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Paulo Roberto Corsi
FATORES CLÍNICOS E DE DIAGNÓSTICO DO PADRÃO E DA INTENSIDADE DO REFLUXO NOS
PACIENTES COM SINTOMAS TÍPICOS DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Medicina.
Área de Concentração: Cirurgia Geral Orientador: Prof. Dr. Danilo Gagliardi
São Paulo
2006
Livros Grátis
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DEDICATÓRIA
I
Para minha esposa Rosangely, mulher
sábia que edifica nossa casa. Para meus
filhos Lucas e Giovanna, presentes de
Deus que alegram minha vida e fazem tudo
valer a pena.
Para meus pais (in memorian) Romeu e Olga,
que com afeto e dedicação auxiliaram meus
primeiros caminhos, minha mais profunda
admiração e respeito. Para meu irmão
Romeu, pelo companheirismo e amizade.
Para os doentes, aqueles que com seu
infortúnio foram a cada dia o confronto
do nosso saber, a nossa humildade e
promessa de perseverança.
PÁGINA DE CITAÇÃO
II
...e tudo o que fizerdes, fazei-o de todo o coração,
como para o Senhor, sabendo que recebereis
Dele a recompensa.
Colossenses 3:23-24.
AGRADECIMENTOS
III
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, criador de todas as coisas, pela minha
vida e por ter me escolhido.
À Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e à Faculdade
de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, que me receberam como
aluno há 30 anos e me acolhem até os dias de hoje.
Aos Drs. Nelson José Barbano (in memorian) e Dario Mori Romani, meus
mestres, que despertaram meu interesse pela Cirurgia Geral, guiaram meu início
na especialidade, firmando meus conceitos de ética, moral e dedicação aos
doentes.
Aos Profs. Emílio Athie (in memorian), Luis Oriente (in memorian) João
Fava, Carlos Estevão Frimm, Fares Rahal, Peretz Capelhuchnik, Samir Rasslan,
Victor Pereira, Adhemar Monteiro Pacheco Junior, Armando De Cápua Junior,
Arildo de Toledo Viana, Roberto Saad Junior e Luiz Arnaldo Szutan, pelos
ensinamentos continuamente transmitidos, pela orientação na minha formação
cirúrgica e universitária.
Ao Prof. Dr. Danilo Gagliardi, pela orientação na realização deste trabalho,
apoio contínuo e acima de tudo amizade.
Aos Drs. Ary Nasi, Paulo José Pereira de Campos Carvalho e Octavio Pires
Vaz, pelos ensinamentos em manometria e pHmetria do esôfago.
Aos Profs. Drs. Gaspar de Jesus Lopes Filho, José Luis Braga de Aquino e
Antonio José Gonçalves pelas críticas e sugestões na Banca de Qualificação.
À Profa. Dra. Claudia Alessandra Eckley, amiga com quem compartilho
algumas experiências profissionais, pelas oportunas sugestões e inestimável
colaboração na redação do Abstract.
AGRADECIMENTOS
IV
Aos Drs. Mozar Horn e Celso de Castro Pochini, colegas do Grupo de
Afecções do Esôfago, que amenizaram os momentos difíceis com um convívio
agradável e construtivo.
Aos Drs. Carlos Alberto Malheiros, Rodrigo Altenfelder Silva, Armando
Angelo Casaroli e José César Assef, contemporâneos de Departamento de
Cirurgia, pelo coleguismo e apoio.
Aos Drs. Guido Lantermo, Luiz Fernando R. Moura, Carlos Roberto Puglia,
Matthias Wolfgang M. Weinstock e Reinaldo Martins de Oliveira Neto, grupo de
trabalho competente e responsável, pela colaboração e provisão.
À Sra. Ritsuko Itai (Dona Olga), funcionária do Ambulatório de Cirurgia da
Santa Casa de São Paulo há mais de 40 anos, pelo auxílio em todos os exames
de manometria e pHmetria.
À Sra. Silvana Santos pela excelência da análise estatística.
Ao Dr. Sidney Roberto Nadal, meu veterano e amigo há 30 anos, pela
revisão deste trabalho.
À Sra. Sonia Regina Fernandes Arevalo, da Biblioteca Central da Santa
Casa de Misericórdia de São Paulo, pelos trabalhos bibliográficos.
Às Sras. Celina Casagrande Federico, Sônia Regina Alves e Daniela Marini
Rolim, funcionárias da Pós - Graduação, pela paciência e compreensão.
Aos Médicos Residentes do Departamento de Cirurgia e Acadêmicos da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, objetivos da minha
formação universitária, pelo estímulo recebido.
A todos aqueles que indiretamente contribuíram para a realização deste
estudo, a minha gratidão.
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
V
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
CCC = colelitíase
cm = centímetro
DM = diabetes melito
DRGE = doença do refluxo gastroesofágico
DTNC = dor torácica não cardíaca
DTOI = dor torácica de origem indeterminada
EB = esôfago de Barrett
EDA = endoscopia digestiva alta
EE = esofagite erosiva
EIE = esfíncter inferior do esôfago
ESE = esfíncter superior do esôfago
HAS = hipertensão arterial sistêmica
Hg = Mercúrio
HH = hérnia hiatal
IMC = índice de massa corpórea
Kg = Quilograma
m = metro
mg = miligrama
ml = mililitros
mm = milímetros
mmHg = milímetros de Mercúrio
mseg = milisegundo
REEIE = relaxamento espontâneo do EIE
RGE = refluxo gastroesofágico
RLF = refluxo laringofaríngeo
seg = segundos
US = ultra-sonografia
VV = vetor volume
SUMÁRIO
VI
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................. 01
2. OBJETIVOS................................................................................................. 13
3. CASUÍSTICA E MÉTODO........................................................................... 14
3.1 Casuística..................................................................................................... 14
3.2 Método.......................................................................................................... 14
3.2.1 Técnica da manometria axial computadorizada do esôfago.................. 16
3.2.2 Técnica da pHmetria prolongada do esôfago........................................ 19
3.3 Análise estatística........................................................................................ 21
4. RESULTADOS............................................................................................. 23
4.1 Fatores que influenciaram a presença do refluxo........................................ 25
4.2 Fatores que influenciaram o padrão do refluxo............................................ 33
4.3 Fatores que influenciaram os episódios de refluxos prolongados............... 39
4.4 Correlação entre os índices de DeMeester e as variáveis estudadas......... 46
5. DISCUSSÃO................................................................................................ 54
6. CONCLUSÕES............................................................................................ 70
7. ANEXOS...................................................................................................... 71
7.1 “Solicitação de Exame” e rotina do serviço………....................................... 71
7.2 Laudo de exame de manometria axial computadorizada do esôfago.......... 73
7.3 Laudo de exame de pHmetria prolongada do esôfago................................ 80
7.4 Tabelas para comparação das variáveis estudadas entre os sexos............ 82
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 91
9. FONTES CONSULTADAS........................................................................... 103
10. RESUMO................................................................................................... 104
11. ABSTRACT................................................................................................ 105
12. APÊNDICES.............................................................................................. 106
12.1 Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa............................................. 106
12.2 Dados individuais dos doentes.................................................................. 107
INTRODUÇÃO
1
1. INTRODUÇÃO
O refluxo gastroesofágico (RGE) é caracterizado pelo retorno espontâneo
do conteúdo do estômago para o esôfago. Freqüentemente, em todos os seres
humanos, pequena quantidade de refluxo ocorre no esôfago distal, fato este que
não provoca sintoma ou sinal, sendo chamado de refluxo fisiológico.
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) foi definida pelo Consenso
Brasileiro da Doença do Refluxo Gastroesofágico como “uma afecção crônica
decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o
esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele, acarretando um espectro variável de
sintomas e/ou sinais esofagianos e/ou extra-esofagianos, associados ou não a
lesões teciduais” (Moraes Filho et al, 2002).
A DRGE tem elevada prevalência, acometendo ambos os sexos em todas
as faixas etárias. Em função dessa prevalência, tem sido uma das afecções mais
comuns nos consultórios de cirurgiões e gastroenterologistas (Johanson, 2000;
Achem et al, 2003; Mohammed et al, 2005). Freqüentemente, os sintomas têm
duração prolongada e comprometem a qualidade de vida (Coley et al, 1993).
Kulig et al (2003) publicaram os resultados de estudo multicêntrico sobre a
qualidade de vida de 6215 pacientes com diagnóstico de DRGE, utilizando
questionário específico, aplicado antes e após o tratamento com bloqueador de
bomba de prótons. Os autores concluíram que a qualidade de vida dos pacientes
antes do tratamento era significativamente limitada, equivalente à daqueles com
doença coronariana aguda. Após duas semanas de tratamento, houve melhora
importante da qualidade de vida, assemelhando-se à da população normal.
Não existem muitos estudos nacionais sobre a epidemiologia da DRGE,
entretanto é notória a recente elevação da sua prevalência (Moraes Filho et al,
2002; Nader et al, 2003; Oliveira et al, 2005).
Nader et al (2003) publicaram estudo transversal de base populacional, a
partir de 20 anos de idade, da zona urbana de Pelotas (RS). As taxas de
prevalência de pirose na amostra estudada foram de 48,2%, 32,2% e 18,2%
respectivamente para o último ano, mês e semana. A pirose estava
significativamente associada ao sexo feminino, e os autores não encontraram
associação entre a presença de pirose e a idade dos habitantes.
INTRODUÇÃO
2
Estudos na população americana mostraram que aproximadamente 7%
apresentaram pirose diária (Nebel et al, 1976). A prevalência de pirose na
população adulta dos Estados Unidos foi de 44% (Roy, Orlando, 2001).
Esta elevada prevalência da DRGE é devida a vários aspectos, entre eles,
a elevação da média de idade da população em geral, maus hábitos alimentares,
obesidade ou sobrepeso (Saeian et al, 2002; Nandurkar et al, 2004; Oliveira et al,
2005), fatores genéticos (Mohammed et al, 2002), freqüente utilização da terapia
de reposição hormonal e estresse (Mohammed et al, 2005).
O principal elemento na barreira de contenção do RGE é o esfíncter
esofágico inferior (EIE), um espessamento da musculatura circular, identificado
como uma zona de pressão elevada, de 3 a 4cm de extensão (Liebermann-
Meffert et al, 1979; Donahue, 1997). A musculatura lisa desta região anatômica é
diferente do restante da musculatura do esôfago, pois possui maior densidade de
plexos neurais (Sengupta et al, 1987), além de mitocôndrias maiores e mais
centrais (Christensen et al, 1983). Essas características determinam um
funcionamento diferente da musculatura esfincteriana no esôfago.
A pressão do EIE é determinada pela musculatura lisa e o seu relaxamento
é controlado pelo nervo vago e por fatores locais (Paterson, 1991). O Óxido
Nítrico, que atua como neurotransmissor não adrenérgico e não colinérgico,
também age no relaxamento do EIE (Sanders, Ward, 1992).
Os hormônios que aumentam o tônus muscular do EIE são a gastrina, a
substância P e a motilina. Por outro lado, a colecistocinina, a secretina, o peptídeo
intestinal vasoativo, o glucagon e a progesterona diminuem o tônus do EIE
(Nagler, Spiro, 1961; Goyal, McGuigan, 1976; Goyal et al, 1980; Diamant, 1989;
Yamashita et al, 1992).
O relaxamento transitório do EIE, também chamado de relaxamento
espontâneo do EIE (REEIE), é um fenômeno fisiológico relacionado à distensão
do fundo gástrico, que permite a ocorrência de vômitos e eructações. O REEIE é
responsável pela grande maioria dos episódios de RGE (Dodds et al, 1982; Dent
et al, 1988; Mittal et al, 1995; Grossi et al, 2001).
Vários fatores etiológicos da DRGE são conhecidos, destacando-se a
perda da integridade funcional do EIE e os episódios de REEIE. A falência dos
mecanismos de contenção do EIE ocorre quando existe fraqueza da musculatura
que causa redução da sua pressão basal, curta extensão, deslocamento do EIE
INTRODUÇÃO
3
para o tórax ou número excessivo de REEIE (Johnson, DeMeester, 1986; Mittal,
McCallum, 1988; Zaninotto et al, 1988). A combinação desses eventos é a causa
mais freqüente da DRGE (Dodds et al, 1975; Dent et al, 1988; Ogorek, Cohen,
1989; Jones et al, 2001; Kahrilas, Lee, 2005).
A separação do EIE da crura diafragmática enfraquece o mecanismo
esfincteriano, podendo criar fenômeno de dupla elevação da pressão no esôfago
distal (Kaul et al, 1990). Quando o EIE está no tórax, sua pressão é
freqüentemente abaixo da normal, pois a crura diafragmática não contribui para a
elevação da mesma, e o tórax tem pressão negativa durante as inspirações
(Mittal, McCallum, 1988).
Não está claro se a inflamação da mucosa esofágica tem influência
negativa no EIE, embora a diminuição da pressão já tenha sido observada em
animais com esofagite obtida experimentalmente (Eastwood et al, 1975; Biancani
et al, 1984). Entretanto, existem nítidas evidências de que há retardo do
esvaziamento gástrico nos pacientes com DRGE (Ogorek, Cohen, 1989; Vu et al,
1999) e interferência da motilidade gástrica sobre o funcionamento do EIE (Dent
et al, 1983). Fass et al (1994) encontraram diminuição da amplitude de contração
do esôfago distal em pacientes com esofagite. Alguns estudos também
mostraram que a correção do RGE melhora o esvaziamento gástrico (Vu et al,
1999; Bais et al, 2001).
O material que reflui do estômago para o esôfago é novamente conduzido
ao estômago por mecanismo denominado clareamento esofágico. O mecanismo é
representado pela peristalse esofágica eficaz, gravidade e deglutição de saliva
(Dent et al, 1980; Dantas et al, 2005; Kahrilas, Lee, 2005). Vários autores
demonstraram que, após um episódio de RGE, o tempo de clareamento esofágico
é maior nos pacientes com esofagite do que em indivíduos normais (Dodds et al,
1982; Sloan, Kahrilas, 1991; Dantas, Aprile, 2005; Kahrilas, Lee, 2005).
A exposição prolongada à acidez gástrica, pepsina, tripsina, assim como as
secreções alcalinas do duodeno e ácidos biliares causam dano à mucosa
esofágica. A gravidade da lesão esofágica depende das características e do
volume do material refluído, além do tempo de contato e da sensibilidade da
mucosa esofágica às substâncias refluídas (Dodds et al, 1981; Kahrilas, Lee,
2005).
INTRODUÇÃO
4
Até o estudo de Winkelstein et al, em 1935, a DRGE era considerada como
hérnia hiatal (HH). A partir daí, a esofagite causada por refluxo passou a ser
considerada o aspecto principal. A hérnia hiatal transformou-se apenas num fator
predisponente ao RGE.
A HH está presente em muitos pacientes com DRGE, principalmente
naqueles com esofagite grave (Jones et al, 2001), pois causa a ruptura anatômica
e funcional dos mecanismos fisiológicos de contenção do RGE, reduzindo a
pressão do EIE e dificultando o clareamento esofágico (Ogorek, Cohen, 1989;
Sloan, Kahrilas, 1991; Gordon et al, 2004; Kahrilas, Lee, 2005; Emerenziani et al,
2006). Outro estudo identificou RGE durante a inspiração profunda, apenas nos
pacientes com HH (Mittal, McCallum, 1988).
Outras alterações fisiopatológicas descritas na DRGE são o refluxo
duodeno - gastroesofágico e a redução da resistência da mucosa esofagiana
(Ogorek, Cohen, 1989).
O paciente portador de DRGE pode apresentar-se com os chamados
sintomas típicos, atípicos ou as complicações variadas (Richter, 1996; Johanson,
2000).
Os sintomas típicos são gastroesofágicos, caracterizados por pirose e
sensação de queimação ascendente, muitas vezes até a região cervical.
Normalmente esses sintomas pioram com refeição copiosa, com o hábito de
deitar após a refeição e com a ingestão de alimentos ácidos ou gordurosos.
Os sintomas atípicos da DRGE são a dor torácica, as alterações
respiratórias e laríngeas, sendo essas últimas também chamadas de
manifestações supra-esofágicas (Richter, 1996).
A disfagia é um sintoma que pode aparecer em diversas fases da doença,
entretanto está mais freqüentemente associada às formas avançadas de
esofagite (Werdmuller et al, 1996). Sua completa caracterização tem importância
fundamental no tratamento. Outros sintomas dispépticos podem aparecer, tais
como plenitude pós-prandial, regurgitação, eructação, soluço e sialorréia.
O aparecimento de odinofagia, dor torácica intensa ou hemorragia digestiva
alta sugere esofagite erosiva grave. A anemia por perdas sangüíneas ocultas
pode ocorrer na esofagite erosiva (EE) ou na HH volumosa (Richter, 1996).
Quando existe dor torácica, os esforços iniciais estão voltados para a
pesquisa de doença coronariana, já que esta apresenta morbidade e mortalidade
INTRODUÇÃO
5
elevadas. Uma vez afastadas as causas cardíacas, esse sintoma passa a ser
chamado de dor torácica não cardíaca (DTNC). Castell (1992) preferiu a
denominação de dor torácica de origem indeterminada (DTOI), uma vez que pode
ocorrer dor torácica cardíaca com coronárias normais, devido à doença da
microcirculação (Cannon et al, 1990).
A DTOI é de difícil diagnóstico diferencial e tem como causas mais
freqüentes as afecções do esôfago, dentre elas, a DRGE (Abrahão Jr, Lemme,
2005). DeMeester et al, em 1982, foram os primeiros a relacionar DTNC e RGE.
Por meio da pHmetria esofágica realizada em 50 pacientes com DTNC,
encontraram relação com RGE em 46% deles.
A dor torácica costuma ser espontânea e sem irradiação. Os sintomas
dispépticos estão presentes na maioria dos casos (Richter, 1996; Lemme, 2001).
Quanto aos sintomas laríngeos, Cherry, Margulies (1968) foram os
primeiros a relatar sua associação com RGE. Através de estudo contrastado, os
autores analisaram três pacientes com úlceras laríngeas sem sintomas típicos de
DRGE, identificando refluxo em todos. Koufman (1993) denominou esta
ocorrência, de refluxo laringofaríngeo (RLF), nomenclatura amplamente utilizada
na atualidade.
As manifestações otorrinolaringológicas mais freqüentes são disfonia,
tosse, pigarro e globo faríngeo. Há dificuldade em determinar a relevância desses
sintomas devido a fatores associados como fumo, ingestão de álcool ou abuso
vocal (Eckley, 2002).
Certo grau de RGE costuma ser bem tolerado pela mucosa esofágica
devido aos seus mecanismos protetores. O mesmo não acontece com as
mucosas da faringe, laringe e dos pulmões, onde pequena quantidade de material
refluído é suficiente para causar dano. Portanto, os sintomas faríngeos e
laríngeos não estão necessariamente acompanhados dos esofágicos, pois o
refluxo fisiológico para o esôfago pode provocar alterações se atingir os órgãos
supra-esofágicos (Eckley, 2002). Aproximadamente 25% dos doentes com DRGE
apresentam sintomas laríngeos (Richter, 1996).
Outros sintomas extra-esofágicos menos freqüentes são o estridor
laríngeo, a asfixia noturna, o engasgo e a disfagia alta.
Manifestações respiratórias tais como tosse seca, pneumonias de repetição
e crises de asma têm sido atribuídas à DRGE. Há maior prevalência de refluxo
INTRODUÇÃO
6
em pacientes com asma, mas é difícil a avaliação da relação entre eles. Sintomas
respiratórios de aparecimento na vida adulta, concomitantes a sintomas
digestivos, sugerem fortemente associação com DRGE.
O esôfago de Barrett (EB) é uma condição adquirida associada à DRGE,
onde há substituição, em extensão variável, do epitélio escamoso esofágico por
epitélio colunar contendo células caliciformes (Aldulaimi, et al, 1999; Sampliner,
2002). Essa substituição pode atingir o esôfago de forma circunferencial ou
através de projeções digitiformes a partir da junção escamocolunar (Rajan et al,
2001). Apesar das mudanças conceituais desde a descrição original de Barrett
(1954), que citou a substituição da mucosa esofágica por possível causa
congênita, seu nome foi mantido para denominar esta afecção.
Embora o aspecto endoscópico do EB seja característico, existe uma falsa
positividade no diagnóstico macroscópico de até 31% (Canto, 1999). Por esse
motivo é necessária a confirmação histológica do diagnóstico de EB, através da
metaplasia intestinal (Rajan et al, 2001).
A importância da metaplasia intestinal do esôfago está no risco da sua
associação com adenocarcinoma. A incidência deste tumor aumentou 70% nos
últimos 20 anos. Sua freqüência nos pacientes com metaplasia intestinal é de
aproximadamente 1%, cerca de 30 vezes maior do que o risco da população em
geral. Embora o diagnóstico de adenocarcinoma precoce em EB tenha
prognóstico favorável, a sobrevivência global desta afecção está abaixo de 50%,
cinco anos após o seu diagnóstico (Sagar et al. 1995). Já foi ressaltada a
importância do refluxo biliar (Nehra et al, 1999) e da HH (Gordon et al, 2004) no
aparecimento das alterações metaplásicas.
O primeiro exame a ser solicitado na suspeita de DRGE é a endoscopia
digestiva alta (EDA), pela qual avalia-se a mucosa esofágica, a presença de HH e
investiga-se outras afecções do tubo digestivo superior (Donahue, 1997).
O avanço tecnológico dos exames endoscópicos permitiu que o diagnóstico
da DRGE fosse além dos doentes com HH. Apesar deste avanço, muitos doentes
com DRGE não apresentam esofagite erosiva, úlcera ou esôfago de Barrett.
Esses doentes são definidos como “endoscopia negativa” ou portadores de
doença do refluxo não erosiva (Fass et al, 2001). Os métodos de avaliação
funcional do esôfago esclarecem estes casos e aumentam o espectro de
apresentação desta complexa afecção.
INTRODUÇÃO
7
A manometria e a pHmetria prolongada têm grande importância na
caracterização e diagnóstico das doenças do esôfago, além de auxiliar na
indicação do tratamento cirúrgico. Muitas informações sobre a fisiopatologia
dessas doenças e efeitos de drogas sobre o esôfago foram fornecidas por estes
exames (Meneguelli, Dantas, 2001).
O estudo manométrico do esôfago tem por objetivo avaliar a atividade
motora do órgão e a funcionalidade dos seus esfíncteres por meio da análise das
pressões intraluminares (Nasi et al, 2006). Do ponto de vista histórico, Fyke Jr. et
al, em 1956, publicaram estudo das medidas de pressão da transição
esofagogástrica. Atribuíram a localização do hiato à mudança da oscilação de
pressão com a respiração e também observaram uma zona de alta pressão de
dois ou três centímetros junto a esse ponto. Os autores relataram a queda de
pressão dessa zona com a deglutição e identificaram pela primeira vez o EIE de
maneira adequada.
Um grande aperfeiçoamento na técnica de manometria ocorreu com o
advento da infusão de água. Winans, Harris, em 1967, analisaram o EIE através
de sonda com e sem perfusão de água. Observaram que o sistema que fazia
perfusão era capaz de diferenciar o esfíncter competente do incompetente. Poope
II, em 1967, realizou o teste dinâmico da medida da força do EIE, através da
infusão constante de pequenos volumes de água nas sondas. Após essa
publicação, os estudos passaram a ser realizados da mesma forma.
Nos anos 70 a complacência do sistema foi apontada como causa de erro
do exame. Um sistema com alta complacência demoraria para elevar a pressão, a
qual não atingiria o seu verdadeiro valor. Num sistema de baixa complacência, a
medição da pressão é muito próxima da real. Arndorfer et al (1977)
desenvolveram um sistema com baixa complacência de infusão contínua de água,
que se generalizou pelos serviços de manometria e continua amplamente
utilizada até os dias de hoje.
O EIE e o esfíncter superior do esôfago (ESE) não apresentam pressão
igual em toda a sua circunferência, fenômeno denominado assimetria
esfincteriana. Essa assimetria representa a medida da variância das pressões
intra-segmentares do esfíncter, comparadas com a pressão segmentar média.
Estudo de Schneider et al (1998) em voluntários normais, demonstrou que a força
INTRODUÇÃO
8
de contração é maior no quadrante lateral esquerdo do EIE. Casos em que existe
elevada assimetria, a possibilidade de DRGE é maior (Sluss et al, 1995).
Uma maneira de avaliar a eficiência anti-refluxo global do EIE é através de
seu vetor volume (VV), calculado a partir da pressão basal, assimetria e extensão
em torno da sua circunferência (Bombeck et al, 1987). Trata-se de um gráfico
tridimensional construído a partir das pressões do esfíncter. Seu valor pode ser
calculado através de fórmulas trigonométricas na unidade mmHg2.cm. A análise
do VV fornece um único valor para ser comparado com o normal (Stein et al,
1991; Donahue, 1997).
Seis anos após a descrição do VV, Byrne et al (1993) publicaram uma
técnica mais simples de avaliação global do EIE. O chamado índice de função
esfincteriana é calculado através da multiplicação da pressão do EIE pela
porcentagem da extensão desse esfíncter no abdome, em relação a sua extensão
total. Embora mais simples, o índice de função esfincteriana é menos usado que o
VV, pois não pode ser calculado quando há HH.
Duas alterações de motilidade do corpo esofágico têm sido associadas à
DRGE: o esôfago em quebra-nozes e o distúrbio inespecífico da motilidade
esofágica (DIME), também conhecido como motilidade esofágica ineficaz.
Quando uma dessas condições é diagnosticada pela manometria, a pesquisa de
DRGE está indicada (Nasi et al, 2006).
Esôfago em quebra-nozes caracteriza-se por apresentar, no terço médio e
distal, complexos de deglutição com amplitude de contração elevada, duração
prolongada e função peristáltica normal. Os sintomas mais freqüentemente
relatados são a disfagia e a dor torácica (Nasi et al, 2006).
Motilidade esofágica ineficaz é caracterizada por contrações ineficazes do
corpo do esôfago. Apresenta alterações inespecíficas, como a redução da
amplitude das ondas do corpo esofágico e a falha na condução das ondas de
deglutição (Leite et al, 1997).
Sensores posicionados na faringe e no esfíncter, permitem a avaliação do
relaxamento do ESE e da sua coordenação com a contração da faringe. A faringe
e o ESE apresentam assimetrias circunferencial e longitudinal. O traçado normal
das pressões do ESE durante a deglutição assume a forma da letra “M”.
Inicialmente ocorre elevação de pressão, provocada pela movimentação do
INTRODUÇÃO
9
esfíncter, seguida de abrupto relaxamento de curta duração. Um novo pico de
elevação da pressão precede o retorno à pressão de repouso.
A contração da musculatura estriada do ESE é mais rápida que a
produzida pela musculatura lisa do esôfago distal, sendo necessária uma maior
velocidade de registro gráfico. Outra particularidade é a acentuada assimetria das
pressões do ESE. As maiores pressões são encontradas no eixo ântero-posterior
e as menores, no eixo lateral (Winans, 1972). A pressão de repouso é em torno
de 100mmHg no sentido antero-posterior, e 50mmHg no sentido lateral (Gerhardt
et al, 1978).
O ESE e a região da faringe diferem do corpo do esôfago em vários
aspectos que interferem na técnica de realização do exame manométrico. A
assimetria, mobilidade, rapidez dos eventos e variações individuais tornam difícil a
interpretação dos seus resultados. Por esse motivo, o videodeglutograma deve
ser utilizado para investigar os doentes com disfagia alta.
A manometria não é um método que demonstra ou quantifica o refluxo,
portanto tem indicação específica nos doentes com suspeita de DRGE. Sua
realização no pré-operatório dos pacientes com sintomas típicos serve para
avaliar a função motora do esôfago, e principalmente para diagnóstico diferencial
com outras afecções, sobretudo esclerose sistêmica progressiva e acalasia. Está
indiscutivelmente indicada nos pacientes com suspeita de DRGE que apresentam
disfagia sem estenose e para o posicionamento adequado do cateter de pHmetria
(Kahrilas, Quigley, 1996; Moraes Filho et al, 2002; Nasi et al, 2006).
A distribuição radial dos quatro canais distais da sonda e a interpretação
dos dados realizada por programas de computadores é que deu origem à
denominação atual de manometria axial computadorizada.
A pHmetria ambulatorial de 24 horas ou pHmetria esofagiana prolongada
realiza a monitorização do pH intra-esofágico em um ou mais locais. Sua análise
leva em consideração os períodos de alimentação e a posição do doente. O
exame também faz a correlação entre os sintomas e os períodos de RGE.
Na avaliação dos pacientes com DRGE, foram identificados três grupos de
acordo com o padrão do RGE patológico: 1) o grupo que refluía
predominantemente na posição em pé foi denominado refluidor ereto ou
ortostático; 2) o grupo que refluía mais freqüentemente na posição deitada foi
denominado refluidor supino e, 3) aqueles pacientes com refluxo anormal em
INTRODUÇÃO
10
ambas posições receberam a denominação de refluidores combinados ou
biposicionais (DeMeester et al, 1976).
Entre os parâmetros analisados na pHmetria, o número total de refluxos é o
dado de menor relevância, enquanto que o tempo total de acidificação esofágica é
o mais efetivo. Com o objetivo de analisar de maneira concomitante todos os
dados analisados, Johnson, DeMeester (1986) apresentaram um sistema de
pontuação, levando em consideração os valores apresentados por voluntários
normais. O número resultante do cálculo por programa de computação é
conhecido como índice de DeMeester e avalia globalmente a intensidade do RGE.
Doentes com esse índice acima de 14,72 apresentam refluxo patológico.
A principal indicação da pHmetria é o diagnóstico da DRGE nos doentes
com sintomas típicos e “endoscopia negativa”. O exame também está indicado
naqueles com sintomas atípicos, pois pode demonstrar RGE anormal ou
correlacioná-lo com o quadro clínico (DeMeester et al, 1980; Kahrilas, Quigley,
1996). A pHmetria também está indicada nos pacientes com persistência de
sintomas durante o tratamento e naqueles com recidiva pós-operatória.
DeMeester, Johnson (1976) analisaram diversos métodos diagnósticos em
pacientes com suspeita de DRGE e observaram baixa sensibilidade dos exames
radiológicos, positivos em apenas 58% daqueles com sintomas intensos. A EDA
mostrou que 56% dos pacientes apresentavam esofagite. Através da manometria
esofágica, a hipotonia do EIE foi observada em 34% dos pacientes com sintomas
típicos. Os autores estudaram 119 pacientes com a pHmetria prolongada do
esôfago e identificaram positividade de 92%. Concluíram que a pHmetria é o
melhor exame para confirmação diagnóstica da DRGE.
Com o desenvolvimento da pHmetria prolongada do esôfago, muitos
doentes com suspeita clínica de DRGE e exame endoscópico normal tiveram sua
hipótese diagnóstica confirmada, não apenas pelo diagnóstico de RGE patológico,
mas pela correlação dos sintomas com episódios de refluxo. A pHmetria tem sido
considerada um método sensível e específico para o diagnóstico da DRGE
(DeMeester, Johnson, 1976; DeMeester et al, 1980; Jamieson et al, 1992;
Kahrilas, Quigley, 1996). Entretanto, uma significativa porcentagem de doentes
com sintomas típicos apresentam EDA e pHmetria normais, por limitações do
método, problemas técnicos na realização do exame ou devido à diminuição do
RGE, causada pela presença da sonda e mudanças nos hábitos dos pacientes.
INTRODUÇÃO
11
Com o objetivo de diminuir o desconforto e as limitações da monitorização
do pH intra-esofágico, foi desenvolvido um sistema sem cateter (Bravo System)
que consiste na fixação de uma cápsula à mucosa esofágica e transferência dos
dados para o computador por radiotransmissão (Pandolfino et al, 2003;
Pandolfino, Kahrilas, 2005). A ausência de cateter nasal é mais confortável para o
doente, facilita as atividades habituais e possibilita a realização do exame por um
período de tempo mais longo (Hirano et al, 2005).
Na maioria dos casos, a DRGE é causada pelo RGE do material ácido.
Ocasionalmente, o refluxo não ácido tem sido o responsável pela doença (Balaji
et al, 2003). Já se demonstrou que os sais biliares podem potencializar a lesão
esofágica causada pelo ácido (Attwood et al, 1992), e que o refluxo misto, de
ácido e bile, é mais tóxico que o exclusivamente ácido (Nehra et al, 1999).
A avaliação do RGE não ácido, chamada de espectrofotometria, pode ser
feita pela monitorização da bilirrubina na luz esofágica (Vaezi, Richter, 1996).
Esse método pode auxiliar no diagnóstico da DRGE em casos selecionados.
Bechi et al, em 1993, descreveram a técnica ambulatorial prolongada para
detectar RGE não-ácido, baseada no uso de sensor de fibra ótica que utiliza as
propriedades óticas da bile. Barrett et al (2000) desenvolveram o “probe” de fibra
ótica (Bilitec 2000®) que mede a propriedade de absortância do fluido em relação
ao feixe de luz emitido. Quanto maior a quantidade de bilirrubina no líquido, maior
será a absortância.
O posicionamento da sonda no esôfago é semelhante ao do cateter de
pHmetria e, se houver refluxo biliar significativo ocorrerá o registro pela
espectrofotometria (Felix, Viebig, 2003).
O exame tem como uma das principais limitações a interferência da
alimentação na leitura ótica, falsamente interpretada como bilirrubina. Daí a
importância de uma rígida dieta durante a realização do método, para maior
fidelidade do resultado (Bechi et al, 1993; Barrett et al, 2000; Felix, Viebig, 2003).
A sensibilidade “in vitro” do Bilitec é excelente, entretanto a sensibilidade “in vivo”
é menos confiável (Barrett et al, 2000).
Desta forma os portadores de DRGE, provocada por RGE não ácido, foram
estudados de maneira mais adequada e sua doença compreendida. O espectro
de apresentação da DRGE tornou-se ainda maior.
INTRODUÇÃO
12
A cintilografia para a pesquisa de RGE consiste na monitorização do
esôfago após ingestão de substância marcada com Tecnécio. É um método não
invasivo, bem tolerado pelos doentes, cuja principal indicação é o diagnóstico da
DRGE em crianças (Moraes Filho et al, 2002).
O método de diagnóstico mais avançado da DRGE é a impedanciometria
elétrica intraluminal múltipla, que avalia o transporte do bolo alimentar em
diferentes partes do esôfago. Foi desenvolvida para detectar refluxo, com ou sem
acidez, além de suas características físicas: líquida, gasosa ou mista (Fass et al,
1994; Balaji et al, 2003; Park, Vaezi, 2005).
As principais indicações da impedanciometria são a suspeita clínica de
DRGE não comprovada pela pHmetria, a suspeita de refluxo não ácido em
pacientes com gastrectomia prévia ou gastrite atrófica e a persistência de
sintomas típicos ou atípicos, a despeito do uso adequado de medicação anti-
secretora (Park, Vaezi, 2005).
As poucas limitações da monitorização da impedância intra-esofágica
incluem a complexidade da interpretação dos traçados e a escassez de
informações dos seus resultados (Park, Vaezi, 2005).
O método encontra-se em estudos preliminares e, seguramente com
grande potencial para o futuro (Nguyen et al, 1999). Deverá fornecer
conhecimento ainda maior das manifestações da DRGE e dados importantes
sobre sua fisiopatologia (Fass et al, 1994; Balaji at al, 2003).
Como já enfatizado, a prevalência da DRGE vem aumentando. Desta
forma, acreditamos que seja importante o diagnóstico correto da afecção, assim
como a caracterização dos diversos fatores que interferem no RGE para o seu
adequado tratamento.
Ao avaliar um paciente com DRGE, os fatores anatômicos, fisiológicos e
constitucionais que podem apresentar algum valor devem ser avaliados de
maneira sistemática, pois a incapacidade de reconhecer algumas exceções pode
comprometer o sucesso do tratamento (Donahue, 1997).
Assim sendo, consideramos relevante a análise dos aspectos clínicos e de
diagnóstico nos pacientes com suspeita clínica de DRGE, como também dos
fatores que influenciam o refluxo nos doentes após comprovação diagnóstica.
OBJETIVOS
13
2. OBJETIVOS
O presente estudo tem como objetivos analisar:
1) Os aspectos clínicos, ultra-sonográficos, endoscópicos, manométricos e os
dados da pHmetria prolongada do esôfago nos pacientes com sintomas típicos da
DRGE.
2) Os fatores clínicos e de diagnóstico que influenciam o padrão do refluxo nos
pacientes com DRGE, diagnosticada pela pHmetria prolongada do esôfago.
3) Os fatores clínicos e de diagnóstico que influenciam a intensidade do RGE
medida pelo índice de DeMeester, nos pacientes com DRGE diagnosticada pela
pHmetria prolongada do esôfago.
CASUÍSTICA E MÉTODO
14
3. CASUÍSTICA E MÉTODO
3.1 Casuística
No período compreendido entre 5 de janeiro de 1998 e 9 de janeiro de
2003, 251 pacientes com sintomas típicos da DRGE foram avaliados no
Ambulatório do Grupo de Afecções do Esôfago e no Serviço de Fisiologia do
Aparelho Digestório do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em
Seres Humanos da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
(Apêndice 1).
Todos os pacientes apresentavam como queixa principal pirose e / ou
sensação retrosternal de refluxo ascendente, considerados sintomas típicos da
DRGE. Considerou-se pirose o sintoma de queimação retrosternal.
Os pacientes foram submetidos à avaliação cardiológica no Departamento
de Clínica Médica através de exame clínico e, exames complementares quando
indicados.
Neste estudo foram excluídos os pacientes com outras afecções
esofágicas, esclerose sistêmica progressiva, cardiopatias, coronariopatias,
portadores de doença de Chagas ou submetidos à cirurgia gastroesofágica.
Dos 251 pacientes estudados, 79 (31,5%) eram homens e 172 (68,5%),
mulheres. A idade variou de 15 a 80 anos, com média de 51,8 anos.
3.2 Método
Analisamos os seguintes dados clínicos: sexo, idade, tempo de história dos
sintomas e condições associadas (doenças clínicas e vícios).
Todos os 251 pacientes com suspeita de DRGE foram submetidos à ultra-
sonografia (US) abdominal superior, exame realizado no Serviço de Diagnóstico
por Imagem da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Este método analisou a
presença de colelitíase (CCC), colecistectomia prévia e outras afecções
abdominais.
CASUÍSTICA E MÉTODO
15
O exame de EDA foi realizado no Serviço de Endoscopia Peroral da Santa
Casa de Misericórdia de São Paulo, conforme padronização descrita a seguir.
No dia da marcação do exame, os pacientes foram orientados a
comparecer na data agendada com acompanhante adulto e em jejum de no
mínimo oito horas. As medicações indispensáveis foram mantidas.
Os pacientes foram admitidos no Serviço de Endoscopia, submetidos à
punção venosa e medicados com Benzodiazepínico (0,1 a 0,3mg/Kg); Midazolan
(0,035 a 0,05mg/Kg); Petidina 50 a 100mg e N-Butil Escopolamina 20mg (se
necessário). Lidocaína foi borrifada na orofaringe, cerca de 10 vezes. Os
aparelhos utilizados foram fibroendoscópios com canal operatório de 2,8mm que
introduzidos pelo óstio esofágico, possibilitaram o estudo seqüencial do esôfago,
estômago e duodeno.
A EDA foi realizada para avaliar a presença e o tamanho de HH; assim
como os aspectos macroscópicos da mucosa esofágica. Foi considerada HH o
deslocamento proximal do estômago através do hiato esofágico, independente do
tamanho. Nos portadores de EE, utilizamos a classificação macroscópica de
Savary – Miller (1978), apresentada a seguir:
Grau 1: Lesão sob a forma de erosão simples ou exsudativa, oval ou linear,
comprometendo apenas uma prega longitudinal do esôfago.
Grau 2: Lesões múltiplas sob a forma de erosões simples ou exsudativas, não
circulares, comprometendo mais de uma prega longitudinal do esôfago, com ou
sem confluência.
Grau 3: Lesões exsudativas ou erosões circulares.
Grau 4: Lesões crônicas: úlcera(s), estenose(s) ou esôfago curto. Estas lesões
podem estar isoladas ou associadas com lesões de grau 1, 2 ou 3.
Grau 5: Ilhas, prolongamentos digitiformes ou distribuição circunferencial do
epitélio de Barrett. Estes achados podem estar isolados ou associados com
lesões de grau 1 a 4.
Para análise estatística, a ausência de EE foi classificada como grau 0.
Considerou-se “esôfago de Barrett” apenas aquele com epitélio de aspecto
sugestivo, cujo diagnóstico foi confirmado pelo exame anatomopatológico da
biopsia endoscópica.
Durante a admissão dos pacientes no Serviço de Fisiologia do Aparelho
Digestório, os dados contidos na solicitação de exame (Anexo 1) foram
CASUÍSTICA E MÉTODO
16
verificados e os resultados dos exames complementares conferidos com o
prontuário.
O peso e a altura dos doentes foram registrados no dia da realização do
exame de manometria (Anexo 2) e o índice de massa corpórea (IMC), também
chamado de índice de Quetelet, foi calculado pela fórmula:
IMC = peso(Kg) / altura(m)2
A manometria axial computadorizada, conforme a rotina do serviço descrita
em detalhes por Corsi, Gagliardi (2001), e a pHmetria prolongada do esôfago
foram realizadas conforme descrição técnica a seguir.
3.2.1 Técnica da manometria axial computadorizada do esôfago
O exame constou de três etapas, a saber: 1) orientação e preparo do
paciente (realizados desde o momento do agendamento do exame); 2) passagem
da sonda e, 3) medida das pressões do esôfago (EIE, corpo esofágico, ESE e sua
relação com a contração da faringe).
As medicações que poderiam alterar o resultado dos exames, como
procinéticos, bloqueadores H2 e inibidores de bomba de prótons, foram
suspensas 10 dias antes do exame. Os medicamentos sintomáticos, mesmo que
utilizados de maneira descontínua, também foram interrompidos. Manteve-se
apenas os tratamentos indispensáveis aos pacientes com doenças crônicas.
Realizamos a manometria esofágica com o doente em jejum de no mínimo
oito horas e sem sedação, pois é necessária sua colaboração. O conforto e a
constante informação sobre todas as manobras foram indispensáveis, para que o
doente cooperasse de maneira adequada. Comunicou-se ao doente o objetivo do
exame e a maneira detalhada de realizá-lo.
A calibração do aparelho foi realizada, antes de cada exame, conforme as
especificações do fabricante (Synetics Medical Inc. - Suécia). Após a passagem
da sonda, procedeu-se à “calibração do paciente”.
O paciente foi confortavelmente sentado e a informação quanto à eventual
existência de obstrução nasal determinou a narina a ser escolhida. A narina e a
nasofaringe foram submetidas à anestesia tópica com gel aspirado pelo doente.
CASUÍSTICA E MÉTODO
17
A extremidade do cateter foi lubrificada com pequena quantidade de
lidocaína geléia e introduzida lentamente na narina pérvia, com a ponta angulada
para baixo. Quando o paciente sentia o cateter na parte posterior da faringe, a
introdução era interrompida e o pescoço fletido anteriormente, facilitando a
progressão da sonda para o esôfago.
Após atingir o esôfago, a sonda foi introduzida até 60cm da narina e aí
mantida temporariamente. Colocou-se o doente na posição supina e acionou-se a
bomba de infusão de água. O doente permaneceu deitado até o final do exame
para eliminar a interferência da gravidade, e também porque os valores normais
foram obtidos nessa posição.
A elevação da pressão durante a inspiração confirmou que a sonda estava
locada no estômago abaixo do diafragma. Procedeu-se a “calibração do
paciente”, considerando-se zero a pressão intragástrica registrada nesse
momento, independentemente do valor da pressão exercida sobre a sonda.
O exame foi realizado através da mobilização da sonda introduzida no
estômago em direção à faringe, registrando-se respectivamente as pressões
esofágicas do esfíncter inferior, corpo esofágico, esfíncter superior e faringe.
Iniciou-se o exame com os quatro orifícios axiais distais da sonda dentro do
estômago, obtendo-se um traçado relativamente plano, com discreta elevação da
pressão durante a inspiração. A sonda foi tracionada de maneira estacionária
(station pull-through), com intervalos de 1cm e registrou-se a pressão durante três
ou quatro movimentos respiratórios.
A elevação da pressão basal foi considerada como início do EIE. Quando
não havia interrupção entre o aumento da oscilação de pressão provocada pelo
diafragma nos movimentos respiratórios e a elevação da pressão basal, a
oscilação inicial foi também considerada como EIE. A pressão basal do EIE foi
medida a partir da pressão gástrica até a pressão respiratória média.
Os valores das pressões e de outros parâmetros do EIE considerados
normais estão representados no Quadro 1 (Richter et al, 1987; DeMeester,
Costantini, 1995).
Quadro 1. Parâmetros normais do esfíncter inferior do esôfago. Pressão respiratória média 24,4 ± 10,1mmHg Vetor volume 5.723 ± 843mmHg2.cm Extensão global 3,7 ± 0,2cm
CASUÍSTICA E MÉTODO
18
A sonda foi posicionada com os orifícios na zona de pressão elevada e a
deglutição estimulada com 5ml de água, à temperatura ambiente, introduzida na
boca do paciente com o auxílio de uma seringa. Consideramos relaxamento
adequado a queda da pressão basal do EIE ao nível da pressão gástrica.
Durante à tração cranial da sonda, considerou-se como a borda proximal
do EIE o ponto onde a pressão basal caiu abaixo da pressão intragástrica.
Calculou-se então, o tamanho do esfíncter em centímetros.
A análise do VV do EIE foi realizada posicionando-se os quatro orifícios
axiais distais da sonda dentro do estômago, tracionando-se 1cm a cada 10seg,
através de toda a zona de pressão elevada. O mesmo procedimento foi repetido
três vezes.
Um traçado gráfico tridimensional foi construído a partir das pressões do
EIE. O valor do VV foi calculado pelo programa de computação, através de
fórmulas trigonométricas na unidade mmHg2.cm.
Os registros manométricos do corpo do esôfago avaliaram a duração e a
intensidade das suas contrações. A sonda foi posicionada com um orifício distal
3cm acima da borda proximal do EIE. Os outros orifícios, distribuídos a cada 5cm,
ficaram posicionados nas porções mais proximais do esôfago. No mínimo outros
dois orifícios avaliaram as pressões ao longo do corpo esofágico. Analisamos dez
deglutições úmidas (5ml de água cada), com intervalo médio de 30seg, conforme
padronização proposta por DeVault et al (1987). Para a análise utilizou-se a
média dos valores obtidos.
Na posição de 3cm acima da borda proximal do EIE, a média da amplitude
das deglutições foi calculada e expressa em milímetros de Mercúrio (mmHg).
Considerou-se normal o valor de 109 ± 45mmHg (Schneider et al, 1998).
A avaliação manométrica do ESE incluiu a pressão basal, o relaxamento e
a sua coordenação com a contração da faringe. O cateter foi posicionado na
borda proximal do ESE, onde permaneceu por 15 a 20seg antes de se iniciar os
registros. Um orifício proximal foi utilizado para a análise da coordenação com a
faringe durante cinco deglutições espontâneas.
Os parâmetros manométricos considerados normais para o ESE estão
representados no Quadro 2.
CASUÍSTICA E MÉTODO
19
Quadro 2: Parâmetros normais do esfíncter superior do esôfago. Pressão de repouso 73 ± 29mmHg Pressão residual -0,7 ± 3,7mmHg Duração total do relaxamento 561 ± 74mseg
Os dados obtidos pela manometria do esôfago foram: extensão do EIE,
pressão de repouso do EIE, VV, relaxamento do EIE, pressão de contração do
corpo esofágico distal, pressão de repouso e relaxamento do ESE.
O laudo de um exame completo da manometria axial computadorizada do
esôfago, conforme habitualmente realizado no Serviço de Fisiologia do Aparelho
Digestório, está representado no Anexo 2.
3.2.2 Técnica da pHmetria prolongada do esôfago
A pHmetria prolongada do esôfago foi realizada com o doente internado
por 24 horas, alguns dias após a realização do exame de manometria axial
computadorizada do esôfago.
Para o paciente foram explicados os detalhes sobre a passagem da sonda
e a necessidade do seu comportamento semelhante ao habitual. Também
ressaltou-se a importância da anotação em impresso padronizado dos horários
das refeições e dos períodos de tempo em que permaneceu deitado.
Após jejum de 8 horas, iniciou-se a anestesia tópica numa das narinas com
lidocaína geléia, de maneira semelhante aquela empregada para a manometria.
Procedeu-se à introdução do cateter (calibre de 2,1mm) com um eletrodo distal de
Antimônio, capaz de produzir corrente elétrica na presença de pH ácido. Quando
necessário, ofereceu-se pequena quantidade de água para ser deglutida,
facilitando a passagem da sonda.
Baseado no resultado da manometria do esôfago, posicionou-se o cateter
de pHmetria 5cm acima da borda superior do EIE. A fixação da sonda na narina
era realizada imediatamente, com o uso de fita adesiva.
A sonda também possuía um eletrodo de referência que foi afixado com fita
adesiva na pele anterior do tórax. A outra extremidade do cateter foi conectada ao
aparelho de registro portátil para monitorização do pH intra-esofágico, também
chamado pHmetro (Digitrapper MkIII - Synetics Medical Inc., Suécia), que
CASUÍSTICA E MÉTODO
20
informou no visor o valor do pH a cada momento e a hora. O horário do início do
exame era anotado para orientar a retirada do aparelho no dia seguinte.
O aparelho era afixado a tiracolo com dispositivo próprio e o doente
encaminhado à enfermaria. O Serviço de Enfermagem, habituado ao
procedimento, auxiliou a anotação dos eventos, sempre que necessário.
Após as 24 horas de exame, o visor do pHmetro mostrou a mensagem
“End of recording” indicando a interrupção do registro. O aparelho era retirado e
conectado ao computador para análise dos dados. As informações registradas
pelo paciente também foram inseridas no computador.
Considerou-se RGE toda vez que o pH registrado pelo aparelho atingiu
nível inferior a 4.
Os dados obtidos através da pHmetria prolongada do esôfago foram:
número total de episódios de refluxo, número total de episódios prolongados de
refluxo (superior a cinco minutos) e porcentagem de tempo de refluxo,
considerando-se as posições ortostática, supina e combinada. Também foi
calculado, pelo programa de computação, o índice de DeMeester, pontuação que
considera todos os parâmetros acima descritos (Johnson, DeMeester, 1986).
Os valores considerados como normais estão apresentados no Quadro 3
(Johnson, DeMeester, 1986; Schindlbeck et al, 1991; Jamieson et al, 1992;
Anggiansah et al, 1993).
Quadro 3: Parâmetros normais para a pHmetria prolongada do esôfago. Porcentagem de tempo total de refluxo 4,5% Porcentagem de tempo de refluxo supino 3,2% Porcentagem de tempo de refluxo ortostático 8,4% Índice de DeMeester < 14,72
No presente estudo, diagnosticou-se RGE patológico quando o índice de
DeMeester esteve acima do normal. De acordo com a porcentagem do tempo de
refluxo os doentes portadores de DRGE foram classificados como refluxo
patológico supino, ortostático ou combinado.
Após os resultados da pHmetria prolongada do esôfago analisou-se
separadamente, no grupo de pacientes com diagnóstico confirmado de DRGE, os
fatores que influenciaram o padrão (ortostático, supino ou combinado) e a
intensidade do refluxo.
CASUÍSTICA E MÉTODO
21
O laudo de um exame completo de pHmetria prolongada do esôfago,
conforme habitualmente realizado no Serviço de Fisiologia do Aparelho Digestivo,
está representado no Anexo 3.
Todos os dados individuais dos pacientes estudados encontram-se no
Apêndice 2.
3.3 Análise estatística
Os dados obtidos neste estudo originaram valores médios ou freqüências,
que foram comparados enfatizando-se como variáveis independentes o sexo dos
pacientes, a presença de RGE, o padrão de RGE e episódios de refluxos
prolongados.
Como variáveis dependentes, os seguintes dados clínicos e endoscópicos
foram avaliados: idade, tempo de história dos sintomas, etilismo, tabagismo,
hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes melito (DM), IMC, CCC,
colecistectomia prévia, presença e tamanho da HH, presença e intensidade da EE
e a presença de esôfago de Barrett.
Também foram variáveis dependentes os achados da manometria axial
computadorizada (extensão, pressão e VV do EIE; pressão de contração do corpo
do esôfago distal e pressão do ESE) e da pHmetria prolongada do esôfago
(número de episódios de refluxo, número de refluxos prolongados e porcentagem
de tempo ácido - total, nos padrões ortostático, supino ou combinado).
Os valores relativos aos índices de DeMeester foram também considerados
variáveis independentes quando correlacionados com os demais parâmetros
estudados.
Quando analisadas as variáveis independentes "sexo" e "presença de
RGE", foram estudados os dados de todos os 251 pacientes que compuseram a
amostra inicial. Nas demais variáveis independentes (padrão do RGE, episódios
de refluxos prolongados e índices de DeMeester), foram analisados os dados dos
pacientes cujo diagnóstico de DRGE tinha sido confirmado pela pHmetria.
Para a comparação dos dados expressos em valores médios, empregou-
se, inicialmente, a Estatística F, no sentido de avaliar eventual diferença nas
variâncias destes valores. As médias e desvios-padrão propriamente ditos foram
CASUÍSTICA E MÉTODO
22
comparados pelo Teste t de Student, considerando-se a variância igual ou
desigual das amostras.
No caso de variâncias desiguais entre as médias apresentadas pelas
amostras e de valores de t indicativos de tendência do fenômeno ocorrer, adotou-
se ainda, o Teste da Mediana (freqüências maiores ou menores do que a
mediana da amostra total), que consiste em estatística não paramétrica, útil para
a análise de dados com variâncias desiguais entre médias.
Para a comparação de dados expressos em freqüências, empregou-se a
Prova do χ2, que é a prova estatística de escolha para a análise de dados que se
apresentam em freqüências de fenômenos a serem comparados.
Por fim, para o estudo da correlação dos índices de DeMeester com
variáveis expressas igualmente em valores numéricos, foi empregada a Prova de
Correlação de Pearson.
Adotou-se probabilidade de 95% (p < 0,05) para rejeição da hipótese de
nulidade, e os valores estatisticamente significativos foram apresentados em
negrito nas tabelas.
RESULTADOS
23
4. RESULTADOS
Dos 251 pacientes estudados, 79 (31,5%) eram homens e 172 (68,5%),
mulheres. Houve predominância significativa de mulheres (χ2 = 34,45 p < 0,05).
Dada essa diferença, nas tabelas estatísticas do Anexo 4 (Tabelas 58 a 80) estão
apresentados os dados que caracterizam esta amostra de pacientes, distribuídos
em relação ao sexo.
A idade variou de 15 a 80 anos. A média de idade foi de 51,8 + 13,3 anos
(49,6 + 15,3 anos para os homens e 52,8 + 12,3 anos para as mulheres) (Tabela
58).
O tempo médio de história dos sintomas foi de 60,5 + 60,4 meses (49,8 +
59,6 para os homens e 64,7 + 60,4 meses para as mulheres) (Tabela 59).
HAS foi observada em 64 doentes (25,5%) e DM em quatro pacientes
(1,6%). Com relação aos hábitos e vícios, 24 pacientes (9,5%) eram tabagistas e
nove pacientes (3,6%) eram etilistas (Tabela 60).
O IMC para as mulheres foi em média 28,18 + 4,90Kg/m2 e para os
homens foi 25,89 + 4,16Kg/m2. Para a amostra como um todo, a média do IMC foi
de 27,46 + 4,81Kg/m2 (Tabela 61).
O exame de US abdominal superior diagnosticou CCC em 23 doentes
(9,2%), mais freqüente nas mulheres (20 casos - 11,6%) do que nos homens (três
casos - 3,8%). Em 21 pacientes (8,4%), a colecistectomia havia sido realizada
previamente. A ocorrência de “colecistectomia prévia” foi mais freqüente nas
mulheres (20 casos - 11,6%) do que nos homens (um caso - 1,3%).
HH estava presente em 177 pacientes (71,0%), com tamanho médio de
3,0cm (Tabela 62). EE de diversas intensidades foi encontrada em 168 pacientes
(66,9%) e os graus 3 e 5 foram significativamente mais freqüentes nos homens
(7,6% e 15,2%, respectivamente) do que nas mulheres (1,8% e 6,4%,
respectivamente). EB foi diagnosticado em 23 casos (9,2%), significativamente
mais freqüente entre os homens 12 / 79 casos (15,2%) do que entre as mulheres
11 / 172 casos (6,4%) (Tabela 63).
A presença da associação de HH com EE foi observada em 131 pacientes
(52,3%). Apenas 37 pacientes (14,7%) não apresentavam HH ou EE (Tabela 6).
Quanto à manometria, o valor médio relativo à extensão do EIE foi 2,6 cm,
sendo que 132 pacientes (52,6%) apresentaram EIE menor que 3cm (Tabela 64).
RESULTADOS
24
A pressão média do EIE foi 18,9mmHg e 46 pacientes (18,3%) apresentaram
pressão abaixo de 14mmHg (Tabela 65). O valor médio do VV foi
3.221,6mmHg2.cm (Tabela 66). Nenhum doente apresentou alteração no
relaxamento do EIE à deglutição de água.
A média da amplitude de contração do esôfago distal, medida 3cm acima
da borda proximal do EIE, mostrou-se significativamente maior para as mulheres
(99,7mmHg) do que para os homens (83,7mmHg) (Tabela 67). Não houve
nenhum caso de aperistalse do esôfago.
As médias das pressões do ESE foram semelhantes para homens e
mulheres (Tabela 68). Nenhum doente apresentou deficiência do relaxamento do
ESE ou incoordenação com a faringe.
À pHmetria prolongada do esôfago, a média do número de refluxos foi
significativamente maior para os homens (47,9) do que para as mulheres (40,6)
(Tabela 69). A média do número de refluxos prolongados foi de 4,6 para a
amostra como um todo, e o Teste t de Student não mostrou diferença significativa
entre os sexos. Todavia, o Teste da Mediana indicou que o número total de
refluxos prolongados foi significativamente maior para os homens (5) do que para
as mulheres (3) (Tabela 70).
Não houve diferença estatisticamente significativa entre os sexos com
relação aos valores médios: da porcentagem de tempo ácido total (8,4%) (Tabela
71), do número de refluxos supinos (10,7) (Tabela 72), do número de refluxos
prolongados supinos (2,1) (Tabela 73), da porcentagem de tempo ácido supino
(8,2%) (Tabela 74), do número de refluxos ortostáticos (32,6) (Tabela 75), do
número de refluxos prolongados ortostáticos (2,5) (Tabela 76), nem da
porcentagem de tempo ácido ortostático (8,3%) (Tabela 77).
Em 175 pacientes (69,7%), o índice de DeMeester mostrou-se anormal,
isto é, apresentaram RGE patológico ao exame de pHmetria e, 76 (30,3%)
tiveram refluxo fisiológico (Tabela 78). As médias dos índices de DeMeester não
mostraram diferenças significativas entre homens e mulheres (Tabela 79).
Entre os 83 doentes que não apresentaram EE, 45 (54,2%) tinham refluxo
patológico à pHmetria. Dos 37 pacientes sem EE ou HH, 18 (48,7%)
apresentavam refluxo patológico (Tabela 6).
RESULTADOS
25
Entre os 175 pacientes com DRGE, 37 (21,1%) doentes apresentaram
porcentagem total de tempo de refluxo acima de 16% e foram considerados como
portadores de RGE patológico intenso.
Conforme o padrão de refluxo, considerando-se o total de 175 pacientes
com refluxo patológico, 88 (50,3%) tiveram refluxo patológico combinado; 58
pacientes (33,1%) tiveram refluxo supino e 29 (16,6%) tiveram refluxo na posição
ortostática (Tabela 80).
4.1 Fatores que influenciaram a presença do refluxo (n = 251)
No estudo dos fatores que influenciaram a presença do refluxo (Tabelas 1
a 17 e 78), observamos que:
a) a média de idade foi significativamente maior nos os pacientes com refluxo
patológico (55 anos) do que naqueles sem refluxo patológico (48 anos) (Tabela
1);
b) pacientes com HH e EE apresentaram refluxo patológico com freqüência
significativamente maior (58,9%) (Tabela 6);
c) pacientes com EE em diferentes intensidades mostraram freqüência
significativamente maior da presença de refluxo patológico (Tabela 7);
d) pacientes com refluxo patológico mostraram média do tamanho da HH (2,4cm)
significativamente maior do que aqueles com refluxo fisiológico (1,5cm) (Tabela
8);
e) os valores médios relativos à extensão do EIE, à pressão do EIE e ao VV foram
significativamente menores nos pacientes com refluxo (Tabelas 9, 11 e 13).
f) os pacientes com extensão do EIE menor que 3cm apresentaram freqüência
significativamente maior de refluxo patológico (Tabela 10).
Não houve diferença nas demais variáveis estudadas (sexo, tempo de
história, tabagismo, etilismo, HAS, DM, IMC, achados ultra-sonográficos, pressão
de contração do esôfago distal e pressão do ESE) quando comparados pacientes
com e sem refluxo patológico (Tabelas 2, 3, 4, 5, 12, 14, 15, 16, 17 e 78).
RESULTADOS
26
TABELA 1. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à idade dos pacientes
distribuídos de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Idade (anos) Sem refluxo Com refluxo Total Mínima 15 22 15 Máxima 78 80 80 Mediana 48 55 52,5 Média 47,5 53,6 51,8 Desvio-padrão 13,2 13,0 13,3 Variância 173,4 169,7 177,8 Estatística F p = 0,8920 t de Student t = 0,0003
TABELA 2. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao tempo de história
dos sintomas (em meses) dos pacientes distribuídos de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Tempo de história dos sintomas (meses)
Sem refluxo Com refluxo Total
Mínima 1 2 1 Máxima 300 240 300 Mediana 36 36 36 Média 57,5 61,2 60,5 Desvio-padrão 59,9 60,7 60,4 Variância 3596,6 3692,9 3652,0 Estatística F p = 0,9133 t de Student t = 0,0664 Teste da mediana χ
2 = 13,34
RESULTADOS
27
TABELA 3. Distribuição dos pacientes de acordo com a presença ou não de refluxo
patológico conforme presença ou ausência de condições associadas (n=251)
Condições associadas Sem refluxo Com refluxo Total
n % n % n % Tabagismo - Presente 7 9,2 17 9,7 24 9,6 - Ausente 69 90,8 158 90,3 227 90,3 - Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 0,12 p = 0,7290 Etilismo - Presente 2 2,6 7 4,0 9 3,6 - Ausente 74 97,4 168 96,0 242 96,4 - Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 0,83 p = 0,3622 Hipertensão arterial sistêmica
- Presente 21 27,6 43 24,6 64 25,5 - Ausente 55 73,4 132 75,4 187 74,5 - Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 0,12 p = 0,7290 Diabetes melito - Presente 1 1,3 3 1,7 4 1,6 - Ausente 75 98,7 172 98,3 247 98,4 - Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 0,60 p = 0,4385
TABELA 4. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao índice de massa
corpórea (IMC) dos pacientes distribuídos de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
IMC (Kg/m2) Sem refluxo Com refluxo Total Mínima 18,25 16,80 16,80 Máxima 39,45 47,97 47,97 Mediana 26,64 27,51 27,46 Média 27,01 27,65 27,46 Desvio-padrão 4,50 4,93 4,81 Variância 20,50 24,37 23,19 Estatística F p = 0,3958 t de Student t = 0,3435
RESULTADOS
28
TABELA 5. Distribuição dos pacientes de acordo com a presença ou não de refluxo
patológico conforme os achados do exame de ultra-som abdominal superior (n=251)
Achados ultra-sonográficos
Sem refluxo Com refluxo Total
n % n % n % Colelitíase - Presente 8 10,5 15 8,6 23 9,2 - Ausente 68 89,5 160 91,4 228 90,8 - Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 0,06 p = 0,8064 Colecistectomia prévia - Sim 7 9,2 14 8,0 21 8,4 - Não 69 90,8 161 92,0 230 91,6 - Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 0,00 p = 1,0000
TABELA 6. Distribuição dos pacientes de acordo com a presença ou não de refluxo
patológico conforme a presença associada ou não de hérnia hiatal e esofagite (n=251)
Hérnia hiatal e/ou esofagite Sem refluxo Com refluxo Total
n % n % n % Sem hérnia sem esofagite 19 25,0 18 10,3 37 14,7 Com hérnia sem esofagite 19 25,0 27 15,4 46 18,3 Sem hérnia com esofagite 10 13,1 27 15,4 37 14,7 Com hérnia e com esofagite 28 26,9 103 58,9 131 52,3 Total
76
100,0
175
100,0
251
100,0
Prova do χ2 χχχχ
2 = 15,53 p = 0,002
RESULTADOS
29
TABELA 7. Distribuição dos pacientes de acordo com a presença ou não de refluxo
patológico conforme achados endoscópicos (n=251)
Achados endoscópicos
Sem refluxo Com refluxo Total
n % n % n % Hérnia hiatal - Presente 48 61,8 129 73,1 177 71,0 - Ausente 28 38,2 46 26,9 74 29,0
- Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 3,76 p = 0,0524
Intensidade da esofagite - 0 38 50,0 45 25,7 83 33,1 - 1 28 36,8 81 46,3 109 43,4 - 2 2 2,6 19 10,8 21 8,4 - 3 2 2,6 7 4,0 9 3,6 - 4 1 1,3 5 2,9 6 2,4 - 5 5 6,7 18 10,3 23 9,1
- Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χχχχ
2 = 16,45 p = 0,0056
Esôfago de Barrett - Presente 5 6,6 18 10,3 23 9,1 - Ausente 71 93,4 157 89,7 228 90,9
- Total 76 100,0 175 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 1,37 p = 0,2418
TABELA 8. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao tamanho da hérnia
hiatal dos pacientes distribuídos de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Tamanho da hérnia hiatal (cm)
Sem refluxo Com refluxo Total
Mínimo 1 1 1 Máximo 5 10 10 Mediana 2 2 3 Média 1,5 2,4 3,0 Desvio-padrão 1,4 2,0 1,6 Variância 2,1 4,1 2,4 Estatística F p = 0,0016 t de Student t = 0,0001 Teste da mediana χχχχ
2 = 10,24
RESULTADOS
30
TABELA 9. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à extensão do esfíncter
inferior do esôfago (EIE) dos pacientes distribuídos de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Extensão do EIE (cm) Sem refluxo Com refluxo Total Mínima 1 1 1 Máxima 6 6 6 Mediana 3 2 2 Média 3 2,5 2,6 Desvio-padrão 1,2 1,1 1,1 Variância 1,4 1,2 1,3 Estatística F p = 0,3709 t de Student t = 0,0007
TABELA 10. Distribuição das freqüências relativas aos valores normais e anormais da
extensão do esfíncter inferior do esôfago (EIE) dos pacientes conforme a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Extensão do EIE Pacientes sem refluxo Pacientes com refluxo Total N % N % N % Normal (>3cm) 47 62,0% 72 41,0% 119 47,0% Anormal (<3cm) 29 38,0% 103 59,0% 132 53,0% Total 76 100,0% 175 100,0% 251 100,0%
1 grau de liberdade - Qui-quadrado crítico: 3,84 - Qui-quadrado calculado: 8,44 - p = 0,0036 TABELA 11. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão do
esfíncter inferior do esôfago (EIE) dos pacientes distribuídos de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Pressão do EIE (mmHg) Sem refluxo Com refluxo Total
Mínima 8 4 4 Máxima 41 38 41 Mediana 21 18 19 Média 20,6 18,2 18,9 Desvio-padrão 6,2 5,7 5,9 Variância 38,6 33,0 35,8 Estatística F p = 0,4022 t de Student t = 0,0037
RESULTADOS
31
TABELA 12. Distribuição das freqüências relativas aos valores normais e anormais da
pressão do esfíncter inferior do esôfago (EIE) dos pacientes conforme a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Pressão do EIE Pacientes sem refluxo Pacientes com refluxo Total N % N % N % Normal (>14mmHg) 67 88,0% 138 79,0% 205 82,0% Anormal (<14mmHg) 9 12,0% 37 21,0% 46 18,0% Total 76 100,0% 175 100,0% 251 100,0%
1 grau de liberdade - Qui-quadrado crítico: 3,84 - Qui-quadrado calculado: 0,04 - p = 0,8399 TABELA 13. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao vetor volume dos
pacientes distribuídos de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Vetor volume (mmHg2.cm) Sem refluxo Com refluxo Total Mínimo 606 464 464 Máximo 14.403 12.611 14.403 Mediana 3.427,5 2,487,0 2.657,0 Média 3.798,7 2.971,0 3.221,6 Desvio-padrão 2.435,1 2.027,0 2.187,2 Variância 5929480,1 4108792,3 4783756,1 Estatística F p = 0,0522 t de Student t = 0,0050 Teste da mediana χχχχ
2 = 4,41 TABELA 14. Distribuição das freqüências relativas aos valores normais e anormais do
vetor volume conforme a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Vetor volume Pacientes sem refluxo Pacientes com refluxo Total (mmHg2.cm) N % N % N % Normal (>4.880) 18 24,0% 27 15,0% 45 18,0% Anormal (<4.880) 58 76,0% 148 85,0% 206 82,0% Total 76 100,0% 175 100,0% 251 100,0%
1 grau de liberdade - Qui-quadrado crítico: 3,84 - Qui-quadrado calculado: 0,00 - p = 0,9305
RESULTADOS
32
TABELA 15. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão de contração do esôfago distal dos pacientes distribuídos de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Pressão de contração (mmHg)
Sem refluxo Com refluxo Total
Mínimo 21,4 12 12 Máximo 254,4 277,3 277,3 Mediana 92,0 85,4 86,7 Média 102,4 91,3 94,6 Desvio-padrão 44,7 43,4 44,0 Variância 2002,1 1881,6 1936,6 Estatística F p = 0,7305 t de Student t = 0,0650 Teste da mediana χ
2 = 2,41 TABELA 16. Distribuição das freqüências relativas aos valores normais e anormais da
pressão de contração do esôfago distal conforme a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Pressão de contração Pacientes sem refluxo Pacientes com refluxo Total (mmHg) N % N % N %
< 64 (anormal) 13 17,1% 51 29,1% 64 25,5% > 64 � < 154 (normal) 54 71,0% 112 64,0% 166 66,2% > 154 � < 180 (anormal) 4 5,0% 7 4,0% 11 4,5% > 180 (anormal) 5 6,9% 5 2,9% 10 3,8% Total 76 100,0% 175 100,0% 251 100,0%
3 graus de liberdade - Qui-quadrado crítico: 7,82 - Qui-quadrado calculado: 5,83 - p = 0,1201 TABELA 17. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão do
esfíncter superior do esôfago (ESE) dos pacientes de acordo com a presença ou não de refluxo patológico (n=251)
Pressão do ESE (mmHg) Sem refluxo Com refluxo Total Mínimo 16,4 13,9 13,9 Máximo 213,0 241,2 241,2 Mediana 51,4 52,2 52,1 Média 58,0 64,8 62,7 Desvio-padrão 33,2 38,7 37,2 Variância 1100,3 1498,5 1382,6 Estatística F p = 0,1290 t de Student t = 0,1884
RESULTADOS
33
4.2 Fatores que influenciaram o padrão do refluxo (n = 175)
Analisando-se a distribuição da amostra, observamos que dos 251
pacientes, 175 apresentaram RGE patológico: 36 na posição supina, 29 na
posição ortostática e 88 na forma combinada (Tabela 18).
Os fatores que influenciaram o padrão do refluxo dos 175 pacientes em
que o diagnóstico de DRGE foi confirmado pela pHmetria prolongada do esôfago
(Tabelas 19 a 30), identificou-se que:
a) 103 pacientes com HH e EE apresentaram refluxo supino (36 pacientes -
34,9%) ou combinado (56 paciente - 54,4%), com freqüência significativamente
maior do que o refluxo ortostático (11 pacientes - 10,7%) (Tabela 18).
b) a média do tempo de história dos sintomas foi significativamente maior nos
doentes com refluxo supino do que naqueles com refluxo combinado (Tabela 20);
c) a freqüência de pacientes portadores de HAS com refluxo supino ou ortostático
foi significativamente maior do que naqueles que apresentaram refluxo combinado
(Tabela 21);
d) pacientes com DM apresentaram maior freqüência de refluxo ortostático do que
nos demais padrões (supino ou combinado) (Tabela 21);
e) a média do tamanho da HH foi maior em pacientes que apresentaram refluxo
supino (Tabela 25);
f) a média da pressão de contração do esôfago distal foi significativamente maior
nos pacientes que apresentaram refluxo supino em relação ao combinado, mas
não em relação ao refluxo ortostático (Tabela 29).
Não houve diferenças significativas nas demais variáveis estudadas: sexo,
idade, etilismo, tabagismo, IMC, achados ultra-sonográficos, EB, extensão do EIE,
características do EIE e pressão do ESE (Tabelas 19, 22, 23, 24, 26, 27, 28, 30 e
80).
RESULTADOS
34
TABELA 18. Distribuição dos pacientes de acordo com o padrão do refluxo conforme a presença associada ou não de hérnia hiatal e/ou esofagite (n=251)
Hérnia hiatal e/ou esofagite
Padrão do refluxo
Ausente Supino Ortostático Combinado Total n % n % n % n % n %
Sem hérnia sem esofagite
19 25,0 5 8,6 5 17,2 8 9,1 37 14,7
Com hérnia sem esofagite
19 25,0 11 18,9 6 20,7 10 11,4 46 18,3
Sem hérnia com esofagite
10 13,1 6 10,3 7 24,2 14 15,9 37 14,7
Com hérnia com esofagite
28 26,9 36 62,2 11 37,9 56 63,6 131 52,3
Total
76
100,0
58
100,0
29
100,0
88
100,0
251
100,0
Prova do χ2 χχχχ2 = 24,07
p = 0,0041
TABELA 19. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à idade dos pacientes
distribuídos de acordo com o padrão de refluxo (n=175)
Idade (anos) Padrão do refluxo Total Supino Ortostático Combinado Mínima 22 28 23 22 Máxima 80 73 80 80 Mediana 56,5 54 53 55 Média 55,4 52,6 52,8 53,6 Desvio-padrão 12,5 11,3 13,9 13,0 Variância 155,9 128,4 193,0 169,7 Estatística F Supino x Ortostático
p = 0,5838 Supino x Combinado
p = 0,3904 Ortostático x Combinado
p = 0,2221 t de Student Supino x Ortostático
t = 0,3287 Supino x Combinado
t = 0,2661 Ortostático x Combinado
t = 0,9482 TABELA 20. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao tempo de história
dos sintomas (em meses) dos pacientes distribuídos de acordo com o padrão de refluxo (n=175)
Tempo de história dos sintomas (meses)
Padrão do refluxo Total
Supino Ortostático Combinado Mínima 7 4 2 2 Máxima 240 240 240 240 Mediana 48 36 36 36 Média 74,1 62,4 52,2 61,2 Desvio-padrão 68,8 62,2 53,3 60,7 Variância 4742,5 3862,9 2842,4 3692,9 Estatística F Supino x Ortostático
p = 0,5620 Supino x Combinado
p= 0,0307 Ortostático x Combinado
p = 0,2840 t de Student Supino x Ortostático
t= 0,4419 Supino x Combinado
t= 0,0430 Ortostático x Combinado
t = 0,3950
RESULTADOS
35
TABELA 21. Distribuição dos pacientes de acordo com o padrão de refluxo conforme presença ou ausência de condições associadas (n=175)
Condições associadas Padrão do refluxo Total Supino Ortostático Combinado n % n % n % n % Tabagismo
- Presente 2 3,4 5 17,3 10 11,4 17 9,7
- Ausente 56 96,6 24 82,7 78 88,6 158 90,3
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χ2 = 4,95
p = 0,0841
Etilismo
- Presente 1 1,7 3 10,3 3 3,4 7 4,0
- Ausente 57 98,3 26 89,7 85 96,6 168 96,0
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χ2 = 4,73
p = 0,0939
Hipertensão arterial sistêmica
- Presente 18 31,0 12 41,4 13 14,8 43 24,6
- Ausente 40 69,0 17 58,6 75 85,2 132 75,4
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χχχχ2 = 11,79
p = 0,0027
Diabetes melito
- Presente 1 1,6 2 6,9 0 - 3 1,7
- Ausente 57 98,4 27 93,1 88 100,0 172 98,3
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χχχχ2 = 6,07
p = 0,0480
TABELA 22. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao índice de massa
corpórea (IMC) dos pacientes distribuídos de acordo com o padrão de refluxo (n=175)
IMC (Kg/m2) Padrão do refluxo Total Supino Ortostático Combinado Mínima 16,80 23,05 18,13 16,80 Máxima 39,23 35,21 47,97 47,97 Mediana 27,72 27,58 27,45 27,51 Média 27,41 27,95 27,72 27,65 Desvio-padrão 5,18 3,04 5,29 4,93 Variância 26,91 9,29 28,04 24,37 Estatística F Supino x Ortostático
p = 0,0030 Supino x Combinado
p = 0,8775 Ortostático x Combinado
p = 0,0015 t de Student Supino x Ortostático
t = 0,5377 Supino x Combinado
t = 0,7275 Ortostático x Combinado
t = 07667
RESULTADOS
36
TABELA 23. Distribuição dos pacientes de acordo com o padrão de refluxo conforme achados ultra-sonográficos (n=175)
Achados ultra-sonográficos
Padrão do refluxo Total
Supino Ortostático Combinado n % n % n % n % Colelitíase
- Presente 6 10,3 2 6,9 7 7,9 15 8,6
- Ausente 52 89,7 27 93,1 81 92,1 160 91,4
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χ2 = 0,38
p = 0,8269
Colecistectomia prévia
- Sim 3 5,2 2 6,9 9 10,2 14 8,0
- Não 55 94,8 27 93,1 79 89,8 161 92,0
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χ2 = 1,48
p = 0,4771
TABELA 24. Distribuição dos pacientes de acordo com o padrão de refluxo conforme
achados endoscópicos (n=175)
Achados endoscópicos
Padrão do refluxo Total
Supino Ortostático Combinado n % n % n % n % Hérnia hiatal - Presente 36 62,1 17 58,6 65 73,8 128 73,1
- Ausente 12 37,9 12 41,4 23 26,2 47 26,9
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χ2 = 4,22
p = 0,1212
Intensidade da esofagite
- 0 20 34,5 12 41,4 22 25,0 54 30,8
- 1 28 48,3 10 34,5 46 52,3 84 48,0
- 2 6 10,3 4 13,8 12 13,7 22 12,6
- 3 1 1,7 1 3,4 5 5,6 7 4,0
- 4 3 5,2 2 6,9 3 3,4 8 4,6
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χ2 = 5,15
p = 0,0761
Esôfago de Barrett
- Presente 7 12,1 2 6,9 9 10,2 18 10,3
- Ausente 51 87,9 27 93,1 79 89,7 157 89,7
- Total 58 100,0 29 100,0 88 100,0 175 100,0
Prova do χ2 χ2 = 1,08
p = 0,5827
RESULTADOS
37
TABELA 25. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao tamanho da hérnia hiatal dos pacientes distribuídos de acordo com o padrão de refluxo (n=175)
Tamanho da hérnia hiatal (cm)
Padrão do refluxo Total
Supino Ortostático Combinado Mínima 1 1 1 1 Máxima 10 6 9 10 Mediana 2,6 2,0 2,0 2,0 Média 2,9 1,9 2,2 3,0 Desvio-padrão 2,2 2,0 1,8 1,6 Variância 5,0 3,9 3,3 2,4 Estatística F Supino x Ortostático
p= 0,4518 Supino x Combinado
p = 0,0799 Ortostático x Combinado
p = 0,5828 t de Student Supino x Ortostático
t = 0,0400 Supino x Combinado
t = 0,0270 Ortostático x Combinado
t = 0,5106 TABELA 26. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à extensão do
esfíncter inferior do esôfago (EIE) dos pacientes distribuídos de acordo com o padrão de refluxo (n=175)
Extensão do EIE Padrão do refluxo Total (cm) Supino Ortostático Combinado
Mínima 1 1 1 1 Máxima 5 4 6 6 Mediana 2 2 2 2 Média 2,4 2,2 2,6 2,5 Desvio-padrão 1,0 1,0 1,2 1,1 Variância 1,0 1,0 1,4 1,2 Estatística F Supino x Ortostático
p = 09131 Supino x Combinado
p = 01547 Ortostático x Combinado
p = 0,2295 t de Student Supino x Ortostático
t = 04349 Supino x Combinado
t = 0,2674 Ortostático x Combinado
t = 0,1159 TABELA 27. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão do
esfíncter inferior do esôfago (EIE) dos pacientes distribuídos de acordo com o padrão de refluxo (n=175)
Pressão do EIE Padrão do refluxo Total (mmHg) Supino Ortostático Combinado
Mínima 6 10 4 4 Máxima 28 26 38 38 Mediana 18 17 19 18 Média 17,6 17,3 18,9 18,2 Desvio-padrão 5,5 5,0 6,1 5,7 Variância 29,8 25,4 37,3 33,0 Estatística F Supino x Ortostático
p = 06590 Supino x Combinado
p = 0,3636 Ortostático x Combinado
p = 0,2501 t de Student Supino x Ortostático
t = 0,8314 Supino x Combinado
t = 0,2018 Ortostático x Combinado
t = 0,2260
RESULTADOS
38
TABELA 28. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao vetor volume dos pacientes distribuídos de acordo com o padrão de refluxo (n=175)
Vetor volume Padrão do refluxo Total (mmHg2.cm) Supino Ortostático Combinado
Mínima 563 578 464 464 Máxima 12611 6945 12539 12611 Mediana 2516,5 2486,0 2469,0 2487,0 Média 2981,4 2627,3 3077,4 2971,0 Desvio-padrão 1973,4 1469,2 2218,2 2027,0 Variância 3984319,6 2158444,7 4920573,9 4108792,3 Estatística F Supino x Ortostático
p = 0,0907 Supino x Combinado
p = 0,3463 Ortostático x Combinado
p = 0,0155 t de Student Supino x Ortostático
t = 0,3954 Supino x Combinado
t = 0,7898 Ortostático x Combinado
t = 0,2165 Teste da mediana - - χ
2 = 0,00 TABELA 29. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão de
contração do esôfago distal dos pacientes distribuídos de acordo com o padrão de refluxo(n=175)
Pressão de contração (mmHg)
Padrão do refluxo Total
Supino Ortostático Combinado Mínima 12 35 13 12 Máxima 277,3 161,8 216,0 277,3 Mediana 95,9 94,1 77,1 85,4 Média 100,9 94,5 83,9 91,3 Desvio-padrão 52,3 33,1 38,7 43,4 Variância 2735,4 1095,7 1497,3 1881,6 Estatística F Supino x Ortostático
p = 0,0099 Supino x Combinado
p = 0,0110 Ortostático x Combinado
p = 0,3519 t de Student Supino x Ortostático
t = 0,4864 Supino x Combinado
t = 0,0357 Ortostático x Combinado
t = 0,1571 Teste da mediana χ
2 = 0,15 χχχχ2 = 6,09 -
TABELA 30. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão do
esfíncter superior do esôfago (ESE) dos pacientes de acordo com o padrão de refluxo (n=175)
Pressão do ESE Padrão do refluxo Total (mmHg) Supino Em pé Combinado
Mínima 13,9 18,8 17,6 13,9 Máxima 241,2 125,6 215,0 241,2 Mediana 56,9 44,0 52,2 52,2 Média 66,9 57,3 65,8 64,8 Desvio-padrão 45,3 30,6 36,4 38,7 Variância 2054,2 937,9 1326,6 1498,5 Estatística F Supino x Ortostático
p = 0,0259 Supino x Combinado
p = 0,0649 Ortostático x Combinado
p = 0,3002 t de Student Supino x Ortostático
t = 0,2457 Supino x Combinado
t = 0,8600 Ortostático x Combinado
t = 0,2645 Teste da mediana χ
2 = 2,07 - -
RESULTADOS
39
4.3 Fatores que influenciaram os episódios de refluxos prolongados (n=175)
Dos 175 pacientes com refluxo patológico, três (1,7%) não apresentaram
episódios de refluxo prolongado; em 98 pacientes (56,0%) identificamos entre um
e cinco episódios, e em 74 pacientes (42,3%), mais do que seis episódios
(Apêndice 2).
O estudo dos fatores que influenciaram a ocorrência de menos (até cinco)
ou mais (seis ou mais) episódios de refluxo prolongado (Tabelas 31 a 46) mostrou
que a idade dos pacientes (Tabela 31) e a pressão de contração do esôfago distal
(Tabela 45) foram as únicas variáveis significativas.
Assim, a média de idade dos pacientes com seis ou mais episódios de
refluxos prolongados foi significativamente maior do que a do grupo com menos
episódios.
A média da pressão de contração do esôfago distal foi significativamente
menor no grupo com seis ou mais episódios de refluxos prolongados. Os
pacientes com os valores mais elevados de pressão de contração do esôfago
distal apresentaram menos episódios prolongados de refluxo gastroesofágico.
Não houve diferenças significativas na ocorrência de episódios de refluxos
prolongados em relação às demais variáveis estudadas: sexo, tempo de história,
tabagismo, etilismo, HAS, DM, IMC, achados ultra-sonográficos, presença ou
tamanho da HH, EE, EB, características do EIE e pressão do ESE (Tabelas 32 a
44, 46 e 70).
RESULTADOS
40
TABELA 31. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a idade (n=175)
Idade (anos) Episódios de refluxos prolongados Total Até cinco Seis ou mais Mínima 22 23 22 Máxima 77 80 80 Mediana 53,3 57 55 Média 52,2 56,2 53,9 Desvio-padrão 12,9 12,7 12,9 Variância 167,7 161,1 167,9 Estatística F p = 0,8641 t de Student t = 0,0419
TABELA 32. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com o tempo de história dos sintomas (n=175)
Tempo de história Episódios de refluxos prolongados Total dos sintomas (meses) Até cinco Seis ou mais Mínima 2 3 2 Máxima 240 240 240 Mediana 36 36 36 Média 64,7 57,1 61,4 Desvio-padrão 64,3 56,9 61,2 Variância 4140,1 3246,4 3748,5 Estatística F p = 0,2763 t de Student t = 0,4231
TABELA 33. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de episódios de refluxos prolongados de acordo com a presença ou não de tabagismo (n=175)
Episódios de refluxos prolongados
Tabagismo Total
Presente Ausente Mínima 1 1 1 Máxima 23 24 24 Mediana 5 5 5 Média 7,6 6,3 6,4 Desvio-padrão 6,2 5,1 5,2 Variância 38,1 26,4 27,5 Estatística F p = 0,2543 t de Student t = 0,3146
RESULTADOS
41
TABELA 34. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a presença ou não de etilismo (n=175)
Episódios de refluxos prolongados
Etilismo Total
Presente Ausente Mínima 2 1 1 Máxima 16 24 24 Mediana 6 5 5 Média 6,3 6,4 6,4 Desvio-padrão 4,9 5,3 5,2 Variância 24,2 27,7 27,5 Estatística F p = 0,9685 t de Student t = 0,9408
TABELA 35. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a presença ou não de hipertensão arterial sistêmica (n=175)
Episódios de refluxos prolongados
Hipertensão arterial sistêmica Total
Presente Ausente Mínima 1 1 1 Máxima 18 24 24 Mediana 5 5 5 Média 5,5 6,7 6,4 Desvio-padrão 3,5 5,7 5,2 Variância 12,2 32,2 27,5 Estatística F p = 0,0005 t de Student t = 0,1141
TABELA 36. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a presença ou não de diabetes melito (n=175)
Episódios de refluxos prolongados
Diabetes melito Total
Presente Ausente Mínima 3 1 1 Máxima 6 24 24 Mediana 4,5 5 5 Média 4,5 6,4 6,4 Desvio-padrão 2,1 5,3 5,2 Variância 4,5 27,7 27,5 Estatística F p = 0,6249 t de Student t = 0,6017
RESULTADOS
42
TABELA 37. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com o índice de massa corpórea (IMC) (n=175)
IMC (Kg/m2) Episódios de refluxos prolongados Total Até cinco Seis ou mais Mínima 18,94 16,80 16,80 Máxima 47,97 40,17 47,97 Mediana 27,53 27,35 27,47 Média 27,90 27,20 27,60 Desvio-padrão 5,00 4,84 4,94 Variância 25,20 23,46 24,43 Estatística F p = 0,7492 t de Student t = 0,3685
TABELA 38. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a presença ou não de hérnia hiatal (n=175)
Episódios de refluxos prolongados
Hérnia hiatal Total
Presente (119) Ausente (53) Mínima 1 1 1 Máxima 24 24 24 Mediana 5 6 5 Média 6,1 7,2 6,4 Desvio-padrão 5,0 5,6 5,2 Variância 25,8 30,8 27,5 Estatística F p = 0,4277 t de Student t = 0,2177
TABELA 39. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a presença ou não de esofagite erosiva (n=175)
Episódios de refluxos prolongados
Esofagite Total
Presente (129) Ausente (46) Mínima 0 0 0 Máxima 24 24 24 Mediana 5 5 5 Média 6,2 6,7 6,4 Desvio-padrão 5,2 5,4 5,2 Variância 27,3 29,1 27,5 Estatística F p = 0,7623 t de Student t = 0,5307
RESULTADOS
43
TABELA 40. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de episódios de refluxos prolongados de acordo com a presença ou não de esôfago de Barrett (n=175)
Episódios de refluxos prolongados
Esôfago de Barrett Total
Presente (15) Ausente (157) Mínima 1 1 1 Máxima 24 24 24 Mediana 4 5 5 Média 7,3 6,3 6,4 Desvio-padrão 6,7 5,1 5,2 Variância 45,2 25,9 27,5 Estatística F p = 0,1045 t de Student t = 0,4864
TABELA 41. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com o tamanho da hérnia hiatal (n=175)
Tamanho da hérnia Episódios de refluxos prolongados Total hiatal (cm) Até cinco Seis ou mais Mínima 1 1 1 Máxima 7 10 10 Mediana 3 3 3 Média 3,1 3,4 3,2 Desvio-padrão 1,6 1,7 1,6 Variância 2,5 3,0 2,7 Estatística F p = 0,4603 t de Student t = 0,4611
TABELA 42. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a extensão do esfíncter inferior do esôfago (EIE) (n=175)
Extensão do EIE Episódios de refluxos prolongados Total (cm) Até cinco Seis ou mais
Mínima 1,0 1,0 1,0 Máxima 5,0 6,0 6,0 Mediana 2,0 2,0 2,0 Média 2,5 2,5 2,5 Desvio-padrão 1,0 1,1 1,1 Variância 1,0 1,3 1,1 Estatística F p = 0,2845 t de Student t = 0,7119
RESULTADOS
44
TABELA 43. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a pressão do esfíncter inferior do esôfago (EIE) (n=175)
Pressão do EIE Episódios de refluxos prolongados Total (mmHg) Até cinco Seis ou mais
Mínima 4 6 4 Máxima 38 30 38 Mediana 18 17,5 18 Média 18,3 17,9 18,1 Desvio-padrão 5,7 5,9 5,8 Variância 32,7 34,3 33,2 Estatística F p = 0,8128 t de Student t = 0,7229
TABELA 44. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de episódios de refluxos prolongados de acordo com o vetor volume (n=175)
Vetor volume Episódios de refluxos prolongados Total (mmHg2.cm) Até cinco Seis ou mais
Mínima 464 480 464 Máxima 12611 10558 12611 Mediana 2527,5 2413,0 2486,5 Média 3067,1 2782,6 2944,7 Desvio-padrão 2080,7 1894,6 2002,0 Variância 4329212,2 3589699,4 4008154,4 Estatística F p = 0,4022 t de Student t = 0,3576
TABELA 45. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a pressão de contração do esôfago distal (n=175)
Pressão de contração (mmHg)
Episódios de refluxos prolongados Total
Até cinco Seis ou mais Mínima 12,0 24,4 12,0 Máxima 277,3 180,0 277,3 Mediana 93,4 74,9 85,0 Média 97,9 81,9 91,9 Desvio-padrão 46,7 37,6 43,6 Variância 2177,5 1416,2 1902,5 Estatística F p = 0,0548 t de Student t = 0,0171
RESULTADOS
45
TABELA 46. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à ocorrência de
episódios de refluxos prolongados de acordo com a pressão do esfíncter superior do esôfago (ESE) (n=175)
Pressão do ESE Episódios de refluxos prolongados Total (mmHg) Até cinco Seis ou mais
Mínima 13,9 22,1 13,9 Máxima 241,2 215,0 241,20 Mediana 50,6 56,4 52,4 Média 64,7 65,0 64,9 Desvio-padrão 40,5 36,8 38,8 Variância 1643,2 1351,8 1509,2 Estatística F p = 0,3826 t de Student t = 0,9664
RESULTADOS
46
4.4 Correlação entre os índices de DeMeester e as variáveis estudadas (n=175)
Analisamos os índices de DeMeester em relação às variáveis dependentes
(Tabelas 47 a 57 e Gráficos 1 a 9), e os seguintes dados foram encontrados:
a) os pacientes etilistas apresentaram índices de DeMeester significativamente
inferiores aos dos pacientes não etilistas (Tabela 49);
b) nos pacientes com HAS estes índices também foram significativamente
inferiores (Tabela 50);
c) a média dos índices de DeMeester foi estatisticamente maior nos pacientes
com EE grau 3 (55,1) em relação aos que apresentaram esofagite grau 1 (33,8).
Não houve diferença nas demais comparações entre os grupos com esofagite
(Tabela 55). Ressalta-se nesta análise, que o número da amostra foi 130, tendo
sido excluídos os 45 casos sem EE;
d) houve correlação positiva entre o tamanho da HH e os índices de DeMeester
(Tabela 57 e Gráfico 4). A análise mostrou correlação negativa entre esses
índices e o tempo de história dos sintomas (Tabela 57 e Gráfico 3), e a mesma
correlação ocorreu com a pressão do ESE (Tabela 57 e Gráfico 9).
Não houve diferença estatística nas demais variáveis analisadas: sexo,
idade, tempo de história, tabagismo, DM, IMC, achados ultra-sonográficos,
presença de HH, EB, extensão do EIE, pressão do EIE, VV e pressão de
contração do esôfago distal (Tabelas 48, 51, 52, 53, 54 56 e 79; Gráficos 1, 2, 5,
6, 7 e 8).
RESULTADOS
47
TABELA 47. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de
DeMeester de acordo com o sexo dos pacientes (n=175)
Índice de DeMeester Sexo Total Feminino Masculino Mínima 23,7 14,0 14,0 Máxima 161,3 176,4 176,4 Mediana 35,1 40,7 37,2 Média 43,9 50,4 46,2 Desvio-padrão 27,7 35,2 30,5 Variância 764,6 1237,9 930,5 Estatística F p = 0,0287 t de Student t = 0,2117 Teste da Mediana χ
2 = 1,12 TABELA 48. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de
DeMeester de acordo com a presença ou não de tabagismo (n=175)
Índice de DeMeester
Tabagistas Não tabagistas Total
Mínima 20,6 14,0 14,0 Máxima 130,1 176,4 176,4 Mediana 39,6 36,4 37,2 Média 51,9 45,5 46,2 Desvio-padrão 30,8 30,5 30,5 Variância 946,8 930,7 930,5 Estatística F p = 0,8828 t de Student t = 0,4134 Teste da Mediana
TABELA 49. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de
DeMeester de acordo com a presença ou não de etilismo (n=175)
Índice de DeMeester
Etilistas Não etilistas Total
Mínima 18,7 14,0 14,0 Máxima 52,1 176,4 176,4 Mediana 27,3 37,6 37,2 Média 30,7 46,8 46,2 Desvio-padrão 11,9 30,9 30,5 Variância 140,9 954,0 930,5 Estatística F p = 0,0213 t de Student t = 0,0103
RESULTADOS
48
TABELA 50. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de DeMeester de acordo com a presença ou não de hipertensão arterial sistêmica (n=175)
Índice de DeMeester Hipertensão arterial sistêmica Total Presente Ausente Mínima 15,1 14,0 14,0 Máxima 96,6 176,4 176,4 Mediana 31,2 38,8 37,2 Média 37,2 49,0 46,2 Desvio-padrão 18,8 32,9 30,5 Variância 352,5 1088,0 930,5 Estatística F p = 0,0000 t de Student t = 0,0040
TABELA 51. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de
DeMeester de acordo com a presença ou não de diabetes melito (n=175)
Índice de DeMeester Diabete melito Total Presente Ausente Mínima 15,4 14,0 14,0 Máxima 38,1 176,4 176,4 Mediana 25,8 37,2 37,2 Média 26,4 46,5 46,2 Desvio-padrão 11,4 30,6 30,5 Variância 129,1 938,4 930,5 Estatística F p = 0,2569 t de Student t = 0,2605
TABELA 52. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de
DeMeester de acordo com a presença ou não de colelitíase (n=175)
Índice de DeMeester Colelitíase Total Presente Ausente Mínima 18,2 14,0 14,0 Máxima 116,9 176,4 176,4 Mediana 38,1 36,7 37,2 Média 46,8 46,0 46,2 Desvio-padrão 30,8 30,6 30,5 Variância 948,8 934,6 930,5 Estatística F p = 0,8818 t de Student t = 0,9320
RESULTADOS
49
TABELA 53. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de DeMeester de acordo com história de colecistectomia prévia (n=175)
Índice de DeMeester Colecistectomia prévia Total Presente Ausente Mínima 15,1 14,0 14,0 Máxima 74,0 176,4 176,4 Mediana 25,1 38,0 37,2 Média 38,1 46,8 46,2 Desvio-padrão 23,5 31,0 30,5 Variância 549,9 961,0 930,5 Estatística F p = 0,2529 t de Student t = 0,2094
TABELA 54. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de
DeMeester de acordo com a presença ou não de hérnia hiatal (n=175)
Índice de DeMeester Hérnia hiatal Total Presente Ausente Mínima 15,1 14,0 14,0 Máxima 161,3 176,4 176,4 Mediana 38,5 33,4 37,2 Média 45,8 47,0 46,2 Desvio-padrão 29,0 34,6 30,5 Variância 839,4 1200,9 930,5 Estatística F p = 0,1227 t de Student t = 0,8102
TABELA 55. Valores medianos e médios (+desvios-padrão) relativos aos índices de
DeMeester de acordo com a intensidade da esofagite erosiva (n=130)
Índice de DeMeester Intensidade da esofagite Total 1 2 3 4 5 Mínima 2,9 9,0 2,2 13,7 7,3 2,2 Máxima 147,5 116,9 130,1 90,6 150,3 150,3 Mediana 26,2 36,3 61,5 28,9 27,3 27,9 Média 33,8 40,8 55,1 38,5 40,4 36,9 Desvio-padrão 26,9 27,8 40,5 28,7 33,8 29,1 Variância 727,8 775,3 1645,3 825,6 1147,7 846,6
Grupos comparativos
Estatística F
t de Student
Grau 1 x Grau 2 0,7926 0,277 Grau 1 x Grau 3 0,0567 0,0315 Grau 1 x Grau 4 0,6934 0,6778 Grau 1 x Grau 5 0,1311 0,3119 Grau 2 x Grau 3 0,1648 0,2749 Grau 2 x Grau 4 0,8176 0,859 Grau 2 x Grau 5 0,3817 0,9613 Grau 3 x Grau 4 0,4641 0,4057 Grau 3 x Grau 5 0,4757 0,3059 Grau 4 x Grau 5 0,7682 0,9028
RESULTADOS
50
Gráfico 1. Dispersão do Índice de DeMeester em relação à idade dos pacientes
0
20
40
60
80
0 30 60 90 120 150
Índice de DeMeester
TABELA 56. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos aos índices de DeMeester de acordo com a presença ou não de esôfago de Barrett (n=175)
Índice de DeMeester Esôfago de Barrett Total Presente Ausente Mínima 19,0 14,0 14,0 Máxima 150,3 176,4 176,4 Mediana 42,1 37,0 37,2 Média 49,0 45,8 46,2 Desvio-padrão 33,5 30,2 30,5 Variância 1124,0 914,3 930,5 Estatística F p = 0,4953 t de Student t = 0,6729
TABELA 57. Coeficientes da Prova de Pearson para a correlação dos índices de DeMeester com as variáveis dependentes indicadas (n=175)
Variáveis dependentes Coeficientes de Pearson Idade 0,1238 Índice de Massa Corpórea -0,1923 Tempo de história dos sintomas -0,0409 Tamanho da hérnia hiatal 0,0300 Extensão do EIE -0,0522 Pressão do EIE -0,0582 Vetor volume -0,0616 Contração da pressão -0,1934 Pressão do ESE -0,0296
RESULTADOS
51
Gráfico 4. Dispersão do Índice de DeMeester em relação ao tamanho da hérnia hiatal
0
2
4
6
8
10
0 30 60 90 120 150
Índice de DeM eester
Gráfico 2. Dispersão do Índice de DeMeester em relação ao tempo de história dos sintomas
0
30
60
90
120
150
180
210
240
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270
Índice de DeM eester
Gráfico 3. Dispersão do Índice de DeMeester em relação ao Índice de Massa Corpórea (IMC) dos pacientes
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 30 60 90 120 150
Índice de DeM eester
RESULTADOS
52
Gráfico 5. Dispersão do Índice de DeMeester em relação à extensão do esfíncter inferior do esôfago (EIE)
0
2
4
6
0 30 60 90 120 150
Índice de DeM eester
Gráfico 6. Dispersão do Índice de DeMeester em relação à pressão do esfíncter inferior do esôfago (EIE)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 30 60 90 120 150
Índice de DeMeester
Gráfico 7. Dispersão do Índice de DeMeester em relação ao vetor volume
400
3400
6400
9400
12400
0 30 60 90 120 150
Índice de DeM eester
RESULTADOS
53
Gráfico 8. Dispersão do Índice de DeMeester em relação à pressão de contração do esôfago distal
0
50
100
150
200
250
300
0 30 60 90 120 150
Índice de DeM eester
Gráfico 9. Dispersão do Índice de DeMeester em relação à pressão do esfíncter superior do esôfago (ESE)
0
50
100
150
200
250
300
0 30 60 90 120 150
Índice de DeM eester
DISCUSSÃO
54
5. DISCUSSÃO
Começamos a realizar a manometria e pHmetria do esôfago no Serviço de
Fisiologia do Aparelho Digestório do Departamento de Cirurgia em 1996 e
estabelecemos um impresso específico para a solicitação dos exames funcionais
do esôfago (Anexo 1). Desde então, o examinador tem pessoalmente anotado os
dados, conferindo-os no prontuário e com o doente.
A justificativa para a criação da ficha de solicitação de exame foi a
padronização das informações pertinentes a este e a futuros estudos. Essa rotina
melhorou a obtenção e o arquivamento dos dados.
Apesar dos estudos retrospectivos estarem sujeitos a críticas, entre elas, a
dificuldade na obtenção das informações nos prontuários geralmente preenchidos
de forma inadequada, isto não ocorreu no presente estudo.
Os pacientes incluídos neste estudo apresentavam pelo menos um dos
dois sintomas típicos da DRGE, a pirose e / ou a sensação ascendente de refluxo.
Consideramos pirose a sensação de dor em queimação na região retrosternal,
chamada de azia pela maioria dos doentes.
A pirose é o sintoma clínico mais comum, constituindo um excelente
marcador clínico para a DRGE (Nader et al, 2003). Não classificamos a
intensidade da pirose, por considerar sua avaliação subjetiva, embora existam
vários estudos a esse respeito (De Dombal et al, 1975; Nasi, 1996; Werdmuller et
al, 1996).
Todos os doentes foram previamente submetidos à avaliação clínica, para
que os sintomas cardíacos não interferissem no critério de inclusão na casuística.
Aqueles pacientes que apresentavam graves doenças cardíacas concomitantes
foram excluídos do estudo.
Entre os pacientes excluídos por outras afecções do esôfago, estavam os
portadores de divertículos, uma vez que o material refluído poderia permanecer
mais tempo no interior do divertículo e alterar o tempo de acidificação esofágica.
Os doentes previamente gastrectomizados também foram excluídos, pois
apenas o refluxo ácido é avaliado pela pHmetria prolongada convencional.
Também foram excluídos os pacientes que haviam sido submetidos a tratamento
cirúrgico da DRGE, pois não analisamos as recidivas pós-operatórias.
DISCUSSÃO
55
Obtivemos, assim, uma casuística significativa de doentes com sintomas
típicos de DRGE, sem tratamento cirúrgico prévio e sem doenças associadas
para que não houvesse interferência na análise dos resultados. Essa seleção
ocorreu num grupo de 1248 pacientes examinados pelo autor, por meio de
manometria e pHmetria do esôfago.
A conceituação da DRGE é um desafio. Um grande espectro de
apresentações clínicas pode ser considerado como doença. A definição de DRGE
mais utilizada no país (Moraes Filho et al, 2002) abrange várias manifestações
clínicas e lesões teciduais. Neste estudo analisamos inicialmente os portadores
de sintomas típicos, considerando-os pacientes com suspeita clínica de DRGE.
No grupo de doentes analisados, a porcentagem de mulheres foi
significativamente maior, fenômeno que tem sido uma constante no Grupo de
Afecções do Esôfago do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Corsi et al (1998); Eckley (2002) também apresentaram casuísticas de
portadores de DRGE com maior freqüência do sexo feminino, diferentemente dos
dados da literatura (Nasi, 1996; Marsh et al, 2003; Kulig et al, 2004).
Em estudos populacionais, a prevalência de sintomas típicos de DRGE foi
maior no sexo feminino (Nader et al, 2003; Oliveira et al, 2005). Outros autores
encontraram uma porcentagem maior de mulheres nos estudos que realizaram
EDA devido a sintomas de DRGE (Caum et al, 2003; Narayani et al 2003).
Na nossa amostra, a idade dos pacientes variou de 15 a 80 anos, sem
diferença entre os sexos. A distribuição e a média das idades esteve de acordo
com os dados da literatura (Narayani et al, 2003; Kulig et al, 2004).
Não utilizamos o Raio X contrastado do esôfago na avaliação dos doentes
com DRGE. O exame radiológico tem lugar apenas na avaliação da hérnia hiatal
volumosa e no diagnóstico das complicações, como a estenose esofágica. A
serigrafia esofagogástrica tem pouca sensibilidade para a demonstração do RGE
(Richter, 1996).
A US abdominal superior teve o objetivo de confirmar a informação de
alguns pacientes quanto à realização prévia da colecistectomia, investigar CCC e
afastar outras afecções da região.
Portincasa et al (1997) compararam 20 doentes portadores de CCC com 20
voluntários normais. Encontraram no grupo de pacientes: maior freqüência de
DISCUSSÃO
56
sintomas dispépticos, tempo maior de esvaziamentos gástrico e vesicular. O RGE
patológico esteve presente em 75% e 15% dos pacientes, respectivamente. O
esvaziamento antral esteve correlacionado com os episódios de refluxos
prolongados. Concluíram que várias alterações funcionais do tubo digestório alto
estão associadas à CCC.
A EDA é um exame indispensável nos doentes com sintomas típicos de
DRGE. Além de diagnosticar afecções concomitantes, avalia a presença de HH,
assim como a existência e a gravidade macroscópica das lesões da mucosa
esofágica.
Existem várias classificações da EE, e neste estudo, utilizamos a
classificação adotada no Serviço de Endoscopia Peroral da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo, a qual foi descrita por Savary, Miller (1978). Segundo
esta classificação, edema e hiperemia não são suficientes para estabelecer o
diagnóstico de esofagite por refluxo.
A classificação de Los Angeles para as esofagites é muito utilizada
atualmente. O sistema foi concebido a partir de um consenso que incluiu 22
centros de referência de todo o mundo. Recebeu este nome por ter sido
apresentado pela primeira vez no congresso mundial de 1995, na cidade de
mesmo nome. Não utilizamos esse sistema, pois a sua publicação foi posterior ao
início desta casuística (Lundell et al, 1999).
O estudo endoscópico tem elevada especificidade na detecção da EE,
entretanto, sua sensibilidade para o diagnóstico de DRGE é relativamente baixa.
Neste estudo, optamos por não analisar a intensidade da EE a partir do resultado
da biopsia endoscópica. O exame anatomopatológico da mucosa esofágica é
necessário para o diagnóstico de esôfago de Barrett, entretanto ainda é
controverso o seu papel na avaliação da esofagite não erosiva. Este exame tem
se mostrado pouco útil nos casos em que há esofagite macroscópica, e eleva de
maneira pouco confiável a porcentagem de esofagite por refluxo naqueles com
aspecto endoscópico normal da mucosa (Johansson et al, 1986; Fass et al, 2001;
Narayani et al, 2003).
A manometria axial computadorizada do esôfago fornece uma série de
informações sobre os aspectos fisiopatológicos e sobre as características da
DRGE. Portanto, sua realização nos casos com suspeita clínica ou com o
DISCUSSÃO
57
diagnóstico confirmado de DRGE, pode permitir a compreensão dos mecanismos
do RGE.
O resultado do exame de manometria não deve sofrer interferência das
medicações que atuam na motilidade esofágica. A suspensão das medicações
dez dias antes da realização do exame talvez possa ser considerada exagerada,
uma vez que outros autores entendem que cinco (Nasi, 1996) ou sete (Meining et
al, 2004) são suficientes. Porém, os resultados do exame são mais confiáveis
quando as drogas são suspensas por um período mais longo, devido a
possibilidade de uma ação medicamentosa residual prolongada (Bell, Hunt, 1996).
No nosso estudo, apenas as medicações para tratamento de DM ou HAS foram
mantidas.
O exame de manometria é desconfortável, entretanto não deve ser
realizada a sedação do doente, pois é necessária sua colaboração. Para que os
pacientes se mantivessem colaborativos durante todo o procedimento, eles foram
constantemente informados sobre as manobras que seriam realizadas.
Embora o anestésico tópico que lubrifica o cateter possa alterar a função
de deglutição por perda da sensibilidade da faringe (Castell, Gideon, 1999), sua
utilização em pequenas quantidades foi uma rotina para facilitar a incômoda
passagem da sonda.
A sonda introduzida até 60cm da narina colocou sua extremidade no
estômago em todos os casos. O início dos registros das pressões foi feito com a
tração proximal da sonda a partir dessa distância.
A sonda de manometria pode ser tracionada de maneira rápida (rapid pull-
through), na velocidade constante de 1,0mm/seg, com o paciente prendendo a
respiração (Dodds et al, 1975), ou de maneira estacionária (station pull-through),
com tração em intervalos de 0,5cm ou 1,0cm (Winans, Harris, 1967; Skinner,
Belsey, 1988). A retirada estacionária, também chamada de maneira lenta,
oferece maior número de informações, e o doente pode respirar normalmente
(Welch, Drake, 1980; Meining et al, 2004). Na literatura, a comparação entre os
diferentes métodos de retirada da sonda não mostrou diferenças significativas
(Felix et al, 1992).
Sabe-se que a pressão basal do EIE varia com a respiração. Existem duas
maneiras clássicas para medição da pressão do esfíncter a partir da pressão
basal gástrica: da linha basal até a pressão respiratória média e da linha basal até
DISCUSSÃO
58
a pressão expiratória. Há dúvidas a respeito de qual método seria mais adequado.
Alguns autores acreditam que a pressão expiratória seja a medida mais fiel da
pressão basal do esfíncter, porque nesse ponto a influência do diafragma é
mínima (Boyle et al, 1985). Assim como Kraus et al (1990), consideramos a
pressão respiratória média como parâmetro mais confiável para identificar
paciente com DRGE, porque a pressão gerada pelo diafragma durante a
respiração contribui para a contenção do refluxo exercida pelo EIE.
A avaliação do EIE foi feita com os canais distais da sonda. A média dos
valores obtidos pelos quatro canais com distribuição radial no mesmo nível do
esôfago eliminou a influência da assimetria nos valores da pressão do EIE.
Quanto à análise do relaxamento do EIE, duas técnicas são descritas:
1) Porcentagem de relaxamento: Após a deglutição úmida, calcula-se a
porcentagem da pressão de relaxamento em relação à pressão basal
esfincteriana, considerando-se relaxamento normal, a queda da pressão de no
mínimo 80% (Skinner, Belsey, 1988).
2) Pressão residual: definida como a diferença entre o menor valor
registrado durante a deglutição e a pressão intragástrica (considerada zero),
independentemente da pressão basal do esfíncter inferior.
Utilizamos para esta análise o valor da pressão residual, que é o melhor
parâmetro de relaxamento do esfíncter, mais fiel que a porcentagem de
relaxamento, a qual depende da pressão esfincteriana inicial (Castell et al, 1988).
Todas as deglutições estudadas neste trabalho foram realizadas por meio
da administração oral de água. Freqüentemente a “deglutição seca” não induz ao
relaxamento esfincteriano completo (Castell et al, 1988), por isso utiliza-se 5ml de
água em bolo, à temperatura ambiente, para provocar uma “deglutição úmida”. No
nosso serviço, não realizamos a análise das ondas secas há alguns anos.
Neste presente estudo, procedeu-se à avaliação global da função do EIE
através do VV. Não optamos pela utilização do índice de função esfincteriana,
pois a presença da HH prejudica a aplicabilidade deste parâmetro. Embora Byrne
et al (1993) tenham encontrado o índice de função esfincteriana significativamente
diferente em doentes com esôfago de Barrett, nos demais doentes com DRGE, o
índice de função esfincteriana não tem sido utilizado.
DISCUSSÃO
59
Não utilizamos a manometria esofágica para o diagnóstico de HH, uma vez
que esse exame possui sensibilidade de 20% quando comparado com a EDA,
considerada “padrão ouro” para o diagnóstico de HH (Agrawal et al, 2005).
Os registros manométricos do corpo do esôfago tiveram por objetivo avaliar
a duração e a intensidade das contrações musculares, possibilitando a análise da
atividade peristáltica e o diagnóstico das alterações da motilidade.
A amplitude de contração da onda do corpo esofágico, que é a medida da
intensidade de contração, foi avaliada a partir do posicionamento de um dos
orifícios da sonda 3cm acima da borda superior do EIE. No mínimo outros dois
transdutores com intervalos de 5cm foram posicionados para uma adequada
avaliação do peristaltismo do corpo do órgão. Não é necessária a avaliação radial,
uma vez que não há assimetria no corpo do esôfago (Li et al, 1994).
Durante todo o exame de manometria o doente permaneceu deitado,
embora a análise do ESE possa também ser realizada na posição sentada,
apesar de pouco utilizada devido ao desconforto do doente (Castell et al, 1990).
O ESE reage bastante à movimentação do cateter. Por esse motivo, o
cateter foi mantido alguns segundos na zona de pressão elevada antes de se
iniciar a avaliação. Como ocorre uma movimentação do ESE durante a deglutição,
sua análise foi feita com o transdutor na porção proximal da zona de pressão
elevada. Essa manobra diminuiu a dúvida entre o relaxamento do esfíncter e o
escape com a movimentação provocada pela deglutição (Castell, Gideon, 1999).
Em todos os casos utilizamos a manometria para orientar a adequada
posição do eletrodo de pHmetria. Consideramos inadequado o posicionamento do
eletrodo por métodos não manométricos, como através de balão sugerido por
Anggiansah et al (1992).
Localizamos o eletrodo de pHmetria a 5cm acima da borda superior do EIE,
pois neste local estão bem definidos os parâmetros de normalidade.
A manometria esofágica deve sempre ser indicada antes da realização da
pHmetria, pois o posicionamento do eletrodo depende de uma estrutura
anatômica, que é identificada com mais detalhes pela manometria (American
Gastroenterological Association, 2005).
O pH intra-esofágico abaixo de 4 foi considerado como RGE uma vez que
este tem sido demonstrado o melhor valor para o limite do refluxo (Schindlbeck et
al, 1987). Acima desse valor não existe ativação da pepsina, a maioria dos
DISCUSSÃO
60
refluxos sintomáticos ocorre com pH<4 e estudos com outros níveis de corte não
demonstraram vantagem (Johnsson et al, 1987; Schindlbeck et al, 1991).
A pHmetria prolongada do esôfago, além da elevada sensibilidade, mostrou
que a acidez do refluxo noturno e o tempo de acidificação do esôfago são fatores
importantes para aparecimento da esofagite grave (Ghillebert et al, 1995).
Naqueles portadores de EE existe uma boa correlação de resultados entre a EDA
e a pHmetria (DeMeester et al, 1980; Kahrilas, Quigley, 1996).
Apesar da pHmetria prolongada do esôfago ser considerada o “padrão
ouro” para o diagnóstico da DRGE (Johansson et al, 1986; Schindlbeck et al,
1987; Donahue, 1997), é inegável que existam várias limitações (Klauser et al,
1989; Nasi 1996; Narayani et al 2003).
O índice de DeMeester foi o parâmetro utilizado para diagnosticar RGE
patológico. Esse índice, que reúne num único número todos os dados da
pHmetria, é o melhor parâmetro para quantificar o RGE (Marsh et al, 2003).
Nos doentes desta casuística, a pHmetria prolongada do esôfago foi
realizada com o doente internado. Nessas condições, encontramos 30,3% de
resultados normais nos pacientes com suspeita clínica de DRGE.
Há várias justificativas quanto à significativa porcentagem de exames
normais encontrada em pacientes com sintomas típicos de DRGE. A maioria
desses motivos está relacionada com a presença da sonda, entre eles o aumento
do número de deglutições, o acotovelamento da sonda, a retirada acidental do
cateter do aparelho e a mudança dos hábitos do doente (Donahue, 1997).
Evidentemente, este último é mais acentuado quando o exame é realizado com o
doente internado.
DeMeester, Johnson (1976) encontraram 8% de resultados falso-negativos
nos exames de pHmetria do esôfago de pacientes com sintomas intensos de
DRGE, embora não tenham definido exatamente o que sejam “sintomas
intensos”.
Klauser et al (1989), analisando 229 pacientes com sintomas típicos de
DRGE, publicaram que a sensibilidade da pHmetria prolongada do esôfago
atingiu 72,3%. Jamieson et al (1992) estudando 50 pacientes, relataram uma
sensibilidade de 96% e uma especificidade de 100%.
Masclee et al (1990) analisando 67 pacientes com sintomas de DRGE,
encontraram EE em 44 (65,7%). A sensibilidade da pHmetria foi 81%. Concluíram
DISCUSSÃO
61
que há um percentual expressivo de pacientes, que apesar de apresentarem EE
na EDA, têm pHmetria com refluxo fisiológico.
O limite que separa o refluxo fisiológico do refluxo gastroesofágico
patológico não está bem definido. Schindlbeck et al (1987), comparando
pacientes com sintomas de DRGE e voluntários normais pela pHmetria
prolongada do esôfago, obtiveram máxima sensibilidade (93,3%) e especificidade
(92,9%) considerando normal um período maior de acidificação esofágica. Os
autores consideraram superior a 10,5% o tempo patológico de acidificação
esofágica na posição ortostática e 6,0% na posição supina.
Os mesmos autores (Schindlbeck et al, 1991), num estudo semelhante,
concluíram que existem poucas diferenças nos resultados com a variação do
limite de normalidade da porcentagem de tempo de acidificação esofágica.
Entretanto, a baixa correlação entre a intensidade do refluxo ácido e a
gravidade da EE, encontrada também no nosso trabalho, reforça a idéia de que a
DRGE depende de outros fatores além do refluxo ácido (Kauer et al, 1995; Nasi,
1996).
Kauer et al, em 1995, analisaram 53 pacientes com DRGE pela pHmetria
prolongada do esôfago, concomitantemente à espectrometria para detecção de
bilirrubina. Os autores constataram que em 58% dos doentes havia refluxo
gástrico e duodenal aumentados. Observaram ainda uma relação significativa
entre o tempo de exposição do esôfago à bilirrubina e a gravidade da esofagite de
refluxo. Cerca de 87% dos episódios de refluxo de bilirrubina ocorreram com pH
entre 4 e 7, justificando por que alguns doentes com esofagite de refluxo têm
pHmetria esofágica normal.
No nosso serviço, todos os doentes com suspeita de DRGE são
submetidos à investigação diagnóstica com EDA, US abdominal, manometria e
pHmetria esofágica.
Bumm et al (1992) estudaram a motilidade esofágica e sua relação com o
refluxo gastresofágico. Concluíram que os pacientes com DRGE apresentaram
peristaltismo diminuído durante os episódios de refluxo, e que a associação da
manometria com a pHmetria esofágica esclarece melhor a DRGE do que a
pHmetria isolada.
DISCUSSÃO
62
Os fatores que influenciaram de forma estatisticamente significante a
presença do refluxo patológico foram idade mais avançada, presença da HH com
EE e extensão menor, pressão basal diminuída e menor VV do EIE.
Oliveira et al (2005) estudaram a epidemiologia e a prevalência da DRGE
na população adulta, através de entrevista domiciliar. Concluíram que a idade
mais avançada, além do sexo feminino e da obesidade estiveram associadas à
maior freqüência de sintomas.
Nader et al (2003) também relataram aumento da prevalência de pirose
com idade mais avançada. Outros autores não referiram a idade como fator
predisponente à DRGE (DeMeester et al, 1976).
Na nossa casuística, a HH esteve relacionada às formas mais graves de
EE, associação descrita também por outros autores (Caum et al, 2003; Gordon et
al, 2004; Emerenziani et al, 2006).
Encontramos HH em 128 casos (73,1%). Caum et al (2003) encontraram
HH em 60,7% em um grupo semelhante de doentes.
Johansson et al, em 1986, encontraram sensibilidade da EDA de 68%.
Nasi, em 1996, encontrou sensibilidade de 73,8%. Igualmente ao descrito na
literatura, encontramos EE por refluxo em 66,9% dos doentes com sintomas
típicos de DRGE.
Jones et al (2001), com o objetivo de analisar os fatores relevantes da
patogênese da DRGE, realizaram EDA, manometria e pHmetria em 66 pacientes
com DRGE e em 16 voluntários assintomáticos. Encontrou que o tamanho da HH,
a pressão baixa do EIE, a exposição ao ácido e o número de episódios
prolongados de refluxo estiveram significativamente correlacionados com a
intensidade da esofagite. A análise através da regressão logística mostrou que o
tamanho da HH e a baixa pressão do EIE foram fatores preditivos para EE.
Na nossa casuística, a média do tamanho da HH foi 2,4cm no grupo de
pacientes com RGE patológico, valor significativamente maior em relação aos
pacientes com refluxo fisiológico (média de 1,5cm).
Entre os 175 pacientes com RGE patológico, encontramos 37 casos
(21,1%) com pressão do EIE abaixo do normal.
Segundo Johnson, DeMeester (1986) a hipotonia foi a alteração mais
freqüentemente encontrada nos pacientes com DRGE, além da redução ou
ausência do EIE.
DISCUSSÃO
63
Zaninotto et al (1989) encontraram alteração funcional do EIE em
aproximadamente 60% dos pacientes com DRGE. Identificaram ausência da zona
de alta pressão, encurtamento ou hipotonia do EIE.
Richter (1996) demonstrou que 50% dos pacientes com DRGE apresentam
diminuição da pressão do EIE. DeMeester, Johnson (1976) encontraram hipotonia
do EIE em 34% de pacientes com sintomas importantes de DRGE. Outros autores
encontraram hipotonia do EIE na minoria dos doentes com DRGE (Dodds et al,
1982; Zaninotto et al, 1988; Marsh et al, 2003; Meining et al, 2004).
Em publicações da literatura, alguns autores apresentaram maior
ocorrência de hipotonia do EIE nas formas mais graves de esofagite erosiva
(Zaninotto et al, 1989; Allen et al, 1990; Lemme et al, 2001; Achem et al, 2003).
Csendes et al (1996), analisando 629 pacientes com DRGE, encontraram a
pressão do EIE abaixo de 6mmHg em 32% e 39,8% nos pacientes sem e com
EE, respectivamente. Nos pacientes com EB, a freqüência de baixa pressão do
EIE foi 65,8%. A alteração manométrica mais freqüentemente encontrada nos
portadores de DRGE foi a curta extensão do EIE.
Nos nossos dois grupos de pacientes, tanto aqueles sem refluxo quanto
aos com refluxo patológico, a média da pressão do EIE apresentou valores dentro
da normalidade. Donahue (1997) afirmou que o fato da pressão baixa do EIE não
conseguir predizer a presença de RGE patológico, ilustra claramente a natureza
complexa do processo de RGE.
Achem et al (2003), comparando dois grupos de pacientes com DRGE,
divididos de acordo com a idade, concluíram que os doentes com mais de 65
anos apresentam freqüência maior de distúrbio da motilidade esofágica com
diminuição do clareamento.
Dent et al (1980) estudaram dez indivíduos normais através da manometria
esofágica contínua e pHmetria prolongada do esôfago com um canal, com o
objetivo de avaliar a pressão do EIE nos episódios de RGE, a relação do RGE
com o sono e o mecanismo de clareamento esofágico. Encontraram RGE apenas
durante os períodos de relaxamento transitório, não estando relacionado com o
sono profundo.
Dent et al (1988) estudaram 67 pacientes com DRGE e encontraram que o
relaxamento transitório do EIE foi o fator principal do RGE, responsável por 82%
dos episódios. Sua importância diminui nos casos de esofagite grave, nos quais
DISCUSSÃO
64
existe freqüência maior de baixa pressão basal do EIE. O estudo mostrou também
a correlação entre o relaxamento transitório e a inibição do peristaltismo
esofágico, sugerindo um mecanismo de controle neural. Esse último aspecto
também foi encontrado em estudos experimentais (Sarani et al, 2003).
Na nossa casuística, os valores encontrados do VV estiveram abaixo da
normalidade na maioria dos pacientes sem e com refluxo, embora a média
daqueles com RGE patológico tenha sido significativamente menor.
Assim como outros autores, nossos resultados mostraram que a análise do
VV acrescentou pouca contribuição ao diagnóstico da DRGE (Marsh et al, 2003).
As demais variáveis estudadas não mostraram correlação estatisticamente
significante com a presença do refluxo patológico.
Com relação à pressão de contração do esôfago distal, não houve
diferença significativa entre os grupos de pacientes sem e com refluxo. Todavia,
os dados evidenciam tendência à pressão de contração menor nos pacientes com
refluxo, com o índice de probabilidade próximo ao nível de significância adotado.
Porém, este dado não foi significativo à análise estatística.
Johnsson et al (1989) também encontraram menor amplitude de onda no
esôfago distal relacionada com a presença do RGE patológico.
Assim como outros autores (DeMeester et al, 1976; Nasi, 1996),
encontramos que o RGE patológico combinado foi a forma mais freqüente de
apresentação (50,3%) seguida pelo RGE patológico supino (33,1%) e, por último,
o RGE patológico ortostático (16,6%).
Os fatores que influenciaram de forma estatisticamente significativa o
padrão do refluxo patológico foram: a presença da HH e EE induzindo ao refluxo
supino ou combinado; o maior tamanho da HH correlacionado ao refluxo supino e
DM associado ao refluxo ortostático.
Na nossa casuística dos 103 pacientes com HH e EE, 34,9% apresentaram
refluxo supino e 50,4% combinado, freqüências significativamente maiores do que
de refluxo ortostático.
Meining et al (2004), analisando o padrão do refluxo, encontraram que o
refluxo supino foi mais freqüente nos pacientes com baixa pressão do EIE.
A diminuição da pressão basal do EIE causada pela HH pode ser a
explicação do nosso resultado.
DISCUSSÃO
65
Os pacientes com DM apresentaram maior freqüência de refluxo ortostático
do que nos demais padrões (supino ou combinado). A análise deste resultado,
assim como sua correlação com a literatura é difícil em função do número
pequeno de pacientes (quatro casos).
Kinekawa et al (2001) estudando 59 pacientes diabéticos, concluíram que
as alterações de motilidade esofágica e o RGE ácido patológico estiveram
significativamente relacionados à neuropatia diabética.
As demais variáveis estudadas não mostraram correlação estatisticamente
significante com o padrão de refluxo patológico.
Os fatores que influenciaram de forma estatisticamente significante os
episódios de refluxos prolongados foram idade mais avançada e amplitude menor
de contração do esôfago distal.
Nossos resultados mostraram que a média de idade dos pacientes com
pelo menos seis episódios de refluxo prolongado foi maior que naqueles com
número inferior. Apenas encontramos resultados significativos quando
consideramos seis episódios de refluxo prolongado como número de separação
dos grupos.
Em relação à amplitude de contração do esôfago distal, no presente
estudo, constatamos valores menores nos doentes com pelo menos seis
episódios de refluxo prolongado do que nos demais.
Emerenziani et al (2006) relataram que os pacientes com HH apresentam
retardo no clareamento esofágico e maior exposição da mucosa esofágica ao
ácido, tanto na posição supina como ortostática.
Johnsson et al (1989) demonstraram relação significativa entre a menor
amplitude de contração do corpo esofágico e a presença do RGE. Dantas et al
(2005) relataram que a contração esofágica eficaz é o aspecto mais importante
para a depuração do volume refluído, principalmente na posição supina. Este
achado justifica o maior número de refluxos prolongados nos pacientes com
menor amplitude de contração do esôfago distal.
Por fim, em relação à amplitude de contração do esôfago distal, quando
analisamos pressão >180mHg, vemos que esta freqüência é maior, mas não
significativa, nos pacientes sem a confirmação do refluxo patológico pela
pHmetria.
DISCUSSÃO
66
As demais variáveis estudadas não mostraram correlação estatisticamente
significante com o número de episódios de refluxo prolongado.
Os dados obtidos no presente trabalho que tiveram resultados
estatisticamente significantes em relação à intensidade do refluxo, avaliada pelo
índice de DeMeester, foram o tempo de história mais curto, o tamanho da HH e a
presença de esofagite erosiva grau 3.
Csendes et al, (1996) referiram sintomas mais intensos nas formas mais
leves de EE, e o tempo de história mais curto nas formas mais graves. Esta
afirmação corrobora os dados encontrados no presente estudo, em relação ao
tempo de história dos sintomas da DRGE.
Johnsson et al (1989) avaliaram 220 pacientes com sintomas sugestivos de
DRGE através da pHmetria ambulatorial de 24 horas. Os autores encontraram
que a pressão basal do EIE, a extensão abdominal do EIE, o tamanho da HH, a
amplitude de contração do esôfago distal e a idade foram os fatores que
estiveram associados à intensidade de RGE.
Nossos resultados revelam que pacientes etilistas e os portadores de HAS
apresentaram índices de DeMeester significativamente menores que os demais.
Kaufman, Kaye (1978) estudaram aleatoriamente, através da monitoração
do pH intra-esofágico, 12 voluntários assintomáticos de duas formas, com e sem
ingestão de bebida alcoólica à refeição. Onze pacientes apresentaram mais RGE
após a ingestão de álcool, sugerindo que o álcool às refeições, induz RGE em
pessoas normais.
Pehl et al (1993) analisaram em voluntários assintomáticos o efeito de
vinho branco, cerveja, uma solução de alto teor alcoólico e bebida neutra.
Concluíram que vinho branco e cerveja induzem ao RGE, e que esse fator não foi
devido à concentração alcoólica.
Mohammed et al (2005) analisou através de questionário, 1533 membros
de uma comunidade, os quais haviam apresentado sintomas típicos de DRGE na
última semana. Observou que fumo, álcool, excesso de peso e outros fatores
(origem asiática, uso de drogas anticolinérgicas e baixo nível social) estavam
significativamente associados ao aparecimento dos sintomas.
O presente trabalho mostrou que, nos pacientes com DRGE diagnosticada
pela pHmetria do esôfago, o etilismo foi associado a RGE patológico menos
intenso, quando avaliado pelo índice de DeMeester.
DISCUSSÃO
67
As demais variáveis estudadas não mostraram correlação estatisticamente
significante com os índices de DeMeester.
A relação entre a pressão basal do EIE e a intensidade do RGE é um
assunto controverso. Assim como outros autores (Almeida et al, 1993; Kasapidis
et al, 1993), não encontramos relação entre esses fatores.
Consideramos RGE intenso quando o tempo de acidificação esofágica total
foi superior a 16%. Na nossa amostra a porcentagem de doentes com essa
alteração foi 21,1%, semelhante à relatada na literatura (Nasi, 1996).
Kahrilas, Gupta (1990) analisando os efeitos do fumo no RGE, concluíram
que fumar cigarros exacerba os sintomas da DRGE, provocando mais RGE e
diminuindo a pressão do EIE.
Kahrilas (1992), em artigo de revisão, afirmou que durante o ato de fumar
ocorre um aumento dos episódios de refluxo. O autor também relatou que a ação
crônica do fumo diminui a pressão do EIE e retarda o clareamento esofágico.
Smit et al (2001) demonstrou que o fumo aumenta o número de episódios
de refluxo no esôfago distal e ao nível do ESE.
Apesar das referências da literatura acima expostas, não encontramos
correlação do tabagismo com nenhuma das variáveis estudadas.
No presente trabalho, a análise da relação entre IMC e a intensidade de
refluxo não foi estatisticamente significativa, embora alguns trabalhos comprovem
esta relação.
Saeian et al (2002) analisaram 1699 questionários respondidos por
pacientes obesos e encontraram uma prevalência maior de sintomas de DRGE
diretamente relacionada ao IMC.
Nandurkar et al (2004) estudaram a influência do IMC, da atividade física,
da dieta e de aspectos psicológicos na DRGE, a partir de questionário específico
aplicado a 211 doentes. Os autores concluíram que apenas o IMC esteve
correlacionado à DRGE.
Oliveira et al (2005) estudaram a prevalência da DRGE e concluíram que a
obesidade, além de outros fatores já referidos, estiveram associadas à maior
freqüência dos sintomas.
No grupo de pacientes submetidos à colecistectomia, não encontramos
diferenças nas variáveis estudadas.
DISCUSSÃO
68
Manifold et al (2000) realizaram pHmetria prolongada do esôfago e
monitorização gástrica da bilirrubina em 17 pacientes com CCC. Três meses após
a colecistectomia, repetiram os exames e concluíram que a cirurgia não
determinou o aumento do refluxo de bile para o estômago e nem do RGE ácido.
Avidan et al (2001), analisando 1197 pacientes por meio de EDA e US,
concluíram que CCC e a colecistectomia prévia não estiveram associadas à maior
freqüência de HH ou ER.
Nos nossos casos o diagnóstico de EB, confirmado pelo exame
anatomopatológico, foi realizado em 9,2% dos pacientes e presente mais
freqüentemente no sexo masculino. Seu diagnóstico não mostrou relação
significativa com as variáveis estudadas.
DeMeester, DeMeester (2000), analisando pacientes com sintomas
crônicos de DRGE, encontraram EB em 15% deles. Caum et al (2003),
analisando 402 pacientes, encontraram EB em 3,8% dos casos. Kulig et al (2004),
em estudo europeu multicêntrico, encontraram 11% de pacientes com EB
Embora os sintomas da DRGE e a doença sejam mais freqüentes em
mulheres, o EB é mais comum em homens, sem relação com etilismo ou
tabagismo (Caum et al, 2003).
Desde que o exame de manometria axial computadorizada do esôfago
passou a ser rotina na investigação diagnóstica dos pacientes com suspeita de
DRGE, o Grupo de Afecções do Esôfago do Departamento de Cirurgia da Santa
Casa de São Paulo melhorou o nível da sua atividade assistencial.
Diagnosticamos casos de megaesôfago não chagásico e esclerose sistêmica
progressiva, cuja suspeita clínica inicial era DRGE. Compreendemos melhor a
fisiopatologia dessa afecção tão comum na atualidade e conhecemos mais
profundamente suas características.
Várias questões permanecem sem resposta, como a causa da disfagia sem
estenose, a fisiopatologia do RFL, a etiopatogenia do esôfago em quebra-nozes,
entre outras.
O papel da manometria axial computadorizada do esôfago na orientação
do tipo de cirurgia anti-refluxo a ser realizada ainda é objeto de discussão
(Richter, 1996).
Fibbe et al (2001), num estudo prospectivo e randômico, concluíram que a
incidência da disfagia no pós-operatório não apresentou relação com o tipo de
DISCUSSÃO
69
válvula realizada (total ou parcial), nem com as alterações motoras
diagnosticadas no pré-operatório. Os autores sugeriram que não se deva ajustar a
técnica cirúrgica às alterações manométricas pré-operatórias, fato chamado de
“procedimento ajustado”.
A pHmetria prolongada do esôfago revelou que alguns pacientes que eram
considerados portadores de dispepsias inespecíficas, na verdade apresentavam
RGE patológico sem lesão da mucosa.
Sifrim et al (2001), utilizando a impedanciometria e a pHmetria prolongada
do esôfago, estudaram 16 pacientes com DRGE e 15 indivíduos normais. Os
autores mostraram que as informações fornecidas pela impedanciometria foram
mais detalhadas.
Balaji et al (2003), em artigo intitulado “redefinindo refluxo gastroesofágico”,
publicaram a análise do RGE em voluntários assintomáticos, por meio da
pHmetria e da impedanciometria. Concluíram que mais da metade dos episódios
de RGE, observados pela tecnologia da impedância, não foi detectada pela
pHmetria.
Acreditamos que, dentro da realidade diagnóstica da DRGE, a
impedanciometria terá um importante papel num futuro breve, possivelmente com
mudanças nas formas de apresentação clínica e maior aumento da prevalência.
Os achados do nosso trabalho e da literatura chamam a atenção para o
comportamento das variáveis envolvidas na fisiopatologia da DRGE, e nos faz
inferir que possivelmente existam outros determinantes, além do RGE.
Procurando acrescentar novos elementos em busca de esclarecimentos
dos possíveis fatores que influenciam as características do RGE, cresceu o
interesse para o desenvolvimento de novas pesquisas, voltadas para o estudo
sistematizado da DRGE.
CONCLUSÕES
70
6. CONCLUSÕES
Os resultados obtidos nas condições de execução do presente estudo, em
que avaliamos 251 doentes com sintomas típicos de DRGE, permitiram as
seguintes conclusões:
1) Nos pacientes com sintomas típicos da DRGE os fatores que influenciaram a
presença do refluxo patológico, comprovada pela pHmetria prolongada do
esôfago, foram: a idade mais avançada, a presença de hérnia hiatal com
esofagite erosiva, a extensão menor, a pressão basal diminuída e o menor vetor
volume do EIE.
2) Nos pacientes com DRGE, diagnosticada pela pHmetria prolongada do
esôfago, os fatores que influenciaram o padrão de refluxo foram: a presença de
hérnia hiatal (refluxo supino ou combinado), idade mais avançada e menor
amplitude de contração do esôfago distal (episódios prolongados de refluxo).
3) Nos pacientes com DRGE, diagnosticada pela pHmetria prolongada do
esôfago, os fatores que predispuseram a maior intensidade de refluxo, avaliada
pelo índice de DeMeester, foram: o tempo menor de história, o tamanho maior da
hérnia hiatal e a presença de esofagite erosiva grau 3, quando comparada à de
grau 1.
ANEXO 1
71
7.1 ANEXO 1: “Solicitação de Exame” e rotina do serviço para manometria e
pHmetria prolongada do esôfago.
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Departamento de Cirurgia - Grupo de Afecções do Esôfago
Serviço de Fisiologia do Aparelho Digestivo
Solicitação de exame: manometria axial computadorizada do esôfago e
pHmetria prolongada do esôfago
Paciente: _______________________________________ - Registro: __________
Data: ____/____/_______ - Hipótese diagnóstica:_________________________
Médico solicitante:_____________________ - Instrutor responsável______________
Resumo da História Clínica e Exame Físico:_________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Tempo de história:_____________________________________________________
Fuma � - Bebe � - Vida sedentária � - Estresse � Doenças associadas:___________________________________________________
Medicação habitual:____________________________________________________
Cirurgias prévias:______________________________________________________
____________________________________________________________________
Tratamento prévio:_____________________________________________________
Obrigatório - Endoscopia Digestiva Alta (___/___/____):_______________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Obrigatório - Ultra-som abdominal (___/___/____):___________________________
____________________________________________________________________
Obrigatório exceto em refluxo - Raio-X contrastado:_________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Outros exames:________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
ANEXO 1
72
ROTINA DE REALIZAÇÃO DOS EXAMES DE
AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO ESÔFAGO.
• As solicitações de exames de Manometria e Phmetria devem ser avaliadas por
algum membro da Área III (afecções do esôfago) e agendadas com a
enfermeira do Ambulatório.
• Todo doente deve ter realizado previamente avaliação cardiológica no
Departamento de Clínica Médica, o raio-X contrastado do esôfago, a
endoscopia digestiva alta e a ultra-sonografia abdominal superior.
• O doente deverá estar há 10 dias sem nenhum medicamento que atue no
esôfago (antiácidos, procinéticos ou bloqueadores).
• Jejum absoluto de 8 horas.
• A manometria é realizada em regime ambulatorial, no período da manhã. Nos
doentes portadores de megaesôfago avançado a sonda de manometria será
passada por via endoscópica.
• A pHmetria é realizada apenas após a manometria.
• A pHmetria deve ser realizada com o doente internado (internação de 24 horas
para diagnóstico), não podendo ser operado na mesma internação.
• Durante a realização da pHmetria prolongada do esôfago, a atividade na
enfermaria e a dieta devem ser próximas do “habitual”.
ANEXO 2
73
7.2 ANEXO 2: Laudo de exame de manometria axial computadorizada do
esôfago (caso 233). O nome do doente foi abreviado ou coberto para publicação.
ANEXO 2
74
ANEXO 2
75
ANEXO 2
76
ANEXO 2
77
ANEXO 2
78
ANEXO 2
79
ANEXO 3
80
7.3 ANEXO 3: Laudo de exame de pHmetria prolongada do esôfago. O nome
do doente foi abreviado ou coberto para publicação.
ANEXO 3
81
ANEXO 4
82
7.4 ANEXO 4: Tabelas para comparação das variáveis estudadas entre os sexos (n=251).
TABELA 58. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à idade dos pacientes
distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Idade (anos) Sexo masculino Sexo feminino Total Mínima 23 15 15 Máxima 80 80 80 Mediana 50 54 52,5 Média 49,6 52,8 51,8 Desvio-padrão 15,3 12,3 13,3 Variância 229,2 136,8 177,8 Estatística F p = 0,0286 t de Student t = 0,0997 Teste da mediana χ
2 = 2,66 TABELA 59. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao tempo de história dos
sintomas (em meses) dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Tempo de história dos sintomas (meses)
Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínima 2 1 1 Máxima 300 240 300 Mediana 36 48 36 Média 49,8 64,7 60,5 Desvio-padrão 59,6 60,4 60,4 Variância 3552,3 3648,4 3652,0 Estatística F p = 0,9096 t de Student t = 0,6919
ANEXO 4
83
TABELA 60. Distribuição dos pacientes de acordo com o sexo conforme presença ou ausência de condições associadas (n=251)
Condições associadas Sexo masculino Sexo feminino Total n % n % n % Tabagismo - Presente 12 15,2 12 6,9 24 9,5 - Ausente 67 84,8 160 93,1 227 90,4 - Total 79 100,0 172 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 3,32 p = 0,0684 Etilismo - Presente 8 10,1 1 0,6 9 3,6 - Ausente 71 89,9 171 99,4 242 96,4 - Total 79 100,0 172 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χχχχ
2 = 11,63 p = 0,0006 Hipertensão arterial sistêmica
- Presente 15 19,0 49 28,5 64 25,5 - Ausente 64 81,0 123 71,5 187 74,5 - Total 79 100,0 172 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 3,09
p = 0,0787 Diabetes melito - Presente 1 1,3 3 1,7 4 1,6 - Ausente 78 98,7 169 98,3 247 98,4 - Total 79 100,0 172 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 0,71
p = 0,3994
TABELA 61. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao índice de massa corpórea
(IMC) dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
IMC (Kg/m2) Sexo masculino Sexo feminino Total Mínima 16,80 18,30 16,80 Máxima 39,45 47,97 47,97 Mediana 25,76 28,18 27,46 Média 25,89 28,18 27,46 Desvio-padrão 4,16 4,90 4,81 Variância 17,34 24,33 23,19 Estatística F p = 0,0919 t de Student t = 0,0001
ANEXO 4
84
TABELA 62. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao tamanho da hérnia hiatal dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Tamanho da hérnia hiatal (cm)
Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 1 1 1 Máximo 10 9 10 Mediana 2 3 3 Média 2,8 3,1 3,0 Desvio-padrão 1,7 1,5 1,6 Variância 2,7 2,3 2,4 Estatística F p = 0,5093 t de Student t = 0,1622
TABELA 63. Distribuição dos pacientes de acordo com o sexo conforme achados endoscópicos
(n=251)
Achados endoscópicos Sexo masculino Sexo feminino Total
n % n % n % Hérnia hiatal - Presente 50 63,3 127 45,0 177 71,0 - Ausente 29 36,7 45 55,0 74 29,0 - Total 79 100,0 172 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 3,00 p = 0,0832 Intensidade da esofagite - 0 22 27,8 61 35,4 83 33,1 - 1 29 36,7 80 46,5 109 43,4 - 2 8 10,1 13 7,6 21 8,4 - 3 6 7,6 3 1,8 9 3,6 - 4 2 2,5 4 2,3 6 2,4 - 5 12 15,2 11 6,4 23 9,1 - Total 79 100,0 172 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χχχχ
2 = 12,38 p = 0,0004 Esôfago de Barrett - Presente 12 15,2 11 6,4 23 9,2 - Ausente 67 84,8 161 93,6 228 90,8 - Total 79 100,0 172 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χχχχ
2 = 4,02 p = 0,0449
ANEXO 4
85
TABELA 64. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à extensão do esfíncter inferior
do esôfago (EIE) dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Extensão do EIE (cm) Sexo masculino Sexo feminino Total Mínima 1 1 1 Máxima 5 6 6 Mediana 3 2 2 Média 2,7 2,6 2,6 Desvio-padrão 1,1 1,1 1,1 Variância 1,1 1,3 1,3 Estatística F p = 0,4407 t de Student t = 0,5069
TABELA 65. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão do esfíncter inferior
do esôfago (EIE) dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Pressão do EIE (mmHg) Sexo masculino Sexo feminino Total Mínima 4 7 4 Máxima 41 38 41 Mediana 18 19 19 Média 18,5 19,1 18,9 Desvio-padrão 5,9 5,9 5,9 Variância 35,8 35,9 35,8 Estatística F p = 0,9942 t de Student t = 0,5052
TABELA 66. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao vetor volume dos pacientes
distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Vetor volume (mmHg2.cm)
Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 578 464 464 Máximo 7708 14403 14403 Mediana 2614 2700 2657 Média 2914,8 3350,1 3221,6 Desvio-padrão 1657,8 2384,8 2187,2 Variância 2748435,8 5687335,9 4783756,1 Estatística F p = 0,0004 t de Student t = 0,1184 Teste da mediana χ
2 = 0,2538
ANEXO 4
86
Tabela 67. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão de contração do
esôfago distal dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Pressão de contração (mmHg) Sexo masculino Sexo feminino Total Mínimo 13 12 12 Máximo 192 277,3 277,3 Mediana 76,8 92,3 86,7 Média 83,7 99,7 94,6 Desvio-padrão 35,3 46,7 44,0 Variância 1242,4 2183,7 1936,6 Estatística F p = 0,0055 t de Student t = 0,0030 Teste da mediana χχχχ
2 = 5,77 TABELA 68. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à pressão do esfíncter superior
do esôfago (ESE) dos pacientes de acordo com o sexo (n=251)
Pressão do ESE (mmHg) Sexo masculino Sexo feminino Total Mínimo 17,6 13,9 13,9 Máximo 213,0 241,2 241,2 Mediana 58,4 50,7 52,1 Média 62,6 62,8 62,7 Desvio-padrão 33,6 38,8 37,2 Variância 1128,0 1506,8 1382,6 Estatística F p = 0,1492 t de Student t = 0,9610
TABELA 69. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao número de total de refluxos
dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Número total de refluxos
Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 9 0 0 Máximo 140 102 140 Mediana 47 37 40 Média 47,9 40,6 42,9 Desvio-padrão 25,1 22,3 23,4 Variância 630,7 498,9 549,4 Estatística F p = 0,2109 t de Student t = 0,0228
ANEXO 4
87
TABELA 70. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao número de total de refluxos
prolongados dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Número total de refluxos prolongados Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 0 0 0 Máximo 24 24 24 Mediana 5 3 3 Média 5,5 4,2 4,6 Desvio-padrão 5,7 4,8 5,1 Variância 32,8 22,9 26,3 Estatística F p = 0,0566 t de Student t = 0,0709 Teste da mediana χχχχ
2 = 3,97 TABELA 71. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à porcentagem de tempo ácido total dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Porcentagem de tempo ácido total Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 0,5 0,1 0,1 Máximo 43,9 37,1 43,9 Mediana 7,3 5,8 6,1 Média 9,8 7,8 8,4 Desvio-padrão 9,2 7,1 7,9 Variância 85,5 50,7 62,3 Estatística F p = 0,0052 t de Student t = 0,0943 Teste da mediana χ
2 = 2,46 TABELA 72. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao número de refluxos supinos
dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Número de refluxos supinos Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 0 0 0 Máximo 48 54 54 Mediana 9 6,5 7 Média 12,6 9,8 10,7 Desvio-padrão 11,9 10,0 10,7 Variância 143,1 99,6 114,5 Estatística F p = 0,0534 t de Student t = 0,0561 Teste da mediana χ
2 = 2,37
ANEXO 4
88
TABELA 73. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao número de refluxos
prolongados supinos dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Número de refluxos prolongados supinos Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 0 0 0 Máximo 17 19 19 Mediana 1 1 1 Média 2,6 1,9 2,1 Desvio-padrão 3,7 2,8 3,0 Variância 11,3 7,9 9,0 Estatística F p = 0,0545 t de Student t = 0,1024
TABELA 74. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à porcentagem de tempo ácido
supino dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Porcentagem de tempo ácido supino Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 0 0 0 Máximo 62,5 59,3 62,5 Mediana 4,4 3,2 3,8 Média 9,8 7,5 8,2 Desvio-padrão 12,8 10,16 11,1 Variância 163,6 103,4 122,8 Estatística F p = 0,0141 t de Student t = 0,1737 Teste da mediana χ
2 = 0,4516 TABELA 75. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao número de refluxos
ortostáticos dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Número de refluxos ortostáticos
Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 1 0 0 Máximo 116 85 116 Mediana 31 27 29 Média 35,8 31,2 32,6
Desvio-padrão 20,6 18,0 19,0 Variância 423,8 326,0 359,9
Estatística F p = 0,1614 t de Student t = 0,0727
Teste da mediana χ2 = 1,69
ANEXO 4
89
TABELA 76. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao número de refluxos
prolongados ortostáticos dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Número de refluxos prolongados ortostáticos Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 0 0 0 Máximo 19 21 21 Mediana 2 1 1 Média 2,9 2,3 2,5 Desvio-padrão 3,7 3,3 3,5 Variância 13,6 11,1 11,9 Estatística F p = 0,2807 t de Student t = 0,1828
TABELA 77. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos à porcentagem de tempo ácido
ortostático dos pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Porcentagem de tempo ácido ortostático
Sexo masculino Sexo feminino Total
Mínimo 0,2 0,1 0,1 Máximo 47,0 40,8 47,0 Mediana 7,3 5,4 6,0 Média 9,6 7,8 8,3 Desvio-padrão 8,4 7,0 7,5 Variância 71,4 49,4 56,8 Estatística F p = 0,0498 t de Student t = 0,1023 Teste da mediana χ
2 = 0,7691 TABELA 78. Distribuição dos pacientes de acordo com o sexo conforme o Índice de DeMeester
(n=251)
Índice de DeMeester Sexo masculino Sexo feminino Total n % n % n % Normal 19 24,0 57 33,1 76 30,3 Anormal 60 76,0 115 66,9 175 69,7 Total 79 100,0 172 100,0 251 100,0 Prova do χ2 χ
2 = 2,85 p = 0,0913
ANEXO 4
90
TABELA 79. Valores medianos e médios (+ desvios-padrão) relativos ao Índice de DeMeester dos
pacientes distribuídos de acordo com o sexo (n=251)
Índice de DeMeester Sexo masculino Sexo feminino Total Mínimo 3,1 1,4 1,4 Máximo 26,3 161,3 161,3 Mediana 27,9 24,0 25,3 Média 39,1 32,3 34,4 Desvio-padrão 33,7 28,0 30,0 Variância 1135,5 785,2 899,3 Estatística F p = 0,0500 t de Student t = 0,1240 Teste da mediana χ
2 = 2,52 TABELA 80. Distribuição dos pacientes de acordo com o sexo conforme a presença e o padrão de
refluxos (n=251)
Presença e padrão de refluxos Sexo masculino Sexo feminino Total
n % n % n % Sem refluxo 19 24,0 57 33,2 76 30,3 Com refluxo supino 17 21,5 41 23,8 58 23,1 Com refluxo ortostático 12 15,2 17 9,8 29 11,6 Com refluxo combinado 31 39,3 57 33,2 88 35,0 Total
79
100,0
172
100,0
251
100,0
Prova do χ2 χ
2 = 3,51 p = 0,3194
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS∗
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∗ As referências bibliográficas foram realizadas no Vancouver Style, conforme proposto pelo International Comitee of Medical Journal Editors, publicado no artigo Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journal (Ann Intern Med 1997; 126:36-47), disponível no site http://www.acponline.org/journal/annals/01jan97/htm.
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RESUMO
104
10. RESUMO Fatores clínicos e de diagnóstico do padrão e da intensidade do refluxo nos
pacientes com sintomas típicos da doença do refluxo gastroesofágico Objetivo: Analisar: 1) os aspectos clínicos, ultra-sonográficos, endoscópicos, manométricos e os dados de pHmetria prolongada do esôfago dos pacientes com sintomas típicos de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE); 2) os fatores clínicos e de diagnóstico do padrão do refluxo nos pacientes com DRGE, diagnosticada pela pHmetria prolongada do esôfago; 3) os fatores que influenciam a intensidade do RGE medida pelo índice de DeMeester. Casuística e Método: No Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, estudou-se 251 pacientes com sintomas típicos da DRGE. Os dados clínicos incluíram sexo, idade, tempo de história, etilismo, tabagismo, diabetes melito, hipertensão arterial sistêmica e índice de massa corpórea (IMC). À ultra-sonografia (US) avaliou-se colelitíase (CCC) e colecistectomia prévia. A endoscopia analisou a hérnia hiatal (HH), o esôfago de Barrett (EB) e a esofagite erosiva (EE). Os dados manométricos foram a pressão, a extensão e o vetor volume do esfíncter inferior do esôfago (EIE); a pressão de contração do esôfago distal e a pressão do esfíncter superior. A pHmetria registrou o número de episódios de refluxo e de refluxos prolongados, além da porcentagem do tempo ácido nos padrões supino, ortostático e combinado. Os dados obtidos originaram freqüências ou valores médios e desvios-padrão que foram comparados de acordo com: sexo, presença e padrão de refluxo gastroesofágico, episódios de refluxos prolongados e índices de DeMeester. O emprego da Estatística F avaliou a variância dos valores médios que foram comparados pelo Teste t de Student. Dados expressos em freqüências foram analisados pela Prova do Qui-quadrado, com probabilidade de 95% (p<0,05). Resultados: Na amostra (n=251), 172 pacientes (68,5%) eram mulheres. A média de idade foi de 51,8 anos. A US diagnosticou CCC em 23 doentes e colecistectomia prévia em 21 pacientes. A HH estava presente em 177 pacientes (71,0%), com tamanho médio de 3,0cm. A EE foi encontrada em 168 pacientes (66,9%) e o EB em 23 casos (9,2%). A associação de HH com EE foi observada em 131 pacientes (52,3%). Apenas 37 pacientes (14,7%) não apresentavam HH ou EE. Quanto à manometria, o valor médio da extensão do EIE foi 2,6cm, sendo que 132 pacientes (52,6%) apresentaram EIE curto. A pressão média do EIE foi 18,9mmHg e 46 doentes (18,3%) apresentaram pressão abaixo de 14mmHg. À pHmetria prolongada do esôfago, a média do número de refluxos foi 42,9. A média do número de refluxos prolongados foi 4,6 e a porcentagem de tempo ácido total média foi 8,4%. Em 175 pacientes (69,7%), o índice de DeMeester mostrou-se elevado e, segundo o padrão de refluxo, 88 (50,3%) tiveram refluxo combinado; 58 pacientes (33,1%) refluxo supino e, 29 (16,6%) refluxo ortostático. Conclusões: 1) Nos pacientes com sintomas típicos da DRGE, os fatores que influenciaram a presença do refluxo patológico, comprovada pela pHmetria do esôfago, foram: a idade, a presença de hérnia hiatal com esofagite erosiva; a extensão menor, a pressão basal diminuída e o menor vetor volume do EIE. 2) Nos pacientes com DRGE diagnosticada pela pHmetria prolongada do esôfago os fatores que influenciaram o padrão de refluxo foram a presença de hérnia hiatal (refluxo supino ou combinado), idade mais avançada e menor amplitude de contração do esôfago distal (episódios prolongados de refluxo). 3) Nos pacientes com DRGE, diagnosticada pela pHmetria prolongada do esôfago, os fatores que predispuseram a maior intensidade de refluxo, avaliada pelo índice de DeMeester, foram: o tempo menor de história, o tamanho maior da hérnia hiatal e a presença de esofagite erosiva grau 3, quando comparada à de grau 1.
ABSTRACT
105
11. ABSTRACT Clinical and diagnostic factors related to the pattern and severity of reflux in patients
with typical symptoms of gastroesophageal reflux disease (GERD)
Objectives: To study 1) clinical, abdominal ultrasound, upper digestive endoscopy, esophageal manometry and prolonged esophageal pH-monitoring findings in patients with typical symptoms of GERD; 2) clinical and diagnostic factors of the pattern of the reflux episodes in patients with GERD and positive prolonged esophageal pH-monitoring; 3) clinical and diagnostic factors of the severity of the reflux episodes in patients with GERD and positive prolonged esophageal pH-monitoring, evaluated using the DeMeester score.
Patients and Methods: A total of 251 patients with typical GERD symptoms, referred from the Surgery Department of Santa Casa School of Medicine of São Paulo, were studied. Clinical data reported on gender, age, time of complaints, Body Mass Index (BMI), tobacco and alcohol abuse, presence of diabetes and high blood pressure. An abdominal ultrasound was performed to rule out cholelithiasis (CL) and prior cholecystectomy (PC). Upper digestive endoscopy assessed the presence of hiatal hernia (HH), Barrett´s esophagus (BE), and erosive esophagitis (EE). Manometry parameters were pressure, extension and volume vector of the lower esophageal sphincter (LES), pressure of contraction of the distal esophagus, and pressure of the upper esophageal sphincter (UES). Esophageal pH-monitoring determined the number of reflux episodes, and of prolonged reflux episodes, as well as the percentage of acid time in the supine, orthostatic and combined positions. The resulting data was expressed in frequencies or mean values and standard deviations and was then crossed with data on gender, presence and pattern of GERD, number of prolonged reflux episodes, and DeMeester scores. Statistical analysis using the F Statistics for variance analysis of the mean values was used and then results were compared using the Student t test. Data expressed in frequencies were analyzed with the chi-square test, with a significance level of 95% (p<0.05).
Results: One-hundred-and-seventy-two patients were females (68.5%), and the mean age was 51.8 years. Ultrasound examination revealed CL in 23 patients and PC in 21 patients. Hiatal hernia was diagnosed in 177 patients (71%), with an average size of 3.0 cm. Erosive esophagitis was found in 168 patients (66.9%) and BE in 23 patients (9.2%). A combination of HH and EE was diagnosed in 131 patients (52.3%); only 37 patients (14.7%) did not present either. The mean extension of the LES was 2.6 cm, whereas 132 patients (52.6%) were found to have a LES smaller than 3.0 cm. The mean pressure of the LES was 18.9 mmHg; 46 patients (18.3%) had pressures below 14 mmHg. The mean number of reflux episodes on prolonged esophageal monitoring was 42.9; the mean number of prolonged episodes of reflux was 4.6, and the mean percentage of total acid time was 8.4%. DeMeester scores were high in 175 patients (69.7%); 88 patients (50.3%) had a combined reflux pattern, 58 patients (33.1%) presented supine reflux, and 29 (16.6%) had orthostatic reflux.
Conclusions: 1) In patients with typical GERD symptoms the factors influencing the presence of pathological reflux confirmed by prolonged esophageal pH-monitoring were: age, hiatal hernia associated to erosive esophagitis, a smaller extension, low baseline pressure and smaller volume vector of the LES. 2) In patients with GERD diagnosed by prolonged esophageal pH-monitoring factors that influenced the pattern of reflux were: Hiatal hernia (supine or combined reflux), age and smaller amplitude of contraction of the distal third of the esophagus (episodes of prolonged reflux); 3) In patients with GERD diagnosed by prolonged esophageal pH-monitoring factors that predisposed to a greater severity of the reflux episodes, evaluated using the DeMeester score, were: short time of complaints, the size of the hiatal hernia, and the presence of erosive esophagitis stage 3, when compared to stage 1.
APÊNDICE 1
106
12.1 APÊNDICE 1: Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.
APÊNDICE 2
107
12.2 APÊNDICE 2: Dados individuais dos doentes.
Nº NOME Registro Sexo Idade IMC ∆t Taba Etilis HAS DM HH EE 01 H.R.B. C-606884 F 48 26,72 60 N N N N 0 1 02 E.X.N. C-621217 F 32 29,84 18 N N N N 2 1 03 C.R.S. -------- F 33 19,28 24 N N N N 0 1 04 M.C. --------- M 23 25,83 36 N N N N 0 1 05 E.P.G. C-615766 F 68 23,57 48 N N N N 6 0 06 J.V.C. C-588043 F 76 30,22 120 N N N N 2 5 07 A.C. C-564105 M 23 29,01 36 N N N N 2 1 08 A.Q. 93472 M 25 20,76 18 N N N N 0 1 09 M.F.L. C-633122 F 44 25,21 96 N N N N 3,5 0 10 A.G. C-549326 M 49 30,49 12 N N N N 2 1 11 M.L.S. C-619837 F 56 28,89 7 N N S N 6 4 12 J.C.M. C-602637 M 34 21,30 36 N N N N 3 0 13 N.O. C-658025 M 52 24,22 12 N N N N 0 0 14 N.A.C. C-668575 F 70 27,64 240 N N N N 7 1 15 O.M.S. C-375183 F 64 25,04 120 N N N N 4 1 16 L.C.O. C-239256 F 53 32,47 48 N N N N 2 1 17 M.H.P. C-657663 F 40 25,78 12 N N N N 0 1 18 A.S. C-614846 F 55 25,15 48 N N N N 0 0 19 C.S.N. C-650797 F 26 19,38 12 N N N N 0 0 20 R.O.D. C-528353 F 70 22,37 180 N N N N 5 1 21 M.J.P. C-542727 F 54 27,34 48 N N N N 0 1 22 E.M.S. C-604850 F 53 27,61 120 N N N N 0 0 23 A.C. C-420486 F 78 31,24 12 N N N N 5 1 24 M.C.L. C-660333 F 48 39,30 18 N N N N 4 1 25 C.J.C. C-648946 M 33 30,72 36 N N N N 0 2 26 R.C.F. C-586853 F 56 33,77 180 N N N N 5 1 27 Z.P.S. C-083586 F 67 30,67 240 N N N N 2 1 28 O.C. C-334061 M 71 25,34 36 N N S N 2,5 1 29 N.D.M. C-633526 F 44 25,15 48 N N N N 2 0 30 L.P.S. C-663749 F 46 29,05 12 N N N N 2 1 31 G.S.S. C-664390 F 51 27,47 7 N N N N 4 4 32 M.G.F. C-552021 F 68 18,83 12 N N N N 4 1 33 S.M.S. C-668733 F 48 24,78 36 S N N N 5 0 34 E.H.C. C-382318 F 77 27,55 120 N N S N 3 1 35 C.M.S. C-540243 M 57 30,12 120 N N N N 5 1 36 J.B.C. C-605812 F 39 26,29 120 N N N N 0 0 37 M.T.C. C-354095 F 62 29,14 36 N N S N 2 1 38 J.S. C-655367 M 45 27,46 7 N N N N 0 0 39 O.C. C-661707 M 70 22,31 3 N N N N 2 5 40 G.O. C-374114 M 66 21,72 24 N N N N 2 5 41 E.H.B. C-639495 F 56 18,13 12 N N N N 0 0 42 R.S.S. C-706433 M 31 24,57 12 N N N N 0 0 43 N.M.C. C-351751 F 59 25,15 12 N N N N 0 0 44 J.M.O. C-699362 M 59 27,61 36 N N N N 3 5 45 V.A.A. C-697946 F 42 23,33 120 N N N N 1 1 46 F.S. C-677775 M 73 19,10 12 N N N N 5 5 47 F.G.A. C-290638 M 57 28,72 120 N N S N 0 0 48 I.V.R. C-403520 F 63 32,05 48 N N N N 4 1 49 M.G.B.G C-491088 F 45 28,30 120 N N N N 2 1 50 Y.V C-439432 F 68 33,31 24 N N N N 3 1 51 M.J.S. C-619705 M 42 21,94 24 N N N N 1 0 52 J.J. C-475300 M 80 22,96 120 N N N N 0 5 53 M.A.N 270423 F 55 27,24 72 N N N N 1 1 54 J.H.D.I. C-681196 M 34 25,76 24 N N N N 0 0 55 J.B.C. C-658389 M 72 31,25 240 N N N N 2 5 56 J.A.A.O. C-636347 M 73 23,42 240 N N S N 6 1 57 N.B.B. C-533921 F 66 34,63 36 N N S N 5 2 58 J.M.S. C-455895 M 66 23,32 300 N N N N 3 4 59 M.J.C.C C-355220 F 62 34,24 48 N N S N 4 0 60 M.J.M.V.O C-669472 F 46 29,17 96 N N N N 2 1 61 V.L.B.S. C-644747 F 46 30,80 24 N N N N 2 1 62 M.C.B. C-580810 F 52 31,58 72 N N N N 3 1
APÊNDICE 2
108
Nº NOME Registro Sexo Idade IMC ∆t Taba Etilis HAS DM HH EE 63 I.T.P.S. C-430102 F 44 27,53 60 N N N N 4 5 64 J.J.C. C-525767 M 59 26,45 8 N N S N 2 1 65 Q.C. C-718406 F 37 26,35 36 S N N N 4 2 66 M.B. C-654120 F 19 21,99 36 N N N N 3 1 67 I.A.B. C-683287 F 60 40,17 60 N N N N 2 1 68 M.P.S. C-336862 F 52 19,83 96 N N N N 0 1 69 A.J.O. C-730149 M 39 30,49 180 S S N N 0 0 70 J.F.O. C-691269 M 49 24,86 36 N N S N 5 3 71 A.R.A. C-701217 F 68 21,05 24 N N N N 0 0 72 V.A.D. C-149355 F 43 24,44 96 N N N N 2 1 73 O.C. C-369831 F 60 27,51 120 N N N N 3 1 74 J.G.S. C-295239 M 39 39,45 48 N N N N 0 0 75 A.C.S. C-592368 M 50 36 36 N N N N 2 0 76 A.J.G. C-734603 M 54 25,42 24 N N N N 1 0 77 J.R. C-704019 M 73 28,65 24 N N S N 2 1 78 L.P.R. C-699292 M 41 23,99 24 N N N N 4 5 79 W.C. C-713857 M 64 27,47 72 N N S N 0 5 80 C.V.C.S. C-666399 F 57 21,38 36 N N N N 3 1 81 A.S.A. C-720523 M 54 21,38 48 N N N N 2 0 82 J.G.A. C-667644 M 55 22,83 24 N N N N 5 1 83 N.V.A. C-547499 F 55 28,76 48 S N N N 2 0 84 M.A.F. C-527252 F 34 19,47 96 N N N N 0 0 85 A.I.S. C-719366 M 28 27,05 36 N N N N 2 1 86 I.B.R.B. C-713039 F 59 34,55 120 N N N N 1 0 87 A.F.S. C-443289 M 37 24,61 4 N N N N 0 1 88 E.N.T. C-431523 F 65 27,12 120 N N N N 2 1 89 M.M.S. C-303595 F 68 24,35 60 N N N N 9 1 90 R.C.G.L. C-724323 F 46 23,53 7 N N N N 2 0 91 M.E.C.R. C-673155 F 47 25,68 48 N N N N 2 1 92 A.M.C. C-563102 F 47 30,80 48 N N S N 2 1 93 A.N. C-698021 F 61 26,85 180 N N N N 3 0 94 G.C.D. C-725893 F 24 19,26 48 N S N N 1 0 95 C.R. C-429829 F 54 26,45 7 N N N N 3 0 96 L.D.S. C-584342 F 32 20,57 84 N N N N 0 0 97 M.A.S. C-728236 F 51 30,43 24 S N S N 2 0 98 J.D.I. C-686456 M 77 27,53 3 N N N N 0 2 99 C.M. C-354034 F 71 24,99 7 N N N N 5 1
100 V.S.O. C-717765 F 52 34,65 12 N N N N 3 1 101 G.P. C-492713 F 57 35,49 48 N N S N 3 1 102 C.A.S. C-415827 M 65 21,97 12 N N N N 2 1 103 J.L.S. 681923 M 70 30,04 24 N N N N 2 1 104 M.J.R.S. 738259 F 67 35,15 8 N N N N 5 3 105 M.G.R. C-674716 F 80 28,44 24 N N N N 4 1 106 E.J.B.S. C-292519 F 40 22,41 12 N N N N 0 0 107 W.M.F. 667720 M 29 32,15 24 N N N N 0 0 108 N.R.S. 664524 M 62 28,06 180 N N N N 2 4 109 M.J.C. 625776 F 79 33,77 54 N N S N 4 5 110 L.J.S. C-718583 M 68 22,14 8 N N N N 10 3 111 J.P.F. C-344864 M 52 25,85 60 N N N N 2,5 1 112 M.A.A. 730217 F 58 30,86 48 N N N N 2 1 113 G.R.C. 732800 F 68 37,09 120 N N S N 3 1 114 G.G.S. C-748017 F 62 27,81 24 N N S N 4 5 115 M.H.S. 717937 F 60 35,65 48 N N S N 4 1 116 V.T.K. C-108226 F 46 25,71 12 N N N N 4 1 117 M.S.M. C-653299 F 48 31,74 12 N N S N 2 1 118 E.I. C-102457 F 73 28,51 120 N N N N 3 2 119 P.B.B. C-710484 F 61 25,64 120 N N N N 4 1 120 E.C.S. 508646 F 35 32,88 36 N N N N 3 2 121 S.S. C-495633 F 62 47,97 240 N N N N 7 1 122 R.A.S. C-117393 F 54 29,14 12 N N N N 0 0 123 A.J.S.M. 629573 F 43 20,70 36 N N N N 0 0 124 H.S. C-724030 F 69 31,74 72 N N N N 7 2 125 L.R.S. 655430 M 61 25,69 36 N N N N 5 2 126 M.M.D. 750574 F 54 23,53 48 N N N N 6 4
APÊNDICE 2
109
Nº NOME Registro Sexo Idade IMC ∆t Taba Etilis HAS DM HH EE 127 R.C.S. 737647 F 63 35,70 120 N N S N 3 3 128 J.E.D. C-703571 F 54 28,13 36 N N N N 3 1 129 H.M.V C-739538 F 34 27,58 12 N N S N 0 0 130 T.M.S C-752384 F 48 29,14 8 N N S N 2 1 131 J.A.B.F. C-629343 M 52 20,70 48 N N N N 0 0 132 J.C.S. C-576979 M 65 24,77 36 N N S N 2 1 133 P.F.S. 744309 M 26 24,02 8 N N N N 0 0 134 B.R.N. 390800 M 63 31,07 48 N N N N 2 1 135 T.S.M.C. 695841 F 43 23,14 124 N N N N 1 0 136 I.S.G. C-778976 F 61 24,61 24 S N S N 3 1 137 F.A.A. 741490 F 50 29,55 72 N N S N 3 1 138 L.C.G. C-358432 F 68 25,33 8 N N N N 0 1 139 I.M.O. C-776423 F 55 24,03 50 N N N N 3 0 140 T.S.E. C-556716 F 49 29,90 36 N N N N 0 1 141 P.F.A. C-687342 M 45 21,26 60 N N N N 2 5 142 C.G.N. 732422 F 59 33,29 36 N N N N 6 1 143 I.O.T. 749207 F 45 31,25 24 N N S N 1 1 144 A.S.N.A. 713431 F 44 25,43 36 N N N N 0 5 145 G.R.G. C-32949 F 63 27,38 60 N N N N 2 0 146 T.C.V. C-409344 F 49 26,83 120 N N N N 2,5 5 147 E.C.S. C-781858 F 51 30,44 8 N N N N 2 0 148 K.C.N.Z. C-786752 F 22 21,97 12 N N N N 0 0 149 J.T.V. C-154916 M 47 27,64 240 N N N N 3 3 150 R.S.O. 767183 M 49 19,88 24 S N N N 0 3 151 L.C.O. C-655514 F 70 25,57 120 N N S N 3 0 152 M.L.B. C-780186 F 62 24,12 12 N N S N 5 0 153 M.E.S. C-771670 M 30 31,95 120 S S N N 0 2 154 A.A.M. C-784110 M 31 16,80 48 N N N N 4 5 155 D.F.M.P. C-782339 F 60 27,63 24 N N S N 2 1 156 T.B.M. C-766597 F 44 26,67 36 N N N N 4 2 157 I.F.C. C-619356 F 44 33,98 48 S N N N 0 2 158 I.L.H. C-578320 F 58 26,83 72 N N S N 4 0 159 M.J.B. 755339 M 27 26,03 36 N S N N 2 1 160 L.S. 431125 F 57 21,63 240 N N N N 4 0 161 M.B.L. C-777676 F 63 29,76 96 N N S S 1 0 162 M.E.M. 766212 F 56 28,67 36 N N S N 1,5 1 163 S.M.S. C-793171 F 34 30,12 24 N N N N 0 1 164 A.A.C.S. C-741257 F 57 29,99 24 N N S N 3,5 1 165 F.C.L.P. C-104068 F 50 27,85 24 N N N N 2 2 166 E.V.C. C-787264 F 52 32,23 60 N N N N 3 1 167 M.P.A.S. C-758043 F 65 29,43 7 N N S N 5 0 168 I.M.F. C-77233 F 59 28,72 120 N N S N 3 2 169 A.A.F.T. C-773856 F 49 28,38 72 N N S N 3 0 170 M.D.M. C-235156 F 75 29,47 120 N N N N 2 1 171 O.G.M. C-298396 F 37 25,00 72 N N N N 0 1 172 I.B. C-783170 F 66 22,94 96 N N S N 5 1 173 R.A.A. C-667839 F 64 32,27 96 N N N N 4 2 174 S.C.S. C-340769 F 50 32,47 36 N N N N 3 2 175 J.B.S. C-777399 M 66 26,03 24 N N S N 2 1 176 N.S.V. 772669 F 59 39,23 120 N N N N 3 0 177 A.A.P.S. 789841 F 45 26,77 48 N N N N 4 0 178 D.L.O. C-353336 F 34 35,11 48 N N N N 0 0 179 M.F.G.S. C-773296 F 45 30,82 24 S N N N 0 1 180 A.C.C. C-737199 M 30 24,16 30 S N N N 0 1 181 L.A.S. C-787690 M 51 26,73 24 N N N N 0 1 182 E.M.S. C-684540 F 35 30,13 36 N N S N 1 0 183 G.L.O.B C-747558 F 56 37,78 240 N N S N 3 1 184 G.F.S. C-808076 M 31 22,10 24 N N N N 3 1 185 M.F.G.S. C-617298 F 59 35,21 120 S N S N 0 1 186 M.S.S. C-812341 F 44 27,77 120 N N N N 3 0 187 S.D. 618887 M 72 27,78 36 S N N N 1 5 188 J.S.V. C-787245 F 40 27,05 18 N N N N 2 1 189 J.R.A. C-804417 M 39 32,77 60 N N N N 5 3 190 M.D.X.S. C-76579 F 58 32,44 36 N N S N 0 5
APÊNDICE 2
110
Nº NOME Registro Sexo Idade IMC ∆t Taba Etilis HAS DM HH EE 191 S.M.R. 499932 F 49 31,20 192 N N N N 2 1 192 P.C.B.F. C-539620 M 38 23,41 24 N N N N 2 2 193 M.O.R. C-816054 M 39 28,65 24 N N N N 4 1 194 M.N.S. C-075178 F 58 26,45 144 N N N N 2 0 195 A.S.N. C-781058 F 51 36,21 72 N N S N 3 1 196 T.A.G.O. C-538621 F 53 34,85 1 N N N N 2 0 197 A.C.C.D. 541199 M 53 26,54 12 N N N N 1 1 198 L.S.A. C-130481 F 35 18,25 36 S N N N 0 0 199 J.C.T. C-795969 M 40 34,22 12 N N S N 2 3 200 R.F.S. 754484 F 28 27,47 12 N N N N 0 0 201 A.L.S.M. C-703210 F 35 25,78 192 N N N N 2 5 202 I.S.P. 276074 F 66 26,48 240 N N S N 2 0 203 D.N.S. 822369 F 66 30,44 12 N N N N 1 0 204 A.S.C. C-811318 F 56 34,85 96 N N N N 4 0 205 O.S.N. C-768448 F 59 36,15 24 N N S N 4 0 206 M.S.S. C-341229 M 54 30,08 36 N S S S 4 0 207 U.A.Z. 751443 M 63 29,72 36 N S N N 2 1 208 J.T.C.S. C-778310 F 64 23,30 18 N N N N 0 0 209 M.F.A. C-469314 F 48 31,64 6 N N N N 0 3 210 M.O.S. 570309 F 48 27,68 60 N N S S 5 1 211 I.B.P. C-316345 F 72 27,47 12 N N S N 3 0 212 A.A.B. C-470361 F 39 25,24 24 N N N N 0 0 213 O.M.O. 805990 M 62 23,05 6 N N S N 2 0 214 M.L.A.R. C-796498 F 53 22,94 24 N N N N 2 1 215 N.S.M. C-835171 F 55 24,89 240 N N N N 6 0 216 A.V.S. C-630537 F 46 37,16 12 N N N N 5 5 217 L.P.S. C-442533 F 35 20,61 96 N N N N 0 0 218 T.M.S. C-800428 F 56 29,83 36 S N N N 3 4 219 F.L.S.P.A C-225322 F 46 31,93 12 N N N N 1 0 220 C.L.T. 832797 F 48 27,73 6 N N S N 0 0 221 J.P.S. C-531417 M 53 27,43 2 N N N N 1 5 222 Z.S.F. C-840169 F 44 32,45 84 N N N N 3 1 223 C.S.R. 836841 F 15 22,31 36 N N N N 0 0 224 Y.F.O. C-312152 F 68 27,99 12 N N S N 2 5 225 J.R.D. 717319 M 50 28,12 24 N N N N 0 2 226 M.C.B. C-709282 F 64 36,10 84 N N S N 0 2 227 M.F.O. C-767942 F 61 21,17 180 N N S S 0 0 228 C.S.O. C-842982 M 49 19,95 60 S N N N 1 0 229 E.A.S. C-839137 F 48 23,24 5 N N N N 2 1 230 M.L.A.N. C-821799 F 47 22,22 24 N N N N 2 1 231 P.M.S. C-783554 F 42 31,18 240 N N S N 0 0 232 S.T. C-392261 M 49 24,62 120 S N N N 0 1 233 L.M.D. C-837645 M 47 25,69 24 S S N N 4 2 234 J.P.O. 830928 M 36 21,85 36 S N N N 0 1 235 O.R. C-211641 M 60 29,76 24 N N S N 0 0 236 M.C.S.S. C-787866 F 35 19,92 12 N N N N 0 2 237 J.B. C-788906 M 58 22,77 48 N N S N 0 0 238 L.P.G. C-157312 F 66 27,81 24 N N S N 3 1 239 L.F.A.F. 792848 M 37 27,34 24 N N N N 1 2 240 M.S.C. 835169 M 27 18,94 24 S N N N 2 1 241 J.N.A.A. C-843823 M 26 19,26 60 S S N N 0 0 242 S.R.G.P. C-658668 F 45 25,63 60 S N S N 0 0 243 N.M.S. C-525310 F 56 27,32 48 N N N N 1 1 244 A.A.S. 780947 F 58 19,12 240 N N S N 0 1 245 F.D.C.A. 395356 F 51 27,12 48 S N N N 0 5 246 J.G.C. C-819855 M 42 28,01 24 N N N N 0 1 247 M.A.M.T. C-462571 F 62 26,74 60 N N N N 0 1 248 M.R.S.P. C-777496 F 56 29,59 24 N N S N 2 0 249 M.F.P.S. 760078 F 38 31,73 6 N N N N 0 1 250 F.V.S. C-816409 F 47 28,76 60 N N S N 0 1 251 L.F.A. 479839 M 52 22,84 36 S S S N 0 0
APÊNDICE 2
111
Nº NOME Barrett CCC Colecist EIE (cm) P - EIE V V P - corpo P - ESE 01 H.R.B. N N N 2 24 1472 94,1 124 02 E.X.N. N N N 3 21 1285 49,1 49,1 03 C.R.S. N N N 5 38 5287 92,9 52,1 04 M.C. N N N 3 31 2774 52,2 69 05 E.P.G. N N N 3 22 1363 133 36,3 06 J.V.C. S N N 2 25 1794 85,7 13,9 07 A.C. N N N 2 19 874 60 32,2 08 A.Q. N N N 3 21 1489 67,7 83 09 M.F.L. N N N 1 28 921 138,8 180,2 10 A.G. N N N 2 21 3790 64 23,9 11 M.L.S. N N N 2 27 1682 99,5 35,4 12 J.C.M. N N N 3 27 2376 147 30,9 13 N.O. N N N 2 10 3349 76,8 89,9 14 N.A.C. N N N 2 19 1000 135,3 50,8 15 O.M.S. N N N 2 24 2521 76 75 16 L.C.O. N N N 2 16 2451 86,5 57 17 M.H.P. N N N 2 19 2215 41 78 18 A.S. N N N 2 10 480 48 215 19 C.S.N. N N N 3 19 3630 119 241,2 20 R.O.D. N N N 3 8 2238 222,9 49 21 M.J.P. N N N 3 19 5269 243,5 90,5 22 E.M.S. N N N 2 18 2369 127,5 31,6 23 A.C. N S N 2 16 1924 54,5 41,7 24 M.C.L. N N N 2 25 1804 131 101 25 C.J.C. N N N 4 18 2487 40,9 27,0 26 R.C.F. N N N 2 26 2479 29,8 30,4 27 Z.P.S. N N S 2 24 2337 76,9 37,7 28 O.C. N N N 2 27 3247 161 62,7 29 N.D.M. N N N 2 38 7111 146 152 30 L.P.S. N N N 3 21 3533 160 173 31 G.S.S. N N N 2 18 1500 94 44 32 M.G.F. N N N 2 16 1817 96 32,9 33 S.M.S. N N N 1 26 1320 89,8 57,1 34 E.H.C. N N N 2 23 1451 80,8 60,1 35 C.M.S. N N N 3 20 1206 92,3 27 36 J.B.C. N S S 2 34 2824 98,1 49,1 37 M.T.C. N N N 3 24 4527 147,7 42,1 38 J.S. N N N 3 19 2427 140 58,8 39 O.C. S N N 3 22 3633 77,1 86,3 40 G.O. S N N 2 9 867 58,3 57,7 41 E.H.B. N N N 3 30 10558 168,8 164,5 42 R.S.S. N N N 4 18 5529 112,6 29,12 43 N.M.C. N N N 3 27 2714 254,4 37 44 J.M.O. S N N 3 30 4568 61,3 36 45 V.A.A. N N N 3 17 2282 19,4 92,3 46 F.S. S N N 2 16 1372 24,4 105,5 47 F.G.A. N N N 4 21 2512 109,9 54,8 48 I.V.R. N N N 3 19 5100 34,5 60 49 M.G.B.G N N N 3 18 1602 63,6 60,7 50 Y.V N N N 2 16 1217 70,8 103 51 M.J.S. N N N 3 18 1867 120,6 29,1 52 J.J. S N N 5 20 5735 77,1 30 53 M.A.N N N N 1 14 640 52 44 54 J.H.D.I. N N N 4 23 6463 59 48 55 J.B.C. S N N 2 14 1140 61,7 17,6 56 J.A.A.O. N N N 2 24 2814 96,1 24 57 N.B.B. N N N 2 26 3055 180 48 58 J.M.S. N N N 3 22 4142 115,6 27,2 59 M.J.C.C N N N 2 15 928 46,7 23,6 60 M.J.M.V.O N N N 4 21 3417 109,1 33,5 61 V.L.B.S. N S N 2 12 1732 118,9 58 62 M.C.B. N N N 3 21 3262 62,3 42,8
APÊNDICE 2
112
Nº NOME Barrett CCC Colecist EIE (cm) P - EIE V V P - corpo P - ESE 63 I.T.P.S. S N S 3 15 3146 77 55,8 64 J.J.C. N N N 4 23 3534 64,8 37 65 Q.C. N S N 4 19 3550 69,9 52,6 66 M.B. N N N 4 10 1632 74,9 48 67 I.A.B. N N N 2 30 2200 68,8 29,8 68 M.P.S. N N S 3 14 1379 67 48,2 69 A.J.O. N N N 4 25 6945 161,8 110,9 70 J.F.O. N N N 2 14 1190 63,6 48,5 71 A.R.A. N N N 3 11 996 37,1 98,6 72 V.A.D. N N N 1 17 2194 65 75 73 O.C. N N N 2 20 1772 122,8 46,1 74 J.G.S. N N N 2 41 5780 192 112 75 A.C.S. N N N 2 18 1932 49,7 56,9 76 A.J.G. N N N 1 13 1108 57,5 78,7 77 J.R. N N N 3 25 4962 119,6 84,6 78 L.P.R. S N N 2 18 2313 42 27,3 79 W.C. S N N 4 21 2462 59,1 125,6 80 C.V.C.S. N N N 3 20 3558 114,6 29,8 81 A.S.A. N N N 3 6 956 71,8 85,7 82 J.G.A. N N N 1 12 1910 80 29,8 83 N.V.A. N N S 2 14 2031 101,8 18,8 84 M.A.F. N N N 4 22 3661 99,3 84,6 85 A.I.S. N N N 2 27 7708 109,8 62,9 86 I.B.R.B. N N N 2 22 2719 24,8 59,9 87 A.F.S. N N N 2 26 2900 60,9 23,6 88 E.N.T. N N N 3 25 5202 85,5 35,5 89 M.M.S. N N S 4 24 2908 45,6 97,9 90 R.C.G.L. N N N 2 22 3088 71,7 49 91 M.E.C.R. N N S 2 11 1905 55,8 46,8 92 A.M.C. N N N 2 26 2924 77,2 48 93 A.N. N N N 1 12 1812 104,5 35 94 G.C.D. N N N 1 21 2020 102,6 42,6 95 C.R. N S N 2 26 5069 134 106 96 L.D.S. N N N 3 30 4705 68,1 40,1 97 M.A.S. N N N 2 19 2242 49,2 64,8 98 J.D.I. N N N 2 25 4702 72 32 99 C.M. N N N 2 28 4128 82,3 59 100 V.S.O. N N N 3 28 4342 137,6 34,1 101 G.P. N N N 2 14 2551 149,2 72 102 C.A.S. N N N 2 14 3367 73,3 65,8 103 J.L.S. N N N 3 21 2079 99,7 31,4 104 M.J.R.S. N N N 4 20 3003,5 84,6 74,5 105 M.G.R. N N N 2 9 1120 106,4 83,7 106 E.J.B.S. N N N 4 11 2368 56,2 99,5 107 W.M.F. N N N 4 21 3470 82,6 70,4 108 N.R.S. N N N 1 17 2486 89,2 71,18 109 M.J.C. S N N 2 18 606 87,6 24,2 110 L.J.S. N N N 2 14 1251 65,7 44,8 111 J.P.F. N S N 2 16 1968 13 73,2 112 M.A.A.G. N N N 4 21 4285 97,2 47,2 113 G.R.S.C. N N N 2 20 5216 134,5 79,9 114 G.G.S. S S N 2 10 563 34,6 22,15 115 M.H.S. N S N 2 13 1519 79,9 136,1 116 V.T.K. N N N 2 19 2451 123,5 35,7 117 M.S.M. N S N 1 30 6638 112,9 59,5 118 E.I. N N N 2 11 588 39,6 43,8 119 P.B.B. N N N 1 16 1581 104 30,2 120 E.C.S. N N S 1 12 1172 150,7 71,2 121 S.S. N N N 1 23 8987 81 149,9 122 R.A.S. N N S 2 30 12539 216 52,2 123 A.J.S.M. N N N 3 19 4066 120,5 67,2 124 H.S. N S N 2 17 3742 67,9 53,6 125 L.R.S. N N N 1 10 578 92,1 61 126 M.M.D. N N N 1 15 2351 51,5 85,6
APÊNDICE 2
113
Nº NOME Barrett CCC Colecist EIE (cm) P - EIE V V P - corpo P - ESE 127 R.C.S. N N N 1 24 3829 39,4 136,6 128 J.E.D. N N N 2 19 4684 88,6 110,3 129 H.M.V N N N 3 16 2779 118,7 41,3 130 T.M.S N N N 2 8 1162 88,7 49,7 131 J.A.B.F. N N N 3 21 7200 71,5 213 132 J.C.S. N N N 3 14 2861 161,5 28,8 133 P.F.S. N N N 3 15 1324 85,4 26,5 134 B.R.N. N N N 1 29 6150 26,5 86,6 135 T.S.M.C. N N N 4 14 2582 90,3 57,6 136 I.S.G. N N N 2 07 1306 32,7 47,4 137 F.A.A. N N N 1 17 3104 91,6 113,9 138 L.C.G. N N N 4 16 2835 109,5 85,6 139 I.M.O. N N N 1 13 3070 146,1 34 140 T.S.E. N N N 2 18 3094 153,6 29 141 P.F.A. S N N 2 17 1808 86,7 66 142 C.G.N. N N N 2 13 2534 113,1 99,7 143 I.O.T. N N N 3 23 2384 103,9 53 144 A.S.N.A. S N N 3 22 4736 139 35 145 G.R.G. N N N 2 10 562 86,3 54 146 T.C.V. S N N 2 19 3485 112,6 77 147 E.C.S. N N S 2 18 2686 121,6 40,7 148 K.C.N.Z. N N N 3 20 4137 208,8 22,5 149 J.T.V. N N N 2 19 2614 79,7 88,1 150 R.S.O. N N N 4 14 3819 124 36 151 L.C.O. N N N 2 15 2370 155 57,1 152 M.L.B. N N S 5 22 3501 82,3 44,2 153 M.E.S. N N N 2 17 1227 60,9 75,4 154 A.A.M. S N N 1 09 983 61,7 154,8 155 D.F.M.P. N S N 1 21 4849 141,6 127 156 T.B.M. N S N 1 11 1184 83 43,4 157 I.F.C. N N N 1 15 2639 71,8 48,5 158 I.L.H. N N N 1 15 1466 73,9 29,1 159 M.J.B. N N N 3 16 1208 64,9 42,0 160 L.S. N N N 2 14 975 67,4 77 161 M.B.L. N N N 2 22 4137 106,1 40 162 M.E.S.M. N S N 4 24 5119 39,5 56,4 163 S.M.S. N N N 4 26 8267 126,2 37 164 A.A.C.S. N N N 2 15 2280 36 72 165 F.C.L.P. N N N 1 11 464 57,2 89 166 E.V.C. N S N 2 17 1734 63,3 46 167 M.P.A.S. N N N 1 11 2436 277,3 51,1 168 I.M.F. N N N 2 30 9700 123,8 79,6 169 A.A.F.T. N N N 1 19 3332 62,8 43 170 M.D.M. N N N 2 29 5210 69,6 49 171 O.M.G.M. N N N 3 33 10882 75,6 64,1 172 I.B. N N N 1 12 1422 106,3 44,1 173 R.A.A. N N N 2 21 3833 148,4 79 174 S.C.S. N N N 2 24 6310 65,8 41,1 175 J.B.S. N S N 1 19 3532 125,2 81,5 176 N.S.V. N S N 3 22 6974 95,8 36 177 A.A.P.S. N N N 1 15 1346 83,1 20 178 D.L.O. N N S 3 20 3319 70,8 100,5 179 M.F.G.S. N N N 5 17 5890 77 63 180 A.C.C. N N N 5 23 5259 46,9 50,2 181 L.A.S. N N N 3 13 1960 93,8 57,5 182 E.M.S. N N S 4 17 2119 137,2 52 183 G.L.O.B N N N 2 8 651 166,4 74 184 G.F.S. N N N 3 14 2615 117,1 64,1 185 M.F.G.S. N N N 2 24 4505 150,7 31,8 186 M.S.S. N N N 3 23 6101 201,6 59,3 187 S.D. S N N 4 16 1816 102,9 50 188 J.S.V. N N N 4 15 1697 137,1 43,7 189 J.R.A. N N N 1 17 1777 43 70,2 190 M.D.X.S. S S N 3 18 2779 118,3 37,4
APÊNDICE 2
114
Nº NOME Barrett CCC Colecist EIE (cm) P - EIE V V P - corpo P - ESE 191 S.M.R. N S N 3 23 4679 84,7 50,7 192 P.C.B.F. N N N 2 17 1752 82,4 83 193 M.O.R. N N N 2 16 2691 99,9 61,2 194 M.N.S. N N S 2 12 1386 65,4 35 195 A.S.N. N N N 4 18 4589 134,1 27,1 196 T.A.G.O. N S N 2 22 3735 188,1 32,7 197 A.C.C.D. N N N 3 16 3127 40,1 58,4 198 L.S.A. N N N 3 11 1048 120,5 53 199 J.C.T. N N N 2 24 3589 54,7 53,7 200 R.F.S. N N N 2 11 2334 130,2 43 201 A.L.S.M. S N N 3 17 2661 52 93 202 I.S.P. N N N 2 11 1281 52,4 38,1 203 D.N.S. N N N 5 24 7767 88,9 36,6 204 A.S.C. N N S 3 25 5832 150,1 64,5 205 O.S.N. N N N 4 22 5402 79,3 53,7 206 M.S.S. N N N 2 22 3277 120,2 108,7 207 U.A.Z. N N N 2 4 1216 38,3 48,7 208 J.T.C.S. N N N 5 17 2613 39,2 52,1 209 M.F.A. N N N 6 22 14403 80,1 16,4 210 M.O.S. N N N 1 19 1854 111,8 40 211 I.B.P. N N S 4 18 6369 71 35,9 212 A.A.B. N N N 4 16 3609 80,4 86 213 O.M.O. N N N 4 11 1614 73,7 85,4 214 M.L.A.R. N N N 2 18 2934 88 73,6 215 N.S.M. N N N 2 20 4982 113,7 33,7 216 A.V.S. S N S 3 21 5712 111 190 217 L.P.S. N N N 3 19 6333 180 46,7 218 T.M.S. N N N 2 15 2195 32 74,7 219 F.L.S.P.A N S N 4 20 4105 130,2 203,4 220 C.L.T. N S N 4 22 5740 98,1 67,1 221 J.P.S. S N S 3 12 3165 61,5 65,2 222 Z.S.F. N N S 4 25 9237 183,3 95,2 223 C.S.R. N N N 5 19 3630 128,8 29,9 224 Y.F.O. S N N 4 21 5494 42,3 23 225 J.R.D. N N N 4 21 5896 104,9 50,4 226 M.C.B. N N N 5 25 12611 103,8 40,1 227 M.F.O. N N N 5 13 2054 137 98,2 228 C.S.O. N N N 3 12 813 93,9 130,5 229 E.A.S. N N N 4 19 2879 132,6 58 230 M.L.A.N. N N N 6 13 1673 166,4 40,3 231 P.M.S. N N S 4 20 5241 122 58,5 232 S.T. N N N 4 20 4314 140 36 233 L.M.D. N N N 2 15 2909 76 66 234 J.P.O. N N N 3 19 2926 106,6 70,6 235 O.R. N N N 5 16 4660 73,0 72,3 236 M.C.S.S. N N N 4 11 1730 21,4 37,9 237 J.B. N S N 1 19 2204 81,6 124,5 238 L.P.G. N N S 3 16 3385 37,5 41,2 239 L.F.A.F. N N N 4 21 2360 157,3 87,2 240 M.S.C. N N N 3 23 2340 96 43 241 J.N.A.A. N N N 2 13 2657 56,7 36,4 242 S.R.G.P. N N N 2 15 2346 132,3 59,6 243 N.M.S. N N N 2 15 2450 60 48 244 A.A.S. N S N 2 14 2204 12 44,8 245 F.D.C.A. S N N 4 31 1830 101 37 246 J.G.C. N N N 5 12 4521 48 45 247 M.A.M.T. N N N 3 13 2832 84 51 248 M.R.S.P. N N N 3 11 1184 123 28 249 M.F.P.S. N N N 6 20 4328 88 148 250 F.V.S. N N N 4 18 3452 60 32 251 L.F.A. N N N 4 22 1956 60 42
APÊNDICE 2
115
Nº NOME Nº de
refluxos Nº de
refluxos prol
% de tempo total
Nº refl supino
Nº refl prol
supino
% de tempo supino
Nº de refluxos
orto
Nº refl prol orto
% de tempo orto
De Meester
01 H.R.B. 27 1 6,0 6 0 1,1 22 1 13,6 24,1 02 E.X.N. 31 1 2,7 13 0 1,7 18 1 3,9 11,8 03 C.R.S. 38 2 3,3 3 0 0,9 35 2 5,4 15,2 04 M.C. 25 0 1,5 2 0 0,4 23 0 2,7 7,1 05 E.P.G. 49 18 24,7 28 9 23,3 21 9 27,9 88,7 06 J.V.C. 21 5 6,0 15 4 7,6 6 1 2,1 27,3 07 A.C. 97 20 40,1 19 6 52,3 78 14 30,8 147,5 08 A.Q. 60 3 5,6 9 0 1,7 53 3 7,9 26.3 09 M.F.L. 23 2 4,1 4 1 4,8 19 1 3,2 18,7 10 A.G. 19 1 2,4 0 0 0,0 19 1 3,9 7,8 11 M.L.S. 15 3 5,0 7 3 6,9 8 0 1,7 21,5 12 J.C.M. 72 9 16,5 20 6 20,6 52 3 11,2 79,1 13 N.O. 15 5 4,9 1 1 0,7 14 4 11,6 18,0 14 N.A.C. 40 2 8,6 12 1 10,0 28 1 6,9 41,5 15 O.M.S. 48 5 10,9 34 5 18,7 14 0 2,4 52,1 16 L.C.O. 35 4 5,2 22 3 8,8 13 1 2,5 26,0 17 M.H.P. 69 7 9,8 19 0 5,8 50 7 11,4 62,5 18 A.S. 61 17 18,8 25 11 20,7 37 6 16,8 71,1 19 C.S.N. 12 1 5,9 4 1 10,4 8 0 1,1 27,8 20 R.O.D. 72 4 8,6 28 4 17,9 44 0 3,5 50,8 21 M.J.P. 43 5 7,1 10 4 7,9 33 1 6,5 30,5 22 E.M.S. 16 1 2,3 2 1 2,2 14 0 2,4 10,6 23 A.C. 90 15 26,7 28 8 26,9 63 7 26,6 103,5 24 M.C.L. 30 3 4,8 6 1 2,6 25 2 6,3 20,1 25 C.J.C. 48 2 4,5 5 1 1,6 44 1 7,0 17,2 26 R.C.F. 22 9 11,3 16 8 22,2 6 1 1,6 50,5 27 Z.P.S. 23 0 2,1 2 0 0,2 21 0 3,7 8,0 28 O.C. 59 9 10,6 23 4 16,8 37 4 7,3 48,0 29 N.D.M. 25 0 1,6 6 0 0,7 20 0 3,8 8,3 30 L.P.S. 27 1 3,1 4 0 1,5 23 1 5,1 12,1 31 G.S.S. 55 6 16,1 10 0 1,8 45 6 26,2 50,0 32 M.G.F. 62 19 25,9 54 19 30,6 8 0 3,8 93,7 33 S.M.S. 27 0 1,7 6 0 0,5 21 0 5,4 10,0 34 E.H.C. 45 3 5,7 22 2 4,3 23 1 9,5 22,2 35 C.M.S. 48 7 14,7 21 6 26,1 29 1 4,2 65,5 36 J.B.C. 21 0 1,5 2 0 0,8 20 0 2,1 7,3 37 M.T.C. 44 2 4,4 6 2 8,6 38 0 2,1 26,1 38 J.S. 31 0 2,0 6 0 1,9 25 0 2,0 10,5 39 O.C. 89 17 28,8 44 8 26,6 46 9 30,7 103,6 40 G.O. 29 1 4,7 28 1 10,5 1 0 0,2 25,4 41 E.H.B. 34 10 24,3 22 8 31,0 14 4 13,0 89,7 42 R.S.S. 140 24 43,9 25 5 38,4 116 19 47,0 176,4 43 N.M.C. 24 0 1,1 4 0 0,6 20 0 1,7 6,9 44 J.M.O. 61 10 12,8 34 6 14,3 28 4 10,2 59,5 45 V.A.A. 96 5 12,4 31 3 17,0 66 2 9,5 60,9 46 F.S. 74 21 39,3 40 14 62,5 37 9 19,0 150.3 47 F.G.A. 43 6 10,6 22 5 13,5 21 1 5,2 43,0 48 I.V.R. 49 11 26,6 20 11 59,3 29 0 4,4 113,1 49 M.G.B.G 27 2 5,0 9 1 5,0 21 2 5,0 20,6 50 Y.V 48 2 5,5 9 1 3,7 39 1 6,6 20,1 51 M.J.S. 18 0 1,2 5 0 1,0 13 0 1,3 6,2 52 J.J. 75 8 13,2 30 4 12,4 46 4 13,7 59,2 53 M.A.N 90 15 16,2 15 4 9,2 75 11 20,1 58,2 54 J.H.D.I. 9 0 0,8 1 0 0,0 8 0 1,7 3,2 55 J.B.C. 48 5 6,3 14 2 4,8 34 3 8,0 27,9 56 J.A.A.O. 16 5 8,5 0 0 0,0 16 5 19,9 30,5 57 N.B.B. 65 8 14,5 9 3 11,6 56 5 16,2 54,1 58 J.M.S. 26 1 2,4 6 1 1,6 20 0 3,2 13,7 59 M.J.C.C 40 9 9,8 16 4 10,5 26 5 9,3 43,9 60 M.J.M.V 29 3 4,2 9 2 3,2 23 1 5,4 17,9 61 V.L.B.S. 73 6 12,2 21 3 10,4 56 3 14,3 55,1 62 M.C.B. 58 4 8,9 12 1 4,4 46 3 11,8 35,1
APÊNDICE 2
116
Nº NOME Nº de refluxos
Nº de refluxos
prol
% de tempo total
Nº refl supino
Nº refl prol
supino
% de tempo supino
Nº de refluxos
orto
Nº refl prol orto
% de tempo orto
De Meester
63 I.T.P.S. 95 15 21,2 19 3 12,3 76 12 26,5 74,0 64 J.J.C. 53 4 8,3 15 4 8,8 39 0 7,3 35,9 65 Q.C. 82 19 22,0 19 5 21,9 64 13 22,0 85,1 66 M.B. 32 0 1,9 5 0 0,5 27 0 3,2 9,6 67 I.A.B. 88 6 12,7 34 6 18,1 54 0 8,4 60,4 68 M.P.S. 74 8 15,8 7 0 9,1 67 8 16,1 59,8 69 A.J.O. 59 8 10,5 4 0 0,5 55 8 20,5 37,0 70 J.F.O. 55 5 6,5 10 0 1,0 45 5 11,2 26,4 71 A.R.A. 76 11 18,1 20 5 17,2 57 6 18,5 73,7 72 V.A.D. 41 2 9,1 11 2 16,2 30 0 3,9 42,6 73 O.C. 61 3 6,9 7 0 2,5 54 3 8,6 26,8 74 J.G.S. 40 0 2,9 2 0 0,2 39 0 4,7 11,7 75 A.C.S. 58 6 9,8 11 5 14,6 47 1 6,8 47,9 76 A.J.G. 55 9 18,6 8 3 29,3 47 6 13,5 77,8 77 J.R. 14 0 0,7 3 0 0,5 11 0 0,9 5,2 78 L.P.R. 24 0 1,4 3 0 0,6 21 0 1,9 7,3 79 W.C. 31 5 6,1 0 0 0,0 31 5 8,8 22,7 80 C.V.C.S. 49 1 2,9 9 1 3,2 40 0 2,7 18,5 81 A.S.A. 66 6 10,2 25 5 12,2 43 2 8,3 51,1 82 J.G.A. 31 4 4,7 20 4 8,7 11 0 1,2 23,2 83 N.V.A. 53 4 6,1 2 0 0,2 52 4 12,8 23,1 84 M.A.F. 29 0 1,5 8 0 1,6 21 0 1,4 9,5 85 A.I.S. 82 7 11,5 19 4 10,4 64 4 12,3 43,8 86 I.B.R.B. 25 3 3,7 1 0 0,7 24 3 5,0 12,3 87 A.F.S. 74 3 7,3 10 2 3,8 66 1 10,1 27,9 88 E.N.T. 36 4 5,2 0 0 0,0 36 4 7,8 22,4 89 M.M.S. 49 9 19,8 11 2 20,5 39 7 19,4 71,6 90 R.C.G.L. 29 1 2,7 7 0 0,6 22 1 4,3 13,4 91 M.E.C.R 102 3 16,7 17 3 21,5 85 0 13,2 67,3 92 A.M.C. 47 2 6,8 14 2 9,5 33 0 4,5 29,7 93 A.N. 48 10 16,7 8 5 17,4 42 5 16,2 62,3 94 G.C.D. 18 0 1,5 1 0 0,1 17 0 2,2 6,6 95 C.R. 18 0 2,1 6 0 3,1 12 0 1,5 9,1 96 L.D.S. 29 0 2,7 8 0 1,2 22 0 3,8 9,5 97 M.A.S. 19 0 1,8 0 0 0,0 19 0 3,0 8,3 98 J.D.I. 66 17 26,0 27 10 26,3 41 8 25,8 89,1 99 C.M. 13 0 1,0 10 0 1,8 3 0 0,6 6,9
100 V.S.O. 26 1 3,5 6 0 1,8 20 1 4,6 15,5 101 G.P. 26 1 3,8 3 0 0,3 23 1 5,8 15,1 102 C.A.S. 64 8 11,4 48 8 13,2 17 0 5,4 43,6 103 J.L.S. 39 11 18,2 9 3 18,4 30 8 18,0 74,6 104 M.J.R.S. 35 6 8,4 5 1 6,3 30 5 9,7 34,3 105 M.G.R. 42 7 8,7 5 4 9,6 37 3 8,1 36,4 106 E.J.B.S. 57 3 11,5 44 3 19,5 13 0 2,3 59,4 107 W.M.F. 30 0 4,0 9 0 3,3 21 0 2,7 11,8 108 N.R.S. 58 1 5,7 3 0 0,3 56 1 9,2 19,2 109 M.J.C. 20 4 4,0 0 0 0,0 20 4 5,9 13,1 110 L.J.S. 47 15 17,1 25 12 30,0 24 3 7,0 68,2 111 J.P.F. 40 1 4,7 8 1 3,6 32 0 5,3 18,2 112 M.A.A.G 14 1 1,3 5 1 2,2 10 0 0,8 8,5 113 G.R.S.C 73 9 14,5 26 4 10,9 47 5 19,1 51,8 114 G.G.S. 69 7 10,1 33 6 15,1 36 1 5,9 41,9 115 M.H.S. 68 5 10,8 26 0 6,1 43 5 13,7 42,8 116 V.T.K. 71 2 4,6 2 0 0,2 69 2 6,8 28,6 117 M.S.M. 13 3 3,4 0 0 0,0 13 3 4,2 10,3 118 E.I. 32 7 11,0 7 0 1,2 25 7 16,9 38,0 119 P.B.B. 53 2 7,2 6 1 2,8 47 1 12,8 27,7 120 E.C.S. 41 4 7,3 7 2 5,2 34 2 10,2 28,9 121 S.S. 32 4 9,6 7 2 10,2 27 3 9,2 38,5 122 R.A.S. 39 1 4,9 3 0 0,3 37 1 8,4 17,7 123 A.J.S.M. 27 1 2,0 7 0 0,8 20 1 3,2 9,1 124 H.S. 45 4 8,4 14 3 11,0 31 1 5,7 38,1
APÊNDICE 2
117
Nº NOME Nº de refluxos
Nº de refluxos
prol
% de tempo total
Nº refl supino
Nº refl prol
supino
% de tempo supino
Nº de refluxos
orto
Nº refl prol orto
% de tempo orto
De Meester
125 L.R.S. 58 8 11,3 2 0 0,3 57 8 20,2 36,3 126 M.M.D. 29 4 8,0 12 4 12,6 17 0 3,0 36,3 127 R.C.S. 89 18 23,7 45 7 22,3 46 11 24,8 88,8 128 J.E.D. 41 1 3,9 6 1 2,8 35 0 4,6 17,9 129 H.M.V 58 4 6,9 2 0 0,5 56 4 10,6 23,7 130 T.M.S 26 0 1,9 2 0 0,6 24 0 3,0 8,7 131 J.A.B.F. 25 0 2,0 0 0 0,0 25 0 3,3 8,9 132 J.C.S. 26 5 19,0 7 4 36,7 19 1 6,3 77,4 133 P.F.S. 35 2 4,2 3 0 0,3 34 2 7,7 16,4 134 B.R.N. 118 13 16,7 28 5 13,8 90 8 18,3 82,5 135 T.S.M.C. 49 0 3,1 3 0 0,3 46 0 5,1 12,6 136 I.S.G. 55 5 9,6 21 2 8,8 34 3 10,6 40,8 137 F.A.A. 95 10 13,9 21 4 12,5 77 7 14,7 62,3 138 L.C.G. 7 1 3,0 1 1 6,7 6 0 0,9 16,4 139 I.M.O. 55 2 6,9 2 1 2,9 53 1 8,5 26,3 140 T.S.E. 12 0 0,6 0 0 0,0 12 0 1,1 2,9 141 P.F.A. 38 7 11,7 10 5 21,7 28 2 5,8 54,7 142 C.G.N. 38 1 4,0 12 1 3,8 26 0 4,3 17,5 143 I.O.T. 24 0 1,9 5 0 0,5 19 0 4,5 7,2 144 A.S.N.A. 30 0 1,3 6 0 0,5 24 0 2,8 7,8 145 G.R.G. 84 19 37,1 28 10 53,6 59 11 25,7 161,3 146 T.C.V. 35 0 2,5 1 0 0,2 34 0 4,0 9,1 147 E.C.S. 43 2 4,7 0 0 0,0 43 2 7,6 17,2 148 K.C.N.Z. 21 2 6,3 1 1 8,9 20 1 5,0 30,0 149 J.T.V. 48 12 18,4 21 3 12,2 30 10 26,2 72,0 150 R.S.O. 63 23 36,6 42 17 45,5 23 7 17,9 130,1 151 L.C.O. 14 2 2,6 0 0 0,0 14 2 4,6 8,2 152 M.L.B. 20 2 3,1 2 1 1,8 18 1 4,0 12,5 153 M.E.S. 92 2 9,1 7 1 3,3 85 1 12,2 39,6 154 A.A.M. 40 7 11,0 26 4 16,9 14 3 6,9 48,8 155 D.F.M.P. 26 9 9,8 9 2 6,7 18 7 13,1 37,2 156 T.B.M. 79 24 35,4 11 4 23,4 69 21 39,8 116,9 157 I.F.C. 61 5 9,6 8 0 2,7 53 5 14,0 33,4 158 I.L.H. 42 7 11,6 20 6 25,3 23 1 2,9 56,4 159 M.J.B. 15 0 0,5 0 0 0,0 15 0 0,7 3,1 160 L.S. 98 10 21,4 18 4 30,1 80 6 16,7 91,2 161 M.B.L. 24 3 9,5 5 1 12,7 19 2 6,4 38,1 162 M.E.S.M 34 2 6,3 0 0 0 34 2 6,3 6,04 163 S.M.S. 38 0 3,6 9 0 1,6 29 0 5,0 14,0 164 A.A.C.S. 33 4 6,4 5 1 1,8 28 3 9,4 26,7 165 F.C.L.P. 62 4 7,4 8 2 3,9 54 2 9,4 28,4 166 E.V.C. 31 0 2,2 4 0 0,5 27 0 3,2 10,1 167 M.P.A.S 41 4 7,5 13 2 7,4 28 2 7,5 33,5 168 I.M.F. 17 2 2,5 2 0 0,3 17 2 4,1 9,0 169 A.A.F.T. 21 5 4,8 7 1 2,7 15 5 7,3 18,5 170 M.D.M. 71 12 22,2 30 8 37,3 42 3 11,3 91,4 171 O.M.G. 23 1 2,4 5 0 0,8 18 1 3,9 11,7 172 I.B. 43 1 7,3 5 1 10,0 38 0 5,4 29,3 173 R.A.A. 51 2 11,2 7 1 22,1 44 1 6,7 53,5 174 S.C.S. 44 2 5,2 2 0 0,4 43 1 7,8 17,2 175 J.B.S. 51 4 9,4 6 3 11,9 45 1 8,0 40,9 176 N.S.V. 56 3 6,2 11 2 4,5 45 1 7,0 25,3 177 A.A.P.S. 10 0 0,4 1 0 0,0 9 0 0,8 2,8 178 D.L.O. 35 0 2,8 0 0 0,0 35 0 5,3 15,1 179 M.F.G.S 24 2 2,9 2 0 0,2 22 2 5,4 11,2 180 A.C.C. 51 5 8,3 18 2 5,9 34 3 10,7 37,3 181 L.A.S. 29 1 3,5 1 0 0,5 28 1 5,3 13,6 182 E.M.S. 20 3 3,4 2 1 1,8 18 2 5,3 14,3 183 G.L.O.B 27 3 5,8 4 3 5,4 23 0 6,6 24,0 184 G.F.S. 37 0 2,1 2 0 0,1 35 0 3,2 9,8 185 M.F.G.S 40 9 6,7 2 0 0,8 39 8 10,8 23,5 186 M.S.S. 32 0 2,0 2 0 0,4 30 0 3,3 9,8
APÊNDICE 2
118
Nº NOME Nº de refluxos
Nº de refluxos
prol
% de tempo total
Nº refl supino
Nº refl prol
supino
% de tempo supino
Nº de refluxos
orto
Nº refl prol orto
% de tempo orto
De Meester
187 S.D. 73 1 9,1 31 1 10,5 42 0 8,0 42,3 188 J.S.V. 19 2 3,1 4 1 1,2 15 1 5,0 11,6 189 J.R.A. 69 6 12,9 19 4 11,2 52 2 15,5 61,5 190 M.D.X.S 26 2 5,3 3 0 1,2 23 2 8,1 19,0 191 S.M.R. 11 1 1,8 6 1 3,9 5 0 0,5 10,5 192 P.C.B.F. 27 1 3,5 12 1 4,4 15 0 2,5 16,5 193 M.O.R. 35 3 4,3 9 1 5,2 26 2 3,5 21,2 194 M.N.S. 5 0 0,2 0 0 0,0 5 0 0,5 2,1 195 A.S.N. 39 0 3,5 0 0 0,0 39 0 7,3 12,7 196 T.A.G.O 8 1 0,8 2 1 0,9 6 0 0,6 5,6 197 A.C.C.D 57 8 9,8 6 1 3,6 52 6 12,4 44,3 198 L.S.A. 0 0 0,1 0 0 0,0 0 0 0,1 1,4 199 J.C.T. 17 2 3,0 6 0 1,7 12 2 4,4 12,1 200 R.F.S. 79 5 12,2 1 0 0,1 78 5 17,6 39,1 201 A.L.S.M. 57 3 5,2 19 2 5,0 38 1 5,3 24,6 202 I.S.P. 18 1 1,5 3 0 0,4 15 1 2,4 5,9 203 D.N.S. 25 1 3,1 4 0 0,8 21 1 4,8 11,9 204 A.S.C. 40 4 6,1 15 1 4,5 25 3 7,3 25,6 205 O.S.N. 12 1 1,3 0 0 0,0 12 1 2,0 7,7 206 M.S.S. 33 6 6,8 9 2 4,4 24 4 8,8 25,8 207 U.A.Z. 27 2 3,8 7 0 1,7 20 2 5,3 15,3 208 J.T.C.S. 74 17 27,6 20 9 31,3 54 8 24,1 112,9 209 M.F.A. 5 0 0,4 0 0 0,0 5 0 0,7 2,2 210 M.O.S. 51 0 3,3 3 0 0,3 48 0 5,8 15,4 211 I.B.P. 33 2 3,7 3 0 0,9 30 2 5,1 18,0 212 A.A.B. 18 0 1,3 1 0 0,1 17 0 2,4 5,8 213 O.M.O. 29 6 6,2 6 1 2,0 24 5 12,4 25,3 214 M.L.A.R. 72 4 10,1 38 1 9,5 35 3 10,7 41,2 215 N.S.M. 49 5 6,9 4 3 7,8 45 2 6,5 30,2 216 A.V.S. 60 2 5,0 22 2 5,6 39 0 4,4 24,6 217 L.P.S. 15 0 1,6 1 0 0,4 14 0 2,2 7,0 218 T.M.S. 44 10 19,3 28 10 39,9 16 0 2,4 90,6 219 F.L.S.P 37 3 5,8 4 1 4,1 35 2 6,7 22,3 220 C.L.T. 53 4 8,1 1 0 0,8 53 4 8,8 24,9 221 J.P.S. 43 1 4,1 17 0 2,9 26 1 5,2 23,9 222 Z.S.F. 23 0 1,5 3 0 0,7 20 0 1,9 6,8 223 C.S.R. 44 0 3,7 2 0 0,2 43 0 6,7 12,5 224 Y.F.O. 15 2 1,4 5 2 3,1 10 0 0,5 10,0 225 J.R.D. 47 2 5,3 4 2 4,7 43 0 5,7 25,2 226 M.C.B. 46 3 8,9 11 3 15,5 35 0 4,9 41,3 227 M.F.O. 8 1 0,9 0 0 0,0 8 1 1,7 5,6 228 C.S.O. 64 5 8,7 21 2 8,1 44 3 9,2 35,9 229 E.A.S. 61 8 11 13 3 7,5 49 5 14,1 44,1 230 M.L.A.N. 22 1 2,1 7 1 2,8 15 0 1,4 10,5 231 P.M.S. 21 6 13,7 12 6 37,5 9 0 0,5 66,0 232 S.T. 13 0 1,3 0 0 0,0 13 0 2,1 5,0 233 L.M.D. 96 7 13,7 35 6 21,2 61 1 9,2 60,5 234 J.P.O. 21 0 1,4 1 0 0,1 20 0 2,2 6,1 235 O.R. 34 0 3,2 4 0 1,3 30 0 4,3 11,7 236 M.C.S.S 16 1 2,4 6 1 4,1 10 0 0,9 12,2 237 J.B. 14 0 1,1 3 0 1,1 11 0 1,0 5,5 238 L.P.G. 34 2 3,5 3 0 0,6 31 2 5,4 12,3 239 L.F.A.F. 40 1 4,6 0 0 0 40 1 7,1 17,8 240 M.S.C. 48 3 5,5 1 0 2,2 47 3 5,9 20,6 241 J.N.A.A. 38 3 7,7 9 1 9,8 29 2 6,0 33,3 242 S.R.G.P 25 1 1,7 9 0 0,6 16 1 3,5 8,4 243 N.M.S. 61 10 11,4 9 2 7,6 52 8 14,0 51,8 244 A.A.S. 26 4 7,9 1 1 9,8 25 3 6,5 31,2 245 F.D.C.A. 55 5 9,5 19 2 8,7 37 3 10,1 52,5 246 J.G.C. 65 6 10 2 2 9,2 64 4 10,4 40,4 247 M.A.M.T 65 19 27,7 11 1 11,2 56 18 40,8 107,2 248 M.R.S.P 53 6 7 5 0 1,0 49 6 9,4 32,7
APÊNDICE 2
119
Nº NOME Nº de refluxos
Nº de refluxos
prol
% de tempo total
Nº de refluxos supinos
Nº refl prol
supino
% de tempo supino
Nº de refluxos
orto
Nº refl prol orto
% de tempo orto
De Meester
249 M.F.P.S. 37 9 16,6 17 6 18,1 22 3 14,8 67,9 250 F.V.S. 22 4 6 11 4 8 11 0 2,1 25,7 251 L.F.A. 79 16 23 6 3 4 73 13 33,1 96,6
Legendas:
IMC = índice de massa corpórea (Kg/m2)
∆t = tempo de história dos sintomas (meses) Taba = tabagismo Etilis = etilismo HAS = hipertensão arterial sistêmica DM = Diabetes Melito HH = hérnia hiatal (cm) EE = grau de esofagite erosiva
CCC = colelitíase Colecist = colecistectomia prévia
EIE = extensão do esfíncter inferior do esôfago (cm) P - EIE = pressão basal do esfíncter inferior do esôfago (mmHg)
V V = vetor volume (mmHg2.cm) P - corpo = amplitude de onda distal do esôfago (mmHg) P - ESE = pressão basal do esfíncter superior do esôfago (mmHg)
prol = Prolongados Nº refl = número de refluxos
orto = Ortostático
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