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PARTE 1: FARMÁCIA HOSPITALAR

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PARTE 1:FARMÁCIA HOSPITALAR

CAPÍTULO

O que você irá ver nesse capítulo:

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Introdução à farmácia hospitalar 1

Planejamento, estrutura física, organização e gestão da Farmácia HospitalarLegislação Específi ca em Farmácia HospitalarQuadro ResumoQuadro EsquemáticoQuestões ComentadasReferências Bibliográfi cas

Pablo de Moura Santos

Leonardo Kister de Toledo

Objetivos de aprendizagem

• Entender os processos de planejamento e gestão da farmácia hos-pitalar, entendendo a infl uência da estrutura física para a sua orga-nização;

• Entender o papel da Farmácia na estrutura organizacional de uma Unidade Hospitalar;

• Conhecer os objetivos e funções da Farmácia Hospitalar;• Conhecer as legislações específi cas em Farmácia Hospitalar;

1 - PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO EGESTÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR

Conceitualmente, a Farmácia hospitalar é a unidade clínico-assisten-cial, técnica e administrativa, onde se processam as atividades relaciona-das à assistência farmacêutica, dirigida exclusivamente por um farma-cêutico, compondo a estrutura organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades clínicas (de assistência ao pa-ciente) e administrativas.3

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Nos últimos anos, os Serviços de Farmácia Hospitalar têm mudado de maneira vertiginosa o seu conceito e desenvolvimento profissional. Os Serviços de Farmácia em um hospital são eminentemente unidades clíni-cas, portanto, devem estar ligadas à gerência ou departamentos assisten-ciais da instituição.

Para o adequado desempenho das atividades da farmácia hospi-talar, sugere-se aos hospitais que: (i) provenham de estrutura organiza-cional e infraestrutura física que viabilizem as suas ações, com qualidade, utilizando um modelo de gestão sistêmico, integrado e coerente, pautado nas bases da moderna administração, influenciando na qualidade, resolu-tividade e custo da assistência, com reflexos positivos para o usuário, esta-belecimentos e sistema de saúde, devidamente aferidos por indicadores; (ii) considerem a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENA-ME) vigente, bem como os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde como referência para a seleção de medicamentos; (iii) promovam programa de educação permanente para farmacêuticos e técnicos/auxiliares; (iv) incluam a farmácia hospitalar no plano de contin-gência do estabelecimento; e (v) habilitem a efetiva participação do far-macêutico, de acordo com a complexidade do estabelecimento, nas Co-missões existentes, tais como: Farmácia e Terapêutica (CFT), Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), Comissão de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde e outras que tenham interface com a assistência farmacêutica hospitalar.

São objetivos e funções das farmácias hospitalares:• Garantir o abastecimento, dispensação, acesso, controle, rastreabilida-

de e uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde; • Assegurar o desenvolvimento de práticas clínico-assistenciais que

permitam monitorar a utilização de medicamentos e outras tecno-logias em saúde;

• Otimizar a relação entre custo, benefício e risco das tecnologias e processos assistenciais;

• Desenvolver ações de assistência farmacêutica, articuladas e sincro-nizadas com as diretrizes institucionais;

• Participar ativamente do aperfeiçoamento contínuo das práticas da equipe de saúde;

• Garantir e assumir a responsabilidade técnica pela correta aquisição de medicamentos, conservação, armazenamento, distribuição de medicamentos para pacientes hospitalizados e ambulatoriais;

INTRODUÇÃO À FARMÁCIA HOSPITALAR

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• Gerenciar um sistema adequado de gestão de estoque de medica-mentos;

• Estabelecer um sistema seguro e efetivo de dispensação de medica-mentos;

• Contribuir com suporte técnico operacional nos ensaios clínicos com medicamentos;

• Participar de comissões assessoras da Direção do hospital, cujo co-nhecimento farmacêutico pode ser útil, como CFT, CCIH, Resíduos, Feridas etc.;

• Realizar seguimento farmacoterapêutico de pacientes internados e ambulatoriais, implementando o desenvolvimento da farmácia clíni-ca, buscando otimizar a terapia medicamentosa;

• Desenvolver atividades de ensino e educação permanente;• Desenvolver e/ou manipular fórmulas magistrais e/ou oficinais de

produtos não estéreis, destinados a atender necessidades específi-cas dos pacientes;

• Fornecer informações sobre medicamentos a profissionais de saúde e pacientes.

O Conselho Federal de Farmácia, a partir da Resolução nº 300 (1997), ressalta que a Farmácia deve ser uma unidade clínica e, portanto, todas as suas ações devem ser orientadas ao paciente. Isso significa que a farmácia, além de fornecer medicamentos, deve acompanhar sua correta utilização e seus efeitos. A Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) re-conhece seis grandes grupos de atribuições essenciais da Farmácia Hospi-talar:6

1. Gestão: o foco da Farmácia hospitalar é a promoção do Uso Racional de Medicamentos, desenvolvendo ações da assistência farmacêuti-ca hospitalar em consonância com os preceitos da gestão clínica e segurança do paciente. Para tanto, deverá possuir uma estrutura or-ganizacional, onde a missão, valores e visão de futuros devem estar estabelecidos, devendo a Farmácia estar inserida no organograma da instituição ligada à diretoria clínica (gerência de atenção à saúde) junto aos demais serviços clínicos da instituição. Deverá, ainda, for-mular, implementar e acompanhar o planejamento estratégico, esta-belecendo critérios (indicadores) para avaliação do desempenho do serviço. Elaborar e revisar procedimentos operacionais e políticas ins-titucionais que garantam a gestão do uso de medicamentos em toda

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a instituição. Acompanhar o desempenho financeiro/orçamentário junto à Administração do Hospital, buscando assegurar dotação or-çamentária específica para a aquisição de medicamentos. Participar das comissões de formulação de políticas e procedimentos relacio-nados à gestão do uso de medicamentos e outras ações da assistên-cia farmacêutica, como: Comissão de Farmácia e Terapêutica, Comis-são de Controle de Infecção Hospitalar, Comitê de Ética em Pesquisa, Comissão de Suporte Nutricional e Comissão de Gerenciamento de Resíduos em Saúde, Núcleos de Avaliação de Tecnologias, Comitês de Segurança do Paciente, Comissões do processo de Acreditação Hospitalar, dentre outros.

2. Desenvolvimento de infraestrutura: garantir as condições necessá-rias de estrutura física, recursos humanos e materiais para a prática do farmacêutico. Disponibilidade de equipamentos e instalações adequadas ao gerenciamento (logística de medicamentos), sanean-tes e produtos para a saúde, manipulação de produtos estéreis e não estéreis. É necessária, ainda, a implantação de um sistema informati-zado, viabilidade de acesso à informação científica, disponibilidade de recursos para educação continuada, bem como condições de di-vulgação de informação e comunicação.

3. Preparo, distribuição, dispensação e controle de medicamentos e produtos para a saúde: a implantação de um sistema racional de distribuição deverá ser priorizada pelo farmacêutico e pela institui-ção, de forma a buscar processos que promovam maior segurança ao paciente, otimizando recursos financeiros. Envolver toda a equipe diretamente ligada ao processo de utilização de medicamentos (far-macêuticos, médicos, profissionais de enfermagem) para a definição de normas e procedimentos relacionados ao sistema de distribuição de medicamentos. Atuar junto à Comissão de Farmácia e Terapêutica para este propósito. As prescrições de medicamentos devem ser ana-lisadas pelo farmacêutico antes de serem dispensadas.

4. Otimização da terapia medicamentosa: visa aumentar a efetividade da intervenção terapêutica, promovendo o uso racional e garantindo a qualidade da farmacoterapia, devendo ser realizada com o apoio da diretoria clínica e a colaboração da Comissão de Farmácia e Terapêu-tica. O farmacêutico deve selecionar os pacientes que necessitam de monitoramento, como os que têm baixa adesão ao tratamento, em uso de medicamentos potencialmente perigosos, em uso de medi-

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camentos com maior potencial de produzir efeitos adversos, de alto custo, crianças e idosos, portadores de disfunções renais, hepáticas.4, 6

5. Informação sobre medicamentos e produtos para a saúde: prover à equipe de saúde e pacientes de informações técnico científicas so-bre eficácia, efetividade, segurança e custos dos medicamentos. O farmacêutico deve prestar suporte de informações às Comissões de Farmácia e Terapêutica, licitações, controle de infecção hospitalar, te-rapia nutricional, gerenciamento de risco e de resíduos e avaliação de tecnologias.

6. Ensino, educação permanente e pesquisa: a farmácia hospitalar de-verá promover, participar e apoiar ações de educação permanente, ensino e pesquisa nas suas atividades administrativas, técnicas e clí-nicas, com a participação de farmacêuticos, demais profissionais e estudantes. A formação, capacitação e qualificação dos recursos hu-manos deverão ser contínuas, em quantidade e qualidade suficien-tes para o correto desenvolvimento da assistência farmacêutica. A Farmácia pode, ainda, promover, participar e apoiar pesquisas inse-ridas em Farmácia e em seu âmbito de atuação, visando à produção de informações que subsidiem o aprimoramento das práticas, o uso racional de medicamentos e demais produtos para a saúde, contri-buindo com a melhoria da qualidade da assistência farmacêutica. As atividades de ensino, educação continuada e pesquisa devem buscar atender às necessidades da sociedade por ela assistida e da popula-ção em geral, favorecendo a harmonização entre as políticas das áre-as da educação e de saúde, levando à formação de profissionais com perfil e competência compatíveis com estas necessidades.

2 - PRINCIPAIS DETERMINAÇÕES DA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA EM FARMÁCIA HOSPITALAR

O marco regulatório mais atual para o âmbito das farmácias hospitala-res no Brasil é a portaria nº 4283 de 30 de dezembro de 2010, que aprova as diretrizes e estratégias para a organização, fortalecimento e aprimora-mento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Esta por-taria revoga a portaria nº 316/1977, que preconizava a atuação de farma-cêuticos apenas para hospitais com número superior a 200 leitos.

A portaria nº 4283/2010 é um avanço para o desenvolvimento da assis-tência farmacêutica hospitalar. Suas diretrizes norteiam práticas focadas

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na gestão da assistência farmacêutica hospitalar, bem como outras ações que visam o fortalecimento da farmácia clínica com o desenvolvimento de ações voltadas para a atenção à saúde de forma integral e com caráter multidisciplinar. Outras diretrizes norteiam o direcionamento para a es-truturação de sistemas de informação e infraestrutura, bem como a quali-ficação dos recursos humanos, assegurando às instituições hospitalares a qualificação de seus serviços farmacêuticos.

Segundo a portaria nº 4283/2010, os hospitais devem priorizar a im-plantação de sistemas racionais de distribuição de medicamentos, reco-mendando a adoção de sistemas de distribuição por dose individualizada ou unitária. Estes são os sistemas que garantem maior segurança no pro-cesso de utilização do medicamento e potencializam a sua utilização de forma racional. As diretrizes recomendam, ainda, que os serviços possam disponibilizar processos de farmacotécnica hospitalar, visando ajustar as terapias medicamentosas às necessidades e especificidades terapêuticas dos pacientes. Os farmacêuticos devem atender à legislação vigente no que tange à responsabilidade para com todo o processo de fracionamen-to de doses e manipulação de medicamentos como antineoplásicos e a terapia nutricional parenteral.

Ainda segundo a portaria nº 4283/2010, o fortalecimento de sistemas de informação, com a implantação de tecnologias de informação, ferramentas de processamento de dados sobre utilização de medicamentos deverão ser adotadas visando otimizar a rastreabilidade e segurança nos processos envolvidos. A constituição de centros de informação sobre medicamentos visa promover o uso racional de medicamentos através do fornecimento de informações independentes que contribuirão para tomadas de decisão racional, minimizando os riscos e maximizando a efetividade das terapias.

Os Serviços de Farmácia Hospitalar devem adotar estratégias que vi-sam estar alinhadas com o Programa Nacional de Segurança do Paciente, conforme definido pela portaria ministerial nº 529/2013. Ainda, progra-mas nacionais e internacionais de acreditação hospitalar estão sendo de-senvolvidos nas unidades hospitalares com vistas a otimizar os processos e as práticas no sentido de maximizar a segurança na atenção à saúde. As farmácias hospitalares têm um papel fundamental na implantação e im-plementação de diretrizes e políticas institucionais que orientam as práti-cas assistenciais seguras e efetivas.

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QUADRO ESQUEMÁTICO

Palavras Chave Descrição

Assistência Farmacêutica

Um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recupera-ção da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. (BRASIL, 2004)

Atividades da Farmácia Hospitalar

Por ser uma unidade clínica, as atividades da Farmácia Hospitalar devem ser direcionadas para o paciente. Isso significa que a farmá-cia, além de fornecer medicamentos, deve acompanhar sua correta utilização e seus efeitos.

Farmácia hospitalar

Unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde se processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura or-ganizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades clínicas (de assistência ao paciente) e administrativas.

Portaria nº 4283 de 30 de dezembro de 2010

Aprovam as diretrizes e estratégias para a organização, fortaleci-mento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais.

Relação Nacional de Medicamentos Essen-

ciais: RENAME

Uma das estratégias da política de medicamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover o acesso e uso seguro e racional de medicamentos. É uma lista de medicamentos que deve atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasi-leira. Deve ser um instrumento mestre para as ações de assistência farmacêutica no SUS.

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QUADRO ESQUEMÁTICO

FARMÁCIA HOSPITALAR

Preparo, distribuição, dispensação e controle

de medicamentos e produtos para a saúde

Sistema racional de distribuição de medicamentos.

Dose Individualizada ou Unitária.

Informação sobremedicamentos e

produtos para a saúde

Fornecer informações técnico científicas criticamente avaliadas

para tomadas de decisão.

Promover, participar e apoiar ações de educação permanente,

ensino e pesquisa.

Ensino, educaçãopermanente e pesquisa

GestãoMissão, visão e valores voltados

para práticas clínicas.Gestão clínica.

Estrutura física, recursos humanos e materiais para a prática do

farmacêutico.

Desenvolvimento de infraestrutura

Promoção do Uso Racional de Medicamentos.

Otimização da terapia medicamentosa

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QUESTÕES COMENTADAS

01 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE - UFU - 2013)Assinale a alternativa que NÃO corresponde às atribuições essenciais das unidades de farmácia hospitalar.

Ⓐ Gestão de estoque. Ⓑ Atividades individualizadas dos profissionais de saúde. Ⓒ Desenvolvimento de infraestrutura. Ⓓ Otimização da terapia medicamentosa.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A gestão de estoque faz parte de atribui-ções essenciais das unidades de farmácia hospitalar;Alternativa B: CORRETA. As atividades individualizadas dos profissio-nais de saúde NÃO correspondem a atribuições essenciais da farmácia hospitalar;Alternativa C: INCORRETA. O desenvolvimento da infraestrutura cor-responde a uma atribuição essencial da Farmácia Hospitalar;Alternativa D: INCORRETA. A otimização da terapia medicamentosa corresponde a uma atribuição essencial da Farmácia Hospitalar.

02 (AERONÁUTICA - 2014) O Ministério da Saúde do Brasil (MS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estabelecem as funções fundamentais de um serviço de far-mácia hospitalar. Assinale a alternativa que não corresponde a uma fun-ção da farmácia hospitalar.

Ⓐ Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados, estabelecendo níveis adequados para aquisição por meio de um geren-ciamento apropriado dos estoques.

Ⓑ Implantação de um sistema sobre pacientes para obtenção de dados objetivos que possibilitem à equipe de saúde otimizar a prescrição médi-ca e a administração dos medicamentos.

Ⓒ Manipulação, produção de medicamentos e germicidas, seja pela in-disponibilidade de produtos no mercado, para atender prescrições espe-ciais, ou por motivos de viabilidade econômica.

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QUESTÕES COMENTADAS

Ⓓ Seleção de medicamentos, germicidas e correlatos necessários ao hos-pital, realizada pela comissão de farmácia e terapêutica, ou corresponden-te e associada a outras comissões quando necessário.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. Aquisição, conservação e controle dos medi-camentos selecionados, estabelecendo níveis adequados para aquisição por meio de um gerenciamento apropriado dos estoques são funções fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar;Alternativa B: INCORRETA. Implantação de um sistema sobre pacien-tes para obtenção de dados objetivos, que possibilitem à equipe de saúde otimizar a prescrição médica e a administração dos medicamentos, NÃO são funções fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar;Alternativa C: CORRETA. Manipulação, produção de medicamentos e germicidas, seja pela indisponibilidade de produtos no mercado, para atender prescrições especiais ou por motivos de viabilidade econômica, são funções fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar;Alternativa D: CORRETA. Seleção de medicamentos, germicidas e cor-relatos necessários ao hospital, realizada pela comissão de farmácia e te-rapêutica ou correspondente e associada a outras comissões, quando ne-cessário, são funções fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar.

03 (SES/PE – UPENET – 2014)Assinale a alternativa que corresponde a um objetivo secundário da Far-mácia Hospitalar.

Ⓐ Implantar um setor de misturas intravenosas Ⓑ Padronização de medicamentos Ⓒ Aquisição de medicamentos Ⓓ Planejamento de estoques Ⓔ Dispensação de medicamentos

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. Um dos objetivos secundários da Farmácia Hospitalar é implantar um setor de misturas intravenosas;

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QUESTÕES COMENTADAS

Alternativas B, C, D e E: INCORRETAS. Padronização de medicamentos, aquisição de medicamentos, planejamento de estoques e dispensação de medicamentos são objetivos primários da farmácia hospitalar.

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1. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 338, de 06 de maio de 2004. Apro-va a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Seção 1 nº 96, 20 de maio de 2004. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

2. Conselho Federal de Farmácia. RESOLUÇÃO Nº 300 DE 30 DE JANEIRO DE 1997. Regulamenta o exercício profissional em Farmácia e unidade hospita-lar, clínicas e casa de saúde de natureza pública ou privada. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/300.pdf

3. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 492 de 26 de novembro de 2008. Regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hos-pitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/reso-lucoes/492.pdf.

4. GOMES, M.J.V de M; Reis, A.M.M. Ciências Farmacêuticas: uma abordagem em Farmácia Hospitalar. 1a edição, São Paulo, Atheneu, 2000.

5. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010 aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramen-to das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Disponível em: http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Portaria%204283%20de%2030%20de%20dezembro%20de%202010.pdf

6. Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH). Organização Conselho Federal de Farmácia. Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar. Goiânia: 2007. 20p

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS