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FAG – FACULDADE ASSIS GURGACZ LEANDRO SANTOS DA SILVA PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL: UMA ADMINISTRAÇÃO QUE VISA A REINTEGRAÇÃO DOS INTERNOS À SOCIEDADE CASCAVEL 2007

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FAG – FACULDADE ASSIS GURGACZ

LEANDRO SANTOS DA SILVA

PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL: UMA ADMINISTRAÇÃO QUE VISA A REINTEGRAÇÃO DOS INTERNOS À SOCIEDADE

CASCAVEL 2007

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FAG – FACULDADE ASSIS GURGACZ

LEANDRO SANTOS SILVA

PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL: UMA ADMINISTRAÇÃO QUE VISA A REINTEGRAÇÃO DOS INTERNOS À SOCIEDADE

Trabalho de Conclusão e Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração com Habilitação em Gestão de Negócios da faculdade Assis Gurgacz.

Orientador: Ricardo José Deves

CASCAVEL

2007

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FAG – FACULDADE ASSIS GURGACZ

LEANDRO SANTOS SILVA

PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL: UMA ADMINISTRAÇÃO QUE VISA A REINTEGRAÇÃO DOS INTERNOS À SOCIEDADE

Trabalho apresentado no Curso de Bacharelado em Administração, da FAG, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Administração, sob orientação do Prof. Ricardo José Deves.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________ Ricardo Deves

FAG – Faculdade Assis Gurgacz Bacharelado em Administração

_______________________________________ Lupércio Fuganti Luppi

FAG – Faculdade Assis Gurgacz Bacharelado em Administração

_______________________________________ Abrão Ferraz de Medeiros

FAG – Faculdade Assis Gurgacz Bacharelado em Administração

Cascavel, 20 de dezembro de 2007.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pelas oportunidades de viver a cada dia com muita fé, força e alegria

para viver com entusiasmo.

Ao Prof. Ricardo José Deves pelas orientações prestadas a este estudo.

Meu reconhecimento a minha esposa, mãe e filhos que são a base de meu

sucesso pelo amor incondicional e ajuda nos momentos difíceis desta longa

caminhada.

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RESUMO

Esta pesquisa acadêmica tem o intuito de demonstrar os projetos ou atividades desenvolvidos na PIC, aumentando desta forma o grau de implementação desses projetos e sua reintegração à sociedade. Conseguindo através destes projetos o comprometimento de todos os colaboradores pelo crescimento destes ìndividuos na esfera social produtiva. Possibilitando a reciclagem e reinstrução do preso neste processo de ressocialização e preparando estes internos tanto profissional e pessoal. Por isso a PIC está fazendo uma intervenção social através dos projetos e atividades uma reconstrução de valores fazendo abrir vários caminhos, se não for apresentado a nenhuma opção, o egresso reincidirá para as rotas do crime. A Unidade prisional almeja sempre a reeducação social, uma espécie de preparação temporária pela qual precisa passar todo o criminoso condenado pela justiça com a finalidade social de reintegrá-lo sem traumas e sequelas.

Palavras-chave:. Ressocialização.Reeducação social. Qualificação do preso.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01. Delineamento de Pesquisa ............................................................... 66

Tabela 02. Assunto sobre faixa etária dos presos ............................................... 75

Tabela 03. Assunto sobre escolaridade ............................................................... 77

Tabela 04. Assunto sobre situação de emprego .................................................. 78

Tabela 05. Assunto sobre mudanças e inovações .............................................. 80

Tabela 06. Assunto sobre a inatividade na prisão ............................................... 81

Tabela 07. Assunto sobre o convívio em sociedade ........................................... 83

Tabela 08. Assunto sobre ocupar a mente .......................................................... 84

Tabela 09. Assunto sobre tranquilidade prisional ................................................ 86

Tabela 10. Assunto sobre continuidade profissional ............................................ 87

Tabela 11. Assunto sobre ressocialização ........................................................... 88

Tabela 12. Assunto sobre o trabalho nas prisões ................................................ 90

Tabela 13. Assunto sobre cidadão à sociedade .................................................. 91

Tabela 14. Assunto sobre processo de recuperação ........................................... 92

Tabela 15. Assunto sobre falta de qualificação e estudo ..................................... 94

Tabela 16. Assunto sobre ocupação profissional ................................................ 95

Tabela 17. Assunto sobre sistema penitenciário ................................................. 96

Tabela 18. Assunto sobre reciclagem do preso ................................................... 98

Tabela 19. Assunto sobre reintegração social e cultural .................................... 99

Tabela 20. Assunto sobre desenvolvimento ético-moral .................................... 101

Tabela 21. Assunto sobre projetos e atividades .................................................. 102

Tabela 22. Assunto sobre responsabilidade social .............................................. 103

Tabela 23. Assunto sobre Unidade Prisional ....................................................... 105

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Tabela 24. Assunto sobre problemas sociais ...................................................... 106

Tabela 25. Assunto sobre relacionamento interpessoal ..................................... 107

Tabela 26. Assunto sobre reabilitação aos presos .............................................. 109

Tabela 27. Assunto sobre oportunidade de recuperação .................................... 110

Tabela 28. Assunto sobre mão-de-obra prisional ................................................ 111

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01.Representação gráfica sobre faixa etária dos presos ........................ 76

Gráfico 02. Representação gráfica sobre escolaridade ....................................... 77

Gráfico 03. Representação gráfica sobre situação de emprego .......................... 79

Gráfico 04. Representação gráfica sobre mudanças e inovações ....................... 80

Gráfico 05. Representação gráfica sobre a inatividade na prisão ....................... 82

Gráfico 06. Representação gráfica sobre comportamento .................................. 83

Gráfico 07. Representação gráfica sobre ocupar a mente .................................. 85

Gráfico 08. Representação gráfica sobre tranquilidade prisional ........................ 86

Gráfico 09. Representação gráfica sobre continuidade profissional .................... 87

Gráfico 10. Representação gráfica sobre ressocialização ................................... 89

Gráfico 11. Representação gráfica sobre trabalho nas prisões ........................... 90

Gráfico 12. Representação gráfica sobre cidadão à sociedade ........................... 91

Gráfico 13. Representação gráfica sobre processo de recuperação ................... 93

Gráfico 14. Representação gráfica sobre falta de qualificação e estudo ............. 94

Gráfico 15. Representação gráfica sobre ocupação profissional ......................... 95

Gráfico 16. Representação gráfica sobre sistema penitenciário .......................... 97

Gráfico 17. Representação gráfica sobre reciclagem do preso ........................... 98

Gráfico 18. Representação gráfica sobre reintegração social e cultural .............. 100

Gráfico 19. Representação gráfica sobre desenvolvimento ético-moral .............. 101

Gráfico 20. Representação gráfica sobre projetos e atividades .......................... 102

Gráfico 21. Representação gráfica sobre responsabilidade social ...................... 104

Gráfico 22. Representação gráfica sobre a Unidade Prisional ............................ 105

Gráfico 23. Representação gráfica sobre problemas sociais ............................... 106

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Gráfico 24. Representação gráfica sobre relacionamento interpessoal ............... 108

Gráfico 25. Representação gráfica sobre reabilitação aos presos ...................... 109

Gráfico 26. Representação gráfica sobre oportunidade de recuperação ............ 110

Gráfico 27. Representação gráfica sobre mão-de-obra prisional ........................ 112

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01. Penitenciária industrial de Cascavel ..................................................... 24

Figura 02. Setor de colagem de bolas pelos internos da PIC ................................ 26

Figura 03. Montagem de grampos para prendedores de roupa ............................ 28

Figura 04. Confecção de quadros .......................................................................... 29

Figura 05. Internos na lavanderia da PIC .............................................................. 30

Figura 06. Internos na limpeza de galerias da PIC ................................................ 31

Figura 07. Barbearia da PIC .................................................................................. 32

Figura 08. Cozinha dos internos ............................................................................ 33

Figura 09. Internos na biblioteca ............................................................................ 34

Figura 10. Internos em sala de aula na PIC ........................................................... 36

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

SDP - Subdivisão Policial

PSS - Processo Seletivo Simplificado

DEPEN - Departamento Penitenciário

PIC - Penitenciária Industrial de Cascavel

LEP - Leis de Execuçao penal

NA - Narcóticos Anônimos

IEG - Instituto Educacional de Educação e Gerencial

CEEBJA - Centro Estadual de Educação Básica Jovem e Adulto

DIOQ - Divisão de Ocupação e Qualificação

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 15

1 IMPORTÂNCIA DA PESQUISA ...................................................................... 17

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA .......................................................................... 17

1.2 PROBLEMA DA PESQUISA ........................................................................ 18

1.3 OBJETIVOS GERAIS ................................................................................... 20

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 20

2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO ....................................................................... 21

2.1 HISTÓRICO DA PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL ............... 21

2.2 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO ....................................................................... 24

3 PROJETOS QUE VISAM A RESSOCIALIZAÇÃO DOS INTERNOS ............ 25

3.1 LABORTERAPIA SETORIAL DE BOLAS .................................................... 26

3.2 LABORTERAPIA SETORIAL DE PRENDEDORES ..................................... 27

3.3 ARTESANATO ............................................................................................. 28

2.4 LAVANDERIA ............................................................................................... 29

3.5 FAXINA DA UNIDADE, GALERIAS, PÁTIOS E MOTEL .............................. 30

3.6 BARBEARIA ................................................................................................. 31

3.7 COZINHA ...................................................................................................... 32

3.8 BIBLIOTECA ................................................................................................. 33

3.9 PROJETO “TRIAGEM” ................................................................................ 34

3.10 PROJETO “REEDUCAR – CEEBJA” ......................................................... 35

3.11 PROJETOS REALIZADOS PELO CEEBJA ............................................... 37

3.11.1 Projeto “Retratos da Vida” ....................................................................... 37

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3.11.2 Projeto “O Mundo através do Grafite” ...................................................... 38

3.11.3 Projeto “Valorizando A Vida” ................................................................... 39

3.11.4 Projeto “Saúde para Todos” .................................................................... 41

3.11.5 Projeto “Confesso que Vivi História de Minha Vida (Re) Lembrando o

Passado“.............................................................................................................. 43

3.11.6 Projeto “Preservação e Memória” ............................................................ 43

3.11.7 Projeto de oratória ................................................................................... 44

3.11.8 III Mostra cultural – projeto desvelando talentos ..................................... 44

3.11.9 Projeto: estudando a língua inglesa através de música .......................... 45

3.11.10 Projeto : 1º torneio de xadrez, dama e dominó ..................................... 46

3.11.11 Projeto informática ................................................................................. 46

3.11.12 Projeto “Revendo a Matemática” ........................................................... 47

3.12 PROJETO CURSOS PROFISSIONALIZANTES ........................................ 48

3.12.1 Construção cívil ....................................................................................... 48

3.13 PROJETO CULTO RELIGIOSO ................................................................. 49

3.14 PROJETO NARCÓTICOS ANÔNIMOS ..................................................... 49

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 51

4.1 PROCESSO EVOLUTIVO DA PRISÃO ....................................................... 52

4.2 TRABALHO PRISIONAL: UMA ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO

PENITENCIÁRIO ................................................................................................ 54

4.3 RESSOCIALIZAÇÃO .................................................................................... 56

4.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL: UMA NOVA CONCEPÇÃO DE

ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA ................................................................. 58

5 METODOLOGIA .............................................................................................. 62

5.1 TIPOS DE ESTUDO ..................................................................................... 62

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5.1.1 Pesquisa exploratória ................................................................................ 63

5.1.2 Pesquisa descritiva .................................................................................... 63

5.1.3 Pesquisa experimental .............................................................................. 64

5.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA - QUANTITATIVA E QUALITATIVA ..... 64

5.3 MÉTODO OU DELINEAMENTO DA PESQUISA ......................................... 65

5.4 DADOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS ..................................................... 67

5.5 COLETA DE DADOS .................................................................................... 68

5.5.1 Técnicas de coleta de dados: entrevista, questionário e observação ....... 68

5.5.2 Classificação das perguntas ...................................................................... 70

5.6 POPULAÇÃO – AMOSTRA OU CENSO ..................................................... 70

5.7 ABORDAGEM UTILIZADA ........................................................................... 72

6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ................................................ 73

6.1 PERFIL DOS PRESOS NA PIC ................................................................... 75

6.1.1 Faixa etária dos presos ............................................................................. 75

6.1.2 Escolaridade .............................................................................................. 77

6.1.3 Situação de emprego dos internos ............................................................ 78

6.2.QUESTIONÁRIOS COLETADOS JUNTO AOS INTERNOS DA PIC .......... 80

6.2.1 Prisão ......................................................................................................... 80

6.2.2 Trabalho prisional ...................................................................................... 84

6.2.3 Ressocialização ......................................................................................... 88

6.2.4 Processos de recuperação ........................................................................ 92

6.2.5 Projetos e atividades ................................................................................. 98

6.2.6 Administração da PIC ................................................................................ 103

6.2.7 Empresas ................................................................................................... 107

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 113

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8 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 116

APÊNDICE - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PRESOS DA PIC ................ 118

ANEXO A - REGIMENTO INTERNO DA PIC .................................................... 121

ANEXO B - ORGANOGRAMA ATUAL DA ORGANIZAÇÃO ........................... 148

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INTRODUÇÃO

O trabalho desenvolvido no interior da prisão pode ser visto como remédio

predileto capaz de sanar os “males” daqueles que transgridem as regras legais de

uma sociedade e são para aquelas instituições enviadas.

Mostrar nesta pesquisa que é possível tentar mudar a mentalidade dos

presos demostrando-lhes bons hábitos e atitudes positivas, porque sabemos que a

única possibilidade de modificação da personalidade reside na vontade da própria

pessoa, na sua adesão à idéia de substituir ou alterar os seus padrões de conduta,

os modelos e os valores que adotou, o que somente acontecerá se o impulso vier de

dentro para fora do homem.

O trabalho desenvolvido pela administração da Penitenciária Industrial de

Cascavel, órgão de execução penal responsável pelo acompanhamento da

execução da pena em regime fechado, tem como um dos maiores desafios

humanizar os presos através do trabalho prisional para a reinserção à sociedade.

Esta pesquisa tem por fim demonstrar as consequências decorrentes do

trabalho no sistema prisional e seu papel dentro do sistema penitenciário, bem como

buscar meios de minimizar em tempos de reclusão através de atividades

laborterapêuticos a reinserção do apenado à sociedade.

O trabalho nas prisões deveria ser visto como uma oportunidade de tornar a

vida dos reclusos mais interessantes, mais compensadora e mais agradável.

Esta monografia objetiva demonstrar que existem meios eficazes para

reinserção social através de projetos e atividades dentro das prisões para alcançar a

ressocialização do condenado podendo ser um modificador de valores e uma

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alternativa para, que a falta de oportunidade muitas vezes pode levar o indivíduo à

criminalidade e o egresso à reincidência.

Para o desenvolvimento desta monografia, este trabalho está estruturado da

seguinte forma:

O primeiro capítulo traz a importância do projeto de pesquisa.

O segundo capítulo apresenta-se a organização em estudo: histórico e perfil.

O terceiro capítulo demonstra os projetos e atividades desenvolvidas aos

reclusos na organização fazem uma tentativa de mostrar instrumentos ou programas

hábeis para a busca da ressocialização.

O quarto capítulo partirá para o referencial teórico, sobre conceitos contidos

relevantes para esta pesquisa, acerca da relação entre o sistema penitenciário, e o

trabalho como meio de reinserção social para conduzir um negócio da melhor

maneira possível.

O quinto capítulo inicia com uma breve incursão pela metodologia e

aplicações com o propósito para atingir resultados concretos para a reinserção social

O sexto e sétimo capítulos respectivamente, apresentação e análise dos

dados e considerações finais.

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1 IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

No contexto sócio-econômico, os efeitos da miséria, promiscuidade, da falta

de oportunidade e fome associam-se para criar condições favoráveis ao

desenvolvimento de delinqüência, de banditismo e da violência. Esses fatores têm

correlação com jovens poucos escolarizados e com pouca base familiar formando

muitas vezes os futuros contingentes de marginais e levando alguns a conhecerem

as prisões.

O presente trabalho acadêmico tem como tema abordar: “Penitenciária

Industrial de Cascavel: uma administração que visa a reintegração dos internos à

sociedade”, esta pesquisa objetiva uma divulgação dos projetos e/ou campos de

trabalhos desenvolvidos na Penitenciária Industrial de Cascavel, aumentando desta

forma o grau de reintegração dos internos e as propostas que serão apresentadas,

fundamentadas visando a obtenção do melhor desempenho de cada projeto dentro

da Penitenciária Industrial de Cascavel.

Para atingir a ressocialização dos apenados, estes projetos são

desenvolvidos para ocupar o tempo ocioso contribuindo para que eles aprimorem o

seu comportamento interior, possibilitando a reciclagem e a reinstrução do preso

neste processo de ressocialização e acreditar que entre eles existem pessoas com

potencialidades.

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Estes projetos na Penitenciária Industrial de Cascavel exercem uma grande

influência, pois diminui os sofrimentos e as tensões no interior das prisões, o detento

ocupando a mente implica muitas vezes a arte de pensar. Buscando em si a

capacidade de transformar as coisas com entusiasmo excluindo a idéia de que a

prisão é o campo de concentração de pessoas inúteis e pobres, delineando um

instrumento humanizador e recuperador de homens para inserção social.

1.2 PROBLEMA DA PESQUISA

A recuperação das pessoas dentro da prisão é um papel de suma

importância para a Penitenciária Industrial de Cascavel, resgatando valores,

princípios e oportunidades para aqueles que jamais foram incluídos ou até aqueles

por qualquer causa mormente transgridem as regras legais de uma sociedade.

Assim, para minimizar os efeitos dos cárceres, retorno à sociedade e

mercado de trabalho com uma atitude gerencial postulada pela melhoria contínua

dentro da penitenciária, a administração permite o desenvolvimento das

potencialidades humanas, conseguindo o comprometimento de todos pelo

crescimento a reinserção destes indivíduos na esfera social produtiva e o

desenvolvimento de uma base de confiança, obtida pela transparência e

honestidade das ações. Esta ação é fundamental para ganhar e manter uma visão

compartilhada, de revalorização do homem, em todos os níveis, dentro da

organização objetivando uma mentalidade de trabalho em grupo.

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No sistema prisional o trabalho é meramente uma terapia ocupacional, por

isso, deve ser oferecido aos presos como alternativa de redução de pena,

aprendizagem de bons hábitos e geração de renda pessoal com menos sofrimento,

mais respeito e humildade, visando na qualificação profissional alternativas para

atenuar os regimes impostos para os apenados. O trabalho é a chave primordial

para os detentos obterem uma continuidade profissional ao ser egresso do sistema

penitenciário, é o modo de estas pessoas terem uma nova chance na sociedade

,criando forças para enfrentar desafios e subsídios para redirecionar o apenado da

rota do crime.

A Penitenciária Industrial de Cascavel tenta praticar a capacidade de

influenciar as pessoas para trabalharem entusiasmaticamente em busca dos

objetivos identificados como sendo para o bem comum, pelo qual se estabelece uma

relação de parceria também com os apenados usufruindo seus serviços sem vnculo

empregatício, mas responsável pelo aperfeiçoamento profissional e propiciando um

ambiente favorável no sistema prisional restringindo assim, de certo modo o impacto

social da recessão e do desemprego.

De acordo com o contexto acima, a pergunta é a seguinte: Os projetos e

atividades realizadas na Penitenciária Industrial de Cascavel em sua administração

tem a virtude de humanizar e garantir todos os direitos dos internos aqui previstos na

Lei de Execuções Penais para sua reintegração à sociedade?

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1.3 OBJETIVOS GERAIS

Demonstrar que a Penitenciária Industrial de Cascavel em sua gestão

negócio busca em seus projetos e atividades resultados positivos para a

reintegração do detento à sociedade.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Demonstrar que é possível o desenvolvimento humano em tempo ocioso de

forma produtiva e saudável de cada interno da Penitenciária Industrial de

Cascavel diante dos projetos e atividades.

• Demonstrar se realmente estes projetos possibilitam a reciclagem e a

reinstrução do preso neste processo de reintegração social.

• Demonstrar uma visão geral da administração da Penitenciária Industrial de

Cascavel em prol de uma responsabilidade social postulada para a

ressocialização dos apenados;

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2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO

2.1 HISTÓRICO DA PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL

Com área total de 7.177 metros quadrados, a Peninteciária Industrial de

Cascavel é resultado de um investimento de R$ 7,5 milhões realizados através de

uma parceria entre o Governo Federal e Estadual, inaugurado no dia 22 de fevereiro

de 2002. E desde a sua inauguração não houve nenhum incidente no que se refere

a estabilidade carcerária atualmente dos 282 (duzentos e oitenta e dois) internados.

O complexo segue a diretriz de humanizar o tratamento penal e garantir a

ressocialização do preso pelo trabalho. Trata-se de uma Penitenciária Industrial

destinada à custódia de réus exclusivamente condenados em regime fechado para o

sexo masculino, oriundos da Cadeia Pública Local 15º SDP e mais 17 comarcas da

região Oeste e Sudoeste do Paraná.

O desenvolvimento operacional está sendo realizado pelo PSS – Processo

Seletivo Simplificado – por força contratual no sistema de terceirização estadual,

com equipes operacionais, técnicas e administrativas, no total de 96 (noventa e seis)

funcionários distribuídos em turnos de serviços.

Ainda que a parte operacional é contratada temporiamente pelo Processo

Seletivo Simplificado, a tutela e administração do preso continuam com o Estado, e

para isto a unidade conta com os cargos de Direção, Vice Direção, Chefe de

Segurança e Inspetoria.

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Mesmo sendo de segurança máxima, a Direção em nenhum momento

olvida esforços para torná-la uma unidade com condições para ressocialização num

esforço coletivo, transformando alguns espaços físicos em locais para trabalho,

obedecendo critério rigoroso estabelecido pela Vara de Execuções Penais de

Cascavel e a coordenadoria do Departamento Penitenciário do Paraná.

Este modelo é um avanço no sistema penitenciário do País, que garante a

reintegração dos presos em aproximadamente 90% dos casos, podendo substituir as

prisões comuns em que, muitas vezes, se transfomam em verdadeiras fábricas de

bandidos.

A unidade abriga 282 (duzentos e oitenta e dois) internos, três por cela, com

capacidade para 360 (trezentos e sessenta) internos, dos quais 41 (quarenta e um)

trabalham na fábrica de prendedores e 136 (cento e trinta e seis) trabalham na

fábrica de bolas instalada na unidade. Os demais 105 (cento e cinco) são

aproveitados nos demais setores da penitenciária como: 07 (sete) presos na

lavanderia, 16 (dezesseis) na limpeza, 02 (dois) na biblioteca, 02 (dois) na cozinha,

02 (dois) na barbearia e 05 (cinco) no artesanato com finalidade terapêutica. Todos

terão direito a remissão de pena, isto é, cada três dias trabalhados dão direito a um

dia a menos de condenação. O sistema de tercerização, adotado tanto para

administração como para a fábrica, possibilita melhor atendimento ao preso, sem

gasto excessivo para o Governo do Estado.

Para alcançar a ressocialização dos apenados, o trabalho (ocupacional) é

uma das alternativas para convivência humana, senso de responsabilidade e a

necessidade de estimular o desejo de trabalhar e proporcionar oportunidades para

desviar os caminhos batidos pelo crime e dar-lhes condições de cidadãos e

dignidade.

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O trabalho dentro dos presidío ajuda na recuperação dos presos e beneficia

as empresas, que podem desenvolver seus produtos com custos mais baixos, além

de não receber 13º salário e férias, entre outros direitos trabalhistas, e não

chegarem atrasados, nem faltarem serviços propiciando andamento do processo

produtivo muitas vezes até com mais agilidade e qualidade dos produtos. A

utilização de mão-de-obra carcerária representa vantagens para ambos os lados, o

salário pago pelo serviço realizado, dá ao detento a possibilidade de sentir-se útil e,

em vários casos, o de continuar contribuindo para o sustento da família. Além disso,

em caso de bom comportamento o preso reduz um dia da pena a cada três dias

trabalhados na quais 25% do salário pago aos detentos é repassado ao Fundo

Penitenciário do DEPEN, que é usado pelo Governo na melhoria do sistema

carcerário.

Para isso, a Penitenciária Industrial de Cascavel oferece profissionalização e

educação (trabalhos e cursos), além de assistência psicológica, médica,

odontológica ao detento e assistência social a sua família.

Apesar de o trabalho ser uma preocupação muito grande da penitenciária,

também oferece cursos de ensino fundamental e médio, e profissionalizante. O

principal objetivo dessa preocupação é diminuir a dificuldade que o detento encontra

na reintegração social.

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2.2 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO

Dados básicos da empresa:

Razão Social:....................... Secretaria do Estado da Justiça e Cidadania.

Nome Fantasia:................... Penitenciária Industrial de Cascavel - PIC

CNPJ (MF):.......................... 40245920-0001-94

Data da Fundação: ............. 22 de fevereiro de 2002

Endereço:............................. BR 277, Km 579, Área Industrial

Caixa Postal 10 – CEP : 85.818-560

Cidade:................................. Cascavel

Estado: ................................. Paraná

Telefone:............................... (45) 3325 6038

e-mail: ................................... [email protected]

Diretor:.................................. Juarez Alves Pereira

Nro. de colaboradores:.......... 109

Nro. de internos: .............. 282

Figura 01.Penitenciária industrial de Cascavel

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3 PROJETOS QUE VISAM A RESSOCIALIZAÇÃO DOS INTERNOS

Este capítulo será reservado para observar a organização no presente,

dando ênfase aos projetos desenvolvidos junto aos internos com o objetivo da

reinserção social, criando assim nestes projetos um ambiente totalmente sadio e

estimulador para que o interno com seu ofício adquira uma mente saudável em prol

de uma valorização de atitudes positivas tornando-se uma pessoa melhor para

sociedade.

Salienta que todas as pessoas da organização têm uma parcela de melhoria

continua em prol a reintegração dos reclusos à sociedade, que são responsáveis

pelo aperfeiçoamento do ser humano. Estas pessoas cada vez mais propiciam um

ambiente favorável no sistema prisional restringindo assim, de certo modo o impacto

social da recessão e do desemprego

O apoio das empresas no interior da Unidade Prisional é fundamental para o

processo de ressocialização dos presos dando oportunidades ao interno e chance

de se recuperar e, dessa forma, ocasionando o não retorno ao crime, estimulados a

uma vida de virtudes por meio de exercícios cotidianos nas atividades laborativas,

fazendo o condenado trabalhar aparecendo como uma prescrição “inquestionável”

que se acredita capaz de conter a reincidência criminal e portanto, a delinqüência.

Geralmente seu progresso e resultado podem ser quantitativamente

conhecidos.

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3.1 LABORTERAPIA SETORIAL DE BOLAS

A empresa escolhida para operar uma das partes da planta industrial da

Penitenciária Industrial de Cascavel é a FCS Indústria de Materiais Esportivos LTDA.

trazendo atividades como o acabamento (colagem) de bolas desde março de 2003.

Foi realizado treinamento dos presos selecionados e os mesmos recebem por bolas

coladas no gomo. O projeto conta com a participação de 136 (cento e trinta e seis)

presos.

São coladas em média 150.000 (cento e cinquenta mil) bolas por mês.

A empresa FCS Indústria de Materiais Esportivos LTDA. fornece todo o

material necessário para a execução da colagem das bolas.

Coordenação:

Treinamento de monitores e execução:

• José Carlos Gust

Figura 02. Setor de colagem de bolas pelos internos da PIC.

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3.2 LABORTERAPIA SETORIAL DE PRENDEDOR

A empresa escolhida para operar outra parte da planta industrial da

Penitenciária Industrial de Cascavel é a empresa Cristalvel Química Indústria LTDA.

trazendo atividades como o acabamento (montagem) de prendedores de madeira

desde 2003. Foi realizado treinamento dos presos selecionados e os mesmos

recebem por montagem de prendedores. O projeto conta com a participação de 60

(sessenta) presos.

São confeccionados em média 115.000 (cento e quinze mil) dúzias de

prendedores por mês.

A empresa Cristalvel Química Indústria LTDA fornece todo o material

necessário para a execução de prendedor de madeira para os presos realizarem a

montagem.

Coordenação:

• Empresário: Hemerson D. Mondini

• Responsável pela execução e monitoramento: Αdmilson de Souza Pereira

(preso).

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Figura 03. Montagem de grampos para prendedores de roupa

3.3 ARTESANATO

Este projeto é desenvolvido na Penitenciária Industrial de Cascavel, na

busca de alternativas para ocupar o tempo ocioso, pensando nesta situação e

acreditando que entre eles existem pessoas com talentos artísticos.

Além de estimular as aptidões artísticas dos internos, buscar-se-a

reintegração do preso à sociedade, com a comercialização de seus artesanatos pela

família, o que certamente servirá de estimulo para o mesmo procurar desenvolver

suas aptidões, quando em liberdade.

O horário de funcionamento é de segunda-feira à sexta-feira das 07:30 às

11:00 - 13:30 às 17:00, com 05 (cinco) presos recebendo remição da pena pelo

serviço executado.

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Coordenação:

Acompanhamento dos internos para execução dos artesanatos.

• Μarluci Sayuri Z. Miyazaki (psicóloga)

Figura 04. Confecção de quadros.

3.4 LAVANDERIA

Com a finalidade de continuar oferecendo um bom serviço e roupas sempre

limpas para os presos, foram selecionados 06 (seis) presos divididos em dois turnos

diários 07:30 às 12:00 - 12:00 às 17:00 para auxiliarem no serviço da

lavanderia.Os horários de funcionamento é de segunda à sábado, recebendo

remição e pecúlio pelo serviços executados.

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Coordenação:

Acompanhamento dos internos para execução pela lavagem.

• Gilberto Rosin (DIOQ)

Figura 05. Internos na lavanderia da PIC.

3.5 FAXINA DA UNIDADE, GALERIAS, PÁTIOS E MOTEL

Para manter a limpeza e conservação das instalações prisionais da

penitenciária, foram selecionados 16 (dezesseis) presos para fazer a faxina da

unidade, galerias, pátios e motel. Os horários de funcionamento é de segunda-feira

à sábado das 07:15 às 11:00 - 13:15 às 17:00, recebendo remição da pena e pecúlio

pelo serviços executados.

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Coordenação:

Acompanhamento dos internos para execução das faxinas.

• Gilberto Rosin (DIOQ)

Figura 06. Internos na limpeza de galerias da PIC.

3.6 BARBEARIA

Foram selecionados 02 (dois) presos para manter a higiene e aparência dos

presos. O horário de funcionamento é de segunda-feira à sexta-feira das 07:30 às

11:00 - 13:30 às 17:00, recebendo remição da pena e pecúlio pelos serviços

executados.

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Coordenação:

Acompanhamento dos internos para execução da barbearia

• Gilberto Rosin ( DIOQ)

Figura 07. Barbearia da PIC.

3.7 COZINHA

Para assessorar na limpeza em ambos os refeitórios e lavagem dos

utensilios de cozinha dos internos e funcionários da Unidade Prisional, onde são

selecionados 02 (dois) presos para exercerem a função estabelecida de segunda à

sábado das 07:15 às 17:00, estes recebem remição da pena e pecúlio pelos

serviços executados.

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Coordenação:

Acompanhamento dos internos para execução da cozinha

• Gilberto Rosin ( DIOQ)

Figura 08. Cozinha dos internos.

3.8 BIBLIOTECA

Para estimular os bons hábitos dos quase 282 (duzentos e oitenta e dois)

presos desta Unidade Penal, oferece opções culturais, didáticas para proporcionar

ao interno a oportunidade de buscar no universo da leitura a reintegração do

indivíduo ao mundo exterior, bem como trazer responsabilidade para com o acervo

emprestado. As doações de livros muitas vezes são feitas pelo Ceebja (Centro

Estadual de educação Básica Jovem e Adulto) e Biblioteca Municipal que ajudam

para melhoria da vida profissional e cultural do interno. Foram selecionados 02 (dois)

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presos para organização e cadastro de internos da biblioteca. O horário de

funcionamento é de segunda-feira à sexta das 07:15 às 11:00 - 13:12 às 16:00,

recebendo remição da pena e pecúlio pelos serviços executados.

Coordenação:

Acompanhamento dos internos para a organização da biblioteca.

• Gilberto Rosin ( DIOQ)

Figura 09. Interno na biblioteca

3.9 PROJETO “TRIAGEM”

Este projeto visa pela informação e orientação aos presos condenados que

são transferidos para a Penitenciária Industrial de Cascavel, cujo principal objetivo é

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a orientação das normas e rotinas aos internos que são encaminhados à PIC que se

encontram em processo de conhecimento e triagem. Os colaboradores por este

processo são advogados, assistentes sociais, pedagogos e psicólogos.

Coordenação:

• Μarluci Sayuri Z. Miyazaki (psicóloga)

3.10 PROJETO “REEDUCAR - CEEBJA”

Projeto desenvolvido para curso supletivo, tendo uma importância relevante

para a reintegração dos internos no ensino fundamental (fase I e fase II) e o ensino

médio do Colégio Estadual Joaquina Mattos Branco de Educação de Jovens e

Adultos que funciona na Penitenciária Industrial de Cascavel. A disparidade cultural

e de nível escolar entre os presos é assustadora, necessitando de um nivelamento

para que se consiga obter uma melhor reintegração do preso à sociedade.

Para ocupar o tempo ocioso ao estar recluso de forma saudável e produtiva

cada aula proporciona para o reeducando além da redução de pena e de melhorar a

auto-estima promove a sua integração com os demais presos da PIC de forma

amistosa e companheira.

Conta-se com 260 (duzentos e sessenta) presos, divididos em 12 turmas de

segunda-feira a quinta-feira das 08:30 às 11:00 – 13:30 às 16:30, 06 (seis) turmas

pela manhã e a tarde, que são escolhidos os presos pela data de entrada na

penitenciária, pelo bom comportamento, por terem o grau de escolaridade

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adequada, e que ainda não tenham tido oportunidade em outro setor de trabalho, e

que realmente tenham interesse de aprender.

O projeto apresentado vem com este intuito, ou seja, de realizar um trabalho

que proporcione aos internos uma maior profissionalização e preparação para o

mercado de trabalho, na tentativa de prepará-lo para conquistar o respeito e

dignidade frente a sua liberdade, assim como uma melhor qualidade de vida.

Projetos e atividades voltadas à transformação interna na Penitenciária Industrial de

Cascavel no período de 2006 e 2007.

Coordenação:

• Nome do responsável Vera Lúcia Dick, coordenadora do projeto de

educação na PIC, terá o contato com Coordenador Geral, professores e os

reeducandos, elaborando relatórios, fichas, demonstrativos de aproveitamento dos

presos, anotando as necessidades dos alunos e professores do projeto e levando ao

conhecimento do Coordenador Geral do projeto, que por sua vez os levará à Direção

da Penitenciária;

Figura 10- Internos em sala de aula na PIC.

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3.11 PROJETOS REALIZADOS PELO CEEBJA

3.11.1 Projeto “Retratos da Vida”

Com o intuito de incentivar a cultura por meio da arte serão desenvolvidas

oficinas literárias de poesias, contos. Explorando o lado criativo e as diferentes

experiências de vida trabalhar-se-á de forma que permita aos internos um momento

de reflexão/distração. Além do desenvolvimento cultural essas atividades

possibilitarão o extravasamento da revolta que esses sujeitos trazem consigo.

Oferecer aos internos uma maneira de repensar as situações do mundo e filtrá-las

com uma ótica diferente. Criar um livro de produção literária e divulgação junto a

sociedade a transformação cultural e a ressocialização do detento ao longo do seu

cumprimento penal.

Os textos serão produzidos a partir das experiências vivenciadas pelos

sujeitos sob a forma de poesia, acrósticos, narrativas e dissertações.

Para a nomeação do autor do tema será utilizado pseudônimo escolhido

pelo próprio aluno.

Público Alvo: Todos os internos que freqüentam as aulas do Ensino

Fundamental e Médio.

Cronograma: manhã, tarde e noite nos meses de março a maio do ano de

2006, durante as aulas das disciplinas em curso.

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3.11.2 Projeto “O Mundo através do Grafite”

Os alunos da Penitenciária Industrial de Cascavel - PIC estão privados de

sua liberdade . Entretanto, é na arte que encontram a forma de interpretar o mundo,

expressar seus sentimentos, aperfeiçoando seus modos, de elaborar idéias e

emoções, de maneira sensível, imaginativa, estética tornando-os presentes em seu

dia-a-dia. A partir das experiências de vida que o aprisionado traz consigo, bem

como, o intercâmbio de idéias entre os mesmos. Refletindo sobre seus trabalhos

artísticos, os alunos vão adquirindo competências que se estendem para outras

produções ao longo da sua vida com a arte.

Realizando produções artísticas, individuais e/ ou coletivas por meio do

desenho com grafite. Divulgar as produções artísticas durante a II Mostra de

Talentos que foi realizada na segunda quinzena de outubro do ano 2006. O projeto

foi desenvolvido por meio de palestras conferidas por profissionais da área.

Apresentando técnicas em grafitagem e desenho oportunizando os internos a

desenvolver suas próprias criações em grafite.

Público Alvo: Todos os internos que freqüentam as aulas do Ensino

Fundamental e Médio

Cronograma: O projeto foi desenvolvido no 2º semestre de 2006, nos meses

de setembro e outubro, totalizando 16 horas.

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3.11.3 Projeto “Valorizando a Vida”

Oportunizar aos alunos reflexões sobre a história de vida e os valores que

permeiam a sexualidade, desenvolver atitudes responsáveis em relação a si e aos

outros, responsabilizar-se pela própria saúde, adotando hábitos de auto-cuidado,

respeitando as possibilidades e limites do próprio corpo, conhecer e adotar práticas

de sexo protegido, desde o início do relacionamento sexual, evitando contrair ou

transmitir DST’s.

Essa exclusão ocasional diminui sua auto-estima, empobrece seu

relacionamento e o torna excluso da sociedade, essa situação o deixa vulnerável a

relacionamentos doentios e maior propensão a certas doenças, por isso faz-se

necessário um trabalho diferenciado de motivação, de auto-estima, de ajuda mútua

que lhe devolva a confiança em si mesmo, resgatando os valores e atitudes

indispensáveis para o egresso na sociedade.

O projeto será desenvolvido através do cronograma já estabelecido no

projeto Saúde para Todos, também através de palestras, textos, vídeos educativos,

filmes, discussões, debates, dinâmicas de sensibilização, relato de experiências e

aconselhamento individual.

CONTEÚDO

• Doenças sexualmente transmissíveis - DSTs,AIDS,HIV.

• Conceitos.

• Sinais e sintomas.

• Transmissão.

• Prevenção.

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• Tratamento.

DROGAS

• Conceitos.

• Sinais e Sintomas.

• Prevenção.

• Tratamento.

MOTIVAÇÃO

• Resgate da auto-estima e da cidadania.

• Valorização da vida.

• Autoconfiança.

• Relacionamento conjugal.

• Relacionamento entre pais e filhos.

• Iniciação Sexual.

Público Alvo: Todos os internos que freqüentam as aulas do Ensino

Fundamental e Médio.

Cronograma: Para o encerramento do primeiro semestre de 2006, na

Penitenciária Industrial de Cascavel – PIC nos dias 03, 04, 05 e 06 de julho,

realizaram-se a Semana da Valorização da Vida, fazendo parte do Projeto: Saúde

para Todos.

• Dia 03/07/2006 - Palestra nos três turnos sobre Motivação e Valorização da

Vida. Pela Tereza Garbin professora especialista do CEEBJA – Prof.

Joaquina Mattos Branco.

• Dia 04/07/2006 - Palestra nos três períodos sobre DSTs/AIDS/HIV:

Comportamento Responsável e Sexo Seguro, com a professora e

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Enfermeira Mestra na área, Gessi Maria Cardoso e também docente nesta

Unidade.

• Dia 05/07/2006 - Imagens, vídeos e palestras com o título Drogadição e

Prevenção, Tolerância, com a professora e especialista Sonia Maria

Andreghetti , também professsora de biologia e ciências nesta Unidade.

• Dia 06/07/2006 - Um filme Tempo de Recomeçar, Diretor Irwim Winkler,para

os três períodos , abordando o relacionamento familiar na adolescência e

iniciação a sexualidade e à droga. Dias 03, 04, 05 e 06 de julho de 2006 nos

períodos: manhãs - 7:40 às 11:00 hs; tardes - 13:30 às 16:50 hs e noites -

19:00 às 21:45 hs.

3.11.4 Projeto “Saúde para Todos”

Este projeto tem finalidade priorizar a saúde dos presos e promover a

higiene nos locais, além de trabalhar na prevenção de doenças dentro da

penitenciária, através de informações sobre doenças sexualmente transmissíveis

(DST), prevenção de doenças e higiene pessoal, estresse. Propiciando condições

para que o grupo amplie os conhecimentos sobre o desenvolvimento psicossexual

humano, desenvolvendo atitudes de responsabilidade em relação a si mesmo e em

relação ao outro, conhecer as principais DST’s e suas profilaxias, oferecer

aconselhamento individual, visando contribuir para a resolução de problemas

referentes a sua vida.

• Anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino e feminino;

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• Comportamento, emoções e personalidade;

• Auto-estima e valores pessoais;

• Orientação, identidade e papéis sexuais;

• Causas psicossexuais, culturais e orgânicas das disfunções sexuais;

• Planejamento familiar e métodos conceptivos;

• Doenças sexualmente transmissíveis;

• Importância do exame de próstata;

• Drogas e comportamento sexual;

• Higiene e saúde.

Público Alvo: Todos os internos que freqüentam as aulas do Ensino

Fundamental e Médio

Cronograma: 1º quinzena do mês de abril , por meio de palestras, textos,

vídeos educativos, filmes, discussões, debates, dinâmicas de sensibilização, relato

de experiências e aconselhamento. Retomando após palestras, debates

periodicamente os conteúdos trabalhados. Na 2º quinzena do mês de outubro.

No final do 2º semestre com palestras, filmes, discussões e avaliações do

projeto.

Projeto elaborado pela equipe multiprofissional formada pelas professoras:

Claudite, Danielle, Gessi, Gecilda, Mariana, Mercedes, Rejane, Sonia, Valdete e

Vera.

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3.11.5 Projeto “Confesso que Vivi História de Minha Vida (Re) Lembrando o

Passado”

Estimular a criatividade e a ressocialização do detento por meios de versos,

prosas, poesias que exaltem sua história de vida, promovendo a auto-estima e

resgate dos valores sócio-culturais e atividades que permitam ao aluno reconstruir

sua história de vida.

Em sala de aula serão trabalhados textos narrativos, dissertação, acróstica,

sobre a história de vida das pessoas. A seguir será trabalhada uma dinâmica sobre a

história da minha vida. A partir dela todos irão escolher as melhores frases,

textos,depoimentos que retratam o assunto em questão.

3.11.6 Projeto “Preservação e Memória”

Desenvolvido por alunos que trabalham na biblioteca da PIC, onde os

mesmos através de um curso oferecido pela Biblioteca Pública de Cascavel na

reestruturação de aproximadamente 800 (Oitocentos) exemplares, que

voluntariamente um funcionário da Biblioteca Pública ministra um treinamento para

alguns detentos que já possuia habilidades com trabalhos manuais para o trabalho

de restauração do acervo.

Público Alvo: Todos os presos da Unidade Prisional.

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Cronograma: De acordo com as necessidades da Unidade em organizar o

acervo literário.

3.11.7 Projeto de oratória

O estímulo à prática da oralidade dos alunos, apresentando possibilidades

de fazer uso adequado da linguagem culta e exercitar esta habilidade nos momentos

onde for necessário, expressar-se oralmente com clareza e argumentação em

defesa de seus pontos de vista, com consciência de que há necessidade de

adequação da fala nas diferentes situações sociais vivenciadas e tendo como

participantes diferentes interlocutores.

Público Alvo: Todos os alunos da Unidade Prisional.

Cronograma: Durante todo o ano letivo.

3.11.8 III Mostra cultural – projeto desvelando talentos

Divulgar o trabalho produzido no dia-a-dia pelos alunos que fazem parte da

escola que funciona dentro da Penitenciária Industrial de Cascavel, motivar a

participação dos alunos em atividades expositivas, fomentarem o aprendizado

através da pesquisa, estimular a descoberta de talentos artísticos, socializar os

alunos possibilitando a capacidade de ouvir o outro, desenvolver atividades artística

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e literária, tornar o aluno capaz de participar de atividades desportivas obedecendo

regulamentos, regras e aprimorar a sua capacidade de inter-relacionamento.

No encerramento foram apresentadas todas as atividades desenvolvidas

durante a semana como: coral, poesias, músicas, textos, exposição de cartazes

referente aos Jogos Pan Americano, desenhos artísticos e a entrega das premiações

com a presença dos alunos e demais convidados.

Público Alvo: Todos os presos da Unidade Penal.

Cronograma: 02/07/07 a 05/07/07.

3.11.9 Projeto: estudando a língua inglesa através de música

Estimular a prática da oralidade, da fala e da leitura dos alunos através de

músicas em inglês previamente selecionado pelo professor, possibilitando com isso

um maior aprofundamento e desenvolvimento da Lingua Estrangeira. Com base na

interdisciplinaridade o projeto propicia também o desenvolvimento da interpretação

textual, sócio-cultural e a reflexão sobre diversos temas atuais.

Público Alvo: Todos os alunos da Unidade Prisional.

Cronograma: Julho de 2007.

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3.11.10 Projeto : 1º torneio de xadrez, dama e dominó

Oportunizar aos alunos momentos de vivência, exercitando no jogo

cidadania; possibiltar a todos os alunos participantes a descoberta de que são

capazes de agir positivamente na construção, transformação de si mesmo e por

extensão da comunidade onde vive; permitir ao aluno apreciar o jogo como elemento

gerador de cultura dando-lhe oportunidade de experimentos novos e ter um

racíocinio lógico-matemático principalmente nas condições de concentração.

Público Alvo: Todos os alunos da Unidade Prisional.

Cronograma: Abril a Dezembro de 2007.

3.11.11 Projeto informática

Oportunizar aos apenados o curso profissionalizante na área de informática,

instrumentalizando-os para que os mesmos quando estiverem em liberdade tenham

possibilidades de competir em condições de igualdade junto ao mercado de

trabalho, evitando assim a sua reincidência em delitos. Oferecer aos apenados

condições para sua inserção social no mercado de trabalho e o acesso ao mundo

digital; contribuir para o resgate da auto-estima, motivação e auto-valorização e

proporcionar momentos de qualificação profissional.

Disponibilizando para o curso de informática: instrutores da área de

informática, 20 computadores (monitores, cpu’s, mouses e teclados), 10

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impressoras, mesas, cadeiras; estabilizadores, 02 armários, 01 arquivo, apostilas,

softwares (Windows, Excel, Word, Power-Point, etc), lápis e borrachas.

Cronograma: O trabalho será desenvolvido com encontros semanais,

conforme carga horária e cronograma a ser estabelecidos pelos instrutores.

Público Alvo: Os grupos serão formados por internos com direito a

Livramento Condicional no próximo ano, desde que obedecidos os requisitos legais.

O curso terá certificação que será fornecido pela Penitenciária Industrial de

Cascavel.

3.11.12 Projeto “Revendo a Matemática”

Mostrar ao educando que a ciência em especial a Matemática não está

pronta e acabada e que ela é um processo da evolução humana, portanto, uma

criação da humanidade para resoluções de problemas ao longo da história;

formando sujeitos críticos, capazes de compreender o papel da ciência, no

desenvolvimento da tecnologia e da cultura científica de seu tempo educando para a

cidadania. Ampliar e construir novos significados para os números, a partir de sua

utilização no cotidiano e da análise de alguns dos problemas históricos que

motivaram sua construção. Possibilitar ao aluno melhor organização de seu

pensamento e desenvolver suas estruturas conceituais por intermédio das relações

entre diversos significados. Neste projeto o aluno será solicitado o tempo todo a

participar, portanto a avaliação será contínua; através também de observação,

produção, das resoluções dos problemas e tarefas individuais

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Público Alvo: Todos os internos que freqüentam as aulas do Ensino

Fundamental e Médio

Cronograma: Será desenvolvido em unidades temáticas, perfazendo um

total de 20 horas, sendo programado para 4h a cada quinze dias, e em horário extra

curricular.

3.12 PROJETO “CURSOS PROFISSIONALIZANTES”

3.12.1 Construção cívil

Com 25 presos, neste projeto foram desenvolvidos atividades referentes as

tarefas de construção civil como: pedreiro, hidraúlico, azulegista, marceneiro, etc.

No período de 10/11/2006 até 06/07/2007 totalizando 180 horas de aula das 8:30 às

11:30 horas e das 14:00 às 17:00, todas sextas - feiras. Com o objetivo de despertar

as potencialidades já existentes na Unidade Prisional, que é buscada em parceria

com o IEG (Instituto Educacional de Educação e Gerencial) oferecendo

oportunidades para os internos atingirem um nível de profissionalismo para o

mercado de trabalho.

Coordenação:

• Μarluci Sayuri Z. Miyazaki (psicóloga)

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3.13 PROJETO CULTO RELIGIOSO

A religião exerce um papel importante dentro da Unidade Prisional,

especialmente com relação à disciplina, pois a maioria delas preconiza padrões de

comportamento compatíveis com uma boa convivência social, como o respeito, a

dignidade, o amor, rechaçando comportamentos violentos e de desrespeito com as

pessoas. Com intuito de assistência religiosa as 05 (cinco) igrejas: Igreja da Graça,

Congregação Cristã do Brasil , Adventista; Assembléia de Deus e Igreja Católica

realizam um papel educacional relevante , pois possibiltam assuntos inerentes ao

aprimoramento e melhoria continua da pessoa humana durante todos os sábados.

Os cultos das igrejas oferecem um conhecimento bíblico, a fim de fortalecer o

discipulado e o compromisso com o reino de Deus, apresentando como uma forma

de salvação.

Coordenação:

• Márcia Salete Engel Silva ( assistente social)

• Silvia de Alice Freitas ( assistente social)

3.14 PROJETO NARCÓTICOS ANÔNIMOS

Partilhar sua recuperação e experiências uns com os outros é uma tarefa

árdua para os internos da Unidade Prisional, na qual a NA reunem-se

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esporadicamente para ajudar uns aos outros que sofrem com o uso das drogas com

o objetivo de manter estas pessoas livres e limpas quando for reintegrada a

sociedade, tornando acessíveis informações sobre as doenças sexualmente

transmissíveis e principalmente o cuidado com o uso de seringas, essencialmente o

vírus HIV (prevenção e tratamento).

Frequentemente, membros de NA apresentam painéis em centros de

tratamento e instituições penais, partilhando o programa de NA com adictos que, de

outra forma, não poderiam frequentar as reuniões.

As reuniões são realizadas todos os sábados das 14:30 às 16:00 hs pelo

Grupo Liberdade que abrange o Oeste do Paraná

Coordenação:

• Marluci Sayuri Z. Miyazaki ( psicóloga)

• Palestrantes: Nilton Dall’agnol Júnior

André Augusto Farias de Camargo

Robson Fernando Erbert

Belgio Bomm Júnior

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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo trata-se de um alguns conceitos contidos relevantes para esta

pesquisa como:

• Processo evolutivo da prisão, referencial teórico principal adotado por Michel

Foucault;

• Trabalho prisional;

• Ressocialização;

• Responsabilidade social.

No contexto inserido da Penitenciária Industrial de Cascavel em parcerias

com as empresas e seus colaboradores (funcionários), demonstrando o verdadeiro

papel da reintegração dos internos à sociedade .

O sistema de prisional tem participação fundamental, sendo no envolvimento

da mão-de-obra e no trabalho em equipe, formando muitas vezes um ciclo positivo

de aprimoramento contínuo, determinado pelo roteiro de produção e formas

similares, não apenas dos processos e procedimentos, mas também do homem,

dentro da empresa.

Garantindo que o trabalho é objeto de reintegração dos apenados neste

processo produtivo, desmentificando o conceito popular que o homem deve ser

colocado numa penitenciária para ser punido, intimidado e reformado.

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4.1 PROCESSO EVOLUTIVO DA PRISÃO

A pena de prisão, conforme Pimentel (1983), teve origem nos mosteiros da

Idade Média, como punição imposta aos monges ou clérigos faltosos, fazendo que

se recolhessem às suas celas para se dedicarem, em silêncio, à meditação e se

arrependeram da falta cometida, reconciliando-se assim com Deus.

Há muitos séculos passados, a idéia predominante em relação à penitenciária era que o homem melhor se depurava, permanecendo em sofrimento e na solidão sendo benigno a pensamento contínuo e meditação sobre sua culpa com remorso do que havia praticado (MUAKAD 1984, p.16).

A partir do século XVI afirma Muakad (1984) surgira as chamadas Casas de

Força, nas quais eram internados, com obrigatoriedade de trabalho, os mendigos,

vagabundos, prostitutas, jovens entregues a uma vida desonesta e ladrões,

imediatamente após a condenação.

No fim do século XVIII, a necessidade de aproveitar o contingente de pessoas economicamente marginalizadas, o racionalismo político e o declínio moral da pena de morte impulsionam a modificação do sistema prisional (CARVALHO 1991, p. 21).

Até o princípio do século XIX, a prisão era utilizada unicamente como um

local de contenção de pessoas – uma detenção, a sua finalidade servia como meio

de evitar que o criminoso se evadisse e frustrasse o cumprimento das penas, que

consistiam em castigos corporais, infamantes e pena de morte.

De acordo com Carvalho (1991), o espetáculo da execução pública não mais

estava atendendo aos objetivos dos soberanos de demonstração de poder e de

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contenção da criminalidade. Ao invés disso, a execução pública passou a incitar a

população à violência.

Segundo Foucault (1987), a proporcionalidade existente entre crime e

castigo atendia menos à gravidade do delito do que à condição social. A pena

caracterizava-se em um espetáculo, onde o corpo do condenado era esquartejado,

amputado, marcado a ferro quente e queimado os seus membros.

Conforme Foucault (1985), o nome prisão surgiu no fim do Século XVIII e

princípio do Século XIX com o objetivo de servir como peça de punição. A criação de

uma nova legislação para definir o poder de punir como uma função geral da

sociedade, exercida da forma igual sobre todos

Não havia proposta de requalificar os presos, além disso, a prisão

possibilitou a contabilização dos castigos em dias, em meses, em anos e

estabeleceu equivalências quantitativas “delito-duração”, daí vem à expressão de

que a pessoa presa está pagando sua dívida.

“E permite que ela apareça como uma reparação. Retirando tempo do

condenado, a prisão parece traduzir concretamente a idéia de que a infração lesou,

mais além da vítima a sociedade inteira” (FOUCAULT, 1987, p. 196).

Conforme Thompson (1976) reformar criminosos pela prisão traduz uma

falácia e o aumento de recursos destinados ao sistema prisional, seja razoável,

médio, grande ou imenso, não vai modificar a verdade assertiva.

A prisão mostrou-se em sua realidade e em seus efeitos visíveis

denunciados como “grande fracasso da justiça penal” (FOUCAULT, 1987).

Segundo Pimentel (1983, p.162), “a prisão facilita aos deliquentes os meios

de se conhecerem, de adquirem uma instrução para o crime e de se associarem

para contribuirem órgãos eficazes de delinquência plural”.

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Há muito tempo se cuidava apenas de punir o criminoso, castigando pelo

mal; hoje, procura-se evitar a reincidência através da sua recuperação, esta idéia

não é recente, pois, a partir do século XIX, a pena passou a ser considerada, além

de retributiva, principalmente recuperatória (MUAKAD, 1984).

Salienta Foucault (1987) que o movimento para reformar a prisão é mais ou

menos contemporâneo ao seu próprio nascimento. Segundo Fragoso (1980) a

prisão representa um trágico equivoco histórico uma vez que “o problema da prisão

é a própria prisão”.

4.2 O TRABALHO: UMA ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO PENITENCIÁRIO

O trabalho penal não deve ser considerado como o complemento e, por

assim dizer, como uma agravação da pena, mas sim como uma suavização [...].

Todo condenado de direito comum é obrigado ao trabalho, nenhum pode ser

obrigado a permanecer desocupado (FOUCAULT, 1987).

A ordem que deve reinar nas cadeias pode contribuir fortemente para regenerar nos condenados; os vícios da educação, o contágio dos maus exemplos, a ociosidade... originaram crimes. Pois bem, tentemos fechar todas essas fontes de corrupção; que sejam praticadas regras de são moral nas casas de detenção; que, obrigados a um trabalho de que terminarão gostando, quando dele recolherem o fruto, os condenados contraiam o hábito, o gosto e a necessidade da ocupação; que se dêem respectivamente o exemplo de uma vida laboriosa; ela logo se tornará uma vida pura; logo começarão a lamentar o passado, primeiro sinal avançado de amor pelo dever (FOUCAULT, 1987, p.197) .

Através de o trabalho transformar a prisão num local propício para que os

presos adquiram a noção do valor humano, contrariando a regra da ociosidade

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existente em pequenos e grandes presídios, seus efeitos psicológicos e morais

geram promiscuidade, tensão, delinqüência interna, e conseqüentemente

insegurança para todos.

Segundo Muakad (1984, p. 42), “a inatividade acaba levando o individuo a

uma situação negativa [...]. A ocupação profissional é necessária na vida do homem,

visto que um desocupado é um possível candidato a ações ilícitas”.

O trabalho prisional não deve ser doloroso e mortificante, mas um

mecanismo de complemento do processo de reinserção social para prover a

readaptação do preso, prepará-lo para uma profissão vinculcar-lhe hábitos de

trabalho e evitar a ociosidade.

Segundo Rios (1994, p.42), “o trabalho é um mecanismo valioso para

obtenção da reabilitação social”.

Do ponto de vista teórico é um verdadeiro instrumento educativo como

dispõe o art.28 da LEP: “o trabalho do condenado como dever social de dignidade

humana, terá finalidade educativa e produtiva.”

Resta ver se na prática este instrumento obtém os resultados desejados, ou

fica apenas como uma mera declaração de princípios.

Enfatiza Rios (1994) , para o preso institucionalizado o trabalho é um valor

negativo. Mas o dinheiro é um valor positivo. Conjugar esses dois valores, para que

o interno, objetivando o fim (dinheiro), habitue-se com o meio (trabalho), é uma

estratégia necessária.

O trabalho exerce importante papel na manutenção da auto-estima de

qualquer indivíduo, contribuindo ainda para a redução de tensões sociais originadas

pelo desemprego. Logo, não há o que discordar quanto a inclusão desse tema na lei

(BRANT, 1994).

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Salienta Pimentel (1983, p.187), “o trabalho deve ser remunerado, não

apenas através do pagamento do pecúlio, a cargo do Estado, mas propiciando-se ao

interno uma ocupação rentosa, que tenha uma direta relação com seu ganho”.

O trabalho pelo qual o condenado atente as suas próprias necessidades

requalifica o ladrão em operário dócil. E é nesse ponto que intervem a utilidade de

retribuição pelo trabalho penal; ela impõe ao detento a forma moral do salário como

condição de sua existência (FOUCAULT, 1987).

Futuramente deverá levar em consideração outros aspectos, na sociedade

brasileira há um crônico excesso de mão-de-obra, e será tarefa árdua inserir o

trabalho dos reclusos de maneira concreta na nossa economia de mercado, pois

mesmo para quem não sofre de pena restritiva de liberdade, é um sistema injusto

(RIOS, 1994).

4.3 RESSOCIALIZAÇÃO

Afirma Thompson (1976), o cerne do problema, de fato, está nos fins

atribuídos à pena de prisão, castigo, regeneração, punição e tratamento. O conceito

popular é que o homem deve ser colocado numa penitenciária para ser punido,

intimado e reformado, o que coincide com as finalidades oficialmente propostos à

pena de prisão.

A partir desta premissa é possível constatar que a privação da liberdade

única exclusivamente não favorece a ressocialização. Desta forma é preciso que

seja feito algo no sentido, senão, de resolver, ao menos, de minimizar ao máximo

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esse equívoco. Para isso se faz necessário o desenvolvimento de programas

educacionais dentro do sistema penitenciário voltados para Educação Básica de

Jovens e Adultos (Ceebja) que visem alfabetizar e, sobretudo, trabalhar para a

construção da cidadania do apenado.

Conforme Costa (1999, p. 67) “[...] por mais que a prisão seja incapaz de

ressocializar, um grande número de detentos deixa o sistema penitenciário e

abandona a marginalidade porque teve a oportunidade de estudar”.

O que tem sido a principal preocupação do sistema penitenciário ao receber

um indivíduo condenado não é sua reeducação, mas sim com a privação de sua

liberdade, por isso, a Penitenciária Industrial de Cascavel tem aplicado programas

voltados para a conscientização do trabalho a favor da desmistificação de uma

realidade, dando o passo mais importante para uma verdadeira ressocialização de

seus internos, na medida em que conseguir superar a falsa premissa de que, “uma

vez bandido, sempre bandido”.

Para Muakad (1984, p.25), “É um erro prender entre quatro paredes alguém

que já é um prisioneiro de sua anormalidade e de sua indisciplina, ao invés de se lhe

dar um tratamento adequado, para que se liberte e seja um homem capaz de viver

no convívio social [...]”.

Percebe-se que o criminoso deve ser visto como alguém que necessite mais

de tratamento do que de castigo, uma vez que demonstra ao praticar o delito um

desajuste proveniente de várias causas, que podem ser removidas ao ser submetido

a uma terapeutica de recuperação (MUAKAD, 1984).

Salienta Muakad (1984, p.25), “a pena de prisão, por si mesma, não está

apta a reformar o homem, servindo apenas para afastá-lo da sociedade, só podendo

oferecer algum resultado se houver possibilidade de submetê-lo a uma boa terapia”.

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Enfatiza Pimentel (1983, p.134) que, “o indice de reincidência dos egressos

é muito alto em todos os lugares, provando que o erro é do sistema e não decorre

da falta de meios e de recursos humanos para uma correta aplicação de terapia

penal”.

Afirma Camargo (1984), ressocializar-se pela laborterapia, é um direito do

preso objetivando o aprendizado ou aperfeiçoamento de uma profissão que

assegure sua subsistência honesta em futuro emprego, atendendo ainda sua

adequação ao meio urbano e rural .

Segundo Thompson (1976, p.38) “Para punir um homem retributivamente é

preciso injuriá-lo. Para reformá-lo, é preciso melhorá-lo. E os homens não são

melhores através de injúrias”.

4.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL: UMA NOVA CONCEPÇÃO DE

ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA

A prisão é um espaço onde as empresas e particulares podem exercer suas

responsabilidades sociais de maneira decisiva para o futuro. Para tanto, é preciso

assegurar aos presos, condições de efetiva reabilitação para que sejam reinseridos

na sociedade e no mercado de trabalho. Sem essas condições, a prisão se reduz a

mero castigo. Pior, torna-se um centro de formação de pessoas estigmatizadas e

segregadas, para as quais muitas vezes a reincidência no crime é o caminho mais

natural. É necessário romper esse ciclo vicioso para recuperar a qualidade de vida

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nas cidades e evitar o esgarceramento insustentável do tecido social (FERREIRA,

2003).

O percentual maior de internos vem exatamente daqueles que não têm

condições de competir no mercado de trabalho atualmente. As Unidades Prisionais

do País devem criar condições concretas, para que todos os internos possam

aprender um ofício, aprimorar-se neste exercício, e quando devolvido ao convívio

social, tenham condições de competir igualmente (CAMARGO, 1984).

Por isso, as empresas em parceria com o Governo tentam solucionar de

uma forma bem simples os interesses econômicos e sociais para ambos lados,

absorvendo uma mão-de-obra competente e barata, quanto à busca pela qualidade,

redução de custos, competitividade, crescimento e produtividade Em contrapartida a

empresa leva os apenados em tempos de reclusão a um senso de responsabilidade

contribuindo para que eles aprimorem o seu comportamento, possibilitando a

reciclagem e a reinstrução do preso neste processo de produção.

O esforço econômico é tornar o trabalho penitenciário é conferir-lhe uma

nota de especialização e de produtividade, porque ninguém vai adquirir produtos do

trabalho penitenciário se não forem competitivos, pela qualidade e preço, com

aqueles disponíveis no mercado (RIOS 1994).

Conforme Rios (1994, p. 79), “a organização e os métodos do trabalho

penitenciário devem refletir o do trabalho na sociedade livre, a fim de fazer adquirir

ao sujeito uma preparação profissional adequada às condições normais de trabalho

para agilizar a reinserção social”.

Salienta Rios (1994), que na área da Administração Penitenciária, na

mentalidade das pessoas, devem diminuir a distância entre prisão e sociedade, que

este setor é de suma importância e sem uma estrutura técnico-econômica a prisão

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continuará marginalizada , pois toda declaração normativa de reeducação do

detento será inútil”.

O Governo e a Sociedade Civil precisa se conscientizar que o sistema penal

representa um ônus, no sentido econômico. Nínguém lá fora fica feliz sabendo que o

preso se mantém em um estado quase completo de ócio. Mas acredito que

incentivando a continuação trabalho extra-muros, este ônus poderá diminuir

consideravelmente (neste aspecto a participação da iniciativa privada é

fundamental).

Segundo Rios (1994), desta forma, convencido que uma das alternativas

para poder afirmar que o sistema penitenciário é sinônimo de tranquilidade social

passa por esta mudança de mentalidade, tanto da sociedade, como do Governo e

da Administração Penitenciária. Com um mínimo de estrutura poderemos criar

mecanismos que nos possibilitem, num futuro próximo, a fuga da pena detentiva.

Este problema social a Penitenciária Industrial de Cascavel, está realizando

projetos e atividades que contribuem para a construção de uma sociedade mais

justa, democrática e igualitária, para que não seja feita de forma isolada, mas por

colaboradores, empresas e instituições que já abraçam e praticam a

responsabilidade social.

Responsabilidade social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e consegue incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.(SESC, 2006, p.69).

As empresas estão culturalmente, socialmente, historicamente e

economicamente inseridas no território onde atuam, criando com este território laços

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produtivos que se transformarão em recursos específicos. Além de serem

instrumentos necessários para a criação desta sinergia, as ações de

responsabilidade social permitem a comunicação entre a sociedade e o tecido

empresarial, representando um elo entre os dois vértices do triângulo de relações de

créditos e obrigações, o que significa a abertura de um espaço para a criação de

redes e, desta forma para o capital social (SESC, 2006).

A empresa deve investir na mesma área que desenvolve seus negócios,

entende-se que a empresa atua de forma a integrar no seu planejamento resultados

econômicos e resultados socias. Neste caso, as empresas de bolas e prendedores

incentivam a inclusão social na comunidade através do trabalho prisional.

Dessa forma, ela consegue melhorar os níveis socias da população e

também estará investindo em mão-de-obra local que poderá ser aproveitada por ela

mesma. Esse discurso corrente advoga que há possibilidade de alinhamento dos

interesses da empresa e da comunidade de forma a não haver perdedores, mas sim

apenas ganhadores.

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5 METODOLOGIA

Neste capítulo é apresentado a metodologia utilizada para construir esta

pesquisa.

Conforme Gil (1991), a pesquisa é o procedimento racional e sistemático

com o objetivo de proporcionar respostas aos problemas apresentados, a pesquisa é

desenvolvida através da utilização de métodos, técnicas e outros procedimentos

científicos, desde a formação do problema até a apresentação dos resultados.

Segundo Cervo (1983, p.50), “a pesquisa é uma atividade voltada para a

solução de problemas, através do emprego de processos científicos, parte de uma

dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou

solução”.

5.1 TIPOS DE ESTUDO

Segundo Oliveira (2002), a pesquisa tem por objetivo estabelecer uma série

de compreensões no sentido de descobrir respostas para as indagações e questões

que existem em todos os ramos do conhecimento humano.

De acordo com Andrade (2003) os tipos de pesquisa podem ser

classificados de várias formas por critérios que variam segundo diferentes enfoques,

no ponto de vista dos objetivos da pesquisa pode-se classificá-la em: exploratória,

descritiva e explicativa.

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5.1.1 Pesquisa exploratória

Afirma Andrade (2003), são finalidades de uma pesquisa exploratória,

sobretudo quando bibliográfica proporcionar maiores informações sobre determinado

assunto.

Para Marconi e Lakatos (1999), pesquisa exploratória são investigações de

pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema,

com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do

pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para a realização de uma

pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos.

Segundo Gil (1991), pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar

maior familiaridade com o problema, com visitas a torná-lo mais explícito a construir

hipóteses. Pode-se dizer que essas pesquisas têm como objetivo principal o

aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.

5.1.2 Pesquisa descritiva

Segundo Andrade (2003), uma das características da pesquisa descritiva é a

técnica padronizada da coleta de dados, realizada principalmente através de

questionários e da observação.

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Para Cerco e Bervian (1983, p. 55), “os estudos descritivos, assim, como os

exploratórios, favorecem, numa pesquisa mais ampla e completa, as tarefas da

formulação clara do problema e da hipótese como tentativa de solução”.

5.1.3 Pesquisa experimental

Segundo Koche (1997), na pesquisa experimental o investigador analisa o

problema, constrói suas hipóteses e trabalha manipulando os possíveis fatores, as

variáveis, que se referem aos fenômenos observados, para avaliar como se dão

suas relações prediletas pelas hipóteses.

5.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA - QUANTITATIVA E QUALITATIVA

De acordo com Oliveira (2002), a abordagem qualitativa e quantitativa, são

dois métodos diferentes pela sua sistemática, e principalmente, pela forma de

abordagem do problema que está sendo objeto de estudo, precisando dessa

maneira, estar adequado ao tipo de pesquisa que se deseja desenvolver. Entretanto,

é a natureza do problema ou seu nível de aprofundamento que irá determinar a

escolha do método.

Conforme Malhotra (2002) , a pesquisa qualitativa é utilizada para se ter uma

compreensão dos problemas, através de motivos e razões transparecidos pela

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pesquisa, onde é uma forma de atender os significativos e característica que os

entrevistados apresentam, sendo suficiente para visualizar formas de consciência

sem explicar sua origem.

Ainda segundo Oliveira (2002), o método quantitativo é muito utilizado no

desenvolvimento de pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar

a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade

entre fenômenos: causa e efeito.

5.3 MÉTODO OU DELINEAMENTO DA PESQUISA

Segundo Gil (1991), pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de

material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta

natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes

bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisa

bibliográfica.

O delineamento da pesquisa segundo Gil (1991), refere-se ao planejamento

da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a diagramação quanto

a previsão de análise e interpretação de coleta de dados. Entre outros aspectos, o

delineamento considera o ambiente em que são coletados os dados e as formas de

controle das variáveis envolvidas.

Ainda Gil (1999), como o delineamento expressa em linhas gerais o

desenvolvimento da pesquisa, com ênfase nos procedimentos técnicos de coleta de

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dados, torna-se possível classificar a pesquisa segundo seu delineamento conforme

tabela abaixo:

TABELA 01: Delineamento de Pesquisa Delineamento Descrição

Pesquisa Bibliográfica Elaborada a partir de material já publicado.

Pesquisa Documental Elaborada a partir de material que não recebeu tratamento analítico.

Pesquisa Experimental Determina objeto de estudo, seleciona-se as variáveis, define as formas de controle e observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

Levantamento Quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.

Estudo de caso Envolve estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.

Expost- Facto O experimento se realiza após dos fatos.

Pesquisa – Ação Concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo.

Pesquisa Participante Quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas.

Fonte: Gil, 1991.

Dando ênfase a pesquisa bibliográfica neste estudo, conforme Marconi e

Lakatos (2002, p.71), “ sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com

tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...]”.

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5.4 DADOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS

Segundo Marconi e Lakatos (1999), toda pesquisa implica o levantamento

de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas

empregados. É a fase da pesquisa realizada com intuito de recolher informações

prévias sobre o campo de interesse, os levantamento dos dados, primeiro passo

para qualquer pesquisa científica, é feito de duas maneiras: pesquisa documental

(ou fontes primárias), e pesquisa bibliográfica (ou fontes secundárias).

Afirma Mattar (2002), dados primários são aqueles que não foram antes

coletados, estando ainda de posse dos pesquisadores, são coletados com o

propósito de atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento.

De acordo com Marconi e Lakatos (1999), as fontes primárias são

compiladas na ocasião pelo autor, exemplos: documentos de arquivos públicos,

publicações parlamentares e administrativas, estatísticas (censos), documentos de

arquivos privados, cartas e contratos. Já as fontes secundárias são relatórios de

pesquisas baseados em trabalho de campo de auxiliares, estudo histórico que

recorre aos documentos originais, pesquisa estatística baseada em dados do

recenseamento, pesquisa que usa a correspondência de outras pessoas.

Enfatiza Malhotra (2002), dados primários são gerados por um pesquisador

com finalidade específica de solucionar o problema em pauta. A obtenção de dados

primários pode ser dispendiosa e demorada.

Dados secundários são aqueles coletados com os objetivos e não com os

problemas em pauta, são de acesso fácil relativamente pouco dispendioso e de

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obtenção rápida, podem não ser exatos ou pode não estar completamente

atualizados ou confiáveis (MALHOTRA, 2002).

5.5 COLETA DE DADOS

Afirma Cervo e Bervian (1983, p.57), “para viabilizar esta importante

operação da coleta de dados, são utilizados, como principais instrumentos, a

observação, a entrevista, o questinonário e o formulário”

A coleta e o registro de dados, pórem, com toda sua significação, não

constituem, por si sós, uma pesquisa. É apenas uma etapa. A pesquisa, seja qual for

o tipo, resulta da execução de inúmeras tarefas, desde a escolha do assunto até o

relatório final (CERVO; BERVIAN, 1983).

Segundo Andrade (2003), para a coleta de dados deve-se elaborar um plano

que especifique os pontos de pesquisa e os critérios para a seleção dos possíveis

entrevistados e dos informantes que responderão as entrevistas ou formulários.

5.5.1 Técnicas de Coleta de Dados: entrevista, questionário e observação

Na pesquisa de carácter quantitativo, os processos de coleta e análise de

dados são separados por tempo.

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Segundo Oliveira (2002), o questionário é um instrumento que serve de

apoio ao pesquisador para coleta de dados e apresenta os seguintes aspectos. É a

espinha dorsal de qualquer levantamento, precisa reunir todas as informações

necessárias, nem mais, nem menos; cada levantamento é uma situação nova,

necessita de preparação de amostra, linguagem adequada, certa dose de visão

psicológica introspectiva para apanhar o pensamento das pessoas, possuírem

imaginação; experiência; conhecimento.

Para Marconi e Lakatos (2002), o questionário é um instrumento de coleta

de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser

respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. O questionário requer

normas precisas, a fim de aumentar sua eficácia e validade.

Segundo Barros e Lehfeld (1990), o questionário e o formulário se

diferenciam no que se refere a forma de aplicação, o questionário é respondido pelo

entrevistado e o formulário é preenchido pelo entrevistador.

Para Barros e Lehfeld (1990), entrevista é uma técnica que permite um

relacionamento direto entre entrevistado e entrevistador, as entrevistas podem ser

classificadas em estruturadas e não estruturadas, a primeira mencionada possue

questões previamente formuladas, já as não estruturadas, o pesquisador busca

conseguir, com a conversação, dados que possam ser utilizados em análise

qualitativa, sendo considerados os aspectos mais relevantes de um problema de

pesquisa.

A observação é uma técnica de coletas de dados para conseguir

informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da

realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou

fenômenos que se deseja estudar (MARCONI; LAKATOS1999).

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5.5.2 Classificação das perguntas

Segundo Marconi e Lakatos (1999), as perguntas, em geral, são

classificadas em: abertas, fechadas e de mútipla escolha. As perguntas abertas são

as que permitem ao informante responder livremente. As fechadas são aquelas em

que o informante escolhe sua resposta entre duas opções. Já as perguntas de

múltipla escolha são perguntas fechadas mas que apresentam uma série de

possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto.

As perguntas de múltiplas escolhas de acordo com Marconi e Lakatos (2002,

p.104), “as respostas sugeridas são quantitativas e indicam um grau de intensidade

crescente ou descrescente, esta técnica é facilmente tabulável e proporciona uma

exploração em profundidade quase tão boa quanto à de perguntas abertas”.

5.6 POPULAÇÃO – AMOSTRA OU CENSO

Para Roesch (1999), população é um grupo de pessoas ou empresas que

interessa entrevistar para o propósito específico de um estudo.

De acordo com Marconi & Lakatos (1999), população é o conjunto de seres

animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em

comum.

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Para Malhotra (2002), população é a coleção de elementos ou objetos que

possuem a informação desejada pelo pesquisador, sobre os quais devem ser feitas

as inferências e definida com precisão.

De acordo com Cervo e Bervian (1983, p.61), “a pesquisa, porém, é feita

com uma parte representativa da população, denominada amostra, e não com a

totalidade dos indivíduos”.

Afirma Malhotra (2002), um censo envolve a enumeração completa dos

elementos de uma população ou de objetos de estudo. Os parâmetros da população

podem ser calculados diretamente depois de enumerado o censo. Dependendo do

tamanho da população um censo pode ser dispendioso e prolongado. Pode não ser

realista quando a população é muito grande. Em caso de população pequena o

censo se torna viável. Pequenas populações e elevada variância das características

a serem medidas justificam um censo.

Diante deste contexto torna-se relevante que a pesquisa seja utilizado pela

amostragem. Salienta Marconi e Lakatos (2002, p.41), “verifica-se, muitas vezes, ser

praticamente impossível fazer um levantamento do todo. Daí a necessidade de

investigar apenas uma parte dessa população ou universo”.

O problema da amostragem é, portanto escolher uma parte ou amostra, de

tal forma que ela seja a mais representativa possível do todo, e a partir dos

resultados obtidos, relativos a essa parte, poder inferir, o mais legitimamente

possível, os resultados da população total.

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5.7 ABORDAGEM UTILIZADA

Neste contexto, a forma de pesquisa de campo adotada neste trabalho será

descritiva e exploratória cujo objetivo geral é avaliar as relações do trabalho e seus

projetos no ambiente da Penitenciária Industrial de Cascavel.

A abordagem utilizada no estudo desenvolvido é a quantitativa, por se tratar

de uma pesquisa descritiva e exploratória, os processos de coleta e análise de

dados é separada no tempo, a coleta antecede a análise ao contrário da pesquisa

qualitativa.

Utilizou-se neste trabalho a coleta de dados primários e secundários. Os

dados primários foram coletados junto aos internos da Penitenciária Industrial de

Cascavel. Os dados secundários foram às consultas aos sites especializados na

internet, livros e periódicos. Foi realizada uma pesquisa de campo, na qual foram

utilizados questionários, que foram respondidos individualmente.

As perguntas aplicadas neste estudo são de múltiplas escolhas, na qual

consistem em emitir um julgamento por meio de uma escala com vários graus de

intensidade para um mesmo item.

Nesta pesquisa será utilizada técnica padronizada de coleta de dados,

através de questionários com uma amostragem de 100 internos da Penitenciária

Industrial de Cascavel, pois, é uma parte da população de 282 internos,

selecionados segundo critérios que garantem sua representatividade, que devem ser

respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador para não manipular a

pesquisa.

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6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Este capítulo visa informar como foram coletadas as informações com o

propósito de atingir de forma clara e objetiva a importância das atividades e projetos

no processo de ressocialização dos reclusos na Penitenciária Industrial de Cascavel,

e como eles estão comprometidos neste processo, quais suas ansiedades e suas

expectativas sobre sua reintegração à sociedade.

As perguntas do questionário aplicadas neste estudo são de múltiplas

escolhas para obter respostas rápidas e mais precisas, a fim de aumentar sua

eficácia e validade, estes procedimentos criam indicadores quantitativos que cabem

ao pesquisador explicar e interpretá-los baseando-se em teorias conhecidas e

procurando apresentar hipóteses. Foi aplicado um questionário com 24 perguntas de

múltiplas escolhas (Apêndice) a 100 reclusos da Penitenciária Industrial de Cascavel

assuntos relevantes a pesquisa como: prisão, trabalho prisional, ressocialização,

projetos e atividades, a administração da PIC, as empresas colaboradoras e sobre o

processo de recuperação dos presos da PIC.

No questionário, o valor atribuído para cada resposta foi mensurado através

de uma escala de 1 a 3 para ter maior compreensão das perguntas, de acordo com

a figura abaixo:

2 INDIFERENTE

1 CONCORDO

3 DISCORDO

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Os valores extremos 1 e 3 representam o grau de importância mais alto

(concordo) e o mais baixo (discordo) respectivamente, dos assuntos apresentados

aos internos da Penitenciária Industrial de Cascavel. O valor 2 encontra-se num grau

médio (indiferente) de importância considerada pelos atuais reclusos da Unidade

Prisional.

Após coletada a amostra foi feita a contagem e tabulação dos resultados

para facilitar e evitar erros na análise dos dados, os cálculos foram efetuados na

planilha de dados MS-Excel. As respostas de cada questão foram transcritas para a

planilha para que fossem calculadas as respectivas médias e transformados em

gráficos, para melhor visualização da situação analisada. Estão sendo apresentados

aqui neste trabalho alguns gráficos de contingência que visam facilitar o

entendimento de algumas respostas em valores numéricos, para melhor descrever a

situação do ingresso.

Por fim, apresentam-se os gráficos, junto com as informações coletadas e o

diagnóstico geral dos fatores que contribuem para que se obtenha uma análise de

observação coletadas e assim possam ser elaborados gráficos que representem os

resultados esperados de forma fácil, transparente e objetiva do questionário

atribuidos para os internos da PIC .

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6.1 PERFIL DOS PRESOS NA PIC

Este pesquisa acadêmica busca traçar o perfil dos presos da Penitenciária

Industrial de Cascavel a fim de acompanhar cada interno sem julgamentos morais,

mas de acordo com suas limitações, necessidades e potencialidades diante dos

projetos e atividades desenvolvidos pela PIC. Vendo em cada projeto elaborado pela

administração, colaboradores e empresas perspectivas e expectativas em relação ao

futuro do preso neste modelo penitenciário. Ressaltando que as experiências e

aprendizagens repercutem fortemente na vida humana.

6.1.1 Faixa etária dos presos

TABELA 02: Assunto sobre faixa etária dos presos.

Idade Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Mais de 40 10 10 10 10 31 - 40 20 30 20 30 26 - 30 24 54 24 54 18 - 25 46 100 46 100 Fonte:Coleta de Dados

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Gráfico 01. Representação gráfica sobre faixa etária dos presos

46%

24%

20%

10%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

mais de 40

31 - 40

26 - 30

18 - 25

Fonte:Coleta de Dados

Demonstra que a quantidade de internos com idade entre 18 à 25 anos é

consideravelmente maior com 46% conforme os questionários respondidos com uma

amostragem de 100 (cem) presos. Outros 24% possuem entre 26 à 30 anos, 20%

encontram-se na faixa etária dos 31 aos 40 anos, e mais de 40 anos possuem uma

porcentagem de 10%.

Conclui-se que é desesperador ver jovens que nem começaram a vida e já

estão entregues nesta oficina de mau caminho. O problema da sociedade é que

tenta confiná-los fora de suas vistas e esquecer que eles existem, pelo contrário

devemos apostar nestes jovens que seja reintegrado e ressocializado para que

tenha uma nova chance na vida.

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6.1.2 Escolaridade

TABELA 03: Assunto sobre escolaridade.

Setor Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Analfabeto 65 65 25 25 Fund. Básico 20 85 8 33 Fund. Incomp. 70 155 27 60 Fund. Comp. 30 185 12 72 Médio Comp. 15 200 6 78 Médio Incomp. 55 255 21 99 Técnico - 255 0 99 Superior Comp. 1 256 0 99 Superior Incomp. 2 258 1 100 Fonte CEEBJA

Gráfico 02. Representação gráfica sobre escolaridade

25%

8%

27%

12%6%

21%

1%0%

10%

20%

30%

40%

50%

Analfabeto Fundamental Básico Fundamental Incompleto

Fundamental Completo Médio Completo Médio Incompleto

Técnico Superior Completo Superior Incompleto

Fonte CEEBJA

Os dados para esta representação acima foram fornecidos pelo CEEBJA

(Centro Estadual de Educação Básica Jovem e Adulto) pode notar-se que há um

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número muito maior de jovens poucos escolarizados ocasionando uma série de

fatores para entrar nos caminhos do crime como: a falta de qualificação profissional

e baixo nível de estudo.

Quanto à escolaridade, a maioria não possui o 1º grau completo, o que hoje

em dia é uma dificuldade para qualquer pessoa nos momentos que precisa procurar

um emprego. Demonstra que a maior parte dos internos 27% são somente

alfabetizados com fundamental incompleto, nota-se que os mesmos tiveram

dificuldade em interpretar as perguntas dos questionários ou qualquer assunto, por

isso teve muitas respostas indiferentes.

Nas observações em sala de aula existem muitos presos interessados nesta

oportunidade de estudar principalmente os mais velhos, pois muitos afirmam que

fora da cadeia não tiveram tempo para estudar.

6.1.3 Situação de emprego

TABELA 04: Assunto sobre situação de emprego.

Setor Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Desempregado 30 30 30 30 Lavoura 15 45 15 45 Comércio 06 51 06 51 Indústria 10 61 10 61 Autonômo 39 100 39 100 Fonte:Coleta de Dados

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Gráfico 03. Representação gráfica sobre situação de emprego

39%

10%

6%

15%

30%

0% 10% 20% 30% 40%

Autonômo

Indústria

Comércio

Lavoura

Desempregado

Fonte:Coleta de Dados

Porém é possível verificar também que a profissão declarada nos

questionários, em sua maioria, anteriormente ao ingressar na prisão é autônomo

como: mecânico , pintor, cozinheiro, costureiro, garçom, auxiliar de serviços gerais.

Outro aspecto interessante é a presença e a intervenção da família, que vê no

trabalho um importante elo do egresso com a sociedade, pois a mesma se mobiliza

para ver de imediato o indivíduo de volta ao mercado de trabalho.

O questionário aplicado aos internos da Penitenciária Industrial de Cascavel,

revela que as esmagadoras maiorias carregam com eles o estigma do cárcere.

Os maiores problemas para encontrar trabalhos ao saírem da prisão, muitos

internos reincidentes apontam o preconceito como o principal problema para

obterem emprego. Os demais que revelaram que não encontraram problema para

obter ocupação, explicaram que tal fato se deu por trabalharem com a própria

família, para amigos ou como autônomos.

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6.2 QUESTIONÁRIOS COLETADOS JUNTO AOS INTERNOS DA PIC

6.2.1 Prisão

Questão A: O aprisionamento repercute para os presos durante sua reclusão uma

ameaça às mudanças e inovações do mundo exterior ?

TABELA 05: Assunto sobre mudanças e inovações.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 33 33 33 33 Discordo 34 67 34 67 Indiferente 33 100 33 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 04. Representação gráfica sobre mudanças e inovações

33%

33%34%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

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Observa-se um equilíbrio nas respostas dos internos, de acordo com a

repesentação gráfica acima, nota-se que 33% concordam, 34% discordam e 33%

não possuem opinião. Para 33 (trinta e três) presos, concordam que o

aprisionamento é uma inacessibilidade às mudanças e inovações do mundo exterior,

porque é irreversível recuperar a vida e os acontecimentos reais em tempos de

reclusão.

Para 34% dos presos discordam, porque na Unidade Prisional possui os

setores de trabalho que permitem manter comunicação com o mundo exterior,

acompanhar o que acontece, podendo-se também aliviar tensões geradas pelo

aprisionamento, deixando esvair a idéia da prisão tal qual é no cotidiano. Nos

cubículos ainda tem a oportunidade de assitir a televisão e o rádio para ficar

atualizados nos noticiários que ocorrem no mundo extra-muros. O contato com a

família é de suma importância para que o recluso não perca o vínculo com o mundo

exterior, podendo resgatar o indivíduo da marginalidade, desde que seja bem

estruturada.

Questão B: A inatividade na prisão acaba levando o indivíduo a um sentimento

negativo, que encoraja a negligência?

TABELA 06: Assunto sobre a inatividade na prisão.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 68 68 68 68 Discordo 8 76 8 8 Indiferente 24 100 24 24 Fonte: Coleta de Dados

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Gráfico 05. Representação gráfica a inatividade na prisão

24%68%

8%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Podemos concluir no gráfico acima que 68% concordam, 8% discordam e

24% indiferentes sobre a inatividade no interior da prisão. Observa-se que 68

(sessenta e oito) presos concordam que o tempo ocioso dentro da Unidade Prisional

acarreta um clima de tensão e insegurança tanto para o setor de segurança quanto

para os presos, por isso, salientam alguns internos que permanecer 24 horas dentro

de um cubículo é uma tortura para o corpo e a mente.

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Questão C: Você acredita que a Penitenciária corrige uma pessoa que errou no

convívio em sociedade?

TABELA 07: Assunto sobre o convívio em sociedade.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 40 40 40 40 Discordo 43 83 43 83 Indiferente 17 100 17 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 06. Representação gráfica sobre comportamento

17%

40%43%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Observa-se que 40% concordam, 43% discordam e 17% escolheram a

opção indiferente. Nota-se que nenhum lugar corrige o interno para a sociedade de

acordo com 43%, mas para 40% a Penitenciária tenta transformar o bandido num

polido ou minimamente disciplinado trabalhador, orientados para uma vida com bons

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hábitos e atitudes positivas mas se a pessoa não quiser substituir os valores que

adotou anteriormente terá grande chance de reincidência.

6.2.2 Trabalho prisional

Questão A: O trabalho é uma forma de ocupar a mente minimizando os efeitos dos

cárceres ?

TABELA 08: Assunto sobre ocupar a mente.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 83 83 83 83 Discordo 07 90 07 90 Indiferente 10 100 10 100 Fonte: Coleta de Dados

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Gráfico 07. Representação gráfica sobre ocupar a mente

7%

83%

10%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte : Coleta de Dados

De acordo com o gráfico acima 83% concordam, 7% discordam e 10%

optaram pela indiferença em sua opinião. Na grande maioria dos presos

responderam que o trabalho é uma oportunidade de ocupar a mente, para o

aprisionado é uma alternativa de preencher o tempo de reclusão e adquirir em seus

trabalhos manuais ou terapêuticos a sua remição porque segundo os internos da

PIC, é um martílio ficar dentro do cubículo esperando o alvará de soltura. Por isso,

83% concordam em ocupar a mente porque permite manter a mente sadia e

produtiva consequentemente aliviando tensões geradas pelo aprisionamento.

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Questão B: Está convencido que o trabalho da PIC, é uma das alternativas para

poder afirmar que é sinônimo de tranquilidade prisional ?

TABELA 09: Assunto sobre tranquilidade prisional.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 73 73 73 73 Discordo 11 84 11 84 Indiferente 16 100 16 100 Fonte : Coleta de Dados

Gráfico 08. Representação gráfica sobre tranquilidade prisional

16%73%

11%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte : Coleta de Dados

Sem o trabalho a ociosidade proporcionaria um ambiente doentio e

desestimulador para o preso resultando ansiedade para sair de qualquer maneira,

observam-se no gráfico acima que 73% concordam, 11% discordam e 16%

indiferente em relação ao trabalho na Unidade Prisional na qual permite uma

tranquilidade prisional comparando com as outras penitenciárias comuns. Tornando

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no trabalho uma grande serventia para os presos tanto psicológico e material

assegurando a obediência, a integridade e o processo de ressocialização.

Questão C: O trabalho prisional possibilita o aperfeiçoamento em busca de

uma continuidade profissional ?

TABELA 10: Assunto sobre continuidade profissional.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 51 51 51 51 Discordo 39 90 39 90 Indiferente 10 100 10 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 09. Representação gráfica sobre continuidade profissional

39% 51%

10%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte : Coleta de Dados

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A Penitenciária Industrial de Cascavel não olvida esforços em ajudar os

presos neste processo de recuperação dando-lhes programas hábeis para os

internos ao sair do sistema prisional adquirem uma continuidade profissional,

mostrando-lhes que a prisão não é campo de concentração de pessoas inúteis. Por

isso 51% dos internos reconhecem que a importância do trabalho prisional, porque

muitos com o seu pecúlio ajudam de alguma forma a família. Para uma grande parte

dos presos, é desesperador ficar encarcerado, sabendo que suas famílias estão sem

renda e passando dificuldades, para eles, passar alguma renda à família tem efeitos

muito positivos, mas para 39% discordam que o preso tenha uma continuidade

profissional, porque existem poucos programas para absorver esta mão–de-obra e o

estigma de ex-preso ainda é o grande obstáculo para inclusão desta população

carcerária.

6.2.3 Ressocialização

Questão A. Para alcançar a ressocialização dos apenados o trabalho é uma das

alternativas?

TABELA 11: Assunto sobre ressocialização.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 69 69 69 69 Discordo 11 80 11 80 Indiferente 20 100 20 100 Fonte: Coleta de Dados

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Gráfico 10. Representação gráfica sobre ressocialização.

11%

69%20%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

De acordo com a representação gráfica acima: 69% concordam, 11%

discordam e 20% opinaram indiferentes com a pergunta. Conforme a resposta,

percebe-se que para ressocializar não é reeducar o condenado para que se

comporte como deseja a classe detentora do poder e sim a efetiva reinserção social,

por isso a Penitenciária Industrial de Cascavel cria mecanismos e condições para

que o indivíduo retorne ao convívio social, para que possa viver uma vida normal.

Uma vez que o estado não propicie esta reinserção social, o resultado tem sido

invariavelmente o retorno à criminalidade.

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Questão B: O trabalho nas prisões diminui as tensões delineando um instrumento

recuperador de homens para inserção social e reparar a exclusão social?

TABELA 12: Assunto sobre o trabalho nas prisões.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 50 50 50 50 Discordo 18 68 18 68 Indiferente 32 100 32 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 11. Representação gráfica sobre trabalho nas prisões

18%

50%32%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte : Coleta de Dados

Sobre o trabalho nas prisões 50% concordam, 18% discordam e 32%

optaram pela indiferença na pergunta acima. Para reparar a tal exclusão social o

trabalho penal possui a tarefa de restituir ao criminoso, visto como vagabundo, vadio

e preguiçoso. A entrada deste na prisão é marcada por muitas dificuldades, a

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ociosidade passa a representar um dos problemas, apontando o fracasso nas

prisões em regime fechado.

Questão C: Você percebe que, quando sair da Penitenciária, vai ser um cidadão útil

para a sociedade?

TABELA 13: Assunto sobre cidadão à sociedade.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 50 50 50 50 Discordo 23 73 23 73 Indiferente 27 100 27 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 12. Representação gráfica sobre cidadão à sociedade

23%

50%

27%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

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Para 50% concordam, 23% discordam e 27% optaram pela indiferença na

pergunta acima. Mas 50 (presos) garantem que esperam ser um cidadão útil para a

sociedade, mas é uma tarefa complexa. Mas qual o sentido de tudo isso, se

sabemos que a prisão sem nenhum mecanismo de recuperação de homens como

pojetos e/ou atividades, é ineficaz no controle da criminalidade, devolvendo à vida

livre indivíduos ainda piores.

6.2. 4 Processos de recuperação

Questão A: O trabalho é indicativo de que o interno esteja participando do processo

de recuperação?

TABELA 14: Assunto sobre processo de recuperação.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 88 88 88 88 Discordo 06 94 06 94 Indiferente 06 100 06 100 Fonte : Coleta de Dados

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Gráfico 13. Representação gráfica sobre processo de recuperação

6%

88%

6%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Esses ângulos negativos, encobertos sob os muros da prisão, não são fáceis

de ser solucionados e, mesmo rechaçando o sistema carcerário, por todos os males

infligidos não só ao interno, 88% concordam estar participando neste processo de

recuperação que o trabalho é entendido como o meio pelo qual se pode construir a

identidade do homem, que mesmo pobre é um honrado trabalhador além disso o

trabalho é visto como um ingrediente fundamental de descréscimo da pena privativa

de liberdade.

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Questão B: Em sua opinião alguns dos fatores que levam a deliquência são: a falta

de qualificação profissional e baixo nível de estudo ?

TABELA 15: Assunto sobre falta de qualificação e estudo

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 45 45 45 45 Discordo 21 66 21 66 Indiferente 34 100 34 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 14. Representação gráfica sobre falta de qualificação e estudo

34%

45%21%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

De acordo com a representação gráfica 45% concordam, 21% discordam e

34% optaram indiferentes pela pergunta acima. Muitos presos afirmam que não

procuraram qualificação profissional e baixo nível de estudo , porque suas famílias

em geral são desestruturadas, cujos pais e irmãos já vivem na marginalidade,

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fatalmente levam os filhos e irmãos menores ao mesmo caminho gerando um ciclo

que acaba na rota dos crimes.

Questão C: A ocupação profissional é necessária na vida do homem, visto que um

desocupado é um possível candidato a ações ilícitas ?

TABELA 16: Assunto sobre ocupação profissional.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 62 62 62 62 Discordo 15 77 15 77 Indiferente 23 100 23 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 15. Representação gráfica sobre ocupação profissional.

23% 62%

15%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

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Como já mencionamos em citações acima, a ociosidade repercute para o

preso, pois durante sua reclusão não pode acompanhar, por exemplo, mudanças e

inovações do mundo moderno. Sua atenção fica voltada para espera desesperada

pelo alvará de soltura, sem contar que nesse tempo de reclusão, vive em uma

escola do crime, afastando-se do papel principal como preso, que é o processo de

ressocialização. Entretanto 62% concordam que no trabalho prisional os presos

produzem com mais qualidade, pois se estressam menos e só pensam no dia

seguinte em sua produção.

Questão D: A preocupação do sistema penitenciário em geral ao receber um

indivíduo condenado não é sua reeducação, mas sim a privação de sua liberdade ?

TABELA 17: Assunto sobre sistema penitenciário.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 55 55 55 55 Discordo 32 87 32 87 Indiferente 13 100 13 100 Fonte : Coleta de Dados

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Gráfico 16. Representação gráfica sobre sistema penitenciário.

13%

55%32%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Nesta questão as respostas foram equilibradas em 55% concordam, 32%

discordaram e 13% indiferentes com a pergunta acima. O descontentamento com o

sistema penitenciário em geral é visível e não poderia ser diferente, conforme o

questionário, 55 (cinquenta e cinco) presos acham que o sistema penitenciário se

preocupa com que não haja fuga dos mesmos e que as empresas se importam com

o seu lucro e mão-de-obra barata , mas 32 (trinta e dois) presos discordam, que a

pena que priva o indivíduo não se preocupa somente com a privação de sua

liberdade, tem também uma finalidade social que é reintegrá-lo à sociedade. Para

isso, a PIC oferece profissionalização e educação (trabalhos e cursos), além de

assistência psicológica, médica, odontológica ao detento e assistência social a sua

família.

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6.2.5 Projetos e atividades

Questão A: Os projetos realizados pela PIC possibilitam realmente a reciclagem e a

reinstrução do preso no processo de reintegração social?

TABELA 18: Assunto sobre reciclagem do preso.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 47 47 47 474 Discordo 20 67 20 67 Indiferente 33 100 33 100 Fonte : Coleta de Dados

Gráfico 17. Representação gráfica sobre reciclagem do preso

33%

47%

20%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

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De acordo com a representação gráfica acima 47% concordam, 20%

discordam e 33% indiferentes com a pergunta sobre os projetos realizados pela PIC

possibilitam realmente a reciclagem e a reinstrução do preso. Para 47 (quarenta e

sete) presos, constituem o estudo e o trabalho prisional, as ferramentas destinadas à

ressocialização do detento dos direitos assegurados aos reclusos pela Lei de

Execuções Penais. Além de viabilizar uma formação acadêmica a qual muitas vezes

não teve acesso quando em liberdade, propicia até uma melhor formação

profissional, além do que poderá obter remição de pena pelo trabalho prisional e

estudo.

Questão B: Você teve algum tipo de avanço ao participar dos projetos de

reintegração social e cultural realizados pela PIC?

TABELA 19: Assunto sobre reintegração social e cultural.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 48 48 48 48 Discordo 24 72 24 72 Indiferente 28 100 28 100 Fonte: Coleta de Dados

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Gráfico 18. Representação gráfica sobre reintegração social e cultural

28%

48%24%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Sobre este assunto 48% concordaram, 24% discordam e 28%

indiferentes.Os projetos e atividades exercem um papel importante dentro da PIC.

Para 48( quarenta e oito) presos, especialmente com relação à disciplina,

pois a maioria delas preconizam padrões de comportamento compatíveis com uma

boa convivência social, como o respeito, a dignidade, rechaçando comportamentos

violentos e de desrespeito com as pessoas. Diminuindo a disparidade cultural e de

nível escolar entre os presos, necessitando de um nivelamento para que se consiga

obter uma melhor reintegração do preso à sociedade.

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Questão C: Com estes projetos você acha que seus colaboradores cooperam

bastante com seu desenvolvimento ético-moral?

TABELA 20: Assunto sobre desenvolvimento ético-moral

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 68 68 68 68 Discordo 06 74 06 74 Indiferente 26 100 26 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 19. Representação gráfica sobre desenvolvimento ético-moral

26%68%

6%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte :Coleta de Dados

Mostra nesta pesquisa que 68% considera satisfatória a presença dos

colaboradores (professores, asistência psicológica, jurídica e médica) em incentivar

e proporcionar o cotidiano um pouco melhor do interno em tempos de reclusão,

possibilitando ao interno através dos projetos a compreensão da atividade humana,

processo pelo qual o homem torna-se um ser social.

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Questão D: Os projetos e atividades servirão de estímulo para desenvolver suas

aptidões e encontrar uma forma honesta de sobreviver, quando em liberdade?

TABELA 21: Assunto sobre projetos e atividades.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 69 69 69 69 Discordo 15 84 15 84 Indiferente 16 100 16 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 20. Representação gráfica sobre projetos e atividades

15%

69%16%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Para 69% concordam, 15% discordam e 16% indiferentes sobre os projetos

que a PIC oferecem para desenvolver suas aptidões e encontrar uma forma honesta

de sobreviver, quando em liberdade. Apesar de o trabalho ser uma preocupação

muito grande do sistema penitenciário, ele também oferece cursos de ensino

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fundamental e médio e profissionalizante, por isso, 69 pessoas consideram

satisfatória o desenvolvimento desses projetos para seu crescimento pessoal.

6.2. 6 Administração da PIC

Questão A: A administração da Penitenciária Industrial de Cascavel busca uma

responsabilidade social postulada para a ressocialização dos apenados?

TABELA 22: Assunto sobre responsabilidade social.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 53 53 53 53 Discordo 22 75 22 75 Indiferente 25 100 25 100 Fonte: Coleta de Dados

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Gráfico 21. Representação gráfica sobre responsabilidade social

25%53%

22%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

De acordo com a representação acima 53% concordam, 22% discordam e

25% indiferentes com a responsabilidade social para 53(cinquenta e três) presos

afirmam que a PIC assegura aos presos, condições de efetiva reabilitação para que

sejam reinseridos na sociedade e no mercado de trabalho.

Questão B: A administração da Unidade Prisional não busca constantemente

resultados positivos para a reintegração do detento e o aprimoramento de

desenvolvimento humano?

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TABELA 23: Assunto sobre Unidade Prisional.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 29 29 29 29 Discordo 56 85 56 85 Indiferente 15 100 15 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 22. Representação gráfica sobre a Unidade Prisional

56%15%

29%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Para 15% concordam, 56% discordam e 29% optaram pela resposta

indiferente de acordo com a pergunta acima. Entretanto 56 (cinquenta e seis) presos

discordaram que a Unidade Prisinal não se esforça para atingir resultados para

reintegração do detento para a sociedade e fomentar o desenvolvimento dos

internos, 15 (quinze) presos concordaram com a pergunta acima porque afirmam

que a PIC somente se preocupa que suas mentes permanecem ocupadas em prol

de uma tranquilidade prisional.

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Questão C: Para sanar o problema social, a Penitenciária Industrial de Cascavel,

está realizando projetos e/ou campos de trabalho que contribuem para a construção

de uma sociedade mais justa, democrática e igualitária?

TABELA 24: Assunto sobre problemas sociais

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 67 67 67 67 Discordo 14 81 14 81 Indiferente 19 100 19 100 Fonte:Coleta de Dados

Gráfico 23. Representação gráfica sobre problemas sociais

19% 67%

14%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte :Coleta de Dados

Observa-se que 67% concordam, 14% discordam e 19% indiferentes. Para

67( presos) acham satisfatória a presença destes projetos e atividades na Unidade

Prisional com o objetivo que permitem a apropriação de mecanismos

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humanizadores, para 14 (quatorze) presos a intenção é boa no interior da Unidade

Prisional, mas ao cumprir sua pena a situação é mais difícil lá na sociedade extra-

muros, e não basta que simplesmente propor que a prisão se torne uma fábrica, uma

unidade produtiva repleta de presos operários disciplinados, pois o problema é bem

mais complexo.

6.2. 7 Empresas

Questão A: O relacionamento interpessoal nos setores de trabalho é satisfatório ?

TABELA 25: Assunto sobre relacionamento interpessoal.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 45 45 45 45 Discordo 25 70 25 70 Indiferente 30 100 30 100 Fonte: Coleta de Dados

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Gráfico 24. Representação gráfica sobre relacionamento interpessoal

25%45%

30%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Apesar de ser uma penitenciária industrial que objetiva a interação e

integração de todos em prol de uma melhor reintegração dos presos à sociedade,

onde incentiva o respeito e a dignidade, nota-se que 25% dos questionados afirmam

que o relacionamento entre os mesmos é insatisfatória chegando ao patamar de

tensão em muitas vezes só acalmada pelo corpo de funcionários (segurança). Mas

45% concordam que o relacionamento interpessoal dentro dos setores é satisfatória

o ambiente diante de pessoas com condutas adversas.

Questão B: Você acha que as empresas proporcionam condições de efetiva

reabilitação aos presos para que sejam reinseridos na sociedade e no mercado de

trabalho ?

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TABELA 26: Assunto sobre reabilitação aos presos.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 29 29 29 29 Discordo 57 86 57 86 Indiferente 14 100 14 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 25. Representação gráfica sobre reabilitação aos presos

14%

29%57%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Analisando a situação do apenado ao sair da prisão, 57% dos presos

afirmam que a situação continuará a mesma em sua maioria. A maioria trabalhará

em serviço autônomo, a novidade quando analisamos este período é que a maioria

dos apenados diz que nem o trabalho exercido na prisão, nem os cursos contribuirão

de alguma forma para conseguirem emprego lá fora. Nota-se que há muitas queixas

dos apenados, em especial daqueles que passaram pelas prisões dificuldades para

colocar-se no mercado de trabalho pelo estigma de ex-preso, levando muitas vezes

ao desemprego podendo levar o indivíduo à criminalidade e à reincidência.

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Questão C: O apoio das empresas no interior da Unidade Prisional é fundamental

para o processo de ressocialização dos presos, dando oportunidade de

recuperação?

TABELA 27: Assunto sobre oportunidade de recuperação

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 47 47 47 47 Discordo 40 87 40 87 Indiferente 13 100 13 100 Fonte: Coleta de Dados

Gráfico 26. Representação gráfica sobre oportunidade de recuperação

40% 47%

13%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte: Coleta de Dados

Analisando a representação gráfica 47% concordam com o apoio das

empresas demonstrando-lhes senso de responsabilidade contribuindo para que eles

aprimorem o seu comportamento alcançando os objetivos da administração da PIC

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que é reinserção social dos presos, através de atividades que os mantenham

ocupados, melhorando sua auto-estima e resgatando sua dignidade, com a

conseqüência legal da redução da pena através do trabalho. Apesar de existir uma

parcela de 40% de discordantes, pois, acham que o verdadeiro interesse das

empresas é sua mão-de-obra barata.

Questão D: Você acha que tem contribuído algo de importante dentro da Unidade

Prisional através da sua mão-de-obra ?

TABELA 28: Assunto sobre mão-de-obra prisional.

Conceito Quantidade Quant. Acumulada

% % Acumulada

Concordo 45 45 45 45 Discordo 28 73 28 73 Indiferente 27 100 27 100 Fonte: Coleta de Dados

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Gráfico 27. Representação gráfica sobre mão-de-obra prisional

27%

45%28%

Concordo Indiferente Discordo

Fonte:Coleta de Dados

Conforme a representação gráfica 45% concordam que contribuiem para a

empresa consiga uma lucratividade utilizando a sua mão-de-obra, porque é muito

barato utilizar a mão-de-obra carcerária porque não paga muitos impostos

trabalhistas, aluguel do ambiente de produção é acessível dentro da prisão e os

funcionários internos dificilmente faltam o serviço por qualquer causa mormente,

sendo assim desenvolver seus produtos com custos mais baixos, e seria inviável

pagar muitos funcionários para fazer este processo de produção de manufaturas fora

da cadeia, para isso deveria aumentar preço do produto para ter uma margem de

lucro.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa, pôde-se identificar a importância das atividades e projetos

realizados pela administração da Penitenciária Industrial de Cascavel para os

reclusos na Unidade Prisional em prol de uma melhoria continua para reintegração

dos internos à sociedade. Na maioria das vezes constata-se que o indivíduo que

deixa o cárcere após o cumprimento de sua pena, volta a cometer crimes piores do

que anterior, como se a prisão o tivesse tornado ainda mais nocivo ao convívio

social. O objetivo desta pesquisa foi demonstrar que existem meios eficazes e não

manter a atual situação em que o preso sempre sai da prisão pior do que entrou, e é

preciso agir em outras frentes concomitantemente.

Não podemos passar a mão na cabeça dos presos, com a desculpa de que

eles são excluídos sociais. Não há dúvida de que a miséria e a falta de

oportunidades para os jovens estão entre as causas da violência. Essa legião de

jovens desempregados, sem opção, constitui um problema e um enorme desafio, por

isso, a Penitenciária Industrial de Cascavel, está fazendo um trabalho de intervenção

social através dos projetos e atividades uma reconstrução de valores fazendo abrir

este caminho, se não for apresentado a nenhuma opção, o egresso reincidirá para

as rotas do crime, retornando muitas vezes a ser o dono da “boca-de-fumo”: um

sujeito criminoso, que tem correntinha de ouro, carro e celular bom porque manda

roubar; muitas vezes os jovens se espelham neste comportamento e acham que é

moralmente correto estas atitudes.

O Estado quando condena um indivíduo que cometeu um crime contra a

sociedade e por conseqüência aplica a esse uma pena restritiva da liberdade,

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teoricamente, acredita que após o cumprimento da sentença esse indivíduo estará

pronto para voltar, em harmonia, ao convívio social. Com este problema a Unidade

Prisional almeja sempre que seus presos tenham uma reeducação social, uma

espécie de preparação temporária pela qual precisa passar todo criminoso

condenado pela justiça com a finalidade social de reintegrá-lo à sociedade sem

traumas e sequelas. Primeiro porque o que tem sido a principal preocupação da

Penitenciária Industrial de Cascavel ao receber um indivíduo condenado não é com

a privação de sua liberdade, mas sim com sua reeducação.

Isso é fácil de ser constatado na medida em que analisamos as estruturas

da penitenciária, que não é formada por excesso de grades, muros enormes e um

forte efetivo policial, tudo isso com um único objetivo, de ressocialização e não se

preocupando com a fuga.

A Penitenciária Industrial de Cascavel tem grande interesse com o êxito e

agilização do processo de ressocialização e reintegração social de todos os presos,

juntamente com empresas, profissionais liberais, professores, instituições públicas o

desenvolvimento de projetos visando a ressocialização conforme relatado pela

presente pesquisa. Tendo como meta ocupar o maior número possível de presos em

atividades voltadas a sua transformação interna neste ano de 2007.

Faz-se necessário também entre outras medidas o desenvolvimento de

ações voltadas para a uma política penitenciária mais eficaz voltada para a

qualificação do preso, preocupando-se com o seu retorno a sociedade,ou seja,

quando o interno está aos cuidados do governo o mesmo possue toda a assistência

profissional e educativa neste processo de prisionização, quando cumprida sua pena

o mesmo fica dependendo da própria sorte, por isso, é importante alguns passos

que possivelmente darão certo como:

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• Um sistema convênios de prestação de serviços ao ser egresso possa

adquirir uma profissão formal;

• Lei de incentivo fiscal, a exemplo do que foi feito com o menor aprendiz, ou

até mesmo a instituição de um sistema de cotas;

• Haver por parte do Governo, uma preocupação com o futuro do preso na

sociedade, devidamente qualificado, orientado e informado sobre o mercado

formal, que terá subsídios para concorrer a uma vaga ou oportunidade no

mercado de trabalho.

Com isso, a presente pesquisa acadêmica tenta contribuir e demonstrar o

trabalho que realiza para a melhoria dos serviços prestados pela Penitenciária

Industrial de Cascavel em relação à seus internos. As proposições acima objetivam

melhorar administração dos projetos e atividades para que os mesmos possam ter

continuidade para atender cada vez mais um maior número de internos porque cada

um de nós tem o dever não apenas de desenvolver nossa própria vida, mas também

de ajudar o desenvolvimento das de outros porque nunca saberemos o dia de

amanhã.

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REFERÊNCIAS

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