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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM LOGÍSTICA Área de Sistemas de Informação por Rodrigo Victorino Luis Carlos Martins, Esp. Orientador Fábio Beylouni Lavratti, Mestre. Co-orientador Itajaí (SC), dezembro de 2005

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM LOGÍSTICA

Área de Sistemas de Informação

por

Rodrigo Victorino

Luis Carlos Martins, Esp. Orientador

Fábio Beylouni Lavratti, Mestre. Co-orientador

Itajaí (SC), dezembro de 2005

i

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

FERRAMENTE DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM LOGÍSTICA

Área de Sistemas de Informação

por

Rodrigo Victorino Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientador: Luis Carlos Martins, Esp.

Itajaí (SC), dezembro de 2005

SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS..................................................................iv LISTA DE FIGURAS.................................................................................v LISTA DE TABELAS ...............................................................................vi RESUMO .................................................................................................. vii ABSTRACT............................................................................................. viii 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................1 1.1. OBJETIVOS .....................................................................................................3 1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................3 1.1.2. Objetivos Específicos......................................................................................4 1.2. METODOLOGIA.............................................................................................4 1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO......................................................................7

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................9 2.1. LOGÍSTICA......................................................................................................9 2.1.1. Evolução da Logística...................................................................................15 2.2. GERENCIAMENTO DE PROJETOS..........................................................20 2.2.1. A Evolução do Gerenciamento de Projetos.................................................21 2.2.2. Características do Gerenciamento de Projetos...........................................23 2.2.3. O Ciclo de Vida do Projeto ..........................................................................25 2.3. A KOBATECH ...............................................................................................27 2.3.1. Histórico........................................................................................................27 2.3.2. Mercado ........................................................................................................27 2.3.3. Estrutura dos Projetos .................................................................................30 2.4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO...................................................................31 2.4.1. Groupware....................................................................................................32 2.5. FERRAMENTAS............................................................................................33 2.5.1. PHP ...............................................................................................................34 2.5.2. Firebird .........................................................................................................35 2.6. SOLUÇÕES SIMILARES..............................................................................36 2.6.1. Análise Comparativa....................................................................................42

3. DESENVOLVIMENTO ......................................................................44 3.1. ANÁLISE DE REQUISITOS.........................................................................44 3.1.1. Requisitos funcionais....................................................................................44 3.1.2. Requisitos não funcionais.............................................................................45 3.2. DIAGRAMA USE CASE ...............................................................................46 3.3. DIAGRAMA ENTIDADE-RELACIONAMENTO......................................48 3.3.1. Dicionário de Dados .....................................................................................50 3.4. IMPLEMENTAÇÃO......................................................................................61

iii

3.4.1. Firebird .........................................................................................................61 3.4.2. Sistema ..........................................................................................................62 3.5. VALIDAÇÃO E PLANEJAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO..................81

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................84 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................86 APÊNDICE a – modelagem use case ......................................................89 APÊNDICE B – Artigo...........................................................................112

LISTA DE ABREVIATURAS

ANSI American National Standards Institute CPM Critical Path Method DER Diagrama Entidade-Relacionamento GTK Gimp ToolKit HTML HyperText Markup Language MDS Metodologias de Desenvolvimento de Sistemas PERT/CPM Program Evaluation and Review Tecnique / Critical Path Method PHP Hypertext Preprocessor PMBOK Project Management Body of Knowledge PMI Project Management Institute PMP Project Management Professional POO Programação Orientada à Objetos SCM Supply Chain Management SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados SQL Structured Query Language URL Universal Resource Locator WMS Warehouse Management System

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Níveis da cadeia de suprimentos. ................................................................................... 11 Figura 2. Processo genérico de benchmarking............................................................................... 14 Figura 3. Primeira Fase da Logística ............................................................................................. 16 Figura 4. Modelo Use Case........................................................................................................... 46 Figura 5. Modelo ER .................................................................................................................... 49 Figura 6. Script de criação da trigger T_Projeto............................................................................ 62 Figura 7. Script de criação da trigger T_Atividade........................................................................ 62 Figura 8. Tela de cadastro de empresa........................................................................................... 64 Figura 9. Tela de cadastro de projeto............................................................................................. 65 Figura 10. Tela de preenchimento do diagnóstico inicial ............................................................... 66 Figura 11. Tela de exibição do gráfico de Gantt ............................................................................ 67 Figura 12. Tela de exibição de indicadores do planejamento ......................................................... 68 Figura 13. Tela de indicadores do diagnóstico final....................................................................... 69 Figura 14. Tela de indicadores do diagnóstico geral ...................................................................... 70 Figura 15. Tela de realização da auditoria ..................................................................................... 71 Figura 16. Tela de acompanhamento das atividades do usuário ..................................................... 72 Figura 17. Tela de acesso ao fórum dos projetos ........................................................................... 73 Figura 18. Tela das mensagens do fórum ...................................................................................... 74 Figura 19. Tela de cadastro de diagnóstico.................................................................................... 75 Figura 20. Tela de cadastro de nível de acesso .............................................................................. 76 Figura 21. Tela de cadastro de usuário .......................................................................................... 77 Figura 22. Tela de filtro para o relatório de atividades................................................................... 78 Figura 23. Tela de exibição do relatório de atividade .................................................................... 79 Figura 24. Tela de filtro para o relatório de diagnóstico................................................................. 80 Figura 25. Tela de impressão do diagnóstico................................................................................. 81 Figura 26. Gráfico de Respostas do Formulário de Validação ....................................................... 83

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Habilidades do Gerente de Projeto................................................................................. 25 Tabela 2. Análise Comparativa das Soluções Similares................................................................. 42 Tabela 3. Atributos da Tabela Empresa......................................................................................... 50 Tabela 4. Atributos da Tabela Segmento_padrao........................................................................... 51 Tabela 5. Atributos da Tabela Segmento....................................................................................... 51 Tabela 6. Atributos da Tabela Sistema_padrao.............................................................................. 51 Tabela 7. Atributos da Tabela Sistema .......................................................................................... 52 Tabela 8. Atributos da Tabela Setor_padrao.................................................................................. 52 Tabela 9. Atributos da Tabela Setor .............................................................................................. 52 Tabela 10. Atributos da Tabela Projeto ......................................................................................... 53 Tabela 11. Atributos da Tabela Auditoria...................................................................................... 53 Tabela 12. Atributos da Tabela Fase ............................................................................................. 54 Tabela 13. Atributos da Tabela Atividade ..................................................................................... 54 Tabela 14. Atributos da Tabela Predecessor .................................................................................. 55 Tabela 15. Atributos da Tabela Anexo .......................................................................................... 55 Tabela 16. Atributos da Tabela Recurso........................................................................................ 55 Tabela 17. Atributos da Tabela Atividade_recurso ........................................................................ 56 Tabela 18. Atributos da Tabela Plano_acao................................................................................... 56 Tabela 19. Atributos da Tabela Relatorio_acompanhamento ......................................................... 56 Tabela 20. Atributos da Tabela Diagnostico.................................................................................. 57 Tabela 21. Atributos da Tabela Diagnostico_padrao ..................................................................... 57 Tabela 22. Atributos da Tabela Resp_diagnostico ......................................................................... 57 Tabela 23. Atributos da Tabela Atividade_rel_desp ...................................................................... 58 Tabela 24. Atributos da Tabela Relatorio_despesa ........................................................................ 58 Tabela 25. Atributos da Tabela Pessoa .......................................................................................... 58 Tabela 26. Atributos da Tabela Atividade_pessoa ......................................................................... 59 Tabela 27. Atributos da Tabela Acesso ......................................................................................... 59 Tabela 28. Atributos da Tabela Forum .......................................................................................... 60 Tabela 29. Atributos da Tabela Tipo ............................................................................................. 60 Tabela 30. Atributos da Tabela Estado.......................................................................................... 61 Tabela 31. Formulário de Validação ............................................................................................. 82 Tabela 32. Análise Comparativa da Ferramenta Desenvolvida ...................................................... 83

RESUMO

VICTORINO, Rodrigo. Ferramenta de Gerenciamento de Projetos em Logística. Itajaí, 2005. 126 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) – Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2005. As empresas, independentemente do ramo de atuação, necessitam de um processo logístico bem estruturado e eficiente para dar suporte aos seus negócios e otimizar os recursos. É nesse contexto que surgiram empresas especializadas na prestação de serviços, atuando na estruturação logística empresarial. Empresas desse gênero, quando contratadas, analisam os processos atuais do cliente e modelam um projeto de logística. Cada projeto possui uma peculiaridade e, normalmente, são feitos e executados por várias pessoas, denominados consultores. Muitas vezes, o mesmo consultor gerencia ou executa diversos projetos, dificultando assim o acompanhamento de todos paralelamente. Geralmente, os clientes estão geograficamente distantes, necessitando que o consultor se desloque constantemente. Levando em consideração as dificuldades dos consultores, o processo decisório é prejudicado pela falta de acompanhamento e comunicação das pessoas envolvidas no projeto, assim como pela insuficiência de dados estatísticos e indicadores. Sendo assim, este projeto desenvolveu uma ferramenta, com características de sistemas de informação, para o mapeamento, controle e gerência desses projetos, possibilitando a tomada de decisão gerencial através dos dados oriundos de cada projeto. Assim, a gerência pode ser realizada de maneira mais efetiva, pois, a ferramenta propicia um melhor acompanhamento do cronograma do projeto e dos documentos produzidos. Essa ferramenta foi desenvolvida para o ambiente Web, utilizando a linguagem de programação PHP e o Sistema Gerenciador de Banco de Dados Firebird. A metodologia utilizada neste projeto compreendeu cinco etapas. Na primeira etapa, Estudo, buscou-se adquirir o conhecimento necessário sobre as soluções e tecnologias existentes, com o objetivo de poder propor uma melhor solução, mais adequada às necessidades identificadas. Na segunda etapa, Modelagem, foi especificado o funcionamento da solução proposta, criando-se um modelo conceitual do sistema. A terceira etapa, Desenvolvimento, visou transformar o modelo conceitual da etapa de modelagem em um sistema real, que foi posteriormente testado e validado. Essa etapa compreendeu principalmente a codificação dos processos descritos no projeto do sistema. Na quarta etapa, Validação, foram realizados experimentos e testes sobre a solução proposta, visando identificar e corrigir eventuais erros existentes no projeto ou na implementação. Na quinta etapa, Documentação, foi feita a elaboração da monografia do Trabalho de Conclusão de Curso. Palavras-chave: Sistemas de Informação. Gerência de Projetos. Logística.

ABSTRACT

The companies, whatever the work field is, need an efficient and well done logistics process to give

support to their business and improve resources. It's in this context that companies specialized in

service rendering were founded, working within commercial logistics structure. Companies of these

kind, when hired, analyze the current problems of the customers and set a logistics project. Each

project has a peculiarity and, normally, are done and executed by several people, called advisers.

Many times, the same adviser runs or executes several projects, making the projects

accompaniment at the same time even more difficult. Generally, the customers are geographically

distant to each other, having the need of a constant adviser's displacement. Considering the

advisers difficulties, the decisive process is harmed by the lack of accompaniment and

communication of the people involved in the project, as well as by the statistical and indicative data

insufficiency. Therefore, this project intends to develop a tool, with data system characteristics, for

the indication, control and administration of these projects, making possible management decisions

using data from each project. So, the administration will be done in a more effective way, having

the idea that the tool will supply a better accompaniment of the project and the produced

documentation's chronogram. This tool will be developed for the Web environment, using the PHP

programming language and the Firebird Database Management System. The methodology used in

this project will include five stages. In the first stage, Studies, the necessary knowledge about the

existent solutions and technologies will be obtained with the purpose of being able to propose a

better solution, more adequate to the identified needs. In the second stage, Modeling, the working

process of the solution proposed will be specified, creating a conceptual model of the system. The

third stage, Development, intends to transform the conceptual model of the Modeling stage into a

real system, which after will be tested and validated. This stage mainly includes the codification of

the processes described in the project system. In the fourth stage, Validation, experiences and tests

about the proposed solution will be made, aiming the identification and correction of eventual

mistakes existent in the project or in the introduction. In the fifth stage, Documentation, the

development of the Course Conclusion Work monograph will be done.

Keywords: Information Systems. Project Management. Logistics.

1. INTRODUÇÃO

O setor logístico é uma área que está em franco crescimento no Brasil, conforme descrito

por Figueiredo et al (2003, p.48) "A logística no Brasil vem constituindo-se em um negócio de

grandes proporções que evoluiu rapidamente nos últimos anos".

As empresas, independentemente do ramo, sempre sentiram a necessidade de um processo

logístico melhor estruturado, porém, foi na década passada, com o fortalecimento da informática, a

globalização e o aumento da concorrência, que este se tornou imprescindível para o sucesso, sendo

assim, evidenciado como fator de sobrevivência para uma empresa, principalmente se esta pertencer

a um ramo onde é de extrema importância um processo logístico bem definido, como por exemplo,

o ramo atacadista ou varejista.

Normalmente, empresas recentemente criadas, ou mesmo, empresas com um certo tempo de

mercado, não possuem uma boa estruturação logística, causado principalmente, pelo crescimento

repentino, ou mesmo pela falta de organização interna da mesma. Assim, surge a necessidade

urgente de uma estruturação para possibilitar a continuação do seu crescimento. Muitas procuram

elas mesmas resolver seu problema, porém, geralmente, falta experiência, uma vez que não

possuem bons profissionais, ou mesmo, esbarram na dificuldade da mudança de paradigma, pois

toda mudança gera resistência por parte das pessoas envolvidas no processo.

Analisando esse mercado, surgiram empresas, como a Kobatech - Assessoria Consultoria

Industrial e Empresarial LTDA., especializadas na prestação de serviços atuando na estruturação

logística empresarial. Essas empresas possuem como principal tarefa a reestruturação logística,

tendo como conseqüência o aumento no lucro do cliente.

Empresas desse gênero, quando contratadas, analisam os processos atuais do cliente e

modelam um projeto de logística, o qual será implementado no mesmo.

Cada projeto possui uma peculiaridade, dependendo do tipo e da necessidade do cliente.

Normalmente, podem ser diferenciados por tipo de empresa, de acordo com a cadeia de suprimentos

2

como, por exemplo, atacado e distribuidor, indústria, varejo e serviços. Sendo assim, as atividades

realizadas no projeto variam para cada tipo de empresa e de acordo com a necessidade do cliente.

Esses projetos, normalmente, são feitos e executados por várias pessoas que possuem um

conhecimento especializado de logística, denominados consultores, e muitas vezes, o mesmo

consultor gerencia ou executa vários outros projetos, dificultando a gestão de todos paralelamente.

Outro fator agravante é que, normalmente, os clientes não se localizam no mesmo município, e nem

no mesmo estado, necessitando que o consultor desloque-se constantemente.

Além dos consultores necessitarem de um processo gerencial mais aprimorado, permitindo

realizar os planejamentos de cada projeto, é de extrema importância o controle do andamento de

cada atividade, pois só assim, será possível garantir que o mesmo não irá ultrapassar os limites de

tempo e custos alocados no planejamento. Esta tarefa é uma das principais dificuldades, uma vez

que os consultores da Kobatech não possuem tempo disponível para realizarem reuniões periódicas,

ou mesmo, porque participam efetivamente de vários projetos concomitantes.

Um fator essencial para a permanência de uma empresa no mercado é o gerenciamento de

seu negócio. Levando em consideração as dificuldades dos consultores, o processo decisório é

prejudicado pela falta de acompanhamento, comunicação das pessoas envolvidas no projeto,

insuficiência de dados estatísticos e indicadores.

Esses entraves acabam prejudicando o controle eficiente e a execução desses projetos.

Visando minimizar os problemas/dificuldades apresentados, desenvolveu-se uma ferramenta, com

características de sistemas de informação, para o mapeamento, controle e gerência desses projetos,

possibilitando a tomada de decisão gerencial através dos dados oriundos de cada projeto.

Assim, a gerência poderá ser realizada de maneira mais efetiva, pois com a ferramenta é

possível efetuar todo o cronograma do projeto até a sua conclusão, definindo as atividades e como

as mesmas serão realizadas, permitindo assim, acompanhar o andamento do projeto, facilitando o

gerenciamento dos mesmos.

3

A tomada de decisão é facilitada pelos dados provenientes da execução e conclusão de cada

projeto, sendo possível gerar parâmetros para o planejamento de futuros trabalhos, uma vez que

todos os projetos realizados estarão disponíveis para recuperação de dados e análise dos mesmos.

Dessa forma, permitindo a comparação desses projetos através dos cronogramas, atividades,

problemas e resultados alcançados, formando assim uma base de conhecimento, sendo de extrema

importância para uma empresa que realiza projetos.

Outra característica importante, além da base de conhecimento, foi a implementação na

ferramenta de um módulo de Groupware para a colaboração e a comunicação entre as pessoas

envolvidas no projeto, de forma que as mesmas, através de fóruns de discussão, possam interagir no

processo. O Groupware tem como finalidade, facilitar a interação entre as pessoas envolvidas em

uma atividade, vindo assim a atender uma das necessidades dos consultores.

Existem vários softwares para gerência de projetos no mercado, um bom exemplo é o

Microsoft Project, muito utilizado pelo fato de possuir vários recursos, porém ele abrange a

gerência de projetos de uma forma geral, não atendendo especificamente as necessidades da

Kobatech. Assim, o desenvolvimento de uma ferramenta de gerenciamento de projetos em logística,

permitiu não somente o controle de cronograma, atividades e recursos, mas também, abrangeu

módulos específicos para as outras etapas de um projeto logístico, permitindo a comparação e

análise futura de projetos realizados.

Levando em consideração as necessidades identificadas, a ferramenta, com características de

sistema de informação, foi desenvolvida para o ambiente Web, pois assim facilitou a gerência dos

projetos, uma vez que o sistema se torna acessível em qualquer lugar e a qualquer hora,

possibilitando que todas as pessoas envolvidas possam acompanhar o andamento do projeto.

1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho de conclusão de curso foi desenvolver uma ferramenta, com

características de sistema de informação, para o gerenciamento de projetos na área de logística,

4

possibilitando um controle mais efetivo das atividades dos projetos, bem como auxiliando a tomada

de decisão gerencial com base em informações provenientes de cada projeto.

1.1.2. Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste trabalho de conclusão de curso foram:

• Pesquisar e analisar soluções similares;

• Determinar os requisitos necessários para o sistema;

• Pesquisar os conceitos e tecnologias necessárias à implementação do sistema;

• Realizar a modelagem do sistema;

• Implementar o sistema;

• Testar e validar a utilidade/funcionalidade do sistema; e

• Documentar o desenvolvimento e os resultados do sistema.

1.2. METODOLOGIA

Foram necessárias cinco etapas a fim de executar este projeto de pesquisa e cumprir os

objetivos específicos apresentados anteriormente. São elas: estudo, modelagem, desenvolvimento,

validação e documentação. As etapas de estudo e de modelagem foram efetivadas no TCC I, sendo

que as etapas de desenvolvimento e validação foram efetivadas no TCC II. A etapa de

documentação foi executada no TCC I e também no TCC II

Etapa 1: Estudo. Essa etapa visou definir exatamente o tema/problema deste projeto e

adquirir o conhecimento necessário sobre as soluções e tecnologias existentes com o objetivo de

poder propor uma melhor solução, mais adequada e eficiente que as atuais.

• Levantamento dos requisitos exigidos pelo sistema: Inicialmente fez-se um estudo sobre

logística, possibilitando um embasamento teórico necessário para o entendimento do

desenvolvimento de projetos logísticos. Posteriormente foram realizadas entrevistas com

5

profissionais da área de logística, especializados no desenvolvimento de projetos, assim,

possibilitou a definição dos requisitos desejáveis para o sistema.

• Pesquisa e análise das soluções similares: Os requisitos obtidos nas entrevistas foram

confrontados com as características das soluções existentes identificadas. A pesquisa se

deu através da Internet, utilizando sites de procura como o Google e Yahoo. A pesquisa

iniciou-se com a busca de artigos científicos que referenciassem o desenvolvimento de

produtos semelhantes. Posteriormente se estendeu a quaisquer sites, em português e

inglês, que tratassem do assunto. A análise das informações encontradas considerou a

procedência das mesmas, sua quantidade, relevância, características desejáveis e

limitações relacionadas à aplicação desejada. A partir da análise de soluções similares,

foram definidas algumas funcionalidades do projeto.

• Pesquisa dos conceitos e tecnologias necessários à implementação do sistema: A

pesquisa compreendeu sistemas de informação, gerência de projetos, Logística, banco de

dados e linguagem de programação para o ambiente Web. A pesquisa se realizou

principalmente através de livros, artigos científicos e sites especializados.

• Estudo e aprendizagem das ferramentas computacionais necessárias à implementação do

sistema: O estudo das ferramentas realizou-se na seguinte ordem: PHP, PSPad e

FireBird, que correspondem, respectivamente, à linguagem de programação para Web,

ferramenta de desenvolvimento de código e sistema gerenciador de banco de dados. O

estudo enfocou a utilização das ferramentas e seus recursos.

Etapa 2: Modelagem. Esta etapa visou especificar o funcionamento da solução proposta,

sendo desenvolvido um modelo conceitual da mesma, compreendendo a Análise e o Projeto do

sistema.

• Realização da Análise do sistema: A análise compreendeu o levantamento de requisitos

e a especificação do sistema.

• Realização do Projeto do sistema: O Projeto seguiu a notação UML. Foi desenvolvido o

Diagrama Use Case e o Diagrama Entidade-Relacionamento. Os Use Cases foram

extraídos dos requisitos levantados. O projeto foi especificado de forma que atendesse

completamente as especificações e análise.

6

Etapa 3: Desenvolvimento. Esta etapa visou transformar o modelo conceitual da etapa de

modelagem em um sistema real, compreendendo principalmente a codificação dos processos

descritos no Projeto do sistema.

• Implementar os componentes de software do sistema: A implementação dos

componentes de software (processos) foi realizada utilizando a linguagem de

programação PHP, e deve seguiu rigorosamente a Análise e Projeto realizados.

Etapa 4: Validação. Nesta etapa estão sendo realizados experimentações e testes com a

solução desenvolvida, com o objetivo de eliminar possíveis erros existentes em sua modelagem ou

desenvolvimento. Os testes incluem a modelagem, o sistema desenvolvido, e a real utilidade dessa

solução como meio eficiente para a gerência dos projetos.

• Realizar testes simulados de funcionamento do sistema: Os testes simulados foram

realizados sendo feito a verificação isolada do funcionamento dos processos

(procedimentos) implementados, analisando se os mesmos produziram os resultados

esperados. Dessa forma, esses testes simularam todas as atividades de um profissional de

logística utilizando o sistema.

• Realizar testes com o sistema em laboratório: Os testes deverão iniciar a partir da

utilização efetiva do sistema com dados reais e simulados, de tal forma que seja possível

avaliar a funcionalidade do sistema e corrigir eventuais falhas.

Etapa 5: Documentação. Esta etapa visou deixar registrado todo o processo pertinente à

pesquisa científica, desde a descrição do problema, a proposta de uma nova solução (modelagem), o

desenvolvimento dessa solução, os testes e validação da nova solução e os resultados finais. A

documentação deve permitir a outros pesquisadores reproduzir a nova solução e realizar os mesmos

experimentos e testes feitos para sua validação.

• Redigir o texto do TCC I: A redação do TCC I foi realizada ao longo de todo o primeiro

semestre de 2005. O objetivo do TCC I foi definir bem o tema/problema de pesquisa,

justificar sua importância e abrangência, fornecer o referencial teórico, apresentar as

soluções já existentes para o problema exposto e apresentar a solução proposta, no caso,

a modelagem do sistema.

7

• Redigir o texto do TCC II: A redação do TCC II foi realizada ao longo de todo o

segundo semestre de 2005. O objetivo do TCC II foi documentar o desenvolvimento da

solução desenvolvida, de forma que pudesse ser reproduzida por outros pesquisadores,

apresentando assim a verificação e validação do projeto, e finalmente os resultados

alcançados e as conclusões tiradas.

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

A fundamentação teórica deste TCC está dividida em seis seções principais, as quais são:

Logística; Gerenciamento de Projetos; A Kobatech; Sistema de Informação; Ferramentas e

Soluções Similares.

A seção de Logística contextualiza a área de Logística atual, abordando inclusive o seu

histórico. No Gerenciamento de Projetos é feita uma introdução através da sua evolução, abordando

também suas características, bem como o ciclo de vida de um projeto. Na seção sobre a Kobatech é

apresentada a empresa que serviu como base para estudo e modelagem da ferramenta, mostrando

seu histórico, mercado e a estrutura de seus projetos. Na seção Sistemas de Informação é

conceituado o tema e demonstrado sua divisão principal, explanando inclusive as definições de

Groupware. Em Ferramentas, são explanados os conceitos das ferramentas a serem utilizadas para o

desenvolvimento da ferramenta proposta no TCC I, no caso, a linguagem de programação PHP e o

Sistema Gerenciador de Banco de Dados FireBird. Na seção Soluções Similares foram pesquisadas

e analisadas as soluções computacionais similares disponíveis no mercado, com o objetivo de

contextualizar a ferramenta desenvolvida e identificar funcionalidades que poderiam ser agregadas

no projeto.

O Desenvolvimento deste TCC está divido em quatro seções, sendo: Análise de Requisitos;

Diagrama Use Case; Diagrama Entidade-Relacionamento; Implementação e Validação e

Planejamento para a Implantação.

A seção Análise de Requisitos engloba os requisitos funcionais e não funcionais que a

ferramenta exigiu. A seção Diagrama Use Case demonstra quais as funcionalidades existentes no

sistema, tomando como base a análise de requisitos realizada. A seção Diagrama Entidade-

Relacionamento tem por finalidade realizar o modelo conceitual do banco de dados da ferramenta.

8

O capítulo de Implementação descreve o processo de desenvolvimento da ferramenta. A seção

Validação e Planejamento para a Implantação descreve os procedimentos a serem realizados para a

validação e implantação da ferramenta desenvolvida.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. LOGÍSTICA

O surgimento da globalização ocasionou uma maior interação entre os vários setores da

economia, afetando diretamente algumas atividades, consideradas prioritárias para o fortalecimento

desses setores e o aumento da concorrência. Atividades essas pertencentes aos processos logísticos

realizados entre os vários integrantes da cadeia de suprimentos, dessa forma, desenvolvendo a

Logística.

Partindo dessa tendência que se consolida a cada dia, é possível observar que o setor

logístico é uma área que está em franco crescimento no Brasil, conforme descrito por Figueiredo,

Fleury e Wanke (2003, p.48): "A Logística no Brasil vem constituindo-se em um negócio de

grandes proporções que evoluiu rapidamente nos últimos anos".

No ano de 2004, o ramo de atacadista distribuidor, que é um dos integrantes da cadeia de

suprimentos, conforme pesquisa realizada pela revista Distribuição em abril de 2005, apresentou um

crescimento real de 11,9%, sendo um índice superior à inflação do período.

Para um melhor entendimento do conceito de Logística, pode-se observar definição do

Council of Logistics Management norte-americano, descrito por Novaes (2004, p.35):

Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.

Além do conceito, a missão da Logística é definida, segundo Bowersox et al. (1996 apud

FIGUEIREDO, FLEURY E WANKE, 2003, p.74):

A Logística tem como missão principal a minimização do custo total da operação para um determinado nível de serviço e é um importante processo ao gerenciamento da cadeia de suprimentos, pois viabiliza a consecução destes fluxos no tempo e no espaço

10

Para enfatizar os conceitos de Logística, pode ser citado como o seu objetivo fundamental,

definido, segundo Jacobsen (2003, p.21):

Atender adequadamente o consumidor final, administrando globalmente a empresa e seus agentes logísticos externos, através de um processo de gestão integrado, cooperativo e harmonioso de negócios, que de forma sistêmica e simbiótica envolve toda a cadeia de demanda e suprimento.

É comum haver a confusão entre a definição de Logística e gerenciamento da cadeia de

suprimentos, porém são coisas distintas. De acordo com Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.28), a

definição de gerenciamento de cadeias de suprimento é, conforme Global Supply Chain Forum

1998: “o gerenciamento da cadeia de suprimentos consiste na integração dos principais processos

de negócio a partir do consumidor final para o fornecedor inicial de produtos, serviços e

informações que adicionam valor”.

Dessa forma, fica evidente que o gerenciamento da cadeia de suprimentos é uma tarefa mais

complexa, comparando com a Logística em si, pois a mesma está focada no planejamento,

implementação e controle do fluxo e armazenagem de produtos, enquanto que a cadeia de

suprimentos engloba todos os processos do início ao fim do sistema como um todo.

A existência da cadeia de suprimentos pode ser explicada pelo fato de que nenhuma empresa

está isolada no mercado, havendo, dessa forma, uma interligação que engloba desde os fornecedores

até os clientes. Pode-se classificar a cadeia de suprimentos em três níveis, conforme Slack (1993

apud FIGUEIREDO, FLEURY E WANKE, 2003, p.110):

• Total: envolve todas as relações cliente-fornecedor, desde a extração da matéria-prima

até a compra do produto pelo consumidor final;

• Imediata: onde estão os fornecedores e consumidores com os quais a empresa faz

negócio diretamente; e

• Local: localiza-se dentro da empresa, onde estão os fluxos internos de materiais e

informações entre departamentos, células ou setores da operação.

11

A Figura 1 ilustra os três níveis da cadeia de suprimentos.

Figura 1. Níveis da cadeia de suprimentos.

Fonte: Adaptado de Slack (1993 apud FIGUEIREDO, FLEURY E WANKE, 2003, p.111)

As empresas, independentemente do ramo, sempre sentiram a necessidade de um processo

logístico melhor estruturado, de forma que a permitisse se estabelecer no mercado e tornar-se

competitiva.

No entanto, foi nos últimos tempos, com o fortalecimento da informática, a globalização e o

aumento da concorrência, que este processo se tornou imprescindível para o sucesso, sendo assim,

evidenciado como fator de sobrevivência para uma empresa.

Este ambiente competitivo faz com que as empresas voltem sua atenção para os seus

processos logísticos afim de apurá-los e torná-los cada vez mais eficiente, diminuindo assim os

custos e melhorando o nível de serviço. Dessa forma, as empresas devem buscar um

aperfeiçoamento contínuo de suas operações para sobreviverem, possibilitando corrigir ou evitando

que seus processos ou atividades apresentem problemas e entrem em decadência.

Como cita Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.164), “(...) melhorar o sistema logístico

passou a ser fator imperativo para ganho de competitividade das indústrias e varejistas (...)”, é

Cadeia de suprimentos local

Cadeia de suprimentos imediata

Cadeia de suprimentos total

12

enfatizado ainda por Novaes (2004, p.373): “As atividades logísticas, dentro dos modernos

conceitos de Supply Chain Management, ganharam conotação estratégica ímpar, colaborando

efetivamente para a conquista de novos mercados (...)”. Assim, fica claro que a estruturação

logística precisa ser prioridade no plano estratégico de uma empresa.

Uma das formas de verificar se o processo logístico da empresa está em perfeito

funcionamento é voltar a atenção para a medição de produtividade e eficiência dos processos

logísticos. Caso estes não estejam de acordo com o mínimo exigido é sinal que algumas atitudes

devem ser tomadas, buscando antecipar o acontecimento de uma possível crise, ou mesmo eliminar

uma já existente.

Dessa forma, exercer o controle desses fatores é essencial para a permanência da empresa no

mercado, facilitando o crescimento, o aumento da produtividade e a constante busca pela excelência

dos processos. Neves (2004), deixa claro em seu artigo “aquilo que não é medido não pode ser

melhorado”.

Para Moreira (1991 apud NOVAES, 2004, p.373), “a produtividade de um sistema de

produção é definida como a relação entre o que foi produzido e os insumos utilizados para tal, num

certo intervalo de tempo”. A medição da produtividade deve ser feita utilizando índices, dessa

forma, pode-se analisar o desempenho dos processos de acordo com sua eficiência, possibilitando

tirar conclusões sobre dados concretos.

Através da análise do desempenho é possível tomar medidas estratégicas para o

aprimoramento e aperfeiçoamento das operações logísticas. Medidas essas que devem ser tomadas

levando em consideração o benchmarking de empresas.

Segundo Bowersox e Closs (1996 apud NOVAES, 2004, p.394), “benchmarking é definido

como sendo os procedimentos sistemáticos utilizados para identificar as melhores práticas

observadas num determinado setor, e modificar a atuação de um determinado participante, de forma

a atingir um nível de desempenho superior”.

13

Ainda, segundo definição de Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.99) :

benchmarking constitui um processo sistemático de comparações entre processos semelhantes e, a partir delas, a promoção de melhorias que permitam que determinada atividade tenha excelência quando comparada com outras equivalentes em empresas do mesmo setor ou de outros setores da economia.

Existem empresas que realizam somente o benchmarking interno, analisando e estudando

apenas os seus processos logísticos, sem levar em consideração experiência de outras empresas do

mesmo setor. No entanto, no mundo globalizado, onde o dinamismo do mercado faz com que exista

uma certa interligação entre as empresas, onde nenhuma se encontra isolada, faz-se necessário o

estudo de caso, através de experiências de empresas concorrentes ou de um ramo semelhante.

Conforme Novaes (2004, p.394), “(...) as melhores práticas devem ser buscadas

externamente à empresa, sempre que possível”. Assim, apenas o benchmarking interno não é

suficiente para o aprimoramento contínuo dos processos, necessitando também, a realização de um

benchmarking externo.

O objetivo do benchmarking, de acordo com Novaes (2004, p.395), é “determinar as ações

necessárias para tornar uma empresa não-eficiente, em eficiente”. Assim, é imprescindível

identificar as empresas eficientes, para servir como base e referência para o estudo e acuracidade

dos processos logísticos da organização em questão.

Um processo padrão de benchmarking pode ser definido conforme a Figura 2:

14

Seleção de processos e indicadores a serem comparados

Comparação com outras empresas

Entendimento dos motivadores das diferenças

Identificação dos passos necessários às mudanças

Figura 2. Processo genérico de benchmarking

Fonte: Adaptado de Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.99).

No primeiro passo é feita a identificação dos processos a serem analisados e seus respectivos

indicadores de desempenho. Posteriormente, é necessário selecionar as empresas que serão

estudadas, através do processo de benchmarking, analisando posteriormente, no próximo passo, os

motivos pelos quais existem as diferenças nos processos em questão. Por último, define-se os

passos necessários para que as mudanças propostas em cada processo possam ser efetivadas.

Segundo Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.98), Rogers S. Dale realizou uma pesquisa

nos EUA, intitulada “Benchmarking programs: opportunities for enhancing performance”, com

125 empresas pertencentes a diversos setores da economia. Essa pesquisa mostrou que,

aproximadamente, 65% das empresas estão envolvidas em atividades de benchmarking, 34% têm

planos ou interesse de iniciar um programa desse tipo e apenas 1% não se mostrou interessado em

fazê-lo.

Dessa forma, muitas empresas procuram elas mesmas realizar o benchmarking de seus

processos, porém, normalmente, falta experiência, uma vez que não possuem bons profissionais, ou

mesmo, esbarram na dificuldade da mudança de paradigma, pois toda mudança gera resistência por

parte das pessoas envolvidas no processo.

Surge nesse momento a necessidade de um auxílio externo, de empresas que possuam

experiência nesse ramo de atividade, trazendo assim, toda a sua bagagem de conhecimento na

15

estruturação logística realizada em outras empresas. Conforme pode ser observado por Figueiredo,

Fleury e Wanke (2003, p.99), “o desenvolvimento de estudos internos e a contratação de

consultorias especializadas são alguns dos mecanismos que podem permitir a uma empresa

melhorar seus processos, reduzir custos e/ou melhorar o nível de serviço das atividades logísticas”.

É nesse cenário que surgiram empresas, como a Kobatech - Assessoria Consultoria

Industrial e Empresarial LTDA, especializadas na prestação de serviços, atuando na estruturação

logística empresarial. Essas empresas possuem como principal tarefa, a reestruturação logística,

tendo como conseqüência o aumento no lucro do cliente, ou seja, elas trabalham totalmente com o

foco em resultados.

2.1.1. Evolução da Logística

De acordo com Novaes (2004, p.40), o processo de evolução logística está dividido em

quatro fases:

• Primeira Fase: Atuação Segmentada;

• Segunda Fase: Integração Rígida;

• Terceira Fase: Integração Flexível;

• Quarta Fase: Integração Estratégica (SCM).

Cada fase será explanada nos capítulos a seguir.

2.1.1.1. Primeira Fase: atuação segmentada

A Logística, conforme Novaes (2004, p.41), se originou praticamente na Segunda Guerra

Mundial, tendo como ponto marcante o estoque, sendo assim o elemento-chave no balanceamento

da cadeia de suprimentos.

16

As empresas buscavam formar lotes econômicos para transportar seus produtos, dessa

forma, o enfoque não era no estoque, mas sim, no modo como se pudesse economizar, reduzindo os

custos do transporte de produtos.

A Figura 3 ilustra a situação da Logística nessa fase

Manufatura Varejista

Estoque Estoque Estoque

Subsistemas otimizadosseparadamente, com estoques

servindo de pulmão

Centro deDisbribuição

Figura 3. Primeira Fase da Logística

Fonte: Adaptado de (NOVAES, 2004, p.41)

Como é possível constatar, o estoque era realizado em todos os subsistemas existentes na

cadeia de suprimentos. A manufatura produz um produto e o estoca posteriormente no depósito da

fábrica. À medida que os centros de distribuição necessitam do produto, é feito um pedido para a

fábrica, que atende o pedido através do seu estoque. Por sua vez, quando o varejista necessita de

algum produto, é feito um pedido para o centro de distribuição, que atende através do seu próprio

estoque. O varejista, dessa forma, formava o seu próprio estoque para atender o consumidor final.

Analisando todos os estoques nessa cadeia de suprimentos é possível constatar que existe

muito material parado, gerando, assim, um maior custo financeiro que tende a crescer, pois vai

sendo agregado valor através de horas de trabalho, energia utilizada, capital investido em máquinas

e instalações.

2.1.1.2. Segunda Fase: integração rígida

De acordo com Novaes (2004, p.43), nesta fase os processos produtivos na manufatura

foram se tornando mais flexíveis, assim, houve um grande aumento na oferta de produtos e de

17

opções, fazendo com que houvesse uma maior variedade sem um aumento exagerado nos custos de

fabricação.

Em contrapartida, existiu um aumento acentuado nos estoques ao longo da cadeia produtiva,

passando a ser necessário uma maior racionalização da cadeia de suprimento, buscando menores

custos e maior eficiência.

Outros fatores também influenciaram o aumento dos custos logísticos, como a crise do

petróleo em 1970, encarecendo o transporte de mercadorias, uma vez que as operações logísticas

envolvem deslocamento físico. Outro fator foi o crescimento territorial das cidades e,

conseqüentemente, o congestionamento de tráfego, resultando em um aumento nos custos de

deslocamento em geral.

Para amenização desses problemas, foi intensificada a utilização da multimodalidade no

transporte de mercadorias, utilizando vários meios de transporte, como caminhões, navios, trens e

aviões. A introdução da informática também trouxe benefícios para as operações logísticas, mesmo

que ainda de uma forma simplória.

Assim, todos os elementos anteriormente citados, fizeram com que as empresas

racionalizassem de forma mais eficiente os seus processos. Segundo Novaes (2004, p.44), “os

elementos-chave de racionalização foram a otimização de atividades e o planejamento”.

O planejamento ficou evidente, pois antes o planejamento da produção era realizado pelo

setor de fabricação sem muitos critérios, resultando no acúmulo de produtos em estoque. Nesta fase,

começou há existir maiores relações entre fornecedores e clientes, permitindo que o planejamento

da produção fosse realizado de acordo com a demanda de produtos, facilitando a previsão de

compra com os fornecedores.

Esta fase pode ser caracterizada, conforme Novaes (2004, p.44), “como uma busca inicial de

racionalização integrada da cadeia de suprimento, mas ainda muito rígida, pois não permitia a

correção dinâmica, real time, do planejamento ao longo do tempo”. Essa rigidez era observada, pelo

fato da comunicação entre os setores da empresa ser falho, uma vez que, quando um setor alterava

18

sua programação, não era informada essa alteração aos demais setores que faziam parte do

processo. Por exemplo, o setor de vendas, muitas vezes, fechava novos contratos com clientes, ou

alterava as programações de vendas e não consultava a manufatura, gerando um descompasso nos

processos.

2.1.1.3. Terceira Fase: integração flexível

De acordo com Novaes (2004, p.45), “a terceira fase da Logística é caracterizada pela

integração dinâmica e flexível entre os agentes da cadeia de suprimento, em dois níveis: dentro da

empresa e nas inter-relações da empresa com seus fornecedores e clientes”. Porém, é só na quarta

fase que o conjunto de empresas se integram, cobrindo a cadeia de suprimentos, desde os

fornecedores, passando pela manufatura e o varejo, indo até o consumidor final.

Nessa terceira fase a integração das empresas se dá duas a duas e teve início no fim da

década de 1980. Sua principal característica é o intercâmbio entre dois elementos da cadeia de

suprimento, através de um meio eletrônico, diferentemente da fase anterior, onde esse intercâmbio

era feito manualmente, de forma que nunca se tinha as informações atualizadas, em decorrência da

demora para chegar ao seu destino.

A Informática foi de grande importância nessa fase, possibilitando a evolução da Logística,

integrando de forma dinâmica os participantes da cadeia de suprimentos. Para exemplificar, um dos

benefícios da Informática foi o uso do código de barras, facilitando muito a integração do processo

de vendas com o depósito.

Enquanto que na segunda fase o planejamento era rígido, uma vez que era feito

mensalmente, impossibilitando alterações diárias, nessa terceira fase era flexível, pois permitia

alterações freqüentes.

Fica claro nessa fase a consciência de uma maior preocupação da empresa com seus clientes

e também a busca pelo estoque zero, que é uma procura contínua da redução nos níveis de estoque,

como informado por Novaes (2004, p.46):

19

Na terceira fase da Logística, passa-se a observar maior preocupação com a satisfação plena do cliente, entendendo como tal não somente o consumidor final, como também todos os elementos intermediários, que por sua vez são clientes dos fornecedores que os antecedem na cadeia de suprimento. Outra tendência notada nessa fase é a busca, aparentemente utópica, do Estoque Zero. Sabemos que estoque zero é impossível de se obter, mas a idéia por trás desse slogan é perseguir reduções continuadas nos níveis de estoque, não se satisfazendo com resultados parciais, ou seja, a redução dos estoques deve ser uma busca permanente, a ser obtida com melhorias paulatinas no processo.

2.1.1.4. Quarta Fase: integração estratégica (SCM)

Enquanto que nas fases anteriores da Logística as relações entre os agentes da cadeia de

suprimentos eram feitas basicamente de forma física, nesta fase a Logística começou a ser tratada

de forma estratégica pelas empresas. “Na quarta fase da Logística ocorre um salto qualitativo da

maior importância: as empresas da cadeia de suprimento passam a tratar a questão logística de

forma estratégica (...)” (NOVAES, 2004, p.47).

Dessa forma, as empresas passaram a usar a Logística como forma de aumentar sua

competitividade no mercado, usando-a de forma estratégica para concretizar parcerias com outras

empresas e conquistar maior participação no mercado.

Segundo Novaes (2004), uma característica que surgiu nessa fase foi o conceito de empresas

virtuais, também chamadas de agile enterprises (empresas ágeis), no jargão da Logística. Esse tipo

de empresa não tem contato físico com o consumidor final, suas vendas são realizadas através da

Internet, necessitando, conseqüentemente, que sua estrutura de logística esteja muito bem definida,

para pode atender seu cliente com eficiência.

Outra característica desta fase é a preocupação com o meio ambiente e o crescimento do

interesse pela chamada Logística Reversa que, segundo Novaes (2004, p.48), “trata do processo de

recuperação de materiais diversos (alumínio, papel, plástico, baterias, pilhas) através da

reciclagem”.

A principal diferença desta fase para as demais é o surgimento da concepção de SCM –

Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimento). Assim, os agentes

participantes da cadeia de suprimento encaram a Logística como forma estratégica, para busca de

resultados melhores, agregando valor aos seus produtos e diminuindo os custos. Uma das formas

20

para auxiliar na busca desses resultados foi a forte utilização da Informática como meio facilitador

dos processos, como destaca Novaes (2004, p.49): “para se conseguir essa façanha de melhorar o

nível de serviço e ao mesmo tempo reduzir custos, as empresas lançaram mão, em larga escala, da

tecnologia da informação”.

No decorrer da evolução da Logística, assim como em outras áreas, identifica-se a

necessidade de haver um bom gerenciamento dos projetos, de maneira a organizar as atividades,

racionalizar os recursos e aumentar a eficiência e eficácia dos resultados, com o objetivo de

alcançar o sucesso nos empreendimentos.

2.2. GERENCIAMENTO DE PROJETOS

O gerenciamento de projetos tem sido fortemente aplicado nos últimos tempos, com o

intuito de planejar de forma eficiente e eficaz os projetos desenvolvidos. Cusumano e Nobeoka

(1998 apud KEELLING 2002, p.6), afirmam que “o sucesso nas experiências com gestão de

projetos múltiplos e técnicas de engenharia simultânea está aumentando e tem conduzido à sua

proliferação em uma diversidade de situações inovadoras (...)”.

Uma definição de projeto, segundo o PMI – Project Management Institute, descrito por

Keelling (2002, p.3), é “um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço

único”.

Segundo Casarotto Filho, Severino Fávero e Escosteguy Castro (1999, p.19), afirmam que

“o termo projeto não possui um significado único, e é geralmente relacionado com um conjunto de

planos, especificações e desenhos de engenharia”.

Gerência de projeto tem sua finalidade definida por Casarotto Filho, Severino Fávero e

Escosteguy Castro (1999, p.22):

Mediante planejamento e controle efetivos, permite que todas as fases de execução do empreendimento sejam realizadas de modo que sejam atingidos os objetivos quanto à qualidade, funcionalidade e segurança dos respectivos projetos, dentro do cronograma e orçamento previstos.

21

Para uma melhor compreensão dos projetos atuais e sua importância, é necessário entender

um pouco da evolução do gerenciamento de projetos.

2.2.1. A Evolução do Gerenciamento de Projetos

Conforme descrito por Prado (2000, p.25) “a ciência Gerência de Projetos surgiu no final da

década de cinqüenta e, desde então, tem evoluído sempre”. Alguns marcos na história dessa ciência

são a criação do PMI (Project Management Institute) em 1969 e a criação do certificado PMP

(Project Management Professional).

O PMI é uma instituição sem fins lucrativos, dedicada ao estudo do gerenciamento de

projetos. Segundo o PMI (2005), suas atividades estão focalizadas nas necessidades de profissionais

da gerência de projeto de todo o mundo. É reconhecido como sendo o pioneiro na área e sua

sociedade representa uma comunidade com milhares de profissionais, representando 125 países.

A principal publicação do PMI é o “A Guide to PMBOK” (Project Management Body of

Knowledge), e é aceito como padrão de gerenciamento de projetos pelo ANSI (American National

Standards Institute).

Segundo Prado (2000, p.26) a Gerência de Projetos foi formalizada nas universidades

americanas no início da década de sessenta. No início, os resultados nem sempre eram alcançados

através do gerenciamento e, algumas experiências traumáticas inibiram a introdução desta ciência

em outros ramos de negócio, de uma maneira acelerada e ampla.

De acordo com Prado (2000, p.26) um dos traumas mais conhecidos é o causado pelo

PERT/CPM, ocorrido no início da década de sessenta, quando se imaginava que o efetivo sucesso

de um projeto estava totalmente ligado ao uso deste recurso. Muitas vezes, pessoas sem o

conhecimento desta técnica, confeccionavam a rede PERT/CPM de forma errônea, fazendo com

que a rede ficasse enorme e de difícil execução. Dessa forma, muitas situações de fracasso de

projetos foram atribuídas ao uso inadequado desta técnica.

22

Outro trauma, descrito por Prado (2000, p.26), ocorreu na indústria de informática, na

década de setenta, onde foi utilizado um sistema rígido de planejamento e acompanhamento dos

projetos, para conter a desorganização existente. Foram desenvolvidas as Metodologias de

Desenvolvimento de Sistemas (MDS), que se mostraram ineficientes no controle de prazos e custos

e inibidoras de criatividade. Sendo que, a partir de meados da década de oitenta, as MDS passaram

a ser mais flexíveis, e maduras, porém a sua má fama retardou sua difusão.

2.2.1.1. Gerenciamento de Projetos Tradicional

Como cita Prado (2000) a época conhecida como “Gerenciamento de Projetos Tradicional”

ocorreu a partir da década de setenta, sendo que o aspecto do escopo do projeto passou a ser visto

como essencial no processo, além dos outros aspectos como prazos, custos e qualidade.

Conforme Prado (2000) o gerenciamento tradicional estava muito centrado em aspectos

técnicos, principalmente referentes ao gráfico de Gantt, PERT/CPM, curvas de custo, entre outros.

Aos poucos, percebeu-se que os projetos dificilmente fracassavam em conseqüência de falhas nos

processos anteriormente citados. Alguns críticos focavam outras áreas (recursos humanos e

atendimento ao cliente) como sendo essenciais.

2.2.1.2. Gerenciamento de Projetos Moderno

O fim do gerenciamento tradicional ocorreu, segundo Prado (2000, p.27), “pela percepção

de que a satisfação do cliente deve ser o principal item de medição de sucesso de um projeto”.

Dessa forma, cresceu em importância o aspecto humano, pois projetos são realizados por pessoas e

são elas as responsáveis pelo sucesso ou fracasso de um projeto. Assim, os itens que passaram a

medir o sucesso são, segundo Prado (2000):

• Satisfação do cliente;

• Metas quantitativas (prazo, valor, qualidade); e

• Moral da equipe.

23

Assim, o nome “Gerenciamento de Projetos Moderno” foi introduzido na década de oitenta

pela primeira versão do PMBOK, e reformulada em 1996 contemplando nove áreas de

gerenciamento:

• Gerenciamento da Integração;

• Gerenciamento de Escopo;

• Gerenciamento de Prazos;

• Gerenciamento de Custos;

• Gerenciamento da Qualidade;

• Gerenciamento de Recursos Humanos;

• Gerenciamento de Comunicações;

• Gerenciamento de Riscos; e

• Gerenciamento de Suprimentos / Contratação.

2.2.2. Características do Gerenciamento de Projetos

Existem vários tipos de projetos, de acordo com sua forma e tamanho. Muitos são de curta

duração e não exigem muitos recursos, outros são grandes empreendimentos, necessitando de

muitos recursos financeiros e materiais, normalmente sendo de média ou longa duração.

Independentemente do tipo de projeto, a maioria apresenta as seguintes características

comuns, de acordo com Keelling (2002):

• São empreendimentos independentes;

• Possuem propósito e objetivos distintos;

• São de duração limitada;

• Possuem datas determinadas para início e conclusão;

24

• Possuem recursos próprios (incluindo financeiros e humanos); e

• A administração e a estrutura administrativa são próprias.

O gerenciamento de projetos e de suas atividades, para qualquer organização,

independentemente de qual natureza, é essencial para o bom funcionamento do sistema. Porém,

com o planejamento e gerenciamento do projeto sendo executados, não é garantia de que tudo irá

ocorrer conforme o esperado. Segundo Castro (2005), “na maioria dos projetos, como nas outras

atividades do ser humano, nem tudo vai ocorrer como se planejou”.

Dessa forma, posteriormente ao planejamento, existe a necessidade da realização do

controle, fazendo com que não aconteçam surpresas no decorrer do projeto, pois tudo o que foi

planejado, será acompanhado. Conforme Castro (2005) “a finalidade do acompanhamento e do

controle é a de manter os trabalhos da direção dos objetivos e do plano”.

O planejamento é uma forma de estimar o prazo, os recursos e as atividades necessárias para

a sua perfeita conclusão, porém, o mesmo não é estático, permitindo que durante o decorrer do

projeto, seja reavaliado e corrigido, para se adequar à realidade do momento.

Contudo, o planejamento e seu gerenciamento são apenas ferramentas utilizadas para medir

e programar, dessa forma, necessitando que haja um empenho de toda a equipe envolvida no

projeto, bem como a realização de uma gestão de projetos como um todo, para que o mesmo siga

conforme o estabelecido inicialmente.

Esse controle deve ser executado pela pessoa responsável pelo gerenciamento, que saiba

tomar decisões em situações extremas e tenha habilidades que vão além das habilidades técnicas,

pois é necessário, entre outras características, saber trabalhar e coordenar uma equipe de pessoas.

O gerente de projeto precisa criar um “espírito de time” entre a equipe, para que a mesma

obtenha um alinhamento e um comprometimento com a meta do projeto e com o escopo do mesmo.

Dessa forma, fazendo com que sejam evidenciadas as qualidades de cada membro, tirando o maior

proveito de cada pessoa, sabendo motivá-los para, conseqüentemente, aumentar o desempenho da

equipe como um todo.

25

Todos esses fatores levam a um gerenciamento eficiente, sendo essenciais para o efetivo

sucesso de um projeto.

Segundo pesquisa realizada junto a 287 gerentes de projetos, as principais habilidades

necessárias para a realização do gerenciamento são apresentadas na Tabela 1 (o número representa

o percentual de gerentes que indicaram o item como importante).

Tabela 1. Habilidades do Gerente de Projeto

Item Percentual (%) Comunicação 84 Organização 75 Formação de equipe 72 Liderança 64 Convivência 59 Tecnologia 46

Fonte: Adaptado de Posner (apud PRADO 2000, p.82)

Como é possível observar, a maioria dos entrevistados considera como fator essencial para

um gerente de projeto a comunicação e outras características que não estão ligadas ao conhecimento

técnico.

Os projetos possuem um ciclo de vida característico, sendo aplicável, de forma geral, a todo

o tipo de projeto.

2.2.3. O Ciclo de Vida do Projeto

Conforme Keelling (2002), os projetos possuem um ciclo de vida bem característico,

passando por várias fases desde a sua concepção até a sua conclusão. O conhecimento desse ciclo,

por parte do gerente de projeto, é essencial para o bom andamento do projeto, uma vez que todas as

fases precisam ser devidamente planejadas e administradas. Dessa forma, possibilitando fazer todo

acompanhamento do projeto através da execução e finalização das fases.

Segundo Keelling (2002), as fases do ciclo de vida de um projeto são:

• Conceituação;

26

• Planejamento;

• Implementação (execução); e

• Conclusão.

Sendo abordadas com mais detalhes a seguir:

Conceituação

É o ponto de partida, onde surgem as idéias iniciais. Normalmente, a princípio, não se tem

consciência do escopo da idéia e nem da possibilidade da efetivação do projeto. Dessa forma, de

acordo com Keelling (2002) é necessário realizar a proposta do projeto e o estudo de viabilidade.

A proposta do projeto é necessária para se ter uma noção do escopo do mesmo, colocando

no papel uma perspectiva de custos, benefícios, metodologias a serem usadas, justificativas, entre

outros, possibilitando assim, a adesão de pessoas ao mesmo, e o apoio de seus superiores.

Após a aprovação do projeto, segue o estudo da viabilidade, onde a utilidade, viabilidade e

risco são estudados com mais detalhes, a fim de analisar a efetiva progressão do projeto.

Planejamento

A partir do momento que se decide continuar o projeto, começa então o planejamento. Nesta

etapa, a estrutura e a administração do projeto serão planejados e selecionados por toda a equipe

que irá implementar o mesmo.

Nesta etapa também, conforme Keelling (2002), são definidos os planos de atividade, as

finanças e os recursos que serão desenvolvidos, as normas de qualidade, segurança e administração.

Planos mestres serão feitos para possibilitar análises periódicas de progresso.

Implementação

Neste período os planos de atividades são postos em operação. Todas a atividades são

monitoradas, controladas e coordenadas para alcançar os objetivos do projeto. A eficiência do

27

trabalho estará diretamente associada à qualidade dos planos já formulados, à boa administração,

tecnologia, liderança e controle.

Conclusão

Esta fase inclui a preparação para a conclusão e para a entrega do projeto. São realizadas as

atividades finais, buscando o comprimento do prazo de entrega. Relatórios de encerramento são

feitos e apresentados à gerência. São realizados estudos para a verificação, como um todo, da

perfeita execução do projeto.

O gerenciamento é essencial para o controle do andamento do projeto, permitindo o seu

acompanhamento, com a finalidade de chegar ao objetivo especificado inicialmente, conforme

definido no planejamento. Dessa forma, tendo consciência dessa necessidade, a empresa Kobatech

realiza o gerenciamento de seus projetos em logística.

2.3. A KOBATECH

2.3.1. Histórico

A empresa Kobatech LTDA iniciou suas atividades em fevereiro de 1999 com a participação

de quatro sócios e, em março do mesmo ano, filiou-se a Altamiro Borges Planejamento Logístico e

Industrial, assumindo a franquia da consultoria na Região Sul até a data de 28 de fevereiro de 2001,

cujo contrato foi rompido pela Kobatech.

A partir de então, a empresa vem realizando projetos logísticos e consolidando seu

posicionamento no mercado da Região Sul. Além da realização dos projetos, a Kobatech também

desenvolve o Sistema de Informação WMS (Warehouse Management System), sendo um sistema

para gerenciamento de armazéns. As características da empresa apresentadas a seguir, foram

coletadas através de entrevistas com os consultores da Kobatech.

2.3.2. Mercado

A Kobatech possui uma gama de clientes que se dividem, basicamente, em quatro

segmentos:

28

• Atacado e Distribuidor;

• Varejo;

• Indústria; e

• Serviços.

Para atender esses segmentos, a empresa atua com os seguintes serviços:

Indústria:

• Desenvolvimento da Logística Industrial;

• Desenvolvimento de Células de Manufatura;

• Desenvolvimento de Kanban;

• Balanceamento de Linhas de Montagem;

• Revisão do Fluxo de Passagem e Layout; e

• Desenvolvimento de Embalagem de Proteção.

Atacado, Distribuidor e Serviços:

• Revisão e Balanceamento de Rotas de Entrega;

• Descrição das Atividades por Área da Logística;

• Descrição das Funções ou Cargos da Logística;

• Levantamento dos Custos por Atividades da Logística;

• Estudo do Potencial de Vendas;

• Desenvolvimento de Estratégias com Fornecedores;

• Desenvolvimento de Metodologia de Endereçamento dos Produtos no Armazém;

• Dimensionamento e Balanceamento dos Estoques; e

29

• Desenvolvimento de Operador Logístico e Broker.

Varejo:

• Centralização da Operação da Rede;

• Metodologias de Ressuprimento Automático;

• Gerenciamento do Custeio Baseado na Atividade (Custo "ABC");

• Gerenciamento do Planograma de Produtos; e

• Gerenciamento de Categoria de Produtos.

Da mesma forma, a empresa também desenvolve outras atividades, independentemente do

segmento logístico:

• Planejamento Estratégico;

• Plano Diretor de Logística;

• Projetos, Dimensionamento e Implantação de Centros de Distribuição;

• Auditoria e Revisão em Logística;

• Sistema de Entrega Paletizada;

• Projetos arquitetônicos e Civis;

• Estudos de Rede Logística;

• Remuneração Variável por Produtividade;

• Terceirização em Planejamento Logístico; e

• Avaliação e Seleção de Tecnologia da Informação.

30

2.3.3. Estrutura dos Projetos

A Kobatech, quando contratada para fazer a reestruturação logística do cliente, analisa os

processos atuais da empresa, modela e implanta um projeto de Logística. Os projetos realizados

pela Kobatech seguem uma metodologia que possui cinco etapas padrões e distintas, as quais são:

• Pré-Diagnóstico: é efetuada uma visita do consultor nas instalações da empresa para uma

análise inicial dos processos, com ênfase na cadeia de produção, sendo identificadas as

potenciais melhorias e suas complexidades;

• Diagnóstico Detalhado: é um levantamento dos métodos e processos da operação da

empresa, fazendo uma identificação detalhada dos problemas e suas interfaces na cadeia

de produção. Nessa etapa também são elaborados o cronograma e os planos de ação,

sendo realizado no cronograma todo o planejamento do projeto, definindo quais as

atividades a serem implementadas e seu período de execução, e o plano de ação que será

uma descrição sobre as ações a serem realizadas em cada atividade do cronograma;

• Desenvolvimento das Soluções: etapa na qual são desenvolvidos os planos de ação com

a equipe da empresa, sendo definido fluxos de processos, seus indicadores de

performance, seus pontos de controle e suas responsabilidades na cadeia de produção;

• Implantação: etapa na qual são efetivadas as soluções aprovadas na etapa anterior, sendo

realizado um acompanhamento das variáveis de cada atividade, a elaboração de manual

de normas e procedimentos das operações da empresa, bem como o treinamento e

capacitação dos recursos internos; e

• Auditoria e Controle: etapa onde é executada a verificação de desvios ou efeitos

colaterais gerados pelos processos implantados, tendo como conseqüência

recomendações de correções nos processos ou gestões da empresa, verificação dos

indicadores e análise da continuidade e sua aplicação, e identificação de novas

oportunidades, devido à mudanças de cenários na empresa.

Cada projeto possui uma peculiaridade, dependendo do tipo e da necessidade do cliente.

Normalmente, são feitos e executados por várias pessoas, que possuem um conhecimento

especializado de Logística, denominados consultores. Os projetos podem ser diferenciados por tipo

31

de empresa, de acordo com a cadeia de suprimentos, como por exemplo, atacado e distribuidor,

indústria, varejo e serviços. Sendo assim, as atividades realizadas no projeto variam para cada tipo

de empresa e de acordo com a necessidade do cliente.

Para o gerenciamento efetivo desses projetos, torna-se necessário a utilização de um sistema

de informação ou mesmo de uma ferramenta com características de sistemas de informação, onde

seja possível realizar o controle das variáveis envolvidas em um projeto.

2.4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

O uso dos sistemas de informação tem aumentado muito nos últimos anos, principalmente

devido à necessidade de um processo administrativo e gerencial mais efetivo. Dessa forma os

sistemas de informação vem a suprir essa necessidade, através da sua disponibilização de dados.

Segundo Oliveira (2000, p.170) “os administradores de todos os níveis estão descobrindo

que os sistemas de informação baseados em computador proporcionam as informações necessárias

para uma operação eficaz”.

A importância de um sistema de informação é descrito por O’Brien (2001, p.3): “sistemas e

tecnologias de informação se tornaram um componente vital ao sucesso de empresas e

organizações”.

Moresi (2000) define sistema de informação:

O fluxo da informação em uma organização é um processo de agregação de valor, e o sistema de informação pode ser considerado como a sua cadeia de valor, por ser o suporte para a produção e a transferência da informação. Assim, um sistema de informação é uma combinação de processos relacionados ao ciclo informacional, de pessoas e de uma plataforma de tecnologia da informação, organizados para o alcance dos objetivos de uma organização.

Os sistemas de informação são divididos basicamente, conforme O’Brien (2001), em duas

categorias:

32

• Sistemas de apoio às operações; e

• Sistemas de apoio gerencial.

Sistemas de Apoio às Operações

Sistemas de apoio às operações são ferramentas para o auxílio nos processos operacionais de

uma empresa. De acordo com O’Brien (2001, p.29), “(...) sistemas de apoio às operações produzem

uma diversidade de produtos de informação para uso interno e externo. Entretanto, eles não

enfatizam a produção de produtos de informação específicos que possam ser mais bem utilizados

pelos gerentes”.

Sistemas de Apoio Gerencial

Sistemas de apoio gerencial são utilizados para o auxílio na tomada de decisão estratégica

em uma organização. Conforme O’Brien (2001, p.29), “quando os sistemas de informação se

concentram em fornecer informação e apoio para a tomada de decisão eficaz pelos gerentes, eles

são chamados sistemas de apoio gerencial”.

Sistemas de informação gerencial para Oliveira (2000, p.171), é definido como “(...) um

método formal de tornar disponíveis para a administração, oportunamente, as informações precisas

necessárias para facilitar o processo de tomada de decisão e para dar condições para que as funções

de planejamento, controle e operacionais da organização sejam executadas eficazmente”.

2.4.1. Groupware

Os sistemas classificados como Groupware, são ferramentas que possibilitam o trabalho

colaborativo de uma equipe. Dessa forma, segundo Oliveira (2000, p.111), “Groupware refere-se a

uma vasta gama de tecnologias que permitem às pessoas de uma organização trabalharem juntas,

utilizando redes de computadores”.

Conforme Oliveira (2000) os usos mais comuns do Groupware são para:

• Facilitar a comunicação na empresa entre diversas unidades de negócio, funções e áreas

geográficas;

33

• Facilitar a comunicação e estimular um relacionamento mais próximo com clientes,

fornecedores e parceiros;

• Colher idéias em reuniões, facilitar as interações entre grupos e aliviar a tensão do

trabalho; e

• Solucionar conflitos ou chegar democrática e eficiente a um consenso por interações

confidenciais e votações.

O’Brien (2001, p.230) define Groupware como “software que permite a múltiplos usuários

compartilharem informações entre si e trabalharem juntos em múltiplos projetos”. Dessa forma,

O’Brien (2001, p.86), enquadra Groupware como software colaborativo.

Segundo O’Brien (2001), a meta dos sistemas colaborativos é permitir que as pessoas

trabalhem juntas com mais facilidade e eficácia, auxiliando-as a:

• Comunicar: compartilhar informações uns com os outros;

• Coordenar: coordenar reciprocamente nossos esforços individuais de trabalho e uso de

recursos; e

• Colaborar: trabalhar juntos cooperativamente em projetos e tarefas comuns.

A ferramenta proposta neste TCC I pretende incluir um módulo de Groupware, para a

colaboração das pessoas envolvidas em um projeto, sendo a mesma desenvolvida utilizando

ferramentas open source.

2.5. FERRAMENTAS

Para o desenvolvimento da ferramenta de gestão de projetos, com características de sistema

de informação, utilizou-se a linguagem de programação PHP e o Sistema Gerenciador de Banco de

Dados (SGBD) FireBird, com a finalidade de seguir o padrão e manter a compatibilidade com o

sistema desenvolvimento pela Kobatech, uma vez que a mesma já utiliza essas ferramentas para o

desenvolvimento do Sistema WMS. A escolha dessas ferramentas pela empresa, é justificada

através das características que estão descritas a seguir.

34

2.5.1. PHP

De acordo com Maia (2002) “PHP é uma linguagem que permite criar sites Web dinâmicos,

possibilitando uma interação com o usuário através de formulários, parâmetros da URL e links”.

Segundo a PHP Group (2005), o PHP (Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de script

open source, muito utilizada para o desenvolvimento de aplicações Web. Normalmente, é utilizada

embutível dentro do código HTML e o seu código é executado no servidor.

O PHP tem como finalidade ser uma linguagem de script do lado do servidor, portanto, é

possível coletar dados de formulários, gerar páginas dinâmicas ou enviar e receber cookies.

Conforme a PHP Group (2005), esses são os maiores campos onde os scripts PHP podem

ser utilizados:

• Script no lado do servidor (server-side): este é o principal campo de atuação do PHP.

São necessários três elementos para esse trabalho: o interpretador do PHP, um servidor

web e um browser. Assim, é possível acessar os resultados do programa através do

browser, visualizando a página PHP;

• Script de linha de comando: é possível fazer um script PHP funcionar sem um servidor

web ou browser, sendo necessário apenas o interpretador. Esse tipo de script pode ser

usado para rotinas de processamento de texto; e

• Escrevendo aplicações desktop: o PHP provavelmente não é a melhor linguagem para

criação de aplicações desktop com interfaces gráficas. Porém, podem ser usados alguns

dos seus recursos nas aplicações do lado do cliente, usando o PHP-GTK para escrever os

programas.

O PHP pode ser utilizado na maioria dos sistemas operacionais, incluindo Linux, várias

variantes Unix, Microsoft Windows, entre outros, e é suportado pela maioria dos servidores web

atuais, incluindo Apache e Microsoft Internet Information Server.

35

Com o PHP é possível utilizar programação estruturada ou programação orientada a objetos,

ou ainda uma mistura de ambos. O PHP 4 não possui todos os recursos da Programação Orientada a

Objetos (POO), já o PHP 5 corrige as fraquezas da POO do PHP 4, e introduz um modelo de

objetos completo.

2.5.2. Firebird

Segundo Freitas (2005), o FireBird é um SGBD desenvolvido e mantido por uma

comunidade de desenvolvedores e pela Fundação FireBird, sendo assim um produto de código livre,

desenvolvido sobre licença Interbase License. A sua origem é a versão open source do Interbase 6.0

de Julho de 2000, quando a Borland liberou os códigos-fonte de seu produto.

Conforme o FireBird Project (2005), algumas características do FireBird:

• Oferece uma excelente solução como sistema gerenciador de bancos de dados de alta

performance;

• É totalmente independente do SGBD InterBase. O desenvolvimento é realizado para

várias plataformas, entre elas, Windows, Linux, FreeBSD e outros;

• Utiliza-se do padrão ANSI SQL-92 para prover a manipulação dos bancos de dados e

algumas funções que complementam esse padrão, bem como a possibilidade de

customização; e

• Oferece excelente concorrência de acesso, alta performance, e uma poderosa linguagem

com suporte a stored procedures e triggers de bancos.

De acordo com o FireBird Project (2005), o FireBird é um projeto comercialmente

independente de programadores de C e de C++ que desenvolvem esse SGBD relacional e multi-

plataforma.

Para Zimbrão (2005), “o FireBird tem como ponto forte a sua simplicidade de instalação,

manutenção e operação, bem como o fato de rodar em mais de 10 sistemas operacionais de forma

nativa”.

36

Utilizou-se essas ferramentas para o desenvolvimento da solução, contemplando assim as

principais funcionalidades exigidas de uma ferramenta de gerenciamento de projetos, sendo em

parte determinadas através do estudo das soluções similares existentes no mercado.

2.6. SOLUÇÕES SIMILARES

Uma das etapas deste trabalho foi identificar algumas ferramentas de gestão de projetos

oferecidas no mercado, com a finalidade de comparar a aderência dessas ferramentas com as

necessidades de gerenciamento de projetos da área de logística e justificar o desenvolvimento de

uma solução específica.

No total, foram pesquisadas seis soluções similares, sendo ferramentas comerciais, open

source e freewares. As soluções pesquisadas estão descritas a seguir:

Microsoft Project 2003

É uma ferramenta comercial, desenvolvida pela Microsoft. Está disponível em vários

idiomas, inclusive o Português. Atualmente essa ferramenta é considerada uma da melhores

existentes no mercado. Suas características estão descritas a seguir:

• Criação de projetos e suas respectivas configurações;

• Gerenciamento de fases e atividades, possibilitando configurar a duração, data de inicio

e término, quais a atividades predecessoras e os recursos a serem utilizados, entre outros;

• Gerenciamento de recursos;

• Gerenciamento de custos;

• Permite vincular os recursos a cada atividade ou fase;

• Controle de prazo;

• Permite criar filtros, para obtenção de dados específicos;

• Inclusão de projetos em um outro projeto;

37

• Inclusão de dependência externa, por exemplo, a dependência de uma tarefa de um

projeto em relação a uma tarefa de outro projeto;

• Permite vincular tarefas de um projeto externo a um outro projeto;

• A colaboração no projeto pode ser feita através da web, usando o Microsoft Office

Project Server, possibilitando publicar as informações sobre os projetos e atualizá-las na

web;

• Possibilita controlar o andamento do projeto, através de indicadores de tarefas;

• Permite anexar documentos ao projeto;

• Permite configurar os gráficos exibidos, possibilitando adicionar colunas e campos

específicos;

• Possibilita imprimir relatórios específicos, podendo configurar os parâmetros dos

mesmos;

• Permite outras configurações relacionadas a horas trabalhadas por dia, dias úteis em uma

semana, etc;

• Possibilitar alterar a aparência dos gráficos, modificando suas configurações;

• A visualização do projeto pode ser realizada de várias formas :

o Calendário: exibe as tarefas em forma de calendário;

o Gantt detalhado: gráfico de gantt com todas as informações das atividades e fases;

o Gráfico de Gantt: gráfico de gantt com as informações necessárias sobre as

atividades e fases;

o Gantt com várias linhas de base: gráfico de Gantt exibindo as tarefas em linhas no

tempo;

o Diagrama de Rede: conhecido como diagrama PERT/CPM, exibe o caminho crítico

entre as tarefas, fazendo a ligação entre as tarefas sucessoras e predecessoras;

38

o Diagrama de Relacionamento: diagrama detalhando o relacionamento entre as fases

e atividades;

o Formulário de Recursos: formulário detalhando todos os recursos do projeto;

o Gráfico de Recursos: gráfico mostrando todos os recursos utilizados no projeto;

o Planilha de Recursos: planilha exibindo todos os recursos disponíveis para o projeto;

o Uso dos Recursos: planilha com os dias e as horas que são utilizados cada recurso;

o Formulário de Tarefas: mostra os recursos e as horas trabalhadas em cada tarefa;

o Planilha de Tarefas: exibe apenas a planilha de tarefas, sem mostrar o gráfico de

gantt;

o Uso da Tarefa: exibe a planilha de tarefas juntamente com os dias trabalhados em

cada tarefa; e

o Gantt de Controle: mostra o gráfico de gantt com um número maior de indicadores.

Open Workbench 1.1.0

É uma ferramenta open source, desenvolvida pela Niku Corporation, utilizando a linguagem

de programação Java. Está disponível nos idiomas Alemão, Francês e Inglês. Suas características

são:

• Abertura de projetos e suas respectivas configurações;

• Gerenciamento de fases, atividades, tarefas e pontos críticos;

• Visualização dos projetos através do gráfico de Gantt;

• Visualização da relação de pré-requisitos entre as tarefas através da rede CPM;

• Gerenciamento de recursos;

• Gerenciamento de custos;

• Controle de prazo;

39

• Permite auto-programação de um projeto, dessa forma, depois de definidas todas as

etapas do projeto, esse recurso programa as atividades de acordo com a relação de pré-

requisitos das atividades;

• Possui um grande número de views, que são visões do projeto;

• Configuração de views, tornando-as personalizadas;

• Impressão de todas as views;

• Permite criar filtros, para obtenção de dados específicos;

• Inclusão de sub-projetos dentro de um projeto;

• Inclusão de dependência externa, por exemplo, a dependência de uma tarefa de um

projeto em relação a uma tarefa de outro projeto; e

• Permite trabalhar em múltiplos projetos.

Senomix Timesheets 2.41

É uma ferramenta comercial desenvolvida pela empresa Senomix Software Inc., utilizando a

linguagem de programação Java. O estudo foi realizado sobre uma versão demonstração.

A ferramenta trabalha na arquitetura cliente/servidor e está disponível em seis idiomas,

sendo Inglês, Francês, Espanhol, Alemão, Italiano e Português. Na ferramenta não é possível

planejar os projetos através de cronogramas utilizando o gráfico de Gantt, apenas é feito um

controle de atividades e tarefas, permitindo atribuir tarefas aos membros da equipe, sendo assim,

uma ferramenta para controle da implementação do projeto. A ferramenta possui um módulo

administrativo, onde a pessoa pode administrar todos os projetos, e um módulo para usuários. O

módulo administrativo possui as seguintes funcionalidades:

• Cadastro de grupos de usuários;

• Administração de usuários, permitindo cadastro, alteração e exclusão;

• Gerência de projetos, permitindo cadastro, alteração e exclusão;

40

• Controle de atividades e tarefas; e

• Configuração de impostos a serem incididos sobre as tarefas, para controle de custos.

O módulo de usuários possui as seguintes funcionalidades:

• Seleção de quais atividades dos projetos cadastrados serão desenvolvidas pela pessoa,

permitindo informar a quantidade de horas trabalhadas por dia; e

• Permite cadastrar os custos que a pessoa obteve no desenvolvimento da tarefa.

Sendo assim, o administrador tem total controle sobre os projetos e sua equipe de

desenvolvimento.

Advanced Time Reports Client 2.2.36

É uma ferramenta comercial para gerenciamento de projetos. É desenvolvido pela empresa

Xpress Software. Possui muitas versões, categorizadas de acordo com o número de pessoas que

participam dos projetos. A versão estudada é freeware para um único usuário. Todas as outras

versões são comerciais. Nesta versão, a ferramenta está disponibilizada nos idiomas, Inglês,

Francês, Alemão e Russo e possui as seguintes características:

• Gerenciamento de Clientes, incluindo cadastro, alteração e exclusão;

• Gerenciamento de Projetos, incluindo cadastro, alteração e exclusão;

• Cadastro de atividades desenvolvidas em um projeto e a quantidade de horas trabalhas; e

• Geração de relatórios.

A ferramenta não disponibiliza o acompanhamento do andamento do projeto através de

gráficos. As atividades são cadastradas de acordo com o andamento, e é possível apenas informar a

data de cadastro e as horas trabalhadas.

41

Timesheets Lite 2.2.11

É uma ferramenta comercial para o gerenciamento de projetos. É desenvolvida pela empresa

Moving Target Software. Possui versões somente no idioma Inglês. A versão utilizada é uma versão

trial possuindo as seguintes características:

• Gerenciamento de projetos, possibilitando cadastro, alteração e exclusão. As

informações sobre os projetos, permitidas para cadastro são básicas, como nome,

descrição, cliente, data de início e fim do projeto;

• Controle simples de custo;

• Controle de usuários, permitindo cadastro, alteração e exclusão. O cadastro é simples,

possibilitando informar o nome, sobrenome e o nível de acesso ao sistema;

• Gerenciamento de atividades, possibilitando criar atividades para um projeto,

relacionando a um usuário responsável, com hora inicial e final da atividade para um

mesmo dia;

• Possui uma ferramenta de Goupware, permitindo enviar mensagens de e-mail para os

participantes de um projeto; e

• Gerar relatórios de atividades, projetos e faturamento.

Time Core Solo Edition

Ferramenta para gerenciamento de atividades de projetos. Possui versões em vários idiomas,

Português, Espanhol, Inglês, Francês, Italiano entre outros. Desenvolvida pela empresa Back-to-

Front Solutions Limited. Possui características como:

• Edição de projetos, permitindo cadastro, alteração e exclusão;

• Edição de atividades, permitindo cadastro, alteração e exclusão;

42

• Edição de taxas de custos, permitindo cadastro, alteração e exclusão;

• Gerenciamento de atividades de um projeto, possibilitando acompanhamento através de

calendários; e

• Permite exportar relatórios nos formatos txt e xls.

2.6.1. Análise Comparativa

A Tabela 2 exibe a análise comparativa das soluções similares estudadas:

Tabela 2. Análise Comparativa das Soluções Similares

MS Project Open Work. Senomix Time Lite Time Core Criar projetos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Gerenciar atividades Sim Sim Sim Sim Sim Sim Gerenciar recursos Sim Sim Não Não Não Não Gerenciar custos Sim Sim Sim Não Sim Sim Várias visões Sim Sim Não Não Não Não Criar filtros Sim Sim Não Não Não Não Vincular projetos Sim Sim Não Não Não Não Colaboração Web Não Não Não E-mail Não Indicadores Sim Sim Sim Sim Não Não Anexa documentos Sim Não Não Não Não Não Relatórios Sim Sim Não Sim Sim Sim

Através do quadro comparativo mostrado anteriormente, é possível analisar que a

ferramenta que disponibiliza a maior variedade de recursos, é o MS Project 2003, sendo assim a

mais completa dentre as estudadas neste TCC. Outra ferramenta, que também se mostrou eficiente,

foi o Open Workbench, pois possui todos os recursos para a efetivação do gerenciamento de

projetos, não incluindo apenas dois itens do quadro comparativo. As ferramentas restantes

estudadas possuem poucos recursos para o gerenciamento de projetos, dessa forma, não sendo tão

eficiente quanto o MS Project 2003 e o Open Workbench.

Através desse estudo, analisou-se as funcionalidades necessárias para o gerenciamento de

projetos, dessa forma, foram definidos os requisitos da ferramenta desenvolvida através da análise

de requisitos do projeto.

43

O desenvolvimento de uma ferramenta específica para os projetos realizados pela empresa

Kobatech, na área de logística, é justificado pelo fato de que nenhuma das ferramentas analisadas

anteriormente, atendeu totalmente às necessidades do gerenciamento de projetos da empresa.

3. DESENVOLVIMENTO

Para a efetuação do projeto, realizou-se o levantamento de requisitos da ferramenta, sendo o

sistema modelado utilizando o Diagrama de Use Case e o Diagrama Entidade-Relacionamento,

realizados respectivamente nas ferramentas Enterprise Architect v. 4.1. e Power Designer v.

10.0.0.1077.

3.1. ANÁLISE DE REQUISITOS

Para a realização do levantamento dos requisitos da ferramenta desenvolvida, foram feitas

entrevistas com consultores em Logística e foi realizado o estudo das soluções similares. Dessa

forma, foram definidos os requisitos funcionais e não funcionais da ferramenta, sendo eles:

3.1.1. Requisitos funcionais

Os requisitos funcionais estão descritos a seguir.

• RF01 - Inclusão, alteração e exclusão de cadastro de empresas clientes de projeto;

• RF02 - Inclusão, alteração e exclusão de cadastro de projetos;

• RF03 - Recuperação de projetos passados;

• RF04 - Inclusão, alteração e exclusão de cadastro de usuários da ferramenta;

• RF05 - Colaboração entre os participantes de um projeto;

• RF06 - Configuração da etapa de diagnóstico do projeto, permitindo incluir, alterar e

excluir questões padrões;

• RF07 - Geração de relatórios do projeto;

• RF08 - Gerenciamento das atividades e fases através de um cronograma, incluindo

controle de prazos, custos e recursos;

45

• RF09 - Realização de plano de ação e relatório de acompanhamento para cada atividade

do cronograma;

• RF10 - Controle do andamento do projeto através de indicadores;

• RF11 - Realização de auditoria após a conclusão de um projeto;

• RF12 - Permitir anexar arquivos complementares à realização do projeto; e

• RF13 - Permitir que todas as etapas dos projetos realizados pela Kobatech possam ser

controladas e gerenciadas na ferramenta.

• RF14 - Controle de acessos de usuários à ferramenta, permitindo definir níveis de

permissão de acesso;

• RF15 - Inclusão, alteração e exclusão de seguimentos padrões, utilizados no cadastro de

uma empresa;

• RF16 - Inclusão, alteração e exclusão de setores padrões, utilizados no cadastro de uma

empresa;

• RF17 - Inclusão, alteração e exclusão de sistemas padrões, utilizados no cadastro de uma

empresa; e

• RF18 - Controle das despesas de cada consultor durante o andamento de um projeto.

3.1.2. Requisitos não funcionais

Para possibilitar o uso da ferramenta, é necessário ter previamente instalado no servidor de

aplicação os ítens:

• RNF01 - PHP;

• RNF02 - Servidor HTTP Apache; e

• RNF03 - Sistema Gerenciador de Banco de Dados FireBird.

46

3.2. DIAGRAMA USE CASE

O Diagrama de Use Case tem a finalidade de demonstrar quais as funcionalidades existentes

no sistema, exibindo as ações que o usuário (operador) pode efetuar.

ud Modelo Use Case

Manipula Empresa

Operador

Manipula Usuário

Manipula Projeto

Gera Relatório

Acessa Fórum de

Discussão

Configura AcessoConfigura

Diagnóstico

Realiza Plano de

Ação

Manipula

Diagnóstico

Inicial

Manipula

Diagnóstico

Final

Manipula

Cronograma

Realiza

Relatório de

Acompanhamento

Manipula

Formulário de

Despesas

Realiza Auditoria

Anexa Arquivo

Analisa

Indicadores

Configura

Segmento

Configura Setor

Configura

Sistema

Figura 4. Modelo Use Case

A descrição detalhada de cada Use Case encontra-se no Apêndice A, abrangendo:

• UC01 - Acessa Fórum de Discussão: permite interagir com outros usuários do sistema

através de mensagens no fórum;

• UC02 - Analisa Indicadores: possibilita analisar os indicadores do projeto, verificando o

andamento do mesmo através de dados gerados pelo sistema;

• UC03 - Anexa Arquivo: permite anexar arquivos junto aos projetos;

47

• UC04 - Configura Acesso: permite configurar os acessos dos usuários ao sistema,

possibilitando configurar as permissões de acesso para cada nível e associar um usuário

cadastrado a um nível de acesso;

• UC05 - Configura Diagnóstico: permite configurar os parâmetros de resposta e as

questões padrões utilizados na etapa de Diagnóstico dos projetos;

• UC06 - Configura Segmento: possibilita configurar os segmentos padrões, utilizados

para o cadastro de empresas. Esses são os segmentos de atuação da empresa;

• UC07 - Configura Setor: permite configurar os setores padrões, utilizados no cadastro de

empresas. Esses são os setores internos da empresa;

• UC08 - Configura Sistema: possibilita configurar os sistemas padrões, utilizados no

cadastro de empresas. Esses são os sistemas utilizados na empresa;

• UC09 - Gera Relatório: permite gerar relatórios dos projetos no sistema;

• UC10 - Manipula Cronograma: permite elaborar o cronograma para o projeto, criar

novos cronogramas e buscar cronogramas existentes no projeto;

• UC11 - Manipula Diagnóstico Final: possibilita realizar o Diagnóstico Final do projeto;

• UC12 - Manipula Diagnóstico Inicial: permite realizar o Diagnóstico Inicial do projeto;

• UC13 - Manipula Empresa: permite a efetuação do cadastro, alteração e exclusão de

uma empresa. O cadastro é necessário para iniciar um projeto;

• UC14 - Manipula Formulário de Despesas: o usuário pode informar suas despesas

pessoais durante a realização do projeto;

• UC15 - Manipula Projeto: possibilita o cadastro, alteração, exclusão e pesquisa dos

projetos. Todos os projetos precisam ser cadastrados para poder serem iniciados;

• UC16 - Manipula Usuário: permite o cadastro, alteração e exclusão de todos os usuários

do sistema;

48

• UC17 - Realiza Auditoria: permite cadastrar, após o término do projeto, informações de

Auditorias realizadas na empresa;

• UC18 - Realiza Plano de Ação: possibilita realizar um plano de ação para cada atividade

cadastrada no cronograma; e

• UC19 - Realiza Relatório de Acompanhamento: permite realizar o relatório de

acompanhamento para cada atividade do cronograma.

3.3. DIAGRAMA ENTIDADE-RELACIONAMENTO

O Diagrama Entidade-Relacionamento (DER) tem por finalidade realizar o modelo

conceitual do banco de dados. A princípio, a modelagem de processos utilizando o Diagrama de

Use Cases sugere a construção do Diagrama de Classes. Entretanto, como na implementação será

utilizada a programação estruturada, optou-se pela construção do DER com a ferramenta Power

Designer.

A Figura 5 apresenta a modelagem lógica do banco de dados. Na figura, as chaves

estrangeiras das tabelas não estão evidentes, mas podem ser identificadas pela leitura das

referências e cardinalidades.

49

Re l_7

Rel _9

Re l_ 19

Rel _18

Rel_ 10

Rel _13

Rel _12

Rel _25Re l_1 4 Rel _15

Rel _16

Rel _22 Rel _23

Rel_ 20Rel_ 21

Rel _27

Rel _28

Rel _29

Rel _30

Rel _35

Rel _32

Rel _3 4

Rel _33

Rel _31

Rel _37

Rel a_33

Rel _39

Rel _38

Rel at io nshi p_3 1

Rel ati on shi p_32

Rel _33

Rel _34

Rel _34Re l_3 5

Em p resa

i d_em p resa

razao_social

no me _fantasi a

cnpj

cid ade

ba irro

en dereco

com pl em ento

cep

em ai l

si t e

tel efo ne

bo x_ qtd e

bo x_ are a_total

de posi to_qtde

de posi to_area_ total

em pi l had_ el etri ca _qtde

em pi l had_ gl p_qtde

fatura m ento_m ensal

pa letei ra_qtde

cam i nhao _qtde

cam i nhao _qtde_e ntreg a

qtde_ ent re ga_sem anal

qtde_ itens

tonel ad a_m ov_m ensal

t ra nspa letei ra _qtde

da ta_ ca dast ro

<p i> I

VA1 00

VA1 00

VA2 0

VA6 0

VA6 0

VA8 0

VA3 0

VA1 5

VA6 0

VA6 0

VA2 0

I

N1 2,2

I

N1 2,2

I

I

N1 2,2

I

I

I

I

I

N1 2,2

I

D

< M>

Ident i fi er_1 <pi >

Ati v ida de

id _at iv i dade

nom e

dh_i ni c ia l_p revi sta

dh_f i nal _prev ista

dh_i ni c ia l_real

dh_f i nal _real

di as_p rev i sto s

di as_real i za dos

progresso

priori dade

orca me nto

descricao

statu s

<p i> I

V A6 0

T S

T S

T S

T S

I

I

I

V A3

N12,2

V A4 000

V A3

<M >

Id ent if i er_ 1 <p i>

Segm e nto _pad rao

i d_se gm ento_pa drao

no me

< pi> I

VA 60

< M>

Ident i fi er_1 < pi >

Setor

i d_ setor

q td e_pe ssoas

sala ri o_p essoa

<pi > I

I

N1 2,2

<M >

Ide nti f ie r_1 <pi >

S istem a

id _si ste ma

em presa

ve rsa o

<pi > I

VA 80

VA 20

<M >

Id ent if i er_ 1 <p i>

Fase

id _fa se

nom e

descricao

<pi > I

VA 60

VA 400 0

<M >

Id ent if i er_ 1 <p i>

Se gm ento

id_ segm en to <pi > I < M>

Ide nti f ie r_1 <pi >

Se to r_p adrao

i d_se tor_p adrao

no me

< pi > I

VA 60

< M>

Ident i fi er_1 <pi >

S istem a_p adrao

i d_si stem a_p adrao

categori a

< pi > I

V A30

< M >

Ident i fi er_1 <pi >

Di agn ost ico

i d_d ia gnost i co

resp _in ic i al

resp _fi na l

<pi > I

VA20

VA20

<M >

Iden ti f ier_1 <pi >

Proj eto

i d_proj eto

no me

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da ta_ in icia l

da ta_ fi nal

orcam ento_i ni c ial

custo_total _fi na l

status

da ta_ ca dast ro

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VA 60

VA 4000

D

D

N12,2

N12,2

VA 3

D

<M >

Ident i fi er_1 <pi >

Recurso

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nom e

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descri cao

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V A60

I

V A400 0

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Ide nti f ie r_1 <pi >

T ipo

i d_t ipo

nom e

classif i ca cao

descricao

<p i> I

VA60

VA80

VA40 00

<M >

Ident if i er_1 < pi>

Diag nost ico_ padrao

i d_di agn ost ico_p adrao

que sta o

<pi > I

V A600

<M >

Ident i fi er_1 < pi >

Pe ssoa

i d_pe ssoa

nom e

cpf

c id ade

bai rro

com pl em ento

cep

em ai l

sal ario

l ogi n

sen ha

sexo

end ereco

tele fo ne

data_ cad ast ro

<pi > I

VA 60

VA 20

VA 60

VA 60

VA 30

VA 15

VA 60

N1 2,2

VA 30

VA 30

A1

VA 80

VA 20

D

<M >

Ident i fi er_1 < pi >

A ce sso

i d_a ce sso

n om e

m en u_em p resa

n ova_em presa

a ltera_em p resa

e xc l ui _em presa

m en u_proj eto

a bre _proj eto

n ovo_proj eto

a ltera_proj eto

f i nal iza_ pro jeto

e xc l ui _proje to

m en u_usuario

n ovo_usu ario

a ltera_usuario

e xc l ui _usua ri o

m en u_forum

m en u_conf i guracao

m en u_rel atori o

< pi > I

VA 60

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

A1

< M >

Iden ti f ier_1 <pi >

forum

i d_ forum

d ata_hora_ ca dast ro

m e nsage m

<pi > I

TS

VA 30 00

< M>

Ide nti f ier_1 <pi >

P lan o_acao

id _pl ano _acao

acao

m ot ivo

com o_fazer

<pi > I

VA 3000

VA 3000

VA 3000

<M >

Id ent if i er_1 < pi>

Rel atorio_ acom panh am ento

i d_rel ato ri o

data_ hora_cada stro

descri cao

< pi > I

T S

V A4000

<M >

Ident i fi er_1 < pi >

re sp_d iag nost i co

i d_resp

nom e

valo r

<pi > I

V A60

I

<M >

Ident if i er_1 < pi>

A udi to ri a

i d_a udi to ri a

da ta _hora_cad ast ro

de scri cao

<pi > I

T S

VA 400 0

<M >

Iden ti fi er_1 <pi >

Rel atorio _desp esa

i d_rel _despesa

forma _pgto

val or

de scri ca o

<pi > I

V A20

I

V A400 0

<M >

Ident i fi er_1 <pi >

P redecesso r

i d_ pre decesso r

p re decesso r

<pi > I

I

<M >

Ide nti f ie r_1 <pi >

At iv i dade _re l_ desp

A nexo

id _ane xo

nom e_ arq uivo

<pi > I

B l ob

<M >

Id ent if i er_ 1 <p i>

A ti vi da de_recurso

Estado

i d_estad o

si gl a

nom e

<p i> I

VA2

VA6 0

<M >

Ident i fi er_1 < pi >

Ati vid ade_p essoa

Figura 5. Modelo ER

50

3.3.1. Dicionário de Dados

Para um melhor entendimento do modelo lógico de dados (DER), serão descritas todas as

tabelas e seus respectivos atributos, incluindo as chaves primárias (PK), estrangeiras (FK) e chaves

primárias e estrangeiras (PFK).

Tabela Empresa

Esta tabela possui todos os dados necessários da empresa na qual o projeto está sendo

realizado.

Tabela 3. Atributos da Tabela Empresa

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_empresa PK Integer Chave primária da tabela Id_estado FK Integer Chave estrangeira da tabela Razao_social Varchar 100 Razão Social da empresa Nome_fantasia Varchar 100 Nome fantasia da empresa Cnpj Varchar 20 CNPJ da empresa Cidade Varchar 60 Cidade onde a empresa está instalada Bairro Varchar 60 Bairro onde a empresa está instalada Endereço Varchar 80 Nome da rua e número Complemento Varchar 30 Alguma observação para o endereço Cep Varchar 15 Cep da empresa Email Varchar 60 Email da empresa Site Varchar 60 Web Site da empresa Telefone Varchar 20 Telefone da empresa Box_qtde Integer Quantidade de boxes da empresa Box_area_total Numeric (12, 2) Área total em m2 dos boxes Deposito_qtde Integer Quantidade de depósitos da empresa Deposito_area_total Numeric (12, 2) Área total em m2 dos depósitos Empilhad_eletrica_qtde Integer Quantidade de empilhadeiras elétricas Empilhad_glp_qtde Integer Quantidade de empilhadeiras GLP Faturamento_mensal Numeric (12, 2) Faturamento mensal da empresa Paleteira_qtde Integer Quantidade de paleteiras Caminhao_qtde Integer Quantidade de caminhões Caminhao_qtde_entrega Integer Quantidade de entrega por caminhão Qtde_entrega_semanal Integer Quantidade de entrega semanal Qtde_itens Integer Quantidade de ítens da empresa Tonelada_mov_mensal Numeric (12, 2) Movimentação mensal em toneladas Transpaleteira_qtde Integer Quantidade de transpaleteiras da emp. Data_cadastro Date Data de cadastro da empresa

51

Tabela Segmento_padrao

Esta tabela possui todos segmentos de atuação das empresas. Esses segmentos são pré-

cadastrados nessa tabela, com o objetivo de padronizar os cadastros de empresas.

Tabela 4. Atributos da Tabela Segmento_padrao

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_segmento_padrao PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 50 Nome do segmento

Tabela Segmento

Esta tabela possui tem a finalidade apenas de fazer a ligação entre o cadastro de uma

empresa na tabela Empresa e um segmento da tabela Segmento_padrao.

Tabela 5. Atributos da Tabela Segmento

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_segmento PK Integer Chave primária da tabela Id_segmento_padrao FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_empresa FK Integer Chave estrangeira da tabela

Tabela Sistema_padrao

Esta tabela possui as categorias de sistemas que uma empresa pode adquirir. Esses sistemas

são pré-cadastrados nessa tabela, com o objetivo de padronizar os cadastros de empresas. Alguns

exemplos de categoria de sistemas seriam, ERP, WMS, TMS etc.

Tabela 6. Atributos da Tabela Sistema_padrao

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_sistema_padrao PK Integer Chave primária da tabela Categoria Varchar 50 Categoria do sistema

52

Tabela Sistema

Esta tabela possui a finalidade apenas de fazer a ligação entre o cadastro de uma empresa na

tabela Empresa e uma categoria de sistema da tabela Sistema_padrao.

Tabela 7. Atributos da Tabela Sistema

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_sistema PK Integer Chave primária da tabela Id_sistema_padrao FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_empresa FK Integer Chave estrangeira da tabela Empresa Varchar 80 Empresa que desenvolve o sistema Versao Varchar 20 Versão do sistema instalado na emp.

Tabela Setor_padrao

Esta tabela possui setores que uma empresa pode possuir. Esses setores são pré-cadastrados

nessa tabela, com o objetivo de padronizar os cadastros de empresas.

Tabela 8. Atributos da Tabela Setor_padrao

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_setor_padrao PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 50 Nome do setor

Tabela Setor

Esta tabela tem a finalidade apenas de fazer a ligação entre o cadastro de uma empresa na

tabela Empresa e um setor da tabela Setor_padrao.

Tabela 9. Atributos da Tabela Setor

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_setor PK Integer Chave primária da tabela Id_setor_padrao FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_empresa FK Integer Chave estrangeira da tabela Qtde_pessoas Integer Número de pessoas no setor Salario_pessoa Numeric (12, 2) Salário médio das pessoas do setor

53

Tabela Projeto

Esta tabela possui os dados necessários para o cadastro de um projeto no sistema e outros

dados que serão preenchidos pelo sistema após o término de um projeto.

Tabela 10. Atributos da Tabela Projeto

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_projeto PK Integer Chave primária da tabela Id_empresa FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome Varchar 50 Nome do projeto Descricao Varchar 3000 Descrição do projeto Data_inicial Date Data de início do projeto Data_final Date Data de término do projeto Orcamento_inicial Numeric (12, 2) Orçamento disponível inicialmente Custo_total_final Numeric (12, 2) Custo total do projeto após o término Data_cadastro Date Data de cadastro do projeto Status Varchar 20 Situação do projeto: inativo, iniciado

Tabela Auditoria

Esta tabela possui as auditorias realizadas em cada projeto após o seu término.

Tabela 11. Atributos da Tabela Auditoria

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_auditoria PK Integer Chave primária da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_pessoa FK Integer Chave estrangeira da tabela Data Date Data de realização da auditoria Descricao Varchar 4000 Relatório da auditoria realizada Data_hora_cadastro Timestamp Data e hora do cadastro da auditoria

Tabela Fase

Esta tabela possui as informações das fases cadastradas no cronograma do projeto.

54

Tabela 12. Atributos da Tabela Fase

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_fase PK Integer Chave primária da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome Varchar 50 Nome da fase Descricao Varchar 3000 Descrição da fase

Tabela Atividade

Esta tabela possui as informações das atividade cadastradas no cronograma do projeto.

Tabela 13. Atributos da Tabela Atividade

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_atividade PK Integer Chave primária da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_fase FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_pessoa FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome Varchar 100 Nome da atividade Dh_inicial_prevista Timestamp Data e hora prevista de ínicio da ativ. Dh_final_prevista Timestamp Data e hora prevista de término da ativ Dh_inicial_real Timestamp Data e hora real de início da ativ. Dh_final_real Timestamp Data e hora real de término da ativ. Dias_previstos Integer Quantidade de dias previstos da ativ. Dias_realizados Integer Quantidade de dias realizados da ativ. Progresso Integer Percentagem de andamento da ativ. Prioridade Varchar 3 Prioridade da atividade Orcamento Numeric (12, 2) Orcamento previsto da atividade Descricao Varchar Descrição da atividade Status Varchar 20 Situação da atividade:iniciada,atrasada

Tabela Predecessor

Esta tabela possui as atividades que precedem uma determinada atividade no cronograma do

projeto.

55

Tabela 14. Atributos da Tabela Predecessor

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_predecessor PK Integer Chave primária da tabela Id_atividade FK Integer Chave estrangeira da tabela Predecessor FK Integer Atividade predecessora de outra

Tabela Anexo

Esta tabela possui os arquivos anexados em uma atividade no cronograma do projeto ou

mesmo arquivos do projeto como um todo.

Tabela 15. Atributos da Tabela Anexo

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_Anexo PK Integer Chave primária da tabela Id_atividade FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome_arquivo Blob Contém o arquivo anexado

Tabela Recurso

Esta tabela possui os recursos cadastrados em cada atividade cadastrada no cronograma do

projeto.

Tabela 16. Atributos da Tabela Recurso

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_recurso PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 50 Nome do recurso Valor Numeric (12, 2) Valor (custo) do recurso Descricao Varchar 2000 Descrição do recurso

Tabela Atividade_recurso

Esta tabela possui apenas a finalidade de realizar a ligação entre a tabela Atividade e a tabela

Recurso.

56

Tabela 17. Atributos da Tabela Atividade_recurso

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_recurso PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela Id_atividade PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela

Tabela Plano_acao

Esta tabela possui as informações do plano de ação de cada atividade cadastrada no

cronograma do projeto.

Tabela 18. Atributos da Tabela Plano_acao

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_plano_acao PK Integer Chave primária da tabela Id_atividade FK Integer Chave estrangeira da tabela Acao Varchar 3000 Ação a ser realizada na atividade Motivo Varchar 3000 Motivo para realizar essa ação Como_fazer Varchar 3000 Descrição de como realizar a ação

Tabela Relatorio_acompanhamento

Esta tabela possui as informações dos relatórios de acompanhamento de cada atividade

cadastrada no cronograma do projeto.

Tabela 19. Atributos da Tabela Relatorio_acompanhamento

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_relatorio PK Integer Chave primária da tabela Id_atividade FK Integer Chave estrangeira da tabela Data_hora_cadastro Timestamp Data e hora de realização do cadastro Descricao Varchar 4000 Texto do relatório

Tabela Diagnostico

Esta tabela possui as informações do diagnóstico realizado no início e no final de cada

projeto.

57

Tabela 20. Atributos da Tabela Diagnostico

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_diagnostico PK Integer Chave primária da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_diagnostico_padrao FK Integer Chave estrangeira da tabela Resp_inicial Varchar 20 Resposta do início do projeto Resp_final Varchar 20 Resposta do final do projeto

Tabela Diagnostico_padrao

Esta tabela possui todas as perguntas do diagnóstico cadastradas. Essas perguntas são pré-

cadastradas nessa tabela, com o objetivo de padronizar o diagnóstico e possibilitar gerar dados

estatísticos.

Tabela 21. Atributos da Tabela Diagnostico_padrao

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_diagnostico_padrao PK Integer Chave primária da tabela Id_tipo FK Integer Chave estrangeira da tabela Questao Varchar 600 Possui a pergunta para o diagnóstico

Tabela Resp_diagnostico

Esta tabela possui todas as respostas do diagnóstico cadastradas. Essas respostas são pré-

cadastradas nessa tabela, com o objetivo de padronizar as respostas do diagnóstico e possibilitar

gerar dados estatísticos.

Tabela 22. Atributos da Tabela Resp_diagnostico

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_resp PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 60 nome da resposta padrão Valor Integer Valor número atribuído a resposta

Tabela Atividade_rel_desp

Esta tabela possui apenas a finalidade de realizar a ligação entre a tabela Atividade e a tabela

Relatorio_despesa.

58

Tabela 23. Atributos da Tabela Atividade_rel_desp

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_atividade PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela Id_rel_despesa PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela

Tabela Relatorio_despesa

Esta tabela possui todas as informações relacionadas com a despesa individual de cada

consultor em uma atividade no cronograma do projeto.

Tabela 24. Atributos da Tabela Relatorio_despesa

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_relatorio_despesa PK Integer Chave primária da tabela Id_pessoa FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_tipo FK Integer Chave estrangeira da tabela Data Date Date da efetivação da despesa Forma_pgto Varchar 20 Forma de pagamento: dinheiro,cheque Valor Numeric (12, 2) Valor da despesa Descricao Varchar 3000 Descrição da despesa

Tabela Pessoa

Esta tabela possui todas as informações de pessoas cadastradas no sistema.

Tabela 25. Atributos da Tabela Pessoa

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_pessoa PK Integer Chave primária da tabela Id_acesso FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_estado FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome Varchar 50 Nome da pessoa Cpf Varchar 20 Cfp da pessoa Cidade Varchar 60 Cidade onde mora a pessoa Bairro Varchar 60 Bairro onde mora a pessoa Complemento Varchar 30 Observação sobre o endereço Cep Varchar 15 Cep do endereço da pessoa Email Varchar 60 E-mail da pessoa Salario Numeric (12, 2) Salário mensal da pessoa

59

Login Varchar 30 Login de acesso ao sistema Senha Varchar 30 Senha de acesso ao sistema Sexo Char 1 Sexo da pessoa Endereco Varchar 80 Endereço (rua) da pessoa Telefone Varchar 20 Telefone da pessoa Data_cadastro Date Data de cadastro da pessoa no sistema

Tabela Atividade_pessoa

Esta tabela possui apenas a finalidade de realizar a ligação entre a tabela Atividade e a tabela

Pessoa.

Tabela 26. Atributos da Tabela Atividade_pessoa

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_atividade PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela Id_pessoa PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela

Tabela Acesso

Esta tabela possui os níveis de usuário e suas permissões de acesso ao sistema.

Tabela 27. Atributos da Tabela Acesso

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_acesso PK Integer Chave primária da tabela Nome Char 50 Nome do nível de acesso: adm etc Menu_empresa Char 1 Acesso ao menu empresa Nova_empresa Char 1 Acesso para criar empresa Altera_empresa Char 1 Acesso para alterar empresa Exclui_empresa Char 1 Acesso para excluir empresa Menu_projeto Char 1 Acesso ao menu projeto Abre_projeto Char 1 Acesso para abrir projeto Novo_projeto Char 1 Acesso para criar projeto Altera_projeto Char 1 Acesso para alterar projeto Finaliza_projeto Char 1 Acesso para finalizar projeto Exclui_projeto Char 1 Acesso para excluir projeto Menu_tarefa Char 1 Aceso ao menu tarefa Menu_forum Char 1 Acesso ao fórum de mensagens Menu_configuracao Char 1 Acesso ao menu de configuração Menu_usuario Char 1 Acesso ao menu usuário Novo_usuario Char 1 Acesso para criar usuário

60

Altera_usuario Char 1 Acesso para alterar usuário Exclui_usuario Char 1 Acesso para excluir usuário Menu_relatorio Char 1 Acesso ao menu relatório

Tabela Forum

Esta tabela possui todas as mensagens escritas pelas pessoas participantes de um projeto.

Tabela 28. Atributos da Tabela Forum

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_forum PK Integer Chave primária da tabela Id_pessoa FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Data_hora_cadastro Timestamp Data e hora da postagem da mensag. Mensagem Varchar 3000 Texto da mensagem

Tabela Tipo

Esta tabela possui todos os tipos padrão utilizados em outras tabelas. Nessa modelo, por

exemplo, essa tabela irá possuir os tipos padrões das tabelas Relatorio_despesa, Recurso e

Diagnostico_padrao.

Tabela 29. Atributos da Tabela Tipo

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_tipo PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 50 Nome do tipo Classificacao Varchar 80 Classificação do tipo Descricao Varchar 2000 Descrição do tipo

Tabela Estado

Esta tabela possui o cadastro de todos os estados do Brasil, utilizados para o cadastro de

empresa e de usuário no sistema.

61

Tabela 30. Atributos da Tabela Estado

Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_estado PK Integer Chave primária da tabela Sigla Varchar 2 Sigla do estado Nome Varchar 30 Nome do estado

3.4. IMPLEMENTAÇÃO

3.4.1. Firebird

Para o desenvolvimento da ferramenta, utilizou-se o Sistema Gerenciador de Banco de

Dados Firebird versão 1.5.2.4731.

No SGBD Firebird, após a criação das tabelas do banco de dados, existe a necessidade de se

realizar algumas configurações para o seu perfeito funcionamento, uma vez que este SGBD possui

como característica, a não existência de tipos de campos que possam ser autoincrementados,

normalmente utilizados nos campos que são chave primária de uma tabela. Dessa forma, existe a

necessidade de se utilizar generators com o auxílio de triggers para executar essa função.

Os generators comportam-se como variáveis no banco de dados, que podem ser

manipulados através de triggers, que são procedimentos que podem ser disparados automaticamente

com a execução de algum evento no banco de dados. Dessa forma, foi utilizada uma trigger para

cada tabela do banco de dados, sendo disparada sempre que um novo registro fosse inserido na

tabela. Assim, a trigger possui a função de inserir um novo valor no campo chave primária da

tabela, através do incremento do valor do generator dessa mesma tabela.

A Figura 6 exibe o código de criação da trigger da tabela Projeto. Como pode ser observado,

o campo “id_projeto”, que é a chave primária da tabela, irá receber o conteúdo do generator

“G_Projeto” incrementado do valor um. Esse processo ocorre a toda inserção de um registro na

tabela.

62

CREATE TRIGGER "T_Projeto" FOR PROJETO ACTIVE BEFORE INSERT POSITION 0

AS BEGIN

new.id_projeto = gen_id("G_Projeto", 1); END

Figura 6. Script de criação da trigger T_Projeto

A Figura 7 exibe o código de criação da trigger da tabela Atividade. O generator

“G_Atividade” é incrementado e o seu valor é atribuído ao campo “id_atividade” que é chave

primária da tabela Atividade.

CREATE TRIGGER "T_Atividade" FOR ATIVIDADE ACTIVE BEFORE INSERT POSITION 0 AS BEGIN new.id_atividade = gen_id("G_Atividade", 1); END

Figura 7. Script de criação da trigger T_Atividade

Seguindo essa lógica, foi criado uma trigger e um generator para cada tabela do banco de

dados desse projeto.

3.4.2. Sistema

Após a realização do projeto do sistema, englobando a análise de requisitos e a modelagem,

deu-se início a instalação das ferramentas necessárias à implementação do sistema e posteriormente

iniciou-se a implementação da aplicação.

A aplicação foi desenvolvida em ambiente local, dessa forma, somente um computador foi

utilizado para realizar o papel de cliente e de servidor. As ferramentas utilizadas no

desenvolvimento e que necessitaram de instalação foram a linguagem de programação PHP v. 5, o

servidor HTTP apache v. 1.3.33. e o Sistema Gerenciado de Banco de Dados Firebird v. 1.5.2.4731.

Para desenvolvimento do sistema, foi utilizado um Framework para o acesso da aplicação ao

Sistema Gerenciador de Banco de Dados Firebird. Framework este de propriedade particular da

empresa Kobatech Ltda. e disponibilizado para o desenvolvimento deste projeto.

63

Em algumas interfaces da aplicação foi necessário inserir informações de datas, dessa forma,

para uma melhor usabilidade, foi utilizado um componente em JavaScript chamado Date Input

Calendar desenvolvido por Jason Moon. Este componente possibilita a escolha da data, através de

uma tabela onde é visualizado um calendário, facilitando assim a sua escolha.

Para a geração de gráficos na aplicação, foi utilizado um conjunto de scripts desenvolvidos

em PHP, chamado JpGraph que foi desenvolvido pela companhia Aditus Consulting. Para uso

comercial, esta biblioteca necessita da obtenção de licença, porém para uso não comercial ou uso

acadêmico, ela se torna open source, sendo disponibilizada sob licença QPL 1.0 (Qt Free Licensee).

Sobre a segurança da aplicação, foi utilizada a o recurso de sessions disponibilizado pelo

PHP, dessa forma, nenhuma interface do sistema pode ser acessada indevidamente, sem o usuário

ter realizado previamente o login na aplicação, informando obrigatoriamente seu login e senha.

Após o usuário habilitado realizar seu login, a segurança dos dados é de responsabilidade do nível

de acesso do usuário, que é configurado pelo administrador do sistema, e possibilita a configuração

de restrição de acesso às funcionalidades da aplicação.

A aplicação foi desenvolvida conforme a modelagem especificada neste projeto, sendo todos

os requisitos satisfeitos. As funcionalidades disponíveis na aplicação foram dispostas em sete

seções principais, as quais estão descritas a seguir.

Seção Empresa

Esta seção está relacionada com o Use Case UC13 e possibilita realizar o cadastro de

empresas, assim como efetuar alguma alteração nesse cadastro ou a exclusão do mesmo. A Figura 8

exibe a interface para o cadastro de empresa.

64

Figura 8. Tela de cadastro de empresa

Seção Projeto

Esta seção está relacionada com os Use Cases UC01, UC02, UC03, UC10, UC11, UC12,

UC14, UC15, UC17, UC18, UC19 e é uma das principais seções da ferramenta, uma vez que

possibilita realizar o planejamento e o acompanhamento do projeto, desde o seu início até a sua

finalização, permitindo também realizar o cadastro do projeto, assim como a alteração e a exclusão

do mesmo. A Figura 9 exibe a interface para o cadastro do projeto.

65

Figura 9. Tela de cadastro de projeto

Após a realização do cadastro de um projeto, é possível dar ínicio ao mesmo, dessa forma, a

seção Projeto possui outras cinco seções internas, como pode ser visualizado na Figura 10, sendo

Diagnóstico Inicial, Planejamento, Diagnóstico Final, Indicadores e Auditoria.

No diagnóstico inicial, que é realizado na empresa anteriormente ao início do planejamento,

é possível preencher e visualizar esse diagnóstico, da mesma forma que em diagnóstico final é

possível preencher e visualizar o diagnóstico realizado na empresa após a finalização do projeto.

A Figura 10 exibe a tela de preenchimento do Diagnóstico Inicial.

66

Figura 10. Tela de preenchimento do diagnóstico inicial

No Planejamento pode-se efetuar o cronograma, o planejamento e o acompanhamento do

projeto, permitindo manipular as fases e atividades do mesmo, sendo o plano de ação preenchido

durante o cadastro de uma atividade. É possível também a visualização e acompanhamento de todas

as atividades do projeto, sendo uma das formas de visualização através do gráfico de Gantt, como

pode ser observado na Figura 11.

67

Figura 11. Tela de exibição do gráfico de Gantt

Durante a realização do projeto, pode-se efetuar todo o acompanhamento através de

indicadores, que se encontram na seção Indicadores. Estão disponíveis para o acompanhamento os

indicadores de planejamento e os indicadores de diagnóstico. Para o planejamento, é possível

visualizar informações sobre o orçamento, atividades, prazos e andamento da execução do projeto.

A Figura 12 exibe a tela de indicadores do planejamento.

68

Figura 12. Tela de exibição de indicadores do planejamento

Os indicadores de diagnóstico permitem verificar graficamente as pontuações alcançadas no

diagnóstico inicial e no diagnóstico final, assim como, possibilitam observar a evolução dos

diagnósticos. A Figura 13 exibe a interface com gráficos dos indicadores do diagnóstico final.

69

Figura 13. Tela de indicadores do diagnóstico final

Os indicadores de diagnóstico geral são importantes para o gerente de projeto, uma vez que,

são exibidos gráficos comparativos entre o diagnóstico inicial e o diagnóstico final, assim, é

possível analisar se o projeto realizado obteve os resultados esperados na empresa onde foi

realizado. A Figura 14 exibe a interface com os gráficos do diagnóstico geral.

70

Figura 14. Tela de indicadores do diagnóstico geral

Após o término do projeto, pode-se realizar a auditoria, que se encontra na seção Auditoria,

sendo possível inserir novas informações, assim como, visualizar auditorias já existentes. A Figura

15 exibe a interface para a realização da auditoria.

71

Figura 15. Tela de realização da auditoria

Seção Tarefa

Esta seção está relacionada com o Use Case UC03, UC14 e UC19 uma vez que possibilita

não somente a realização do relatório de acompanhamento de cada tarefa, mas também a realização

do relatório de despesas e a possibilidade de anexar arquivos às atividades.

Outra característica importante é o acompanhamento de todas as tarefas do projeto, as quais

o usuário logado no sistema possui a atribuição de responsável. Nesta seção são mostradas somente

as tarefas que ainda não foram finalizadas, permitindo facilmente acompanhar se as mesmas estão

em andamento ou atrasadas através da diferença de coloração das células da tabela. A relação de

todas as tarefas, inclusive as tarefas finalizadas, está disponível na seção Projeto. A Figura 16 exibe

a interface desta seção.

72

Figura 16. Tela de acompanhamento das atividades do usuário

Seção Fórum

Está seção está relacionada com o Use Cases UC01, pois permite a colaboração entre os

participantes de projetos através do acesso aos fóruns de discussão dos mesmos. A Figura 17 exibe

a interface inicial desta seção, onde é possível escolher o fórum do projeto para o acesso.

73

Figura 17. Tela de acesso ao fórum dos projetos

Após de realizada a escolha do fórum de um projeto, será exibido a tela com as mensagens

do fórum escolhido, a Figura 18 exibe a interface das mensagens do fórum.

74

Figura 18. Tela das mensagens do fórum

Seção Configuração

Esta seção está relacionada com os Use Cases UC04, UC05, UC06, UC07 e UC08, sendo

possível realizar o cadastro, alteração e exclusão de nível de acesso à ferramenta, segmento de

atuação de empresas, setor interno a uma empresa, sistema implantado em uma empresa,

diagnóstico e recurso. Os itens segmento, setor e sistema são utilizados no cadastro de empresa,

dessa forma, é possível, por exemplo, adicionar um novo segmento de atuação de empresas, para

ser utilizado no momento do cadastro da mesma.

A configuração do diagnóstico relaciona-se com as questões a serem respondidas no

diagnóstico inicial e final, localizadas na seção Projeto, assim como o recurso é utilizado no

momento do cadastro de uma atividade. A Figura 19 exibe a interface de cadastro de diagnóstico.

75

Figura 19. Tela de cadastro de diagnóstico

O nível de acesso é utilizado para restringir o acesso de usuários à ferramenta, dessa forma,

é possível definir quais as seções da ferramenta que um determinado nível de acesso possui

permissão de acesso. Um exemplo, é o nível de acesso Administrador, que possui acesso à todas as

seções da ferramenta. A Figura 20 exibe a tela de cadastro de acesso, onde é possível cadastrar um

novo nível de acesso à ferramenta.

76

Figura 20. Tela de cadastro de nível de acesso

Seção Usuário

Esta seção está relacionada com o Use Case UC16, sendo possível realizar o cadastro de um

usuário da ferramenta, assim como alterar ou excluir esse cadastro. A Figura 21 exibe a interface de

cadastro de usuário.

77

Figura 21. Tela de cadastro de usuário

Seção Relatório

Esta seção está relacionada com o Use Case UC09 e possibilita gerar relatórios relacionados

às atividades do projeto e ao diagnóstico.

Uma das seções mais importantes em uma ferramenta de gerenciamento de projetos, é a

seção de relatórios, dessa forma, a mesma deve possibilitar ao gerente do projeto, a obtenção de

relatórios de forma rápida, clara e flexível. Levando em consideração essas características, os

relatórios foram desenvolvidos de forma que é possível selecionar os campos que se deseja obter no

relatório, assim, o relatório irá possuir apenas as informações relevantes e de interesse da pessoa

que o gerou.

A Figura 22 exibe a tela de filtro para o relatório de atividades. Nesta tela, como pode ser

observado, é possível selecionar os campos que se deseja obter no relatório e também informar os

dados do filtro para escolher as atividades que estarão demonstradas no relatório.

78

Figura 22. Tela de filtro para o relatório de atividades

Após escolher os campos que serão mostrados no relatório, e finalizar o filtro para a escolha

da atividade, a interface que exibe o relatório está mostrada na Figura 23.

79

Figura 23. Tela de exibição do relatório de atividade

Os relatórios relacionados ao diagnóstico do projeto, também podem ser gerados da mesma

forma que o relatório de atividades, uma vez que é possível escolher os diagnósticos que se deseja

obter no relatório, sendo diagnóstico inicial, diagnóstico final ou diagnóstico geral.

A Figura 24 exibe a tela de seleção do diagnóstico para a geração do relatório.

80

Figura 24. Tela de filtro para o relatório de diagnóstico

Depois de exibido e tela de relatório do diagnóstico, pode-se imprimir o relatório, dessa

forma, abrirá uma outra janela com o texto formatado para a impressão. A Figura 25 exibe e

interface de impressão do diagnóstico.

81

Figura 25. Tela de impressão do diagnóstico

3.5. VALIDAÇÃO E PLANEJAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO

Definidos os requisitos do projeto e implementadas as funcionalidades previstas na

modelagem, as fases de validação e implantação visaram colocar o sistema em perfeito

funcionamento na Kobatech.

A validação do sistema realizou-se durante o mês de dezembro de 2005 pela empresa

Kobatech. A Tabela 31 exibe o formulário apresentado à empresa Kobatech para a realização da

validação.

82

Tabela 31. Formulário de Validação

Atendimento dos Requisitos Funcionalidade

Não Parcial Total Observações

Cadastramento de empresa Cadastramento de projeto Recuperação de projetos passados Cadastramento de usuários Colaboração entre os participantes Configuração do diagnóstico Geração de relatórios Gerenciamento de atividades Gerenciamento de custo Gerenciamento de prazo Realização do plano de ação Realização do relatório de acompanhamento Controle através de indicadores Realização de auditoria Anexar arquivos Controle de acesso de usuários Cadastramento de seguimento padrão Cadastramento de setor padrão Cadastramento de sistema padrão Controle de despesas Cadastramento de recurso

Os testes realizados demonstraram que a ferramenta desenvolvida atendeu os requisitos

mínimos exigidos para uma ferramenta de gerenciamento de projetos, gerando informações para o

planejamento, acompanhamento e tomada de decisão gerencial por parte do gerente de projetos na

área de logística da empresa Kobatech.

Com a finalidade de realizar uma análise comparativa dos recursos disponíveis na

ferramenta desenvolvida, com as outras soluções similares pesquisadas neste TCC, fez-se

novamente o quadro comparativo que pode ser observado na Tabela 32.

83

Tabela 32. Análise Comparativa da Ferramenta Desenvolvida

MS

Project Open Work.

Senomix Time Lite Time Core TCC

Criar projetos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Gerenciar atividades Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Gerenciar recursos Sim Sim Não Não Não Não Sim Gerenciar custos Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Várias visões Sim Sim Não Não Não Não Sim Criar filtros Sim Sim Não Não Não Não Não Vincular projetos Sim Sim Não Não Não Não Não Colaboração Web Não Não Não E-mail Não Fórum Indicadores Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Anexa documentos Sim Não Não Não Não Não Sim Relatórios Sim Sim Não Sim Sim Sim Sim

A Figura 26 exibe o gráfico das respostas obtidas com o formulário de validação respondido

pelos consultores da empresa Kobatech. Como pode ser obervado, 92,3% das respostas indicaram

que a ferramenta atendeu em sua totalidade os requisitos definidos no projeto.

0%7,7%

92,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Não Parcial Total

Atendimento aos requisitos

Figura 26. Gráfico de Respostas do Formulário de Validação

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No contexto desde projeto de TCC, a fundamentação teórica abrangeu conceitos da área de

Logística, gerenciamento de projetos, características da empresa Kobatech, sistemas de informação,

ferramentas a serem utilizadas no desenvolvimento da solução e soluções similares à solução

proposta, possibilitando a contextualização da ferramenta a ser desenvolvida.

Dentre todas as soluções similares pesquisadas no mercado, algumas são de excelente

qualidade, outras deixam a desejar em termos de gerenciamento de projetos, porém nenhuma possui

todas as funcionalidades que possam atender as necessidades do gerenciamento de projetos da

Kobatech, visto que em nenhuma ferramenta é possível gerenciar de forma prática todas as etapas

dos projetos realizados pela Kobatech.

Em relação aos objetivos gerais e específicos, definidos neste TCC, todos foram atingidos

com êxito. A identificação dos requisitos necessários para a ferramenta desenvolvida, ocorreu

através de entrevistas com alguns consultores e tendo como base os formulários e documentos

utilizados em outros projetos realizados pela Kobatech.

No que se refere à modelagem aplicada, foi utilizada a UML para a modelagem do sistema,

sendo utilizada a ferramenta Enterprise Architect v. 4.1. Para a modelam de dados, foi utilizada a

ferramenta Power Designer v. 10.0.0.1077.

Para o desenvolvimento da ferramenta, utilizou-se a linguagem de programação PHP, pelo

fato de ser uma linguagem muito utilizada atualmente para o desenvolvimento Web, uma vez que é

open source, e também por ser uma linguagem clara e flexível. O SGBD utilizado foi o Firebird,

pois apesar de ser open source, é um SGBD muito robusto, sendo utilizado em larga escala

atualmente. Outro fator importante para a escolha do PHP e do SGBD Firebird é a utilização destes

por parte da Kobatech para o desenvolvimento do seu sistema WMS, dessa forma, visando

justamente manter a compatibilidade com processos de desenvolvimento da empresa.

85

Recomenda-se para trabalhos futuros a ampliação deste projeto, de forma a incorporar outras

funcionalidades à ferramenta, como um módulo para resolução de problemas reincidentes, onde seja

possível recuperar de forma rápida a solução de um problema já resolvido em atividades de projetos

anteriores, agilizando dessa forma o progresso das atividades problemáticas do projeto em

execução. Outra recomendação é o desenvolvimento de um módulo específico para o cálculo de

custos, de forma que a ferramenta gere automaticamente o orçamento previsto do projeto, tendo

como base os recursos selecionados em cada atividade do mesmo, os quais serão especificados pelo

gerente do projeto. Visando melhorias na ferramenta e, conseqüentemente, o aprimoramento da

gestão dos projetos, é interessante que sejam avaliados outros recursos do Microsoft Project 2003

que seriam passíveis de serem adicionados à ferramenta.

Pode-se destacar como diferenciais da ferramenta, em relação à outras ferramentas do

gênero, o módulo de groupware, que permite a colaboração entre as pessoas participantes de um

projeto, e a base de conhecimento que será gerada através da execução dos projetos.

Conclui-se que a ferramenta será importante para a melhoria no processo de gerenciamento

de projetos executados pela empresa Kobatech, uma vez que a ferramenta permite realizar de forma

eficaz o planejamento, controle e gerenciamento dos projetos executados.

Esta solução específica para o gerenciamento de projetos na área Logística contribui

também para o desenvolvimento dessa área de negócios, tendo em vista o rápido crescimento no

Brasil nos últimos anos, motivada especialmente pelas exportações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ZIMBRÃO, Geraldo. Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados Livres. SqlMagazine, ano 2, n.13, p. 12-17, 2005.

89

APÊNDICE A – MODELAGEM USE CASE

Para um melhor entendimento do modelo Use Case, serão detalhadas cada Use Case,

descrevendo todos os seus cenários.

UC01 - Acessa Fórum de Discussão

Permite interagir com outros usuários do sistema através de mensagens no fórum.

Cenários:

1. Acessa Fórum (Principal):

o Usuário acessa o menu do Fórum;

o Sistema mostra a tela do Fórum contendo a última mensagem de cada projeto que

esteja em fase de desenvolvimento;

o Usuário acessa o Fórum do projeto de interesse;

o Sistema mostra a tela do Fórum escolhido pelo usuário, mostrando todas as

mensagens;

o Usuário Lê as mensagens.

2. Escreve Mensagem (Alternativo):

o Usuário acessa o menu do Fórum;

o Sistema mostra a tela do Fórum contendo a última mensagem de cada projeto que

esteja em fase de desenvolvimento;

o Usuário acessa o Fórum do projeto de interesse;

o Sistema mostra a tela do Fórum escolhido pelo usuário, mostrando todas as

mensagens;

90

o Usuário acessa o menu para escrever uma nova mensagem;

o Sistema mostra a tela para escrever a nova mensagem;

o Usuário escreve sua mensagem;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

UC02 - Analisa Indicadores

Permite analisar os indicadores do projeto, possibilitando verificar o andamento do mesmo

através de dados gerados pelo sistema.

Cenários:

1. Efetua Análise (Principal):

o Usuário acessa o menu de indicadores;

o Sistema exibe tela de indicadores;

o Usuário analisa os indicadores;

o Usuário solicita sair da tela de indicadores;

o Sistema sai da tela de indicadores.

UC03 - Anexa Arquivo

Permite anexar arquivos junto aos projetos.

Cenários:

1. Anexa Arquivo (Principal):

o Usuário acessa o menu Arquivo;

91

o Sistema exibe a tela de Arquivos;

o Usuário acessa o menu para Anexar o arquivo;

o Sistema exibe a tela para Anexar o arquivo;

o Usuário anexa o arquivo desejado;

o Usuário solicita salvar o arquivo;

o Sistema efetua o upload do arquivo.

2. Acessa Arquivo (Alternativo):

o Usuário acessa o menu Arquivo;

o Sistema exibe a tela de Arquivos;

o Usuário clica sobre o arquivo a ser acessado;

o Sistema realiza o download do arquivo.

3. Exclui Arquivo (Alternativo):

o Usuário acessa o menu Arquivo;

o Sistema exibe a tela de Arquivos;

o Usuário solicita excluir um Arquivo;

o Sistema efetua a exclusão do arquivo.

UC04 - Configura Acesso

Permite configurar os acessos dos usuários ao sistema, possibilitando configurar as

permissões de acesso para cada nível e associar um usuário cadastrado a um nível de acesso.

Cenários:

1. Configura Acesso (Principal):

92

o Usuário acessa menu de configuração de acesso;

o Sistema abre menu de configuração de acesso;

o Usuário escolhe um usuário dentre todos os cadastrados no sistema;

o Usuário informa a qual nível o usuário pertence;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Acesso (Alternativo):

o Usuário acessa menu de configuração de acesso;

o Sistema abre menu de configuração de acesso;

o Usuário escolhe um usuário dentre todos os cadastrados no sistema;

o Usuário altera o nível de acesso a que o usuário pertence;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

3. Configura Nível (Principal):

o Usuário acessa menu de configuração de acesso;

o Sistema abre menu de configuração de acesso;

o Usuário escolhe o nível de usuário (Administrador ou Consultor) para realizar

configuração;

o Usuário configura as permissões de acesso para o nível de usuário escolhido;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

93

4. Altera Nível (Alternativo):

o Usuário acessa menu de configuração de acesso;

o Sistema abre menu de configuração de acesso;

o Usuário escolhe o nível de usuário (Master , Consultor, etc.) para realizar alteração;

o Usuário altera as permissões de acesso para o nível de usuário escolhido;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

UC05 - Configura Diagnóstico

Permite configurar os parâmetros de resposta e as questões padrões utilizados na etapa de

Diagnóstico dos projetos.

Cenários:

1. Configura Parâmetro (Principal):

o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;

o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;

o Usuário configura os parâmetros de resposta, que são valores numéricos atribuídos a

cada nível de resposta;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Parâmetro (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;

94

o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;

o Usuário altera os parâmetros de resposta;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

3. Cadastra Questão (Principal):

o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;

o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;

o Usuário adiciona uma questão para o diagnóstico;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

4. Altera Questão (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;

o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;

o Usuário seleciona uma questão para realizar a alteração;

o Sistema exibe tela para a alteração;

o Usuário altera a questão;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

5. Exclui Questão (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;

o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;

95

o Usuário seleciona uma questão para realizar a exclusão;

o Usuário solicita excluir a questão;

o Sistema efetua exclusão no banco de dados.

UC06 - Configura Segmento

Permite configurar os segmentos padrões, utilizados para o cadastro de empresas. Esses são

os segmentos de atuação da empresa.

Cenários:

1. Cadastra Segmento (Principal):

o Usuário acessa o menu de configuração de segmento;

o Sistema exibe tela de configuração de segmento;

o Usuário adiciona um segmento;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Segmento (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de configuração de segmento;

o Sistema exibe tela de configuração de segmento;

o Usuário seleciona um segmento para realizar a alteração;

o Sistema exibe tela para a alteração;

o Usuário altera o segmento;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

96

3. Exclui Segmento (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de configuração de segmento;

o Sistema exibe tela de configuração de segmento;

o Usuário seleciona um segmento para realizar a exclusão;

o Usuário solicita excluir o segmento;

o Sistema efetua exclusão no banco de dados.

UC07 - Configura Setor

Permite configurar os setores padrões, utilizados no cadastro de empresas. Esses são os

setores internos da empresa.

Cenários

1. Cadastra Setor (Principal):

o Usuário acessa o menu de configuração de setor;

o Sistema exibe tela de configuração de setor;

o Usuário adiciona um setor;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Setor (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de configuração de setor;

o Sistema exibe tela de configuração de setor;

o Usuário seleciona um setor para realizar a alteração;

97

o Sistema exibe tela para a alteração;

o Usuário altera o setor;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

3. Exclui Setor (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de configuração de setor;

o Sistema exibe tela de configuração de setor;

o Usuário seleciona um setor para realizar a exclusão;

o Usuário solicita excluir o setor;

o Sistema efetua exclusão no banco de dados.

UC08 - Configura Sistema

Permite configurar os sistemas padrões, utilizados no cadastro de empresas. Esses são os

sistemas utilizados na empresa.

Cenários:

4. Cadastra Sistema (Principal):

o Usuário acessa o menu de configuração de sistema;

o Sistema exibe tela de configuração de sistema;

o Usuário adiciona um sistema;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

5. Altera Sistema (Alternativo):

98

o Usuário acessa o menu de configuração de sistema;

o Sistema exibe tela de configuração de sistema;

o Usuário seleciona um sistema para realizar a alteração;

o Sistema exibe tela para a alteração;

o Usuário altera o sistema;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

6. Exclui Sistema (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de configuração de sistema;

o Sistema exibe tela de configuração de sistema;

o Usuário seleciona um sistema para realizar a exclusão;

o Usuário solicita excluir o sistema;

o Sistema efetua exclusão no banco de dados.

UC09 - Gera Relatório

Permite gerar relatórios dos projetos no sistema.

Cenários:

1. Gera Relatório (Principal):

o Usuário acessa o menu de relatório;

o Sistema exibe a tela de relatório;

o Usuário escolhe o tipo de relatório;

o Sistema exibe tela para configurações de parâmetros;

99

o Usuário configura os parâmetros;

o Sistema gera o relatório.

UC10 - Manipula Cronograma

Permite elaborar o cronograma para o projeto, criar novos cronogramas e buscar

cronogramas existentes no projeto..

Cenários:

1. Cadastra Atividade/Fase (Principal):

o Usuário acesso o menu do cronograma;

o Sistema exibe tela do cronograma;

o Usuário acessa o menu de cadastro de atividades/fases;

o Sistema exibe a tela de cadastro de atividades/fases;

o Usuário informa se o cadastro é uma atividade ou fase;

o Usuário informa o restante dos dados necessários;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Atividade/Fase (Alternativo):

o Usuário acesso o menu do cronograma;

o Sistema exibe tela do cronograma;

o Usuário acessa o menu de alteração;

o Sistema exibe a tela de alteração;

o Usuário escolhe a atividade ou fase a ser alterada;

100

o Sistema exibe a tela com os dados da atividade ou fase;

o Usuário altera os dados;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

3. Exclui Atividade/Fase (Alternativo):

o Usuário acesso o menu do cronograma;

o Sistema exibe tela do cronograma;

o Usuário acesso o menu de exclusão;

o Sistema exibe a tela de exclusão;

o Usuário escolhe a atividade ou fase a ser excluída;

o Sistema exibe a tela com os dados da atividade ou fase;

o Usuário solicita excluir a atividade ou fase;

o Sistema exclui os dados no banco de dados.

4. Cadastra Cronograma (Principal):

o Usuário acesso o menu do cronograma;

o Sistema exibe tela do cronograma;

o Usuário acessa o menu de cadastro de cronograma;

o Sistema exibe a tela de cadastro de cronograma;

o Usuário informa os dados necessários;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

101

5. Busca Cronograma (Alternativo):

o Usuário acesso o menu do cronograma;

o Sistema exibe tela do cronograma;

o Usuário acessa o menu para buscar um cronograma;

o Sistema exibe a tela de busca de cronograma;

o Usuário informa o cronograma;

o Sistema busca os dados do cronograma;

o Sistema exibe os dados na tela.

UC11 - Manipula Diagnóstico Final

Permite realizar o Diagnóstico Final do projeto.

Cenários:

1. Realiza Diagnóstico (Principal):

o Usuário acessa o menu de Diagnóstico Final;

o Sistema exibe a tela de Diagnóstico Final;

o Usuário responde as perguntas;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Diagnóstico (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de Diagnóstico Final;

o Sistema exibe a tela de Diagnóstico Final;

o Usuário altera as respostas das perguntas;

102

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

UC12 - Manipula Diagnóstico Inicial

Permite realizar o Diagnóstico Inicial do projeto.

Cenários:

1. Realiza Diagnóstico (Principal):

o Usuário acessa o menu de Diagnóstico Inicial;

o Sistema exibe a tela de Diagnóstico Inicial;

o Usuário responde as perguntas;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Diagnóstico (Alternativo)

o Usuário acessa o menu de Diagnóstico Inicial;

o Sistema exibe a tela de Diagnóstico Inicial;

o Usuário altera as respostas das perguntas;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

UC13 - Manipula Empresa

Permite a efetuação do cadastro, alteração e exclusão de uma empresa. O cadastro é

necessário para possibilitar o início de um projeto.

103

Cenários:

1. Cadastra Empresa (Principal):

o Usuário acessa o menu de cadastro;

o Sistema exibe tela de cadastro de empresas;

o Usuário informa os dados da empresa;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema pesquisa CNPJ no banco de dados;

o Se CNPJ não encontrado, o sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Empresa (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de alteração do cadastro;

o Sistema exibe a tela de alteração do cadastro;

o Usuário informa o nome da empresa e solicita pesquisa;

o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;

o Se nome encontrado, o sistema exibe os dados da empresa;

o Usuário efetua as alterações;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

3. Exclui Empresa (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de exclusão de cadastro;

o Sistema exibe a tela de exclusão de cadastro;

o Usuário informa o nome da empresa e solicita pesquisa;

104

o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;

o Se nome encontrado, o sistema exibe os dados da empresa;

o Usuário solicita a exclusão da empresa;

o Sistema efetua exclusão no banco de dados.

UC14 - Manipula Formulário de Despesas

Permite o usuário a informar suas despesas pessoais durante a realização do projeto.

Cenários:

1. Preenche Formulário de Despesas (Principal):

o Usuário acessa o menu do Formulário de Despesas;

o Sistema exibe a tela do Formulário de Despesas;

o Usuário preenche o formulário;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Formulário de Despesas (Alternativo):

o Usuário acessa o menu do Formulário de Despesas;

o Sistema exibe a tela do Formulário de Despesas;

o Usuário altera os dados do formulário;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

105

UC15 - Manipula Projeto

Permite o cadastro, alteração e exclusão e pesquisa dos projetos. Todos os projetos precisam

ser cadastrados para poder serem iniciados.

Cenários :

1. Cadastra Projeto (Principal):

o Usuário acessa o menu de cadastro;

o Sistema exibe tela de cadastro;

o Usuário informa a empresa na qual será realizado o projeto;

o Usuário informa os dados do projeto;

o Usuário solicita salvar as informações;

o Sistema pesquisa no banco de dados, se já existe algum projeto para essa empresa;

o Se já existe algum projeto, o sistema avisa o Usuário;

o Se estiver de acordo, o usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados;

o Se não estiver de acordo, o usuário cancela o cadastro do projeto.

2. Altera Projeto (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de alteração do cadastro;

o Sistema exibe a tela de alteração do cadastro de projeto;

o Usuário informa o nome da empresa e solicita pesquisa;

o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;

o Se nome encontrado, o sistema exibe os projetos que a empresa possui;

106

o Usuário escolhe o projeto a ser alterado;

o Sistema exibe os dados do projeto;

o Usuário efetua as alterações;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

3. Exclui Projeto (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de exclusão do cadastro;

o Sistema exibe a tela de exclusão do cadastro de projeto;

o Usuário informa o nome da empresa e solicita pesquisa;

o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;

o Se nome encontrado, o sistema exibe os projetos que a empresa possui;

o Usuário escolhe o projeto a ser alterado;

o Sistema exibe os dados do projeto;

o Usuário solicita a exclusão do projeto;

o O sistema efetua a exclusão no banco de dados.

4. Abre Projeto (Alternativo):

o Usuário acessa o menu para abrir um projeto;

o Sistema exibe a tela para abrir um projeto;

o Usuário escolhe a empresa do projeto;

o Sistema exibe as projetos da empresa informada;

o Usuário escolhe o projeto;

107

o Usuário solicita abrir o projeto;

o Sistema abre o projeto da tela principal.

UC16 - Manipula Usuário

Permite o cadastro, alteração e exclusão de todos os usuários do sistema.

Cenários:

1. Cadastra Usuário (Principal):

o Usuário acessa o menu de cadastro;

o Sistema exibe tela de cadastro;

o Usuário informa os dados do usuário a ser cadastrado;

o Usuário informa o nível de acesso do usuário a ser cadastrado;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema pesquisa CPF no banco de dados;

o Se CPF não encontrado, o sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Usuário (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de alteração do cadastro;

o Sistema exibe a tela de alteração do cadastro;

o Usuário informa o nome do usuário e solicita pesquisa;

o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;

o Se nome encontrado, o sistema exibe os dados do usuário;

o Usuário efetua as alterações;

o Usuário solicita salvar os dados;

108

o Sistema salva os dados no banco de dados.

3. Exclui Usuário (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de alteração do cadastro;

o Sistema exibe a tela de exclusão do cadastro;

o Usuário informa o nome do usuário e solicita pesquisa;

o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;

o Se nome encontrado, o sistema exibe os dados o usuário;

o Usuário solicita a exclusão do usuário;

o Sistema efetua exclusão no banco de dados.

UC17 - Realiza Auditoria

Permite cadastrar, após o término do projeto, informações de Auditorias realizadas na

empresa.

Cenários:

1. Cadastra Auditoria (Principal):

o Usuário acessa o menu de Auditoria;

o Sistema exibe a tela de Auditoria;

o Usuário acessa o menu de cadastro de Auditoria;

o Sistema exibe a tela de cadastro de Auditoria;

o Usuário informa a data que foi realizada a Auditoria;

o Usuário informa o que foi realizado na Auditoria;

o Usuário solicita salvar os dados;

109

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Auditoria (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de Auditoria;

o Sistema exibe a tela de Auditoria;

o Usuário acessa o menu de alteração de Auditoria;

o Sistema exibe a tela de alteração de Auditoria;

o Usuário informa qual a Auditoria a ser alterada através da data;

o Sistema exibe os dados da Auditoria;

o Usuário altera os dados da Auditoria;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

3. Exclui Auditoria (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de Auditoria;

o Sistema exibe a tela de Auditoria;

o Usuário acessa o menu de exclusão de Auditoria;

o Sistema exibe a tela de exclusão de Auditoria;

o Usuário informa qual a Auditoria a ser excluída através da data;

o Sistema exibe os dados da Auditoria;

o Usuário solicita excluir os dados;

o Sistema exclui os dados no banco de dados.

110

UC18 - Realiza Plano de Ação

Permite realizar um plano de ação para cada atividade cadastrada no cronograma.

Cenários:

1. Cadastra Plano de Ação (Principal):

o Usuário acessa o menu de cronograma;

o Sistema exibe a tela de cronograma;

o Usuário escolhe a atividade para cadastrar o plano de ação;

o Sistema exibe a tela de cadastro do plano de ação;

o Usuário cadastra o plano de ação;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Plano de Ação (Alternativo)

o Usuário acessa o menu de cronograma;

o Sistema exibe a tela de cronograma;

o Usuário escolhe a atividade para alterar o plano de ação;

o Sistema exibe a tela de alteração do plano de ação;

o Usuário altera o plano de ação;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

UC19 - Realiza Relatório de Acompanhamento

Permite realizar o relatório de acompanhamento para cada atividade do cronograma.

111

Cenários:

1. Realiza Relatório de Acompanhamento (Principal):

o Usuário acessa o menu de cronograma;

o Sistema exibe a tela de cronograma;

o Usuário escolhe a atividade para realizar o relatório de acompanhamento;

o Sistema exibe a tela de relatório de acompanhamento;

o Usuário realiza o relatório de acompanhamento;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

2. Altera Relatório de Acompanhamento (Alternativo):

o Usuário acessa o menu de cronograma;

o Sistema exibe a tela de cronograma;

o Usuário escolhe a atividade para alterar o relatório de acompanhamento;

o Sistema exibe a tela de relatório de acompanhamento, com os dados do relatório;

o Usuário realiza alteração dos dados;

o Usuário solicita salvar os dados;

o Sistema salva os dados no banco de dados.

112

APÊNDICE B – ARTIGO

113

FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM LOGÍSTICA

Rodrigo Victorino

[email protected]

Luis Carlos Martins, Esp.

[email protected]

Fábio Beylouni Lavratti, Mestre.

[email protected]

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Rua Uruguai, 458 – Caixa Postal 360 – CEP: 88302-202

Itajaí – SC – Brasil

RESUMO

As empresas, independentemente do ramo de atuação, necessitam de um processo logístico bem estruturado e eficiente

para dar suporte aos seus negócios e otimizar os recursos. É nesse contexto que surgiram empresas especializadas na

prestação de serviços, atuando na estruturação logística empresarial. Empresas desse gênero, quando contratadas,

analisam os processos atuais do cliente e modelam um projeto de logística. Cada projeto possui uma peculiaridade e,

normalmente, são feitos e executados por várias pessoas, denominados consultores. Muitas vezes, o mesmo consultor

gerencia ou executa diversos projetos, dificultando assim o acompanhamento de todos paralelamente. Geralmente, os

clientes estão geograficamente distantes, necessitando que o consultor se desloque constantemente. Levando em

consideração as dificuldades dos consultores, o processo decisório é prejudicado pela falta de acompanhamento e

comunicação das pessoas envolvidas no projeto, assim como pela insuficiência de dados estatísticos e indicadores.

Sendo assim, este projeto desenvolveu uma ferramenta, com características de sistemas de informação, para o

mapeamento, controle e gerência desses projetos, possibilitando a tomada de decisão gerencial através dos dados

oriundos de cada projeto. Assim, a gerência pode ser realizada de maneira mais efetiva, pois, a ferramenta propicia um

melhor acompanhamento do cronograma do projeto e dos documentos produzidos. Essa ferramenta foi desenvolvida

para o ambiente Web, utilizando a linguagem de programação PHP e o Sistema Gerenciador de Banco de Dados

Firebird. A metodologia utilizada neste projeto compreendeu cinco etapas. Na primeira etapa, Estudo, buscou-se

adquirir o conhecimento necessário sobre as soluções e tecnologias existentes, com o objetivo de poder propor uma

melhor solução, mais adequada às necessidades identificadas. Na segunda etapa, Modelagem, foi especificado o

funcionamento da solução proposta, criando-se um modelo conceitual do sistema. A terceira etapa, Desenvolvimento,

visou transformar o modelo conceitual da etapa de modelagem em um sistema real, que foi posteriormente testado e

validado. Essa etapa compreendeu principalmente a codificação dos processos descritos no projeto do sistema. Na

114

quarta etapa, Validação, foram realizados experimentos e testes sobre a solução proposta, visando identificar e corrigir

eventuais erros existentes no projeto ou na implementação. Na quinta etapa, Documentação, foi feita a elaboração da

monografia do Trabalho de Conclusão de Curso.

Palavras-chave: Sistemas de Informação. Gerência de Projetos. Logística.

ABSTRACT

The companies, whatever the work field is, need an efficient and well done logistics process to give support to

their business and improve resources. It's in this context that companies specialized in service rendering were founded,

working within commercial logistics structure. Companies of these kind, when hired, analyze the current problems of

the customers and set a logistics project. Each project has a peculiarity and, normally, are done and executed by

several people, called advisers. Many times, the same adviser runs or executes several projects, making the projects

accompaniment at the same time even more difficult. Generally, the customers are geographically distant to each other,

having the need of a constant adviser's displacement. Considering the advisers difficulties, the decisive process is

harmed by the lack of accompaniment and communication of the people involved in the project, as well as by the

statistical and indicative data insufficiency. Therefore, this project intends to develop a tool, with data system

characteristics, for the indication, control and administration of these projects, making possible management decisions

using data from each project. So, the administration will be done in a more effective way, having the idea that the tool

will supply a better accompaniment of the project and the produced documentation's chronogram. This tool will be

developed for the Web environment, using the PHP programming language and the Firebird Database Management

System. The methodology used in this project will include five stages. In the first stage, Studies, the necessary

knowledge about the existent solutions and technologies will be obtained with the purpose of being able to propose a

better solution, more adequate to the identified needs. In the second stage, Modeling, the working process of the

solution proposed will be specified, creating a conceptual model of the system. The third stage, Development, intends to

transform the conceptual model of the Modeling stage into a real system, which after will be tested and validated. This

stage mainly includes the codification of the processes described in the project system. In the fourth stage, Validation,

experiences and tests about the proposed solution will be made, aiming the identification and correction of eventual

mistakes existent in the project or in the introduction. In the fifth stage, Documentation, the development of the Course

Conclusion Work monograph will be done.

Keywords: Information Systems. Project Management. Logistics.

1. Introdução

O setor logístico é uma área que está em franco crescimento no Brasil, conforme descrito

por Figueiredo et al (2003, p.48) "A logística no Brasil vem constituindo-se em um negócio de

grandes proporções que evoluiu rapidamente nos últimos anos".

115

As empresas, independentemente do ramo, sempre sentiram a necessidade de um processo

logístico melhor estruturado, porém, foi nos últimos tempos, com o fortalecimento da informática, a

globalização e o aumento da concorrência, que este se tornou imprescindível para o sucesso, sendo

assim, evidenciado como fator de sobrevivência para uma empresa, principalmente se esta pertencer

a um ramo onde é de extrema importância um processo logístico bem definido, como por exemplo,

o ramo atacadista ou varejista.

Normalmente, empresas recentemente criadas, ou mesmo, empresas com um certo tempo de

mercado, não possuem uma boa estruturação logística, causado principalmente, pelo crescimento

repentino, ou mesmo pela falta de organização interna da mesma. Assim, surge a necessidade

urgente de uma estruturação para possibilitar a continuação do seu crescimento. Muitas procuram

elas mesmas resolver seu problema, porém, geralmente, falta experiência, uma vez que não

possuem bons profissionais, ou mesmo, esbarram na dificuldade da mudança de paradigma, pois

toda mudança gera resistência por parte das pessoas envolvidas no processo.

Analisando esse mercado, surgiram empresas, como a Kobatech - Assessoria Consultoria

Industrial e Empresarial LTDA., especializadas na prestação de serviços atuando na estruturação

logística empresarial. Essas empresas possuem como principal tarefa a reestruturação logística,

tendo como conseqüência o aumento no lucro do cliente.

Empresas desse gênero, quando contratadas, analisam os processos atuais do cliente e

modelam um projeto de logística, o qual será implementado no mesmo.

Cada projeto possui uma peculiaridade, dependendo do tipo e da necessidade do cliente.

Normalmente, podem ser diferenciados por tipo de empresa, de acordo com a cadeia de suprimentos

como, por exemplo, atacado e distribuidor, indústria, varejo e serviços. Sendo assim, as atividades

realizadas no projeto variam para cada tipo de empresa e de acordo com a necessidade do cliente.

Esses projetos, normalmente, são feitos e executados por várias pessoas que possuem um

conhecimento especializado de logística, denominados consultores, e muitas vezes, o mesmo

consultor gerencia ou executa vários outros projetos, dificultando a gestão de todos paralelamente.

116

Outro fator agravante é que, normalmente, os clientes não se localizam no mesmo município, e nem

no mesmo estado, necessitando que o consultor desloque-se constantemente.

Além dos consultores necessitarem de um processo gerencial mais aprimorado, permitindo

realizar os planejamentos de cada projeto, é de extrema importância o controle do andamento de

cada atividade, pois só assim, será possível garantir que o mesmo não irá ultrapassar os limites de

tempo e custos alocados no planejamento. Esta tarefa é uma das principais dificuldades, uma vez

que os consultores da Kobatech não possuem tempo disponível para realizarem reuniões periódicas,

ou mesmo, porque participam efetivamente de vários projetos concomitantes.

Um fator essencial para a permanência de uma empresa no mercado é o gerenciamento de

seu negócio. Levando em consideração as dificuldades dos consultores, o processo decisório é

prejudicado pela falta de acompanhamento, comunicação das pessoas envolvidas no projeto,

insuficiência de dados estatísticos e indicadores.

Esses entraves acabam prejudicando o controle eficiente e a execução desses projetos.

Visando minimizar os problemas/dificuldades apresentados, desenvolveu-se uma ferramenta, com

características de sistemas de informação, para o mapeamento, controle e gerência desses projetos,

possibilitando a tomada de decisão gerencial através dos dados oriundos de cada projeto.

Assim, a gerência poderá ser realizada de maneira mais efetiva, pois com a ferramenta é

possível efetuar todo o cronograma do projeto até a sua conclusão, definindo as atividades e como

as mesmas serão realizadas, permitindo assim, acompanhar o andamento do projeto, facilitando o

gerenciamento dos mesmos.

A tomada de decisão é facilitada pelos dados provenientes da execução e conclusão de cada

projeto, sendo possível gerar parâmetros para o planejamento de futuros trabalhos, uma vez que

todos os projetos realizados estarão disponíveis para recuperação de dados e análise dos mesmos.

Dessa forma, permitindo a comparação desses projetos através dos cronogramas, atividades,

problemas e resultados alcançados, formando assim uma base de conhecimento, sendo de extrema

importância para uma empresa que realiza projetos.

117

Outra característica importante, além da base de conhecimento, foi a implementação na

ferramenta de um módulo de Groupware para a colaboração e a comunicação entre as pessoas

envolvidas no projeto, de forma que as mesmas, através de fóruns de discussão, possam interagir no

processo. O Groupware tem como finalidade, facilitar a interação entre as pessoas envolvidas em

uma atividade, vindo assim a atender uma das necessidades dos consultores.

Existem vários softwares para gerência de projetos no mercado, um bom exemplo é o

Microsoft Project, muito utilizado pelo fato de possuir vários recursos, porém ele abrange a

gerência de projetos de uma forma geral, não atendendo especificamente as necessidades da

Kobatech. Assim, o desenvolvimento de uma ferramenta de gerenciamento de projetos em logística,

permitiu não somente o controle de cronograma, atividades e recursos, mas também, abrangeu

módulos específicos para as outras etapas de um projeto logístico, permitindo a comparação e

análise futura de projetos realizados.

Levando em consideração as necessidades identificadas, a ferramenta, com características de

sistema de informação, foi desenvolvida para o ambiente Web, pois assim facilitou a gerência dos

projetos, uma vez que o sistema se torna acessível em qualquer lugar e a qualquer hora,

possibilitando que todas as pessoas envolvidas possam acompanhar o andamento do projeto.

2. Justificativa

O desenvolvimento de uma ferramenta de gerenciamento de projetos em logística se

justifica pelo fato de a área de gerenciamento de projetos ser uma área que necessita de constante

aprimoramento, levando em consideração também que o setor logístico está em franco crescimento

e precisa ser apoiado através de ferramentas eficazes.

3. Metodologia

O desenvolvimento do trabalho proposto consistiu-se em cinco etapas. Sendo elas: estudo,

modelagem, desenvolvimento, validação e documentação.

118

A etapa Estudo visou definir exatamente o tema/problema deste projeto e adquirir o

conhecimento necessário sobre as soluções e tecnologias existentes com o objetivo de poder propor

uma melhor solução, mais adequada e eficiente que as atuais.

A etapa Modelagem visou especificar o funcionamento da solução proposta, sendo

desenvolvido um modelo conceitual da mesma, compreendendo a Análise e o Projeto do sistema.

A etapa Desenvolvimento visou transformar o modelo conceitual da etapa de modelagem

em um sistema real, compreendendo principalmente a codificação dos processos descritos no

Projeto do sistema.

A etapa Documentação visou deixar registrado todo o processo pertinente à pesquisa

científica, desde a descrição do problema, a proposta de uma nova solução (modelagem), o

desenvolvimento dessa solução, os testes e validação da nova solução e os resultados finais.

4. Discussão

4.1 Logística

O surgimento da globalização ocasionou uma maior interação entre os vários setores da

economia, afetando diretamente algumas atividades, consideradas prioritárias para o fortalecimento

desses setores e o aumento da concorrência. Atividades essas pertencentes aos processos logísticos

realizados entre os vários integrantes da cadeia de suprimentos, dessa forma, desenvolvendo a

Logística.

Partindo dessa tendência que se consolida a cada dia, é possível observar que o setor

logístico é uma área que está em franco crescimento no Brasil, conforme descrito por Figueiredo,

Fleury e Wanke (2003, p.48): "A Logística no Brasil vem constituindo-se em um negócio de

grandes proporções que evoluiu rapidamente nos últimos anos".

As empresas, independentemente do ramo, sempre sentiram a necessidade de um processo

logístico melhor estruturado, de forma que a permitisse se estabelecer no mercado e tornar-se

competitiva.

119

No entanto, foi nos últimos tempos, com o fortalecimento da informática, a globalização e o

aumento da concorrência, que este processo se tornou imprescindível para o sucesso, sendo assim,

evidenciado como fator de sobrevivência para uma empresa.

Dessa forma, muitas empresas procuram elas mesmas a reestruturação de seus processos,

porém, normalmente, falta experiência, uma vez que não possuem bons profissionais, ou mesmo,

esbarram na dificuldade da mudança de paradigma, pois toda mudança gera resistência por parte

das pessoas envolvidas no processo.

Surge nesse momento a necessidade de um auxílio externo, de empresas que possuam

experiência nesse ramo de atividade, trazendo assim, toda a sua bagagem de conhecimento na

estruturação logística realizada em outras empresas. Conforme pode ser observado por Figueiredo,

Fleury e Wanke (2003, p.99), “o desenvolvimento de estudos internos e a contratação de

consultorias especializadas são alguns dos mecanismos que podem permitir a uma empresa

melhorar seus processos, reduzir custos e/ou melhorar o nível de serviço das atividades logísticas”.

É nesse cenário que surgiram empresas, como a Kobatech - Assessoria Consultoria

Industrial e Empresarial LTDA, especializadas na prestação de serviços, atuando na estruturação

logística empresarial. Essas empresas possuem como principal tarefa, a reestruturação logística,

tendo como conseqüência o aumento no lucro do cliente, ou seja, elas trabalham totalmente com o

foco em resultados.

4.2 Gerenciamento de Projetos

O gerenciamento de projetos tem sido fortemente aplicado nos últimos tempos, com o

intuito de planejar de forma eficiente e eficaz os projetos desenvolvidos. Cusumano e Nobeoka

(1998 apud KEELLING 2002, p.6), afirmam que “o sucesso nas experiências com gestão de

projetos múltiplos e técnicas de engenharia simultânea está aumentando e tem conduzido à sua

proliferação em uma diversidade de situações inovadoras (...)”.

Uma definição de projeto, segundo o PMI – Project Management Institute, descrito por

Keelling (2002, p.3), é “um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço

único”.

120

Segundo Casarotto Filho, Severino Fávero e Escosteguy Castro (1999, p.19), afirmam que

“o termo projeto não possui um significado único, e é geralmente relacionado com um conjunto de

planos, especificações e desenhos de engenharia”.

Gerência de projeto tem sua finalidade definida por Casarotto Filho, Severino Fávero e

Escosteguy Castro (1999, p.22):

Mediante planejamento e controle efetivos, permite que todas as fases de execução do empreendimento sejam realizadas de modo que sejam atingidos os objetivos quanto à qualidade, funcionalidade e segurança dos respectivos projetos, dentro do cronograma e orçamento previstos.

O gerenciamento de projetos e de suas atividades, para qualquer organização,

independentemente de qual natureza, é essencial para o bom funcionamento do sistema. Porém,

com o planejamento e gerenciamento do projeto sendo executados, não é garantia de que tudo irá

ocorrer conforme o esperado. Segundo Castro (2005), “na maioria dos projetos, como nas outras

atividades do ser humano, nem tudo vai ocorrer como se planejou”.

4.3 A Kobatech

4.3.1 Histórico

A empresa Kobatech LTDA iniciou suas atividades em fevereiro de 1999 com a participação

de quatro sócios e, em março do mesmo ano, filiou-se a Altamiro Borges Planejamento Logístico e

Industrial, assumindo a franquia da consultoria na Região Sul até a data de 28 de fevereiro de 2001,

cujo contrato foi rompido pela Kobatech.

A partir de então, a empresa vem realizando projetos logísticos e consolidando seu

posicionamento no mercado da Região Sul. Além da realização dos projetos, a Kobatech também

desenvolve o Sistema de Informação WMS (Warehouse Management System), sendo um sistema

para gerenciamento de armazéns.

121

4.3.2 Estrutura dos Projetos

A Kobatech, quando contratada para fazer a reestruturação logística do cliente, analisa os

processos atuais da empresa, modela e implanta um projeto de Logística. Os projetos realizados

pela Kobatech seguem uma metodologia que possui cinco etapas padrões e distintas, as quais são:

• Pré-Diagnóstico: é efetuada uma visita do consultor nas instalações da empresa para uma

análise inicial dos processos, com ênfase na cadeia de produção, sendo identificadas as

potenciais melhorias e suas complexidades;

• Diagnóstico Detalhado: é um levantamento dos métodos e processos da operação da

empresa, fazendo uma identificação detalhada dos problemas e suas interfaces na cadeia

de produção. Nessa etapa também são elaborados o cronograma e os planos de ação,

sendo realizado no cronograma todo o planejamento do projeto, definindo quais as

atividades a serem implementadas e seu período de execução, e o plano de ação que será

uma descrição sobre as ações a serem realizadas em cada atividade do cronograma;

• Desenvolvimento das Soluções: etapa na qual são desenvolvidos os planos de ação com

a equipe da empresa, sendo definido fluxos de processos, seus indicadores de

performance, seus pontos de controle e suas responsabilidades na cadeia de produção;

• Implantação: etapa na qual são efetivadas as soluções aprovadas na etapa anterior, sendo

realizado um acompanhamento das variáveis de cada atividade, a elaboração de manual

de normas e procedimentos das operações da empresa, bem como o treinamento e

capacitação dos recursos internos; e

• Auditoria e Controle: etapa onde é executada a verificação de desvios ou efeitos

colaterais gerados pelos processos implantados, tendo como conseqüência

recomendações de correções nos processos ou gestões da empresa, verificação dos

indicadores e análise da continuidade e sua aplicação, e identificação de novas

oportunidades, devido à mudanças de cenários na empresa.

Cada projeto possui uma peculiaridade, dependendo do tipo e da necessidade do cliente.

Normalmente, são feitos e executados por várias pessoas, que possuem um conhecimento

especializado de Logística, denominados consultores. Os projetos podem ser diferenciados por tipo

122

de empresa, de acordo com a cadeia de suprimentos, como por exemplo, atacado e distribuidor,

indústria, varejo e serviços. Sendo assim, as atividades realizadas no projeto variam para cada tipo

de empresa e de acordo com a necessidade do cliente.

Para o gerenciamento efetivo desses projetos, torna-se necessário a utilização de um sistema

de informação ou mesmo de uma ferramenta com características de sistemas de informação, onde

seja possível realizar o controle das variáveis envolvidas em um projeto.

5. Resultados

Após a realização do projeto do sistema, englobando a análise de requisitos e a modelagem,

deu-se início a implementação da aplicação.

As ferramentas utilizadas no desenvolvimento foram a linguagem de programação PHP v. 5,

o servidor HTTP apache v. 1.3.33. e o Sistema Gerenciado de Banco de Dados Firebird v.

1.5.2.4731.

Para desenvolvimento do sistema, foi utilizado um Framework para o acesso da aplicação ao

Sistema Gerenciador de Banco de Dados Firebird. Framework este de propriedade particular da

empresa Kobatech Ltda. e disponibilizado para o desenvolvimento deste projeto.

Para a geração de gráficos na aplicação, foi utilizado um conjunto de scripts desenvolvidos

em PHP, chamado JpGraph que foi desenvolvido pela companhia Aditus Consulting. Para uso

comercial, esta biblioteca necessita da obtenção de licença, porém para uso não comercial ou uso

acadêmico, ela se torna open source, sendo disponibilizada sob licença QPL 1.0 (Qt Free License).

Sobre a segurança da aplicação, foi utilizada a o recurso de sessions disponibilizado pelo

PHP, dessa forma, nenhuma interface do sistema pode ser acessada indevidamente, sem o usuário

ter realizado previamente o login na aplicação, informando obrigatoriamente seu login e senha.

Após o usuário habilitado realizar seu login, a segurança dos dados é de responsabilidade do nível

de acesso do usuário, que é configurado pelo administrador do sistema, e possibilita a configuração

de restrição de acesso às funcionalidades da aplicação.

123

A ferramenta possui vários módulos, sendo a seção Projeto um dos principais módulos,

possuindo outras cinco seções internas, que são Diagnóstico Inicial, Planejamento, Diagnóstico

Final, Indicadores e Auditoria. No Diagnóstico Inicial, que é realizado anteriormente ao início do

planejamento, é possível preencher e visualizar o Diagnóstico que é feito na empresa, da mesma

forma que em Diagnóstico Final, é possível manipular o Diagnóstico realizado na empresa após a

finalização do projeto.

No Planejamento pode-se efetuar o cronograma, o planejamento e o acompanhamento do

projeto, permitindo manipular as fases e atividades do mesmo, sendo o plano de ação preenchido

durante o cadastro de uma atividade. A colaboração entre os participantes do projeto também

encontra-se nesta seção, estando disposta em forma de fórum de discussão. É possível também a

visualização e acompanhamento de todas as atividades do projeto, sendo uma das formas de

visualização através do gráfico de Gantt, como pode ser observado na Figura 1 que exibe a interface

com as cinco seções internas à seção Projeto e o gráfico de Gantt.

Figura 1. Tela de exibição do gráfico de Gantt

124

Durante a realização do projeto, pode-se efetuar todo o acompanhamento através de

indicadores, que se encontram na seção Indicadores. Estão disponíveis para o acompanhamento os

indicadores de planejamento e os indicadores de diagnóstico. Para o planejamento, é possível

visualizar informações sobre o orçamento, atividades, prazos e andamento da execução do projeto.

Os indicadores de diagnóstico permitem verificar graficamente as pontuações alcançadas no

diagnóstico inicial e no diagnóstico final, assim como, possibilitam observar a evolução do

diagnóstico, permitindo analisar se o projeto realizado resultou em melhorias na empresa. A Figura

2 exibe a interface com gráficos dos indicadores do Diagnóstico Final.

Figura 2. Tela de indicadores do diagnóstico final

6. Conclusões

A identificação dos requisitos necessários para a ferramenta desenvolvida, ocorreu através

de entrevistas com alguns consultores e tendo como base os formulários e documentos utilizados

em outros projetos realizados pela Kobatech.

125

No que se refere à modelagem aplicada, foi utilizada a UML para a modelagem do sistema,

sendo utilizada a ferramenta Enterprise Architect v. 4.1. Para a modelam de dados, foi utilizada a

ferramenta Power Designer v. 10.0.0.1077.

Para o desenvolvimento da ferramenta, utilizou-se a linguagem de programação PHP, pelo

fato de ser uma linguagem muito utilizada atualmente para o desenvolvimento Web, uma vez que é

open source, e também por ser uma linguagem clara e flexível. O SGBD utilizado foi o Firebird,

pois apesar de ser open source, é um SGBD muito robusto, sendo utilizado em larga escala

atualmente. Outro fator importante para a escolha do PHP e do SGBD Firebird é a utilização destes

por parte da Kobatech para o desenvolvimento do seu sistema WMS, dessa forma, visando

justamente manter a compatibilidade com processos de desenvolvimento da empresa.

Pode-se destacar como diferenciais da ferramenta o módulo de groupware, que permite a

colaboração entre as pessoas participantes de um projeto, e a base de conhecimento que será gerada

através da execução dos projetos.

Conclui-se que a ferramenta será importante para a melhoria no processo de gerenciamento

de projetos executados pela empresa Kobatech, uma vez que a ferramenta permite realizar de forma

eficaz o planejamento, controle e gerenciamento dos projetos executados.

Esta solução específica para o gerenciamento de projetos na área Logística, contribui

também para o desenvolvimento dessa área que está passando por um grande crescimento nos

últimos anos.

7. Referências Bibliográficas

CASTRO, Silvio Wille Aurélio de. Falso Controle de Projetos. Mundo PM, n.2, abr.-maio 2005. Disponível em: <http://www.mundopm.com.br/download/falso_controle.pdf>. Acesso em: 29 maio 2005.

FIGUEIREDO, Kleber Fossati; FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - Planejamento do Fluxo de Produtos e dos Recursos, São Paulo: Atlas S.A., 2003. ISBN 85-224-2732-1.

126

FILHO, Nelson Casarotto; FÁVERO, José Serevino; CASTRO, João Ernesto Escosteguy. Gerenciamento de Projeto / Engenharia Simultânea, São Paulo: Atlas S.A., 1999. ISBN 85-224-2093-9.

JPGRAPH, Aditus Consulting. Disponível em: <http://www.aditus.nu/jpgraph/jpdownload.php>. Acesso em: 08 outubro 2005.

KEELLING, Ralph. Gestão de Projetos - uma abordagem global, São Paulo: Saraiva, 2002. ISBN 85-02-03615-7.

PMI. Introduction to the Project Management Institute (PMI®). 2005. Disponível em <http://www.pmi.org/info/AP_IntroOverview.asp>. Acesso em: 29 maio 2005.