indicadores educacionais

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70 INDICADORES EDUCACIONAIS: COMPARABILIDADE INTERNACIONAL, DEFINIÇÕES, INTERPRETAÇÃO E FONTES DE DADOS 1 . Maria Coleta F. A. de Oliveira 2 Tirza Aidar 3 INTRODUÇÃO Este trabalho reúne as propostas de indicadores educacionais elaboradas pela equipe do Núcleo de Estudos de População – NEPO/Unicamp, a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP, em 1998, como parte de um projeto mais amplo encomendado a este Núcleo e ao Núcleo Interno de Economia Social, Urbana e Regional – NESUR, do Instituto de Economia da Unicamp. O trabalho teve como escopo propor um conjunto de indicadores que oferecessem a possibilidade de comparar a situação educacional brasileira no contexto dos demais países do mundo. A compatibilidade internacional de indicadores, de variada natureza, tornou-se exigência crescente frente ao desenvolvimento e importância da cooperação técnica multilateral, especialmente tendo em vista a constituição de blocos de países com finalidades de redução das barreiras econômicas e culturais entre as Nações. No que concerne à educação, projetos desenvolvidos no âmbito da UNESCO/OECD tem insistido na importância do desenvolvimento de indicadores que, além de adequados às realidades de cada país, permitam a comparação sistemática das diversas dimensões relevantes da educação. Esta orientação tem encontrado crescente acolhida, especialmente face à urgência de que os países atinjam níveis educacionais compatíveis com as exigências da complexidade social, econômica e política do mundo contemporâneo. 1 Versão revisada do Relatório final, vol. III do Subprojeto IV “Produção de Indicadores Para Estados e Regiões” no Projeto “Desenvolvimento e Análise de Estatísticas e Indicadores Educacionais”. Julho/1999 NESUR e NEPO/UNICAMP, INEP/MEC/Brasília. 2 Demógrafa, Profa. do Instituto de Filosofia de Cências Humanas, UNICAMP, pesquisadora do Núcleo de estudos de População, NEPO/UNICAMP. 3 Pesquisadora do Núcleo de estudos de População NEPO/UNICAMP e doutorando em Demografia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas IFCH/UNICAMP.

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Indicadores educacionais

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  • 70

    INDICADORES EDUCACIONAIS: COMPARABILIDADE INTERNACIONAL,

    DEFINIES, INTERPRETAO E FONTES DE DADOS1.

    Maria Coleta F. A. de Oliveira2

    Tirza Aidar3

    INTRODUO

    Este trabalho rene as propostas de indicadores educacionais elaboradas pela equipe do

    Ncleo de Estudos de Populao NEPO/Unicamp, a pedido do Instituto Nacional de

    Estudos e Pesquisas Educacionais INEP, em 1998, como parte de um projeto mais amplo

    encomendado a este Ncleo e ao Ncleo Interno de Economia Social, Urbana e Regional

    NESUR, do Instituto de Economia da Unicamp.

    O trabalho teve como escopo propor um conjunto de indicadores que oferecessem a

    possibilidade de comparar a situao educacional brasileira no contexto dos demais pases do

    mundo. A compatibilidade internacional de indicadores, de variada natureza, tornou-se

    exigncia crescente frente ao desenvolvimento e importncia da cooperao tcnica

    multilateral, especialmente tendo em vista a constituio de blocos de pases com finalidades de

    reduo das barreiras econmicas e culturais entre as Naes. No que concerne educao,

    projetos desenvolvidos no mbito da UNESCO/OECD tem insistido na importncia do

    desenvolvimento de indicadores que, alm de adequados s realidades de cada pas, permitam a

    comparao sistemtica das diversas dimenses relevantes da educao. Esta orientao tem

    encontrado crescente acolhida, especialmente face urgncia de que os pases atinjam nveis

    educacionais compatveis com as exigncias da complexidade social, econmica e poltica do

    mundo contemporneo.

    1 Verso revisada do Relatrio final, vol. III do Subprojeto IV Produo de Indicadores Para Estados e Regies no Projeto Desenvolvimento e Anlise de Estatsticas e Indicadores Educacionais. Julho/1999 NESUR e NEPO/UNICAMP, INEP/MEC/Braslia. 2 Demgrafa, Profa. do Instituto de Filosofia de Cncias Humanas, UNICAMP, pesquisadora do Ncleo de estudos de Populao, NEPO/UNICAMP. 3 Pesquisadora do Ncleo de estudos de Populao NEPO/UNICAMP e doutorando em Demografia no Instituto de Filosofia e Cincias Humanas IFCH/UNICAMP.

  • 71

    Os avanos obtidos pelo INEP na produo e tratamento das informaes

    educacionais brasileiras, com a introduo de mecanismos inovadores de aferio do

    desempenho do sistema educacional, so evidentes. Contudo, as diferenas nas metodologias

    empregadas pelos diversos sistemas e organismos produtores de dados relevantes e as

    crescentes demandas por indicadores adequados ao estabelecimento de comparaes com

    outros pases, requeriam um esforo adicional. De fato, em perodo recente, o Brasil passou a

    integrar o grupo de pases envolvidos no projeto Indicators of Education Systems INES no

    mbito da OECD/UNESCO, requerendo a compatibilizao de informaes relativas

    educao no pas.

    Os indicadores aqui reunidos constituem um aporte nesta direo. O trabalho

    envolveu, fundamentalmente, uma avaliao das sugestes de indicadores educacionais

    formuladas pela UNESCO/OECD ou por pases participantes dos acordos por ela liderados,

    levando em conta as fontes de dados existentes, suas caractersticas e a especificidade das

    condies brasileiras. Esses critrios orientaram a seleo feita partir da grande quantidade de

    indicadores sugeridos no mbito dos trabalhos da UNESCO/OECD, bem como as

    adaptaes introduzidas. Nesse processo, contou-se com a colaborao ativa de tcnicos do

    INEP, especialmente de sua Diretoria de Informaes e Estatsticas Educacionais,

    incorporando-se o conhecimento e a sensibilidade por eles desenvolvida no trato das questes

    relativas ao sistema educacional brasileiro, de modo a encontrar alternativas que melhor

    atendessem aos objetivos perseguidos. Desse trabalho resultou um conjunto de indicadores,

    detalhados e comentados nessa publicao. Caber ao tempo e ao uso por parte dos

    interessados na avaliao comparativa do sistema educacional brasileiro o aprimoramento das

    medidas aqui sugeridas e a proposio de outras.

    Este trabalho contempla definies, avaliaes, propostas e discusso sobre os

    indicadores bsicos e mais comumente utilizados. Nesta escolha foram tambm consideradas a

    disponibilidade e a qualidade das fontes de dados.

    Para a produo dos indicadores que visem somente a comparabilidade internacional,

    deve-se seguir as recomendaes da OECD. Caso contrrio, ser necessrio avaliar a

    importncia e o significado de cada um dentro do contexto scio, econmico, demogrfico e

    educacional brasileiro. Em qualquer situao deve-se ter sempre presente as possibilidades das

  • 72

    fontes de dados no que se refere s desagregaes regionais, grupos populacionais e

    caractersticas do sistema educacional.

    A apresentao dos indicadores est estruturada em 4 captulos, obedecendo

    basicamente estrutura utilizada no relatrio internacional Education at a Glance - OECD

    Indicators (1997), discriminados a seguir:

    Captulo A: Contexto Demogrfico, Social e Econmico da Educao.

    Captulo B: Infra Estrutura da Educao.

    Captulo C: Acesso e Participao no Sistema Educacional.

    Captulo D: Resultados da Educao no Mercado de Trabalho.

  • 73

    CAPTULO A.

    CONTEXTO DEMOGRFICO, SOCIAL E ECONMICO DA EDUCAO.

    A1 POPULAO JOVEM.

    FONTES: IBGE- Censos Demogrficos, Contagem Populacional (1996) e

    Projees Populacionais.

    A1.1 Tamanho Relativo da Populao Jovem.

    Porcentagem da populao na idade (a), no total da populao no perodo:

    POP

    POPa 100

    a=0-4; 5-9; 10-14; 15-19; 20-24; 25-29; 5-29;

    Do ponto de vista scio-demogrfico, o conhecimento do montante da populao

    jovem, assim como de seu peso na populao como um todo, de indiscutvel relevncia para

    os formuladores de polticas educacionais e para aqueles que buscam avaliar e discutir

    resultados destas polticas com respeito demanda ou com relao populao afetada por tais

    polticas.

    O conhecimento das tendncias observadas no tempo e das projees de demandas

    futuras de suma importncia e deve ter por base metodologia homognea e comparvel, de

    preferncia oficial, quando desagregadas por Grandes Regies, Unidades da Federao e/ou

    Municpios.

    A desagregao em faixas etrias acima sugerida, busca identificar grupos

    populacionais com demanda especfica com relao a diferentes nveis de ensino. Esta

    desagregao excede sugesto da OECD, que inclui apenas os seguintes grupos etrios: 5 a

    29, 5 a 14, 15 a 24 e 25 a 29 anos de idade.

  • 74

    A2 NVEL DE INSTRUO DA POPULAO ADULTA.

    FONTES: IBGE- Censos Demogrficos e Contagem Populacional (1996) para os nveis de

    agregao de Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas, Municpios,

    Distritos e Setores Censitrios.

    IBGE- PNADs para os nveis de agregao das Grandes Regies, Unidades da

    Federao e Regies Metropolitanas.

    A2.1 Distribuio da Populao Adulta por Nvel de Instruo .

    Proporo da populao na faixa etria (a) com nvel de instruo (i), no

    total da populao da faixa etria.

    a

    ia

    POP

    POP ,

    i = Nenhum; Fundamental Incompleto; Fundamental Completo; Ensino Mdio

    Completo; Superior. (os resultados por faixa etria ajudam

    a=25-64; 25-34;35-44;45-54;55-64;

    Tanto os Censos Demogrficos quanto as Pesquisas Nacionais por Amostra de

    Domiclios (PNADs anuais), so fontes de informao para esse indicador. A desagregao

    em nveis inferiores s Unidades da Federao como, por exemplo, Municpios, s possvel

    com informaes censitrias. As fontes mais recentes e disponveis no presente momento so

    a Contagem Populacional de 1996 e a PNAD do ano de 1999.

    As PNADs contm informaes bastante detalhadas sobre a escolaridade dos

    indivduos, permitindo diversas agregaes conforme os objetivos perseguidos. possvel, por

    exemplo, conhecer o nvel de analfabetismo, a importncia de cursos de alfabetizao de

    adultos e do atendimento pelos cursos supletivos. Estas informaes no foram contempladas

    nesta proposta, pois so muito especficas para efeitos de comparabilidade internacional.

  • 75

    Discusso detalhada sobre esta fonte est disponvel no Relatrio Construo do Banco de

    Dados Educacionais para o Brasil (1996), segundo padro OECD.

    A avaliao de tendncias de mudanas no tempo obtida atravs da comparao das

    distribuies segundo o nvel de instruo de duas coortes adultas. Com esse objetivo a OECD

    prope em 1996 a comparao entre a populao adulta de 25 a 64 anos de idade, com a

    populao adulta mais jovem, de 25 a 34 anos. Mais recentemente, em 1997, a OECD utiliza

    em seu relatrio a comparao entre as faixas extremas de 24 a 34 e 55 a 64.

    Em pases como o Brasil, que assistiram a intensas mudanas educacionais nas ltimas

    dcadas, as alteraes no tempo podem ser melhor visualizadas quando so comparadas

    coortes extremas , j que a populao adulta exibe formao educacional bastante heterognea.

    Em vista disso, e como proposta para a elaborao de futuros relatrios e/ou estudos

    em nvel nacional, este indicador deveria incluir faixas etrias distintas, como 25-34 55-64.

    A2.2 Diferena no Tempo da Escolarizao da Populao Adulta.

    Comparao da proporo da populao na faixa etria (a) com nvel de instruo (i),

    no total da populao da faixa etria (a) com a proporo na faixa etria (b) com

    nvel de instruo (i), no total da populao da faixa etria (b).

    b

    ib

    a

    ia

    POP

    POP

    POP

    POP 100100 ,,

    i = no mximo Fundamental Completo (Nenhuma Instruo 8 srie do 1 Grau); no

    mnimo Ensino Mdio Completo (com pelo menos a 3 srie do 2 Grau concluda).

    a=25 a 34 anos; b= 55 a 64 anos.

    Este segundo indicador construdo pela diferena entre as duas coortes extremas (25

    a 34 e 55 a 64) com respeito proporo daqueles que atingiram no mximo o Ensino

    Fundamental completo e no mnimo o Ensino Mdio Completo.

    A diferena das propores entre as duas coortes adultas permite evidenciar com maior

    clareza as mudanas ocorridas quanto escolaridade da populao ao longo do tempo,

    utilizando para isso fonte de dados com informao do tipo transversal para um nico

    perodo.

  • 76

    A2.3 Tempo Mdio de Escolaridade (Anos de Estudo ou Nmero de Sries Concludas)

    i

    i a

    iaA

    POP

    POP

    ,

    iA = Tempo terico (em nmero de anos) para atingir nvel de escolaridade (i).

    i= 1, 2,..., 8 do Fundamental; 1 , 2 , 3 do Ensino Mdio; 1, 2, ....do superior.

    por sexo e faixas etrias a=25-34;55-64;25-64

    Tempo terico: so computados os anos teoricamente necessrios para completar-se

    uma determinada srie, ainda que, de fato, o indivduo tenha despendido mais tempo para

    complet-lo (devido repetncia e/ou ao abandono) ou menos tempo, (por meio dos cursos

    Supletivos).

    Este indicador se apresenta como uma alternativa mais resumida para avaliao dos

    nveis de instruo da populao adulta. Enquanto o indicador A.2.1 se refere distribuio da

    populao adulta segundo o nvel de instruo (obtendo-se uma proporo para cada nvel de

    instruo) o indicador A.2.3 se apresenta com um nico nmero que a mdia de sries

    completas para o grupo populacional de interesse. Ambos podem ser obtidos para diferentes

    grupos populacionais (diferentes coortes, sexos e regies geogrficas).

    A3. DIFERENAS ENTRE OS SEXOS QUANTO AO NVEL DE INSTRUO.

    FONTES: IBGE- Censos Demogrficos e Contagem Populacional (1996) para os nveis de

    agregao de Grandes Regies, Unidades da Federao Regies Metropolitanas, Municpios,

    Distritos e Setores Censitrios.

    IBGE- PNADs para os nveis de agregao das Grandes Regies, Unidades da

    Federao e Regies Metropolitanas.

    A OECD denomina o grupo A3 de indicadores de "Gender differences in

    educational attainment of the adult population". Estes indicadores se baseiam em diferenas

    das propores de populao feminina e masculina com determinados nveis de instruo.

  • 77

    A3.1 Proporo de Mulheres na Populao, por Nvel de Instruo e Faixa Etria.

    ia

    iaf

    POP

    POP

    ,

    ,, 100

    iafPOP ,, = Populao feminina com idade a e nvel de instruo i.

    i = Nenhuma Instruo; Fundamental Incompleto; Fundamental Completo; Ensino Mdio

    Completo; Superior ou mais. (os resultados por faixa etria ajudam

    a=25-64; 25-34;35-44;45-54;55-64.

    A proporo acima indica a participao da populao feminina no total da populao

    com determinada idade e nvel de instruo. Porm, este indicador sensvel a variaes no

    padro de mortalidade de homens e mulheres, bem como migrao, por seus impactos na

    estrutura por sexo e idade. Deve ser, portanto, utilizado em conjunto com a estrutura por sexo

    da populao das faixas etrias contempladas (25-64; 25-34;35-44;45-54;55-64).

    A3.2 Distribuio da Populao de Feminina segundo o Nvel de Instruo.

    af

    iaf

    POP

    POP

    ,

    ,, 100

    iafPOP ,, = Populao feminina com idade a e nvel de instruo i.

    a=25-34;55-64

    i= Ensino Mdio Completo; Nvel Superior ou mais.

    A3.3 Distribuio da Populao de Masculina segundo o Nvel de Instruo.

    am

    iam

    POP

    POP

    ,

    ,, 100

    iamPOP ,, = Populao masculina com idade a e nvel de instruo i.

    a=25-34;55-64

    i= Ensino Mdio Completo; Nvel Superior ou mais.

  • 78

    A3.4 Diferena entre os Sexos na Proporo da Populao com o determinado Nvel de

    Instruo.

    af

    iaf

    am

    iam

    POP

    POP

    POP

    POP

    ,

    ,,

    ,

    ,, 100100

    a=25-34; 55-64.

    i= no mximo o Ensino Fundamental completo; pelo menos o Ensino Mdio completo;

    Ensino Superior completo ou mais.

    As diferenas entre as propores de homens e mulheres com nvel superior indicada

    pela OECD para comparaes Internacionais. Porm, no Brasil em 1996 (PNAD96), apenas

    7% da populao adulta (25 a 64 anos) tinha Nvel Superior completo e nada menos que 65%

    tinha, no mximo, o Fundamental incompleto. Em vista disso, recomenda-se que as

    comparaes temporais e por sexo sejam tambm efetuadas para nveis de instruo mais

    baixos, como por exemplo as propores populacionais com no mximo Ensino

    Fundamental completo e com pelo menos Ensino Mdio completo.

    A4. NVEL DE INSTRUO E POPULAO ECONOMICAMENTE ATIVA.

    FONTE: IBGE- PNADs para os nveis de agregao segundo Grandes Regies, Unidades da

    Federao e Regies Metropolitanas.

    Neste grupo de indicadores esto inseridas informaes sobre a distribuio da

    populao economicamente ativa e de taxas de desemprego, segundo escolaridade e sexo da

    populao adulta.

    Nas propostas da OECD e em vrios relatrios internacionais, estes indicadores so

    calculados somente para a populao adulta como um todo (25 a 64 anos), com desagregao

    por sexo. A Espanha prope avaliaes mais desagregadas por idade, de maneira a contemplar

    as populaes mais jovens.

    Para o Brasil, nos indicadores relativos s taxas de participao (PEA), sugerimos

    tambm a desagregao em grupos de idade, com incluso de faixas etrias mais jovens, dada a

  • 79

    importncia da avaliao das inter-relaes entre as transformaes do mercado de trabalho e

    no sistema educacional e da relevncia da participao da populao jovem e adulta, mais ou

    menos educada, no trabalho.

    A Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) oferece as informaes

    sobre educao e trabalho necessrias para o clculo de indicadores deste grupo, com

    abrangncia nacional e regional, em nvel de Unidades da Federao e Regies Metropolitanas,

    com comparabilidade temporal.

    Para a identificao da populao economicamente ativa (PEA), sugere-se, alm das

    definies atuais, tambm a adoo de procedimento de compatibilizao das PNADs da

    dcada de 90 com os critrios adotados pelas PNADs da dcada de 80. Estas se utilizam de

    critrios mais estritos para a definio do conceito de trabalho, excluindo situaes

    ocupacionais que passam a ser computadas nos levantamentos dos anos 90, tais como:

    construo para o prprio uso, produo para o prprio consumo e trabalho no remunerado

    com menos de 15 horas semanais. Esta compatibilizao faz-se essencial quando se pretende

    fazer comparaes de dados em srie histrica incluindo os anos 80.4

    O procedimento para construo das categorias de atividade e da Populao

    Economicamente Ativa (PEA) esto disponveis no relatrio Construo do Banco de Dados

    Educacionais para o Brasil (1996), segundo padro OECD5 .

    4 Discusso mais detalhada sobre o assunto em: A pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio-Pnad Sntese Metodolgica de Claudio Salvador Dedecca, ensaio produzido para projeto de pesquisa Iesp/Fundap-Ipea, Dezembro, 1997. 5 Relatrio final, vol. I do Subprojeto IV Produo de Indicadores Para Estados e Regies no Projeto Desenvolvimento e Anlise de Estatsticas e Indicadores Educacionais. Julho/1999 NESUR e NEPO/UNICAMP, INEP/MEC/Braslia.

  • 80

    A4.1 Distribuio da Populao Adulta Economicamente Ativa (PEA) segundo o Nvel de

    Instruco, por sexo e idade.

    a

    ia

    PEA

    PEA 100,

    por sexo; a=25-64;

    i = Nenhum; Fundamental Incompleto; Fundamental Completo; Ensino Mdio Completo;

    Superior.

    A4.2 Taxa de Participao da Populao Adulta (PEA/PIA) por Idade e Nvel de

    Escolaridade.

    a

    ia

    POP

    PEA 100,

    por sexo; a=25-64;

    i = Nenhum; Fundamental Incompleto; Fundamental Completo; Ensino Mdio

    Completo; Superior.

    Como descrito acima, a proposta bsica da OECD, para os indicadores A4.1 e A4.2,

    contempla somente a faixa adulta geral de 25 a 64 anos, e os nveis de instruo: Nenhum,

    Fundamental Incompleto, Fundamental Completo, Ensino Mdio Completo e Nvel

    Superior.

    Entretanto, considerando que, hoje no Brasil, ainda so observados baixos nveis de

    instruo da populao adulta e ainda, levando em conta os problemas com o tamanho da

    amostra da PNAD6, principalmente para a populao adulta mais velha com nveis de instruo

    mais altos, para elaborao de relatrios e anlises com desagregao por Unidades da

    Federao, recomenda-se que este indicador seja calculado considerando-se a seguinte

    agregao de nveis de instruo:

    de 0 a 3 anos de instruo (antigo primrio incompleto),

    6 Relatrio final, vol. II do Subprojeto IV Produo de Indicadores Para Estados e Regies no Projeto Desenvolvimento e Anlise de Estatsticas e Indicadores Educacionais. Julho/1999 NESUR e

    NEPO/UNICAMP, INEP/MEC/Braslia.

  • 81

    de 4 a 7 anos de instruo (antigo primrio completo porm sem finalizar o

    ensino Fundamental),

    Nvel Fundamental Completo (8, 9 e 10 anos de instruo) e

    Pelo menos nvel Mdio Completo (11 anos ou mais).

    Ainda a srie com os nveis de instruo sugeridos acima, para a faixa etria nica de 25

    a 64 anos, a amostra da PNAD insuficiente para clculo destes indicadores para os estados da

    Regio Norte, devendo ser computados para o conjunto da Grande Regio Norte.

    Caso seja necessria a elaborao de comparaes de diferentes coortes, sugere-se que,

    em nvel de Grandes Regies se utilize as coortes extremas: 25 a 34 e 55 a 64 anos. Porm,

    para desagregao em nvel de Unidades da Federao, alm do agrupamento dos estados da

    Regio Norte, as faixas etrias devem ser maiores: de 25 a 44 e 45 a 64 anos, de maneira que

    se garanta a representatividade amostral em todos os nveis de instruo e para ambos os

    sexos.

    A4.3 Tempo de Vida Esperado na Condio de Ocupado, Desocupado e Inativo, da

    populao entre 25 e 64 anos, por nvel de instruo

    O Relatrio Education at a Glance OECD Indicators de 1997 no utiliza as

    propores A4.1 e A4.2, e sim um terceiro indicador referente ao Nmero mdio de anos

    (Tempo) esperado como Ocupado, Desocupado e Inativo, entre as idades de 25 e 64, por nvel

    de instruo (A4.3).

    Este indicador busca avaliar o tempo mdio, ao longo da vida adulta, que a populao

    passaria como empregado (ocupado), desempregado (desocupado) ou inativo, sob as

    condies atuais do mercado de trabalho.

    O indicador oferece uma aproximao, elaborada com base em informaes

    transversais de um s momento, do que se esperaria que ocorresse com as pessoas de 25 anos

    at alcanarem a idade de 64 anos se o mercado de trabalho se mantivesse constante ao longo de 40 anos.

    Esses 40 anos so divididos em tempo despendido em cada uma das 3 categorias de ocupao.

    Ou seja, os indivduos de 25 anos passaro parte deste tempo como ocupados, parte como

  • 82

    desocupados e parte como inativos. A soma do tempo vivido nas trs categorias completa os

    40 anos entre as idades de 25 e 64 anos.

    A OECD recomenda o clculo para 3 nveis de instruo: No Mximo Ensino

    Fundamental Completo, Ensino Mdio Completo e Nvel Superior ou mais. Porm,

    pelos mesmos motivos referentes escolaridade da populao adulta brasileira e das

    caractersticas amostrais da PNAD, comentados anteriormente, sugerimos que, para o Brasil,

    este indicador seja calculado somente em nvel de Grandes Regies e para os seguintes nveis

    de instruo:

    de 0 a 3 anos de instruo (antigo primrio incompleto),

    de 4 a 7 anos de instruo (antigo primrio completo porm sem finalizar o

    ensino Fundamental),

    Nvel Fundamental Completo (8, 9 e 10 anos de instruo) e

    Pelo menos nvel Mdio Completo (11 anos ou mais).

    A4.3.1 Tempo de Vida Esperado na Condio de Ocupado da populao entre

    25 e 64 anos, por nvel de instruo.

    ia

    iao

    aPOP

    POP

    ,

    ,, 1005

    iaoPOP ,, = Populao Ocupada com idade a e Nvel de Instruo i.

    a= 25-29; 30-34; 35-39; 40-44; 45-49; 50-54; 55-59; 60-64.

    i= No mximo ensino Fundamental Completo, Ensino Mdio Completo e Nvel Superior ou

    mais.

  • 83

    A4.3.2 Tempo de Vida Esperado na Condio de Desocupado da populao entre

    25 e 64 anos, por nvel de instruo.

    ia

    iad

    aPOP

    POP

    ,

    ,, 1005

    iadPOP ,, = Populao Desocupada com idade a Nvel de Instruo i.

    a= 25-29; 30-34; 35-39; 40-44; 45-49; 50-54; 55-59; 60-64.

    i= No mximo ensino Fundamental Completo, Ensino Mdio Completo e Nvel Superior ou

    mais.

    A4.3.3 Tempo de Vida Esperado na Condio de Inativo da populao entre

    25 e 64 anos, por nvel de instruo.

    ia

    ian

    aPOP

    POP

    ,

    ,, 1005

    ianPOP ,, = Populao Inativa com idade a Nvel de Instruo i.

    a= 25-29; 30-34; 35-39; 40-44; 45-49; 50-54; 55-59; 60-64.

    i= No mximo Ensino Fundamental completo, Ensino Mdio completo e Nvel Superior ou

    mais.

    muito importante que os indicadores A4.3 sejam avaliados separadamente para os

    dois sexos, pois as caractersticas de insero no mercado de trabalho das mulheres so

    bastante diferentes das dos homens. A figura 1 mostra a diferena entre os sexos na estimativa

    do tempo mdio como ocupado e como inativo.

  • 84

    Figura 1: Tempo de Vida Esperado na Condio de Ocupado e Inativo da populao entre 25

    e 64 anos, por nvel de instruo e sexo. Brasil, 1996.

    FONTE: IBGE/PNAD 1996. Tabulaes especiais NEPO/UNICAMP.

    Segundo os dados da PNAD de 1996 - supondo constante os padres do mercado

    de trabalho durante 40 anos esperar-se-ia que os homens de 25 anos vivessem at seus 64

    anos de idade, em torno de 33 anos como Ocupados, independente do nvel de instruo. J

    para as mulheres, o mesmo indicador varia positivamente conforme cresce o nvel de

    escolaridade, indo de 15 anos para aquelas com menos de 4 anos de estudo, at 25 anos para a

    populao feminina com 11 anos ou mais de escolaridade. Situao inversa se observa para o

    tempo como Inativo, mantendo-se constante em torno de 5 anos para os homens, e

    decrescente para as mulheres, acompanhando o aumento na escolaridade feminina.

    De qualquer maneira, como mencionado anteriormente, a suposio de constncia

    nos padres do mercado de trabalho por 40 anos muito forte e este indicador deve ser

    interpretado com cuidado.

    Ocupado

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    0_3 4_7 8_10 11MAIS

    Anos de Estudo

    HOMENS MULHERES

    Inativo

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    0_3 4_7 8_10 11MAIS

    Anos de Estudo

    HOMENS MULHERES

    Desocupado

    0,0

    0,4

    0,8

    1,2

    1,6

    2,0

    0_3 4_7 8_10 11MAIS

    Anos de Estudo

    HOMENS MULHERES

  • 85

    CAPTULO B.

    INFRA ESTRUTURA E DOCENTES.

    Os indicadores de infra estrutura buscam oferecer informaes sobre a rede escolar,

    envolvendo tamanho, salas de aula e caractersticas do corpo docente.

    Com poucas excees, as principais fontes de dados para a produo destes indicadores

    so o Censo Escolar, o Censo do Ensino Superior e o Censo do Professor

    (MEC/INEP/SEEC), que contm informaes detalhadas para os quatro tipos de rede,

    Federal, Estadual, Municipal e Particular, com possibilidade de informao por situao Rural-

    Urbana, Municpio e por escolas.

    B1 NMERO, FORMAO E SALRIO DE DOCENTES.

    FONTE: MEC/INEP/SEEC - Censo Escolar , Censo do Ensino Superior e Censo do

    Professor (s para 1997). Para os nveis de agregao segundo Grandes Regies,

    Unidades da Federao , Municpios, Distritos e Estabelecimento.

    IBGE- PNADs para os nveis de agregao segundo Grandes Regies, Unidades da

    Federao e Regies Metropolitanas.

    A OECD prope o clculo da proporo da populao ocupada na rea da educao

    (em funo Docente, setores administrativos e de apoio em geral), no total da populao

    ocupada. Os dados da PNAD permitem identificar na populao ocupada aqueles ocupados

    como Docentes, tanto como ocupao principal, quanto como ocupao secundria, o nvel de

    ensino em que trabalham, carga horria semanal na funo, rendimento mensal e nvel de

    instruo. Entretanto, com as atuais fontes de informao, no se pode identificar outras

    ocupaes no sistema educacional.

  • 86

    B1.1 Proporo de Populao Ocupada como Professor

    o

    j

    POP

    PROF 100

    jPROF = Populao Ocupada como Professor do nvel de ensino j

    oPOP = Populao Ocupada

    j =Professor da Pr Escola; Professor do Ensino Fundamental; Professor do

    Ensino Mdio; Professor do Ensino Superior.

    O total da populao ocupada obtido pela PNAD e o nmero de docentes por nvel

    de ensino pode ser extrado tambm da PNAD e dos Censos Escolar e do Ensino Superior.

    No caso da PNAD esta informao obtida atravs das questes sobre as funes exercidas

    no trabalho principal e no trabalho secundrio. Portanto, se uma pessoa exerce a funo de

    docente nos dois casos, esta pode ser contabilizada mais de uma vez e/ou em mais de um nvel

    de ensino. Por outro lado, a utilizao da informao somente sobre o trabalho principal pode

    subestimar o nmero de ocupados exercendo a funo docente.

    Utilizando informaes da PNAD 1996 (variveis V9906 e V9990 - cdigos e nomes

    referentes s ocupaes de professor, Quadro 1 em anexo), foi levantado o nmero de

    indivduos com ocupao principal e/ou secundria de Docente. Os resultados foram

    comparados queles provenientes do Censo Escolar e do Ensino Superior (Tabela 1 e Figura

    2).

  • 87

    Tabela 1: Populao Ocupada como Docente por Nvel de Ensino, segundo a PNAD de

    1996 e os Censos Escolar e do Ensino Superior de 1996. Brasil.

    (a) Proporo (%) (b) Distribuio por Nvel

    Nvel de Ensino

    PNAD96 Pop. Ocupada

    Como Docente

    CENSO

    ESCOLAR/96

    % (b-a)/b PNAD

    1996

    C.ESC.

    1996

    Pr-Escola Infantil 207.127 0,32 219.517 5,64 9,26 10,54

    1 a 4 srie do

    Fundamental

    943.958 1,47 776.537 -21,56 42,19 37,28

    5 a 8 srie do

    Fundamental

    451.384 0,70 611.710 26,21 20,17 29,37

    Sem Declarao de Srie

    no Fundamental

    119.928 0,19 - - 5,36 -

    1 a 8

    no Fundamental

    1.515.270 2,35 1.388.247 -9,15 67,72 66,65

    Ensino Mdio 366.716 0,57 326.827 -12,20 16,39 15,69

    Superior 148.431 0,23 148.320 -0,07 6,63 7,12

    Total de Docentes 2.237.544 3,47 2.082.911 -7,42 100,00 100,00

    Outras Ocupaes 62.157.423 96,50

    Total de Ocupados

    (10 anos ou mais)

    64.414.778 100,00

    (a) Obtido para a populao com 10 anos ou mais. As pessoas com declarao na ocupao principal e secundria nas categorias de professor foram contabilizadas 2 vezes. (b) Se o Docentes trabalha em mais de uma escola este contabilizado mais de uma vez.

    FONTE: IBGE/PNAD96/ Tabulao NEPO/UNICAMP. MEC/INEP/ Censo Escolar e Censo do Ensino Superior.

  • 88

    FIGURA 2: Proporo de Populao Ocupada como Docente por Nvel de Ensino, segundo

    a PNAD de 1996 e os Censos do Ensino Bsico e Superior de 1996. Brasil, 1996.

    FONTE: Tabela 1.

    Comparando-se as estimativas provenientes da PNAD com as informaes referentes

    aos Censos do Ensino Bsico e Superior do ano de 1996, observa-se uma diferena mxima

    de 12% entre as duas fontes, referente ao Ensino Mdio, quando o nmero de docentes

    estimados pela PNAD maior (Tabela 1 e Figura 2). Para o Fundamental, a diferena de 9%

    e para o Superior de apenas 0,1% . Somente para Ensino Pr-Escolar a PNAD estima um

    nmero menor de docentes do que aquele levantado pelo Censo Escolar, com diferena de 6%

    aproximadamente.

    A distribuio dos docentes segundo o nvel de ensino em que atuam muito

    semelhante entre as duas fontes, o que sugere coerncia entre as fontes, pelo menos em

    termos de propores em nvel nacional. Desagregaes por grandes Regies e UF devem ser

    avaliadas com maiores cuidados, sempre lembrando que para os estados da Regio Norte a

    zona Rural no contemplada, e que alguns estados tem amostras reduzidas, impedindo o

    clculo de indicadores desagregados por Estado.

    A comparao entre as duas fontes quanto diviso por srie do Ensino Fundamental

    (1 a 4 e 5 a 8), mostra-se um pouco mais problemtica, apresentando grandes diferenas

    com relao ao Censo Escolar. Uma parcela de 8% (119.928) dos docentes do Ensino

    Fundamental, levantados pela PNAD, no tem identificao da srie de atuao.

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    55

    60

    65

    70

    PR-ESC. 1-4FUND 5-8FUND FUND. MDIO SUPERIOR

    %PNAD96

    CENSO ESCOLAR 96

  • 89

    As diferenas observadas devem ser avaliadas em maior profundidade, buscando

    comparaes de sries histricas e correes para as distores referentes dupla contagem

    nas duas fontes de dados, principalmente quando o objetivo so os nmeros absolutos de

    docentes.

    Finalmente, a proporo ocupada na funo docente, em relao ao total de ocupados

    na Populao Economicamente Ativa de 10 anos e mais, foi estimada em 3,47%, sendo

    2,92% docentes no Ensino Fundamental e Mdio, 0,32% na Pr-Escola e 0,23% no Ensino

    Superior. A mdia dos pases da OECD, em 1995, foi de 3,9%, 2,9% e 0,6% para o total,

    Fundamental e Mdio e Superior, respectivamente (Education at a Glance-OECD

    Indicators, 1997).

    Segue a descrio de alguns outros indicadores referentes ao corpo docente

    recomendados pela OECD.

    B1.2 Proporo de Populao Feminina no total da populao Ocupada como

    Professor

    jprof

    jproff

    POP

    POP

    ,

    ,, 100

    jproffPOP ,, = Populao feminina com Ocupao de Professor do nvel de ensino j.

    jprofPOP , = Populao Ocupao de Professor do nvel de ensino j.

    j = Pr- escola; 1 a 4 srie do Fundamental; 5 a 8 srie do Fundamental; Ensino Mdio e

    Ensino Superior.

  • 90

    B1.3 Nmero Mdio de Alunos por Professor (Razo Aluno/Professor)

    jk

    jk

    D

    MAT

    ,

    ,

    jkMAT , - Nmero de Alunos (Tempo equivalente) no nvel de ensino k e dependncia

    administrativa j.

    jkD , - Nmero de Docentes (Tempo equivalente) no nvel de ensino k e dependncia

    administrativa j.

    k = Pr-Escola, 1 a 4 srie do Fundamental, 5 a 8 srie do Fundamental, Ensino Mdio e

    Ensino Superior.

    j = Dependncia Administrativa: Federal, Estadual, Municipal e Particular ou Rede

    Pblica e Privada.

    A razo aluno/professor mede o nmero de alunos para cada professor, refletindo no

    s a quantidade do corpo docente, como tambm a potencialidade de atendimento docente em

    relao demanda representada pelo nmero de alunos, por dependncia administrativa e

    nveis de ensino. O indicador difere daquele referente ao tamanho das turmas, porque

    afetado por vrios fatores, como o nmero de turmas nas quais cada professor ensina e o

    nmero de disciplinas que os alunos cursam (a partir da 5 srie do Fundamental).

    Para o clculo deste indicador necessrio transformar o numerador e o denominador

    em tempo equivalente. Por exemplo, cada aluno com carga horria de 20 horas semanais na

    escola para cada 20 horas semanais de um docente. Sendo assim, necessrio o conhecimento

    do nmero de horas trabalhadas por docente e o tempo de permanncia dos alunos tendo

    como referncia a semana. Para o Ensino Fundamental e Mdio, por exemplo, hoje no Brasil,

    20 horas semanais ainda uma mdia razovel para o tempo de dedicao, em sala de aula,

    dos alunos. No Ensino Superior a obteno do valor aluno hora ainda mais complicada,

    pois a carga horria do aluno pode variar muito de curso para curso e, ainda, no se dispe

    desta informao no Censo do Ensino Superior.

  • 91

    Alm disso, as fontes de dados especficas para o indicador, como o Censo Escolar,

    no dispem das informaes sobre carga horria do docente. Para o Ensino Superior pode ser

    identificado apenas o regime contratual, tempo parcial ou integral, atravs do Censo do Ensino

    Superior.

    A PNAD pode ser uma fonte de dados alternativa para auxiliar na obteno deste

    indicador, atravs das informaes da ocupao no trabalho principal e secundrio, como

    visto anteriormente, e do nmero de horas semanais dedicadas nas ocupaes como docente,

    por nvel de ensino. Para o Brasil, em 1996, a estimativa do nmero mdio de horas semanais

    trabalhadas pelos docentes varia em torno de 28 horas (Tabela 2), sendo um pouco menor para

    aqueles da Pr-Escola, cuja mdia menos de 27 horas.

    Tabela 2: Nmero de Docentes e estimativa de horas semanais por docente, segundo o nvel de ensino, na populao ocupada de 10 anos ou mais. Brasil 1996.

    Pr-Escola 1 a 4 Fund.

    5 a 8 Fund.

    Sem Declar. Srie do Fund.

    Fundamental Mdio Superior

    CENSO ESCOLAR 1996

    MATRCULA (a) 5714303 20027240 13104030 33131270 5739077 1868529

    Nm. de Prof. (b) 219517 776537 611710 1388247 326827 148320

    20 h. Prof. (c)=20[(b)/(z)] 291884 1087471 853492 1946096 467397 207945

    Aluno/Prof. (a)/(b) 26,03 25,79 21,42 23,87 17,56 12,60

    Aluno/20h.Prof. (a)/(c) 19,58 18,42 15,35 17,02 12,28 -

    PNAD 1996

    ALUNO (d) 6387266 18053047 12891921 30944968 5769496 1943305

    Nm. de Prof. . (e) 207127 943958 451384 119928 1515270 366716 148431

    20 h. prof. (f)=20[(e)/(z)] 275409 1321929 629796 172433 2124162 524442 208101

    Aluno/Prof. (d)/(e) 30,84 19,12 28,56 20,42 15,73 13,09

    Aluno/20h.Prof. (d)/(f) 23,19 13,66 20,47 14,57 11,00 9,34

    Mdia de Horas (z) 26,59 28,01 27,91 28,76 28,04 28,60 28,04

    (a) Matrcula Inicial. FONTE: MEC/INEP/Censo Escolar e Censo do Ensino Superior. (b) Nmero de Docentes. FONTE: MEC/INEP/Censo Escolar e Censo do Ensino Superior. (d) Populao Frequentando a Escola. FONTE: IBGE/PNAD96/ Tabulao NEPO/UNICAMP. (e) Nmero de Docentes. FONTE: IBGE/PNAD96/ Tabulao NEPO/UNICAMP. (z) Mdia de Horas Trabalhadas na Semana como Docente. FONTE: IBGE/PNAD96/ Tabulao NEPO/UNICAMP

  • 92

    As diferenas observadas entre as razes aluno/professor nas duas fontes, so

    decorrentes de dois fatores. O primeiro, refere-se ao denominador: diferenas do nmero de

    professores levantados pela PNAD e pelo Censo Escolar. E, o segundo, referente ao

    contingente de alunos que, quando provenientes do Censo Escolar, representa a demanda na

    poca da matrcula (atendimento no incio do ano letivo). Na PNAD, temos uma estimativa

    do efetivo de alunos em setembro de cada ano, data do levantamento, no levando em conta as

    matrculas daqueles alunos que abandonaram a escola entre maro e a poca da pesquisa.

    O Ensino Superior tem algumas caractersticas especficas que devem ser consideradas.

    Os professores da rede pblica do aulas na graduao e tambm na ps-graduao,

    desenvolvem pesquisa e , em geral, tem dedicao integral, diferentemente da maioria dos

    professores da rede privada. Sendo assim, a melhor maneira de calcular e interpretar o

    indicador razo aluno/professor, considerar horas trabalhadas especificamente como docente

    da graduao e contingente de alunos na graduao, assim como as horas semanais de

    dedicao dos docentes, sempre que a informao estiver disponvel.

    B1.4 Distribuio de Docentes por Grau de Formao

    jk

    jki

    D

    D

    ,

    ,,

    i (grau de formao)*= Fundamental incompleto, Fundamental completo, Nvel Mdio completo, Nvel Superior, Mestrado, Doutorado.

    k (nvel de ensino)= Pr-Escola, 1 a 4 srie do Fundamental, 5 a 8 srie do Fundamental e Ensino Mdio.

    j = Federal, Estadual, Municipal e Particular. (*) A distribuio dos docentes segundo grau de formao depende do nvel de ensino k que est sendo considerado:

    k Nvel de Ensino i Grau de Formao

    Pr Escola; Ensino Fundamental e Mdio Fund. Incomp.; Fund. Com.; Nvel Mdio; Nvel Superior

    Ensino Superior Sem Ps Grad., Com Especializao, Mestrado; Doutorado

  • 93

    B1.5 Salrio Mdio de Docentes

    jk

    jk

    D

    TSD

    ,

    ,

    jkTSD , Total de salrios de docentes, com carga horria integral, do nvel de ensino k e

    dependncia administrativa j.

    jkD , Nmero total de Docentes, com carga horria integral, do nvel de ensino k e

    dependncia administrativa j. k (nvel de ensino): Pr-Escola, 1 a 4 do Fundamental, 5 a 8 srie do Fundamental e

    Ensino Mdio. j (dependncia administrativa): Federal, Estadual, Municipal e Particular.

    A OECD recomenda que os indicadores sobre nmero e salrios de docentes sejam

    calculados com equivalncia de carga horria integral e desagregados por tempo na carreira

    (salrio inicial e aps 15 anos de carreira). Entretanto, esta informao ainda no est

    disponvel para o Brasil. A fonte de informao bsica seria o Censo do Professor, existente

    apenas para o ano de 1997.

    A PNAD pode ser uma fonte alternativa de aproximao do indicador, pois nela

    temos a informao sobre horas semanais trabalhadas como docente e o rendimento obtido.

    Porm, tambm no oferece a informao sobre tempo relativo ao trabalho em sala de aula

    especificamente (importante para o Ensino Superior), nem sobre o tempo na carreira.

    Quando o objetivo for comparaes em nvel nacional, recomenda-se a utilizao dos

    valores mnimos, mximos e medianos observados em cada regio, de maneira que se possa

    avaliar com maior propriedade os diferenciais regionais com relao ao salrio docente nas

    distintas redes de ensino.

  • 94

    B2 NMERO E TAMANHO DAS ESCOLAS

    FONTE: MEC/INEP/SEEC - Censo Escolar para os nveis de agregao segundo Grandes

    Regies, Unidades da Federao , Municpios, Distritos e Estabelecimento.

    Apesar das propostas bsicas da OECD no incorporarem informaes mais

    detalhadas sobre nmero e tamanho de escolas, consideramos que para estudos nacionais seja

    relevante levantamentos destes indicadores tanto para as Unidades da Federao quanto para

    Municpios.

    Os estabelecimentos escolares podem ser identificados segundo o tipo de ensino que

    cobrem e, dependendo do interesse no indicador, o ensino Fundamental (1 Grau) deve ser

    subdividido em 1 a 4 e 5 a 8 srie.

    B2.1 Distribuio das Escolas segundo Dependncia Administrativa, por Nvel de Ensino

    k

    jk

    NE

    NE ,

    jkNE , Nmero de estabelecimentos do nvel de ensino k e de dependncia

    administrativa j.

    kNE Nmero de estabelecimentos do nvel de ensino k.

    k = Ensino Fundamental, Mdio e Superior.

    j = Federal, Estadual, Municipal e Particular.

  • 95

    B2.2 Distribuio das Escolas do Ensino Fundamental e Mdio segundo o Nmero de

    Turmas, por Dependncia Administrativa e Nvel de Ensino

    jk

    jks

    NE

    NE

    ,

    ,,

    jksNE ,, Nmero de estabelecimentos com nmero s de turmas do ensino k dos

    estabelecimentos com dependncia administrativa j.

    s (nmero de turmas) = 1; 2 a 5; 6 a 10; 11 a 20 e 20 ou mais turmas.

    k = Fundamental e Mdio.

    j = Federal, Estadual, Municipal e Particular.

    B2.4 Distribuio das Escolas segundo Nmero de Alunos, por Dependncia

    Administrativa e Nvel de Ensino

    jk

    jka

    NE

    NE

    ,

    ,,

    jkaNE ,, Nmero de estabelecimentos com nmero a de alunos do ensino k de

    dependncia administrativa j.

    a (nmero de alunos*) = at 20; de 21 a 149; 150 a 249; 250 ou mais alunos.

    j = Federal, Estadual, Municipal e Particular.

    k = Fundamental e Mdio.

    A publicao Sinopse Estatstica da Educao Bsica- Censo Escolar 1997 (Braslia

    1998-MEC/INEP) utiliza a seguinte diviso por nmero de alunos: at 30, de 31 a 150, 151 a

  • 96

    250 e mais de 250 alunos. A desagregao sugerida baseia-se na escolha efetuada pelo

    INEP/SEEC para publicao do relatrio de indicadores para o Brasil7.

    B2.5 Razo Nmero de Alunos por Turma, por Dependncia Administrativa e Nvel de

    Ensino

    jk

    jk

    NT

    MAT

    ,

    ,

    jkMAT , Nmero de alunos do nvel de ensino k nos estabelecimentos com dependncia

    administrativa j.

    jkNT , Nmero de turmas do nvel de ensino k nos estabelecimentos com dependncia

    administrativa j.

    j = Federal, Estadual, Municipal e Particular.

    k = Fundamental e Mdio.

    7 Relatrio final, vol. IV do Subprojeto IV Produo de Indicadores Para Estados e Regies no Projeto

    Desenvolvimento e Anlise de Estatsticas e Indicadores Educacionais. Julho/1999 NESUR e

    NEPO/UNICAMP, INEP/MEC/Braslia.

  • 97

    CAPTULO C.

    ACESSO EDUCAO, PARTICIPAO E PROGRESSO ESCOLAR.

    FONTE: MEC/INEP/SEEC - Censo Escolar e Censo do Ensino Superior para os

    nveis de agregao segundo Grandes Regies, Unidades da Federao , Municpios,

    Distritos e Estabelecimento.

    IBGE- Censos Demogrficos, Contagem Populacional (1996) e

    Projees Populacionais.

    IBGE- PNADs para os nveis de agregao das Grandes Regies,

    Unidades da Federao e Regies Metropolitanas.

    Informaes sobre taxas de matrcula e cobertura pelo sistema educacional da

    populao em idade escolar, assim como a progresso dos estudantes no ciclo de vida escolar,

    so fundamentais para a avaliao da eficincia do sistema e diagnstico de problemas

    localizados.

    Os indicadores bsicos propostos pela OECD, neste contexto, dizem respeito

    basicamente s taxas brutas e lquidas de matrcula e tempo esperado de permanncia no

    sistema. As desagregaes por idade consideram as crianas a partir de 5 anos, dado que em

    vrios pases desenvolvidos a escolarizao obrigatria e cobertura do sistema j se d nesta

    idade. Entretanto, para o Brasil, ainda no h educao compulsria para menores de 6 ou 7

    anos, e a incorporao destas idades pode subestimar as taxas de atendimento, principalmente

    em regies com grande proporo de populao nesta faixa etria e baixos ndices de

    matrculas na educao Pr Escolar.

    As taxas apresentadas nos relatrios internacionais da OECD concentram-se

    basicamente em idades que cobrem o Ensino Pr Escolar (de 3 a 6 anos) e o ensino Mdio e

    Superior. Ser feita aqui a apresentao destas propostas acompanhadas de algumas sugestes

    para a incorporao tambm do Ensino Fundamental e de agrupamentos por idade mais

    adequados ao sistema educacional brasileiro.

  • 98

    C1 PARTICIPAO DA POPULAO NA EDUCAO FORMAL

    Os indicadores de participao so calculados atravs de informaes sobre o nmero

    de matrculas, por idade e srie, e sobre o total da populao por idade. Para tanto, a

    populao por idade deve ter como referncia a mesma data do levantamento das matrculas,

    geralmente no incio do ano.

    A falta de compatibilizao adequada das datas de referncia uma das fontes de erros

    que podem ocorrer na obteno destes indicadores, como por exemplo, resultados maiores de

    100% de taxa de atendimento e/ou participao, onde o nmero de matrculas na idade a

    maior que a populao na mesma idade.

    A segunda fonte de erros refere-se aos instrumentos de coleta de informaes. Por um

    lado, os levantamentos populacionais podem apresentar sub enumerao e, por outro lado, h

    frequentemente sobrenumerao de matrculas nos levantamentos efetuados pelo Censo

    Escolar, devido a problemas de preenchimento da planilha de matrculas por srie e ano de

    nascimento feito nas escolas. Mesmo corrigindo-se a sub-enumerao populacional para

    algumas idades, o nvel de cobertura, em alguns casos, persiste acima de 100%8.

    Entre os possveis fatores que geram tais inconsistncias esto a dupla contagem

    devida a matrculas efetuadas em mais de uma escola, alm dos reflexos do FUNDEF (Fundo

    de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Magistrio).

    A partir de 1997 o INEP iniciou a implantao de uma sistemtica de verificao dos dados

    declarados pelas escolas e rgo municipais de educao para correo das informaes. Este

    sistema de verificao detectou nada menos que 148.300 alunos fantasmas em cinco estados

    da regio Nordeste no levantamento do censo escolar de 1998.

    Estudos realizados sobre a comparao entre as informaes do Censo Escolar e

    Censo Populacionais, revelam a significativa melhora na compatibilizao dos dados entre os

    anos de 1991 e 1996.

    8 Relatrios : Frequncia Escola Ensino Fundamental/1996- Comparaes entre o Censo escolar e Contagem populacional - Brasil e Unidades da Federao, do Sub Projeto III deste Projeto; Projees da Demanda Escolar (Parte B-Anexo) - Comparao das informaes do Censo Escolar (MEC) e do Censo Demogrfico (IBGE) quanto escolaridade em 1991, do projeto "Tendncias da Urbanizao e do Crescimento Populacional Brasileiro: Populao em Idade Escolar - 1991-2000". Convnio Ministrio da Educao e do Desporto, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao/Fundao Economia de Campinas.

  • 99

    Considerando os avanos j alcanados recentemente com relao qualidade das

    informaes e a importncia de tais indicadores, estes devem ser calculados e analisados

    juntamente com avaliaes referentes s fontes de dados.

    Dados sobre a frequncia por srie e idade da populao, disponveis nos Censos

    Demogrficos e PNADs, podem auxiliar nas avaliaes e gerar outras informaes

    importantes sobre a eficincia do sistema escolar.

    C1.1 Taxa Bruta de Matrcula da Populao de 5 a 29 anos de idade por Dependncia

    Administrativa

    a

    jb

    POP

    MAT 100,

    jbMAT , Nmero de Matrculas de alunos com idade b em estabelecimentos de

    dependncia administrativa j, em todos os nveis de ensino.

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    b*= 5 anos ou mais.

    a*= 5 a 29 anos de idade.

    j = Pblica e Privada

    (*) Para o Brasil recomenda-se: b = 7 anos ou + e a=7 a 29 anos.

    A taxa bruta de matrcula calculada a partir da idade de 5 anos, padro OECD,

    incorpora a populao de 5 e 6 anos. Como j observado anteriormente, no Brasil, em geral,

    ainda no h educao compulsria para estas idades, o que pode subestimar a taxa de

    atendimento, principalmente em regies com grande proporo de populao nesta faixa etria

    e baixos ndices de matrculas na educao pr-escolar.

    Neste sentido recomenda-se para estudos em nvel nacional, isto , quando a

    comparao internacional for de menor relevncia, que a idade mnima limite seja de 7 anos,

    idade mdia de ingresso na 1 srie do Fundamental. Em geral, os grupos etrios

  • 100

    recomendados pela OECD no so compatveis com as caractersticas do sistema educacional

    brasileiro. Sendo assim, para os prximos indicadores, sero indicadas tambm agrupamentos

    mais apropriados ao caso brasileiro.

    A OECD tambm recomenda o clculo das taxas brutas por tipo de matrculas, tempo

    integral e parcial. Entretanto a carga horria padro, no Brasil, o regime parcial.

    C1.2 Taxa Bruta de Matrcula da Populao de 5 a 29 anos de idade por Nvel de Ensino

    a

    kb

    POP

    MAT 100,

    kbMAT , Nmero de Matrculas de alunos com idade b no nvel de k .

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    b*= 5 anos ou mais.

    a*= 5 a 29 anos de idade.

    k = Pr-Escola; Ensino Fundamental; Ensino Mdio; Superior e nvel de ensino indefinido.

    (*) Para o Brasil recomenda-se: b = 7 anos ou + e a=7 a 29 anos.

    C1.3 Taxa Bruta de Matrcula por Faixa Etria

    a

    b

    POP

    MAT 100

    bMAT Nmero de Matrculas de alunos com idade b.

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    b*= todas as idades; 0-4; 5-29; 30 ou mais; idade indefinida.

    a*= 5 a 29 anos de idade.

    (*) Para o Brasil recomenda-se: b = 7-10; 11-14; 15-17; 18 anos ou + e a=7 a 29 anos.

    As taxas brutas de matrcula so indicadores muito gerais e no contribuem muito para

    o conhecimento da cobertura do sistema educacional brasileiro, sendo recomendado, nesse

  • 101

    caso, a utilizao das taxas de atendimento e das taxas lquidas de matrculas que sero

    apresentadas posteriormente.

    C1.5 Tempo Esperado de Escolarizao (permanncia no sistema) para uma criana de 5

    anos de idade, por sexo.

    a a

    a

    POP

    MAT

    aMAT Nmero de Matrculas de alunos com idade a.

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    a = 5, 6, ..., 29 anos (1)

    Embora amplamente utilizado nos relatrios dos pases da OECD, este indicador

    merece cuidados quanto a sua interpretao, por no estar necessariamente vinculado ao

    nmero de sries concludas. Nele esto embutidos anos de permanncia no sistema devidos

    tambm repetncia, entradas e sadas do sistema escolar e outras dinmicas referentes

    eficincia do sistema propriamente dito.

    Se, por exemplo, para uma determinada regio no Brasil, foi estimado um valor

    esperado de 15 anos , isto pode estar refletindo que, nas condies da poca em que os dados

    foram levantados, se espera que as crianas de 5 anos de idade completem at seus 29 anos at

    a 4 srie do ensino superior. Porm, isto seria verdade somente se a passagem pelo sistema

    ocorresse sem as interrupes devidas a repetncia, abandono, etc.

    Alm disso, a incorporao da proporo de crianas de 5 e 6 anos de idade

    matriculadas na soma (1) tambm no reflete srie concluda, j que no Brasil nestas idades, na

    grande maioria dos casos, essas crianas ainda no ingressaram na escolarizao compulsria.

    Os clculos obtidos para o Brasil em 1996 deixam evidentes os problemas que podem

    surgir na utilizao deste indicador para comparao entre regies com distintas caractersticas

    de eficincia do sistema escolar. Os dados utilizados referem-se frequncia por srie e idade e

  • 102

    ltima srie concluda daqueles que estavam frequentando a escola na semana de referncia da

    PNAD 1996 (Tabela 3 e Figura 3).

    Tabela 3: Proporo de jovens segundo nmero de sries completas por idade e Tempo Esperado de Permanncia no Sistema, por UF. Brasil, 1996.

    Proporo (%) de jovens na idade a, com i sries completas

    Taxa de Abandono

    Ensino Fundamental

    Tempo Esperado de Permanncia no

    Sistema 5-29 anos

    REGIO UF a=15 e 16 a=18 e 19 i=8 sries i=11 sries

    BRASIL 29,90 14,30 14,3 12,96

    NORTE (*) AP 10,52 6,67 12,3 14,86 PA 12,38 8,32 17,9 13,98 TO 13,18 5,15 27,6 13,17 AM 19,50 6,25 24,0 14,48 AC 29,26 8,34 19,0 14,04 RO 33,33 3,45 21,6 13,31 RR 38,10 - 11,8 14,90

    NORDESTE SE 10,56 6,84 22,6 13,20 BA 11,20 5,99 20,7 12,68 PI 13,04 6,02 17,8 11,98 MA 15,79 5,15 16,8 12,26 AL 17,39 10,13 24,4 10,36 PB 17,96 9,35 20,5 12,50 CE 18,00 7,37 17,1 12,13 PE 18,44 8,03 25,5 12,42 RN 20,73 14,29 21,2 12,83

    C.OESTE GO 21,36 11,66 24,9 12,77 MT 24,71 18,75 20,3 13,15 MS 35,96 26,25 15,3 12,71 DF 36,27 18,27 6,9 14,60

    SUDESTE MG 26,32 11,53 13,1 12,88 RJ 32,03 16,23 10,2 13,64 ES 35,64 13,41 16,6 12,60 SP 46,30 20,05 8,1 13,66

    SUL PR 40,61 18,74 13,8 12,53 RS 47,12 27,82 8,6 12,92 SC 49,22 22,33 7,6 12,60

    (*) No inclui zona Rural.

    FONTE: IBGE/PNAD 1996. Tabulao NEPO/UNICAMP. MEC/INEP Censo Escolar 1997.

  • 103

    Figura 3: Tempo Esperado de Permanncia no Sistema por Proporo de jovens com 8 e 11 sries completas, nas idades de 15 a 16 e 18 a 19 respectivamente. Brasil e Unidades da Federao, 1996.

    (*) No incorporam estados da Regio Norte. FONTE: Tabela 3.

    ______________________________________________________________________________

    MA

    BA

    PI

    SE

    CE

    PE PB

    AL

    MG

    GOES

    RN BRASIL

    RJ

    DF

    PR

    MT

    SP

    SC MS

    RS

    10,0

    10,5

    11,0

    11,5

    12,0

    12,5

    13,0

    13,5

    14,0

    14,5

    15,0

    0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

    % de Jovens de 18 e 19 anos com pelo menos a 3 srie do Ensino Mdio (*)

    Te

    mp

    o (

    an

    os)

    Esp

    era

    do

    de

    Pe

    rman

    en

    cia

    no

    Sis

    tem

    a

    Esco

    lar

    SC

    RS

    SP

    PR

    DF

    MS

    ES

    RJ

    BRASIL

    MG

    MT

    RN

    GO

    SE

    BA

    PI

    MA

    AL

    PE

    PB

    CE

    10,0

    10,5

    11,0

    11,5

    12,0

    12,5

    13,0

    13,5

    14,0

    14,5

    15,0

    5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0

    % de Jovens de 15 e 16 anos com pelo menos a 8 srie do Fundamental (*)

    Te

    mp

    o (

    an

    os)

    Esp

    era

    do

    de

    Pe

    rman

    n

    cia

    no

    Sis

    tem

    a

    Esco

    lar

  • 104

    Na tabela 3 observa-se que, para os estados de Tocantins, Pernambuco e Gois, o

    tempo esperado de permanncia no sistema das crianas de 5 anos em 1996 estimado em 12

    anos ou mais. Em contrapartida, verifica-se baixa proporo de jovens de 15 e 16 anos com 8

    srie do Fundamental j concluda, dentre aqueles que estavam frequentando, respectivamente

    de 13%, 18% e 21% para Tocantins, Pernambuco e Gois. As taxas de abandono do Ensino

    Fundamental so altas, maiores de 24% , indicando, nestes casos, que o tempo esperado de

    permanncia no sistema est refletindo tambm um significativo atraso escolar.

    Na figura 3 fica evidente a falta de correlao existente entre o indicador Tempo

    Esperado de Permanncia no Sistema e a proporo de jovens com o ensino Fundamental e

    Mdio concludos em idade adequada. Entre os vrios Estados que apresentaram entre 12 e 13

    anos de permanncia no sistema, encontram-se, por um lado, alguns com baixos ndices de

    jovens com o ensino Fundamental e Mdio completos nas idades esperadas, como Maranho,

    Bahia, Piau, Sergipe e Cear, e, por outro lado, outros Estados com maior adequao de srie

    e idade, como os Estados da Regio Sul: Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    C2 TAXAS DE ATENDIMENTO E TAXAS LQUIDAS DE MATRCULA

    C2.1 Taxa de Atendimento Especfica por Faixa Etria.

    a

    a

    POP

    MAT 100

    aMAT Nmero de Matrculas de alunos com idade a.

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    a*= 5-14; 15-29; 30-39 anos de idade.

    (*) Para o Brasil recomenda-se: a = 7-10; 11-14; 15-17; 18-24..

  • 105

    C2.2 Taxa de Atendimento Especfica por idade simples

    a

    a

    POP

    MAT 100

    aMAT Nmero de Matrculas de alunos com idade a .

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    a = 10, 11, 12, ..., 24 anos.

    C2.3 Taxas Lquidas de Matrcula por idade simples e Nvel de Ensino, das crianas

    menores de 7 anos

    a

    ka

    POP

    MAT 100,

    kaMAT , Nmero de Matrculas de alunos com idade a na srie (ou nvel de ensino) k

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    a =3, 4, 5 e 6 anos.

    k= Pr-Escola; 1 srie do Fundamental.

    C2.4 Taxas Lquidas de Matrcula por idade simples e Nvel de Ensino

    a

    ka

    POP

    MAT 100,

    kaMAT , Nmero de Matrculas de alunos com idade a na srie (ou nvel de ensino) k

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    a =3, 4 ,5 ,6 ,7 ,8 , 9, 10, 11, 12, ..., 29 anos.

    k= Pr-Escola; 1 a 4 do Fundamental; 5 a 8 do Fundamental; Ensino Mdio; Superior.

  • 106

    A ttulo de exemplo, este indicador foi calculado atravs da PNAD de 1996. Neste caso

    o numerador no se refere ao total de matrculas no incio do ano letivo, mas sim populao

    que estava frequentando a escola na data de referncia (de 22 a 28/9/96). Esta aplicao no

    substitui, portanto, a taxa lquida de atendimento, por no considerar as pessoas que se

    matricularam no incio do ano e evadiram-se at a semana de referncia, entretanto gera

    informaes sobre a eficincia do sistema.

    A apresentao grfica deste indicador, como mostra a Figura 4, pode facilitar

    comparaes regionais quanto cobertura do sistema escolar em setembro de 1996, pela altura

    das barras em cada idade simples, e tambm quanto sua eficincia.

    Em uma situao ideal, de eficincia e cobertura do sistema e exatido das informaes

    da populao e matrculas por srie e idade, se esperaria que 100% das crianas entre 7 e 10

    anos de idade estivessem frequentando a escola nas sries de 1 a 4 do Fundamental, por

    exemplo, e 100% da populao entre 15 e 17 anos de idade, estivesse frequentando o Ensino

    Mdio.

    Verifica-se na Figura 4 que a regio Sul se aproxima mais da situao ideal esperada,

    pois h maior concentrao de populao frequentando a srie adequada para a idade. J para

    a regio Nordeste observa-se maior espalhamento das curvas, onde mais de 50% das crianas

    de 13 anos e 40% daquelas com 14 anos, esto frequentando ainda as primeiras sries do

    Fundamental (antigo Primrio, de 1 a 4 srie).

  • 107

    Figura 4: Distribuio da Populao segundo frequncia escola e srie que frequenta, por idade simples. Regio Sul e Nordeste, 1996.

    _______________________________________________________________________________________

    FONTE: IBGE/PNAD96/NEPO/UNICAMP.

    REGIO SUL

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

    IDADE

    %

    Pr Escola 1 a 4 Fundamental 5 a 8 Fundamental Mdio Superior

    REGIO NORDESTE

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29IDADE

    %

    Pr Escola 1 a 4 Fundamental 5 a 8 Fundamental Mdio Superior

  • 108

    C2.5 Taxa Lquida de Matrcula da Populao de 7 a 14 anos no Ensino Fundamental

    a

    ka

    POP

    MAT 100,

    kaMAT , Nmero de Matrculas de alunos com idade a no nvel de ensino k

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    a = 7 a 14 anos.

    k= Ensino Fundamental.

    C2.6 Taxa Lquida de Matrcula da Populao de 15 a 18 anos no Ensino Mdio

    a

    ka

    POP

    MAT 100,

    kaMAT , Nmero de Matrculas de alunos com idade a no nvel de ensino k

    aPOP Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    a = 15 a 18 anos.

    k= Ensino Mdio.

    C2.7 Taxa Lquida de Matrcula da Populao de 17 a 34 anos no Ensino Superior,

    por sexo.

    sa

    ksa

    POP

    MAT

    ,

    ,, 100

    ksaMAT ,, Nmero de Matrculas de alunos com idade a, sexo s, no nvel de ensino k

    saPOP , Populao com idade a e sexo s na data de referncia das matrculas.

    a = 17 a 34 anos.

    k= Ensino Superior.

  • 109

    C3- INDICADORES DE EFICINCIA DO SISTEMA ESCOLAR

    FONTE: - MEC/INEP/SEEC - Censo Escolar para os nveis de agregao segundo

    Grandes Regies, Unidades da Federao , Municpios, Distritos e Estabelecimento.

    Alm dos indicadores de participao da populao e cobertura do sistema escolar,

    propostos pela OECD, importante a avaliao de indicadores especficos sobre a eficincia

    deste sistema, no que se refere progresso por srie da populao matriculada. Com esse

    objetivo, recomenda-se ndices de Aprovao, Reprovao e Afastamento por Abandono do

    Ensino Fundamental e Mdio e distoro srie /idade como indicadores bsicos. Estes

    apresentam relativa facilidade de clculo e podem ser obtidos em nvel de Municpio.

    As taxas relativas ao desempenho dos alunos no decorrer de determinado ano letivo

    se baseia nas informaes do Censo Escolar para dois anos consecutivos. A matrcula inicial do

    ano letivo t , informada no censo do mesmo ano, corrigida por informaes do censo do ano

    posterior (t+1) que identifica: o nmero de alunos admitidos, afastados ou reclassificados com

    relao srie, no ano letivo t. O nmero de aprovados, reprovados e afastados por abandono

    tambm informado no censo do ano (t+1).

    A distoro srie/idade a proporo de matrculas de alunos com idade maior do

    que aquela adequada para a srie. Por exemplo, a proporo de alunos com mais de 7 anos de

    idade na 1 srie do fundamental, no total de matrculas da mesma srie.

    C3.1 Taxa de Aprovao no Ensino Fundamental e no Ensino Mdio

    k

    k

    MAT

    APR 100

    kAPR Nmero de Aprovados na srie k no final do ano letivo.

    kMAT Matrcula efetuadas na srie k no incio do mesmo ano letivo.

    k= 1, 2, ..., 8 srie do Fundamental; 1, 2 e 3 srie do Ensino Mdio.

  • 110

    C3.2 Taxa de Reprovao no Ensino Fundamental e no Ensino Mdio

    k

    k

    MAT

    REP 100

    kREP Nmero de Reprovados na srie k no final do ano letivo.

    kMAT Matrcula efetuadas na srie k no incio do mesmo ano letivo.

    k= 1, 2, ..., 8 srie do Fundamental; 1, 2 e 3 srie do Ensino Mdio.

    C3.3 Taxa de Abandono no Ensino Fundamental e no Ensino Mdio

    k

    k

    MAT

    AAB 100

    kAAB Nmero de alunos Afastados por Abandono na srie k no final do ano letivo.

    kMAT Matrcula efetuadas na srie k no incio do mesmo ano letivo.

    k= 1, 2, ..., 8 srie do Fundamental; 1, 2 e 3 srie do Ensino Mdio.

    C3.4 Distoro Srie/Idade no Ensino Fundamental e no Ensino Mdio

    k

    ki

    MAT

    MAT 100,

    kiMAT , Matrculas na srie k de alunos em idade i (idade maior que a esperada para a srie).

    kMAT Matrcula efetuadas na srie k.

    k= 1, 2, ..., 8 srie do Fundamental; 1, 2 e 3 srie do Ensino Mdio.

    i = a+1 ou mais anos de idade, onde

    a= 7 anos se k=1 srie do Fundamental; a= 8 anos se k=2 srie do Fundamental; ... a=14 anos se k=8 srie do Fundamental; a=15 anos se k=1 srie do Ensino Mdio; a=16 anos se k=2 srie do Ensino Mdio; a=17 anos se k=3 srie do Ensino Mdio;

  • 111

    Como o Censo Escolar obtm a informao sobre a idade atravs do ano de

    nascimento do aluno, independente do ms, e este pode estar ultrapassando a idade

    adequada a, para a srie k, depois do ms da matrcula, considera-se com idade adequada

    todos aqueles que nasceram no mximo (a+1) anos antes do censo. Por exemplo: para o ano

    de 1998, as matrculas em idade adequada na 1 srie do Fundamental so aquelas referentes

    aos alunos nascidos no ano de 1990, ou depois disso.

    Este indicador pode ser obtido atravs das PNADs atravs das questes sobre idade e

    srie que frequenta. Como o levantamento ocorre, geralmente, no ms de setembro, preciso

    ajustar as idades para o incio do ano ou, ainda, como para o Censo Escolar, considerar mais

    um ano como idade adequada. Por exemplo, a= no mximo 8 para a 1 srie do Fundamental,

    a= no mximo 9 para a 2, e assim por diante.

    C4- PARTICIPAO NO ENSINO SUPERIOR

    FONTE: - MEC/INEP/SEEC - Censo do Ensino Superior.

    No s o acesso ao emprego e melhores salrios esto diretamente relacionados ao

    nvel de instruo, como tambm uma maior participao no ensino superior pode auxiliar o

    desenvolvimento do mercado de trabalho e nvel scio econmico de uma populao. Neste

    sentido, esta seo especfica ao ensino Superior, dada sua importncia, apesar deste no

    fazer parte da educao compulsria e ainda apresentar, no Brasil, baixos ndices de

    participao.

    Os indicadores se referem s taxas de participao da populao entre 18 e 29 anos,

    aos diferenciais por sexo nas matrculas, distribuio por idade dos alunos novos (matrculas

    na 1srie, excluindo repetentes), s taxas lquidas por idade dos alunos novos e razo do

    nmero de alunos novos pelo nmero de alunos que concluram o nvel superior, no incio e

    final do ano letivo, respectivamente.

    As taxas lquidas por idade simples de alunos novos e daqueles que concluram buscam

    avaliar, juntamente com o acesso educao superior, a distribuio segundo a idade das

    entradas e sadas no Ensino Superior. A razo Alunos Novos/Alunos que Concluram uma

    aproximao do nmero mdio de matrculas iniciais necessrias para obter um aluno que

  • 112

    conclui o curso. Entretanto, este ltimo indicador, tambm influenciado pelas mudanas ao

    longo do tempo na participao da populao no ensino Superior. Isto , se em 4 anos ocorre

    um aumento significativo no nmero de entradas de alunos novos, esta razo vai ser maior do

    que um, independente da progresso dos alunos durante o curso.

    C4.1 Taxa Lquida de Matrcula no Ensino Superior, por Faixa Etria

    a

    ia

    POP

    MAT 100,

    iaMAT , = Matrculas na idade a no Ensino Superior.

    aPOP = Populao com idade a, na data de referncia das matrculas.

    a=18-21; 22-25; 26-29.

    i= Nvel Superior.

    C4.2 Proporo de Mulheres nas Matrculas do Ensino Superior

    ia

    iaf

    MAT

    MAT

    ,

    ,, 100

    iafMAT ,, = Matrculas de alunos do sexo feminino, na idade a no Ensino Superior.

    iaMAT , = Matrculas na idade a no Ensino Superior.

    a=18-21; 22-25; 26-29.

    i= Nvel Superior.

  • 113

    C4.3 Distribuio segundo a Idade das Matrculas de Alunos Novos no Ensino

    Superior

    Mediana(Idade)

    20 Percentil(Idade)

    80 Percentil(Idade)

    Mediana(Idade) = Idade Mediana dos Alunos Novos.

    20 Percentil(Idade) = Corte etrio onde 20% dos alunos novos tem idade

    inferior a esse valor.

    80 Percentil(Idade) = Corte etrio onde 80% dos alunos novos tem idade inferior a

    esse valor (ou 20% tem idade superior a esse valor).

    C4.4 Taxa de Ingresso no Ensino Superior, por Idade Simples

    a

    ia

    POP

    MAT 100,

    iaMAT , = Matrculas de alunos com idade a na srie i do Ensino.

    aPOP = Populao com idade a.

    a=17; 18; ....; 30.

    i= 1 srie do Ensino Superior (Alunos novos- exclui os repetentes).

  • 114

    C4.5 Taxa Lquida de Concluso no Ensino Superior, por Idade Simples

    a

    a

    POP

    CON 100

    aCON = Num. de Alunos que Concluram o Ensino Superior em idade a no final do ano

    letivo.

    aPOP = Populao com idade a, no final do ano letivo.

    a=17; 18; ....;30.

    C4.6 Razo Matrcula de Alunos Novos e Alunos que Concluram o Ensino Superior, por

    Dependncia Administrativa

    j

    ji

    CON

    MAT ,

    jiMAT , = Matrculas de alunos na srie i do Ensino Superior da rede j, no incio no ano

    letivo t.

    jCON = Num. de Alunos que Concluram o Ensino Superior na rede de ensino j, no

    final do ano letivo t.

    .

    i= 1 srie do Ensino Superior (Alunos novos- exclui os repetentes).

    j= Pblica, Privada

  • 115

    CAPTULO D.

    RESULTADOS DA EDUCAO NO MERCADO DE TRABALHO.

    FONTE: IBGE- PNADs para os nveis de agregao segundo Grandes

    Regies, Unidades da Federao e Regies Metropolitanas.

    A construo de indicadores sobre o Mercado de Trabalho com base na PNAD, com

    desagregao em nvel de Unidades da Federao merece cuidados, tendo em vista as restries

    amostrais.

    Em alguns Estados e em algumas categorias de cruzamentos das variveis de

    Ocupao, Instruo, Sexo e Idade, a amostra muito pequena e a construo de indicadores

    dever necessariamente considerar alternativas de agregao que reduzam os problemas de

    representatividade amostral 9.

    Quando a comparao entre os sexos for prioritria, sugere-se que sejam utilizadas

    faixas etrias mais amplas, como 25 a 44 e 45 a 64 anos. Uma segunda sugesto agrupar os

    nveis extremos de instruo, fazendo-os parte de uma categoria mais ampla. Um exemplo

    seria: de 0 a 3 anos de estudos; de 4 a 7 anos de estudo; de 8 a 10 anos de estudo, com 11 ou

    mais anos de estudo.

    Entretanto, se for relevante a avaliao de diferenciais por sexo, que contemplem os

    Nveis extremos de Instruo (Nenhuma e Superior) e Idade (25-34 e 55-64), os indicadores de

    Mercado de Trabalho e Educao devem ser calculados agrupando-se os Estados segundo

    Grandes Regies.

    Em geral , neste captulo de indicadores referentes ao mercado de Trabalho e

    Educao, os trabalhos da OECD se concentram em indicadores de Desocupao e

    Rendimento para faixas etrias adultas mais jovens (20 a 24; 25 a 29 e 30 a 44). A ttulo de

    simplificao, nesta seo, a populao com idade entre 10 e 44 anos ser denominada de

    Populao Jovem (de 10 a 24 anos) e Adulta Jovem (de 25 a 44 anos).

    9 Para maiores detalhes ver Relatrio final, vol. II do Subprojeto IV Produo de Indicadores Para Estados e Regies no Projeto Desenvolvimento e Anlise de Estatsticas e Indicadores Educacionais. Julho/1999

    NESUR e NEPO/UNICAMP, INEP/MEC/Braslia.

  • 116

    D1 POPULAO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) NA POPULAO

    JOVEM E ADULTA JOVEM

    D1.1 Taxa de Participao (PEA) da Populao Jovem e Adulta Jovem

    as

    as

    POP

    PEA

    ,

    , 100

    asPEA , = Populao Economicamente Ativa do sexo s com idade a.

    asPOP , = Populao do sexo s com idade a.

    s= feminino, masculino.

    a=10-14; 15-19; 20-24; 25-29; 30-44;

    Os trabalhos no mbito da OECD fazem uso de apenas 3 grupos etrios (20-24, 25-

    29 e 30-44). Contudo, para efeitos de anlises no mbito nacional, recomenda-se o clculo das

    Taxas de Participao tambm para a populao mais jovem (10 a 14 e 15 a 19).

    D1.2 Taxa de Participao (PEA) da Populao Jovem e Adulta Jovem, por Nvel de

    Instruo

    ias

    ias

    POP

    PEA

    ,,

    ,, 100

    iasPEA ,, = Populao Economicamente Ativa do sexo s, com idade a e nvel de instruo i.

    iasPOP ,, = Populao do sexo s, na idade a e nvel de instruo i.

    s= feminino, masculino.

    a= 20-24;25-29;30-44;

    i= No mximo Fundamental Incompleto; Fundamental Completo; Ensino Mdio ou mais.

  • 117

    D1.3 Distribuio da Populao Jovem e Adulta Jovem Economicamente Ativa segundo o

    Nvel de Instruo

    a

    ia

    PEA

    PEA 100,

    iaPEA , = Populao Economicamente Ativa com idade a e nvel de instruo i.

    aPEA = Populao Economicamente Ativa com idade a.

    a= 20-24;25-29;30-44;

    i= No mximo Fundamental Incompleto; Fundamental Completo; Ensino Mdio ou mais.

    D2 DESOCUPAO E NVEL DE INSTRUO

    D2.1 Taxa de Desocupao na Populao Adulta, por Idade e Nvel de Instruo

    ia

    iad

    PEA

    PEA

    ,

    ,, 100

    iadPEA ,, =Populao Economicamente Ativa e Desocupada com idade a e nvel de

    instruo i.

    iaPEA , = Populao Economicamente Ativa com idade a e nvel de instruo i.

    a=25-64;

    i= No mximo o Ensino Mdio Incompleto; Ensino Mdio Completo; Ensino Superior ou

    mais.

    Recomenda-se, para estudos no mbito nacional, que as taxas de desocupao

    propostas acima sejam tambm obtidas para as faixas etrias de 25 a 44 e 45 a 64 e que

    contemplem nveis de instruo com maior desagregao no ensino Fundamental:

    i= At a 3 srie do Fundamental; da 4 a 7 srie do Fundamental; Fundamental

    Completo; Ensino Mdio Completo ou mais.

  • 118

    D2.2 Taxa de Desocupao da Populao Jovem e Adulta Jovem

    a

    ad

    PEA

    PEA 100,

    adPEA , =Populao Economicamente Ativa e Desocupada com idade a.

    aPEA = Populao Economicamente Ativa com idade a.

    a=20-29; 30-44

    D2.3 Distribuio da Populao Jovem e Adulta Jovem Desocupada segundo o Nvel

    Instruo

    ad

    iad

    PEA

    PEA

    ,

    ,, 100

    iadPEA ,, =Populao Economicamente Ativa e Desocupada com idade a e nvel de

    instruo i.

    adPEA , =Populao Economicamente Ativa e Desocupada com idade a.

    a= 20-29; 30-44

    i= No mximo o Ensino Mdio Incompleto; Ensino Mdio Completo; Ensino Superior ou

    mais.

    Como j mencionado anteriormente, considerando as caractersticas da amostra da

    PNAD e da populao brasileira quanto aos nveis de escolaridade, recomenda-se, para o

    Brasil, que os nveis de instruo apresentem maior desagregao no Ensino Fundamental e

    agrupem a populao com instruo acima do Nvel Mdio, como por exemplo:

    At a 3 srie do Fundamental;

    Da 4 a 7 srie do Fundamental;

    Fundamental Completo;

    Ensino Mdio Completo ou mais.

  • 119

    D3 EDUCAO E RENDA

    FONTE: IBGE- PNADs para os nveis de agregao segundo Grandes Regies, Unidades da Federao e Regies Metropolitanas.

    A OECD utiliza a renda mdia anual, em US$, para comparaes internacionais. Neste

    caso o rendimento mensal, obtido pela PNAD deve ser multiplicada por 12,5 como

    aproximao ao rendimento anual, de forma a que se leve em conta os casos dos trabalhadores

    empregados e cujos recebimentos anuais incluem o 13 salrio e/ou outros salrios adicionais.

    Para as comparaes no mbito nacional, recomenda-se a utilizao do rendimento

    mediano mensal, como um indicador mais apropriado. A mediana uma estatstica mais

    robusta para distribuies assimtricas, como o caso da distribuio de renda no Brasil.

    D3.1 Razo entre a Renda Mdia da Populao com Nvel de Instruo (i) e da Populao

    com Nvel Mdio Completo (j)

    jsao

    isao

    RM

    RM

    ,,,

    ,,,

    isaoRM ,,, = Rendimento Mdio Anual da Populao Ocupada, com declarao de

    rendimento, com idade a, do sexo s e nvel de instruo i

    isaoRM ,,, = Rendimento Mdio Anual da Populao Ocupada, com declarao de

    rendimento, com idade a, do sexo s e nvel de instruo j

    a=25-64; 25-34; 55-64;

    s=homens, mulheres.

    i= No mximo o Ensino Mdio Incompleto; Superior.

    j= Ensino Mdio Completo.

  • 120

    D3.2 Razo entre a Renda Mdia das Mulheres e dos Homens, por Nvel de Instruo

    imao

    ifao

    RM

    RM

    ,,,

    ,,,

    ifaoRM ,,, = Rendimento Mdio Anual da Populao Ocupada, com declarao de

    rendimento, com idade a, do sexo feminino e nvel de instruo i

    imaoRM ,,, = Rendimento Mdio Anual da Populao Ocupada, com declarao de

    rendimento, com idade a, do sexo masculino e nvel de instruo i

    a=25-64; 25-34; 55-64;

    i = No mximo Fundamental Incompleto; Fundamental Completo; Ensino mdio;

    Superior.

    As faixas etrias 25 a 34 e 55 a 64 so propostas no "Proposal for a Pilot Projet" e

    foram utilizadas no relatrio Education at a Glance, OECD Indicators de 1996, com o

    objetivo de avaliao de diferenciais por coorte. J o relatrio Education at a Glance, OECD

    Indicators de 1997 calcula a razo das rendas mdias da populao feminina e masculina para

    as faixas etrias de 30-44 e 55-64. Entretanto, para clculos com desagregao por Unidades da

    Federao no Brasil, recomenda-se faixas etrias mais amplas, como 25-44 e 45-64, caso seja

    necessrio incorporar na anlise os dois nveis de instruo extremos (Nenhuma Escolaridade e

    Nvel Superior).

  • 121

    CONSIDERAES FINAIS

    Os indicadores aqui propostos devem ser selecionados e utilizados de acordo com os

    objetivos que se tem em mente. A utilizao desse ou daquele indicador, ou mesmo a escolha

    dos nveis de desagregao por sexo, idade, regies geogrficas, nveis de instruo ou

    dependncia administrativa dos estabelecimentos de ensino, ir depender da abrangncia e do

    escopo analtico que se pretende atingir.

    Como j mencionado anteriormente, este levantamento apresenta uma primeira seleo

    de indicadores educacionais, dentre os muitos sugeridos e utilizados pela OECD, com nfase

    naqueles cuja obteno pode se basear em fontes de dados demogrficos. Este trabalho se

    insere em um projeto maior que inclui o desenvolvimento de mtodos de estimativa dos

    indicadores relacionados ao fluxo dos alunos no sistema educacional e o clculo, propriamente

    dito, de alguns indicadores previamente selecionados.

    Alm das informaes provenientes do estudo do fluxo escolar10, os resultados dos

    exames de proficincia para os ensinos Fundamental e Mdio, SAEB, so importantes fontes

    de avaliao da qualidade e eficincia do sistema educacional brasileiro e devem ser tambm

    considerados.

    10

    Cunha, J. M. P. et alli. Indicadores do Fluxo Escolar: modelo de profluxo e projees de demanda escolar, nesta publicao.

  • 122

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS IBEZ MILLA, Jess. Informe sobre el proyecto de indicadores de la OCDE y su

    repercusin en la estadstica internacional y espaola. In: Ministerio de Educacion de Chile. Seminario Estadisticas Educativas Mercosur. Santiago de Chile: Ministerio de Educacion de Chile, 1997.

    MINISTRE DE LEDUCATION NATIONALE, DE LENSEIGNEMENT SUPERIEUR

    ET DE LA RECHERCHE. Gographie de lcole. Vanves, 1996, 157p. MINISTRIO DA EDUCAO. A matrcula no ensino fundamental em perspectiva.

    Braslia: MEC/INEP/SEEC, maio/1999. ________. Sinopse estatstica da educao bsica: Censo Escolar 97. Braslia:

    MEC/INEP, 1998. 109p. ________. Bateria de indicadores educacionais. Fontes estatsticas educacionais. Boletim de

    Indicadores Educacionais, Braslia, MEC/INEP/SEEC, n.3, mar./1995. ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT.

    Education at a glance OECD: indicators. Paris: Centre for Educational Research and Innovation, 1997. 416p.

    ________. Education at a glance OECD: indicators. Paris: Centre for Educational Research

    and Innovation, 1996. 396p. WOLYNEC, Elisa. Produo de estatstica e indicadores educacionais: comparabilidade

    internacional e incorporao de novos indicadores. INEP/MEC. Trabalho apresentado no Seminrio Produo de Indicadores Educacionais. NESUR/IE-NEPO/UNICAMP; 21 de maro de 1999. Campinas, SP. 32p.

    WORLD EDUCATION INDICATORS. Development of world education indicators:

    proposal for a pilot project. Paris: UNESCO, OECD, 1997. 57p.

  • 123

    ANEXO

    Quadro 1: Relao de Cdigos e Nomes das Ocupaes do trabalho principal na semana de referncia (22 a 28/09/96).

    211 - PROFESSOR PESQUISADOR - NO ENSINO SUPERIOR 212 - ASSISTENTE - NO ENSINO SUPERIOR 212 - CATEDRATICO - NO ENSINO SUPERIOR 212 - DOCENTE - NO ENSINO SUPERIOR 212 - LENTE - NO ENSINO SUPERIOR 212 - LIVRE DOCENTE - NO ENSINO SUPERIOR 212 - MESTRE NO ENSINO SUPERIOR 212 - PROFESSOR DE ENSINO DE POS GRADUAO 212 - PROFESSOR DE ENSINO DO 3(TERCEIRO) GRAU 212 - PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR 212 - PROFESSOR UNIVERSITARIO 213 - CATEDRATICO - NO ENSINO MEDIO 213 - CATEDRATICO DE ENSINO DO SEGUNDO GRAU 213 - MESTRE NO ENSINO DE SEGUNDO GRAU 213 - PROFESSOR DE ENSINO DO SEGUNDO GRAU DE PRIMEIRA A TERCEIRA SERIE 213 - PROFESSOR DE ENSINO DO SEGUNDO GRAU DE 1A., 2A., 3A. SERIES 213 - PROFESSOR DE ENSINO MEDIO DO SEGUNDO GRAU 213 - PROFESSOR DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE DO SEGUNDO GRAU 213 - PROFESSOR DE PRE-VESTIBULAR 213 - PROFESSOR DE SUPLETIVO SEGUNDO GRAU DE PRIMEIRA A TERCEIRA SERIE 213 - PROFESSOR DE SUPLETIVO SEGUNDO GRAU DE 1A., 2A., 3A. SERIES 214 - MESTRE NO ENSINO DE PRIMEIRO GRAU - QUINTA A OITAVA SERIE 214 - PROFESSOR DE CURSO GINASIAL 214 - PROFESSOR DE ENSINO DO PRIMEIRO GRAU DE QUINTA A OITAVA SERIE 214 - PROFESSOR DE ENSINO DO PRIMEIRO GRAU DE 5A., 6A., 7A., 8A. SERIES 214 - PROFESSOR DE ENSINO DO PRIMEIRO GRAU MAIOR 214 - PROFESSOR DE GINASIO 214 - PROFESSOR DE SUPLETIVO PRIMEIRO GRAU DE QUINTA A OITAVA SERIE 214 - PROFESSOR DE SUPLETIVO PRIMEIRO GRAU DE 5A., 6A., 7A., 8A. SERIES 215 - ADJUNTO - NO ENSINO PRIMARIO 215 - MESTRE NO ENSINO DE PRIMEIRO GRAU - PRIMEIRA A QUARTA SERIE 215 - PROFESSOR DE CURSO DE - ALFABETIZAO, C.A. - INCLUSIVE DE ADULTOS 215 - PROFESSOR DE ENSINO DO PRIMEIRO GRAU DE PRIMEIRA A QUARTA SERIE 215 - PROFESSOR DE ENSINO DO PRIMEIRO GRAU DE 1A., 2A., 3A., 4A. SERIES 215 - PROFESSOR DE ENSINO DO PRIMEIRO GRAU MENOR 215 - PROFESSOR DE SUPLETIVO PRIMEIRO GRAU DE PRIMEIRA A QUARTA SERIE 215 - PROFESSOR DE SUPLETIVO PRIMEIRO GRAU DE 1A., 2A., 3A., 4A. SERIES 215 - PROFESSOR DO EDUCAR 215 - PROFESSOR DO MOBRAL 215 - PROFESSOR PRIMARIO 215 - RECREACIONISTA - NO ENSINO 215 - RECREADORA INFANTIL - NO ENSINO 216 - PROFESSOR DE ENSINO DO PRIMEIRO GRAU - SEM ESPECIFICAO DE SERIE 217 - PROFESSOR DE ENSINO PRE-ESCOLAR 217 - PROFESSOR DE ENSINO PRE-INFANTIL 217 - PROFESSOR DE ENSINO PRE-PRIMARIO 217 - PROFESSOR DE JARDIM DE INFANCIA 217 - PROFESSOR DE MATERNAL 217 - PROFESSOR DE PRE-ALFABETIZAO

    FONTE: PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICLIOS, 1996. NOTAS METODOLGICAS