mm3 ou outros;

Obesidade (especialmente se IMC ≥ 40 em adultos)

5.2 Manejo terapêutico com uso de oseltamivir em pacientes com síndrome gripal

Diante da possibilidade de síndrome gripal por outros vírus, como a Influenza, indica-se o uso de Oseltamivir nos casos de síndrome gripal com fatores de risco para complicações.

Está indicado o uso de fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) para todos os casos de síndrome gripal que tenham condições e fatores de risco para complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo em atendimento ambulatorial e para todos os casos de SRAG ou que apresentem sinais de agravamento do quadro clínico. O antiviral Oseltamivir deve ser iniciado preferencialmente em até 48 horas a partir da data de início dos sintomas, podendo ser iniciado depois especialmente em casos graves e de internação hospitalar. A dose de oseltamivir é baseada na faixa etária e peso do paciente (Tabela 3).

TABELA 3 - Tratamento para Influenza com Oseltamivir para casos com condições e fatores de risco para complicações. Ministério da Saúde, 2020.

Faixa Etária Posologia

Adulto 75 mg, via oral, 12 em 12 horas por 5 dias

Criança maior que 1 ano

de idade

≤ 15kg 30 mg, via oral, 12 em 12 horas por 5 dias

16 kg a 23 kg 45 mg, via oral, 12 em 12 horas por 5 dias

24 kg a 40 kg 60 mg, via oral, 12 em 12 horas por 5 dias

> 40 kg 75 mg, via oral, 12 em 12 horas por 5 dias

Criança menor de 1 ano

de idade

0 a 8 meses 3 mg/kg, via oral, 12 em 12 horas por 5 dias

9 a 11 meses 3,5 mg/kg, via oral, 12 em 12 horas por 5 dias

* Apresentação Oseltamivir nas farmácias distrititais: 75 mg. Os medicamentos serão dispensados nas Farmácias Distritais, mediante a apresentação da receita. Nos

casos de Crianças, orienta-se diluir a medicação conforme Nota Técnica DAF 003/2020.

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6 MONITORAMENTO CLÍNICO E DETERMINAÇÃO DE MEDIDAS DE ISOLAMENTO E QUARENTENA

Os pacientes com Síndrome Gripal em acompanhamento ambulatorial na APS/UBS devem permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias a contar da data de início dos sintomas. A equipe deverá preencher um formulário on-line para inserção do paciente que precisará desse monitoramento domiciliar.

A revisão dos sintomas e o seguimento da evolução do quadro dos casos de Síndrome Gripal em isolamento domiciliar será realizado por um profissional de saúde da Central de Monitoramento Clínico do COVID-19, via telefone a cada 48 horas até 14 dias do início dos sintomas. Os critérios de referenciamento para atendimento presencial serão estabelecidos em documento específico, conforme avaliação clínica.

Todos os membros da casa devem ser considerados como contactantes e deverão ser acompanhados pela APS/ESF, além de serem estratificados de maneira apropriada caso iniciem com sintomas.

O profissional de saúde deve dar instruções para que o usuário antes de se dirigir a UBS, faça contato telefônico com a própria equipe ou tire dúvidas através do TELEATENDIMENTO 31981535. Deve ser disponibilizado um acesso por meio de comunicação rápida para eventuais dúvidas ou comunicados pela equipe.

Orientações para o monitoramento de pacientes com Síndrome Gripal pela ESF:

1. Preencher um formulário on-line fornecido pela Secretaria de Saúde na Barra Principal em

“Formulário Coronavírus” no Portal da Saúde (www.contagem.mg.gov.br/sms) para inserção do paciente e/ou familiar que precisará desse monitoramento domiciliar pela Central de Monitoramento Clínico do COVID-19;

2. A revisão dos sintomas e o seguimento da evolução do quadro dos casos de Síndrome Gripal em isolamento domiciliar será realizado por um profissional de saúde da Central de Monitoramento Clínico do COVID-19, via telefone a cada 48 horas até 14 dias do início dos sintomas.

3. As equipes terão acesso ao acompanhamento da Central de Monitoramento Clínico do COVID-19 dos pacientes inseridos por meio eletrônico.

4. Os critérios de referenciamento para atendimento presencial serão estabelecidos em documento específico, conforme avaliação clínica da Central de Monitoramento.

6.2 Determinação de medidas de isolamento domiciliar e quarentena

De acordo com a PORTARIA GM Nº 454, DE 20 DE MARÇO DE 2020 que Declara, em todo o território nacional, o estado de transmissão comunitária do coronavírus (covid-19), para contenção da transmissibilidade do covid-19, deverá ser adotada como, medida não-farmacológica, o isolamento domiciliar da pessoa com sintomas respiratórios e das pessoas que residam no mesmo endereço, ainda que estejam assintomáticos, devendo permanecer em isolamento pelo período máximo de 14 (quartorze) dias.

O que é isolamento?

A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infecção e transmissão local. A medida de isolamento somente poderá ser determinada por prescrição médica ou por recomendação do agente de vigilância epidemiológica, por um prazo máximo de 14 (quatorze) dias, podendo se estender por até igual período, conforme resultado laboratorial que comprove o risco de transmissão. O que é quarentena?

É a restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contaminação das pessoas que não estejam doentes, ou de bagagens, contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a possível contaminação ou a propagação do coronavírus. A quarentena pode ocorrer em área a ser definida, como em um bairro, uma rua, um hospital etc. A medida

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de quarentena será determinada mediante ato administrativo formal e devidamente motivado e deverá ser editada por Secretário de Saúde do Estado, do Município, do Distrito Federal ou Ministro de Estado da Saúde ou superiores em cada nível de gestão, publicada no Diário Oficial e amplamente divulgada pelos meios de comunicação. ● Caso confirmado: o doente deve permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias a partir do início dos sintomas. Seus contatos domiciliares também deverão ficar em isolamento por 14 dias a partir da data do último contato com o doente/ início das medidas de isolamento. A determinação da medida de isolamento por prescrição médica ou por determinação do agente de vigilância epidemiológica deverá ser acompanhada do termo de notificação do paciente.

● Caso suspeito ou provável: o doente deve permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias a partir do início dos sintomas. O isolamento poderá ser suspenso se o diagnóstico laboratorial for negativo para o SARSCOV-2. A determinação da medida de isolamento por prescrição médica ou por determinação do agente de vigilância epidemiológica.

● Pessoa sintomática (sem critério para caso suspeito ou provável de coronavírus): Pessoas sintomáticas não devem ir ao seu local de trabalho ou estudo. Para repouso em domicílio, é necessário atestado médico. Se for caso de Síndrome Gripal (ver definição acima), o atestado deve ter duração de 14 dias a partir do início dos sintomas. O atestado emitido pelo profissional médico que determina a medida de isolamento será estendido às pessoas que residam no mesmo endereço, para todos os fins, incluindo o disposto no § 3º do art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. Para casos mais leves sem critérios de Síndrome Gripal, como resfriados ou rinossinusite, o atestado pode ser emitido enquanto durarem os sintomas. Nos casos leves onde não seja necessário repouso, a possibilidade de teletrabalho poderá ser considerada, conforme acordo entre empregado e empregador.

● Pessoa assintomática: Pessoas assintomáticas têm necessidade de isolamento domiciliar apenas quando forem contatos domiciliares de caso confirmado e suspeito, por 14 dias a partir da data do último contato com o doente/ início das medidas de isolamento. A possibilidade de teletrabalho por 7 dias é estimulada e poderá ser considerada conforme acordo entre empregado e empregador, assim como o não comparecimento em instituições de ensino ou outros compromissos presenciais. Além disso, para as pessoas assintomáticas que residem com a pessoa sintomática será possível a emissão de novo atestado médico de isolamento caso venham a manifestar os sintomas respiratórios.

Em TODOS os casos que necessitar de prescrição médica de isolamento, deverá ser acompanhada dos seguintes documentos (em ANEXO) assinados pela pessoa sintomática:

I- Termo de Consentimento livre e esclarecido; e II- Termo de Declaração, contendo a relação das pessoas que residam ou trabalhem no mesmo endereço

Atenção! Pessoas assintomáticas não necessitam usar máscaras para circulação em ambiente de trabalho ou espaços públicos. O uso indiscriminado e sem critério de máscaras cirúrgicas afeta o

abastecimento desse material que, faltando nos serviços de saúde, poderá aumentar a transmissão do vírus.

Os profissionais que tiverem dúvidas durante o atendimento, poderá ser realizada consulta clínica gratuita sobre coronavírus.

Telessaúde TELEFONE: 0800 644 6543.

De segunda a sexta-feira das 8h às 17h:30 A partir de abril: de segunda a sexta-feira das 8h às 20h

Plantão da Epidemiologia da Secretaria de Saúde

TELEFONE: 31- 98802-8143

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7 ATENDIMENTOS E SERVIÇOS QUE NÃO DEVEM SER CONTINGENCIADOS

Salas de vacina terão seu funcionamento mantido, conforme rotina.

Curativos, mesmo de lesões crônicas, deverão ser mantidos conforme a necessidade clínica.

Farmácias terão o seu funcionamento, conforme Nota Técnica da Assistência Farmacêutica 001/2020 e 002/2020.

Gestantes e puérperas não devem sofrer redução do acompanhamento previsto nos protocolos devido à maior vulnerabilidade clínica.

Pessoas com queixas clínicas agudas deverão ter seu atendimento garantido durante todo o horário de funcionamento.

Pessoas com tuberculose e hanseníase devem ter seu acompanhamento mantido na periodicidade prevista nos protocolos para garantir adesão e cura.

Pessoas em uso de psicotrópico devem ter a continuidade das receitas garantidas.

Atendimentos eletivos a pessoas com condições clínicas que necessitam de primeira orientação ou ajuste de tratamento em curto prazo, devido ao risco de agravamento do quadro, deverão ser acompanhadas. Exemplo: egresso hospitalar com trauma recente, pós AVE, disfágico, usuário com risco de auto-extermínio, com diabetes em fase de ajuste de medicação, entre outros.

Solicitação de Dietas Industrializadas: conforme Resolução (CFN 646, de 18 de março de 2020) que regulamenta o atendimento nutricional por meio não presencial orientamos que, em casos emergenciais, a Ficha de Solicitação poderá ser preenchida normalmente através da plataforma Google Forms. Ressaltamos que para o preenchimento através da plataforma é necessário informações como: Documentação pessoal do usuário (CNS e CPF), avaliação, diagnóstico e prescrição nutricional.

8 RECOMENDAÇÕES E ATRIBUIÇÕES PARA OS PROFISSIONAIS COM ATIVIDADES SUSPENSAS OU REDUZIDAS TEMPORARIAMENTE

Os profissionais de saúde cujas atividades estejam suspensas ou reduzidas deverão permanecer na

unidade durante o período integral de trabalho. Destacamos possíveis atividades de apoio para a unidade:

Organizar porta de entrada, informando sobre etiqueta respiratória e distanciamento mínimo de um metro de distância entre as pessoas;

Realizar ações educativas em sala de espera informando e esclarecendo dúvidas quanto aos cuidados gerais para prevenir o contagio e o reconhecimento de sinais de gravidade dos casos de síndrome gripal, fluxos de atendimento destes casos, bem como outras orientações de promoção de saúde e autocuidado;

Identificar casos suspeitos para oferecer máscara e direcionar atendimento;

Apoiar ações de monitoramento de casos de síndrome gripal;

Realizar preenchimento de ficha de notificação compulsória online e impressa;

Colaborar nas atividades das campanhas de vacinação;

Realizar atividades de suporte administrativo e organizacional, caso seja necessário esse apoio na unidade, tais como: retirar e arquivar prontuários físicos, imprimir resultados de exames, conferir, organizar e separar insumos e medicamentos, entre outras atividades.

___________________________________________________ Rodrigo Torres dos Santos

Superintendente de Atenção à Saúde

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, __________________________________________, RG nº ___________________, CPF nº ___________________declaro que fui devidamente informado(a) pelo médico(a) Dr.(a) __________________________________sobre a necessidade de _____________________(isolamento ou quarentena) a que devo ser submetido, com data de início _______________, previsão de término__________, local de cumprimento da medida_____________ ,bem como as possíveis consequências da sua não realização.

Paciente Responsável

Nome: ____________ Grau de Parentesco: ______________

Assinatura: ____________________________ Identidade Nº: ___________

Data: ______/______/______ Hora: ______: ________

Deve ser preenchido pelo médico:

Expliquei o funcionamento da medida de saúde pública a que o paciente acima referido está sujeito, ao próprio paciente e/ou seu responsável, sobre riscos do não atendimento da medida, tendo respondido às perguntas formuladas pelos mesmos. De acordo com o meu entendimento, o paciente e/ou seu responsável, está em condições de compreender o que lhes foi informado. Deverão ser seguidas as seguintes orientações: ___________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

Nome do médico: _______________________________

Assinatura_________________________ CRM _____________

TERMO DE DECLARAÇÃO Eu, ________________________, RG nº ___________________, CPF nº____________, residente e domiciliado na _______________________________ Bairro ________________, CEP , na cidade de ________________, Estado_________, declaro que fui devidamente informado(a) pelo médico(a) Dr.(a) ____________________ sobre a necessidade de isolamento a que devo ser submetido(a), bem como as pessoas que residem no mesmo endereço ou dos trabalhadores domésticos que exercem atividades no âmbito residencial, com data de início _______________, previsão de término __________, local de cumprimento da medida _____________ . Nome das pessoas que residem no mesmo endereço que deverão cumprir medida de isolamento domiciliar: 1.____________________________________________

2.____________________________________________

3.____________________________________________

4.____________________________________________

5.____________________________________________

Assinatura da pessoa sintomática: ______________________________ Data: ______/______/______ Hora: ______: ________

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FICHA E-SUS VE DO SITE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE Caso o Profissional que realize o atendimento no momento, não tenha computador com internet ou não possa registrar imediatamente no sistema, o mesmo deverá preencher este formulário (impresso) e inserir as informações no site: https://notifica.saude.gov.br/ após o atendimento ou solicitar que outro profissional insira no site os dados preenchidos logo após o atendimento e anexar essa ficha no prontuário do paciente.

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Tem CPF? □ Sim □ Não CPF: ______________________

É profissional de saúde? □ Sim □ Não

Nome Completo: ___________________________________________

Data de Nascimento: _____/_____/_____ Sexo: □ Masculino □ Feminino

Estado de Residência: ___________ Município de Residência: _____________________

Telefone Celular: ____________________ Telefone de Contato: ______________________

NOTIFICAÇÃO

Data da Notificação: ______/_____/______

Sintomas:

□ Dor de Garganta □ Dispneia □ Febre □ Tosse

Data do início dos sintomas: _____/_____/______

Condições

□ Doenças respiratórias crônicas

descompensadas

□ Doenças cardíacas crônicas

□ Diabetes

□ Imunossupressão

□Gestante de alto risco

□Portador de doenças cromossômicas ou estado

de fragilidade imunológica

□ Doenças renais crônicas em estágio avançado

(graus 3, 4 ou 5)

Estado do Teste

□ Solicitado □ Coletado □ Concluído

Profissional que realizou o atendimento: ________________________

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