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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Tecnologia e suas Linguagens: Articulando a Mediação Pedagógica

Autor Irma Beatriz Gomes Vieira

Escola de Atuação Escola Estadual Santa Terezinha Ensino Fundamental

Município da escola Santo Antônio da Platina

Núcleo Regional de Educação Jacarezinho

Orientador Profa. Me. Marivete Bassetto de Quadros

Instituição de Ensino Superior UENP/CCHE/CJ

Disciplina/Área (entrada no PDE) Pedagogia

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas curriculares do Ensino Fundamental

Público Alvo Professores e alunos

Localização Escola Estadual Santa Terezinha Ensino Fundamental, situada à

Avenida Oliveira Mota, nº786. (43) 3534 2705 em Santo Antônio da

Platina – PR.

Apresentação

Para que haja mudanças em educação, precisa-se transformar as práticas pedagógicas em um processo que possibilite a linguagem entre os agentes envolvidos – professores e alunos. Frente às grandes transformações na sociedade moderna e instrumentalizada, o uso das tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) dentro do contexto pedagógico vem provocando revoluções em diversas áreas entre elas na educação. A utilização dos recursos tecnológicos se articulam na construção de práticas pedagógicas vinculadas às novas concepções que contribuem para a inclusão social, oportunizando, assim, novas maneiras de olhar a educação e a tecnologia. A inserção e a interação das tecnologias promovem e agregam novos saberes – científicos e filosóficos – ao se apropriar de uma cultura já posta e própria de uma sociedade altamente tecnológica.

Pela importância do tema torna-se relevante pensar que as tecnologias enquanto ferramentas para construção de conhecimentos contribuem para uma nova visão de educação, ampliando os espaços educativos dispostos e incorporados nas TIC.

Palavras-chave Tecnologias. Educação. Mediação. Humanização. Blogs.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANA

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

UNIDADE DIDÁTICA

PDE 2010/2011

IRMA BEATRIZ GOMES VIEIRA

TECNOLOGIAS E SUAS LINGUAGENS: ARTICULANDO

A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA – PR 2011

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IRMA BEATRIZ GOMES VIEIRA

TECNOLOGIAS E SUAS LINGUAGENS: ARTICULANDO

A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

Produção de Unidade Didát ica apresentada à Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de Polít icas e Programas Educacionais, Coordenação Estadual do PDE, para o cumprimento do segundo período do Plano Integrado de Formação Cont inuada. Orientação: Me. Marivete Bassetto de Quadros (UENP/CCHE/CJ)

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA – PR

2011

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------- 5

2 CONTEXTUALIZANDO AS TECNOLOGIAS NA PRÁTICA

PEDAGÓGICA ---------------------------------------------------------------------- 6

3 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM CONTEXTO HISTÓRICO ------ 9

4 MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR: DISCUSSÕES

E PROPOSIÇÕES --------------------------------------------------------------- 12

5 TECNOLOGIA: UM OLHAR HUMANIZADOR NO PROCESSO DA

EDUCAÇÃO ----------------------------------------------------------------------- 15

6 O BLOG: UMA CONSTRUÇÃO ARTICULADA COM A MEDIAÇÃO

PEDAGÓGICAS ------------------------------------------------------------------ 17

CONSIDERAÇÕES FINAIS ---------------------------------------------------- 25

REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------- 27

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TECNOLOGIAS E SUAS LINGUAGENS: ARTICULANDO

A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

Irma Beatriz Gomes Vieira 1

Profa. Me. Marivete Bassetto de Quadros2

1 INTRODUÇÃO

Frente às grandes transformações na sociedade moderna e

instrumentalizada, o uso das tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) dentro

do contexto pedagógico vem provocando revoluções em diversas áreas entre elas

na educação.

A utilização dos recursos tecnológicos se articulam na construção de práticas

pedagógicas vinculadas às novas concepções que contribuem para a inclusão

social, oportunizando, assim, novas maneiras de olhar a educação e a tecnologia.

A inserção e a interação das tecnologias promovem e agregam novos

saberes – científicos e filosóficos – ao se apropriar de uma cultura já posta e própria

de uma sociedade altamente tecnológica.

Pela importância do tema torna-se relevante pensar que as tecnologias

enquanto ferramentas para construção de conhecimentos, contribuem para uma

nova visão de educação, ampliando os espaços educativos dispostos e incorporados

nas TIC.

O tema ressalta o papel do computador no processo ensino-aprendizagem,

pois este amplia a diversificação de atividades a serem realizadas por professores e

alunos, nesse aspecto, a experiência pedagógica do professor e conhecimento das

técnicas de informática para a realização de trabalhos diversificados é de grande

relevância e cabe ao professor a consciência de saber o que significa a construção

de um novo conhecimento com o recurso da tecnologia no processo ensino e

aprendizagem.

Hoje, a mediação pedagógica implica em contextualizar as atividades e

envolver diferentes saberes e utilizar diferentes tecnologias.

1 Professora e Pedagoga – PDE 2010 - NRE Jacarezinho.

2 Orientadora UENP/CCHE/CJ.

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As pessoas comunicam, falam e ouvem informações, e trazem linguagens,

que estão presentes na cultura em geral e inerentes ao desenvolvimento de cada

indivíduo. O espaço educativo - a escola- também traz informações e, portanto, se

constitui em uma linguagem que expressa a proposta pedagógica da escola.

Sob este olhar, o professor deve escolher e utilizar as mídias, analisando o

contexto em que está inserido e os objetivos propostos nas Diretrizes Curriculares.

Além disso, deve se considerar que os alunos são diferentes e devem receber

estímulos diferentes do meio porque possuem afinidades diferentes. Assim a

utilização das mídias contribui para compreender as dimensões da realidade, seja

ao conectar, seja ao relacionar, seja ao acessar as informações de diferentes pontos

de vista e por muitos outros caminhos.

É importante ressaltar que o professor ainda é o ator principal quanto à

mediação do uso das tecnologias de informação, de comunicação e das linguagens

midiáticas assim contribui, com a melhoria do ensino, ao modificar a perspectiva de

educação, já que não se trata mais de transmitir a informação, mas educar para

compreender a mesma por meios das formas disponibilizadas.

2 CONTEXTUALIZANDO AS TECNOLOGIAS NA PRÁTICA

PEDAGÓGICA

Para que haja mudanças em educação, precisam-se transformar as práticas

pedagógicas em um processo que possibilite a linguagem entre os agentes

envolvidos – professores e alunos.

Atualmente as políticas públicas representadas pelo Governo do Estado do

Paraná tem introduzido em suas metas e ações o uso das novas tecnologias e suas

linguagens no âmbito escolar.

Sob esta perspectiva Kenski (2010), acrescenta que as redes de

comunicações oferecem novas e diferentes buscas, transcendendo assim, os

espaços e possibilitando o conhecer e o aprender .

Independente das tecnologias aplicadas na educação, o trabalho pedagógico

envolve processos como vivenciar as práticas, participar das atividades, compartilhar

e socializar informações.

É importante educar ao destacar a nova relação: ensinar e aprender, uma

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vivência mais aberta e democrática, participativa, ao tratar com atenção a diversidade

e o ritmo dos alunos.

Na perspectiva de Moran:

Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa,pessoa ou ideia que vemos,ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos - na família, na escola, no trabalho, no lazer etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e técnica; razão e emoção (2010, p.13).

Ensinar não é apenas usar a comunicação, mas expressar ocorrências que

vão ao encontro do aluno, usar elementos significativos inseridos na realidade do

discente,quando se amplia o conhecimento ou a informação já existente e

aproximando das dimensões educacionais propostas, sendo oportuno lembrar que

Pierre Lévy considera “[...] trabalhar quer dizer, cada vez mais, aprender, transmitir

saberes e produzir conhecimentos” (apud KENSKI, 2010, p. 47).

Sendo assim, “Aprendemos pelo interesse, necessidade. Aprendemos mais

facilmente quando percebemos o objetivo, a utilidade de algo quando nos traz

vantagens perceptíveis” (MORAN, 2009, p. 23). Aprender e ensinar requer ir além do

conteúdo das aulas, mas a disposição e a mediação do professor para ensinar e

.construir aprendizagens verdadeiras e que transponham as expectativas pessoais

de cada educador

O aluno, atualmente busca agilidade e atualidade nas informações,

compartilhando com a rede social tudo que ele necessita em tempo real e virtual ,

usando a expressão de Lévy “[...] o virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual”

(2009, p.16).

Cabe ao professor transmitir ao aluno credibilidade, facilitando a sua

comunicação e estimulando os alunos a aprender. “Aprendemos pelo prazer, porque

gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa” (MORAN, 2009, p. 24).

Através da informação e da contextualização pode-se caminhar para o

conhecimento, conhecer é relacionar, integrar, é saber, ir além, é aprofundar as

descobertas com a experiência, enfim, precisa-se conhecer para compreender e

entender o mundo melhor. “As coisas só têm limites claros no real” (LÉVY, 2009, p.

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25).

Ressaltam-se os estudos de Moran que infere: “As tecnologias nos ajudam a

realizar o que já fazemos ou que desejamos. Se somos pessoas abertas, elas nos

ajudam a ampliar a nossa comunicação; se somos fechados, ajudam a controlar

mais. Se temos propostas inovadoras, facilitam a mudança” (2009, p. 27).

O uso das tecnologias na educação busca um entendimento de religar novos

conceitos de educar e de considerar a educação. A tecnologia está à disposição de

alunos e professores, basta aprimorar os saberes, e agregar novos significados na

prática escolar.

A prática docente caracteriza o ato de educar que envolve o aluno, o

professor, as tecnologias presentes e disponíveis, a instituição escolar e o seu

entorno, possibilitando com isso um ambiente de aprendizagem favorável aos

jovens adolescentes.

As tecnologias implicam em um processo de investigação, reflexão,

descoberta e a construção de um conhecimento voltado para os alunos da

atualidade. Essa abordagem de construir o conhecimento através do computador

tem sido difundida por Papert de construcionismo (SUZUKI; RAMPAZZO, 2009).

Quanto às mudanças na prática pedagógica Behrens enfatiza que: “O desafio

aos docentes é mudar o eixo do ensinar para optar pelos caminhos que levem ao

aprender. Na realidade, torna-se essencial que professores e alunos estejam num

permanente processo de aprender a aprender” (2010, p.73).

Diante dessas prerrogativas, percebe-se o como é importante afirmar que não

existe uma receita pronta ou fórmula eficaz que garanta o sucesso das aulas, mas é

preciso pertencer ao mundo – tecnológico – e estar capacitado, informado e apto a

conduzir o aluno para o mundo em que está inserido. “Ninguém educa ninguém,

como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em

comunhão, mediatizados pelo mundo” (FREIRE,1993, p. 9).

A escola enquanto instituição responsável pelo conhecimento representa na

sociedade um espaço que oferece às novas gerações a formação do cidadão e a

capacidade de lidar com os recursos tecnológicos.

Propõe-se que o computador e a internet estejam direcionados nas práticas

diárias dos docentes, pode o professor criar uma página pessoal na internet e

compartilhando o espaço virtual, tornando-o um ponto de referência e de encontro

entre ele e os alunos (MORAN, 2010).

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As reflexões de Moran apontam para:

O re-encantamento, em fim, não reside principalmente nas tecnologias – cada vez mais sedutoras- mas em nós mesmos, na capacidade em tornar-nos pessoas plenas, num mundo em grandes mudanças e que nos solicita a um consumismo devorador e pernicioso. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas tecnologias de apoio. É frustrante, por outro lado, constatar que muitos só utilizam essas tecnologias nas suas dimensões mais superficiais, alienantes ou autoritárias (1995, p. 26).

A escola pode aproximar as mídias e tecnologias do aluno sem desumanizá-

lo. Isso se torna fácil ao criar um ambiente moderno e, ao mesmo tempo, humano e

educativo ao se utilizar as mídias e tecnologias de acordo com as práticas

pedagógicas de cada escola.

3 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM CONTEXTO HISTÓRICO 3

O surgimento e a evolução das tecnologias na sociedade e na educação

apoiam-se na história do homem e da sociedade. O ser humano por natureza evolui

e constrói meios, ferramentas, estratégias que são precedidas e transferidas de

geração a geração, para possibilitar a existência e o bem estar próprio com

resultados variantes nas estruturas da sociedade.

Diante disso, a educação também avança, perpetuando os conhecimentos

desenvolvidos pelo homem e ao contar com a escola para viabilizar a formação

humana, sendo assim capaz de interagir com as Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC).

Exige-se também a necessidade de inserir as TIC no cenário educacional,

com o comprometimento de reestruturar: as práticas pedagógicas, as políticas

públicas4 e o rompimento de velhos paradigmas.

Como afirma, Suzuki; Rampazzo:

3 Conforme as Diretrizes para o Uso de Tecnologias Educacionais (PARANÁ, 2010).

4 A definição mais conhecida continua sendo a de Laswel, ou seja, decisões e análises sobre

política pública implicam responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por que e que diferença faz (SOUZA, 2006).

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No Brasil, a aplicação da tecnologia a serviço da educação teve grande avanço nas décadas de 1960 e 1970, com o advento das máquinas de ensinar – retroprojetor, projetor de slides, microscópios e outros – reforçado pela política tecnicista que sustentava as decisões do meio educacional (2009, p.4).

Iniciam-se as primeiras ações das políticas públicas indicando a

implementação das tecnologias na educação. O MEC equipou as escolas com

recursos tecnológicos com o propósito de oferecer o acesso as informações como

está previsto na Constituição Federal no Artigo 5º em seu inciso XIV. “é assegurado

a todos o acesso à informação [...]”.

A informática teve seu início no Estado do Paraná, com a implementação do

Plano Estadual de Educação do Paraná, em 1987 com a formação do Centro de

Informática na Educação (CIED) no município da Maringá.

No ano de 1987, houve a criação dos Comitês de Assessoramento de

Informática Educativa como a finalidade de apoiar os Programas e Projetos de

Informática na Educação. Em 1992 a então chamada CIED (Centro de Informática

na Educação) passa a ser denominado Centro de Excelência em Tecnologia

Educacional (CETEPAR).

Em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de

Educação (CONSED), no ano de 1996, foi colocada uma proposta para

implementação do Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) com

a assessoria da SEED em parceria com o Ministério da Educação (MEC).

A efetivação da proposta do PROINFO se deu com a divulgação do uso de

computadores nas escolas e a criação dos Núcleos de Tecnologias Educacional

(NTEs) para atender a formação continuada de professores, ao disponibilizar os

computadores como recursos pedagógicos.

Em 1996, surge o Programa de Extensão, Melhoria e Inovação do Ensino

Médio do Paraná, (PROEM) em atendimento à Lei de Diretrizes e Base (LDB),

reestruturando-se o ensino técnico profissionalizante, inserindo nos colégios,

ambientes próprios como: bibliotecas e laboratórios de informática. Em parceria

com as Associações de Pais, Mestres e Funcionários (APMFs) foram efetivados

financiamentos para a compra dos equipamentos de informática no ano de 1998 5.

5 Essa compra ocorreu durante a Feira de Informática, evento realizado em Faxinal do Céu,

especialmente para esse fim.

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Segundo as Diretrizes para o uso de Tecnologias Educacionais (DUTE) 6, a

partir de 2003 o Estado do Paraná prioriza os princípios básicos:

[...] cria-se a política de compromisso com uma escola de qualidade cujos princípios básicos são: defesa da educação como direito de todos os cidadãos; valorização dos profissional da educação; garantia de escola pública, gratuita e de qualidade; atendimento à diversidade cultural e gestão democrática e colegiada (2010, p.7 ).

Entre as ações das políticas públicas de organizar e ampliar o uso das

tecnologias nos espaços escolares foi criado o Paraná Digital7 com a finalidade de

minimizar as diferenças e proporcionar condições para uma inclusão digital.

Foram implantados 2100 laboratórios de informática, conectados a rede

mundial de computadores graças a uma parceria da Companhia Paranaense de

Energia Elétrica (COPEL), que ampliou a malha de fibra ótica permitindo assim a

conectividade.

O sistema operacional escolhido foi o Linux software livre utilizado em todas

as escolas públicas estaduais do Paraná e 22 mil televisores multimídias com

suporte de entrada para USB, disponibilizando em todas as salas de aula e que “[...]

representou a concretização na prática pedagógica de uma política pública que

aponta para o uso de tecnologias de informação e comunicação como um diferencial

de qualidade na educação básica” (DUTE, 2010, p .9).

Em 2003, o Portal Dia a Dia Educação representou um avanço profícuo na

qualidade da educação no Paraná, pelos ambientes diferenciados em todas as

áreas de conhecimento, fonte de pesquisa e produção, tanto para professores como

alunos.

Segundo o quadro abaixo da Diretoria de Tecnologia Educacional do

Paraná/2009, pretende-se ter uma visão do avanço tecnológico do Brasil e do

Paraná, pelas ações desenvolvidas com a articulação das políticas públicas.

6 Adota-se a sigla DUTE para referir-se as Diretrizes para o uso de Tecnologias Educacionais, da

série Cadernos Temáticos organizados pela Diretoria de Tecnologia Educacional da SEED/PR. 7 O Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Educação, através da

implementação do Programa “Paraná Digital” e com o projeto “Portal Dia-a-Dia Educação” difundir o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC.

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Fonte: Diretor ia de Tecnologia Educacional do Paraná ( 2009)

Observa-se, no contexto geral, a preocupação dos gestores educacionais

com a inserção dos educadores e educandos no mundo tecnológico, porém a

resposta depende também do envolvimento e empenho do educador para se

atualizar. Pode-se notar que o governo do Estado ofereceu apoio na área

educacional há mais de década e que há respostas positivas de inserção de um

número considerável de educadores no Estado.

4 MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR: DISCUSSÕES

E PROPOSIÇÕES

No contexto escolar, o conhecimento sistematizado e elaborado

cientificamente é de responsabilidade do professor, cabendo a ele desenvolver e

articular os saberes já existentes entre os sujeitos da aprendizagem.

Para tanto é importante compreender que “o uso das tecnologias na

educação deve estar apoiado numa filosofia de aprendizagem que proporcione aos

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estudantes oportunidade de interação e, principalmente, a construção do

conhecimento” (MEC, 2007), é fundamental a evidência de que o professor

representa uma posição essencial no papel de mediador do conhecimento

especializado na área tecnológica.

Segundo as Diretrizes para o Uso de Tecnologias Educacionais (PARANÁ,

2010), a interação entre os alunos e as mídias, suas experiências, seus

conhecimentos só se tornarão significativos se o professor mediar o processo de

ensino aprendizagem.

Segundo Kenski:

As mediações feitas entre o seu desejo de aprender, o professor que vai auxiliar você na busca dos caminhos que levem à aprendizagem, os conhecimentos que são as bases desse processo e as tecnologias que vão lhe garantir o acesso a esses conhecimentos, bem como as articulações com eles configuram um processo de interação que define a qualidade da educação (2010, p.46).

Entende-se que as informações trocadas pelos alunos na rede social são

compartilhadas de forma não intencional por meio das experiências vivenciadas com

o grupo e conectadas de forma interativa.

A partir dessas perspectivas as proposições elencadas de mediação no

contexto escolar, representam um avanço no processo de aprendizagem,pois os

saberes serão resignificados e as experiências pedagógicas de professores e

alunos estarão interligadas e direcionadas a um objetivo único : o conhecimento

Evidencia-se que a utilização educacional e a presença das Tecnologias de

Informação e Comunicação não significam uma garantia de qualidade educativa

(PABLOS, 2006). Tal afirmação confirma a relação entre o professor e as

tecnologias, intervindo como mediador nos espaços de aprendizagem – os

laboratórios de informática do Paraná Digital, seja numa dimensão presencial ou

virtual, propõem otimizar formas de aprendizagens que se sustentem em ações

mediatizadas no contexto real da escola.

Como afirma Pablos,

A partir da utilização de conceitos como mediaçâo ou construção social e ativa do conhecimento, a análise das propostas interdisciplinares e o papel a desempenhar pelas tecnologias e seu

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uso nos contextos educativos ganham novos perspectiva. As TIC permitem novas possibilidades e formatos educativos, pois rompem as barreiras limitadoras das disciplinas curriculares ao permitir aprender de forma interdisciplinar e aberta (2006, p.80).

O verdadeiro desafio é acumular as experiências, ter a capacidade de mudar

as formas estagnadas e tradicionais de educação, alterar as rotina e romper as

barreiras para um avanço em direção a um novo paradigma social e repensar em

uma nova proposta, que inclua as TIC no cenário das práticas educacionais.

Libâneo afirma que:

Não só o professor tem o seu lugar, como sua presença torna-se indispensável para a criação das condições cognitivas e afetivas que ajudarão o aluno a atribuir significados às mensagens e informações recebidas das mídias, das multimídias e formas variadas de intervenção educativa urbana a valor da aprendizagem escolar está justamente na sua capacidade de introduzir os alunos nos significados da cultura e da ciência por meio de mediações cognitivas e interacionais providas pelo professor (2009, p.12).

O contexto atual exige que os docentes coloquem na prática pedagógica o

uso das tecnologias, articuladas com a incorporação das imagens, dos movimentos

e dos sons.

Percebe-se que os docentes e as equipes pedagógicas das instituições de

ensino devam conhecer e reconhecer a complexidade profunda que as tecnologias

representam na educação, ao assumir as mudanças políticas, econômicas e

sociocultural que a sociedade contemporânea implica em seu contexto.

A escola não representa, hoje, o único espaço que transfere informações,

conhecimentos, experiências vividas, culturas e valores, mas pode-se contar com

outros segmentos( família, grupos religiosos, as relações de trabalho, a mídia

televisiva e impressa) que de forma não tão intencional colocam os conhecimentos à

disposição de todos.

Masetto (2010), alega que essa nova tecnologia instiga o debate sobre a sua

utilidade, como também o posicionamento do professor e a a mediação na

aprendizagem e argumenta que o uso das tecnologias não irá resolver ou

solucionar as mazelas da educação brasileira.

A articulação e a mediação dos conhecimentos se sustentam em processos

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sociais, considerando a cultura e a história, em contra ponto, o conhecimento

depende de como cada um significa suas experiências levando o aluno e o professor

a mudanças.

Nesse sentido “a apropriação crítica da realidade significa contextualizar um

tema de estudo buscando compreender suas ligações com a prática humana”

(LIBÂNEO, 2011, p. 38), afirmação importante que enfoca uma abordagem da teoria

Histórico Crítico dos Conteúdos ao agregar a capacidade crítica e reflexiva do

pensamento. Fato relevante para aproximação da tecnologia com a mediação

pedagógica.

5 TECNOLOGIA: UM OLHAR HUMANIZADOR NO PROCESSO DA

EDUCAÇÃO

Pretende-se com essa abordagem subsidiar a construção de alguns

elementos que fundamentam a Teoria Histórica Cultural de Vygotsky, por se

entender que as tecnologias podem e devem ser colocadas no campo humano e

não só como meios e recursos ou instrumentos que fazem parte de um processo de

aprendizagem, portanto, humano. “É preciso se apropriar das experiências humana

criada e acumulada ao longo da história da sociedade” (LEONTIEV,1978 apud

MELLO, 2007, p. 88).

Ao considerar que o homem constrói todo o seu conhecimento, e que essa

articulação é experienciada pela sua história, cabe aqui, reportar ao que afirma Mello

(2007, p. 86).

Ao criar a cultura humana – os objetos, os instrumentos, a ciência, os valores, os hábitos e costumes, a lógica, as linguagens -, criamos nossa humanidade, ou seja, o conjunto das características e das qualidades humanas expressa pelas habilidades, capacidades e aptidão que foram se formando ao longo da história por meio da própria atividade humana.

As tecnologias de informação e comunicação nesse cenário ocupam uma

importante posição e representa uma “ tensão entre os educadores humanistas e os

tecnólogos” (MORAN,2009, p. 37). Foi Moran quem percebeu a importância de

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humanizar as tecnologias.

No processo de ensino e aprendizagem, percebe-se que a necessidade maior

é a união entre estes dois personagens, o humanista e o tecnólogo, deixando a

certeza de suas diferenças e abrindo possibilidades para a integração,

potencializando, assim, uma proposta inovadora inserindo as tecnologias no

contexto educacional.

Discute-se as práticas pedagógicas para a educação das novas gerações,

ambientes educacionais onde as crianças, adolescentes e jovens desafiam novas

culturas, vivenciam experiências históricas, constrói seus espaços virtuais e reais

para apropriarem de conhecimentos próprios dessa geração. “Com a Teoria

Histórica Cultural, aprendemos a perceber que cada criança aprende a ser um ser

humano” (LEONTIEV apud MELLO, 2007, p.88).

Considerando as palavras de Mello, é importante responsabilizar o processo

educativo em organizar intencionalmente as condições de apropriação das

qualidade desta nova geração, cabendo a educação formar as crianças para serem

dirigentes.

Nas “Crônicas de Educação”, de Cecília Meireles, encontra-se o seguinte

esclarecimento: “Precisamos de um ambiente de estímulos vários, onde todas as

grandes aspirações humanas se sintam acordar, e tenham o encantamento de si

mesma” (2001, p. 48).

Neste cenário é possível compreender a responsabilidade que a educação

possui deflagrando o sucesso ou fracasso da aprendizagem desta nova geração

considerando a educação como um processo humanizador.

Para Vygotsky (apud MELLO, 2007, p.95) “o momento adequado para

intervenção do educador é o momento em que determinada função está em

processo de formação e desenvolvimento”. É necessário que a educação saiba

entender estes processos e oportunizar condições para que estes possam se

desenvolver no tempo apropriado.

Considera-se a humanização da educação como um processo que se

desenvolve durante toda a vida educacional compreendendo a infância a

adolescência e a vida adulta.

Conhecer é aprender novos caminhos [...] na descoberta dos caminhos para viver, passamos por etapas de deslumbramento, de desânimo, de escuridão, de realização, de paz, de inquietação. Em

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cada etapa, o horizonte se modifica: ora vemos o arco-íris na nossa frente, ora montanhas intransponíveis (MORAN, 2009, p. 42).

Compreende-se que a inserção das tecnologias na educação redimensiona

algumas práticas e não garante o sucesso e a qualidade das aulas ou até mesmo da

educação, mas vislumbra-se novos caminhos.

6 O BLOG: UMA CONSTRUÇÃO ARTICULADA COM A MEDIAÇÃO

PEDAGÓGICA

Vive-se em plena era da tecnologia digital, assiste-se e presencia-se um

crescimento da influência dos meios de comunicação na vida e na escola. Em vista

disso a sociedade de hoje se considera tecnológica e globalizada e as instituições

de ensino devem estar preparadas para acompanhar as modificações e cumprir seu

papel nesse cenário mutante possibilitando a construção de uma escola que atenda

à inclusão digital.

Pretende-se atender a essa sociedade digital e tecnológica, buscando

recursos e estratégias pedagógicas para ampliar as possibilidades de uma

aprendizagem colaborativa em um ambiente virtual ou presencial.

O blog se caracteriza como uma ferramenta da internet, que não necessita de

conhecimentos avançados de informática para a sua criação e utilização.

As possibilidades dos blogs são grandes entre elas a hospedagem em alguns

site acontece de forma gratuitamente, permitindo disponibilizar vários recursos

como: a postagem de textos on-line, publicação de notícias, fotos, imagens e como

diários de bordo digital.

Considera-se que o [...] termo blog é um neologismo derivado da união das

palavras inglesas web(rede) e log (diário de bordo) (Introdução à Educação Digital,

2008, p. 208). O blog pode ser conceituado de forma sintética como diário de bordo

eletrônico onde seus usuários criam e postam suas ideias, relatam e compartilham

suas viagens impregnando sua impressão pessoal – perfil - e personalizando o seu

blog.

Segundo Komesu, podemos considerar a importância da interatividade no

blogs.

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A interatividade característica do suporte é evidenciada nessa produção de escritos sobre si, veiculados de maneira pública pela internet. Não se trata dos segredos do indivíduo, velados pelas práticas diaristas tradicionais. Os blogs são redigidos para que as histórias pessoais sejam compartilhadas abertamente (2004, p. 117).

Percebe-se que o aspecto estético do blog representa uma importante

preocupação, pois, esse recurso possibilita oferecer os templates, que significa, o

formato da página, com a condição de que o blogueiro possa mudar, alterar ou até

criar um novo formato à sua página.

Atualmente, busca-se inserir o blog na prática educativa como ambientes

midiáticos que são postados publicações de textos, comentários, imagens, fotos e

indicação de links para leitura. Como argumenta Lévy

Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática [...]. Escrita, leitura,visão, audição,criação, aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada ( 2010, p. 7).

O blog pode ser considerado com um espaço entre seus usuários- os

blogueiros- que possibilite e permita a discussão de ideias e comentários postados,

favorecendo e estimulando a troca de informações e a comunicação entre seus

pares assumindo assim, uma perspectiva de liberdade de pensamento e expressão.

Percebe-se que o blog amplia as possibilidades educacionais, principalmente

quando há o compartilhamento de informações e a troca de ideias de forma

colaborativa.

É preciso deixar claro qual será o encaminhamento necessário para

direcionar o uso do blog, exploração como recurso pedagógico ou como estratégia

pedagógica.

Para isso, salienta-se a representação esquemática de Gomes e Lopes

(2011):

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Blog: recurso pedagógico ou estratégia pedagógica

Fonte: Gomes e Lopes (2011)

Ressaltam-se dois tipos de exploração, [...] como recurso ocorre quando é

utilizado como um depósito de informação, onde os alunos assumem um papel

receptivo e o professor ativo (BOEIRA, 2007, p. 4)e a exploração do blog como

estratégia pedagógica, [...] os alunos não agem apenas como meros receptores de

informações e cabe ao professor mediar o processo em que os alunos realizam

atividades de pesquisa(BOEIRA, 2007, p.6).

Cabe aos sujeitos envolvidos no processo de ensino aprendizagem, promover

as possibilidades de uma aplicabilidade pedagógica para o uso do blog no ambiente

escolar, seja ele na sala de aula, no laboratório de informática ou em ambientes

externos na escola, como em suas casas, lan house e outros.

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É importante frisar, a consciência democrática do professor em conduzir suas

aulas pautadas em condições e aspectos que favoreçam e estimulem a criatividade,

a reflexão crítica e o discernimento daquilo que é certo ou errado.

Propõem-se com a construção deste material didático e como implementação

do projeto de pesquisa na escola, a criação dos blogs, especificamente direcionados

as disciplinas curriculares com a proposição de usá-los como uma nova ferramenta

que busca aliar as tecnologias com as práticas educativas.

De acordo com os quadros abaixo, do Curso de Introdução à Educação

Digital PROINFO/MEC/SEED (BRASIL, 2008), mostram os passos para criar os

blogs que serão utilizados na implementação da prática pedagógica.

Fonte: Int rodução à Educação Dig ita l PROINFO/MEC/SEED ( BRASIL, 2008)

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Fonte: Int rodução à Educação Dig ita l PROINFO/MEC/SEED ( BRASIL, 2008)

Fonte: Int rodução à Educação Dig ita l PROINFO/MEC/SEED (BRASIL, 2008)

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Fonte: Int rodução à Educação Dig ita l PROINFO/MEC/SEED ( BRASIL, 2008)

Fonte: Int rodução à Educação Dig ita l PROINFO/MEC/SEED ( BRASIL, 2008)

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Fonte: Int rodução à Educação D ig ita l PROINFO/MEC/SEED (BRASIL, 2008)

Fonte: Int rodução à Educação Dig ita l PROINFO/MEC/SEED ( BRASIL,2008)

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Fonte: Int rodução à Educação Dig ita l PROINFO/MEC/SEED ( BRASIL, 2008)

Busca-se com as orientações do curso, criar os blogs sem dificuldades

técnicas e sem muito domínio da informática, com os sete passo é possível o

professor criar seu próprio blog e inovar sua prática docente. Essa nova realidade

que se apresenta, com a inserção das tecnologias na educação, abrem-se inúmeras

possibilidades para atender os alunos, que representam hoje uma geração

digitalizada e tecnológica.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante ressaltar neste momento que a educação caminha influenciada

pelos meios de comunicação, pelos aspectos políticos e econômicos, pelos valores

culturais e sociais e pela diversidade existente na sociedade.

Atrelar as tecnologias no cotidiano das pessoas é fundamental e inevitável,

sendo imprescindível compreender a “volatilidade” e a validade das informações e a

sua repercussão tanto nas instituições de ensino como na vida social e coletiva das

pessoas.

Contudo, essa evolução, traz benefícios no modo de viver e interpretar essa

sociedade tecnológica e transitória – mutante, sendo possível observar as mudanças

nos ambientes estimulados pelas Tecnologias de Informação e Comunicação.

Cabe aos sujeitos envolvidos, professores e alunos, promoverem uma

aplicabilidade pedagógica das tecnologias em suas práticas docentes, surge

portanto, o comprometimento com as políticas públicas de uma inclusão digital que

favoreça um novo pensar em educação.

Acredita-se que o processo de inclusão digital, ainda necessita de avanços,

de pesquisas, de capacitação de profissionais da área educativa e de um

envolvimento pessoal de cada um, que acredita numa educação qualificada,

inovadora e tecnológica.

O ser humano na sua condição de agente responsável pelas mudanças e

transformações na sociedade, reflete suas expectativas, suas angústias, suas

necessidades, seus sonhos e suas esperanças de um mundo melhor.

Busca-se nesta pesquisa, apontar algumas possibilidades para o uso das

Tecnologias de Informação e Comunicação na educação em especial em disciplinas

curriculares do ensino fundamental das séries finais, fica evidente a necessidade de

direcionar um recurso, neste estudo ressalta-se o blog como ferramenta que será

inserida no contexto educacional.

Reafirma-se a importância de se abrirem espaços para reflexões e

discussões sobre os ambientes virtuais e reais oferecidos pela mídia aos

educadores e educandos. Espera-se também que os professores jamais fiquem

desatualizados e que aproveitem estratégias das esferas tecnológicas oferecidas e

acessadas com mais frequência pelos alunos para fazer delas os instrumentos de

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ensino para que este torne-se mais agradável e proveitoso para ambos.

Assim a escola pode inserir nas mídias e nas tecnologias do aprendiz sem

torná-lo insensível e desumano. Quando a escola oferece o suporte tecnológico

dentro do comportamento midiático moderno, torna-se mais fácil a utilização das

mídias e das tecnologias de acordo com as práticas pedagógicas de cada escola.

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