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 Universidade de Brasília  Instituto de Ciências Humanas  Departamento de História  Fichamento do texto O governo e o golpe civil-militar de 1964. Disciplina: Tópicos Especiais em História do Brasil Professora: Dra. Ione li!eira "luno#a$: Carolina "l!es %i&eiro 'atr(cula: )*+,,*-),) Turma: "

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  Universidade de Brasília  Instituto de Ciências Humanas  Departamento de História

  Fichamento do texto O governo e o golpe civil-militar de 1964.

Disciplina: Tópicos Especiais em História do Brasil

Professora: Dra. Ione li!eira

"luno#a$: Carolina "l!es %i&eiro

'atr(cula: )*+,,*-),)Turma: "

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1. Referência Bibliográfica.

FE%%EI%" /or0e. 0o!erno 1oulart e o ci!il2militar de )345. In FE%%EI%" /or0e e DE61"D 6ucilia

e "lmeida 7e!as #or0s.$. tempo da experiência democr8tica: da democrati9a;o de )35* ao 0olpe ci!il2

militar de )345. %io de /aneiro: Ci!il Brasileira <,,= pp. =5=25,5.

2. O caráter do texto.

texto > o ?ltimo cap(tulo do li!ro Brasil %epu&licano @ tempo da experiência democr8tica da

democrati9a;o de )35* ao 0olpe ci!il2militar de )345.

3. A ideia central do texto.

/or0e Ferreira explica o 0o!erno de /an0o desde a sua posse at> o 0olpe Aue le!ou o re0ime militar ao poder

dando ênfase nos pro&lemas Aue 1oulart te!e durante o seu 0o!erno os seus conflitos pol(ticos e a sua

rela;o com a direita e com a esAuerda.

4. A estrutura do texto.

texto > um cap(tulo denominado 0o!erno 1oulart e o 0olpe ci!il2militar de )345 com ), su&t(tulos e

uma conclus;o.

. Os detal!es das "artes do texto.

cap(tulo comea com uma peAuena introdu;o falando so&re as pessoas Aue preferem personali9ar a

História so&re /o;o 1oulart e as suas !ises so&re ele e explica o porAue das interpretaes Aue existem de

porAue ocorreu o 0olpe ci!il2militar est;o erradas. Desde uma !is;o Aue di9 Aue a culpa teria sido de /an0o

at> uma Aue di9 Aue ocorreu uma 1rande Conspira;o entre os 0rupos conser!adores a CI" e o

Departamento de Estado norte2americano.Em 1o!erno Parlamentarista o texto comea falando Aue /o;o 1oulart tornou2se presidente so& uma

0ra!(ssima crise militar com as contas p?&licas descontroladas tendo Aue administrar um pa(s endi!idado

interna e externamente e tam&>m herdou uma crise econmico2financeira 0ra!e com os (ndices de infla;o

alt(ssimos. sistema parlamentarista tinha como o&eti!o a restri;o de seus poderes. /8 nas semanas iniciais

do seu 0o!erno a conspira;o ci!il2militar 8 acontecia pois os conser!adores !iam em 1oulart um

dema0o0o corrupto inepto e influenciado por comunistas. por>m o 0rupo n;o tinha as &ases pol(ticas

sociais e militares para iniciar o 0olpe. 6eonel Bri9ola 8 nessa >poca incenti!a!a 1oulart a fechar o

con0resso restaurar o seu poder e iniciar o processo de reforma a0r8ria Aue era um de seus o&eti!os principais. "l>m disso Bri9ola tam&>m despropriou os &ens da Companhia Telefnica 7acional

estimulando a crise entre o 0o!erno &rasileiro e o norte2americano. /an0o !iaou para os Estados Gnidos em

a&ril de )34< para &uscar recursos e discutir as relaes entre os dois pa(ses. Portanto o F'I n;o acreditou

Aue 1oulart Aueria com&ater a infla;o do pa(s e !oltou para o Brasil sem os recursos Aue Aueria e a infla;o

aumentou.

Em " %adicali9a;o das EsAuerdas o foco > nas demandas das esAuerdas Aue entre as principais: a reforma

de &ase. Em&ora as esAuerdas &rasileiras ti!essem di!er0ências o PCB as 6i0as Camponesas o &loco

Frente Parlamentar 7acionalista o mo!imento sindical representado pelo C1T or0ani9aes de su&alternos

das Foras "rmadas #principalmente sar0entos com uma parcela si0nificati!a Aue se0uia a liderana de

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Bri9ola$ a G7E e uma peAuena or0ani9a;o trotsista se untaram com o ideal de pressional 1oulart para

Aue hou!esse lo0o a reforma a0r8ria. Em )34= sur0ia a Frente de 'o&ili9a;o Popular Aue luta!a pelas

reformas de &ase liderada por Bri9ola. " Frente de 'o&ili9a;o Popular n;o 0osta!a de pol(tica de

concilia;o de 1oulart Aue tenta!a unir a esAuerda com o centro e co&ra!am dele para Aue ele apenas

tomasse medidas de esAuerda. " concilia;o n;o esta!a em Auest;o. Em maio de )34< o presidente 1oulart

deu in(cio a campanha de retorno ao presidencialismo.

Em De olta para o Presidencialismo 1oulart Aueria adotar um pro0rama de com&ate J infla;o e antecipar 

 para de9em&ro o ple&iscito so&re a continuidade do re0ime parlamentarista. 1rupos con!ersadores e de

esAuerda apoia!am a !olta do presidencialismo. EnAuanto isso a crise no pa(s de a0ra!a!a. E tam&>m

0rupos pol(ticos empresariais e militares 8 se articula!am de maneira mais or0ani9ada para conspirarem

contra o 0o!erno com a cria;o da IPEK e o IB"D. "t> a reali9a;o do ple&iscito 1oulart adiou medidas de

impacto. confronto com os EG" se a0ra!ou e LennedM disse Aue existia sinais de esAuerdi9a;o em

1oulart. Em 4 de aneiro 1oulart !enceu o ple&iscito e !oltou o re0ime presidencialista.

 7a parte de 1oulart Presidente e o Proeto de Pacto Kocial fala do pro0rama de /an0o Aue era conciliar 

medidas de esta&ili9a;o econmicas com propostas reformistas Aueria ne0ociaes entre a esAuerda e o

centro. E tam&>m tinha como inspira;o o proeto de desen!ol!imento !ar0uista com in!estimentos na

infraestrutura econmica e &ens de produ;o e tam&>m da amplia;o dos direitos sociais dos tra&alhadores.

Criou tam&>m o Plano Trienal por>m empres8rios capitalistas e tra&alhadores demonstraram oposi;o ao

 plano. Plano n;o deu muito certo e 1oulart se !oltou para as reformas.

Em %umo ao Isolamento em )34= 1oulart !oltou para as reformas de &ase principalmente a a0r8ria.

0o!erno props a apro!a;o da emenda constitucional Aue altera!a o arti0o )54 da Constitui;o e are0ulamenta;o do arti0o )5N. EnAuanto o proeto esta!a sendo considerado a esAuerda e o centro ti!eram

0randes di!er0ências. " comiss;o parlamentar recusou o proeto e a proposta de 1oulart de conciliar a

esAuerda e o centro fracassou. " aliana entre o PTB e o PKD foi rompida. EnAuanto isso o F'I e o 0o!erno

americano exi0iam um plano de esta&ili9a;o da moeda e o pa0amento das indeni9aes Js empresas

expropriadas por Bri9ola e somente por meio do arrocho salarial 1oulart mas o presidente n;o Aueria fa9er 

ent;o re0ulamentou a 6ei de %emessa de 6ucros e readaptou o Plano Trienal. /8 nesse >poca o KFICI

informa!a 1oulart do crescimento dos conspiradores e da mo&ili9a;o dos 0olpistas. Em )) de setem&ro de

)34= o KTF ul0ou e considerou inele0(!eis os sar0entos eleitos no ano anterior. s sar0entos Aue tinham asimpatia das esAuerdas e esta!am 0anhando apoio popular se re&elaram tomaram o KTF o Con0resso

 7acional a Base ">rea e o 1rupamento de Fu9ileiros 7a!ais mas lo0o foram sufocados. s seus l(deres

foram transferidos para re0ies lon0(nAuas do pa(s e o mo!imento se enfraAueceu.

Em Isolamento Presidencial o autor comea falando do depoimento de Carlos 6acerda Aue denunciou

uma infiltra;o comunista nos sindicatos e no 0o!erno e insultou /an0o. s ministros militares irritados com

o depoimento de 6acerda pressionaram o presidente para declarar estado de s(tio para Aue os ministros

militares pudessem prendê2lo. 7em a direita nem a esAuerda apoia!am a proposta do estado de s(tio. 1oulart

 procurou apoio nas esAuerdas mas as esAuerdas n;o confia!am em /an0o pois acha!am Aue o seu o&eti!o

com o estado de s(tio era derrotar a direita e depois a esAuerda. Kem o apoio dos 0rupos de esAuerda e com

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a oposi;o dos conser!adores 1oulart n;o pode prosse0uir com a sua proposta. s militares Aueriam

 prote0er a autoridade do presidente e exi0iam medidas mais r(0idas. Para eles n;o era poss(!el 0o!ernar com

0o!ernadores conspirando contra sua autoridade e insultando2o. 1oulart recusou a auda dos militares e

aca&ou perdendo o controle so&re eles e a&riu uma &recha para Aue o 0rupo ci!il2militar 0olpista 0anhasse

terreno no plano conspiratório. clima de radicali9a;o crescia e a direita e a esAuerda critica!am

arduamente o presidente por r8dio ou pela tele!is;o. 1oulart esta!a sem apoios pol(ticos. "s suas tentati!as

de concilia;o foram um total fracasso e o clima de radicali9a;o entre direita e esAuerda esta!a enorme. Por 

fim 1oulart acreditou nas foras da esAuerda e aderiu a Frente ?nica de EsAuerda.

Em 7a Canoa das EsAuerdas em maro de )345 a reali9a;o de um com(cio aconteceria. s capitalistas 8

se !olta!am contra as reformas de 1oulart 0rupos conser!adores 8 esta!am &em articulados. 1oulart

acredita!a Aue em um confronto contra os conser!adores ele e as esAuerdas sairiam !itoriosos. 7o dia do

com(cio 1oulart se aliou com as esAuerdas e pretendia le!ar a frente as mudanas econmicas socais e

 pol(ticas. Falou da necessidade de re!isar a Constitui;o Aue o 0o!erno prosse0uiria a luta pela emancipa;o

econmica e social do pa(s entre outros assuntos. "s esAuerdas acreditaram Aue a pol(tica de concilia;o

ha!ia aca&ado. "l0uns dias após o com(cio no dia de K;o /os> aconteceu a 'archa da Fam(lia com Deus

 pela 6i&erdade. Por>m as esAuerdas n;o le!aram a manifesta;o a s>rio por se tratar de pessoas da classe

m>dia e tam&>m pelo car8ter reli0ioso do e!ento. "s esAuerdas n;o acredita!am em um 0olpe !indo da

direita mas acha!am poss(!el um 0olpe !indo do presidente.

Em " !e9 dos Ku&alternos das Foras "rmadas o autor expe o confronto Aue ocorreu Auando K(l!io 'ota

 proi&iu a reali9a;o do ani!ers8rio de funda;o da "ssocia;o dos 'arinheiros e Fu9ileiros 7a!ais do Brasil.

e!ento tornou2se um e!ento rei!indicatório e K(l!io 'ota ordenou a pris;o de )< diri0entes da "ssocia;oe mais =, marinheiros e ca&os Aue or0ani9aram o encontro. "poiados pelo seu comandante COndido "ra0;o

os fu9ileiros em !e9 de prender os marinheiros aderiram a re!olta. " posi;o de "ra0;o unto com a ordem

 por 1oulart proi&indo as tropas de in!adir o Kindicato dos 'etal?r0icos fe9 com Aue K(l!io 'ota

renunciasse ao car0o. "pós um acordo os marinheiros sa(ram do Kindicato dos 'etal?r0icos e foram

condu9idos para uma pris;o. 6o0o depois foram anistiados por 1oulart. Essa anistia foi muito criticada

 pelos a0ra!ando a crise na 8rea militar.

Em Enfim o Confronto at> os militares Aue apoia!am o 0o!erno de 1oulart se sentiram desrespeitados com

seu discurso so&re os militares. "s tropas de l(mpio 'our;o comea!am a mo!imenta;o para depor1oulart. Kua estrat>0ia no entendo foi tentar con!encer os comandantes do ex>rcito a defender a

democracia. " marcha de 'our;o desarticulou as esAuerdas prendeu estudantes e a 0re!e do C1T n;o te!e

repercuss;o. Foi entre0ue ao presidente um documento di9endo Aue as reformas de &ase crist;s de

democr8ticas em &enef(cio do po!o tinham o apoio das três "rmas mas o C1T de!eria ser declarado fora da

lei. 1oulart recusou essas imposies. Com isso Kan Tia0o Dantas tentou ne0ociar o fim do conflito mas

ou!iu Aue o 0o!erno norte2americano esta!a disposto a apoiar o 0olpe e Aue inter!iria militarmente caso

fosse necess8rio. Com medo de uma 0uerra ci!il /an0o preferiu n;o resistir.

Em " Democracia por ?ltimo /or0e Ferreira comea falando Aue no dia ) de a&ril 'our;o 8 marcha!a

ruma J 1uana&ara com tropas profissionais. " resistência por parte de 1oulart n;o ocorreu. s militares

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 pressiona!am 1oulart com suas medidas mas o presidente recusou as suas exi0ências. E foi preciso Aue ele

sa(sse da 1uana&ara por falta de se0urana. " sa(da do presidente foi interpretada como uma fu0a e muitos

 &airros ricos da cidade comemoraram. Ke0undo /or0e Ferreira de9enas de lacerdistas espancaram estudantes

e incendiaram o pr>dio da G7E. 1rupos paramilitares partid8rios do 0o!ernador #6acerda$ tam&>m

in!adiram e depredaram as oficinas de Última Hora. " Federa;o 7acional dos Esti!adores dos 'ar(timos e

outras or0ani9aes sindicais tam&>m forma tomadas pelas foras 0olpistas. 'ilhares de pessoas forma

 presas. " se0uir /an0o foi para Porto "le0re. E com o presidente ainda no Brasil o presidente da COmara

declarou !a0o o car0o de presidente e con!ocou %anieri 'a99illi para assumir o car0o. "inda ha!ia

resistência por parte dos sar0entos da "eron8utica mas a tentati!a de resistência foi sufocada em poucos

dias. 1oulart n;o aceitou a proposta de resistir pois esta!a aflito com a possi&ilidade de uma 0uerra ci!il.

autor conclui Aue a Auest;o democr8tica n;o esta!a na a0enda da direita e da esAuerda e Aue o 0olpe

militar em seu in(cio foi feito com o intuito de ser contra o PTB e n;o com uma ideolo0ia militar. "

 prioridade dos militares era depor 1oulart e fa9er uma limpe9a na pol(tica.

#. A contextuali$a%&o do texto.

li!ro foi pu&licado no ano de <,,=. Q um li!ro e o texto foram escritos após o per(odo do re0ime militar.

Portanto o autor 8 o&tinha de dados e fontes para o seu estudo Aue antes n;o poderiam ser utili9adas.

'. A contextuali$a%&o do texto no debate acadê(ico.

Q importante pensar so&re a Auest;o de personali9ar a História Aue foi dito na introdu;o. Q natural pensar 

Aue o historiador !ai ser su&eti!o por ser humano e o ser humano n;o pode a&rir m;o dos seus !alores

 pessoais para escre!er mas Aue apesar disso o o&eti!o do historiador > tentar ser o mais o&eti!o poss(!el.

'as nem todos s;o historiadores e Auando o historiador &e&e em certas fontes a história pode infestada deopinies pessoais e de fantasias. Q necess8rio sempre ter o senso cr(tico para extrair dessas fontes somente o

necess8rio e n;o a fantasia. Por exemplo &uscando mais fontes so&re o assunto.

). A contextuali$a%&o do texto no te(a da aula.

Para Aue aa um di8lo0o so&re o re0ime militar > necess8rio o entendimento do per(odo Aue o antecede para

Aue assim sea poss(!el entender o porAue do 0olpe ter sido poss(!el para Aue isso sea poss(!el > fa92se

necess8rio entender Aual era o cen8rio pol(tico2social da >poca.

*. U(a avalia%&o crítica.

texto > denso contendo muitas informaes mas com uma leitura de f8cil compreens;o. Q um textodid8tico e a0rad8!el.