ficha de trabalho

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1 Curso Profissionais – 10ºano- Disciplina: Área de Integração Ficha de ra!alho - "#dulo 1 – Pessoa e Cultura Padrões culturais A forma como os diferentes povos se adaptaram ao meio envolvente determin formas particulares de ser e de viver - os padrões culturais . É o conjunto de todas estas formas que dá identidade a um grupo social ou comunidade e que dete diversidade cultural no Mundo. A identicação de uma pessoa com uma cultura facilita a sua integração ne cultura, ou seja, os padrões culturais são a sorvidos como sendo os da co como sendo diferentes de outras culturas. !ssa identicação leva o indiv" em grupo e a sentir-se em sintonia com a maioria. #s padrões culturais t$m, assim, algumas vantagens% & contri uem para facilitar a adaptação dos indiv"duos ao grupo' & facilitam o $(ito pessoal e prossional pois, uma ve) integrados no gru aceites socialmente' & pertencer a um grupo dá conança e segurança muito maior em todas as aç comportamentos. #s padrões culturais não são estáticos, vão evoluindo. Alguns nossos antepassados, mas outros vão sendo constru"dos ou modicados +por na forma de vestir, nas palavras usadas, etc. . Somos, simultaneamente, produtos e produtores de cultura: se, por um lado, somos o produto de uma cultura que herdamos, por outro lado, acrescentamos, no nosso dia a dia, outros fatores que as gerações futuras irão integrar. Processos de assimilação da cultura: A assimilação da cultura um processo educativo feito por imitação dos uma sociedade +via informal ou por ensinamento +via formal . Assim, dá- ajustamento que resulta na a sorção e incorporação dos padrões culturais pessoa. !ste processo denomina-se enculturação . A enculturação a integração progressiva dos padrões culturais da comunid onde o indiv"duo cresce e vive, atrav s de vários processos de transmiss a mesma maneira que as gerações mais novas vão interiori)ando os fatores de determinada comunidade, tam m os estrangeiros o podem fa)er. A *ist/ factos so re o fen/meno de integração cultural que pode ocorrer de forma não. 0uando esta ocorre de forma pac"ca , geralmente, espont1nea e, at menos inconsciente 2 dá pelo nome de aculturação. A aculturação a adoção de itos3rituais, comportamentos e o jetos de outra cultura e sua integraç de quem os e(periencia 45e fores viver algum tempo para outro pa"s onde se fala outra l"ngua, on gastron/micos são diferentes, onde são utili)ados no quotidiano o jetos muito diferentes daqueles com que *a itualmente lidas, começarás com certe)a a algumas palavras dessa l"ngua, a provar os pratos e at a apreciar algun sua co)in*a... !ste tipo de aculturação denomina-se pac"ca e pode ser sentida, por am a partes, como astante enriquecedora +pois tu aprendeste coisas novas e os AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO SÉRGIO VILA NOVA DE GAIA -152444

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As diferentes atitudes face a diversidade cultural

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Avaliao Final do Mdulo

Curso Profissionais 10ano- Disciplina: rea de Integrao

Ficha de Trabalho - Mdulo 1 Pessoa e Cultura

Padres culturais

A forma como os diferentes povos se adaptaram ao meio envolvente determinou formas particulares de ser e de viver - os padres culturais. o conjunto de todas estas formas que d identidade a um grupo social ou comunidade e que determina a diversidade cultural no Mundo.

A identificao de uma pessoa com uma cultura facilita a sua integrao nessa mesma cultura, ou seja, os padres culturais so absorvidos como sendo os da comunidade e como sendo diferentes de outras culturas. Essa identificao leva o indivduo a agir em grupo e a sentir-se em sintonia com a maioria.

Os padres culturais tm, assim, algumas vantagens:

contribuem para facilitar a adaptao dos indivduos ao grupo;

facilitam o xito pessoal e profissional pois, uma vez integrados no grupo, so aceites socialmente;

pertencer a um grupo d confiana e segurana muito maior em todas as aes e comportamentos.

Os padres culturais no so estticos, vo evoluindo. Alguns so herdados dos nossos antepassados, mas outros vo sendo construdos ou modificados (por exemplo na forma de vestir, nas palavras usadas, etc.).

Somos, simultaneamente, produtos e produtores de cultura: se, por um lado, somos o produto de uma cultura que herdamos, por outro lado, acrescentamos, no nosso dia a dia, outros fatores que as geraes futuras iro integrar.

Processos de assimilao da cultura:

A assimilao da cultura um processo educativo feito por imitao dos membros de uma sociedade (via informal) ou por ensinamento (via formal). Assim, d-se um lento ajustamento que resulta na absoro e incorporao dos padres culturais de cada pessoa. Este processo denomina-se enculturao.

A enculturao a integrao progressiva dos padres culturais da comunidade onde o indivduo cresce e vive, atravs de vrios processos de transmisso social.

Da mesma maneira que as geraes mais novas vo interiorizando os fatores culturais de determinada comunidade, tambm os estrangeiros opodem fazer. A histria narra factos sobre o fenmeno de integrao cultural que pode ocorrer de forma pacfica ou no. Quando esta ocorre de forma pacfica , geralmente, espontnea e, at, mais ou menos inconsciente d pelo nome de aculturao. A aculturao a adoo de hbitos/rituais, comportamentos e objetos de outra cultura e sua integrao na cultura de quem os experienciaSe fores viver algum tempo para outro pas onde se fala outra lngua, onde os gostos gastronmicos so diferentes, onde so utilizados no quotidiano objetos muito diferentes daqueles com que habitualmente lidas, comears com certeza a usar algumas palavras dessa lngua, a provar os pratos e at a apreciar alguns sabores da sua cozinha...

Este tipo de aculturao denomina-se pacfica e pode ser sentida, por ambas as partes, como bastante enriquecedora (pois tu aprendeste coisas novas e os habitantes da regio aprenderam tambm algo da tua cultura com o contacto que estabeleceram contigo).

Atitudes face a diversidade cultural

Nem sempre a comunicao e a adaptao dos povos positiva. Casos existem em que h rejeio por ambas as partes, ou por uma delas, e o dilogo torna-se quase impossvel.

O etnocentrismo a valorizao de uma cultura em relao a outra. Avaliam-se as outras culturas a partir de si prpria, dos seus valores e padres de comportamento. D origem a atitudes discriminatrias e preconceituosas e resulta, muitas vezes, em racismo, xenofobia ou em atos de patriotismo ou nacionalismo exagerados.

Por exemplo, Hitler foi um nacionalista extremo e intolerante. Considerava os arianos como superiores. Opunha-se aos judeus que perseguia e matava de forma cruel e impiedosa. Desprezava os povos latinos e eslavos. Levou a Europa a uma guerra sangrenta, injusta e de consequncias desastrosas, na ideia de uma nao germnica poderosa e nica de padres culturais dominantes.

Etnocentrismo - atitude pela qual um indivduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referncia, julga outros indivduos ou grupos luz dos seus prprios valores. Pressupe que o indivduo, ou grupo de referncia, se considere superior queles que ele julga, e que tenha um conhecimento muito limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade.

Racismo - discriminao de povos ou pessoas com base no preconceito da sua inferioridade.

Xenofobia - antipatia ou averso em relao a pessoas estranhas, com as quais habitualmente no contactamos.

Relativismo cultural

O relativismo cultural defende que cada sistema cultural tem uma coerncia prpria que deve ser preservada. Dessa forma, aceita a diversidade cultural, embora imponha afastamento para manter intacta a matriz cultural, o que gera o isolamento de culturas, umas em relao s outras, e um esprito de incompreenso face diferena.

O relativista cultural aquele que, por respeitar as caractersticas prprias de cada cultura, corre o perigo de se tornar indiferente em relao a determinadas situaes culturais que podem violar direitos humanos considerados universais, como, por exemplo, a mutilao genital feminina, as prticas de violncia/castigo ou os rituais de iniciao praticados em algumas comunidades espalhadas pelo Mundo.

O relativista cultural aceita viver com pessoas de outras culturas mas mantm-se distante das mesmas. Essa caracterstica pode ser origem de fenmenos de segregao, de que so exemplos os grupos isolados (guetos) que culminam, muitas vezes, em revoltas com possveis episdios de violncia entre grupos diferentes.

Relativismo cultural - princpio que afirma que todos os sistemas culturais so intrinsecamente iguais em valor, implicando que os aspetos caractersticos de cada um devem de ser avaliados e explicados dentro do contexto do sistema em que aparecem.

InterculturalismoA globalizao e as migraes do Mundo na atualidade cada vez mais obrigam convivncia de culturas. Quando a convivncia se baseia numa relao de respeito pela diversidade e se pressupe o enriquecimento cultural de forma recproca, fala-se de Interculturalismo que promove a integrao e a interao.

O interculturalismo tem como princpios:

- reconhecer a natureza plural e diversificada da cultura humana;

- promover o contacto entre as diferentes culturas, porque parte da ideia que possvel a compreenso entre si;

- acreditar que h vnculos que unem as diferentes comunidades;

- assumir a universalidade dos direitos humanos;

- exigir a preveno dos conflitos;

- apostar na educao de valores universais.

Interculturalismo - integrao de indivduos e grupos tnicos minoritrios numa sociedade com uma cultura diferente. Os grupos podem expressar e manter os seus elos culturais e conviver com indivduos de outras culturas, fortalecendo o conjunto e promovendo o enriquecimento e aprendizagem mtuas.Exerccios de aplicao

I

A partir do momento do nascimento, um beb comea a sentir o impacto da cultura: na maneira como vem ao Mundo; na maneira como o cordo umbilical cortado e amarrado; na forma como lavado e segurado; e na maneira como enfaixado ou vestido. Um pouco mais tarde, cada criana comea a comportar-se bioculturalmente, e, medida que vai crescendo, ir abandonando os aspetos puramente biolgicos e aceitando os valores culturais. Na realidade, no entanto, as atividades biolgicas no podem nunca ser totalmente eliminadas do comportamento humano mas, apenas, ajustadas aos padres de cultura de uma sociedade. Adaptado de: Mischa Titiev, Introduo Antropologia Cultural

Leia atentamente o texto acima.

1. Identifica e recolhe exemplos que demonstrem que:

um beb comea a sentir o impacto da cultura na forma como vem ao Mundo;

um pouco mais tarde, uma criana comea a comportar-se bioculturalmente;

as atividades biolgicas nunca podem ser eliminadas do comportamento humano; so, no entanto, ajustadas aos padres culturais de cada sociedade.

II

Leia o texto e pesquise sobre a poltica do apartheid na frica do sul

Poltica sul-africana que orientou as relaes entre a minoria branca e a maioria negra. Tinha por base a separao racial e a discriminao poltica e econmica dos negros. A doutrina do apartheid nasceu em 1950, com o Ato de Registo da Populao, e dividiu a populao sul-africana em negros, mestios e brancos. Para alm da separao territorial dos vrios grupos tnicos, tambm foi legitimado o desenvolvimento paralelo e separado das raas.Embora a segregao racial fosse praticada antes de 1948, a sua ratificao apenas aconteceu em 1950, dois anos depois de o Partido Nacional ter conquistado o poder. Nesse mesmo ano, ficaram estabelecidas zonas residenciais e comerciais para cada raa. Como resultado, a minoria branca ficou com mais de 80% do territrio sul-africano. Para fazer cumprir a segregao racial e evitar que os negros sassem das zonas a que se encontravam limitados, o Governo reforou a existncia de autorizaes de acesso a reas restritas. Os contactos sociais entre raas diferentes eram quase inexistentes. O acesso cultura e educao era diferente; o acesso a determinados empregos era restrito; os sindicatos eram proibidos; e apenas a minoria branca tinha representao no Governo. No entanto, a economia sul-africana dependia do trabalho dos negros, o que dificultou a poltica do apartheid. Com a ajuda de alguns brancos, vrias etnias levaram a cabo manifestaes, protestos violentos e sabotagens.Em 1991, o presidente do Governo da frica do Sul, Frederik de Klerk, aboliu o apartheid. Dois anos mais tarde, uma nova Constituio consagrou aos negros, e a outros grupos tnicos, o direito ao voto. O fim do apartheid foi marcado com as eleies multirraciais de 1994. Foi eleito um Governo de coligao, maioritariamente negro.

Apartheid. In Infopdia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-09].Disponvel na www: .III

JOVEM MUULMANA APEDREJADA AT MORTE

Katya Koren, uma jovem muulmana, foi apedrejada at morte por ter participado num concurso de beleza na Ucrnia. Os alegados autores do crime justificam o ato dizendo que a jovem violou as leis islmicas, as leis de Sharia, o cdigo de leis do Islo.

Jornal de Notcias, 31 de maio de 2011

MUTILAO GENITAL MATA BEB DE 3 MESES

Uma criana guineense de trs meses morreu aps hemorragias provocadas pela prtica de mutilao genital a que foi submetida.

De acordo com Iracema do Rosrio, presidente do Instituto da Mulher e Criana, o caso registou-se, em Bissau, quando uma me, contra vontade do pai, submeteu a filha a exciso. A criana, de trs meses, acabou por falecer poucas horas depois por no ter resistido s hemorragias.

O mais grave que quando a criana comeou a perder sangue no foi levada ao mdico pela prpria me. Jornal de Notcias, 26 de agosto de 2009

1. Leia os textos do Jornal de Notcias e a seguinte frase:

"Perante estes dois casos, o relativista cultural diria que dentro da comunidade a que estes indivduos pertencem estas situaes so encaradas como naturais e, portanto, ningum de outra cultura dever interferir."

1.1. Expresse a tua opinio sobre os casos.

1.2. Comente a posio do relativista cultural.

IV

O dilogo intercultural requer o esforo de todos os participantes por meio de projetos que divulguem a interao sem a perda da identidade pessoal ou coletiva. O xito do dilogo intercultural no depende tanto do conhecimento dos outros como da capacidade de ouvir, da flexibilidade cognitiva, da empatia, da humildade e da hospitalidade. Nesse sentido, e com o propsito de desenvolver o dilogo e a empatia entre jovens de diferentes culturas, foram postas em marcha numerosas iniciativas que vo desde projetos escolares at programas de intercmbio com ati-vidades participativas nos mbitos da cultura, arte e desporto. Do mesmo modo, as prticas e os acontecimentos multiculturais, como o estabelecimento de redes de cidades mundiais e os festivais culturais podem ajudar a superar barreiras criando momentos de comunho e diverso urbanas.

A chave para um processo de dilogo intercultural frutfero est no reconhecimento da igual dignidade dos participantes. Pressupe reconhecer e respeitar as diferentes formas de conhecimento e os seus modos de expresso, os costumes e tradies dos participantes e os esforos por estabelecer um contexto culturalmente neutro que facilite o dilogo e que permita s comunidades expressar-se livremente.

Relatrio Mundial da UNESCO, Investir na diversidade cultural e no dilogo intercultural, 2009agrupamento de escolas antnio srgio

vila nova de gaia -152444

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