flores comestíveis: “ingrediente com sabor e aroma...

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017 Flores Comestíveis: “Ingrediente com Sabor e Aroma”. Edible Flowers: “Flavor and Flavor Ingredient.” Daniela Neves Maciel 1 Jackson Cruz Cabral 2 Natália de Carvalho Teixeira 3 Resumo: Este artigo visa contribuir para o conhecimento e história das flores comestíveis e sobre as que são denominadas PANC – Plantas Alimentícias Não- Convencionais, e teve como objetivo investigar o nível de conhecimento dos alunos de gastronomia da Faculdade Promove de Belo Horizonte e como exemplo prático foi elaborada uma cartilha para a produção de flores comestíveis em casa e também foi desenvolvido um glossário de flores comestíveis para fácil identificação das espécies. Palavras Chave: Flores Comestíveis, PANC, Botânica. Abstract: This article aims to contribute to the knowledge and history of edible flowers and about what are called PANC - Non-Conventional Food Plants, and had as objective to investigate the level of knowledge of gastronomy students of the Promove College of Belo Horizonte and as a practical example was Elaborated a booklet for the production of edible flowers at home and also developed a glossary of edible flowers for easy identification of the species. Keywords: Edible flowers, PANC, Botany. 1 Graduanda do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia, Faculdade Promove - E-mail - [email protected] 2 Professor, Coordenador e Orientador do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia, Faculdade Promove – E-mail - [email protected] 3 Nutricionista Doutora em Ciência de Alimentos do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia, Faculdade Promove, Orientadora da Disciplina de TCC – E-mail - [email protected]

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Flores Comestíveis: “Ingrediente com Sabor e Aroma”.

Edible Flowers: “Flavor and Flavor Ingredient.”

Daniela Neves Maciel1

Jackson Cruz Cabral2

Natália de Carvalho Teixeira3

Resumo: Este artigo visa contribuir para o conhecimento e história das flores comestíveis e

sobre as que são denominadas PANC – Plantas Alimentícias Não- Convencionais, e teve

como objetivo investigar o nível de conhecimento dos alunos de gastronomia da Faculdade

Promove de Belo Horizonte e como exemplo prático foi elaborada uma cartilha para a

produção de flores comestíveis em casa e também foi desenvolvido um glossário de flores

comestíveis para fácil identificação das espécies.

Palavras Chave: Flores Comestíveis, PANC, Botânica.

Abstract: This article aims to contribute to the knowledge and history of edible flowers and

about what are called PANC - Non-Conventional Food Plants, and had as objective to

investigate the level of knowledge of gastronomy students of the Promove College of Belo

Horizonte and as a practical example was Elaborated a booklet for the production of edible

flowers at home and also developed a glossary of edible flowers for easy identification of the

species.

Keywords: Edible flowers, PANC, Botany.

1Graduanda do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia, Faculdade Promove - E-mail -

[email protected] 2Professor, Coordenador e Orientador do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia, Faculdade Promove –

E-mail - [email protected] 3Nutricionista Doutora em Ciência de Alimentos do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia, Faculdade

Promove, Orientadora da Disciplina de TCC – E-mail - [email protected]

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

1 INTRODUÇÃO

O hábito de comer flores vem desde a Idade Média de acordo com Rop et al.

(2012) e Melo et al. (2003), elas eram utilizadas como decoração em alimentos preparados

para a nobreza, principalmente em festas e banquetes. Na Europa Central é muito comum a

utilização de flores de sabugueiro Sambucusnigra, fritas. As flores destacam-se também na

culinária francesa onde a França medieval preferia a calêndula, Suíça, além da China, Japão,

Indonésia e Ásia onde eram comuns as flores de lírio de um dia, enquanto na Roma antiga

destacam-se as rosas, em qualquer lugar o objetivo era o mesmo.

Nos tempos modernos as flores comestíveis são utilizadas como decorações em

pratos frios e consumidas frescas, no entanto podem ser consumidas em pratos quentes,

saladas, sobremesas, cristalizadas, em compotas e geléias, secas, em cocktail (em cubos de

gelo) no preparo de licores, canapés, etc (MELO et al., 2003; ROP et al., 2012).

Há três espécies de flores que são consumidas diariamente, de acordo com Felippe

(2004), é o caso do brócolis, da couve-flor e da alcachofra, dadas as suas excepcionais

virtudes vitamínicas e a capacidade de reduzir o colesterol e triglicérides. No caso desses

exemplos muita gente não tem idéia de que sejam flores e os chamam de verdura, legume ou

hortaliça. Mas o que se come é a parte reprodutiva dessas plantas, que são as inflorescências,

os botões florais e as flores.

No entanto é necessário certo cuidado quando se fala de flores comestíveis, pois

nem sempre se consome a flor por inteiro, pois existem espécies que possuem princípios

tóxicos, é necessário certo cuidado ao manipular a flor, pois elas são muito sensíveis e

delicadas e possuem vida a útil muito reduzida, as flores usadas na alimentação não devem ser

compradas em floriculturas (MELO et al., 2003; ROP et al., 2012; FELIPPE, 2004).

As flores comestíveis possuem baixo valor calórico, apresentam vitaminas,

possuem atividades antioxidantes e antiinflamatórias, possuem conteúdo de proteínas,

gorduras, e carboidratos semelhantes aos encontrados em outras partes da planta, por

exemplo, em produtos hortícolas como as folhosas em geral. São também excelente fonte de

minerais, especialmente de fósforo e de potássio, valores comparáveis ou até mais elevados

que a diversos tipos de frutas e espécies vegetais (MELO et al., 2003; ROP et al., 2012;

FELIPPE, 2004).

Gastronomia de acordo com o Dicionário Aurélio (2005), é um conjunto de

conhecimentos e práticas relacionados com a cozinha, com o arranjo das refeições, mas

também é arte de saborear e apreciar iguarias e um modo de dar maior prazer a quem come.

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A cozinha de acordo com Felippe (2004) é uma soma de ciências fundamentais a

química, física, a zoologia, a botânica inclusive a arte e a geometria, de que um mestre se vale

no momento de apresentar os pratos e a Botânica é o ramo da biologia que estuda os vegetais

de acordo com Silva et al. (2014).

PANC (Plantas Comestíveis Não Convencionais). de acordo com Ferreira e

Lorenzi (2015), nada mais é do que um acrônimo para tentar contemplar as Plantas

Alimentícias Não Convencionais (PANC) que possuem uma ou mais categorias de uso

alimentício citado mesmo que não sejam comuns, corriqueiras ou do dia a dia da grande

maioria da população de uma região, país ou até mesmo do planeta, já que atualmente temos

uma alimentação básica muito homogênea, monótona e globalizada. Este nome começou a ser

usado em 2008, é um termo amplo, flexível, e contempla melhor para tentar categorizar este

grupo de plantas.

Uma das coisas interessantes na definição das PANC é que todos os alimentos ou plantas que demandam grandes explicações do que é seus nomes, formas de consumo e preparo e ainda ter de mostrar fotos para as pessoas poderem ter alguma idéia do que seja é, com certeza, uma PANC. Ou seja, não faz parte do uso real e corrente, mesmo que sazonal (FERREIRA; LORENZI, 2015, p.16).

As flores que são comestíveis, que devido à falta de informação a maioria das

vezes são denominadas “daninha” ou apenas usadas com fim ornamental, e muitas vezes

desconhecida pela maioria das pessoas por não saberem nada sobre elas, como podem ser

usadas, preparadas e consumidas. Por isso não as compram e ao menos tem interesse em saber

e quando tem determinado interesse não recebem a resposta esperada (FERREIRA;

LORENZI, 2015).

Pelo grande interesse da pesquisadora em flores no geral, este artigo estudou em

especial as flores que são comestíveis a fim de levar mais informações pessoas que não sabem

muito sobre o tema proposto, pois ainda não a uma divulgação sobre flores comestíveis apesar

das pesquisas já terem sido iniciadas há alguns anos.

O objetivo geral deste artigo foi investigar sobre o conhecimento e o consumo de

flores comestíveis por estudantes de gastronomia da Faculdade Promove e elaborar uma

cartilha para que os alunos possam plantar em casa para o próprio consumo as flores

comestíveis. O primeiro objetivo específico deste artigo foi pesquisar através de artigos e

livros os tipos de flores comestíveis mais conhecidas consideradas PANC`S, o segundo

objetivo específico foi criar um glossário e uma cartilha sobre a produção de flores

comestíveis com o máximo de informações, o terceiro objetivo específico foi levantar com

um produtor de flores comestíveis a forma de produção e a forma de venda das mesmas.

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Sendo assim a questão problema que norteou a pesquisa sobre este artigo

científico foi; De que maneira é realizada a produção de flores comestíveis e qual o nível de

conhecimento dos alunos de Gastronomia da Faculdade Promove sobre as mesmas?

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 As Flores Comestíveis e sua História

As flores comestíveis foram usadas nas artes culinárias para dar sabor e decoram

por centenas de anos (NEWMAN; O’CONNOR, 2009). A primeira menção ao uso de flores

na culinária é de 140 a.C, como romanos, gregos, chineses e indianos, assim como as culturas

chinesa, do Oriente Médio e da Índia. Os romanos cultivavam rosas, violetas e borragem para

uso na cozinha, na Idade Média as flores eram usadas para dar mais beleza aos pratos,

serviam também como calendário pelo qual os homens percebiam a passagem do tempo

(FELIPPE, 2004). Durante o reinado da Rainha Vitória, flores comestíveis eram populares e

são populares na América do Norte e Europa (NEWMAN; O’CONNOR, 2009).

A alcachofra que é considerada uma das flores comestíveis mais atraentes (razão

pela qual é considerada planta ornamental na Índia), e por muitos ainda é considerada a mais

refinada do que se chama de verdura, já era empregada pelos antigos gregos como alimento, e

diz-se que era o prato favorito de Marco Antônio e Cléopatra e mais tarde passou a ser

cultivada na Itália, tendo chegado à França somente no final do século XVI, sempre foi

considerada um afrodisíaco, e por isso era uma planta muito apreciada por Catarina de

Médicis (FELIPPE, 2004).

A primeira seleção de Brócolis, possivelmente foi feita na Grécia e na Itália antes

da era Cristã, e era uma verdura conhecida de Plínio4, o Velho, era cultivada como erva

sagrada na Jônia e a couve-flor que é a terceira flor mais popular é cultivada desde o século

XII e seria chamada Couve-de-Pompéia.

2.2 O que são Flores Comestíveis

4Foi um naturalista romano, nasceu nos primeiros anos, exerceu diversas funções oficiais. Nos seus momentos

livres, dedicava-se a escrever, deixando uma obra de 102 volumes, feita durante 55 anos. Morreu asfixiado pelas emanações do Vesúvio, no ano de 79, quando quis contemplar de perto os fenômenos da erupção do vulcão e, ao mesmo tempo, socorrer pessoas ameaçadas (COELHO, 2014).

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Para compreender o que são flores comestíveis é fundamental entender o que são

flores e sua morfologia. De acordo com Felippe (2004), a flor é o órgão da reprodução

sexuada das plantas superiores que na botânica são chamadas de gimnospermas e de

angiospermas. As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas

terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado, há

produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as

gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas

em frutos, já a angiosperma a palavra vem (do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma,

'semente'). Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os

componentes do reino Plantae ou Metaphyta. Flores e frutos: aquisições evolutivas as

angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto (SANTOS et al.,2008).

As gimnospermas fazem parte da divisão botânica cujas plantas apresentam

sementes nuas não encerradas em ovários não havendo, portanto, formação de frutos, já as

angiospermas produzem sementes encerradas no ovário, portanto podem formar frutos

(FELIPPE, 2004).

A flor é constituída do pedúnculo ou eixo floral (liga a flor ao resto ramo),

receptáculo floral que é a dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as

restantes peças florais, cálice (sépala) é um conjunto de sépalas, as peças florais mais

parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em

botão, corola (pétala) conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas,

com glândulas produtoras de néctar na sua base para atrair animais, androceu (estame) parte

masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou

esporofilos, pois sustentam esporângios, são constituídas por um filete (corresponde ao

pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha), gineceu parte feminina da

flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporofilo feminino, é constituído por uma

zona alargada oca inferior designada ovário, dado que contém óvulos. Após a fecundação, as

paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e

termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o

estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização (FELIPPE, 2004;

SANTOS et al.,2008).

A parte feminina da flor (uma flor hermafrodita, se a planta tiver apenas o

gineceu ou só o androceu é chamada de flor unissexual, no entanto em algumas pode faltar

tanto o cálice ou a corola e em outras faltam tanto a corola como o cálice, neste caso a flor é

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chamada nua, só apresenta órgãos masculinos e/ou femininos), antena, filamento, estima,

estilete e ovário (FELIPPE, 2004).

As flores podem ser solitárias na planta ou agrupadas formando o que se chama de

inflorescências no qual há muitos tipos, as angiospermas apresentam duas classes, as

monocotiledôneas e as dicotiledôneas. São exemplos de angiospermas monocotiledôneas:

capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola,

banana, bromélias e orquídeas. Sementes de monocotiledôneas: Nesse tipo de semente, como

a do milho, existe um único cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser

monocotiledôneas (do grego mónos: 'um', 'único') e são exemplos de angiospermas

dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, Pau-Brasil, ipê, peroba,

mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café,

jenipapo, girassol e margarida. Sementes de dicotiledôneas: Nesse tipo de semente, como o

feijão, existem dois cotilédones - o que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego

dís: 'dois') (FELIPPE, 2004; SANTOS et al.,2008).

Nas dicotiledôneas a flor está organizada de acordo com o número cinco; cinco de

pétalas e cinco estames (são folhas modificadas, onde se formam os gametas masculinos da

flor, o conjunto de estames forma o androceu (do grego andros, homem, masculino). Um

estame geralmente apresenta uma parte alongada, o filete, e uma parte terminal dilatada, a

antera), já nas monocotiledôneas com o número três; três sépalas, três pétalas e três estames

(FELIPPE, 2004).

Ter essas noções básicas quando se fala em flor comestível é muito importante,

pois nem sempre se refere à flor inteira, na maioria das vezes são apenas as suas partes, em

alguns casos são as inflorescências inteiras como é o caso da couve flor e do brócolis, já no

caso da alcachofra que se consome apenas as brácteas (são estruturas foliáceas associadas às

inflorescências das angiospermas. Têm origem foliar e a função original de proteger a

inflorescência ou as flores em desenvolvimento), já em outros casos somente as lígulas, que é

o caso de muitas espécies que apresentam inflorescência chamada capítulo que é o caso da

calêndula, em muitos casos a flor inteira é comestível (FELIPPE, 2004).

As flores comestíveis não apresentam contra-indicações para os seres humanos

podendo assim ser ingeridas, na forma sólida ou quase sólida e na forma líquida, havendo,

portanto, muitas maneiras de utilizá-las na culinária. A maneira mais fácil de utilizar as flores

é espalhá-las em saladas principalmente no verão (FELIPPE, 2004).

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O néctar, a secreção adocicada das flores, faz com que elas sejam agradáveis ao

paladar, e os óleos essenciais dão aroma distinto motivo de as flores terem encontrado seu

lugar já na culinária dos povos antigos (FELIPPE, 2004).

2.2.1 As Flores que Podem ser Consumidas

De acordo com Orr (2011), foi descoberto que a grande maioria das flores é

comestível, desde que produzidas de forma correta, para se fazer essa descoberta foram

trabalhadas flores tipicamente brasileira, de sabor intenso e diferenciado como a flor de jambu

(Acmella Oleracea (L.) RK Jansen) (flor que anestesia a boca), e também com flores

importadas, como os boragos azul e branco (Borago Officinalis L.), que vem da região

mediterrânea.

Felippe (2004), diz que em casos em que todas as partes de uma planta ou fruto

que ela produz são comestíveis, a flor também é, porém é bom lembrar que nem todas as

flores dessas plantas têm um sabor muito agradável, um exemplo; muitas das verduras e

hortaliças usadas na alimentação apresentam flor com gosto mais agradável ao paladar, as

flores de ervas aromáticas têm aroma mais acentuado que o das folhas, no entanto não se tem

sempre a idéia do sabor de uma flor então é sempre bom experimentar antes de inseri-las em

qualquer preparo.

As “plantas alimentícias” são aquelas que possuem uma ou mais partes (ou derivados destas partes) que podem ser utilizados diretamente na alimentação humana, tais como: raízes tuberosas, tubérculos, bulbos, rizomas, cormos, talos, folhas, brotos, flores, frutos e sementes ou ainda látex, resina e goma, ou indiretamente quando são usadas para obtenção de óleos e gorduras alimentícios. Inclui-se neste conceito também as especiarias, substâncias condimentares e aromáticas, assim como plantas que são utilizadas como substitutas do sal, como edulcorantes (adoçantes), amaciantes de carnes, corantes alimentícios e aquelas utilizadas no fabrico de bebidas, tonificante e infusões (FERREIRA; LORENZI, 2015, p.13-14).

De acordo com os autores Ferreira e Lorenzi (2015), os nomes científicos são

essenciais para possibilitar revisões e dirimir erros, sempre que for necessário fazer uma

pesquisa bibliográfica ou na internet é sempre importante buscar primeiramente, pelos nomes

científicos válidos e depois pelos seus sinônimos e só então por nomes vernaculares,

populares ou locais nos diferentes idiomas ou dialetos, assim minimiza erros e confusões,

especialmente, em relação às PANC, que não podem ser confundidas. No entanto os nomes

populares também são muito importantes, inclusive não sendo uma verdade absoluta, mas

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

normalmente quanto mais nomes populares têm uma espécie, mais bem distribuída será ou

mais usos consagrados tem se tem.

2.3 Cultivo, Colheita, Limpeza e Armazenamento das Flores Comestíveis

O cultivo das flores comestíveis deve ser realizado em ambiente protegido, com

água e luz controlada, sem uso de pesticidas sendo colhidas totalmente abertas durante o dia e

após o orvalho5. O controle de conservação da qualidade destas flores representa medidas

econômicas, pois estas possuem uma vida útil muito reduzida, tendo duração de sete dias, se

embaladas e refrigeradas, sendo extremamente delicadas (KOIKE, 2014).

O custo da produção orgânica de flores comestíveis é normalmente alto devido às

altas exigências da qualidade final das pétalas, que impõem nível elevado de seleção e

descarte geralmente aproveitam-se apenas 30% das colheitas. A importação das sementes e os

sistemas orgânicos de produção também resultam em elevação das despesas aos produtores

(KOIKE, 2014).

Devido ao alto custo da produção das flores que começou a se plantar em

hidropônia (nome dado a um sistema de cultivo de plantas caracterizado por não precisar de

terra/solo, as raízes das plantas ficam dentro da água; soluções fertilizantes são adicionadas à

água para alimentar as plantas), justamente visando reduzir as perdas e aperfeiçoar a

qualidade das flores. O investimento em novas tecnologias relacionadas a estufas, telas,

sistemas de irrigação e produção de mudas é um fator determinante para ampliação da renda

do produtor. Como o uso de agroquímicos deve ser nulo, os tratos culturais estão ligados à

poda, limpeza da área, tutora mento das plantas, quando necessário, manejo da irrigação,

temperatura e adubação, além da aquisição de sementes de qualidade. Neste aspecto, as

sementes podem ser adquiridas dos mais diversos locais e produtores, incluindo produção

própria (GENUNCIO; ZONTA; NASCIMENTO, 2015).

De acordo com Orr (2011), as flores devem ser colhidas manualmente, a colheita

representa, na verdade, a primeira seleção de qualidade, as flores aprovadas são encaminhadas

à área de produção, onde são selecionadas (descarte de todas as flores que tenham o menor

defeito), montadas e embaladas individualmente.

5 Precipitação atmosférica em que o vapor de água se condensa e se deposita durante a noite e pela manhã,

formando gotículas muito finas e permanecendo sobre a vegetação do que está exposto ao ar livre; rocio, aljofre (DICIONÁRIO AURÉLIO, 2005).

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

É importante e vale ressaltar que as flores utilizadas na alimentação não são as

mesmas comercializadas em floriculturas. As flores comestíveis devem ser produzidas de

forma especializada e não se pode utilizar qualquer tipo de agrotóxico ou outro tratamento

químico no seu cultivo, pois o tempo entre a produção e a comercialização é muito curto

(GENUNCIO; ZONTA; NASCIMENTO, 2015).

As rosas compradas em floriculturas são as mesmas de muitos jardins que podem

ser consumidas, no entanto as rosas das floriculturas após a colheita sofrem um tratamento

com nitrato de prata que é potencialmente tóxico, ele é responsável por aumentar a

durabilidade das mesmas esse produto é de uso comercial e constitui tratamento obrigatório

de algumas flores de corte para exportação (FERNANDA, 2009).

“Então, perguntaria o consumidor: qual a diferença da violeta que compro na

floricultura da violeta comestível que encontro no prato do restaurante? São cultivares

diferentes? Claro que não! Ambas são idênticas, a única diferença está na forma de produção”

(ORR, 2011).

Faz-se necessário que a escolha das flores comestíveis seja no início do dia

utilizando-as em seu pico para o melhor sabor e também deve-se evitar as flores não abertas

exceto helechos6 e flores murchas ou desbotadas, elas podem ter um sabor amargo ou pouco

atraente (NEWMAN; O’CONNOR, 2009).

De acordo com Felippe (2004), após serem colhidas as flores devem ser lavadas e

secas rapidamente com muito cuidado removendo os estames (são folhas modificadas, onde

se formam os gametas masculinos da flor), pistilos (formam uma estrutura em forma de vaso)

e as partes brancas da base das pétalas, pois de forma geral; eles amargam ao serem

mastigados. Faz-se necessário balançar as flores uma a uma com suavidade para remover

eventuais insetos, detritos e terra, durante a higienização. As flores podem ser guardadas

frescas por algumas horas em sacos de plástico ou em recipientes hermeticamente fechados na

geladeira, elas também podem ser secas e não perdem seu aroma e sabor, no entanto é bom

sempre fazer um teste para ver o resultado antes de usar um grande número de flores. Elas

devem ser penduradas de cabeça para baixo em lugar bem ventilado e, mais escuro, após

secas elas devem ser armazenas separadas e guardadas em recipientes hermeticamente

fechados, em lugar escuro e frio.

6Samambaias e cavalinhas (Pteridófitas) são plantas vasculares que têm flores e produzem sementes, mas se

reproduzem por meio de esporos. Este grupo é uma das mais antigas das plantas vasculares atuais, uma vez que seus primeiros registros datam do período Devoniano da Era Paleozóica e teve seu auge no final do Mesozóico (período Cretáceo) (SANTOS et al.,2008).

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2.4 As Flores Comestíveis nos Preparos

Muitas flores fazem parte de pratos culinários no dia a dia, fornecendo a eles

sabor, aroma e beleza, algumas são usadas ocasionalmente, outras são as flores de ervas e

outras são usadas como decoração e finalização de pratos (FELIPPE, 2004).

Felippe (2004) separa as flores comestíveis em três etapas, as flores comestíveis

de todo dia que são; o brócolis a couve-flor e a alcachofra que são normalmente empregadas

na alimentação, as flores comestíveis que não são de todo dia que são; usadas normalmente

como decoração sobre o alimento outras são usadas para dar aroma, sabor ou cor aos

alimentos como o açafrão, a alcaparra, a calêndula, o cravo-da-índia e o lúpulo, e flores de

ervas aromáticas; essas podem ser usadas da mesma maneira que as folhas ou sementes dessas

espécies, para preparar pratos como parte integrante ou como decoração.

Muitas das flores podem ser usadas empanadas e fritas como a flor de abóbora,

outras aromatizam vinagres, também podem ser usadas em sopas, pudins, sobremesas, cremes

xaropes, em bebidas como o vinho, e na forma de tisanas, além de cristalizadas, as pétalas

podem ser misturadas em manteigas ou queijos cremosos para sanduíches ou na massa

preparadas para bolos e biscoitos (FELIPPE, 2004).

As flores comestíveis podem ser fermentadas e destiladas para que sejam feitos

cerveja, vinho ou outras bebidas, como o hidromel, a tequila e o pulque7, delas também

podem ser feitas infusões alcoólicas a frio ou a quente, em álcool de diferentes tipos, como o

álcool de cereais a 60% ou 70%, vinho ou mesmo cerveja. A mistura é mantida por várias

horas ou até mesmo dias, dependendo da flor, em determinadas vezes é filtrada antes de usar.

São bebidas saborosas, como no caso do cravo-da-índia, e algumas tem propriedades

medicinais. Também por último as infusões aquosas a qual é também chamada de tisana

(normalmente são usadas flores secas) quando a água está fervendo e, quando fria é chamada

de refresco, o clássico licor verde Chartreuse, de origem francesa, tem entre seus secretos

ingredientes pétalas de cravo (FELIPPE, 2004).

7É uma bebida fermentada alcoólica mexicana tradicional produzida a partir da seiva conhecida como aguamiel ,

que é extraído de várias espécies de maguey (Agave americana, A. atrovirens, A. ferox, A.mapisaga, A. salmiana ). Esta bebida é produzida e consumida principalmente nos estados centrais do México. Para sua produção, o aguamiel recém-coletado é transportado em barris de madeira ou em sacos feitos de peles de cabra jovens e transferidos para grandes barris onde ocorre a fermentação. O tempo de fermentação varia de algumas horas a uma noite, dependendo se a seiva é coletada ao amanhecer ou ao anoitecer. O produto final é colocado em barris de madeira e distribuído diariamente para venda e consumo, sem a adição de quaisquer conservantes.

(ESCALANTE et al.,2004)

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2.5 Importância do Consumo de Flores Comestíveis

O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo, com aproximadamente 15 a

20% das espécies do planeta, no entanto pouco dessa biodiversidade é conhecida ou usada na

alimentação, em 2010 foi publicada uma lista preliminar da flora do Brasil que estão cerca de

40.989 espécies. No entanto a alimentação das pessoas é monótona e muitas por higienismo e

assepsia extrema buscam a monotonia e a pobreza (nutricional e gustativa) de alimentos super

processados e refrigerantes globalizados (FERREIRA; LORENZI, 2015).

De acordo com Ferreira e Lorenzi, (2015), 90% do alimento mundial atualmente

vêm de apenas 20 espécies, as mesmas descobertas por nossos antepassados do Neolítico, em

diversas regiões onde a agricultura teve início e que foram incorporadas por quase todas as

culturas existentes. Além de tão poucas cultivares (variedades) e muito da agro biodiversidade

destas cerca de 20 espécies foram extintas, perdidas ou vem sofrendo grande erosão genética.

Nos últimos 10 anos (apenas 10 anos), as variedades transgênicas já ocupam mais de 90% das

áreas cultivadas agrícolas domesticadas há mais de 10.000 anos.

Além do desperdício, a humanidade não utiliza das espécies nativas com potencial

para complementação alimentar e diversificação dos cardápios e dos nutrientes ingeridos, as

PANC têm potencial para tal e ainda para aumentar a fonte de renda familiar (FERREIRA;

LORENZI, 2015).

As flores comestíveis possuem conteúdo de proteínas, gorduras, vitaminas e

carboidratos semelhantes aos encontrados em outras partes da planta, por exemplo, em

produtos hortícolas como as folhosas em geral. São também excelente fonte de minerais,

especialmente de fósforo e de potássio, valores comparáveis ou até mais elevados que a

diversos tipos de frutas e espécies vegetais (ROP et al., 2012).

Existem várias razões pelas quais o interesse em flores comestíveis está

aumentando continuamente. A globalização contribuiu não só para uma maior

conscientização dos consumidores, mas também para o retorno de estilos de vida mais

antigos, nos quais as flores comestíveis desempenharam um papel importante e também para

uma maior sensibilização dos consumidores e estilos de vida mais sofisticados. No entanto,

deve ser tomado em consideração o limite da ingestão diária do consumo das flores de plantas

12

Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

ornamentais, pois algumas quando consumidas em excesso podem se tornar tóxicas

(NEWMAN; O’CONNOR, 2009).

Até a atualidade, poucos estudos foram feitos em relação à toxicologia de flores

comestíveis. Contudo, alguns trabalhos de citotoxicidade em extractos de Hibiscus (Hibiscus

rosa-sinensis), cravo-de-defunto (Tagetes erecta), dente de leão (Taraxacum officinale) e

crisântemos (Chrysanthemum morifolium), têm demonstrado que as flores comestíveis não

têm efeitos tóxicos quando consumidas em quantidades moderadas. Recentemente, Lu et al.

realizou uma revisão sobre este tema (FERNANDES et al., 2016).

Alguns estudos referem à presença de compostos que podem ter efeitos tóxicos na

saúde humana, como por exemplo, alcalóides (Koleva,2012). Em algumas flores comestíveis

já foram identificados e quantificados alguns destes compostos, tais como em sófora (Sophora

viciifolia) - sofocarpina e matrina, sem referência a quantidade (Tai, 2011); Erythrina

americana e Erythrina caribaea - eritroidina, borragem (Borago officinalis) - tesinina;

calêndula ou margarida (Calendula officinalis). Na maioria dos casos, as quantidades de

alcalóides presentes nas flores comestíveis são reduzidas para poderem ter efeito nocivo na

saúde humana. No entanto, no caso das espécies de Erythrina, a eritroidina detetada em maior

concentração, pode ser eliminada ou diminuída por cozimento das flores em água. Contudo, é

importante consumir em quantidades moderadas para não por em risco a saúde do consumidor

(FERNANDES et al., 2016).

Com o crescimento e desenvolvimento do mercado gastronômico, os chéfs de alto

padrão começaram a buscar produtos novos para decoração dos mais incríveis e inovadores

pratos. Esta demanda levou os produtores a aumentarem a variedade de produtos oferecidos e

a desenvolverem novas idéias e itens que, foram incorporados nas mais ilustres cozinhas, as

flores comestíveis, agregam ao prato não só beleza, mas também, eventualmente, sabor (ORR,

2011).

3 METODOLOGIA

O presente artigo contou com uma pesquisa de caráter exploratório para a coleta

de dados onde foram feitas pesquisas bibliográficas com base em artigos científicos

disponibilizados na internet, livros e revistas que teve como propósito proporcionar maior

familiaridade com o tema escolhido pela autora do trabalho, com vista a torná-lo mais

explícito e também com uma pesquisa descritiva que teve como objetivo levantar opiniões,

atitudes e crenças de uma população. (GIL, 2010).

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

O método científico usado no presente artigo foi o método dialético que investiga

a realidade pelo estudo da sua ação recíproca, da contradição de fenômeno e da mudança que

ocorre na natureza e na sociedade. Não se limita a apenas questões ideológicas, geradoras de

polêmicas. De forma geral, esse método opõe-se a todo conhecimento rígido: tudo é visto em

mudança constante, pois há algo que sempre surge e se desenvolve, e algo desagrega e se

transforma (GIL, 2010).

O presente artigo realizou uma pesquisa de caráter quantitativo onde foram feitos

e aplicados questionários para 54 alunos da turma de Gastronomia da faculdade Promove com

a intenção de levantar a porcentagem de alunos que tem o hábito de consumir flores e qual o

conhecimento os mesmos tem sobre as flores comestíveis. Os alunos de Gastronomia da

Faculdade Promove possuíam através de um termo de Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A) e um questionário (APÊNDICE B) composto por 7

questões fechadas e 1 questão aberta onde dava margem aos respondentes dar opiniões e

sugestões a respeito das flores comestíveis na pesquisa.

Foi realizada uma pesquisa qualitativa por meio de uma entrevista com uma

produtora de flores comestíveis na intenção de ser elaborada por meio dessa entrevista uma

cartilha que será distribuída para os alunos de gastronomia da faculdade Promove com a

finalidade de que eles mesmos tenham facilidade de produzir para o próprio consumo flores

comestíveis. Para a elaboração da cartilha sobre a produção de flores comestíveis foi

levantado com uma produtora de flores comestíveis a forma de produção e a forma de venda

das mesmas, (APÊNDICE C (TCLE)) juntamente com um Roteiro de Entrevista (APÊNDICE

D), cujas respostas foram anexadas (APÊNDICE E), neste presente artigo.

Quanto aos procedimentos técnicos foi realizado um estudo de Campo que

procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio de

um questionário direto das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes

para captar as explicações e interpretações do ocorrem naquela realidade (GIL, 2008).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As etapas do desenvolvimento da pesquisa estão elencadas neste tópico, os

resultados relacionados aos questionários e à entrevista que serão descritos a baixo.

Foram entrevistados o total de 54 alunos estudantes do Curso Superior de

tecnologia em Gastronomia da Faculdade Promove de Belo Horizonte MG, dos 1º, 2º, 3º, 4º e

5º períodos dos turnos da manhã e noite do curso.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

4.1 Resultados Apresentados pelos Respondentes dos Questionários

A Figura 1 representa os dados sobre o gênero dos respondentes.

Figura 1 – Gênero dos respondentes. N = 54

Fonte: Próprios Autores N=54

A maioria dos respondentes pertence ao gênero feminino com 76% do total e

apenas 24% são do sexo masculino.

A Figura 2 apresenta a faixa etária dos pesquisados

Figura 2 - Faixa etária dos respondentes da pesquisa. N=54

4176%

1324%

Feminino

Masculino

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: Próprios Autores N=54

A maioria dos respondentes é de pessoas entre 18 a 30 anos com um índice de

53% seguida de 47% para respondentes com 30 anos ou mais.

A figura 3 apresenta o consumo de flores comestíveis no dia a dia pelos

respondentes.

Os resultados apontam que a maioria dos respondentes não consome flores

comestíveis no dia a dia com um índice de 52% seguido de 48% que consomem flores. De

acordo com as informações coletadas pela pesquisadora o consumo de flores comestíveis

pelos alunos de gastronomia é extremamente baixo.

Figura 3 – Consumo de flores comestíveis no dia a dia dos respondentes. N=54

Fonte: Próprios Autores N=54

27 53%

24 47% 18 à 30 anos

30 anos ou mais

26 48%28

52%

Sim

Não

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

A figura 4 representa o conhecimento sobre o Brócolis, a Couve-Flor, a

Alcachofra, e a Alcaparra como flores comestíveis.

Figura 4 – Conhecimento dos alunos de Gastronomia de que o Brócolis, a Couve-Flor, a Alcachofra, e a Alcaparra como flores comestíveis. N=54

Fonte: Próprios Autores N=54

Os resultados apontam que 74% dos respondentes conhecem a flores (o Brócolis,

a Couve-Flor, a Alcachofra, e a Alcaparra) como flores comestíveis, seguidos de 26% que não

sabiam que as flores acima citadas são flores. O que indica que os alunos têm um grande

conhecimento sobre o assunto.

A figura 5 apresenta o tipo de flor que os respondentes mais consomem

Figura 5 – Flor mais consumida pelos respondentes da pesquisa. N=54

4074%

14 26%

Sim

Não

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: Próprios Autores N=54

A figura 5 mostra que a flor comestível mais consumida pelos respondentes é o

brócolis com 43% do total, seguido da Couve-Flor com 37%, a Alcachofra representa 4%, a

Alcaparra 5%, a Capuchinha 6% e apenas 5% dos respondentes consome outras flores. Apesar

dos alunos de gastronomia ter um grande conhecimento sobre as flores comestíveis seu

consumo se limita ao brócolis que por muito é considerado ainda verdura, a couve-flor ainda

tem um consumo baixo e ouço dos alunos variam o consumo de outras flores além das citadas

acima.

A figura 6 mostra o nível de conhecimento que os respondentes possuem sobre

flores comestíveis

Figura 6 – Conhecimento dos respondentes sobre flores comestíveis. N=54

42 43%

3637%

4 4%

55% 6

6%

5 5%

Brócolis

Couve-Flor

Alcachofra

Alcaparras

Capuchinha

outras

8 15%

35 65%

11 20%

Muito

Pouco

Quase Nada

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: Próprios Autores N=54

A figura 6 mostra que 65% dos respondentes sabem pouco sobre as flores

comestíveis representando mais da metade do gráfico, 20% não sabem quase nada e apenas

15% tem muito conhecimento sobre as flores comestíveis. Os alunos ainda precisam de

conhecimento sobre o tema abordado para que possam variar mais o cardápio a se familiarizar

com as flores já que muitas estão nos canteiros de suas casas ou em jardineiras sendo usadas

como decoração.

A figura 7 mostra o quanto os respondentes sabem que as flores comestíveis

podem ser usadas de várias formas e em vários preparos

Figura 7 – Conhecimento de que as flores comestíveis podem ser usadas de várias formas e em vários preparos. N=54

Fonte: Próprios Autores N=54

A figura 7 mostra que 89% dos respondentes sabem que as flores

comestíveis podem ser usadas de várias formas e em vários preparos e apenas 11% não

sabem e precisam de mais informações sobre o tema estudado.

A figura 8 mostra a interesse dos respondentes em saber mais sobre as flores

comestíveis e os benefícios que elas trazem à saúde

Para elaborar a análise utilizou-se uma escala de interesses de 4 pontos descrita a seguir:

Muito Interessado

4889%

6 11%

Sim

Não

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Interessado Moderadamente

Pouco interessado

Indiferente

Os resultados apontam as seguintes observações por parte dos respondentes do

questionário: 55% dos respondentes têm muito interesse em saber mais sobre as flores

comestíveis e os benefícios que elas trazem à saúde, 41% está interessado moderadamente,

4% dos respondentes está pouco interessado em saber mais sobre as mesmas e 0% é

indiferente.

Figura 8 - Interesse dos respondentes em saber mais sobre as flores comestíveis e os benefícios que elas trazem à saúde. N=54

Fonte: Próprios Autores N=54

4.2 Resultados da Entrevista com a Produtora de Flores Comestíveis

Nesta seção serão apresentados os relatos da entrevistada Ilma Correia, Produtora

de Flores Comestíveis há 25 anos, que sempre teve a trajetória profissional ligada ao cultivo

de legumes, verduras, flores comestíveis e ervas aromáticas especiais, que ela vendia na

feirinha, já extinta, no espaço hoje ocupado pelo supermercado Verdemar no Diamond Mall.

30 55%

22 41%

2 4%

0 0%

Muito Interessado

Interessado Moderadamente

Pouco Interessado

Indiferente

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Durante alguns anos, a feira também ocupou um quintal de uma casa no bairro Cidade Jardim

(O TEMPO, 2014).

Na cozinha, além de vender seus produtos para a rede de supermercados

Verdemar, Ilma é fornecedora de mini legumes para os dois restaurantes do chef Felipe

Rameh na capital, o Trindade e o Alma Chef, (O TEMPO, 2014). [

De acordo com a entrevistada o preparo do solo para o plantio das flores

comestíveis deve ser seguido o mesmo passo que para plantio hortaliças, o solo precisa ser

bem preparado com adubação natural, não se deve utilizar nenhum tipo de defensivo agrícola,

pois as flores serão utilizadas em bolos, e outros pratos, as sementes também devem ser sem

tratamento com venenos.

O tipo de substrato (adubo) usar no solo é o húmus podendo ser orgânico que é

um processo natural de decomposição dos resíduos orgânicos (folhas, grama, vegetais, frutas,

etc.) em partes menores, produzindo o húmus ou o húmus de minhoca a principal diferença

entre um e o outro, é a presença das minhocas, o húmus comum dispensa o uso de minhocas.

A forma de se evitar pragas nas flores e como eliminá-las caso já estejam

contaminadas a melhor forma no caso de serem atacadas por pulgões é necessário usar óleo de

Neen que é um fertilizante natural ou remover a planta infectada para não contaminar a outras

cultivares.

Quanto ao método a ser utilizado para o cultivo de flores comestíveis em casa as

flores precisam de ao menos três a quatro horas de sol diariamente, elas podem ser cultivadas

em Jardineiras ou vasos ou mesmo canteiros, no caso de se utilizar vasos esses devem ser

preparados com pedra ou brita e areia para ajudar na drenagem da água, terra e húmus.

A hora mais indicada para colher as flores comestíveis e de preferência, cedo pela

manhã aproveitando seu pico para melhor sabor. Os cuidados necessários com as flores

comestíveis durante a colheita, a higienização, e o transporte, na colheita devem não

machucá-las, pois a aparência delas depende do trato e manuseio, devem ser transportadas

com carro refrigerado para a limpeza é necessário utilizar água e produto que higieniza

também folhas, raízes, etc.

No que diz respeito à colheita os cuidados necessários para manter a qualidade e

as propriedades das pétalas é importante mantê-las hidratadas, a embalagem deve ser bem

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

fechada ou até mesmo depois de colocadas em caixa de acetato, passar o filme para evitar ar,

pois podem murchar.

Através das respostas adquiridas pela pesquisadora foi elaborada em cartilha

(APÊNDICE G) sobre a produção, a colheita e o armazenamento das flores comestíveis,

contendo um passo a passo para que as pessoas tenham facilidade de produzir e cultivar flores

comestíveis para seu próprio consumo.

Foi elaborado também pela pesquisadora um Glossário de flores comestíveis

(APÊNDICE F) com ilustrações das flores, para fácil identificação das espécies não-

convencionais PANC

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

No que se diz respeito à interpretação dos resultados quanto ao objetivo geral

deste artigo que foi investigar sobre o conhecimento e o consumo de flores comestíveis por

estudantes de gastronomia da Faculdade Promove foram entrevistados o total de 54 alunos do

curso, contando com 13 pessoas são do gênero masculino e 41 do gênero feminino, os

resultados da pesquisa apontam que 52% dos respondentes não consomem flores comestíveis

no dia a dia, alguns que responderam a questão aberta onde dava margem aos respondentes

dar opiniões e sugestões a respeito das flores comestíveis na pesquisa disseram não achar

“receitas” gostosas com as flores no caso do brócolis.

Cerca de 74% dos respondentes associavam a couve-flor, o brócolis, a alcachofra,

e as alcaparras como flores e 26% não sabiam ou esqueceram que são ao menos em relação ao

brócolis onde a pesquisa mostrou que é a flor mais consumida com 43% do total entre as

demais citas acima.

O nível de conhecimento que os respondentes tem em relação às flores

comestíveis é pouco. Cerca de 65% dos entrevistados que responderam a pesquisa, o que

corresponde mais da metade dos entrevistados disseram possuir poucas informações sobre as

flores comestíveis, apenas 15% dos respondentes dizem ter muito conhecimento sobre o tema

abordado e 20% não tem quase nada de conhecimento. Sendo assim 55% dos entrevistados

demonstraram estar muito interessados em saber mais sobre as flores comestíveis, no entanto

acham que elas são pouco divulgadas e acham difíceis os locais onde comprar.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Com relação aos preparos com flores comestíveis 89% dos respondentes sabem

que elas podem ser usadas de várias formas e em vários preparos e 55% tem um grande

interesse em saber mais sobre as mesmas e seus benefícios para a saúde.

6 CONCLUSÃO

Com relação à questão problema que norteou a pesquisa sobre este artigo

cientifico que foi a maneira que é realizada a produção de flores comestíveis e qual o nível de

conhecimento dos alunos de Gastronomia da Faculdade Promove sobre as mesma apresentou

as seguintes observações: A forma de produção das flores comestíveis exige cuidados e

atenção, pois são muito frágeis e possuem vida útil muito reduzida, mas é fácil e viável a

produção em casa, com relação ao conhecimento dos alunos de Gastronomia sobre as mesmas

mais da metade dos entrevistados tem grande conhecimento sobre o ingrediente com sabor e

aroma.

Para a produção de flores comestíveis não a nenhuma dificuldade ou segredo, é

possível produzir em casa para o próprio consumo a baixo custo, elas apesar de serem

extremamente delicadas apenas dispensam qualquer tipo de pesticida para que não se tornem

tóxicas, devem ser colhidas manualmente e lavadas com a mesma solução que se usa com

hortaliças.

Sendo assim a conclusão sobre as flores comestíveis é que em geral são de fácil

acesso e cultivo, no entanto falta informação e acesso as pessoas que muitas por não saberem

não se interessam e outras mesmo que saibam estão pouco interessadas nas flores, no entanto

a pesquisa mostrou que grande parte dos entrevistados tem muito interesse em saber mais

sobre as mesmas.

Este artigo apresentou a história das flores comestíveis e uma maneira fácil de

cultivá-las em casa para que essas pessoas possam se aproximar mais deste incrível

ingrediente.

As flores comestíveis de acordo com as pesquisas realizadas para a elaboração do

artigo mostrou que elas podem de inseridas em massas de pães, panquecas, bolos, tortas, no

preparo das mais diversas geléias, sorvetes, sorbet, para a fabricação de frisantes, chá, sucos,

podem ser usadas como tempero para dar cor ou acentuar o sabor de alguns pratos ou

simplesmente como decoração, o que não falta é de acordo com as pesquisas realizadas usos

para este belo ingrediente.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Quando se fala em flores comestíveis é necessário ter muitos cuidados, a correta

identificação das plantas é essencial, dada a toxicidade de algumas flores, bem como das

partes comestíveis, sendo também importante saber o seu modo de produção, o qual deve ser

sempre sem o uso de defensivos agrícolas, sob o ponto de vista nutricional, as flores

comestíveis são uma boa fonte de vitaminas, minerais e compostos bioativos, com baixo valor

energético.

As flores comestíveis podem ser um ótimo meio de tornar os pratos mais

atraentes, seja pela sua cor, sabor e também pelo aspeto visual que elas fornecem na

apresentação dos pratos. Nesse sentido, a opção de incluir flores comestíveis no nosso prato,

além do aspeto decorativo, irá contribuir para uma alimentação saudável, resultado da

presença de compostos com propriedades benéficas para a saúde.

7 RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES

Aqui fica a sugestão para estudos sobre o tema Flores Comestíveis (PANC), pois

além de extenso ainda a muito a ser explorado e principalmente divulgado, muitos

demonstraram durante a pesquisa realizada grande interesse pelo ingrediente com sabor e

aroma.

Ainda são necessárias mais informações e divulgações sobre o assunto flores

comestíveis. Seria de grande valor o tema ser abordado em alguma disciplina do curso de

gastronomia da faculdade Promove para levar mais informações aos alunos.

O glossário de flores comestíveis poderá ser mais bem formulado por outros

pesquisadores e posteriormente entregue a uma editora, fazendo assim com que chegue a mão

de leitores interessados neste tema.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Você está convidado a participar de uma entrevista para o desenvolvimento de um estudo sobre as Flores Comestíveis, com foco nas PANC’S. O objetivo geral deste artigo foi investigar sobre o conhecimento e o consumo de flores comestíveis por estudantes de gastronomia da Faculdade Promove. Você será solicitado a responder a um questionário sobre o tema desta pesquisa e sua opinião é muito importante para a conclusão deste estudo. Você poderá desistir de participar a qualquer momento, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo ou penalização, sem necessidade de justificativa. Esta pesquisa não oferece qualquer risco ao participante, uma vez que constitui-se apenas na concessão desta entrevista que será utilizada somente para fins acadêmicos. Esta pesquisa não apresenta nenhum benefício individual direto aos entrevistados, mas as informações fornecidas pelos participantes nos auxiliarão na formação de profissionais e acadêmicos ligados à área de gastronomia. Todos os dados fornecidos são considerados confidenciais, sendo totalmente garantidos o sigilo das informações e sua privacidade. A SUA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO TEM CARÁTER VOLUNTÁRIO E NÃO LHE TRARÁ NENHUM TIPO DE ÔNUS OU REMUNERAÇÃO. A sua colaboração é fundamental para o desenvolvimento desta pesquisa.

Compreendi e concordo com as informações que me foram transmitidas e, portanto, aceito participar como voluntário neste projeto de pesquisa. Declaro, ainda, que recebi cópia do presente termo de compromisso. Belo Horizonte, 27 de outubro de 2016. Nome: ____________________________________________________________Idade_________ Curso/período: ____________________________________________________________ Telefone de contato: _______________________________________________________ E-mail: ___________________________________________________________________ Assinatura: _____________________________________

APÊNDICE B

Esse questionário é composto por no máximo 6 serão apresentadas conforme suas respostas. Serão apenas alguns minutos de sua atenção. Sua colaboração é muito importante para o sucesso dessa pesquisa acadêmica.

Dados pessoais 01. Nome: 02. E-mail: 03. Gênero: ( ) masculino ( ) feminino 04. Idade: Questões fechadas:

1. Você consome algum tipo de flor comestível no seu dia a dia? ( ) sim ( ) não 2. Você sabia que o Brócolis, a Couve ( ) sim ( ) não 3. Qual tipo de flor comestível você mais consome? ( ) Brócolis ( ) Couve-Flor ( ) Alcachofra ( ) Alcaparras ( ) Capuchinha ( ) Outras 4. Qual o nível de conhecimento você tem a respeito das flores comestíveis? ( ) Muito ( ) Pouco ( ) Quase nada 5. Você sabia que as flores copreparos? ( ) Sim ( ) Não 6. Você tem intenção em saber mais sobre as flores comestíveis e os benefícios que elas trazem para a saúde? ( ) muito interessado ( ) interessado 7. Observação que achar necessária sobre flores comestíveis ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Esse questionário é composto por no máximo 6 serão apresentadas conforme suas respostas. Serão apenas alguns minutos de sua atenção. Sua colaboração é muito importante para o sucesso dessa pesquisa acadêmica.

feminino

Você consome algum tipo de flor comestível no seu dia a dia?

Você sabia que o Brócolis, a Couve-Flor, a Alcachofra e a Alcaparras são flores?

Qual tipo de flor comestível você mais consome?

Flor ( ) Alcachofra ( ) Alcaparras ( ) Capuchinha ( ) Outras

Qual o nível de conhecimento você tem a respeito das flores comestíveis?

( ) Muito ( ) Pouco ( ) Quase nada

sabia que as flores comestíveis podem ser usadas de várias formas e em muitos

Você tem intenção em saber mais sobre as flores comestíveis e os benefícios que elas

( ) muito interessado ( ) interessado moderadamente ( ) pouco interessado ( ) Indiferente

servação que achar necessária sobre flores comestíveis ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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, n.2, Jul. 2017

Esse questionário é composto por no máximo 6 questões que serão apresentadas conforme suas respostas. Serão apenas alguns minutos de sua atenção. Sua colaboração é muito importante para o sucesso dessa pesquisa acadêmica.

Flor, a Alcachofra e a Alcaparras são flores?

Flor ( ) Alcachofra ( ) Alcaparras ( ) Capuchinha ( ) Outras

Qual o nível de conhecimento você tem a respeito das flores comestíveis?

rias formas e em muitos

Você tem intenção em saber mais sobre as flores comestíveis e os benefícios que elas

moderadamente ( ) pouco interessado ( ) Indiferente

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO

ENTREVISTADO (Produtor de Flores

Você está convidado a participar de uma entrevista para o desenvolvimento de um estudo sobre as Flores Comestíveis, com foco nas PANC’S. O objetivo geral deste artigo foi investigar sobre o conhecimento e o consumo de flores comestíveis Promove. Você será solicitado a responder a um roteiro de entrevista semipesquisa e sua opinião é muito importante para a conclusão deste estudo. Você poderá desistir de participar a qualquer momento, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo ou penalização, sem necessidade de justificativa. Esta pesquisa não oferece qualquer risco ao participante, uma vez que concessão desta entrevista que será utilizada sapresenta nenhum benefício individual direto aos entrevistados, mas as informações fornecidas pelos participantes nos auxiliarão na formação de profissionais e acadêmicos ligados à área de gastronomia. Todos os dados fornecidos são considerados confidenciais, sendo totalmente garantidos o sigilo das informações e sua privacidadeCARÁTER VOLUNTÁRIO E NÃO LHE TRARÁ NENHUM TIPO DE ÔNUS OU REMUNERAÇÃO. A sua colaboração é fundamental para o desenvolvimento desta pesquisa.

Compreendi e concordo com as informações que me foram transmitidas e, portanto, aceito participar como voluntário neste projeto de pesquisa. Declaro, ainda, que recebi cópia do presente termo de compromisso. Belo Horizonte, 27 de outubro de 2016. Nome: ____________________________________________________________Idade_________ Curso/período: ____________________________________________________________

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APÊNDICE C

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO

ENTREVISTADO (Produtor de Flores Comestíveis)

Você está convidado a participar de uma entrevista para o desenvolvimento de um estudo sobre as Flores Comestíveis, com foco nas PANC’S. O objetivo geral deste artigo foi investigar sobre o conhecimento e o consumo de flores comestíveis por estudantes de gastronomia da Faculdade

Você será solicitado a responder a um roteiro de entrevista semi-estruturado sobre o tema desta pesquisa e sua opinião é muito importante para a conclusão deste estudo. Você poderá desistir

a qualquer momento, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo ou penalização, sem

Esta pesquisa não oferece qualquer risco ao participante, uma vez que se constituiconcessão desta entrevista que será utilizada somente para fins acadêmicos. Esta pesquisa não apresenta nenhum benefício individual direto aos entrevistados, mas as informações fornecidas pelos participantes nos auxiliarão na formação de profissionais e acadêmicos ligados à área de

os dados fornecidos são considerados confidenciais, sendo totalmente garantidos o sigilo das informações e sua privacidade. A SUA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO TEM CARÁTER VOLUNTÁRIO E NÃO LHE TRARÁ NENHUM TIPO DE ÔNUS OU

ental para o desenvolvimento desta pesquisa.

Compreendi e concordo com as informações que me foram transmitidas e, portanto, aceito participar como voluntário neste projeto de pesquisa. Declaro, ainda, que recebi cópia do presente termo de compromisso.

Belo Horizonte, 27 de outubro de 2016.

____________________________________________________________Idade_________

Curso/período: ____________________________________________________________

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, n.2, Jul. 2017

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO

Você está convidado a participar de uma entrevista para o desenvolvimento de um estudo sobre as Flores Comestíveis, com foco nas PANC’S. O objetivo geral deste artigo foi investigar sobre

por estudantes de gastronomia da Faculdade

estruturado sobre o tema desta pesquisa e sua opinião é muito importante para a conclusão deste estudo. Você poderá desistir

a qualquer momento, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo ou penalização, sem

se constitui, apenas, na omente para fins acadêmicos. Esta pesquisa não

apresenta nenhum benefício individual direto aos entrevistados, mas as informações fornecidas pelos participantes nos auxiliarão na formação de profissionais e acadêmicos ligados à área de

os dados fornecidos são considerados confidenciais, sendo totalmente garantidos o sigilo . A SUA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO TEM

CARÁTER VOLUNTÁRIO E NÃO LHE TRARÁ NENHUM TIPO DE ÔNUS OU

Compreendi e concordo com as informações que me foram transmitidas e, portanto, aceito participar como voluntário neste projeto de pesquisa. Declaro, ainda, que recebi cópia do

____________________________________________________________Idade_________

Curso/período: ____________________________________________________________

Telefone de contato: _______________________________________________________ E-mail: ___________________________________________________________________ Assinatura: _____________________________________

APÊNDICE

Roteiro de

01. Como preparar o solo para as flores comestíveis?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

____________________________________________________________

_______________________________________________________

02. Que tipo de substrato (adubo) usar no solo?

___________________________________________________________________________

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_______________________________________________________

03. Como evitar pragas nas flores e como eliminá

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___________________________________________________________________________

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05. Que método deve ser utilizado para o cultivo de flores comestíveis em casa?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

_____________________________________________

_______________________________________________________

06. Qual é à hora mais indicada para colher as flores comestíveis?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

____________________________________________________________

04. Quais os cuidados se devem

higienização, e o transporte?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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_______________________________________________________

mail: ___________________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________

APÊNDICE D

Roteiro de Entrevista

preparar o solo para as flores comestíveis?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

tipo de substrato (adubo) usar no solo?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________

evitar pragas nas flores e como eliminá-las caso já estejam contaminadas?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ser utilizado para o cultivo de flores comestíveis em casa?

___________________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

é à hora mais indicada para colher as flores comestíveis?

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Quais os cuidados se devem ter com as flores comestíveis durante a colheita, a

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mail: ___________________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________

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taminadas?

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ser utilizado para o cultivo de flores comestíveis em casa?

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_______________

com as flores comestíveis durante a colheita, a

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07. Após a colheita quais os cuidados necessários para manter a qualidade e as propriedades

das pétalas?

___________________________________________________________________________

_______________________________

___________________________________________________________________________

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO

ENTREVISTADO (Produtor

Você está convidado a participar de uma entrevista para o desenvolvimento de um estudo sobre as Flores Comestíveis, com foco nas PANC’S. O objetivo geral deste artigo foi investigar sobre o conhecimento e o consumo de flores comestíveis por estudantes de gastronomiaPromove. Você será solicitado a responder a um roteiro de entrevista semipesquisa e sua opinião é muito importante para a conclusão deste estudo. Você poderá desistir de participar a qualquer momento, sem que necessidade de justificativa. Esta pesquisa não oferece qualquer risco ao participante, uma vez que constituiconcessão desta entrevista que será utilizada somente para fins acadêmicos. apresenta nenhum benefício individual direto aos entrevistados, mas as informações fornecidas pelos participantes nos auxiliarão na formação de profissionais e acadêmicos ligados à área de gastronomia. Todos os dados fornecidos são considas informações e sua privacidadeCARÁTER VOLUNTÁRIO E NÃO LHE TRARÁ NENHUM TIPO DE ÔNUS OU REMUNERAÇÃO. A sua colaboração é fundamental para o desenvolvimento

Compreendi e concordo com as informações que me foram transmitidas e, portanto, aceito participar como voluntário neste projeto de pesquisa. Declaro, ainda, que recebi cópia do presente termo de compromisso. Belo Horizonte, 27 de outubro de 2016.

Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

a colheita quais os cuidados necessários para manter a qualidade e as propriedades

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APÊNDICE E

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO

ENTREVISTADO (Produtora de Flores Comestível Respondido

convidado a participar de uma entrevista para o desenvolvimento de um estudo sobre as Flores Comestíveis, com foco nas PANC’S. O objetivo geral deste artigo foi investigar sobre o conhecimento e o consumo de flores comestíveis por estudantes de gastronomia

Você será solicitado a responder a um roteiro de entrevista semi-estruturado sobre o tema desta pesquisa e sua opinião é muito importante para a conclusão deste estudo. Você poderá desistir de participar a qualquer momento, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo ou penalização, sem

Esta pesquisa não oferece qualquer risco ao participante, uma vez que constituiconcessão desta entrevista que será utilizada somente para fins acadêmicos. Esta pesquisa não apresenta nenhum benefício individual direto aos entrevistados, mas as informações fornecidas pelos participantes nos auxiliarão na formação de profissionais e acadêmicos ligados à área de

Todos os dados fornecidos são considerados confidenciais, sendo totalmente garantidos o sigilo das informações e sua privacidade. A SUA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO TEM CARÁTER VOLUNTÁRIO E NÃO LHE TRARÁ NENHUM TIPO DE ÔNUS OU

A sua colaboração é fundamental para o desenvolvimento desta pesquisa.

Compreendi e concordo com as informações que me foram transmitidas e, portanto, aceito participar como voluntário neste projeto de pesquisa. Declaro, ainda, que recebi cópia do presente termo de compromisso.

de 2016.

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a colheita quais os cuidados necessários para manter a qualidade e as propriedades

___________________________________________________________________________

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO

Comestível Respondido)

convidado a participar de uma entrevista para o desenvolvimento de um estudo sobre as Flores Comestíveis, com foco nas PANC’S. O objetivo geral deste artigo foi investigar sobre o conhecimento e o consumo de flores comestíveis por estudantes de gastronomia da Faculdade

estruturado sobre o tema desta pesquisa e sua opinião é muito importante para a conclusão deste estudo. Você poderá desistir

isso lhe traga qualquer prejuízo ou penalização, sem

Esta pesquisa não oferece qualquer risco ao participante, uma vez que constitui-se, apenas, na Esta pesquisa não

apresenta nenhum benefício individual direto aos entrevistados, mas as informações fornecidas pelos participantes nos auxiliarão na formação de profissionais e acadêmicos ligados à área de

derados confidenciais, sendo totalmente garantidos o sigilo . A SUA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO TEM

CARÁTER VOLUNTÁRIO E NÃO LHE TRARÁ NENHUM TIPO DE ÔNUS OU

Compreendi e concordo com as informações que me foram transmitidas e, portanto, aceito participar como voluntário neste projeto de pesquisa. Declaro, ainda, que recebi cópia do

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Nome: llma Correa __Idade__50 anos Curso/período: formada Administração Empresa Telefone de contato: 31 984224377 E-mail: [email protected] Assinatura:

APÊNDICE F

GLOSSÁRIO DAS FLORES COMESTÍVEIS

PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO-CONVENCIONAIS (PANC’S)

Muitas flores comestíveis têm em jardins, pois são usadas como plantas ornamentais ou

cercas viva e em vasos com fins decorativos, também tem as flores da horta como as de

abóbora, ervas, frutas, etc, cujas plantas aproveita-se as folhas ou frutos. Outras são aquelas

que, por serem (PANC), Plantas Alimentícias Não Convencionais são chamadas de mato e

muitos nem sabem que podem comê-las. Nesse meio tem-se uma enormidade de flores que,

atualmente não se usa na cozinha nesta lista entram a rosas silvestres, algumas acácias, as

flores de ipê, o dente-de-leão, o mal-me-quer e muitas outras.

Antes de dar uma lista de flores comestíveis, é preciso lembrar que:

1 Só se deve usar para comer as flores que se conhece, que se tem a certeza, absoluta, de que

são inócuas, porque na natureza tem flores parecidas e algumas podem ter algum tipo de

toxicidade.

2 Não coma flores que vieram de floricultura, ou que foram cultivadas para vender como

flores, ou que estão à beira de estradas ou mesmo de parques urbanos ou canteiros públicos

todas essas poderão estar contaminadas com agrotóxicos e metais pesados, a poluição do ar

também poderá contaminar as flores do campo, ou da sua casa, mas com certeza, o índice de

contaminação será menor.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

3 Pessoas suscetível a alergias principalmente ao pólen, faz-se necessário ter bastante cuidado

pois as flores, são potencialmente alergênicas.

4 Só coma flores bem lavadas com água pura, para que tenham o mínimo de resíduos alheios.

5 Há diferenças entre pétalas e miolo, tanto de gosto como de composição e nem sempre a

flor inteira pode ser consumidas, em alguns casos são apenas suas partes.

Nome científico: Acmella Oleracea

Nome popular: Jambu, Agrião-do-Pará, Agrião-do-Norte, Agrião-do-Brasil, Abecedária

Figura 1 Figura 2

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa da região amazônica, principalmente do estado do Pará. Possui flores amarelas

pequenas, dispostas em capítulos solitários, longo-pendunculados, axilares e terminais.

Usos: É amplamente utilizada na medicina caseira. Na culinária é usado como tempero e para

o preparo do famoso tacacá e o pato no tucupi, pode ser usada em sucos verdes, e os capítulos

podem ser curtidos na cachaça e no licor, as folhas podem ser usadas na salada (cortadas ou

inteiras), para o preparo de pães, panquecas, guisados, sopas, e patês verdes. O efeito típico do

jambu propicia certa dormência na língua e lábios e induz a salivação devido ao espílantol

(spilanthol) (FERREIRA; LORENZI, 2015).

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Nome científico: Alstroemeria Caryophyllaea

Nome popular: Lírio-dos-Incas, Jacinto, Madressilva-Brasileira, Alstreméria, Astrmélia,

Bilros

Figura 3

Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Possui folhas elípticas, com lâmina membranácea,

inflorescências em cimeiras terminais, com flores de cor branca e vermelha. Frutos cápsulas

globosas lisas.

Usos: As flores podem ser utilizadas na decoração de pratos diversos, no preparo de purê,

podem ser fritas, e salteadas, As pequenas túberas são muito crocantes mesmo após o

cozimento, podem ser consumidas cruas em saladas ou na forma de refogados e também

como componente de sopas em geral. As raízes são feculentas e comestíveis empregadas

como diurética (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Asystasia Gangetica

Nome popular: Espinafre-Indiano, Espinafre-da-Índia, Coromandel, Violeta-Chinesa

Figura 4 Figura 5

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Originária da Malásia, formando densa vegetação branáceas, flores formadas quase o ano

todo, concentradas lateralmente no ápice dos ramos numa inflorescência racemosa, de cor

creme, violeta ou branca, com mancha púrpura na pétala inferior.

Usos: Na África e Ásia suas folhas são consumidas como verdura, bem como uso medicinal.

Tem usos similares aos espinafres em geral, as folhas jovens podem ser consumidas refogadas

(e recomendado antes fazer um branqueamento), as flores podem ser consumidas em saladas

cruas e/ou usadas como decoração comestível de pratos doces ou salgados (FERREIRA;

LORENZI, 2015).

Nome científico: Baccharis Articulata

Nome popular: Carquejinha, Carqueja, Carqueja-doce, Carqueja-miúda, Vassoura

Figura 6

Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativo nos campos de altitude do Sul do país. Possui folhas transformadas em brácteas

inconspícuas, contendo tricomas glandulares ricos em óleos essenciais. Flores em capítulos

pequenos, sésseis, esbranquiçados, em espigas laxas no ápice das hastes.

Usos: Suas raízes, folhas e ramos são amplamente usados na medicina popular, já as folhas e

ramos finos são esporadicamente empregados na culinária e até para o tempero de cervejas

caseiras, dão ótimo sabor, coloração e prováveis funções nutracêuticas, é usada para dar sabor

ao mate e ao chimarrão. É utilizada na fabricação de bebidas fermentadas como frisante de

Carquejinha e no preparo de chá (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Begonia Semperflorens

Nome popular: Begoninha-de-Jardim, Begoninha, Azedinha, Begônia

Figura 7 Figura 8

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte Próprios Autores Fonte: Próprios Autores

Nativa do Sul do Brasil possui folhas simples, pecioladas, de lâmina inteira com margens

crenadas, brilhantes e marcadas pelas nervuras, de textura carnoso-membranácea,

inflorescências em racemos axililares, com poucas flores cerosas e carnosas, de cor vermelha

rosa e branca.

Usos: Seus tecidos (ramos, folhas, flores e frutos jovens) acídulos são comestíveis em saladas

cruas ou cozidas e preparadas de várias maneiras. As flores jovens são usadas em saladas,

transformadas em geléias ou como molho agridoce e as folhas jovens podem ser adicionadas

aos sucos verdes, saladas cruas puras ou, preferencialmente, mistas usando a begônia apenas

para dar o contraste da textura crocante e do azedinho, as folhas e brotos também podem ser

usados para geléia (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Begonia X Hybrida

Nome popular: Begônia, Begônia-Asa-de-Dragão, Begônia-Vermelha

Figura 9

Fonte: kinupp, Lorenzi

Originaria de melhoramento genético envolvendo mais de duas espécies, realizado nos

Estados Unidos. Possui folhas simples e pecioladas, com lâmina inteira, membranácea,

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

brilhante, em forma de asa, inflorescência terminais e axilares, em racemos com poucas flores

ceroso-carnosas de cor vermelha e rósea.

Usos: Suas flores jovens podem ser adicionadas ás saladas tanto de verduras quanto na salada

de frutas resultando em um efeito decorativo pelo contraste de cores além de sabor acídulo e

refrescante, também podem ser acrescentadas a pratos com peixes e carnes (refogados e

salteados), bem como usadas na decoração de pratos variados, podem também ser fervidas

com açúcar ate formar uma calda espessa que pode ser usada na cobertura de sorvetes (

substitui o xarope de romã). As folhas e os pecíolos podem ser usados para geléia e recheios

acídulos de bolos e tortas (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Brassica Rapa

Nome popular: Couve-Chinesa, Couve-Chinesa-Branca, Pak Choi, Bok Choi, Bai Cai, Peh-

Chai

Figura 10

Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa na Ásia, porém sem lugar exato conhecido. Possui folhas simples, muito amplas,

verde-amareladas, com nervuras salientes, de margens irregularmente serradas, glabras e

distintamente descolores. Inflorescências em racemos longos axilares e terminais, com poucas

flores de cor amarela.

Usos: Utiliza a parte aérea tenra inteira (folhas, pecíolos, inflorescências, e botões florais),

podem ser refogadas ou salteadas, usadas para bolinho ou tempurá, flores empanadas ou

cozidas no arroz. Seu uso na culinária é muito versátil (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Caesalpinia Pulcherrima

Nome popular: Flamboianzinho, Flamboian-de-Jardim, Barba-de-Barata, Flor-de-Pavão

Figura 11

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativo nas Antilhas. Folhas compostas bipinadas e pecioladas, Inflorescências em panículas

terminais grandes, com flores de pétalas e estames longos de cor vermelha e amarela. Frutos

do tipo legumes (vagem).

Usos: É utilizada na medicina popular. As sementes imaturas são consumidas em saladas

cruas ou cozidas e têm sabor adocicado e tem sabor adocicado, mas seu consumo é indicado

após serem aferventadas ou processadas (cozidas no arroz, purê ou sopas. As flores cozidas

também são comestíveis As sementes devem ser destacadas como se faz com a vagem e o

grão-de-bico (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome Científico: Carthamus Tinctorius

Nome Popular: Cártamo, Açafrão-Bastardo, Açafrão-Bravo, Açafrão-Agreste, Açafroa,

Safflower

Figura 12 Figura 13

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa possivelmente em regiões semi-áridas do Mediterrâneo. Folhas simples inteiras,

coriáceas, com espinhos nas margens e no ápice e revestidas por um tomento branco na face

inferior. Inflorescências em capítulos terminais globosos, solitários ou em grupo, com flores

vistosas, amarelas, alaranjadas ou vermelhas.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Usos: Ocasionalmente cultivada no Brasil para a produção de flores secas como colorante

alimentício, é considerada uma das mais antigas culturas agrícolas do mundo para a produção

de corantes a partir de suas flores e hoje, para a produção de óleo alimentício de suas

sementes. As flores secas são fontes de corante amarelo-avermelhado usados na indústria de

manteigas, licores, e na confeitaria em geral. As flores são levemente amargas e na culinária

caseira podem ser cozidas no arroz deixando-o amarelo, em sopas, caldos, peixes e

galinhadas. As sementes podem ser fritas e consumidas como petiscos (FERREIRA;

LORENZI, 2015).

Nome científico: Carica Papaya

Nome popular: Mamão, Mamoeiro, Papaia, Lecheosa

Figura 14

Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa na America Central. Folhas simples com pecíolo oco, de lâmina palmatilobada com

segmentos também lobados, membranácea, glabra, flores branco-amareladas e, dependendo

da variedade, podem ser monóicas (com um único sexo), andróginas (com os dois sexos) e

dióicas (sexo em plantas separadas).

Usos: Os frutos bem verdes podem ser descascados e cozidos em cubos, os frutos verdes mas

já de vez podem ser também podem ser cozidos tornando-se alaranjados após o cozimento, as

sementes maduras e secas podem ser moídas e usadas para tempero tipo a pimenta-do-reino,

as flores masculinas jovens podem ser aferventadas e cozidas com carnes (levemente

amargas), com leite de coco ou creme de leite. A parte mais PANC é a parte basal do caule

que pode ser ralada e usada para doces, pães, pudim, bolos, farofas e adicionadas à rapadura

para deixá-la crocante (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Camelia Japonica

Nome popular: Camélia, Camélia-do-Japão Garden Camellia, Japanese Camellia, Tsubaki

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Figura 15

Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa na China e Japão. Folhas simples, pecioladas, de lâmina ovalado-elíptica com margens

serradas, de textura coriácea, verde-escura e lustrosa na face superior e um pouco mais clara e

opaca na inferior. Flores solitárias, terminais, e axilares, sésseis, de pétalas brancas, vermelhas

e rosadas, simples ou dobradas, co0m fruto do tipo cápsula deiscente.

Usos: Possui usos medicinais na indústria cosmética. Suas flores frescas podem ser

consumidas como verduras (refogadas, omeletes, cozidas no arroz). Podem ser fervidas para o

preparo de chás ou sucos, inclusive as flores coadas do chá também podem ser consumidas.

As flores trituradas podem ser utilizadas no preparo de geléias, doce de corte e mousse, as

pétalas podem ser adicionadas á doces em calda ou usadas para fazer caldas de sorvetes e

sobremesas em geral, podem ser lavadas e secas e conservadas em mel dando cor e sabor e

também podem ser desidratas para uso futuro. As sementes produzem óleo alimentício, muito

usado na cosmética. As folhas também podem ser usadas para chá (FERREIRA; LORENZI,

2015).

Nome científico: Cassia Fistula

Nome popular: Chuva-de-Ouro, Cássia-Imperial, Cássia-Fístula, Canafístula, Golden Shower

Figura 16 Figura 17

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa na Índia. Folhas compostas, pecioladas, folíolos opostos e ovalado-alongados,

cartáceos, verde-claros, flores de cor amarelo-ouro, reunidas em inflorescências racemosas

longas e pêndulas, frutos do tipo legume (Vagem).

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Usos: Seus frutos são empregados na medicina caseira, As flores são comestíveis em saladas

cruas e podem ser usadas como decoração em pratos doces e salgados, podem ser salteadas

puras ou com carnes e peixes, combinam bem com massas, especialmente adicionadas a

yakissobas, podem também serem empanadas e fritas, cozidas no arroz ou usadas para lindos

risotos, bem como empregadas na panificação resultando em pães com massa amarelada. As

folhas podem ser usadas como verdura folhosa, cozidas, ensopadas, usadas em bolinhos fritos

e cremes ou caldos verdes (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Clitoria Ternatea

Nome popular: Cunhã, Feijão-Borboleta, Ervilha-Borboleta, Ismênia, Palheteira, Butterfly,

Pea

Figura 18 Figura 19

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa na Ásia Equatorial. Folhas imparipinadas, pecioladas, elipsóides levemente discolores,

flores curto pedunculadas, axilares, solitárias ou em curtos racemos de cor azul-violeta com

garganta branca. Frutos do tipo legume deiscente, oblongo e quase reto.

Usos: É freqüentemente cultivada com fins ornamentais e preparo de remédios caseiros, suas

flores são comestíveis após preparos culinários adequados, possuem um raro corante natural

azul, é usada para tingir bolos de arroz ou mesmo arroz cozido, o risoto azul é feito com as

flores frescas, também pode ser preparado um mousse, frisante, chá e suco de clitória. As

vagens jovens (parecidas com feijão-de-corda) são citadas como comestível (são um pouco

duras e fibrosas demais). As folhas também são usadas como corante alimentício ou quando

bem tenras usadas como verdura cozida (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Costus Amazonicus

Nome popular: Cana-de-Macaco, Cana-do-Mato, Cana-do-Brejo, Pobre-Velho, Cañagria,

Cañeja.

42

Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Figura 20 Figura 21

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa na região amazônica, geralmente sempre próxima a corpos de água. Folhas simples,

sésseis, com bainha e uma lígula envolvendo o caule, de lâmina cartácea, glambra, verde

escura e brilhante na face superior e verde acinzentada na face inferior. Inflorescência

solitária podendo ocorrer ambas na mesma touceira.

Usos: As folhas jovens podem ser consumidas como verduras, também podem ser socadas ou

trituras para o preparo de um suco verde com limão, podem ser usadas também (finamente

cortadas), no preparo de saladas cruas, no suco concentrado pode ser usado para o preparo de

geléias, mousse ou sorvete. As flores carnosas podem ser usadas para a decoração comestível

de pratos variados, trituradas para o preparo de mousse, geléia, ou servidas como saladas

puras ou mistas com outras hortaliças e frutas (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Couma Utilis

Nome popular: Sorvinha, Sovinha, Sorva, Sova, Sorva-Miuda, Sorva-Pequena, Cumã,

Saruvina

Figura 22

Fonte: kinupp, Lorenzi

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Nativa da região amazônica. Folhas simples, opostas ternadas, subcoriáceas e glabras, com

nervuras laterais delicadas e regularmente paralelas. Inflorescências axilares, em corimbos

multifloros, com flores róseas. Frutos baga lisa e globosa, com polpa carnosa e adocicada.

Usos: Os frutos são colhidos de vez e abafados com pano levemente úmido para completas a

maturação e vendidos em cachos e gelados para consumo imediato. As sementes trituradas

parecem castanhas, podem ser consumidos diretamente ou usados no preparo de recitas como

creme, doces e desidratados. As flores são usadas como decoração (FERREIRA; LORENZI,

2015).

Nome científico: Cucurbita Pepo

Nome Popular: Abóbora, Mogango, Abóbora-Listada, Jerimum, Jerimum-Caboclo

Figura 23 Figura 24

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa no continente americano, porém sem um local preciso, folhas simples, longo-

pecioladas, de lâmina cartácea, hirsuto-pubescentes na face inferior, de forma arredondada

com margens irregulares e superficialmente lobadas, flores amarelas solitárias, axililares e

pedunculadas, frutos grandes do tipo baga, com as mais variadas formas e cores, lisos e de

polpa amarela.

Usos: É cultivada em todo o mundo, sendo talvez uma das mais antigas plantas em cultivo

com registros fósseis de cerca de 10 mil anos. Os brotos, gavinhas e folhas jovens podem ser

consumidas cozidos, ensopados ou em bolinhos fritos, as flores jovens são tradicionalmente

consumidas empanadas, mas também podem ser usadas para o preparo de bolinhos fritos,

salteadas, cozidas no arroz, para risoto e suflê. Os frutos são convencionalmente usados na

alimentação e as sementes podem ser torradas com sal, as folhas mais velhas podem ser secas

e moídas, sendo hoje utilizadas como ingrediente importante no preparo da ‘multimistura’, em

inglês se chama Summer squash, pumpkim (FERREIRA; LORENZI, 2015).

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Nome científico: Erythrina Falcata

Nome popular: Corticeira-Serrana, Corticeira-da-Serra, Mulungu, Sanandu, Sananduí, Suinã

Figura 25 Figura 26

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa em áreas de altitude das regiões Sul e Sudeste do Brasil, folhas compostas

trifolioladas, longo-pecioladas, com folíolos oblongos a elípticos, coriáceos, glabros, flores de

cor vermelho tijolo, curva como foice reunidas em racemos terminais, fruto do tipo legume

deiscente, pretos com sementes cinza.

Usos: São ocasionalmente cultivadas no paisagismo em geral pela beleza de sua florada

exuberante, suas flores caem das árvores em grande quantidade antes de fenecerem, ou seja,

em ótimo estado, podendo ser recolhidas e consumidas após preparos culinários adequados.

Esta espécie ocorre na Bolívia e possui flores que variam de um vermelho vivo até um rosado

muito claro, as flores desprovidas do estandarte são consumidas e muito saborosas em um

prato chamado de ‘aji de chillicchi’, as flores cozidas e temperadas com pimenta e cebola são

consumidas na Argentina, também podem ser consumidas refogadas com temperos usuais,

ficando com uma consistência similar á dos cogumelos comestíveis comerciais (FERREIRA;

LORENZI, 2015).

Nome científico: Hedychium coronarium

Nome popular: Lírio-do-brejo, Gengibre-do-Brejo, Açucena, Jasmim-Borboleta, Colônia

Figura: 27

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: Próprios Autores

Originaria da Ásia Tropical e naturalizada em todo o território brasileiro, Inflorescência

terminal, solitária, em ‘espiga’ curta, com flores brancas, muito perfumadas. Fruto cápsula

deiscente, com sementes envoltas por espesso arilo avermelhado.

Usos: Cresce em várzeas úmidas e pantanosas, raramente é cultivada com fins ornamentais

devido ao seu crescimento agressivo, suas flores e rizomas são comestíveis após preparos

culinários apropriados, tem usos medicinais. Os botões florais e flores podem ser cozidos e

servidos com molho de pimenta e usados como condimento, a fécula dos rizomas é usada no

combate à tosse, e é comestível (rica em amido e útil na culinária doméstica para fabricar

biscoitos) O amido é amarelo e aromático e pode ser usado na panificação. As flores podem

ser usadas no preparo de sorbet, geléias, saladas, no preparo de sanduíches, etc (FERREIRA;

LORENZI, 2015).

Nome científico: Hibiscus sabdariffa

Nome popular: Hibisco, Vinagreira, Rosela, Groselha, Groselheira, Caruru-Azedo, Quiabo-

Azedo

Figura 28

Fonte: Próprios Autores

Nativo na África, flores solitárias, axilares, curto-pedunculadas, de cálice carnoso, angulado e

roxo e corola amarela com centro roxo, frutos do tipo cápsula deiscente.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Usos: É mundialmente cultivada para fins ornamentais e produção de frutos, cujos cálices

carnosos imaturos são consumidos na forma de sucos geléias e refrescos, suas hastes, folhas

jovens e sementes também podem ser consumidas, geralmente após cozimento e preparos

culinários adequados. O cálice floral tem sido mais usado como ‘fruta’ para o preparo de

suco, geléia, picolé, molhos agridoces, pães, chutneys e pudins. Os cálices secos são usados

para dar cor e sabor a diversos chás, tem grande potencial para o preparo de sorbet e sorvetes

em geral, as sementes maduras podem ser torradas e moídas para farinha usada no preparo de

sopas e para fazer pães (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Hibiscus Rosa-Sinensis

Nome popular: Hibisco, Mimo-de-Vênus, Hibisco-da-China Graxa-de-Estudante, Papoula

Figura 29

Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa na Ásia Tropical, folhas simples pecioladas, de lâmina largo-elípitca com margens

serredas de textura cartácea e mucilaginosa quando amassada, verde brilhante na face superior

fortemente marcada pelas nervuras. Flores solitárias grandes, de pétalas de varias cores (

vermelha, rósea, branca e amarela) ocorrendo quase o ano todo.

Usos: è amplamente cultivada em todo o mundo tropical com fins ornamentais, havendo cerca

de 5 mil cultivares, inclusive com folhas brancas e rosas (variegadas), suas folhas e flores são

comestíveis cruas e após preparos culinários diversos. As folhas jovens podem ser usadas

como sucedâneas do espinafre ou da couve para saladas e pratos cozidos, assados ou fritos. As

flores podem ser consumidas cruas inteiras, inclusive a parte fértil, em saladas e como

decoração de pratos variados. Podem ser usadas como corantes de conservas, de abacaxi

fatiado, geléias de Agar-Agar, vegetais cozidos e bebidas (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Hibiscus Acetocella

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Nome popular: Vinagreira-Roxa, Vinagreira, Groselheira, Rosela, Quiabo-Azedo, Quiabo-

Roxo

Figura 30

Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa provavelmente na África Tropical, folhas simples longo-pecioladas, de lâmina cartácea

de cor vede ou completamente roxa, Flores solitárias, axilares, curto-pedunculadas com

pétalas roxo-avermelhadas ou vináceas e sépalas carnosas roxas, frutos do tipo cápsula

angulada deiscente.

Usos: É amplamente cultivada em todo o país para fins ornamentais, principalmente a forma

roxa, para a formação de maciços a pleno sol, suas folhas jovens e frutos imaturos (cálices)

são comestíveis, principalmente estes últimos, de longa data usados no preparo de refrescos e

geléias. Suas folhas são intensamente vermelhas (bordô), tenras, suculentas e assídulas,

podendo ser consumidas diretamente in natura, usadas inteiras ou picadas para saladas, chá-

suco, geléias e molhos diversos, bem como frisantes e cozidas em carnes, tudo que sua

ousadia e criatividade indicarem. As folhas cozidas com arroz deixam seus grão coloridos

com sabor levemente acídulo, muito agradável. As flores duram um dia apenas e podem ser

colhidas para saladas, enfeite comestível de pratos diversos e para geléias. Os cálices apesar

de não serem tão suculentos, quando fervidos proporcionam um sabor e cor intensos, podendo

ser usados para chá-suco (necessário ferver para extrair os pigmentos antociânicos), sorvetes,

patês salgados e geléias. Ramos com ou sem folhas podem ser fervidos para chá-suco, e

frisante. A planta inteira tem potencial antioxidante (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Hylocereus Lemairei

Nome popular: Pitaia, Pitaia-Roxa, Pitaia-Vermelha, Pitahya, Pitahya Roja

Figura 31 Figura 32 Figura 33 Figura 34

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa no México, desprovida de folhas, mas constituída de hastes de três quinas muito

ramificadas, verdes, de tecido carnoso-mucilaginoso com a função de folhas, com aureola de

‘espinhos’ sobre as quinas espaçadas, de hábito escandente, fixando-se sobre o tronco de

arvoras ou outros suportes por meio de raízes adventícias para subirem. Flores solitárias,

grandes, brancas, e noturnas, frutos globosos, vermelhos do tipo baga e sem espinhos, com

polpa carnosa roxa com sementes pretas.

Usos: É cultivada para a produção de frutos os quais são consumidos in natura, o seu cultivo

vem aumentando nos últimos anos no país, suas flores e cladódios, bem como a casca dos

frutos também podem ser consumidos após preparo adequados. A coloração é similar a

beterraba, pois possui o mesmo pigmento chamado batalaína, corante alimentício magenta-

brilhante. Além do consumo in natura, a polpa pode ser usada no preparo de geléias, mousse,

suco com água ou leite, sorvete e licor. A casca após limpa pode ser picada e triturada para

fazer geléia, pois é ótimo espessante e corante alimentar, as flores jovens e botões florais

ainda fechados podem ser empanados e fritos, recheados e gratinados ou grelhados, também

podem ser picados e refogados como verdura (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Hylocereus Undatus

Nome popular: Dama-da-Noite, Pitaia, Pitaia-Branca, Pitaia-Vermelha, Pitaia-Rosa, Dragon

Fruit

Figura 35 Figura 36 Figura 37

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa no México e América, ramos verdes, trialados, com espinhos curtos em cada auréola

localizada sobre as quinas, de hábito escandente, subindo e fixando-se em árvores através de

raízes aéreas (adventícias), flores solitárias, andróginas, noturnas, grandes, que crescem

diretamente dos cladódios, do tipo baga, com polpa carnosa-suculenta, branca, contendo

semente pequena de cor preta.

Usos: É cultivada em todas as áreas tropicais do país com fins ornamentais e para a produção

de frutos, muitas vezes escapando ao cultivo e tornando-se ‘indesejável’, os frutos, suas

cascas, flores e cladódios são comestíveis, os primeiros no estado in natura e os demais após

cozimento e preparos adequados. Podem ser usadas como corante alimentício e espessante

alimentar, a geléia da casca pura também fica muito gostosa e com coloração linda, podendo

ser usada até em calda para sorvetes e na confeitaria para recheios ou coberturas, a polpa em

cubos pode ser usada em saladas com verduras e salada de frutas, os frutos podem ser gelados

cortados ao meio e consumidos diretamente na própria casca, a polpa pode ser processada

para geléia, suco, licor, mousse e sorvete. As flores e botões florais (geralmente produzem

muitas flores e não dão frutos) podem ser consumidas como hortaliças (rica em flavonóides),

recheadas, e gratinadas , inclusive são desidratadas na China e exportadas para o Brasil,

bastando reidratar (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Malviscus Arboreus

Nome popular: Malvavisco, Hibisco-Colibri, Amapola, Quesillo, Turk’s-Cap, Wax Mallow

Figura 38 Figura 39

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativo no México e Norte da América do Sul, folhas simples, curto-pecioladas, de lâmina

ovalada, cartácea, mucilaginosa quando mastigada, áspera e de margens serreadas, flores

solitárias, axilares, pedunculadas, vermelhas ou róseas, de longa durabilidade por

permanecerem semi fechadas, frutos desconhecidos em nossas condições, é um cultígeno.

Usos: Planta muito comum no Brasil inteiro sob cultivo como ornamental, especialmente para

cercas viva e renques, mas totalmente desconhecida como subutilizada como hortaliça folhosa

e florífera perene e promissora que é as folhas podem ser consumidas em saladas cruas

inteiras ou finamente picada e as flores, que as crianças chupam o néctar (melzinho) e

descartam, podem ser usadas para saladas, tanto inteira como despetaladas. Sua cor escarlate

contrasta com o verde das folhas da própria espécie (podendo-se mesclar) ou de outras

verduras. As flores podem ser cozidas no arroz, curtidas na cachaça como corante e usadas

para fazer uma geléia maravilhosa (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Pereskia Aculeata

Nome popular: Ora-pro-Nóbis, Lobrobô, Lobrobó, Carne-de-Pobre, Mata-Velha, Guaiapá,

Mori

Figura 40 Figura 41

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativo no Sul, Sudeste e Nordeste do país, folhas simples, curto-pecioladas, de lâmina

carnosa, glabra, concolor, inflorescências em racemos curtos e axilares, com poucas flores

grandes e cerosas, frutos globosos, amarelos tipo baga, com gloquídeos e sementes pretas.

Usos: É raramente cultivada comercialmente (em MG é comum em quintais e hortas), exceto

algumas formas de folhas variegadas usadas em paisagismo; de maneira geral a planta cresce

espontaneamente em áreas antropizadas de pastagens e toda a região de sua ocorrência

natural, suas folhas, flores e frutos são usados na culinária mineira, preparadas de varias

formas, tanto cruas quanto cozidas. Os frutos podem ser usados para suco, geléias, mousse e

licor, as sementes podem ser germinadas para produzir brotos, os quais são grandes e

vigorosos, as flores jovens podem ser usadas para saladas, salteadas puras ou com carnes e

para omeletes. Os ramos podem ser plantados na horizontal diretamente no solo para colher

brotos tenros que emergem, parecidos com aspargo (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Prunella Vulgaris

Nome popular: Brunela, Self-Heal, All-Heal

Figura 42 Figura 43 Figura 44

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa na Eurásia, folhas simples, pecioladas, opostas decussadas, de lâmina lanceolada,

cartácea, com margens serreadas e frequentemente com tom avermelhado no ápice, flores em

espigas terminais cilíndricas, com brácteas púrpuras e flores bilabiadas de cor violeta.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Usos: Crescem espontaneamente em áreas de altitude nas regiões Sul e Sudeste do Brasil em

locais antropizados de solos não lavrados frequentemente, como hortas, pomares, jardins e

beiras de estradas, comum especialmente na serra gaúcha. A planta inteira é empregada na

medicina popular e possuem atividades antioxidantes, suas folhas, ramos jovens e

inflorescências são alimentícias, podem ser consumidos em saladas cruas, refogados puros ou

com outras hortaliças e podem ser usadas para sopas e cozidos de carnes, especialmente para

chás deixando as folhas frescas finamente cortadas ou folhas secas e moídas de molho (em

maceração) na água gelada (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Typha Domingensis

Nome popular: Taboa, Paina-de-Flexa, Espadana, Landim, Capim-de-Esteira, Totora, Cattail

Figura 45 Figura 46 Figura 47 Figura 48

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa em todo o território brasileiro (exceto na maior parte do Amazonas), folhas simples

provida de bainha, com lâmina linear-lanceolada, esponjosa, ereta, inflorescências terminais,

em espigas densas e cilíndricas de cor marrom e disposta acima da folhagem sobre o escapo

floral rígido, a parte feminina na base e a masculina (pólen amarelo e depois nua e seca) no

ápice.

Usos: Cresce espontaneamente em beiras de lagos, lagoas e açúdes ou em terrenos pantanosos

inundáveis em quase todo o território brasileiro, sendo geralmente considerada uma planta

‘daninha’, mas com usos fantásticos. As folhas usadas para artesanatos, para o fabrico de

esteiras e assentos de cadeiras. Seus rizomas, o palmito e o pólen são comestíveis. Todas as

partes da planta nos diferentes estágios têm interesse alimentício, A parte aérea pode ser

queimada para sal, o broto (palmito) pode ser consumido cru ou cozido para recheio, os

rizomas amiláceos podem ser consumidos assados ou transformados em farinha. O pólen

pode ser usado na fabricação de pães, biscoitos, panquecas, e para colorir o arroz, sua colheita

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

é fácil basta puxar as flores masculinas intumescidas e amareladas. É um pó fino e amarelo

com funções antioxidantes (FERREIRA; LORENZI, 2015).

Nome científico: Zingiber Mioga

Nome popular: Miogá, Gengibre-Japonês, Gengibre-Mioga, Mioga Ginger, Japanese Ginger

Figura 49 Figura 50

Fonte: kinupp, Lorenzi Fonte: kinupp, Lorenzi

Nativa em lugares sombreados no Japão, China e Coréia, folhas laminares, com bainha

envolvente, de lâmina, glabra, com face inferior mais clara que a superior, inflorescências em

‘espigas’ elípticas curtas de brácteas arroxeadas, originadas diretamente nos rizomas e

dispostas pouco acima do nível do solo, com flores de cor branca ou amarelada.

Usos: Plantas alimentar muito popular no oriente é cultivada no Brasil principalmente por

membros da comunidade nipônica nas regiões Sul e Sudeste. Seus botões florais e brotos

jovens são muito utilizados e apreciados na culinária japonesa após submissão a preparos

diversos que iniciam com o seu cozimento. Os brotos jovens são branqueados e usados em

sopas, tempurás e com tofu, dando agradável sabor e aroma, os brotos tenros podem ser

usados para picles ou cortados fininhos para decoração de sashimi. As flores e botões florais,

com sabor e aroma pungentes, podem ser usados em sopas, fritos ou em conservas com

vinagre, sal ou saque (FERREIRA; LORENZI, 2015).

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ANEXO G

Figura 1

Fonte: Próprios Autores

CARTILHA DE FLORES COMESTÍVEIS

FLORES COMESTÍVEIS: “INGREDIENTE COM SABOR E AROMA”.

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Autores: Maciel N. Daniela, Cabral C. Jackson, Teixeira C. Natália

FLORES COMESTÍVEIS: INGREDIENTE COM SABOR E AROMA

CARTILHA (PLANTIO, COLHEITA E TRANSPORTE)

Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5

Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores

Para o preparo do solo no plantio das flores comestíveis deve seguir os mesmos

passos para plantio hortaliças, o solo deve ser bem preparado com adubação natural, não

devem ser utilizados defensivos (elas devem ser livres de todo e qualquer tipo de pesticidas ou

agrotóxicos), pois serão utilizadas em bolos, e outros pratos. As sementes devem ser também

sem tatamento.com venenos.

O substrato usado no solo é o húmus (Húmus ou humo (do termo latino húmus) é

a matéria orgânica depositada no solo, resultante da decomposição de plantas mortas, de seus

subprodutos ou produzida por minhocas. O processo de formação do húmus é chamado

humificação e pode ser natural, quando produzido espontaneamente por bactérias e fungos do

solo (os organismos decompositores), ou artificial, quando o homem induz a produção de

húmus, adicionando produtos químicos e água a um solo pouco produtivo. Vários agentes

externos como a umidade e a temperatura contribuem para a humificação. Na formação do

húmus, há liberação de diversos nutrientes, mas é de especial consideração a liberação de

nitrogênio (CIRCUITO DE CIÊNCIAS, 2017).

No caso do ataque de pragas (pulgões dentre outras) usar o óleo de Neen (o óleo

de neem é um inseticida orgânico feito com puro óleo das amêndoas de sementes de neem

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

indiano (Azadirachta indica), em um processo que envolve prensagem a frio, entre os mais de

150 compostos bioativos presentes no neem, nove têm ação inseticida comprovada pela

ciência. O maior deles é chamado de Azadiractina, um tetranortriterpenóide ou limonóide

(ÓLEOS MEDICINAIS).

No caso do cultivo de flores comestíveis em casa as flores precisam de sol, podem

ser cultivadas em Jardineiras como mostra as figuras 17 e 18, ou vasos ou até mesmo

canteiros, os vasos devem ser preparados com pedra, (para drenar a água) areia, brita, terra e

húmus (para evitar que a terra fique compacta e impeça a expansão das raízes é necessário

fazer essa mistura).

Assim após o processo de plantio, na colheita a preferência é que as flores devam

ser colhidas cedo logo pela manhã quando então em seu melhor auge. Ainda durante o

processo da colheita é necessário cuidado e atenção para não machucá-las, pois a aparência

delas depende do trato e manuseio, para a limpeza deve utilizar água e produto que higieniza

também folhas, raízes, etc, elas devem ser transportadas em carro refrigerado para manter a

qualidade das pétalas.

É de grande importância mantê-las hidratadas, a embalagem deve ser bem fechada

ou até mesmo depois de colocadas em caixa de acetato, passar o filme para evitar ar, pois

podem murchar.

Para o jardim de flores comestíveis e necessário brita figura 6, terra vegetal figura

7, areia figura 8 e jardineira figura 9

Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9

Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores

É necessário misturar:

1 parte de areia

2 parte de terra vegetal preparada (com humus de minhoca)

Figuras 10 e 11 mistura de areia com terra vegetal

Figura 10 Figura 11

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores

Figura 12 jardineira com pedras para drenar a água Figura 12

Fonte: Próprios Autores Figura 13 colocar a mistura de terra vegetal com areia na jardineira Figura 13

Fonte: Próprios Autores

A figura 14 são mudas de Begônia a figura 15 são mudas de capuchinha e a

figura 16 são mudas de cravina sem nenhum tipo de defensivos agrícolas.

Figura 14 Figura 15 Figura 16

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Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores

Após a escolha das mudas é só plantas na mistura de terra vegetal com areia

e no caso das sementes, basta espalha-lhas e jogar um pouco de terra para cobri-las.

Após a brotação, se houver muitas mudinhas, faça um desbaste, ou seja,

retire algumas delas (de preferência as mais fracas)para que haja espaço para as outras

se desenvolverem fortes e saudáveis.

A figura 17 e a figura 18 são as mudas e as sementes já plantadas.

Figura 17 Figura 18

Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores

A irrigação segue a regra das hortaliças, molhe no inicio da manha ou no final da

tarde, e importante que não molhe demasiadamente para não deixar as jardineiras encharcadas

é de fundamental importância não usar nenhum tipo de inseticida ou produtos químicos nas

plantas.

Assim após o processo de plantio, na colheita a preferência é que as flores devam

ser colhidas cedo logo pela manhã quando então em seu melhor auge. Ainda durante o

59

Revista Pensar Gastronomia, v.3, n.2, Jul. 2017

processo da colheita é necessário cuidado e atenção para não machucá-las, pois a aparência

delas depende do trato e manuseio.

É necessário remover as partes não comestíveis de acordo com a exigência de

cada uma das espécies, pois nem sempre se como a flor inteira, em alguns casos é apenas as

pétalas que são comestíveis.

Para a limpeza deve utilizar água e produto que higieniza também folhas, raízes,

etc, elas devem ser transportadas em carro refrigerado para manter a qualidade das pétalas é

de grande importância mantê-las hidratadas, a embalagem deve ser bem fechada ou até

mesmo depois de colocadas em caixa de acetato, passar o filme para evitar ar, pois podem

murchar.

Após todos os cuidados necessários é só acrescentá-las aos pratos das mais

variadas formas e apreciar o que elas podem oferecer de melhor, “sabor e aroma”.

Figura 19 Figura 20

Fonte: Próprios Autores Fonte: Próprios Autores

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BOM APETITE