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Escola EB 2,3 Professor Gonçalo Sampaio Curso EFA secundário Ficha de trabalho n.º 2 Áreas de Competência - Chave: CLC/STC/CP Núcleos Geradores: Tecnologias de Informação e Comunicação Complexidade e Mudança; Argumentação e Assertividade As novas tecnologias e o progresso tecnológico 1.Identifique e descreva algumas alterações no modo de viver das pessoas que resultaram de inovações tecnológicas. Com o desenvolvimento das novas tecnologias e o progresso tecnológico, as comunicações tornaram-se mais rápidas, fáceis e cómodas vindo, desta forma, poupar tempo a todos os seus utentes. O Correio Electrónico tornou-se um novo modo de comunicação e, desta forma, veio substituir a carta estando a pessoa com quem queremos comunicar ao alcance de um clique. Com o fax é possível o envio de cartas, documentos e imagens por via electrónica com maior rapidez e comodidade e sem o risco de extravio. O telefone e o telemóvel também vieram substituir a carta sendo desta forma mais fácil e cómodo comunicar com pessoas em

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Escola EB 2,3 Professor Gonçalo Sampaio

Curso EFA secundário

Ficha de trabalho n.º 2

Áreas de Competência - Chave: CLC/STC/CP

Núcleos Geradores: Tecnologias de Informação e Comunicação

Complexidade e Mudança; Argumentação e Assertividade

As novas tecnologias e o progresso tecnológico

1.Identifique e descreva algumas alterações no modo de viver das pessoas que resultaram de inovações tecnológicas.

Com o desenvolvimento das novas tecnologias e o progresso tecnológico, as comunicações

tornaram-se mais rápidas, fáceis e cómodas vindo, desta forma, poupar tempo a todos os seus

utentes.

O Correio Electrónico tornou-se um novo modo de comunicação e, desta forma, veio substituir

a carta estando a pessoa com quem queremos comunicar ao alcance de um clique.

Com o fax é possível o envio de cartas, documentos e imagens por via electrónica com maior

rapidez e comodidade e sem o risco de extravio.

O telefone e o telemóvel também vieram substituir a carta sendo desta forma mais fácil e

cómodo comunicar com pessoas em qualquer parte do planeta. Com o surgimento do

telemóvel estamos contactáveis a qualquer hora e em qualquer lado. Este equipamento, para

além de nos permitir comunicar por voz, também nos permite o envio de SMS, tornando a

mensagem mais rápida cómoda e pessoal.

Hoje as pessoas ao invés de se contactarem pessoalmente cada vez mais optam pelo

telemóvel, ou chat e redes sociais

Hoje com o uso da Internet e da videoconferência é possível realizar reuniões e transacções

com pessoas em qualquer parte do mundo como se estivessem na mesma sala, consultar a

nossa conta bancária sem para isso sairmos de casa. Passamos a colocar a biblioteca em

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segundo plano e efectuamos pesquisas através da Net sendo este meio muito utilizado,

actualmente toda a gente tem computador e Net em casa ou no trabalho. Com o uso da

Internet passamos a estar sujeitos a ataques de hackers (pessoas com grande conhecimento a

nível informático) e responsáveis pelos vírus electrónicos, que na maioria dos vezes danificam

os computadores ou lhes retiram informação de extrema importância tanto a nível pessoal

como profissional. Mas há que ter cuidado pois nem toda a informação que veicula na Net é

fidedigna induzindo muitas vezes as pessoas em erro com a informação ai prestada.

As pessoas passaram a viver um pouco em função dos novos equipamentos não sendo capazes

de viver sem o telemóvel, passam horas em frente ao computador esquecendo-se muitas

vezes de realizar algumas tarefas importantes. O quotidiano das pessoas passa a ser

organizado de forma a poderem ter sempre alguns destes equipamentos ao alcance.

A falta de socialização e de convívio é enorme fazendo com que se perca o contacto

interpessoal.

Estes equipamentos técnicos vieram

revolucionar e modernizar os meios de

comunicação….

Observe esta Banda Desenhada de Maitena

“O telemóvel, uma doença celular”

2. Nos dias que correm, qual é o papel do telemóvel na vida da maioria das pessoas em Portugal?

R- Hoje em dia, a maioria das pessoas em

Portugal, como em qualquer parte do planeta,

não vivem sem o telemóvel.

A maioria das pessoas, já não se contenta com

um telemóvel apenas, chegando a ter um de

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cada rede, tal é a ânsia de ter todas as promoções e tarifários disponíveis pelas diferentes

redes.

Há pessoas que, de tão viciadas no telemóvel, nem à hora da refeição, são capazes de se

abstrair do telemóvel e passam o tempo a enviar SMS. É bem verdade que veio facilitar a nossa

vida em muito, estamos contactáveis a qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer lugar

mas, nem sempre isso é benéfico pois, por vezes, a forma como é utilizado torna-se abusiva e

despropositada, perdeu-se muita da nossa liberdade e intimidade ao estarmos contactáveis a

qualquer hora e em qualquer lugar. Há quem não tenha escrúpulos e ligue a horas mais

disparatadas e inconvenientes por uma ninharia que podia ser facilmente resolvida no dia

seguinte.

O uso excessivo do telemóvel pode favorecer o aparecimento de algumas doenças celulares

como a esquizofrenia, Alzheimer, Parkinson e Cancro.

Por tudo isto o telemóvel na actualidade é dispensável, mas tornou-se um bem de primeira

necessidade no quotidiano da maioria dos portugueses.

3. A partir do que foi referido, o que podemos entender por “Aldeia Global”?

R- O que eu entendo por Aldeia Global corresponde a uma nova visão do mundo apenas

possível devido ao desenvolvimento e modernização das tecnologias de informação e

comunicação pela rapidez e facilidade com que se comunica com qualquer parte do planeta

contribuindo desta forma para suprimir e encurtar virtualmente as distâncias geográficas. Hoje

podemos assistir, em directo, a acontecimentos que estão a ocorrer do outro lado do planeta.

O horizonte das pessoas deixou de ser a aldeia ou a região e passou a ser o planeta. As pessoas

podem viajar pelos vários continentes sem sair de casa. A informação circula por todo o

planeta. A Economia é global. O homem venceu a distância, estendeu os seus braços a todo o

planeta.

4.Porque razão a nova sociedade da informação e do conhecimento exige uma aprendizagem ao longo da vida?

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R- A obtenção contínua de conhecimentos e competências, é fundamental para podermos

tirar partido dessas oportunidades e participar activamente na sociedade, os auxílios

concorrenciais dependem cada vez mais dos investimentos em termos de capital humano. Os

conhecimentos e as competências, constituem um importante estímulo para o crescimento

económico.A educação e formação nos seguintes planos é da máxima importância, no plano económico,

no acesso ao emprego e na manutenção da empregabilidade, no combate ao desemprego e na

promoção da igualdade de oportunidades, e desta forma lutar contra a pobreza e a exclusão

social.

Por conseguinte, os conhecimentos e as competências, constituem um importante incentivo

para o crescimento económico.

Por outro lado, a sociedade do conhecimento traz riscos e incertezas importantes, na medida

em que é susceptível de fortalecer divergências e o afastamento social.

5.Vai realizar uma visita de estudo à Rádio Universitária do Minho. Ao realizar a sua visita vai

realizar um relatório que procure responder aos seguintes aspectos:

Compreender as múltiplas funcionalidades da rádio e compreender as suas aplicações na organização do quotidiano.

Compreender a linguagem específica que é utilizada na rádio.

A RUM e as novas formas de comunicação (ex: Podcast, Redes Sociais)

Relação deste meio de comunicação com outros meios de comunicação social;

Relatório

No dia 22 de Fevereiro de 2010 nós, os formandos do curso EFA, na companhia de alguns dos nossos formadores efectuamos uma visita de estudo à Rádio Universitária do Minho na cidade de Braga. Esta rádio situa-se no apartado 3061.4711-906 Braga

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Esta visita vai ao encontro do DR que está a ser tratado na sala de aulas, ou seja “tecnologias

de informação”. A nossa chegada fomos recebidos pelo Sr. Sérgio que nos mostrou as

instalações da rádio e nos explicou o seu funcionamento. Esta rádio colabora com o curso de

comunicação social da Universidade do Minho, é um canal aberto a todas as vozes.

Em primeiro lugar fomos encaminhados para a sala de redacção, onde podemos constatar que

estava apetrechada com alguns computadores sendo estes o instrumento essencial para o

bom funcionamento desta rádio. A seguir dirigimo-nos à sala onde se gravam os programas

quer em directo quer em diferido, nesta sala vimos um aparelho que funciona como um

telefone para fazer as emissões em directo a partir do exterior. Sendo as emissões em directo

tem que haver silencio absoluto para não permitir intrusões indesejadas, sempre que o

programa vai para o ar liga uma luz vermelho, esta sala tem vidro duplo e revestimento em

cortiça nas portas e nalgumas paredes foram colocadas cortinas. Os computadores foram

colocados fora do estúdio para evitar o barulho, esta mesma sala contêm a misturadora, um

gira-discos para os discos de vinil embora o seu uso seja pouco frequente. Visitamos a

discoteca da rádio que também serve de arquivo, onde guardam os CDs, as cassetes e os

discos de vinil. Neste mesmo espaço é preparada toda a informação, e depois das notícias

elaboradas, são colocadas em rede nos computadores para serem transmitidas pelos locutores

no estúdio. A informação nesta estação é divulgada das 7h às 19h, sendo a linguagem utilizada

pelos locutores a corrente para ser compreendida por todos, utilizando por vezes o calão nos

programas de entretenimento. A programação à noite é feita de forma automática ou seja,

deixam-se todas as instruções no computador e o programa decorre normalmente é tudo

pensado e programado ao minuto. O público-alvo desta estação vai desde os 20 aos 40 anos o

que nos deixa bastante satisfeitos, esta estação passa música portuguesa e musica brasileira

portuguesa, Jaz, uma enorme variedade musical de forma a satisfazer todo o publico alvo,

sendo os CDs oferecidos pelas editoras. A rádio universitária do Minho faz a sua divulgação

através do youtube mas, apostam mais no facebook onde divulgam a história da rádio, das

bandas, entre outras, não é necessário ter formação especial para exercer esta actividade,

bastando para isso ter algum conhecimento de informática e bom gosto musical. Um programa

de uma hora ao realizar chega a ultrapassar em muito essa mesma hora de difusão. Esta rádio

iniciou as suas funções em 1984 como rádio pirata sendo o primeiro emissor de frequência

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modulada de potência de 2wats, os cartazes anunciavam que as emissões poderiam ser

seguidas por todos os radiouvintes interessados, nos 103 ou 104 MHz mais ou menos, a partir

das, mais ou menos, 22 horas. O emissor artesanal não era seguro e depressa se verificou que

era necessário investir um pouco mais. A Rádio Universitária do Minho foi a primeira a emitir,

depois de atribuído o alvará, no dia 10 de Julho de 1989.

Esta rádio é composta por um número razoável de funcionários, sendo que 13 deles são

efectivos contando com o pessoal da recepção, jornalistas e locutores e conta ainda com o

apoio de voluntários totalizando um número entre trinta a quarenta pessoas que se

empenham em divulgar esta estação de rádio através do seu profissionalismo. Esta rádio

funciona sem qualquer tipo de apoio da autarquia, vivem das pessoas e empresas que aí

publicitam, tem contrato publicitário com a casa da musica de Guimarães e recebem apoio da

Universidade do Minho. Para sintonizar esta rádio deve ligar-se a frequência 107.8 MHZ. Esta

rádio tem programas pré definidos de música pop e Reg, nestes programas por vezes

introduzem efeitos de voz e sempre que necessário existe um mecanismo para cortar o fio de

bak. A RUM é um laboratório, por si e considerando a existência e colaboração com o Curso de

Comunicação Social da Universidade do Minho. Além dos serviços informativos a prestar a um

auditório que se pretende tão alargado como a sua zona de influência a redacção mantém em

permanência programas de formação de profissionais.

Esta rádio será sempre um exemplo de informação independente; um espaço de liberdade, um

canal para todas as vozes. A RUM não é uma estação de vocação comercial, não segue modas

informativas que, por serem modas, depressa passam deixando para trás apenas a

perturbação do molde das ideias, linguagem e critérios informativos.

Ao mesmo tempo esta rádio estimula os seus profissionais a adopção dos mais recentes

modos de comunicação, ao nível da linguagem e dos recursos técnicos, de forma a tornar-se

uma estação de referência no panorama das rádios.

Estes valores são resguardados e estimulados, tendo em conta a vocação da RUM para

proporcionar aos profissionais que por lá passam carreiras noutros órgãos de comunicação.

Foi uma visita importante e esclarecedora.

Exercícios:

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7.Determine quantos bytes serão usados na codificação em ASCII das seguintes expressões:

a) Bola = 4 Bytes b) A casa = 6 Bites

c)X + Z= 6 Bytes d) Estou estudando muito = 21Bytes

8.Represente no código ASCII as seguintes expressões:

a) BOLA = 0100 0010 0100 1111 0100 1100 0100 0001

b) A CASA = 0100 0001 0010 0000 0100 0011 0100 0001 0101 0011 0100 0001

c) X+2= 0101 1000 0010 1011 0011 0010 0011 1101

d) A CORUJA = 0100 0001 0010 000 0100 0011 0100 1111 0101 0010 0101 0101 0100 1010

0100 0001

9. Elabore um texto onde reflicta, mais aprofundadamente, sobre as seguintes

vantagens/desvantagens do teletrabalho: fazer da nossa casa local de trabalho para além de

aspectos positivos como, por exemplo, a possibilidade de melhorar a qualidade de vida em

família, pode comportar, também, alguns aspectos menos positivos, como a dificuldade de

separar a vida profissional da vida pessoal ou a dificuldade em definir a metodologia de

trabalho mais apropriada. Há também associado o risco de isolamento social.

Vantagens para os teletrabalhadores

Se o teletrabalhador executa as suas funções ou actividade a partir de casa verifica-se uma

diminuição do número de deslocações entre o domicílio e o emprego. Isto implica vários

benefícios, nomeadamente a diminuição do tempo de deslocação e do stress provocado pela

frequência do incómodo das viagens diárias. O tempo restante pode ser utilizado em tarefas

úteis do ponto de vista profissional ou em tarefas domésticas ou simplesmente aumentando o

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tempo consagrado ao lazer. A possibilidade de gestão individual do tempo de trabalho facilita

a quebra das "horas mortas" e dos intervalos no horário de trabalho. Com o tempo ganha-se

na diminuição das viagens o teletrabalhador pode harmonizar de forma mais coerente a vida

profissional e familiar. Tudo isto estabelece factores de melhoria da qualidade de vida dos

teletrabalhadores e das suas famílias.

Desvantagens para os teletrabalhadores

Os teletrabalhadores enfrentam a solidão, o tédio, a perda dos contactos informais no local de

trabalho. Os trabalhadores que alicerçam as suas relações sociais no meio profissional

encontram uma barreira adicional às suas características pessoais.

Com o afastamento efectivo do local habitual de trabalho o teletrabalhador pode levar ao

esquecimento do trabalhador por parte da entidade empregadora em caso de promoções,

acções de formação, planos de carreira e prémios, podendo ser mal avaliado ou mesmo

marginalizado em relação aos trabalhadores convencionais. A actividade profissional requer

um ambiente de concentração e dedicação que pode não ser possível de assegurar quando

existem crianças em casa, ou familiares que necessitam de apoio ou quando os interesses e

necessidades pessoais dos familiares são incompatíveis, assim como a interferência dos

familiares na actividade profissional pode ser negativa para os resultados profissionais. O

trabalho em excesso como qualquer outro é um vício comportamental, poderá causar doenças

relacionadas com stress, ou conflitos familiares.

Mas para além das desvantagens para o teletrabalhador há que se salientar também as

desvantagens para a economia, com a falta de deslocação de casa para o trabalho reduz-se a

necessidade de espaço por parte das empresas o que, por conseguinte, tem efeito negativo

quer no sector da construção quer do aluguer de imóveis.

10. Imagine que trabalha em regime de teletrabalho a partir do seu domicílio. Elabore um

pequeno texto onde aborde os seguintes itens:

a) Seleccione uma actividade que considere que possa desenvolver em regime de teletrabalho;

b) Organize o seu dia de trabalho (desde que se levanta até à hora de dormir);

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c) Refira as vantagens, para si, de trabalhar em regime de teletrabalho e as desvantagens que,

possivelmente, o teletrabalho lhe traria.

Teletrabalho

Após um período desempregada recorri ao teletrabalho. Onde desenvolvo a actividade de

tradutora, traduzo texto de Francês para Português. Resolvi desenvolver esta actividade

devido aos meus conhecimentos da língua francesa. O meu dia começa as 7h da manhã, tomo

banho, visto-me sem grandes cerimónias, pois não necessito de vestuário formal, às 7h 30m

tomo o pequeno-almoço, de seguida arrumo o quarto, lavo a loiça do pequeno-almoço e

preparo todos os ingredientes para o almoço. Às 9h começo o meu dia de trabalho com a

tradução de várias actas, cartas e memorandos.

Por volta das 11h faço um intervalo para preparar o almoço, às 12h almoço, no final arrumo a

cozinha e às 13h volto ao trabalho, de onde só saio as 16h para fazer um pequeno lanche e

preparar os ingredientes para o jantar. Às 16h 30m, de regresso ao trabalho, só volto a deixar a

sala às 19 h. Com o trabalho concluído é hora de enviar as traduções feitas nessa dia, uma

cópia por fax outra por email. É hora de preparar o jantar para toda a família, pois as refeições

são sempre feitas em família e é o momento de pôr a conversa em dia. Às 21h, com o filho já

deitado, arrumo a cozinha e faço outras tarefas domésticas. Com as tarefas cumpridas vou

para a sala ler ou assistir televisão. Às 23h 30 m está na hora de ir dormir para na manhã

seguinte recomeçar. As vantagens do teletrabalho para mim são enormes, a redução dos

custos de deslocação é praticamente total, acabaram-se as filas de trânsito, diminui o stress e

a paz de espírito é aumentada mas, acima de tudo, tenho uma maior flexibilidade de horário.

O ambiente de trabalho é sossegado, acolhedor o que me proporciona uma maior

assertividade, rentabilidade e concentração no trabalho, a pontualidade é praticamente total,

os contactos com a empresa efectuo-os, por via telefónica ou vídeo-conferência, o que para

ambas as partes facilita em muito o trabalho. A disponibilidade para a minha família é total.

Mas nem tudo são vantagens, a falta de socialização e de convívio é enorme, fazendo-me

perder o contacto com outras pessoas. Mas acima de tudo a minha maior dificuldade é

conseguir separar os espaços, o ambiente familiar do ambiente profissional, acabando por ser

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a família a ressentir-se. Outro grande inconveniente é a falta de cobertura de rede da internet,

tanto fixa como móvel, que por vezes se faz sentir.

Por tudo isto, o teletrabalho não se adequa ao meu estilo de vida, acabaria por não saber

separar os dois ambientes.

11. Consulte o Código do Trabalho e seleccione os artigos que contenham a seguinte informação:

Código de trabalho

a) Noção de teletrabalho;

Artigo 233.º - Noção

Para efeitos deste Código, considera-se teletrabalho a prestação laboral realizada com

subordinação jurídica, habitualmente fora da empresa do empregador, e através do recurso a

tecnologias de informação e de comunicação.

b) Formalidades e garantias que o contrato para prestação subordinada de teletrabalho deve ter;

Artigo 234.º - Formalidades

1 - Do contrato para prestação subordinada de teletrabalho devem constar as seguintes

indicações:

a) Identificação dos contraentes;

b) Cargo ou funções a desempenhar, com menção expressa do regime de teletrabalho;

c) Duração do trabalho em regime de teletrabalho;

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d) Actividade antes exercida pelo teletrabalhador ou, não estando este vinculado ao

empregador, aquela que exercerá aquando da cessação do trabalho em regime de

teletrabalho, se for esse o caso;

e) Propriedade dos instrumentos de trabalho a utilizar pelo teletrabalhador, bem como a

entidade responsável pela respectiva instalação e manutenção e pelo pagamento das

inerentes despesas de consumo e de utilização;

f) Identificação do estabelecimento ou departamento da empresa ao qual deve reportar o

teletrabalhador;

g) Identificação do superior hierárquico ou de outro interlocutor da empresa com o qual o

teletrabalhador pode contactar no âmbito da respectiva prestação laboral. 2 - Não se

considera sujeito ao regime de teletrabalho o acordo não escrito ou em que falte a menção

referida na alínea b) do número anterior.

c) Direitos e deveres dos trabalhadores em regime de teletrabalho;

Artigo 235.º - Liberdade contratual

1 - O trabalhador pode passar a trabalhar em regime de teletrabalho por acordo escrito

celebrado com o empregador, cuja duração inicial não pode exceder três anos.

2 - O acordo referido no número anterior pode cessar por decisão de qualquer das partes

durante os primeiros 30 dias da sua execução.

3 - Cessado o acordo, o trabalhador tem direito a retomar a prestação de trabalho, nos termos

previstos no contrato de trabalho ou em instrumento de regulamentação colectiva de

trabalho.

4 - O prazo referido no n.º 1 pode ser modificado por instrumento de regulamentação

colectiva de trabalho.

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Artigo 236.º - Igualdade de tratamento

O teletrabalhador tem os mesmos direitos e está adstrito às mesmas obrigações dos

trabalhadores que não exerçam a sua actividade em regime de teletrabalho tanto no que se

refere à formação e promoção profissionais como às condições de trabalho.

Artigo 237.º - Privacidade

1 - O empregador deve respeitar a privacidade do teletrabalhador e os tempos de descanso e

de repouso da família, bem como proporcionar-lhe boas condições de trabalho, tanto do

ponto de vista físico como moral.

2 - Sempre que o teletrabalho seja realizado no domicílio do trabalhador, as visitas ao local de

trabalho só devem ter por objecto o controlo da actividade laboral daquele, bem como dos

respectivos equipamentos e apenas podem ser efectuadas entre a 9 e as 19 horas, com a

assistência do trabalhador ou de pessoa por ele designada.

Artigo 239.º - Segurança, higiene e saúde no trabalho

1 - O teletrabalhador é abrangido pelo regime jurídico relativo à segurança, higiene e saúde no

trabalho, bem como pelo regime jurídico dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.

2 - O empregador é responsável pela definição e execução de uma política de segurança,

higiene e saúde que abranja os teletrabalhadores, aos quais devem ser proporcionados,

nomeadamente, exames médicos periódicos e equipamentos de protecção visual.

Artigo 240.º - Período normal de trabalho

O teletrabalhador está sujeito aos limites máximos do período normal de trabalho diário e

semanal aplicáveis aos trabalhadores que não exercem a sua actividade em regime de

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teletrabalho.

Artigo 241.º - Isenção de horário de trabalho

O teletrabalhador pode estar isento de horário de trabalho.

Artigo 242.º - Deveres secundários

1 - O empregador deve proporcionar ao teletrabalhador formação específica para efeitos de

utilização e manuseamento das tecnologias de informação e de comunicação necessárias ao

exercício da respectiva prestação laboral.

2 - O empregador deve proporcionar ao teletrabalhador contactos regulares com a empresa e

demais trabalhadores, a fim de evitar o seu isolamento.

3 - O teletrabalhador deve, em especial, guardar segredo sobre as informações e as técnicas

que lhe tenham sido confiadas pelo empregador.

d) Instrumentos de trabalho em prestação subordinada de teletrabalho;

Artigo 238.º - Instrumentos de trabalho

1 - Na ausência de qualquer estipulação contratual, presume-se que os instrumentos de

trabalho utilizados pelo teletrabalhador no manuseamento de tecnologias de informação e de

comunicação constituem propriedade do empregador, a quem compete a respectiva

instalação e manutenção, bem como o pagamento das inerentes despesas.

2 - O teletrabalhador deve observar as regras de utilização e funcionamento dos equipamentos

e instrumentos de trabalho que lhe forem disponibilizados.·

3 - Salvo acordo em contrário, o teletrabalhador não pode dar aos equipamentos e

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instrumentos de trabalho que lhe forem confiados pelo empregador uso diverso do inerente

ao cumprimento da sua prestação de trabalho.

e) Participação e representação colectiva de trabalhador em regime de teletrabalho.

Artigo 243.º - Participação e representação colectivas

1 - O teletrabalhador é considerado para o cálculo do limiar mínimo exigível para efeitos de

constituição das estruturas representativas dos trabalhadores previstas neste Código, podendo

candidatar-se a essas estruturas.·

2 - O teletrabalhador pode participar nas reuniões promovidas no local de trabalho pelas

comissões de trabalhadores ou associações sindicais, nomeadamente através do emprego das

tecnologias de informação e de comunicação que habitualmente utiliza na prestação da sua

actividade laboral.

3 - As comissões de trabalhadores e as associações sindicais podem, com as necessárias

adaptações, exercer, através das tecnologias de informação e de comunicação habitualmente

utilizadas pelo teletrabalhador na prestação da sua actividade laboral, o respectivo direito de

afixação e divulgação de textos, convocatórias, comunicações ou informações relativos à vida

sindical e aos interesses socioprofissionais dos trabalhadores.

11.1 Dê a sua opinião sobre o conteúdo das alíneas b), c) e e), do ponto de vista de um

trabalhador.

R- A minha opinião no que se refere as alíneas acima mencionadas é de que o teletrabalhador

deve estar sujeito às mesmas formalidades, garantias, direitos e deveres de qualquer outro

trabalhador. Concordo plenamente com todas as alíneas. Todos os teletrabalhadores têm

direito a igualdade de tratamento, pois são também eles trabalhadores por conta de outrem,

devendo deste modo serem tratados como todos os outros funcionários que se deslocam para

a empresa todos os dias, estando sujeitos aos mesmos deveres, obrigações, cumprimento de

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horários e direito à sua privacidade. Os teletrabalhadores devem ser defendidos e

representados pelos sindicatos ou pelos seus superiores, podendo intervir e opinar nas

reuniões da empresa para a qual trabalham sem medo de represálias, ou de serem esquecidos

como um simples número.