ficha de identificação da produção didático-pedagógica ... · a transmitir o que foi...
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Ficha de Identificação da Produção Didático-pedagógica - Turma 2016
Título: As contribuições de Comenius para a formação de professores em nível médio na modalidade normal Autor: Oscar Marreta dos Santos Disciplina/Área: Formação de docentes Escola de Implementação: Colégio Estadual Presidente Roosevelt – EFMN Município da escola: Guaíra - Paraná Núcleo Regional de Educação: Toledo - Paraná Professor Orientador: Professor Dr. Valdecir Soligo Instituição de Ensino Superior:
Unioeste – Campus Cascavel
Resumo:
Com este trabalho espera-se alcançar o objetivo geral, a saber: Investigar de que forma o estudo da obra de Jan Amos Komenský – “Comenius” contribui para a formação de professores em nível médio na modalidade normal. O mesmo foi pensado a partir das observações realizadas no cotidiano da coordenação de curso de formação de professores, quando os docentes destacam os desafios pedagógicos, por exemplo: que os alunos não demonstram interesse pela leitura e muitas vezes não valorizam os estudos e por outro os alunos se mostram desinteressados por práticas obsoletas distanciadas do seu contexto. Comenius idealizava uma escola moderna no contexto do século XVII, tendo como preceito "Ensinar tudo a todos". E hoje, em pleno século XXI, os educadores continuam idealizando essa mesma escola nos conduzindo ao questionamento principal desta proposta: De que forma o estudo de Comenius contribui para que os professores do curso de formação de docentes despertem em seus alunos o senso crítico para intervenção em sua prática profissional futura? Para fundamentar as reflexões deste trabalho apoiamo-nos em autores como: COMENIUS, CUNHA, COVELLO, GASPARIN, SAVIANI. Participarão deste trabalho os professores da disciplina de Prática de formação do curso de formação de docentes do Colégio Estadual Presidente Roosevelt-EFMN da cidade de Guaíra-Pr.
Palavras-chave: Comenius;educação,formação;professores Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico Público: Professores da disciplina de Prática de
Formação do curso Formação de docentes.
APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico tem como objetivo subsidiar os professores da
disciplina de Prática de formação a refletirem sobre o seu papel na formação de
novos professores, a partir de um clássico do século XVII, Comenius, considerado o
pai da didática e criador da didática Magna. A partir das reflexões acerca deste
educador renascentista, o professor poderá apontar quais seriam as contribuições
que ele oportuniza para formar novos professores em nível médio na modalidade
normal.
O caderno foi organizado em 4 unidades, cada uma compreende 2 encontros
de 4 horas e será realizado no momento da hora atividade:
Unidade 1- Conhecendo Jan Amos Komenský – “Comenius” - Esta unidade
apresenta Comenius e sua ousada proposta de ensinar tudo a todos.
Unidade 2- Comenius: o pai da didática moderna. A unidade 2 traz a
discussão sobre a didática e suas implicações sobre o ensinar e aprender,
destacando a aproximação do homem ao criador.
Unidade 3- Formação de professores: os desafios pedagógicos, ontem e
hoje. Na unidade 3 inicia a discussão sobre os desafios pedagógicos vivenciados
pelos professores ontem e hoje e como pensar a formação para as novas gerações.
Unidade 4- Comenius para o século XXI – Esta unidade finaliza com
discussões acerca da proposta de Comenius sobre o sentido da vida e o fim do
homem, sobre a educação e as escolas. Neste sentido, os participantes organizam
materiais pedagógicos para apresentar aos alunos do curso de formação de
docentes, destacando as contribuições de Comenius para essa formação.
O caderno será trabalhado no formato de grupo de estudos com os
professores de prática de formação. Antes de iniciar o grupo de estudo com os
mesmos, será proposto um questionamento sobre: Quais as concepções que os
professores participantes têm em relação aos processos de ensino e de
aprendizagem na formação do futuro educador.
Individualmente, os professores escrevem em uma folha de sulfite as suas
impressões a respeito dessas concepções, que serão discutidas no final da unidade
4 deste caderno pedagógico.
Cabe ressaltar, que a proposta desse trabalho surge dos apontamentos
elencados pelos professores e alunos no cotidiano de um curso de formação de
docentes. Os professores relatam que os alunos não demonstram interesse quando
indicada a bibliografia e copiam textos na internet, mas não leem, apenas entregam
os trabalhos para terem nota.
Quanto aos alunos, os mesmos discutem com a coordenação de curso
durante a devolutiva das reuniões feitas com os professores, destacando que os
textos clássicos da educação são muito distantes da realidade em que eles vivem e
cansativos, não chamam a atenção.
A responsabilidade de formar professores numa região de fronteira como a
cidade de Guaíra-Pr, nos coloca diante de grandes desafios. Afinal, nossos alunos
encontram na cidade diferentes possibilidades para ganhar dinheiro fácil e se
colocam em risco diante dessa oportunidade oferecida pelo tráfico e o contrabando.
Estudar um clássico do século XVII poderá subsidiar professores no que diz
respeito a esta formação. Comenius pensava na formação do homem num momento
de grandes mudanças e transformações na sociedade, propondo que haja um
professor que utilize de diferentes instrumentos para ensinar e para tornar o homem
livre capaz de transformar o meio em que vive.
Segundo Covello (1999, p.61), “Comenius enfatiza que as escolas ensinem
muito e com poucas palavras, e concisão, em lugar de divagações desnecessárias.
Ensinar tudo e gradualmente.”
Ensinar de modo enfadonho e cansativo não chama atenção e nem motiva os
alunos a buscar o conhecimento. Ele propõe que o homem deve ter conhecimento
do todo e de como as coisas são feitas.
Por isso, convém que se aprenda conjuntamente a ler e escrever, a conhecer as palavras e as coisas, a desenvolver o estilo e a inteligência, a conhecer e a transmitir o que foi aprendido. O aluno, segundo a pedagogia de Comenius, não é mero espectador, mas participante dos trabalhos de classe.(COVELLO, 1999, p. 62).
Nesse sentido, Comenius nos coloca o primeiro grande desafio diante da
formação do homem, tornar o aluno ativo capaz de desenvolver a inteligência e
transmitir o que foi aprendido. E o mesmo vai ao encontro dos desafios pedagógicos
destacados pelos professores do curso de formação e do anseio do aluno diante do
seu processo formativo.
O fato de estudar um clássico não é encontrar uma fórmula pronta pra ensinar
e corrigir todos os problemas que vivenciamos na escola, mas pensarmos a partir
dele quais as possibilidades para formar o homem, no nosso caso, o professor.
Os clássicos mostram-nos a leitura original que fizeram do seu tempo e
auxiliam-nos a entender quem somos e aonde chegamos (GASPARIN,1997,p.38).
Comenius idealizava uma escola moderna no contexto do século XVII, tendo
como preceito "Ensinar tudo a todos". E hoje, em pleno século XXI, os educadores
continuam idealizando essa mesma escola nos conduzindo ao questionamento
principal desta proposta: De que forma o estudo de Comenius contribui para que os
professores do curso de formação de docentes despertem em seus alunos o senso
crítico para intervenção em sua prática profissional futura?
Quando nos referimos ao título do projeto de intervenção, poderemos, a partir
do estudo teórico e das discussões propostas neste caderno, identificar quais seriam
as contribuições de Comenius para a escola de hoje, isto é, o que ele pensou no
século XVII e que poderá nos apoiar na formação desses professores para trabalhar
na Educação Infantil e Ensino Fundamental.
O destaque para a didática neste projeto é justamente para pensar o papel do
professor em sala de aula e como ele deve ensinar para que o aluno se aproprie do
conhecimento científico.
É importante destacar que as obras de Comenius, principalmente a Didática
Magna, têm cunho teológico e educacional, provocando grandes inquietações com o
objetivo de formar o homem para viver bem em sociedade e próximo de Deus.
Comenius pregava no período renascentista uma escola moderna, diferente,
atraente e que despertasse o interesse dos alunos no contexto dessa escola. Ele
apontava mudanças que seriam necessárias tanto para sua época, quanto para as
próximas gerações.
Sobre este aspecto Gasparin destaca que:
Em centenas de livros científicos publicados no transcorrer do século XVII os termos novus, magnus, universalis, infinitus, mundus, pan são recorrentes. Não era apenas uma forma literária. Exprimiam significativamente as exigências, inquietações e insatisfações de uma época que era sensível à insuficiência da formação tradicional do homem. Anunciavam ao mesmo tempo a realidade diferente que estava nascendo,não apenas nova, mas grande, universal, na qual era necessária e fundamental a cooperação de todos ( GASPARIN, 1994, p.36).
Diante do exposto, quais seriam as nossas inquietações e insatisfações? Qual
seria a exigência na escola contemporânea para ensinar bem? Será que a didática
utilizada em sala de aula precisa ser revista?
É importante destacar que ao falar de escola, professor e aluno, sempre nos
reportamos aos processos de ensino e de aprendizagem. E ao pensar na
aprendizagem, logo abordamos a didática. Portanto, é imprescindível trazer para
discussão dessa intervenção a questão da didática que será abordada nos textos
utilizados para este estudo.
Comenius (2002) pensava uma “educação para todos” e com a colaboração
de todos. Pensava numa educação de superação do estudo memorizado pregado
pela escola tradicional. Ele enfatizava em sua didática Magna, que devem ser
enviados às escolas não apenas os filhos dos ricos, mas todos por igual sem
distinção.
Além disso, sobre a arte de ensinar tudo a todos, ele destaca que “a arte de
ensinar não exige mais que uma disposição tecnicamente bem feita do tempo, das
coisas e do método.” (COMENIUS, 2002, p.127)
A arte de ensinar demanda disposição para inovar e motivar os alunos para
aprender. Afinal, os alunos de hoje estão conectados as tecnologias e têm mais
familiaridade com elas do que muitos professores.
É importante destacar que “Comênio apreendeu as dimensões da
universalidade social e as traduzia com originalidade no campo da educação e da
didática” (GASPARIN,1997,p.129).
Diante desse cenário, torna-se necessário trazer para sala de aula as
inquietações do meio social e problematizá-las no contexto atual da escola,
utilizando de diferentes recursos tecnológicos para ensinar, com o objetivo de
motivar os alunos em sua aprendizagem.
Outro grande desafio para a formação do homem é a questão da
modernidade. Comenius foi considerado avançado demais pra sua época, com uma
proposta ousada demais para o seu tempo.
Podemos dizer que ele foi capaz de fazer uma leitura da realidade em suas múltiplas e contraditórias determinações, apontando direções alternativas, questionando a educação que estava posta, buscando novos horizontes para as escolas e o processo pedagógico, expressando as ansiedades dos homens de seu tempo, contestando valores instituídos; pregando utopias, com grande coragem e determinação, como um profeta que anuncia a aurora de uma nova era. (GASPARIN, 1997, p.127).
Nós que vivenciamos o dia a dia da escola, também fazemos várias leituras
da realidade contemporânea e, num século bem diferente de Comenius, nos
colocamos diante dos mesmos desafios, inquietações e contradições, tais como:
como despertar o interesse de alunos tão jovens por uma profissão que não é
valorizada pelos governantes? Como tornar a escola interessante e moderna,
deixando de lado a rigidez pregada por Comenius no século XVII? Como atender à
demanda por professores qualificados para atuar na Educação Infantil e Anos
Iniciais do Ensino Fundamental, uma vez que os alunos não leem?
Estudar um clássico do período renascentista é um desafio para a discussão
na formação de professores, pois a leitura dos clássicos não serve somente para
aumentar a bagagem de cultura histórica, mas também para despertar no aluno o
senso crítico para tomar decisões, compreender a própria vida e promover
transformações em suas práticas no cotidiano da sala de aula.
Diante disso, podemos pensar quais seriam as contribuições de Comenius
século XVII (velho) para responder tantos questionamentos da escola
contemporânea (novo).
Gasparin (1997,p.216), destaca que “há uma tendência de retorno a Comênio
como um clássico, cuja compreensão histórica pode auxiliar-nos a entender melhor
nossa educação e nossa didática.
A história do Magistério em nível médio e a obra de Comenius contribuem
para as inquietações presentes nesta proposta. Ambas são desafiadoras e
propositivas. Trazem momentos históricos que se desdobram em realidades
posteriores de forma que na atualidade compõe um mesmo cenário, o da educação.
Unidade 1
Conhecendo Jan Amos Komenský – “Comenius
“O pensamento didático-pedagógico de Comênio é, portanto, uma apreensão original, no campo da educação, de todas as transformações que estavam se realizando na transição da Idade Média para a Idade Moderna. A forma como ele constitui sua arte de ensinar é uma expressão fiel e adequada das necessidades humanas daquele momento histórico de transição. O modelo que seguiu tem como fundamento o novo conteúdo proveniente da nova compreensão da natureza, do desenvolvimento das forças produtivas, bem como das descobertas da ciência, mas conserva ao mesmo tempo raízes profundas no ofício dos artesãos e na espiritualidade que tudo conduz para Deus. Apreende e traduz, portanto, o momento de passagem entre os dois períodos.” (GASPARIN, 1994,p.181).
Esta unidade tem como objetivo conhecer o educador Jan Amos Komenský –
“Comenius”. Para isto foi escolhido um artigo da revista online Carta Capital que está
disponível no link:
http://www.cartacapital.com.br/educacao/carta-fundamental-arquivo/o-pai-da-didatica
acesso em 10/12/2016.
O artigo escrito por João Luiz Gasparin destaca o objetivo maior de
Comenius: Ensinar tudo para todos, fundamentando o método de ensinar e
aprender, culminando com a didática Magna. Gasparin (2010, p.2) enfatiza que
“esse método devia ter um fundamento tão sólido que conduzisse, com certeza e
sem erro, ao progresso intelectual. As fontes principais desse método eram duas: a
natureza e a tipografia.”
Em seguida, vamos realizar a leitura e discussão de um trecho da
obra Pampaedia apontado por Comenius no século XVII, que é atualíssimo para os
dias de hoje, quando o mesmo expressa que só a mudança na educação poderá
mudar as pessoas e consequentemente o mundo.
O desejo apontado por Comenius na Pampaedia, que significa educação
Universal, expressa o quanto Comenius pensava a educação para todos. O texto foi
tirado do livro: Comenius a construção da pedagogia de Sergio Carlos Covello.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Johan_amos_comenius_1592-1671.jpg
“Nosso primeiro desejo é que todos os homens sejam educados
plenamente em sua plena humanidade, não apenas um indivíduo, não alguns
poucos, nem mesmo muitos, mas todos os homens, reunidos e individualmente,
jovens e velhos, ricos e pobres, de nascimento elevado e humilde — numa
palavra, qualquer um cujo destino é ter nascido ser humano: de forma que afinal
toda a espécie humana seja educada, homens de todas as idades, todas as
condições, de ambos os sexos e de todas as nações.
Nosso segundo desejo é que todo homem seja educado integralmente,
formado corretamente, não num objeto particular ou em alguns objetos ou
mesmo em muitos, mas em tudo o que aperfeiçoa a espécie humana; para que
ele seja capaz de saber a verdade e não seja iludido pelo que é falso; para amar o
bem e não ser seduzido pelo mal; para fazer o que deve ser feito e não permitir o
que deve ser evitado; para falar sabiamente sobre tudo, com qualquer um,
quando necessário e não ser estúpido em nenhum assunto e finalmente para lidar
com as coisas, com os homens e com Deus, em todos os sentidos, racionalmente
e não precipitadamente e assim nunca se afastando da meta da felicidade.
E educado em todos os aspectos: não para pompa e exibição, mas para a
verdade; quer dizer, para tornar os homens o mais possível a imagem de Deus, na
qual foram criados: verdadeiramente racionais e sábios, verdadeiramente ativos e
espirituais, verdadeiramente morais e honrados, verdadeiramente pios e santos e
assim verdadeiramente felizes e abençoados tanto aqui, quanto na eternidade.
Em suma, para iluminar todos os homens com a verdadeira sabedoria, para
ordenarem suas vidas com verdadeiros governos e para uni-los a Deus com
verdadeira religião, de modo que ninguém se equivoque em sua missão neste
mundo."
Este texto não está disponível na internet, para tanto utilizamos a obra impressa. COVELLO, Sérgio Carlos, 1947. Comenius: a construção da pedagogia. 3. ed. São Paulo:Editora Comenius, 1999.
PARA PENSAR NO GRANDE GRUPO
Neste momento, o grupo elege um coordenador para registrar as
impressões do grupo. É possível aprender com os clássicos para pensarmos a educação hoje?
O modelo ideal apresentado pelo autor no século XVII é de um professor
clássico atento para as mudanças do seu tempo. É possível formar
professores com as características do “bom professor” apontadas por
Comenius?
Gasparin (2010, p.2), enfatiza em seu artigo que “O primeiro fundamento
sobre o qual Comênio assenta seu novo modo de ensinar é o da natureza
perfeita. Os que seguirem os passos da natureza produzirão obras
igualmente perfeitas.” É possível identificar relações entre o Pensamento de
Comenius e a educação atual?
Professores: As contribuições apontadas pelo grupo, devem ser transcritas no
papel pardo para exposição no término da última unidade desta proposta de
intervenção.
Para refletir:
Para reflexão dessa unidade, vamos assistir a uma animação sobre Comenius e
sua ousada proposta para o século XVII sintetizando os principais assuntos
abordados nesta unidade: Quem era Comenius e sua didática e o ensinar tudo para
todos.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=ODN4fsFCJTk
acesso em 10/12/2016.
O vídeo está acessível no youtube e foi produzido por alunos da Universidade
Federal de Pernambuco na disciplina de Didática, com 3 minutos e 36 segundos.
Sugestão de Leitura:
Como sugestão de leitura o artigo O CONCEITO DE EDUCAÇÃO EM JOÃO AMÓS
COMENIUS. O artigo foi escrito por Edson Pereira Lopes, bacharel em teologia pelo
Seminário Rev. José Manoel da Conceição; mestre em Educação, Arte e História da Cultura
pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; doutor em Ciências da Religião pela
Universidade Metodista de São Paulo, e professor da Escola Superior de Teologia da
Universidade Presbiteriana Mackenzie. O mesmo enfatiza que só é possível compreender o
conceito de educação de Comenius tendo como pressuposto fundamental a inter-relação da
teologia com a pedagogia, entre as quais Comenius não faz distinção.
O Artigo está disponível no link:
http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_XIII__2008__2/O_Conceito_de_Educacao_em_Joao_Amos_Comenius__Edson_Pereira_Lopes_.pdf
acesso em: 10/12/2016
Unidade 2
Comenius: o pai da didática moderna
“Traduz, então para o latim a Didática Checa (que toma o nome de Didática Magna) para que sirva a todas as nações como tratado sobre a arte de ensinar. (...) Nos trinta e três Capítulos que seguem, Comenius expõe os princípios gerais de sua teoria educacional e desenvolve pormenorizadamente o programa de ensino e a correspondente metodologia. A proposta de Comenius é grandiosa ensinar tudo a todos, de sorte que a juventude de um e de outro sexo, em todas as partes do mundo, possa ser instruída nas letras, nas ciências, nas virtudes e na religião, com brevidade, agrado e solidez.” (COVELLO, 1999, p.54-55)
http://img.ijacotei.com.br/produtos/200/200/35/88/178835.jpg
Esta unidade aborda o conceito de Didática. Impossível deixar de abordar a
didática quando se fala em formação de professores. E também é imprescindível
falar da didática pensada e organizada por Comenius como contestação do método
pregado pela escola tradicional no século XVII e que se faz presente no cotidiano da
escola contemporânea.
Comenius pensava num método onde se ensinava menos e aprendia mais.
Considerado moderno demais para sua época, Comenius pensava uma educação
de qualidade para todos, ricos e pobres. Segundo Gasparin (1997,p.13). “Comênio
não seria, portanto, um moderno, talvez um precursor do novo período histórico.”
É importante destacar que o educador fez uma leitura do seu tempo, dos
avanços da ciência e as necessidades sociais que marcaram seu tempo, e a didática
surge como processo de mudança com o objetivo de transformar e desenvolver
pessoas. E sobre este aspecto, Gasparin destaca:
Ora, a didática não nasceu como um instrumento mediador, como um regrário para facilitar o ensino de outras disciplinas. Em Comênio, ela é a manifestação de uma nova necessidade dos homens no desenvolvimento do processo de produção de suas vidas. Ela se tornou a expressão da nova forma de ensinar o novo conteúdo social que se propunha como resultado da nova forma de trabalho, da nova maneira de fazer ciência. Ela é, portanto, conseqüência e expressão educacional de uma nova forma de vida.(GASPARIN, 1997,p.117).
A necessidade de uma didática magna reafirma a proposta de mudança
alicerçada no discurso de Comenius de que a escola ofereça a todos, sem distinção,
uma educação de qualidade.
“A arte universal de ensinar e de aprender é a resposta e a contribuição de Comênio
à construção universal do novo tempo.”(Gasparin,1997,p.75)
Para discussão nesta unidade e possíveis reflexões acerca da didática
pensada por Comenius em seu tempo histórico:
Quais seriam as contribuições de Comenius para formação do professor hoje, tendo
como referência os problemas sociais e os desafios pedagógicos vivenciados no
cotidiano da escola do século XXI?
Professor(a): Para iniciar a nossa conversa sobre Didática, assista o filme: A
identificação da didática da disciplina de didática Geral da Unesp, realizado pela
Itinerante filmes e produzido pela UNIVESP TV em 02/05/2011, com duração de 15’
36’.
O vídeo está disponível no link:
https://www.youtube.com/watch?v=pDMjytkuJJw
acesso em 10/12/2016
Além do vídeo, há dois capítulos de livros para estudo e discussão:
Texto 01
A didática como processo de construir a educação. ( páginas 78 a 86) A
emergência na modernidade na educação de João Luis Gasparin,1997.
O capítulo do livro destaca como a didática influencia na construção de uma
educação de qualidade, abrangendo todas as pessoas, onde o professor consegue
organizar de forma sistemática todo seu trabalho, tendo como referência Comenius
o Pai da didática moderna.
Este texto não está disponível na internet, para tanto
utilizamos a obra impressa retirada do livro:
GASPARIN, J. L. Comênio a emergência da modernidade na educação. Petrópolis:RJ: Vozes, 1997.
Texto 02 Capítulo XVIII, Princípios em que se fundamenta a solidez no ensinar e
no aprender, da Didática Magna escrito por Comenius e traduzido por Ivone
Castilho Benedetti, 2002, páginas, 183 - 202.
Este capítulo da didática Magna aborda os princípios em que se fundamenta
a solidez no ensinar e no aprender, destacando o papel do professor e sua
metodologia ao trabalhar conteúdos que terão utilidades para a vida do aluno.
Este texto não está disponível na internet, para tanto
utilizamos a obra impressa retirada do livro:
COMENIUS. Didática Magna. 3. ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Os textos perpassam as questões da didática e nos leva a pensar sobre o
ensinar e aprender partindo do pressuposto de que todos devem aprender.
As perguntas que não querem calar:
- Para ser professor é preciso ter uma boa didática?
- Por que os alunos continuam dizendo que há professor que não tem
didática?
- É possível ensinar alguém a ter uma boa didática?
- Quais as contribuições da didática magna idealizada por Comenius para a
formação de professores em nível médio?
Obs: No final, abrimos para discussão no grande grupo.
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Individualmente, registre suas impressões sobre o vídeo,
o estudo teórico e as reflexões acerca do assunto
proposto:
Quer Saber mais sobre Comenius? Sugestão de sites:
Site 1: dia a dia educação
Organização do Trabalho Pedagógico - Pensadores da Educação - Comenius
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/comeudo/conteudo.php?conteu o=314
acesso em 10/12/2016.
Site2 : Nova Escola
Comênio, o pai da didática moderna
http://novaescola.org.br/conteudo/184/pai-didatica-moderna filosofo-tcheco-comenio
acesso em 10/12/2016.
Boa leitura!
Unidade 3
Formação de professores: os desafios pedagógicos, ontem e hoje.
“(...) com efeito, o modelo pedagógico-didático pressupõe, desde Comenius, que todo e qualquer conteúdo, quando considerado adequadamente à vista das condições do ser que aprende, é suscetível de ser ensinado a todos os membros da espécie humana. Tal modelo é, pois, antielitista por excelência.” (SAVIANI,2009,p.149)
Fonte: acervo do Colégio Estadual Presidente Roosevelt
Nesta unidade estamos abordando os desafios pedagógicos vivenciados no
curso de formação, a partir da realidade da escola em que o projeto de intervenção
está sendo implantado.
Como proposta inicial ouça a música Estudo Errado do Gabriel o Pensador. A
música escrita no ano de 1995 critica o sistema educacional brasileiro, apresentando
a realidade das escolas e nos levando a fazer uma reflexão acerca do método
tradicional, do processo de avaliação, dos procedimentos de ensino utilizados pelos
professores, enfim o sistema educacional como um todo da rede de ensino comum.
Estudo Errado Gabriel O Pensador Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando espiando colando as prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
(...)
letra da música na íntegra disponível em:
https://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/estudo-errado.html
acesso em 10/12/2016
Professor(a): Agora que já conhecemos a música, vamos explorá-la melhor
realizando a seguinte atividade:
Cada um escolhe uma parte da música, relatando o que está sendo criticado. Após, destaquem quais os desafios pedagógicos vivenciados na
formação de professores e se há uma relação com a letra da música.
Após discutirmos sobre a música, damos início ao estudo teórico de três
artigos utilizados durante o processo de pesquisa e escrita do projeto de intervenção
pedagógica:
Texto 1:
Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro de Dermeval Saviani da Universidade Estadual de
Campinas, Faculdade de Educação. Publicado na Revista Brasileira de Educação v.
14 n. 40 jan./abr. 2009 143.
Este artigo aborda os aspectos históricos e teóricos presentes na formação de
professores no Brasil e suas implicações para pensar no futuro da educação, com o
apoio de professores, sociedade e a classe política desse país.
O Artigo está disponível no link: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v14n40/v14n40a12.pdf
acesso em: 10/12/2016
Texto 2: Capitulo V – Conclusões: Da prática à teoria (páginas 155 a 171). Tirado
do livro: O Bom professor e sua prática de Maria Isabel da Cunha.
O capítulo V apresenta a pesquisa da professora Maria Isabel, onde a mesma
descreve o conceito que as pessoas têm do bom professor, com intuito de
refletirmos e compreendermos esses dados sobre verdadeiro papel do professor.
Este texto não está disponível na internet, para tanto
utilizamos a obra impressa retirada do livro:
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática.2 ed. São Paulo: Papirus, 1992.182p.
Texto 3: Uma crítica ao sistema educacional na letra da música ‘estudo errado’
do Gabriel pensador: análise da letra da música por Emilia Dieterich e Gisely Noeli
Vanderlinde. Revista Eventos Pedagógicos v.3, n.1, Número Especial, p. 158 – 164,
Abr. 2012.
O artigo faz uma crítica ao sistema brasileiro de educação utilizando a música
do cantor Gabriel Pensador, levantando algumas reflexões sobre o sistema, a prática
pedagógica dos professores e avaliação.
O Artigo está disponível no link: http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/viewFile/551/364
acesso em: 10/12/2016
A partir do estudo teórico, o professor pode perceber que os mesmos desafios
pedagógicos enfrentados por Comenius no século XVII que vivia num momento de
transição da idade média para a moderna, ainda não foram solucionados. E nessa
proposta desafiadora de ensinar tudo a todos, ele tinha como preocupação o método
e a formação de professores, que pudessem formar jovens capazes de lutar pra
transformar a sociedade.
“A educação universal, porém, somente será completa se atender a todos, em
tudo, totalmente. Sem esse terceiro elemento ela jamais atingirá sua plenitude. Para
cumprir essa tarefa são necessários, portanto, professores universais, os
pandidáscalos.”(Gasparin,1994,p.131)
Partindo desse pressuposto, Saviani destaca em seu artigo que não é apenas
na formação do professor que se concentra a qualidade da educação e sim nos
investimentos de infraestrutura, capacitação do professor e tantos outros
necessários para se cumprir o objetivo maior da educação: que todos os alunos
aprendam.
A autora Maria Isabel da Cunha descreve as conclusões que a mesma
chegou a partir da sua pesquisa sobre o Bom professor e aponta algumas
conclusões a respeito desse profissional a partir das observações feita na pesquisa.
E finalizando com o artigo: uma análise da letra da música ‘estudo errado’ do
Gabriel pensador por Emilia Dieterich e Gisely Noeli Vanderlinde, uma crítica ao
sistema educacional. A intenção do estudo desse artigo é que vocês comparem com
as observações descritas no início do trabalho feito com a mesma música.
Professor(a): Neste momento,realize a seguinte tarefa:
Na formação de professores em nível médio é necessário enfrentar os
desafios pedagógicos contemporâneos. Com base nas discussões acima,
destaquem alguns aspectos importantes no processo de formação de professores,
idealizado a ousada proposta pensada por Comenius no século XVII (Ensinar tudo a
todos).
Para formar bons professores é necessário:
Segundo Saviani
Segundo Maria Isabel da Cunha
Segundo Comenius
Segundo os
Professores de Prática de Formação
Obs: Ao término da atividade, cada professor apresenta sua
atividade para o grande grupo, abrindo para discussões.
Sugestão de Leitura:
Como sugestão de leitura o artigo Alvori Ahlert, Professor Assistente da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus de Marechal Cândido Rondon e
doutorando em Teologia – Área Religião e Educacão, no IEPG-EST, em São Leopoldo/RS.
O mundo de Comenius: entre conflitos e guerras, uma luz para a prática
pedagógica - Quatrocentos e dez anos do nascimento do autor da Didática
magna.
O Artigo está disponível no link:
http://periodicos.est.edu.br/index.php/estudos_teologicos/article/viewFile/635/582
acesso em: 10/12/2016
Para Refletir:
“Tanto no modelo da natureza quanto da tipografia, Comênio faz uma leitura
cuidadosa e perspicaz de seu tempo. Percebeu que o bom professor não se faz em sala
de aula com os métodos tradicionais de ensino. O bom professor é aquele que vive o
seu tempo históricosocial, o registra e o leva para a sala de aula dando lhe uma forma
didática adequada para que os alunos aprendam de forma sistematizada o conteúdo e
o constituam como parte de resposta aos problemas postos pela sociedade.” (Gaparin)
Unidade 4
Comenius para o século XXI
“A Educação é o novo instrumento de salvação, tanto na dimensão humana, quanto se refere aos problemas político-sociais que ela deve resolver, quanto na dimensão sobrenatural da conquista do céu, fim último do homem.” (GASPARIN,1997,p.128)
Fonte: http://pensamento-letrado.blogspot.com.br/
Nesta unidade iniciamos com uma reflexão sobre alguns excertos extraídos
da Didática Magna, tradução do alemão, COMENIUS, Johann Amos. Grobe
Didaktik. Stuttgart, Klett-Cotta,1993. Seleção de Terezinha Alves Ferreira Collichio,
que destaca o sentido da vida e o fim do homem, Educação e a escola,
apresentados no livro: Comenius a construção da pedagogia, de Sergio Carlos
Covello da Editora Comenius (1999).
Com a Didática Magna, fica evidente a preocupação de Comenius com a
educação e a formação do homem. Sua preocupação parte desde a Educação dos
pequenos até a formação do jovem. Ele enfatizava que a criança precisa estar
ocupada e que a inatividade é prejudicial ao seu desenvolvimento.
Nesse sentido, ele pensa uma didática magna com seu programa de ensino e
sua metodologia, não apenas com fim pedagógico, mas que levasse o homem a se
apropriar do conhecimento e se aproximar de Deus.
E ainda sobre este aspecto Covello destaca:
Comenius não foi apenas filósofo, sábio, sacerdote e cientista. Acima de tudo, foi educador e compreendeu que a Educação é a necessidade e a solução, o caminho e a urgência para atender à realização humana, à construção sociopolítica, à paz entre os povos, à ascensão do ser à Divindade. (COVELLO,1999,p.12)
A preocupação expressa por Comenius tanto na didática, como em outras
obras, é voltada para a formação humana. Ele pensava que os problemas presentes
na sociedade poderiam ser mudados a partir da educação sólida recebida na escola,
mas a religiosidade era um bem necessário para ascensão do indivíduo e sua
aproximação do criador.
E ao falar de educação como melhoria de vida, o educador apresenta como
objetivo principal de sua didática: ensinar tudo a todos. Como descreve Gasparin:
O que chama a atenção em Comênio é o aspecto social de sua filosofia da educação, como um direito de todos em igualdade de condições. Esta é uma posição de surpreende audácia, colocada no contexto do século XVII, onde a educação era um privilégio dos filhos dos ricos e dos nobres. (GASPARIN, 1997,p.112)
E ainda hoje continuamos a pensar essa escola, não só para os ricos, mas para
todos. O ideal continua o mesmo, mas as oportunidades são diferentes. O papel social da
escola do século XXI é formar um cidadão crítico, participativo e reflexivo que seja capaz de
transformar o meio em que vive.
E a escola tem cumprido o seu papel social? Será que a escola tem sido a mesma
para ricos e pobres? São questionamentos que nos faz refletir sobre o nosso papel como
professor e formador de novos professores. Gasparin ainda destaca “que o sistema
educativo de Comênio é aberto a todos, sem levar em conta as diferenças sociais,
econômicas, religiosas e de nacionalidade.” (Gasparin,1997,p.112).
Para refletir
E hoje, em pleno século XXI com o avanço tecnológico e uma escola laica é possível
trabalhar o pedagógico associado à religião?
É possível formar professores com esse enfoque pedagógico/religioso?
Neste momento propomos uma discussão a partir das respostas dos
professores referente às concepções que os mesmos tinham em relação ao
processo de ensino e de aprendizagem na formação do futuro educador.
A partir dos estudos realizados e das reflexões das quatro unidades
propostas, os professores podem elaborar uma apresentação, utilizando os
materiais didáticos organizados nesta produção, para as quatro turmas do curso de
formação de docentes, enfatizando as contribuições de Comenius para a formação
de professores em nível médio, elencadas durante o grupo de estudos.
É importante ressaltar que pode ser utilizado o tempo dessa unidade para
preparar o material de apresentação aos alunos, sob orientação do professor Oscar
Marreta dos Santos.
ÉÉ iimmppoorrttaannttee ssaabbeerr Com o objetivo de ser compreendido por todos, Comenius passa a escrever
em latim, como destaca Covello:
Para atender à moda da época, Comenius latiniza seu nome, deixando de ser Komensky para ser Comenius, o homem universal preocupado com os problemas do mundo. Escreverá doravante em latim para ser compreendido por todos, e não perderá nenhuma oportunidade para convocar os homens de bem para a grande obra de redenção do gênero humano. (COVELLO,1999,p.64)
Em Portugal, usa-se o termo Comênio. No Brasil, usa-se também uma versão
abrasileirada, Comênio. Neste trabalho foi utilizado Comenius e nas citações
conforme foi utilizado pelo autor da obra.
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Referências: COMENIUS. Didática Magna. 3. ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2002.
COVELLO, Sérgio Carlos, 1947. Comenius: a construção da pedagogia. 3. ed.
São Paulo:Editora Comenius, 1999.
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática.2 ed. São Paulo: Papirus,
1992.182p.
GASPARIN, J. L. Comenius ou a arte de ensinar tudo a todos.Campinas, SP:
Papirus, 1994.
GASPARIN, J. L. Comênio a emergência da modernidade na educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
SAVIANI, Dermerval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do
problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 40
jan./abr. 2009. p. 143
DIETERICH, Emilia; VANDERLINDE, Gisely Noeli. Revista Eventos Pedagógicos
v.3, n.1, Número Especial, p. 158 – 164, Abr. 2012.