sistema de revestimento com argamassa...
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Revista Pensar Engenharia, v.2, n. 2, Jul./2014
SISTEMA DE REVESTIMENTO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA: um
estudo de caso em Belo Horizonte, Minas Gerais.
COATING SYSTEM INDUSTRIALIZED MORTAR: a case study in Belo
Horizonte, Minas Gerais.
Leandro Damião dos Santos1
Fernanda Ferreira Amaral2
Karin Cristina Sommerfeld3
RESUMOO presente artigo considerou a argamassa industrializada nos revestimentosinternos ou externos nas construções, apresentando as vantagens da utilizaçãodesta tecnologia. Questionou-se se existem parâmetros que possam orienta aescolha do tipo de argamassa industrializada a ser utilizada em umdeterminado empreendimento? O objetivo deste estudo é de demonstrar asvantagens da utilização da argamassa industrializada no sistema derevestimento com base em um estudo de caso, tendo como principal valor odesenvolvimento sustentável do processo construtivo. No estudo de casoanalisado, a argamassa industrializada projetada apresentou um aumento deprodutividade, constatou-se a otimização dos equipamentos de transporte, emespecial o uso do elevador, que era um entrave na obra e acabou por permitiruma maior racionalização dos recursos no canteiro. Concluiu-se que aargamassa industrializada projetada se apresenta como uma alternativa viávele comprovada de mecanização em revestimentos internos e externos. Tambémfoi alcançado um expressivo ganho de produtividade, uma melhoria nascondições de trabalho do canteiro de obras, menor desperdício de tempo emateriais e melhor utilização da mão de obra, tudo isto com um custo globalmais baixo que o atualmente praticado.
Palavras-chave: Argamassa; Industrializada; Revestimento; Projetada.
ABSTRACT
This paper considered the industrialized mortar in the internal or externalfinishes in construction, presenting the advantages of using this technology.Questioned whether there are parameters that can guide the choice ofindustrialized mortar to be used in a given project? The aim of this study is todemonstrate the advantages of using the industrialized mortar coating system
1 Leandro Damião dos Santos - Graduando em Engenharia Civil - Escola de EngenhariaKennedy2 Fernanda Ferreira Amaral - Graduando em Engenharia Civil - Escola de Engenharia Kennedy3 Orientadora karin Sommerfeld, Graduada do curso Engenharia Civil da faculdade Kennedy,Mestranda Materiais de Construção pela UFMG. [email protected]
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based on a case study, the main value of sustainable development of theconstruction process. In the case study analyzed the industrialized mortar hadprojected an increase in productivity, there was the optimization of transportfacilities, in particular the use of the elevator, which was an obstacle in the workand eventually allow for greater rationalization of resources in construction . Itwas concluded that the industrialized mortar projected itself as a viable andproven alternative to mechanization in internal and external coatings. It has alsoachieved a significant gain in productivity, improved working conditions of theconstruction site, less wasted time and materials and better use of work force,all this at a lower overall cost than currently practiced.
Keywords: Mortar; industrialized; coating; Designed.
INTRODUÇÃO
O cenário da Construção Civil se revela dinâmico e em constante
avanço tecnologia no que se refere aos métodos construtivos no rol deste
setor. Além disso, tem sido evidente que ao Construção desempenha um
papel determinante na economia brasileira, segundo informações publicadas
pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) no ano de 2009, o
setor respondeu por 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e, também,
pelo foi responsável por 43% dos investimentos nacionais.
Os referidos dados evidenciam o quanto a construção civil impacta no
cenário sócio econômico brasileiro, porém, ainda que tais números sejam
expressivos, vários especialistas em tecnologia construtiva tais como Azeredo
(2007) e Thomaz (2009), acreditam que o setor ainda sofre com os entraves do
desperdício, as perdas de tempo, materiais e recursos financeiros. Tais
situações não podem ser vistas apenas como prejuízos, mas devem ser
concebidas com um entendimento mais amplo, incluindo o uso inadequado de
equipamentos, materiais, mão de obra e recursos tecnológicos disponíveis.
Ainda são frequentes as situações em que as construtoras
permanecem adotando práticas inadequadas com relação ao planejamento da
obra, a escolha dos materiais e tecnologias que serão empregadas em
determinado empreendimento. Neste contexto também está à escolha sobre o
tipo de argamassa a ser utilizada e a forma de aplicação durante a fase
executiva do projeto de fachada e revestimento.
Pretti e Tristão (2013) consideram que a argamassa de revestimento tem
a função de oferecer acabamento final em paredes e fachadas residenciais e
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edifícios comerciais e industriais. Os autores reforçam seu uso aplicado em
superfícies de alvenaria, isoladamente ou sobre as camadas de chapisco e
emboço. Este é o tema principal deste artigo, o emprego da argamassa
industrializada nos revestimentos internos ou externos nas construções,
apresentando as vantagens da utilização desta tecnologia.
Está-se diante de uma nova realidade, com a avalanche de tecnologias
sendo incorporadas em diversas etapas construtivas, com o objetivo de
oferecer melhorias e modernização à construção, tal como a utilização de
formas de gerenciamento, uso de novos equipamentos, de novos materiais e
técnicas construtivas. Assim, observa-se a introdução das argamassas
industrializadas no mercado da construção civil brasileira.
Importa destacar que a argamassa industrializada tem sido amplamente
empregado pelas construtoras para substituir a argamassa virada na obra. Isto
porque, lançar mão do produto já pronto se mostra como alternativa mais
rápida e também menos onerosa para o empreendimento. Muitos especialistas
consideram que a argamassa industrializada é mais fácil de ser armazenada,
transportada, preparada e aplicada.
O mercado oferece uma gama de argamassas industrializadas, sendo as
mais utilizadas para revestimentos, a cimentícia, a acrílica e a monocapa. É
importante conhecer as características e parâmetros das argamassas
industrializadas, bem como também deve ser reconhecida a influência das
matérias primas que constituem esse tipo de produto, de maneira que se possa
obter um sistema de revestimento de fachadas em condições desejáveis.
Face às exposições acima, pergunta-se: existem parâmetros que
possam orienta a escolha do tipo de argamassa industrializada a ser utilizada
em um determinado empreendimento? O objetivo deste estudo é de
demonstrar as vantagens da utilização da argamassa industrializada no
sistema de revestimento com base em um estudo de caso, tendo como
principal valor o desenvolvimento sustentável do processo construtivo.
Para que fosse possível alcançar o objetivo geral proposto, foram
estruturadas os seguintes objetivos específicos: abordar a importância do
sistema de revestimento, os principais aspectos do processo executivo, além
das características e propriedades das argamassas industrializadas que
contribuem diretamente no desempenho do sistema de revestimento; analisar
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as propriedades e característica dos materiais constituintes das argamassas
industrializadas, expondo por meio do estudo de caso, do uso de boas práticas
construtivas para o sistema de revestimento e descrever as vantagens
oferecidas por meio da aplicação do controle de qualidade durante o processo
executivo da argamassa industrializada.
O presente artigo baseia-se em um estudo de caso único descrevendo
uma obra de construção de um conjunto habitacional de médio padrão,
realizada em Belo horizonte, Minas Gerais, o desempenho que as argamassas
industrializadas podem oferecer em um sistema de revestimento.
A escolha do tema em pauta se justifica diante do desafio de conhecer r
tecnologias que possam oferecer qualidade, durabilidade e agilidade na
execução do sistema de revestimento em obras de conjuntos habitacionais, e
diante da escassez de estudos que consideram a argamassa industrializada, o
que demonstra a necessidade de pesquisas sobre o assunto proposto.
A realização deste estudo se apresenta como uma oportunidade de se
associar a teoria com a vivencia prática no que se refere ao emprego da
argamassa industrializada nos empreendimentos do tipo conjuntos
habitacionais tal como uma solução que considera, também, a possibilidade de
redução de patologias nos revestimentos onde é aplicada. O artigo pode
estimular técnicas que possam contribuir uma forma de construir que seja
sustentável, além de mais racional e econômica, com tecnologias que
propiciem a redução de perdas, da quantidade de entulho e, sobretudo,
causem menor impacto ambiental como é o caso da argamassa industrializada.
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Sistema de Revestimento
Segundo os esclarecimentos prestados por Tozzi (2009), o revestimento
definido como aquele destinado ao acabamento, cuja aplicação se dá sobre a
alvenaria, com o objetivo de agregar valor estético e de proteção à construção
contra as ações externas.
Na mesma linha de pensamento, Antunes (2005) refere-se ao sistema
de revestimento de alvenaria como aquele que determina os procedimentos
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básicos para a execução das etapas dos serviços relacionados ao
revestimento. O especialista reforça que o revestimento é feito em duas etapas,
de início, com o preparo da base, no qual se procede com o chapisco, emboço
e reboco (Figura 1) para, então, receber o revestimento final, sendo decorativo
e de proteção.
Figura 1: Etapas do sistema revestimentoFonte: Pinto (2013)
Crase (2009) explica que os revestimentos são todos os procedimentos
utilizados na aplicação de materiais de proteção e de acabamento sobre
superfícies horizontais e verticais de uma edificação ou obra de engenharia,
tais como: alvenarias e estruturas. Nas edificações, consideraram-se três tipos
de revestimentos: revestimento de paredes, revestimento de pisos e
revestimento de tetos ou forro.
Segundo a NBR 13529, Sistema de Revestimento, em termos gerais,
apresenta-se como o conjunto “formado por revestimento de argamassa e
acabamento decorativo, compatível com a natureza da base, condições de
exposição, acabamento final e desempenho, previstos em projeto”.
A definição de Sistema de Revestimento, SR, está relacionada à
composição de camadas que se completam em um piso ou uma parede. Nesse
estudo, consideram-se os revestimentos em paredes. Enquanto na parede, o
SR é composto por: alvenaria, o emboço, a argamassa colante, cerâmica e
argamassa de rejuntamento. Já o piso é composto por: laje, contra piso,
argamassa colante, cerâmica e argamassa de rejuntamento (AZEREDO,
2007).
Com relação à tecnologia de Sistemas de Revestimentos, promove uma
contribuição significativa no desempenho e durabilidade, uma vez que os
métodos tradicionais de execução, têm resultado em tantos desgastes, custos
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e problemas pós-conclusão da obra. Além disso, vale esclarecer que o SR
busca oferecer benefícios estéticos e proteger a edificação das intempéries;
evitar a degradação dos materiais de construção e promover a segurança e
conforto dos usuários (GUIMARÃES, 2002).
2.1.1 Substrato
Assim como esclarece Correia (2014), o substrato refere-se à aplicação
das camadas de revestimento, em geral, os mais utilizados são as bases de
alvenaria e estrutura de concreto. O substrato, especialmente os que não são
aplicados chapiscos, podem exercer grande influência na qualidade final do
revestimento face à diversidade de características e textura: absorventes,
impermeáveis, lisos, rugosos, rígidos e deformáveis.
De acordo com os preceitos da NBR 7200 (ABNT, 1998) as bases de
revestimentos precisam atender às exigências de planeza, prumo e
nivelamento fixados nas normas de. Alvenaria e estrutura de concreto. Em se
tratando de base composta por diferentes materiais e submetida a esforços que
resultem em deformações diferenciais significativos, tais como, balanços,
platibandas e últimos pavimentos, faz-se necessário empregar tela metálica,
plástica ou material similar na junção destes materiais.
2.1.2 Chapisco
Tozzi (2009) explica que chapisco se refere à primeira parte do preparo
da base, utilizado para aumentar a resistência de aderência do revestimento e
regularização da absorção da base. O autor descreve ainda que qualquer
superfície a ser chapiscada precisa ser devidamente limpa antes da execução
desta etapa.
Importa ressaltar que o chapisco muitas vezes é conceituado como a
argamassa básica de cimento e areia grossa, na proporção de 1:3 ou 1:4,
bastante fluída, que, aplicada sobre as superfícies previamente umedecida,
assume a propriedade de produzir uma camada impermeabilizante, além de
criar um substrato de aderência para a fixação de outro elemento (SILVA,
2012).
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Thomaz (2009) complementa dizendo que todas as superfícies
destinadas a receber um revestimento de qualquer espécie deverão ser
recobertas por um chapisco de cimento e areia lavada grossa. No que diz
respeito às superfícies de concreto, a orientação é para uso de chapisco
colante industrializado ou aditivação adesiva do chapisco convencional.
Destaca-se que a aplicação do chapisco e das camadas seguintes de
argamassa deve ser feita sobre superfícies anteriormente umedecidas para
que a água necessária à cura da argamassa não seja absorvida. Porém, a
parede não poderá estar demasiadamente umedecida para que não ocorra a
saturação dos poros da base, que é prejudicial à aderência (CORREIA, 2014).
Antunes (2005) ensina que são quatro tipos de chapiscos mais
conhecidos: o chapisco rolado é aplicado com o rolo de textura, sendo também
adicionado à argamassa um aditivo que tem por finalidade a melhoria da
aderência. O chapisco industrializado é usado geralmente em bases de
baixíssima absorção e é aplicado com rolo de textura e, algumas vezes, com
uma desempenadeira dentada.
Já o chapisco convencional pode ser aplicado com uma colher de
pedreiro, por lançamentos ou com o auxílio de uma peneira e o chapisco com
pedra britada é empregada em decoração de muros e paredes externas. A
argamassa utilizada é constituída por areia, cimento, pedra britada e água.
Pode-se adicionar pequena quantidade de cal.
A norma NBR – 7200 não orienta que seja feita a pré-molhagem no caso
de alvenarias de blocos de concreto. Depois da conclusão do chapisco e em
função do revestimento final, será dada continuidade ao preparo da base,
realizando o emboço e o reboco.
2.1.3 Emboço
Correia (2014) define que o emboço, também chamado de reboco
grosso, é diretamente aplicado sobre o chapisco. Depois de pronto, o emboço
deve apresentar uma superfície plana e áspera para facilitar a aderência do
reboco quando ele for aplicado, além disso, o emboço deve ser sarrafeado com
régua.
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Compreende-se como emboço, a camada com função de regularização,
cuja espessura deve ser entre 15 mm e 25 mm. Deve também ser aplicado
sobre a base previamente preparada sempre garantindo o esquadro do
ambiente. O emboço só poderá ser executado depois da pega do chapisco de
base. A norma NBR 7200 orienta que sejam obedecidos três dias de idade
para o chapisco para a aplicação do emboço.
Nos dias atuais, devido ao uso das argamassas industrializadas, o
emboço faz também o papel de reboco. Deste modo, o seu acabamento pode
ser feito com desempenadeira de feltro. A espessura do emboço não deve
ultrapassar 2,5 cm em áreas internas e 3 cm em áreas externas (SABATTINI,
2007).
2.1.4 Reboco
O reboco é explicado por Guimarães (2003) enquanto uma camada fina
de argamassa, aplicada sobre o emboço para dar melhor aspecto à superfície
de revestimento. Sua espessura deve ficar em torno de 5 mm, desta maneira,
também é conhecida como massa fina.
O reboco também é definido como sendo a última camada de preparo da
base, aplicada sobre o emboço e deve ter no máximo 30 mm de espessura.
Na maioria das vezes, a pintura é aplicada sobre o reboco, por isso ele não
poderá apresentar fissuras (FIORITO, 2004).
De acordo com o que dispõe a NBR 7200 (ABNT, 1998), para cada
aplicação de nova camada de argamassa tem-se a exigência, de acordo com
a finalidade e com as condições do clima, a umidificação da camada anterior.
A argamassa de revestimento não deve ser aplicada em ambientes com
temperatura inferior a 5 ºC, a uma temperatura superior a 30 ºC, devem ser
tomados cuidados especiais para a cura do revestimento, mantendo-o úmido
pelo menos nas 24 horas iniciais por meio da aspersão constante de água.
O referido procedimento deve ser adotado em situações de baixa
umidade relativa do ar, ventos fortes e insolação forte e direta sobre os planos
revestidos.
2.1.5 Revestimento decorativo
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Depois do preparo da base (chapisco, emboço e reboco) a superfície se
encontra em condições para recebe o revestimento decorativo final que poderá
ser feito com cerâmica, pintura, azulejo, textura, entre outros. A referida etapa
do revestimento tem como principal função a estética.
2.2 Argamassas de revestimento
Pereira Júnior (2010) define a argamassa como material de construção
obtido da mistura homogênea de aglomerante, agregado miúdo e água e tem
as propriedades de aderência e endurecimento. O autor reforça, entretanto,
que existem diversos tipos de argamassa que são definidos de acordo com as
suas características e as de seus aglomerantes, além da sua função. Destaca-
se que pode interferir nas atividades de produção, na escolha de ferramentas e
equipamentos e também na organização do canteiro de obras.
A argamassa de revestimento é definida como materiais de construção,
com propriedades de aderência e endurecimento, obtidos a partir da mistura
homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água,
podendo conter ainda aditivos e adições minerais (CARASEK, 2009).
Embora esse trabalho acadêmico aborde o Revestimento de Parede e a
argamassa para tal, é válido conhecer como essa classificação se dá. A
especialista acima citada esclarece a classificação das argamassas segundo
as suas funções conforme TAB. 01:Tabela 1 – Tipos de argamassa X Função
TIPOS FUNÇÕES
Para construção deAlvenarias
Argamassa de assentamento (elevação daalvenaria)Argamassa de fixação – alv. de vedação
Para revestimento deparedes e tetos
Argamassa de chapiscoArgamassa de emboçoArgamassa de rebocoArgamassa de camada únicaArgamassa para revestimento decorativomonocamada
Para revestimento de pisos Argamassa de contrapisoArgamassa de alta resistência para piso
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Para revestimentoscerâmicos (paredes/pisos)
Argamassa de assentamento de peças cerâmicas– colanteArgamassa de rejuntamento
Para recuperação deEstruturas
Argamassa de reparo
Fonte: adaptado por Carasek, 2009.
Figuerola (2004) explica que, as principais funções de um
revestimento de argamassa de paredes são de proteger a alvenaria e a
estrutura contra a ação do intemperismo, no caso dos revestimentos externos
além de integrar o sistema de vedação dos edifícios, contribuindo com
diversas funções, tais como: isolamento térmico, isolamento acústico,
estanqueidade à água, oferecer segurança contra o fogo e resistência ao
desgaste e abalos superficiais.
2.3 Argamassa Industrializada
Fonte explica revestimento internos e externos com argamassa ainda é,
no contexto da construção civil, um dos sistemas construtivos que mais utilizam
mão de obra, situação que se dá do instante da mistura dos materiais até o
transporte e o lançamento da argamassa. Essa característica bem próxima do
artesanal do processo, que tem uma dependência da cultura organizacional do
preparo individual de cada operário, é uma da razões da baixa produtividade
desta fase e da significativa oscilação de qualidade vista em obras de todo o
país.
Fonte refere-se a diversos estudos acerca da produtividade demonstram
que a mecanização da atividade, procedimento frequente em muitos países, é
a solução mais adequada para que uma construtora consiga uma alta
performance na execução do revestimento, de maneira alcançar custos e
prazos controlados, e também da qualidade final esperada.
A argamassa industrializada, sob o entendimento da projeção
mecanizada, através de ferramentas orientadas na facilitação do ingresso e o
desenvolvimento da referida tecnologia no processo produtivo das empresas
construtoras. Consideram-se os Sistemas Mecanizados para a Produção de
Revestimentos de Argamassa Industrializada os sistemas de projeção de
argamassa existentes no mercado brasileiro.
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Nesse sentido, fonte que a mecanização do revestimento considera
todas as etapas do processo produtivo, do preparo da argamassa na indústria
às atividades de aplicação e acabamento da argamassa na base. O emprego
da argamassa industrializada é uma condição imprescindível do sistema, uma
vez que previne o desperdício de tempo destinado às etapas de recebimento
das matérias-primas, estocagem, dosagem, mistura e controle.
Importa destacar que a execução de um sistema de argamassa
industrializada, quer nas áreas internas ou externas, ocorre seguindo a
seguinte sistematização:
1. Mistura da argamassa
2. Transporte até o local de aplicação
3. Lançamento na base (fonte).
Fonte sustenta que a mistura tem como propósito, homogeneizar os
diversos componentes da argamassa, tendo impacto expressivo para
assegurar seu desempenho adequado, seja no estado fresco como endurecido.
A referida atividade orienta-se a utilização de argamassadeiras, que prezam
pela mistura mais homogênea e um comportamento mais eficiente dos
componentes da argamassa. Além disso, o autor destaca que o tempo de
mistura e a quantidade de água devem seguir as instruções do fabricante da
argamassa. Os detalhes do processo executivo são mais bem explicitados no
capítulo 4 deste artigo, uma vez que este é o objetivo deste artigo.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada se deu em duas fases: a primeira foi à realização
da revisão teórica, segundo Gil (2009) comum em todos os trabalhos
acadêmicos, consistindo em uma pesquisa bibliográfica que fundamentou o
estudo relacionado ao sistema de projeção de argamassa industrializada em
revestimentos. Já a segunda fase consistiu na realização de um estudo de
caso em uma obra localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais onde foram
pesquisadas soluções relacionadas à argamassa projetada.
A pesquisa bibliográfica foi feita através de livros, monografias, revistas
científicas e técnicas, e catálogos de produtos. Posteriormente, com a
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fundamentação teórica necessária, foi realizado um estudo de caso acerca do
revestimento com argamassa industrializada em uma obra de unidades
habitacionais. Foram considerados os aspectos críticos relacionados ao
equipamento utilizado e a dosagem da argamassa para ser aplicada no
revestimento de fachadas exteriores, com a normalização de seus serviços e
com a capacitação profissional de seus colaboradores diretos e indiretos.
Foi realizada uma análise dos dados obtidos no estudo de caso, isto
significa dizer que serão tratados dados textuais provenientes, desde materiais
impressos, observação da comunicação não verbal até transcrições do passo a
passo do preparo dos materiais, da dosagem da argamassa, dos equipamentos
para seu emprego e as etapas da mesma para fachadas exteriores na obra
observada permitindo inferir conhecimentos relativos ao estudo em questão
(VERGARA, 2007).
A APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
A argamassa industrializada projetada foi escolhido por poder
proporcionar maior produtividade e menor variabilidade do revestimento,
destaca-se à utilização de equipamentos de projeção não se mostrou como
fator de dificuldade para a obra, uma vez que o mercado oferece dois tipos de
projetores: por bombas, o que foi utilizado na obra observada, e por spray de ar
comprimido com recipiente acoplado, popularmente conhecido como
canequinha. Considerando os principais dados da obra mostrada na Figura 2,
tem-se:
Projeto / Obra: Revittá Castelo
Área construída: 12.924,94 m²
Data de implementação: outubro/2014
Empresa: Gafisa
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Figura 2: Obra: Revittá CasteloFonte: da pesquisa, 2014.
O canteiro de obras mostrado na Figura 3 também foi planejado e
organizado de modo a permitir a correta projeção da argamassa industrializada
por bomba realizada na obra permitiu um fluxo contínuo de projeção,
garantindo maior qualidade e produtividade por aplicação. Porém, é preciso
considerar que o referido método necessitou de argamassas especiais.
Figura 3: Layout do canteiro de obras do Revittá CasteloFonte: da pesquisa, 2014.
O empreendimento observado apresentou um conceito de criação de um
Condomínio-Residencial Sustentável, localizado no Bairro Castelo em Belo
horizonte, MG, composto por 4 torres com 16 pavimentos conforme a
simulação mostrada na Figura 4.
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Figura 4: Simulação da obra finalizada do Revittá CasteloFonte: da pesquisa, 2014.
O emprego da argamassa industrializada projetada, que foi escolhida
pelas seguintes razões:
Redução da interferência humana em um processo racionalizado,
possibilitando a redução de desperdícios de materiais, mantendo ainda
uma condição adequada de trabalho no canteiro;
Redução de prazo para execução do revestimento interno e externo;
Quando aplicada corretamente, fornece uma melhor qualidade de
revestimento, já que por ser um processo mecânico a energia de
lançamento da massa não sofre alterações. Além disso, a projeção
diminui a quantidade de ar no processo, o que diminui sua porosidade.
4.2. Etapas de execução
Pode-se dizer que as etapas envolvidas na execução destacaram-se
não só por assegurar um processo otimizado, mas por ser um desempenho
técnico adequado às solicitações que surgiram no decorrer dos anos de
utilização da edificação.
Importante frisar que no preparo (instalação) correto do equipamento de
projeção foram considerado os fatores como a disponibilidade dos recursos
necessários no momento certo e nas instalações do canteiro de obras.
Verificou-se a disponibilidade de água no local de mistura, checou-se o
consumo de água necessário à produção de argamassa conforme Figura 5.
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Figura 5: ligação de água próximo a argamassadeira de mistura contínuoFonte: da pesquisa, 2014.
Também foi providenciado o recipiente e suprimento de reabastecimento
que atendesse à vazão do equipamento e, na alimentação direta de água, sem
reservatórios, certificou-se que a vazão e a pressão do ramal estavam
adequadas ao equipamento utilizado. Constatou-se a instalação de energia
elétrica no canteiro para os equipamentos utilizados. Por segurança, os
equipamentos não toleram grandes variações de energia e sendo assim, não
foram divididas as fontes com outros equipamentos em um mesmo painel. De
acordo com a Figura 6, foi feito o aterramento correto de uma das máquinas
utilizadas na obra.
Figura 6: Aterramento correto de uma do maquinário utilizadoFonte: da pesquisa, 2014.
A Figura 7 mostra que a argamassa industrializada se encontrava
disponível e a uma distância de um braço do equipamento e a uma altura
adequada para a alimentação da máquina. Além disso, foram utilizados
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sistemas de transporte, certificando-se de que as distâncias horizontais e
verticais estavam de acordo com o especificado para o sistema empregado.
Figura 7: Argamassa industrializada a uma distância de um braço do equipamento e a umaaltura adequada
Fonte: da pesquisa, 2014.Observa-se que os insumos básicos para a produção da argamassa
industrializada projetada (água, argamassa e eletricidade) estavam disponíveis
e foram adequados para o equipamento que foi utilizado. Feita essa
conferência, foi possível passar para a operação do equipamento. Em geral, as
principais etapas envolvidas foram:
Limpeza da base
A limpeza grossa foi feita com a remoção de pontas de ferro das peças,
rebarbas entre juntas da alvenaria, poeira, fuligem, bolor, eflorescências,
desmoldantes e qualquer outro material que pudesse prejudicar a aderência
entre a base e o chapisco. Também foi feita a correção de falhas de
concretagem e eventuais depressões e furos da alvenaria.
Já a limpeza fina foi realizada nos locais onde a base era de concreto,
foi feito o tratamento mecânico (escova de aço, disco, lixadeira), removendo as
impurezas grosseiras. Depois da passagem da escova com cerdas de aço, foi
feita uma nova limpeza da superfície com escova de aço e água em
abundância para remoção de qualquer resíduo de partícula solta que ainda
esteja aderida à superfície de concreto.
Execução do chapisco
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O chapisco foi aplicado com a projeção de forma contínua em todas as
regiões da base, de maneira a assegurar homogeneidade em toda a extensão
da parede conforme Figura 8:
Figura 7: Realização do chapiscoFonte: da pesquisa, 2014.
No fim de cada turno de trabalho foi preciso que os operários
realizassem a cura do chapisco por meio da aspersão de água com mangueira
em toda a área recém-executada, principalmente no decorrer dos 2 primeiros
dias de execução.
Taliscamento
A fixação das taliscas conforme as cotas definidas no mapeamento do
empreendimento.
Aplicação da argamassa de emboço
Na aplicação do emboço foi respeitado o prazo mínimo de 3 dias depois
da colocação do chapisco. Antes do início dos serviços foi realizada a revisão
do chapisco, feita por meio da passagem de espátula de aço sobre a
superfície, a fim de identificar locais soltos ou frágeis, que aponta a
necessidade de remoção e substituição, principalmente sobre a estrutura de
concreto.
Começou-se pelo lançamento da projeção da argamassa, de início, para
executar as mestras (talista à talisca). Depois da execução das mestras
mostrado na Figura 9, os panos foram definidos e preenchidos com projeção
de argamassa na horizontal Figura 10.
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Figura 9: Execução das mestrasFonte: da pesquisa, 2014.
Figura 10: Aplicação da argamassa por projeçãoFonte: da pesquisa, 2014.
O sarrafeamento mostrado na Figura 11 foi feito com a régua de
alumínio, sendo prensado o emboço sobre a base com régua e
desempenadeira, nos locais de mais difícil acesso. Depois, as taliscas foram
retiradas e os espaços vazios, preenchidos.
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Figura 11: SarrafeamentoFonte: da pesquisa, 2014.
No momento em que a argamassa atingiu o tempo de desempeno
(observado a partir do exato momento em que a mesma não cedeu aos dedos
do aplicador após leve compressão da base), procedeu-se com o acabamento
com desempenadeira, por meio de movimentos circulares, sob pequena
pressão. O acabamento executado foi o desempeno grosso, com superfície
regular e compacta.
De modo a assegurar melhor desempenho da argamassa foi feita a cura
úmida por meio de aspersão de água, pelo menos durante os 2 primeiros dias
após a aplicação da argamassa na parede. O início dessa atividade foi feita
imediatamente depois do tempo final da pega do cimento utilizado na
argamassa.
Na aplicação da argamassa de emboço na fachada, foi preciso aguardar
o momento certo o sarrafeamento e o desempeno, foi essencial o emprego dos
balancins de acionamento rápido, que possibilitaram a aplicação da argamassa
em planos distintos.
Nos revestimentos externos mostrados na Figura 12 foram utilizados
balancins de deslocamento rápido, a fim de permitir maior mobilidade dos
operários e, com isso, maior incremento na produtividade.
Revista Pensar Engenharia, v.2, n. 2, Jul./2014
Figura 12: Projeção do revestimento externoFonte: da pesquisa, 2014
Durante a aplicação do chapisco na Figura 13, em locais que não foram
necessários o acabamento, exceto a cura efetuada por aspersão de água, a
utilização dos balancins rápidos permitiram a projeção da argamassa em áreas
tão extensas quanto o tamanho desses balancins, que foram deslocados e
seguiram a aplicação de forma ininterrupta.
Figura 12: Aplicação do chapiscoFonte: da pesquisa, 2014
De modo a expor os quantitativos do uso da argamassa projetada na
obra analisada tem-se que a bomba foi utilizada como método de projeção.
Tem-se assim, alguns dados da obra estudada.
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Área revestida:
Revestimento interno: 1.000 m2 por andar.
Revestimento externo: 7.000 m2 por torre.
Com relação à produtividade:
No empreendimento estudado, uma equipe de cinco pedreiros e uma
pessoa na projeção executam de 160 a 180 m2 de revestimento por dia
(tanto interno quanto externo).
Com relação ao consumo de materiais:
Argamassa de cimento projetada: 18,00 kg /m2 /cm de espessura.
Argamassa de cimento feita na hora: 18,95 kg / m2 / cm de espessura.
Com relação às características dos materiais:
Resistencia da argamassa:
Interna: 7 MPa.
Externa: 9 a 10 MPa.
Composição da argamassa projetada:
Cimento, areia, aditivo para aumentar a aderência, resistência e
impermeabilidade;
Adição de incorporador de ar.
Importante destacar que alguns itens foram cuidadosamente observados,
tais como:
alta rotatividade de mão de obra, provocando descontinuidade do
aprendizado;
necessidade de treinamento intensivo para a formação da mão de obra;
dependendo do tamanho do equipamento, existe dificuldade no
deslocamento da máquina entre pavimentos;
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necessidade de foco na logística, planejamento e controle da produção
para um melhor aproveitamento do sistema e cumprimento de prazos;
manutenção periódica do equipamento evitando paradas por
entupimento, atrasando o serviço.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo abordou a dinâmica das obras da construção civil e a
necessidade de racionalização e otimização dos serviços. Em especial foi
considerado o emprego da argamassa industrializada e projetada. Foi possível
compreender que o revestimento de argamassa de modo artesanal, no
preparação e na aplicação manual da argamassa, ainda gera muito
desperdício, baixa produtividade e qualidade inferior à expectativa do mercado.
Ficou entendido que a aplicação da argamassa industrializada se
apresenta como uma solução que contribui para a industrialização do processo,
oferecendo alta produtividade, qualidade e redução de custos, os fatores mais
importantes para a escolha de um sistema construtivo.
Questionou-se se existem parâmetros que possam orienta a escolha do
tipo de argamassa industrializada a ser utilizada em um determinado
empreendimento. Como resposta obtida, tem-se que diante da evolução dos
processos produtivos, as argamassas produzidas em indústrias se tornaram
imperativas para a obtenção de sistemas racionais e otimizados, em que
cada caso exige a oferta de produtos específicos para as diferentes exigências
e condições de uso. As argamassas aplicadas por projeção mecânica devem
seguir os parâmetros de propriedades reológicas aos equipamentos
empregados e às condições de operação e exposição do produto ao longo
dos anos.
Importante destacar que um dos grandes erros mais comuns na
mecanização do sistema executivo de revestimentos é a utilização de
argamassas comuns para o transporte e projeção, normalmente as mesmas
usadas no sistema tradicional. No caso da mecanização, as características da
argamassa, especialmente no estado fresco, devem ser ajustadas para que a
sua fluidez permita o deslocamento da massa dentro da tubulação, durante o
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transporte, sem perda de consistência, e que, quando submetida à pressão
exercida pelo equipamento, apresente uma energia de impacto compatível com
as condições da base (avidez por água, porosidade, rugosidade etc.).
No estudo de caso analisado, a argamassa industrializada projetada
apresentou um aumento de produtividade, reduzindo em 3 meses a etapa de
revestimento por torre. Além disso, constatou-se a otimização dos
equipamentos de transporte, em especial o uso do elevador, que era um
entrave na obra e acabou por permitir uma maior racionalização dos recursos
no canteiro. Também foi possível constatar a melhoria da qualidade do
acabamento.
Portanto, o objetivo do artigo de demonstrar as vantagens da utilização
da argamassa industrializada no sistema de revestimento com base em um
estudo de caso, tendo como principal valor o desenvolvimento sustentável do
processo construtivo foi atingido.
Conclui-se que a argamassa industrializada projetada se apresenta
como uma alternativa viável e comprovada de mecanização em revestimentos
internos e externos. Também foi alcançado um expressivo ganho de
produtividade, uma melhoria nas condições de trabalho do canteiro de obras,
menor desperdício de tempo e materiais e melhor utilização da mão de obra,
tudo isto com um custo global mais baixo que o atualmente praticado.
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