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1 FACULDADE ASSIS GURGACZ ANÁLISE CENTESIMAL E DOSAGEM DE ÔMEGA3 EM SEMENTE DE CHIA (Salvia hispanica) E SEMENTE DE LINHAÇA (Linum usitatissimum). CASCAVEL 2013

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FACULDADE ASSIS GURGACZ

ANÁLISE CENTESIMAL E DOSAGEM DE ÔMEGA3 EM SEMENTE DE CHIA

(Salvia hispanica) E SEMENTE DE LINHAÇA (Linum usitatissimum).

CASCAVEL

2013

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PAULA GABRIELA DE OLIVEIRA ALMEIDA

ANÁLISE CENTESIMAL E DOSAGEM DE ÔMEGA 3 EM SEMENTE DE CHIA

(Salvia hispanica) E SEMENTE DE LINHAÇA (Linum usitatissimum).

Trabalho apresentado como requisito para

conclusão do curso de Bacharel em Farmácia, da

Faculdade Assis Gurgacz.

Professor Orientadorᵃ: Raquel Goreti

Eckert

Cascavel

2013

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PAULA GABRIELA DE OLIVEIRA ALMEIDA

ANÁLISE CENTESIMAL E DOSAGEM DE ÔMEGA3 EM SEMENTE DE CHIA

(Salvia hispanica) E SEMENTE DE LINHAÇA (Linum usitatissimum).

Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da FAG, como requisito parcial

para obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob a orientação da Professora

Mestre Raquel Goreti Eckert.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________

Profᵃ. Me. Raquel Goreti Eckert

Professora Orientadora

Faculdade Assis Gurgacz

_________________________________

Profᵃ. Me. Patricia Stadler Rosa Lucca

Faculdade Assis Gurgacz

________________________________

Profᵃ. Kellen Baratela Simm

Faculdade Assis Gurgacz

Cascavel, 25 de novembro de 2013.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Marcos e Elizabeth, por todo o meu esforço e

minhas conquistas da graduação. Agradeço por terem me ensinado o quão

importante é estudar e se dedicar sempre; por me acompanharem, incentivarem e

me apoiarem durante essa trajetória. Obrigada por tornarem mais esse sonho

possível e alcançável.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, pela proteção durante todo esse caminho

da graduação; pela paz que encontrei durante os momentos de desespero e que

encontrei saída na oração. Agradeço pela benção de estar concluindo esta

importante etapa da vida, que é um sonho que se concretiza.

Aos meus pais, Marcos e Elizabeth, por acreditarem na minha certeza de

querer seguir essa profissão, me proporcionarem essa graduação e tornarem esse

sonho uma realidade. Obrigada pelo silêncio quando eu precisei desabafar, e pelas

carinhosas palavras de quem sabe confortar. Sem vocês não teria sido possível.

Sou agraciada por tê-los ao meu lado e poder compartilhar com vocês esta

conquista.

Ao Junior, meu namorado, meu amor. Obrigada pelo carinho, pelo

companheirismo, pela paciência, por compreender a minha ausência e às vezes

minha intolerância. Obrigada por aceitar e respeitar meus maus dias. Obrigada por

me fazer uma mulher melhor. Obrigada por todo amor. Cheguei até aqui pensando

em nós dois também.

A minha querida Professora Orientadora Raquel, obrigada por me

acompanhar durante esse ano inteiro. É uma pena tê-la tido como professora

apenas no último ano. Obrigada pela orientação no final deste glorioso ciclo que se

termina, e por sempre ter sido carinhosa comigo, mesmo nos meus momentos de

impaciência. Obrigada pelos ensinamentos profissionais e éticos, que colaborarão

muito com meu futuro sucesso profissional.

Obrigada a Bia e a Jéssica, técnicas do laboratório de Bioquímica, e a Thaís,

técnica do laboratório de Química, que me auxiliaram em momentos de dúvida

durante as análises, e por sempre estarem dispostas a me ajudarem.

A A3Q, por aceitar parceria comigo, entendendo que a análise lá realizada

seria essencial para a conclusão do meu artigo.

A professora Fernanda Zanchet, por ter me despertado grande interesse e

amor às análises de alimentos e esse ladinho do Universo Farmacêutico, através

das disciplinas ministradas de Bromatologia e Estágio em Tecnologia de Alimentos.

Ao professor Giovane, o meu agradecimento muito especial pelas

motivações, por sempre me fazer acreditar mais em mim, e que é possível vencer

as dificuldades.

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SUMÁRIO

1. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................07

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................22

2. ARTIGO CIENTÍFICO...........................................................................................28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................41

ANEXO 1 – NORMAS CIENTÍFICAS DA REVISTA VARIA SCIENTIA..................45

1.REVISÃO DA LITERATURA

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1.1 SAÚDE X VAIDADE

De acordo com Saikali et. al (2004), percebe-se que o mundo social,

claramente, discrimina os indivíduos não atraentes, numa série de situações

cotidianas importantes. Pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes

parecem receber mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios

socialmente seguros e competentes, assim, indivíduos tidos como não atraentes,

estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que rejeitam e que desencorajam

o desenvolvimento de habilidades sociais e de um autoconceito favorável.

Partindo da alimentação saudável, principalmente devido a saúde e qualidade

de vida, e considerando o fácil acesso a informações sobre o assunto, as pessoas

passaram a se prevenir de doenças ocasionadas pela má alimentação e atualmente

também almejarem o corpo mais atraente através da melhor qualidade de vida.

Segundo Alvarenga (2011), a sociedade do século XXI informacional preocupa-se

em ter uma alimentação balanceada, principalmente levando em consideração esse

aspecto saúdeXvaidade.

A autora diz que o correto seria pensar em ser vaidoso quanto a alimentação

saudável e o ato de praticar exercícios físicos deveria ser vicioso, assim a saúde do

organismo chegaria positivamente ao seu pico e consequentemente o que está

visível ao olhos se tornaria mais atraente e bonito de se ver, o que leva o individuo a

cumprir por toda a vida o ―tratamento‖ de bem-estar e aumento do ego.

1.2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

A alimentação é o processo pelo qual os seres vivos adquirem do mundo

exterior os alimentos que compõe a dieta, e dieta é o conjunto de alimentos que o

indivíduo consome diariamente com as substancias nutritivas denominadas

nutrientes; essa alimentação variada refere-se à seleção de alimentos dos

diferentes grupos de alimentos, tendo-se e conta a renda familiar e a disponibilidade

de alimentos local. Nenhum alimento é completo ou possui todos os nutrientes em

quantidade suficiente para atende as necessidades do organismo, afirma Cuppari

(2002).

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A partir da década de 80, a alimentação começou a ceder espaço para o

binômio alimentação-renda, como resultado dos redirecionamentos das políticas de

alimentação e nutrição traçadas no Brasil, as quais, a partir de então, se pautavam

no reconhecimento da renda familiar como principal obstáculo para se obter uma

alimentação saudável. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (IBGE, 1997), mostra

que os gastos com cereais e leguminosos na cidade de Fortaleza no ano de 1987

eram correspondentes a 20% do salário mínimo estipulado pelo Governo Federal, e

que em 1996, esse percentual diminuiu para 12%; percebe-se assim o decaimento

da qualidade alimentícia.

Sichieri et. al (2000) sugere uma proposta de alimentação saudável, como

prevenção de doenças, onde o correto seria propor dietas que estejam ao alcance

da sociedade como um todo, e que tenham um impacto sobre os mais importantes

fatores relacionados às várias doenças. Aumentar o consumo de frutas e verduras

da época e estimular o ingestão de sementes e fibras são exemplos que preenchem

estes requisitos. A ausência de uma alimentação adequada é uma condição que

aumenta o risco de morbidade para as principais doenças crônicas: hipertensão,

diabetes, doença coronariana e ate alguns tipos de câncer.

1.3 DOENÇAS RELACIONADAS A MÁ ALIMENTAÇÃO

O Direito Humano à Alimentação Adequada, segundo a Lei federal 11.346 de

2006, diz que ―é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa

humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição

Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam

necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da

população, levando em conta as dimensões ambientais, culturais, econômicas,

regionais e sociais‖.

Mesmo com a existência de uma Lei Federal que assegura a qualidade

nutricional, no Brasil, a situação da alimentação e nutrição é bastante complexa.

Trata-se de um país com características regionais bastante heterogêneas, no qual

coexistem problemas tanto das sociedades subdesenvolvidas, que não possuem

condições financeiras para obter qualidade na alimentação; quanto dos países

desenvolvidos, onde o capital e elevado, mas não se possui tempo suficiente para

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preparar suas refeições, e saber apreciar o gosto de cada alimento, optando assim,

o fácil cotidiano de fast-foods (SILVA; DINIZ, 2012).

Além de convivermos com esta realidade de carência nutricional, a evolução

epidêmica das doenças crônicas não transmissíveis, tais como: obesidade,

problemas intestinais, doenças cardiovasculares e hiperglicemia, enfermidades

estas que representam a principal causa de morte e de incapacidade na vida adulta

e na velhice; além disso, considera-se que estas doenças estão relacionadas, em

grande parte, com práticas alimentares e estilos de vida inadequados (MELLO;

PEDIGÃO, 2012).

OBESIDADE

O excesso de gordura é um dos maiores problemas de saúde em muitos

países, principalmente os industrializados. A obesidade é um problema de

abrangência mundial pela Organização Mundial da Saúde pelo fato de atingir um

elevado número de pessoas e predispõe o organismo a vários tipos de doenças e a

morte prematura. Os indicadores de qualidade de vida colocam as pessoas obesas

em desvantagens (NAHAS et. al, 2012).

O peso corporal e constituído basicamente por água, proteínas, minerais e

lipídeos, formando ossos, músculos, gordura e outros tecidos; sendo esses últimos

os causadores de variações do peso corporal. As alterações que ocorrem nesses

componentes são devidos aos fatores de crescimento e de envelhecimento,

alimentação, exercício físico e as doenças (MALINA; BOUCHARD, 1991).

Deve-se estar atentos nos períodos críticos de ganho de peso corporal

feminino, sendo eles: hormonal (adolescência, gravidez e menopausa); e a todos os

indivíduos: estresse e ansiedade (estresse prolongado, morte de um ente querido

ou perda por divórcio, separação); mudanças no estilo de vida (aposentadoria, fim

de carreira esportiva, meia-idade, ocasiões festivas) e fisiológica (ASSIS; NAHAS,

1999).

Outro aspecto importante que envolve a obesidade é a obesidade infantil. Um

relatório feito pelo POF- Pesquisa de Orçamento Familiar (IBGE, 2009) mostra

adolescentes que estão no 9ᵒ ano de escolas públicas e privadas no Brasil, ao se

retratarem pela autopercepção da imagem corporal, 38,9% dos alunos de escolas

públicas se acham muito gordos contra 43,9% para alunos da rede privada de

ensino.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2013), o Índice de Massa

Corpórea é uma conta simples, capaz de ser feito por qualquer individuo

alfabetizado, que relaciona o peso do indivíduo com a estatura do próprio corpo. O

cálculo se simplifica em peso (kg)/altura(m)²; o IMC é referencial para pessoas de

18 a 60 anos. A partir desse resultado, obtém-se gradualmente diferentes Índices de

Massa Corporal, descritos na Tabela 1.

Tabela 1 – Índice de Massa Corporal (IMC)

Classificação Índice de Massa Corporal (Kg/m2)

Abaixo do peso Abaixo de 20

Peso Normal 20 – 24,9

Sobrepeso 25 – 29,9

Obesidade 30 – 39,9

Obesidade Mórbida 40 e acima

Fonte: OMS (1997).

Waitzberg (2001), diz que apesar de o IMC ser simples de mensurar e

classificar a obesidade, não se torna disponível a distribuição e localização da

gordura corporal em excesso, o que possui grande significância; resumidamente, a

gordura que se encontra localizada excessivamente na região abdominal do

indivíduo é a mais prejudicial e com maior risco relacionado a outras doenças, pelo

fato da gordura estar entre os órgãos, predispondo doenças cardiovasculares e

Diabetes Mellitus.

O mesmo autor fala sobre a obesidade mórbida, onde e necessário uma

intervenção cirúrgica, pela redução da qualidade e expectativa de vida, ou ate

mesmo por fracasso através de tratamento farmacológico. Os obesos indicados a

cirurgia devem seguir critérios como doença que esta agravada pela obesidade,

excesso de peso de pelo menos 45kg por vários anos e principalmente avaliação

favorável das condições psíquicas do paciente a suportar as transformações

radicais de comportamento após a cirurgia.

O excesso de peso pode ocasionar diversas comorbidade, ou seja, doenças

desenvolvidas em decorrência do peso excessivo. Dentre elas podemos citar as

doenças cardiovasculares, a constipação intestinal e o diabetes, explica Conti et. al,

(2005).

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DOENÇAS CARDIOVASCULARES

O colesterol é uma estrutura essencial ao funcionamento do organismo,

sendo integrante de hormônios a também da bile produzida pelo fígado. Ele

representa o somatório de um conjunto de moléculas lipídicas, e que circulam pelo

organismo junto a proteínas especificas; os colesteróis mais conhecidos são a

Lipoproteína de Alta Densidade (HDL), conhecida como ―colesterol bom‖ e a

Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL), conhecido por ―colesterol ruim‖. Devido a

diferentes densidades, cada um ocupa lugares distintos da corrente sanguínea, o

HDL tende a circular no centro do fluxo sanguíneo, e o LDL próximo as paredes dos

vasos (PRADO; DANTAS, 2002).

Através dessas diferentes densidades, explica-se por que o LDL e visto como

―ruim‖; por transitar pela periferia dos vasos, a molécula de colesterol sofre uma

oxidação pelos macrófagos, que atuam tentando defender o organismo da fração de

gordura. Esse colesterol oxidado acaba se fixando nas paredes dos vasos, o acaba

por formar as placas de gordura ou ateromas. São esses ateromas espalhados pela

corrente sanguínea, que fazem o estreitamento das artérias e veias do coração,

tornando parcial ou impossível o fluxo sanguíneo (VARELLA, 2013).

Com o estreitamento dos vasos, acontece a Hipertensão arterial, que e

classificada a partir de duas etiologias. A primeira ou primaria, ocorre em ate 90%

dos casos, com a probabilidade de aparecer a partir dos 40 anos, que estão ligadas

a outros fatores como consumo elevado de álcool, tabagismo, idade avançada e

sedentarismo. Já a segunda ou secundaria, ocorre em ate 10% dos casos de

hipertensão, onde a causa pode ser uma patologia renovascular ou ainda um tumor

nas glândulas que liberam adrenalina (MARQUES; RASCADO, 2009).

No Infarto Agudo do Miocárdio, há uma interrupção ou diminuição do fluxo de

sangue para o coração, levando a uma redução da quantidade de oxigênio que

chega ao músculo cardíaco. Quando o coração não recebe oxigênio em quantidade

suficiente, ocorre lesão da musculatura e, dependendo do tempo de duração deste

bloqueio, uma parte do coração morre e para de funcionar. Quase 10% dos IAM

ocorrem em indivíduos com idade inferior a 40 anos, enquanto 45% são observados

em indivíduos com idade inferior a 65 anos; os homens apresentam maiores riscos

de serem acometidos pelo IAM do que as mulheres (ROBBINS, 2000).

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CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

A Constipação Intestinal e comumente conhecida como prisão de ventre, e ao

contrário do que se pensa, o adequado não e todas as pessoas ir ao banheiro todos

os dias, pois cada individuo possui seu ritmo de defecação. Para que o problema

seja considerado Constipação Intestinal, deve-se reunir alguns parâmetros como

esforço defecatório na maioria das ocasiões, sensação de evacuação incompleta,

fezes endurecidas e ainda frequência de evacuação inferior a três vezes por

semanas (MARQUES; RASCADO, 2005).

A Constipação pode ter duas causas, a idiopática e a secundaria. A idiopática

é quando não há alterações orgânicas e esta relacionada com hábitos errôneos

como dieta inadequada, falta de exercícios físicos, pouca ingestão de água e ainda

abuso de laxantes; já a secundaria é quando o problema se deve a lesões

obstrutivas, enfermidades endócrinas ou ainda na administração de alguns

medicamentos que diminuem o peristaltismo, como por exemplo os anorexígenos

(MARQUES; RASCADO, 2005).

Segundo Schneider (1989), a prisão de ventre crônica ainda se deve a uma

alimentação desnaturalizada como e no ocidente, ou ainda o uso de um cardápio

indevido ou que não contenha uma variedade considerável de diferentes vitaminas e

minerais que são encontradas em verduras, legumes e frutas, o que e chamado

pelo autor de hiponutrição.

DIABETES MELLITUS

Silva; Mura (2011) afirmam que a Diabetes Mellitus corresponde a uma

doença metabólica caracterizada por hiperglicemia resultante de defeitos na

secreção de insulina ou na ação que a insulina deveria ter no organismo, podendo

ser insulino-dependente ou não. A hiperglicemia crônica associa-se longo prazo

com disfunção ou insuficiência de vários órgãos, especialmente a olhos, rins e

coração.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

(2013), a Diabetes Mellitus tipo I e caracterizada por absoluta falta de insulina, onde

as células beta estão destruídas, por decorrência autoimune(quando o organismo as

identifica como órgãos estranhos) e ocorrendo uma agressão pancreática; acomete

geralmente crianças e jovens, e nesses casos os pacientes são típicos pela

acentuada perda de peso.

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Já a Diabetes Mellitus tipo II, representa ate 90% dos casos mundiais,

acometendo mais os adultos e associando-se a distúrbios alimentares e obesidade,

ocasionando resistência a insulina sintetizada e incapacitando as células de

metabolizar a glicose suficiente que esta em excesso na corrente sanguínea; o risco

de desenvolver a DMII esta no aumento da idade, ganho de peso e sedentarismo

(SBEM, 2013).

1.4 TRATAMENTO DAS DOENÇAS OCASIONADAS POR MÁ ALIMENTAÇÃO

O tratamento de uma doença deve ser visto como um problema social e

emocional do paciente. Silveira e Ribeiro (2005), afirmam que isso não se dirige a

uma doença especifica, pois o individuo sente-se incomodado aos sintomas e

principalmente a sua aparência depois do surgimento da doença. Deve-se buscar

ajuda medica para que seja prescrito o melhor tratamento possível, e nos casos dos

pacientes sentirem mal-estar pela decorrência da enfermidade, ainda há a

necessidade do encaminhamento ao psicólogo ou psiquiatra.

1.4.1 Tratamento Medicamentoso

Em cada doença citada anteriormente, há uma classe de medicamentos

específicos para o seu tratamento, onde cada principio ativo atua de uma maneira

diferente no organismo e em cada individuo, devendo assim seguir rigorosamente

as orientações medicas, para que a cura ou controle da sintomatologia sejam

alcançadas.

O tratamento farmacológico da obesidade está indicado quando o paciente

possui um IMC maior que 30,0kg/m2. O resultado do consumo de anfetaminas é a

falta de fome e de sono e uma forte necessidade de movimento.(NAPPO, 2009) Em

caso de aparecimento de tolerância, torna-se necessário aumentar a dose para

conseguir o mesmo efeito, o que implica maior probabilidade de ocorrência de

efeitos secundários de natureza estimulante sobre o sistema nervoso central, como

ansiedade, angústia, inquietude e pânico.

Atualmente, as drogas anorexígenas utilizadas no Brasil são a dietilpropiona

(anfepramona), o fenproporex e a sibutramina (UTRILLA, 2000).

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Para o tratamento da Hipertensão Arterial são usados várias classes

medicamentosas, como por exemplo os diuréticos, antagonistas do cálcio e IECA.

Os diuréticos são recomentados quando há acúmulo de líquidos pelo corpo,

conhecido como edema; atuam diretamente no néfron, e provocam a eliminação de

sódio e água pelo Sistema Urinário. o principal fator do uso de diuréticos no

tratamento da obesidade se deve ao fato da doença estar associada a Hipertensão

Arterial, onde também e indicado esse grupo farmacológico. Os mais conhecidos

são a hidroclorotiazida e a furosemida (MARQUES; RASCADO, 2009).

Os antagonistas do cálcio inibem o influxo do íon através das membranas de

músculos cardíacos e liso. Relaxam o músculo liso arterial e não afetam a pré-carga

significativamente; além disso diminuem a resistência vascular e aumentam o fluxo

coronariano. Esses fármacos podem causar taquicardia, rubor, cefaleia e

hipotensão. Os medicamentos mais comercializados são o anlodipino e a nifedipina.

Os Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina são uteis em todos os casos

de Hipertensão. O medicamento produz a vasoconstrição na suprarenal através da

inibição conversão de Angiotensina I em II. Provocam tosse seca e não podem ser

usados na gravidez pois podem causar ma formação fetal. O principio ativo mais

utilizado e o captopril, sendo o mais comercializado entre os anti-hipertensivos

(RANG; DALE, 2011).

Para o tratamento da Constipação Intestinal, o Hospital das Clinicas da

Faculdade de Medicina de Botucatu sugere alguns probióticos como Bifidobacterium

sp. e Lactobacillus sp., que são bactérias que produzem efeito benéfico ao

hospedeiro, nesse caso, regulam a flora intestinal. Esses probióticos podem ser

componentes de alimentos industrializados como leites fermentados e iogurtes, ou

ainda podem ser encontrados na forma de pó ou capsulas. Nesse caso e necessário

uma quantia diária adequada e continua para que seja alcançado o efeito desejável.

A Diabetes Mellitus I e conhecida como insulino-dependente, e Santos(2003)

explica que devido a produção ineficiente do hormônio insulina, e necessária sua

dose adequada para cada paciente diariamente através de injeções, para que esse

hormônio seja reposto, e a fim de não comprometer o metabolismo normal do

organismo, já que sem a insulina, ocorre um aumento brusco de gordura no sangue

e consequente mau funcionamento dos rins.

Para Araújo et. al (2000), o adequado para o tratamento de Diabetes Mellitus

II primeiramente são as drogas que sensibilizam a ação da insulina como as

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biguanidas (metformina) pela menor frequência de efeitos colaterais, e por isso são

os mais utilizados. Se a hiperglicemia persistir, associa-se a medicamentos que

diminuem a absorção intestinal da glicose como a acarbose, ou ainda com

medicamentos que aumentam a secreção de insulina, como a sulfonilureia.

1.4.2 Tratamento Dietoterápico

Para Weitsberg (2001), o sucesso da terapia consiste na necessidade de

mudança comportamental, envolvendo alteração de hábitos alimentares que se

encontram inadequados e aumento de atividade física, sendo regularmente

realizado. O mais importante e se conscientizar de não seguir dietas da moda por

períodos prolongados, pois essas emagrecem rápido e não garantem a manutenção

do peso, e na falta de algum macronutriente, causam ao individuo problemas no

trato gastrointestinal e ainda perda significativa da musculatura.

O autor anteriormente citado ainda explica que não existe uma formula exata

de dietoterapia, mas que se segue inicialmente três dietas diferentes, a de 800

kcal/dia para pacientes de obesidade moderada a grave ou que são candidatos a

cirurgias gastrointestinais, a dieta de 1000 a 1200 kcal/dia em que são modificados

a distribuição de macronutrientes, normalmente se inverte a porcentagem de

gorduras por carboidratos e proteínas, usados para pacientes com maus hábitos

alimentares. Considera-se os pacientes com alto nível de atividade física, nesses

casos, e necessário aumentar a quantidade calórica da ingesta alimentar.

Santos (2006) em sua revisão bibliográfica sobre a perda de peso, destacou

o resultado de um estudo, que comparou a farmacoterapia isolada à terapia

comportamental (reeducação alimentar e exercícios físicos) para o tratamento de

indivíduos obesos. E um ano de tratamento, pacientes que receberam terapia

comportamental tiveram maior perda de peso e melhores condições de saúde que

os que receberam farmacoterapia de modo isolado.

Lopes (2010) diz sobre a importância do exercício físico na regulação do

apetite e consequente diminuição da massa corporal, já que a pratica de atividade

física modifica as concentrações dos principais hormônios que modulam o balanço

energético como por exemplo insulina e grelina; respalda que essas respostas

podem acontecer após uma única sessão de exercício físico, alterando os níveis

destes hormônios, deste que haja intensidade ou duração suficientes.

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1.5 FIBRAS E SUA IMPLICAÇÃO NA SAÚDE DO SER HUMANO

Segundo Raupp (1999), as fibras são compostos de origem vegetal não

disponíveis como fonte de energia porque não são passiveis de hidrolise pelas

enzimas do intestino humano, como por exemplo a celulose e a pectina. As fibras

solúveis são aquelas com alta capacidade de reter água e formar géis, como por

exemplo pectinas e mucilagens. As fibras insolúveis são aquelas encontradas na

parede celular vegetal e camadas externas de grãos de cereais, como por exemplo,

a lignina nas cascas das frutas.

De acordo com a autora, as fibras possuem vários efeitos fisiológicos, dentre

eles estimulam a mastigação, a secreção de saliva e suco gástrico; enchem o

estômago fornecendo uma sensação de saciedade; aumentam o bolo fecal e

normalizam o tempo de transito intestinal; tornam-se substrato para fermentação por

colônias de bactérias; atrasam o esvaziamento gástrico tornando mais lenta e

digestão e absorção de nutrientes e ainda diminuem os níveis séricos de colesterol.

A fibra alimentar é considerada o principal componente de vegetais, frutas e

cereais integrais, permitindo que estes alimentos pudessem ser incluídos na

categoria dos alimentos funcionais, pois a sua utilização dentro de uma dieta

equilibrada pode reduzir o risco de algumas doenças, como as coronarianas e

certas doenças metabólicas, além de agregar uma série de benefícios nutricionais,

ressaltam Giuntini e Menezes (2003).

Mattos; Martins (2000), em uma publicação, ressaltam que as fibras são

responsáveis pelo aumento da viscosidade do conteúdo intestinal, aumentando o

bolo fecal e reduzindo o tempo de trânsito no intestino grosso, o que torna a

eliminação fecal mais fácil e rápida. Isto evita a putrefação de proteínas e a

formação de toxinas no intestino.

Em seu livro Schneider (1989), enfatiza que todas as crianças devem

aprender desde pequenas os princípios básicos de nutrição, ingerindo alto

percentual de fibras; sabe-se que as plantas possuem auxinas(substancias que

devem ser ingeridas na dieta já que o corpo não produz), que são substancias

estimuladoras da divisão do núcleo celular, iniciando assim a reprodução das

células, entre essas substancias esta a vitaminaB1.

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Estudos clínicos confirmam que as fibras solúveis (mucilagens) agem

favoravelmente na redução dos níveis de colesterol sanguíneo, suas propriedades

devem-se principalmente à sua viscosidade que provoca redução na absorção de

lipídeos e colesterol no intestino delgado CARRARA et. al, (2010).

A Chia e a Linhaça como sementes oleaginosas de ―boas gorduras‖, devem

ser consumidas em alta quantidade, já que estão relacionadas ao adequado

funcionamento do metabolismo melhorando o perfil lipêmico e da glicemia, e

também auxiliando no controle de peso (OKADA, 2013).

1.6 CARACTERIZAÇÃO DAS SEMENTES DE CHIA (Salvia hispanica)

Em uma revisão de artigos Ali (2012) diz que a Chia tem como seu nome

científico Salvia hispânica L. e pertence a família Lamiacea, e cultivada por mais de

dois milênios no México e na Colômbia, onde os maias e astecas utilizavam-no para

aumentar a resistência física para driblar o mal-estar das altitudes elevadas, além

de carregar o grão pras batalhas, já que fornecia alta quantidade proteica e

energética, e não pesava para carregar por longas distâncias.

Segundo Lemos (2012), a Chia é uma planta anual que cresce até um metro

e pode ser cultivada em vasos. Ela não pode crescer na sombra e exige terra mais

seca do que úmida. Sua semente é tida, há séculos, pelos indígenas do México,

como fonte importante de energia na alimentação, e que hoje são utilizadas na

culinária em todo o mundo, com diversas propriedades medicinais.

A mesma publicação de Ali (2012) citada anteriormente ainda aponta vários

pontos benéficos da planta como seu alto teor de fibras que chega a 30% permitindo

a saciedade precoce, baixo índice glicêmico; além disso é fonte de Ômega 3 e 6. A

Chia é indicada para reduzir os níveis de colesterol, combater os radicais livres,

controla o Diabetes, protege o coração, auxilia no emagrecimento e ainda provoca o

peristaltismo.

A Tabela 2 apresenta a composição centesimal da Chia, de acordo com

Ayerza (2009).

Tabela 2 – Composição Centesimal (%) da semente de Chia.

Centesimal Porcentagem (%)

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18

Calorias 537 (kcal)

Umidade 5,5 – 7,5

Cinzas 4,5 – 7

Proteínas 18 – 23

Carboidratos 25 – 32

Lipídeos* 32 – 37

*65% do total de lipídeos, corresponde ao Ômega 3.

Fonte: Ayerza (2009).

Em seu projeto, Junior (2013) faz um estudo e análises com a Chia,

relacionando seu alto teor de óleo e ácido graxo alfa-linolênico, que tem sido

recentemente consumida por sua importante composição nutricional, possível

aplicação em alimentos, potencial funcional e por seus efeitos benéficos à saúde

que estao relacionados com a prevenção e tratamento da obesidade e

hipercolesterolemia a partir de suplementacao alimentar na dieta com a semente.

Battiston e Pereira (2013) ralizaram estudos com ratos Wistar, para

comprovar o benefício hipocolesterolêmico do Ômega 3 retirado da semente de

Chia, onde os cobaias foram tratados com suplementação da semente, resultando

em menor nível de Colesterol Total quando o suplemento da Chia era maior.

1.7 CARACTERIZAÇÃO DAS SEMENTES DE LINHAÇA (Linum usitatissimum)

Linum usitatissimum L. é a semente do linho, planta pertencente à família das

Lináceas, que tem sido cultivada há cerca de 4000 anos nos países mediterrâneos.

É uma semente com várias aplicações, podendo ser usada como matéria-prima

para produção de óleo e farelo. O óleo é usado pelas indústrias na fabricação de

tintas, vernizes e resinas, já o farelo é vendido para fábricas de rações animais, ou

ainda em mercados ou casas especializadas em produtos naturais para o consumo

humano; explica Turatti (2001).

Em seu artigo Soares et. al (2009), dizem que no Brasil o cultivo da linhaça é

mantido por descendentes de imigrantes poloneses e alemães, e se restringe

basicamente ao Rio Grande do Sul, já que é necessário clima frio, em torno de 0ºC

para que ocorra a floração. Seu plantio ocorre nos meses de maio e junho e a

colheita em novembro, dezembro e janeiro. Seu cultivo é realizado no processo de

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rotação de culturas, recuperando terras cansadas e evitando o desgaste do solo e

aproveitando a adubação residual do milho e da soja.

Galvão et al.(2008) destacam que entre os alimentos funcionais, a linhaça é

reconhecidamente uma das maiores fontes dos ácidos graxos essenciais de Ômega

3 e Ômega 6, possuindo ainda vários nutrientes como as fibras e os compostos

fenólicos, conhecidos por exercerem atividade antioxidante.

A Tabela 3 apresenta a composição centesimal da Linhaça, de acordo com a

Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos- TACO (2011).

Tabela 3 – Composição Centesimal (%) da semente de Linhaça, por 100g de

alimento.

Centesimal Porcentagem (%)

Calorias 495 (kcal)

Umidade 6,7

Cinzas 3,7

Proteínas 14,1

Carboidratos 43,3

Lipídeos 32,3*

*61,3% do total de lipídeos, corresponde ao Ômega 3.

Fonte: TACO (2012).

Segundo Oliveira e Borges (2008) o interesse pela semente de linhaça vem

aumentando devido a efeitos fisiológicos favoráveis ao organismo humano, onde

estudos apontam que a ingestão de linhaça diariamente promove alterações

hormonais, contribuindo com a redução do risco de câncer e Diabetes, dos níveis de

colesterol total e LDL, assim como favorecendo a saúde de ossos e pele.

Martoni (2004) afirma que a semente é também fonte de fibras alimentares

com boa proporção entre fibras solúveis (auxilia na diminuição do colesterol

sanguíneo) e fibras insolúveis (apresenta efeito laxativo), e ainda aponta alguns

estudos que mostraram efeitos na redução do colesterol superiores aos de outras

fibras vegetais.

Devido a seus componentes benéficos, existe um grande interesse na

incorporação da linhaça em produtos alimentícios como pães e biscoitos, onde a

farinha dessa semente pode ser misturada à farinha de trigo para uso em produtos

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de panificação, denominando-se tal mistura de farinha mista ou composta. A adição

de farinhas de oleaginosas nesses produtos vem demonstrando maior qualidade

proteica e o subsequente aumento do valor nutricional, explica Maciel et al,(2009).

1.8 ÔMEGA 3 E SUA IMPLICAÇÃO NA SAÚDE DO SER HUMANO

De acordo com Martin et al (2006), os componentes lipídicos, especialmente

os ácidos graxos, desempenham importantes funções na estrutura das membranas

celulares e nos processos metabólicos. Em humanos, o ácido alfa-linolênico é

necessário para manter em condições normais as funções cerebrais e a

transmissão de impulsos nervosos. Esse ácido graxo também participa da

transferência do oxigênio atmosférico para o plasma sanguíneo, sendo denominado

essencial por não serem sintetizados pelo organismo e necessária a sua ingestão

pela dieta.

Em seu artigo Velasco (2011) ressalta que dietas vegetarianas são ricas em

ácidos graxos Ômega 6 e pobres em ácidos graxos Ômega 3, a não ser que a dieta

inclua peixes, ovos e grande quantidade de algas, pois sabe-se que os ácidos

graxos Ômega 3 que incluem o acido eicosapentaenoico (EPA) e o acido alfa-

linoleico (ALA), são importantes para a saúde cardiovascular, função visual e

neurodesenvolvimento.

Garófolo e Petrilli (2006) afirmam que o ômega-3 pode controlar a resposta

hiperinflamatória exacerbada pois inibe o metabolismo do ácido araquidônico e

compete pelas mesmas vias que a COX(ciclo oxigenase), podendo auxiliar na

doença da Artrite Reumatoide e também minimizando os efeitos de distúrbios

metabólicos como o hipercatabolismo. Suplementações consideradas seguras são

de até 16g de óleo de peixe ou Ômega 3 por dia. Porém, recomenda-se

monitoramento em indivíduos que recebem doses superiores a 3g por dia.

O consumo frequente de alimentos ricos em ômega-3 reduz os níveis de

colesterol e triglicerídeos no sangue, e também reduz a pressão arterial. A partir da

ingestão de ômega-3 há a biossíntese no organismo dos ácidos graxos EPA

(eicosapentaenóico - C20:5

) e DHA (docosahexaenóico - C22:6

), dos quais, o EPA

relaciona-se principalmente com a proteção da saúde cardiovascular no adulto, e o

DHA é considerado fundamental para o desenvolvimento do cérebro e do sistema

visual, associando a saúde materno-infantil, descreve Zambom et al,(2004).

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Marques (2008), em sua dissertação de mestrado descreve que são

realizados desde 1950 estudos em ratos e posteriormente em humanos, que

comprovam a eficácia do ômega 3 em sementes oleaginosas para a diminuição do

colesterol total em pacientes acometidos com a doença. Esse ácido graxo contido

nas sementes possuem efeito hipocolesterolêmico pois atuam diretamente na

parede dos vasos e artérias, prevenindo a ateriosclerose.

Mahan et. al (1998) explica que a necessidade de ácidos graxos

essenciais foi estimada em aproximadamente 1 a 2% do total energético ingerido,

sendo este valor de 3% para crianças; para aquelas pessoas que possuem elevada

ingestão de gordura, sendo essa 35% ou mais do total diário, o ácido linolênico é

indicado de 8 a 10% do valor energético ingerido.

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2. ARTIGO CIENTÍFICO

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ANÁLISE CENTESIMAL E DOSAGEM DE ÔMEGA3 EM SEMENTE DE CHIA

(Salvia Hispanica) E SEMENTE DE LINHAÇA (Linum Usitatissimum).

ALMEIDA, PAULA GABRIELA DE OLIVEIRA¹; ECKERT, RAQUEL GORETI²

¹ Acadêmica de Farmácia, Orientanda, Faculdade Assis Gurgacz, Curso de Farmácia. Endereço:

Avenida das Torres, 500, Loteamento FAG, Cascavel/PR. Email: [email protected]

² Nutricionista, Mestre Nutricionista, Orientadora, Faculdade Assis Gurgacz, Curso de Farmácia.

Endereço: Avenida das Torres, 500, Loteamento FAG, Cascavel/PR. Email:

[email protected]

RESUMO: As sementes de Chia (Salvia hispânica) e Linhaça (Linum Usitatissimum)

são oriundas da América Central e Norte, mais especificamente Guatemala e

México; são duas sementes com centenas de anos e com consumo registrados por

guerreiros indígenas Astecas e Maias. A Chia e a Linhaça são sementes que

possuem componentes antioxidantes e ainda são ricas em ácidos graxos poli-

insaturados. A presença de ácido graxo, especificamente o Ômega 3, aumenta o

interesse destas sementes oleaginosas para estudos científicos e também

desenvolvimento de novos produtos alimentícios para o consumo humano, tendo

em vista que estes benefícios auxiliam contra doenças como Diabetes, Obesidade,

problemas cardiovasculares e Constipação intestinal. O objetivo deste trabalho foi

realizar a análise centesimal de Chia e Linhaça, assim como fazer a comparativa do

teor de Ômega 3 das duas sementes exploradas. As análises foram realizadas na

Faculdade Assis Gurgacz e em triplicada para as três amostras. Obteve-se como

resultado médio para as sementes de Chia e Linhaça, respectivamente 8,6% e 7,6%

em teores de umidade, 13,6% e 11,2% para cinzas, 20% e 15,2% para proteínas

totais e 33,1% e 35,7% para lipídeos. O teor comparativo de Ômega 3 realizado nas

duas sementes da amostra 1, foi executado por um laboratório de Controle de

Qualidade credenciado com a Faculdade Assis Gurgacz, obtendo como resultado

para Chia 22% e para Linhaça 21,5% de Ômega 3, respectivamente. A partir deste

resultado conclui-se que a semente com maior prospectiva de nutrição e benefícios

a saúde é a Chia (Salvia hispanica).

PALAVRAS-CHAVE: ácido graxo, alfa-linolênico, vegetarianismo.

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CENTESIMAL DOSAGE AND COMPARATIVE ANALYSIS OF SEED IN OMEGA 3

CHIA (Salvia hispanica) AND FLAXSEED (Linum usitatissimum).

SUMMARY: Chia seeds (Salvia Hispanic) and linseed (Linum usitatissimum) are

from Central and North America , specifically Guatemala and Mexico are two seeds

with hundreds of years and consumption recorded by indigenous warriors Aztecs

and Mayans. Chia and Flax seeds are components that have antioxidants and also

are rich in polyunsaturated fatty acids. The presence of fatty acids, especially

Ômega 3 increases the importance of these oilseeds as well for scientific studies

and development of new food products for human consumption, in order to assist

these benefits against diseases such as diabetes, obesity, cardiovascular disorders

and constipation bowel. The aim of this study was to analyze the proximate Flaxseed

and Chia, as well as make the comparative content of Omega 3 explored the two

seeds. Analyses were performed in Assisi School Gurgacz and tripled for the three

samples. Was obtained as the average result for Chia Seeds and Flaxseed

respectively 8.6% and 7.6% in moisture, 13.6% and 11.2% for ash , 20% and 15.2%

for total protein and 33.1% and 35.7% for lipids. The content of Ômega 3

Comparative performed at two seeds per sample 1, was performed by a laboratory

accredited Quality Control with Gurgacz Assis College, obtaining Chia for 22% and

21% Flaxseed Ômega 3, respectively. From this result it is concluded that seed with

a higher prospective nutrition and health benefits is Chia (Salvia hispanica).

KEYWORDS: fatty acid, alpha- linolenic acid, vegetarianism.

INTRODUÇÃO

De acordo com a Pacheco e Sgarbieri (2001), o alimento tem como finalidade

servir de fonte de energia e nutrientes para formação e manutenção de células e

tecidos. A alimentação saudável contempla todas as necessidades do indivíduo em

termos de macro e micronutrientes que vão ser utilizados como fonte de energia

para o organismo.

Uma nutrição adequada é capaz de promover a saúde do organismo, diminuir

o estresse, ansiedade e a irritabilidade, além de facilitar o controle de peso e do

humor. Auxilia também no combate a diversas doenças, torna seu tratamento mais

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eficaz e favorece o paciente com uma recuperação mais rápida. Igualmente, pode

promover melhora no rendimento de esportistas, potencializar o desenvolvimento

físico e cognitivo de crianças e adolescentes, contribuir para uma gestação plena e

saudável, e lidar com as alterações naturais do envelhecimento.(Ackerman, 1992).

Mendonça e Dos Anjos (2004) afirmam que nas duas últimas décadas houve

um predomínio no consumo de alimentos industrializados no Brasil, comprados em

supermercados em todas as classes sociais. As mudanças verificadas indicam

aquisição de produtos industrializados e redução de alimentos in natura por parte

das famílias, pois as carnes, e os laticínios têm tido uma enorme ampliação na

oferta de produtos processados e os refrigerantes constituem em si, a

representação máxima da industrialização na área de alimentos e bebidas,

aumentando a taxa de obesidade e prejudicando a saúde desses indivíduos.

A Chia age contra prisão de ventre, aumenta a imunidade, previsse a

osteoporose, reduz os níveis de triglicerídeos e ajuda a emagrecer ROCHA E FRID

(2012). Assim como a Chia, a Linhaça também é considerada um alimento

funcional, SOARES (2009) explica que além de suas funções nutricionais básicas,

produz efeitos metabólicos e fisiológicos benéficos à saúde. As duas sementes são

fontes de Ômega 3 e 6, que são importantes para a prevenção de doenças

cardiovasculares e Diabetes Mellitus.

O Ômega 3 exerce vários efeitos de proteção à saúde humana, atribuídos à

presença de ácidos graxos que são benéficos a saúde e que são ingeridos através

de dietas e estão presentes em sementes oleaginosas; dentre estes benefícios

estão a prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, hipertensão,

inflamações em geral, obesidade, e vários tipos de câncer, explica Suárez(2002) em

seu artigo.

Diante do mencionado este trabalho teve por objetivo realizar as análises

Físico-Químicas de composição centesimal das sementes de Chia e Linhaça,

quantificar e comparar a concentração de Ômega 3 das duas sementes.

MATERIAIS E MÉTODOS

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As sementes das três amostras de Chia e Linhaça foram adquiridas no

mesmo dia, em diferentes celeiros escolhidos aleatoriamente situados na cidade de

Cascavel- Paraná, no mês de setembro, do ano de 2013.

A coleta das amostras foram em sacos plásticos idênticos, todos as amostras

possuíam o mesmo peso, identificadas como Chia 1, 2 e 3 ou Linhaça 1, 2 e 3. A s

amostras foram transportadas em suas devidas embalagens de coleta, até o

laboratório de Bioquímica da Faculdade Assis Gurgacz, ou então para o laboratório

de Controle de Qualidade credenciado.

Local e infra-estrutura

As análises foram realizadas na Faculdade Assis Gurgacz, e no laboratório

de Bioquímica realizou-se o controle físico-químico das sementes, com a exceção

da análise de Ômega3, cuja analise será terceirizada em laboratório credenciado.

Análises físico-químicas

As análises físico-químicas foram realizadas para analisar as centesimais das

sementes de Chia e Linhaça através da realização das análises em triplicata, sendo

três amostras de cada semente de Chia e Linhaça para os testes de umidade, de

cinzas, lipídeos, carboidrato e proteínas, de acordo com o Manual do Instituto Adolf

Lutz (2008).

Para a determinação de Umidade realizou-se de acordo com a metodologia

012 (IAL, 2008), a amostra foi aquecida durante 3 horas em estufa a 105˚C, e

resfriada em dessecador até a temperatura ambiente, o procedimento foi repetido

até peso constante.

A determinação de Cinzas realizou-se conforme a metodologia 018 (IAL,

2008), a amostra foi carbonizada em mufla a 550ºC, até peso constante.

A extração etérea de Lipídeos seguiu-se conforme metodologia 032 (IAL,

2008), a amostra sem umidade foi submetida à extração utilizando éter de petróleo

em tubo extrator previamente preparado e pesado. O procedimento de extração

ocorreu durante 6 horas, e posteriormente submetido em estufa a 105°C, por uma

hora, resfriado e pesado.

A determinação de Proteínas seguiu-se de acordo com a metodologia 036

(IAL, 2008), usou-se o método clássico: com tubo de Kjeldahl, onde a solução se

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tornou-se azul-esverdeada e livre de material não digerido. Posteriormente a

amostra submeteu-se à destilação até mudança de coloração. A determinação da

porcentagem foi obtida através da titulação.

E por fim, a determinação de Ômega 3 realizou-se através de terceirização

por um Laboratório de Controle de Qualidade credenciado, usando cromatografia

em fase gasosa, metodologia de HARTMAN (1992).

Os cálculos estatísticos realizados foram Média, Desvio Padrão e Coeficiente

de Variação, para as análises Físico-químicas, exceto para carboidratos, que se

realizou por método de diminuição.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

As análises de Umidade, Cinzas, Lipídeos e Proteínas foram executadas

entre os meses de setembro e outubro do ano de 2013; usou-se na totalidade 6

amostras, sendo três para a semente de Chia e três para a semente de Linhaça,

onde obteve-se diferentes resultados para realizar as comparações das

centesimais.

O Coeficiente de Variação foi calculado a fim de analisar a diferença dos

resultados obtidos, onde nenhum resultado mostrou-se maior que 5%, garantindo a

qualidade do procedimento. O Coeficiente de Variação verifica a precisão do

experimento. Segundo GOMES (1987), considera-se Coeficientes de Variação que

tenham no máximo 10%, o que significaria que as análises foram realizadas

corretamente de acordo com seus procedimentos.

A umidade, de acordo com o Instituto Adolf Lutz (IAL,1985), está presente em

todos os alimentos, referindo-se à água livre que é contida na superfície do alimento

ou à água ligada, encontrada no interior do alimento. A umidade ainda pode ser

definida como à perda de peso que o alimento sore a ser submetido a aquecimento

em temperaturas que a água é removida e evaporada.

Os resultados da análise Físico-Química, respectivamente Teor de Umidade,

das três amostras de Chia e Linhaça, encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1: Caracterização Físico-Química de Umidade em sementes de Chia e

Linhaça*

Teor de umidade Semente de Coeficiente Semente de Coeficiente de

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Chia (%) de

Variação(%)

Linhaça(%) Variação(%)

Amostra 1 8 ± 0 0 7,8 ± 0,01 2,56

Amostra 2 10 ± 0,01 2 7,6 ± 0,012 3,15

Amostra 3 8 ± 0,014 3,5 7,6 ± 0,01 2,63

*Valores relativos à média ± desvio padrão das amostras de Chia e Linhaça.

Considerando que as amostras foram adquiridas aleatoriamente em três

diferentes celeiros na cidade de Cascavel-Paraná, através da análise de Teor de

Umidade as amostras obtiveram porcentagens semelhantes, com considerável

uniformidade. Neste estudo o valor médio para o teor de Umidade na semente de

Chia foi 8,6% e 7,6% para as sementes de Linhaça.

Em seu artigo, ANDRADE (2012) obteve para amostras de Chia um Teor de

5,89% de umidade. A diferença percentual pode ser explicada pelo Teor de

Umidade atmosférico no dia da coleta das amostras, e no dia da realização das

análises; os dias requeridos tiveram muitas precipitações durante todo o dia e ainda

há a necessidade de se considerar que a Chia por seu poder de intumescimento,

pode ter absorvido parte da Umidade relativa do ar, o que leva aumentar a umidade

da semente.

A importância de manter as sementes armazenadas em local adequado

também é importante, visto que a segunda amostra foi adquirida em local onde não

há este correto armazenamento das sementes, o que pode ter levado ao aumento

de umidade. De acordo com TOMBINI (2013), o teor de umidade da semente de

Chia depende muito da umidade do ar, variando de 5% a 8%.

A Tabela TACO (2011), determina um teor de 6,7% para umidade em

sementes de Linhaça, contra quase 8% das análises realizadas.

MOURA (2008), em seu trabalho faz a centesimal da semente de Linhaça,

onde encontrou 6,91% para o teor de umidade. GÓMEZ (2003), citado no artigo de

MOURA (2008), encontrou para a composição da Linhaça 7,28% de umidade, valor

que se aproxima dos resultados das três amostras avaliadas, considerando que são

valores bem próximos.

A autora citada ainda explica que a diferença percentual das centesimais se

deve a vários fatores, como condição de armazenamento da semente e métodos

analíticos para avaliar a sua composição.

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As cinzas obtidas dos alimentos são resultados de um resíduo desse

alimento por incineração, chegando à temperatura próxima de 570ᵒC. Este resíduo

representa a porcentagem inorgânica do material analisado (IAL, 1985).

Os resultados da análise Físico-Química, respectivamente Cinzas, das três

amostras de Chia e Linhaça, encontram-se na Tabela 2.

Tabela 2: Caracterização Físico-Química de Cinzas em sementes de Chia e

Linhaça*

Cinzas Semente de Chia

(%)

Coeficiente

de

Variação(%)

Semente de

Linhaça(%)

Coeficiente de

Variação(%)

Amostra 1 12,8 ± 0,014 2,18 11,2 ± 0,01 1,78

Amostra 2 15 ± 0,007 0,93 11,2 ± 0,007 1,25

Amostra 3 13,2 ± 0,01 1,51 11,2 ± 0,01 1,78

*Valores relativos à média ± desvio padrão das amostras de Chia e Linhaça.

As sementes de Chia apresentaram-se fora dos padrões de qualidade, já que

suas porcentagens de cinzas resultaram com significativa diferença. Essa

discrepância não acontece apenas nas sementes analisadas, mas se deve pelos

diferentes processos de cultivo das amostras, o armazenamento que pode estar

errado ou ainda a amostra pode ser antiga, onde seu material orgânico perdeu

estabilidade (MATSUO et al., 2008).

ARAÚJO et al (2006) explica que a diferença de resultados para diferentes

amostras podem estar relacionadas com a origem das mesmas, onde a

decomposição térmica superior a 500ᵒC diferem entre as análises, como aconteceu

com as diferentes amostras de Chia.

Já a semente de Linhaça apresenta uniformidade, pois resulta em

porcentagens iguais para as três amostras; isso significou que a semente de

Linhaça possui qualidade. ARAÚJO também encontrou similaridade para suas

análises de cinzas, o que só faz comprovar que o método foi executado

corretamente e que as amostras devem possuir caracteristicamente a mesma

composição.

A Tabela TACO (2011) preconiza para cinzas em Linhaça um percentual de

3,7%, muito diferente do encontrado nas análises; esta diferença pode ser explicada

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pelo local de armazenamento das sementes, que pode ter resquícios de matéria

inorgânica ou algum contaminante como insetos, diferindo os resultados.

As proteínas totais encontradas nos alimentos são determinadas através da

quantidade de nitrogênio da amostra, por digestão em tubo de Kjeldahl; há três

etapas importantes para a determinação de proteínas: a digestão, onde a amostra é

submetida a altas temperaturas juntamente com a mistura catalítica; a destilação

realizada em aparelho específico com Hidróxido de Sódio concentrado e por fim a

titulação, onde o nitrogênio é transformado em amônia, resultando em g de protídios

(IAL, 2008).

Os resultados da análise Físico-Química, respectivamente Proteínas, das três

amostras de Chia e Linhaça, encontram-se na Tabela 3.

Tabela 3: Caracterização Físico-Química de Proteína em sementes de Chia e

Linhaça*

Proteínas Semente de Chia

(%)

Coeficiente

de Variação(%)

Semente de

Linhaça(%)

Coeficiente de

Variação(%)

Amostra 1 21 ± 0,0012 0,53 15 ± 0,01 1,7

Amostra 2 19 ± 0,007 0,89 14,7 ± 0,0014 0,6

Amostra 3 20 ± 0,01 1,75 16 ± 0,01 1,8

*Valores relativos à média ± desvio padrão das amostras de Chia e Linhaça.

Para a análise de Proteína, a amostra de Chia que apresenta maior

percentual é a amostra 1 com resultado de 21%, mas destaca-se que as três

amostras obtiveram resultados semelhantes, confirmando a eficiência do método.

AYERZA (2009) determina para a semente de Chia, quantidades variáveis de

proteínas, sendo no mínimo 18% e no máximo 23%; os resultados das três

amostras encontram-se dentro dos valores estabelecidos.

ALFREDO et. al (2009) encontrou para a Chia 29% de proteínas; BUSHWAY

et. al (1981) encontrou 23,4%, e TOMBINI (2013) no desenvolvimento de barra

alimentícia com Chia obteve 18,5% de proteína, estando mais próximo aos

resultados encontrados.

LABOURIAU E AGUDO (1987), citados estes no trabalho de BORELLA et. al

(2012), explicam que dependendo da temperatura em que a semente de Chia é

germinada, há interferência diretamente na fisiologia da semente. Este fator

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compromete a qualidade da semente quando esta for submetida a análises, como

foi realizado neste trabalho.

Ao se tratar das amostras de linhaça, a que apresentou maior concentração

de proteína foi a amostra 3, onde obteve-se 16%; as amostras de Linhaça também

não obtiveram resultados com valores discrepantes.

A Tabela TACO (2011) determina como percentual de Proteínas Totais para

a Linhaça 14,1%, esse resultado aproxima-se da Amostra 2 analisada.

MOURA (2008) encontrou para a centesimal de Linhaça, a concentração de

18,2% para proteína; GARMUS (2009) desenvolveu um iogurte de morango com

farinha de linhaça, e para essa farinha obteve 22% para a determinação de

protídios.

SANTOS (2010) desenvolveu uma revisão literária a fim de verificar a ação

hipocolesterolêmica da Linhaça em ratos cobaias, onde cita ALMEIDA et. al (2009),

que designa para proteínas um teor de 21%

SOARES et. al (2009) especifica em seu trabalho como a Linhaça tendo 20%

de proteína em sua composição centesimal e MORAES et. al (2010), cita de 20% a

25%, para o teor de Proteínas Totais na mesma semente.

De acordo com o Instituto Adolf Lutz (IAL, 2008), os Lipídeos são compostos

orgânicos altamente energéticos, que contêm ácidos graxos essenciais ao

organismo, também atuando como transportadores de vitaminas lipossolúveis; são

insolúveis em água e solúveis com solventes orgânicos, como por exemplo o éter,

que é o solvente utilizado na metodologia de Teor de Lipídeos.

Os resultados da análise Físico-Química, respectivamente Lipídeos, das três

amostras de Chia e Linhaça, encontram-se na Tabela 4.

Tabela 4: Caracterização Físico-Química de Lipídeos em sementes de Chia e

Linhaça*

Lipídeos Semente de Chia

(%)

Coeficiente

de

Variação(%)

Semente de

Linhaça(%)

Coeficiente de

Variação(%)

Amostra 1 33,5 ± 0,007 1,28 38,8 ± 0,007 1,1

Amostra 2 32,8 ± 0,00005 0,08 36,6 ± 0,02 4,2

Amostra 3 33,2 ± 0,012 3,2 37,2 ± 0,01 1,5

*Valores relativos à média ± desvio padrão das amostras de Chia e Linhaça.

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Ao analisar os resultados obtidos, verifica-se que tanto para a Chia quanto a

Linhaça, a amostra que mais obteve percentual de lipídeos foi a Amostra 1 de cada

semente, com 33,5% e 38,8% respectivamente.

TOMBINI (2013) encontrou 22,6% de lipídeos na semente de Chia, e

GANZAROLI (2012) avaliou dois lotes de Chia, onde para o Lote 1 encontrou

24,2%, e para o Lote 2 obteve 23,9% de lipídeos. Esses resultados se diferem com

o encontrado neste presente trabalho.

Essa diferenciação de resultados pode ser explicada pelas diferentes

metodologias aplicadas para a análise, onde TOMBINI utilizou o princípio de Soxlet

(IAL, 2011); GANZAROLI utilizou a determinação de Lipídeos por gravimetria

(BLIGH e DYER, 1959), a autora ressalta que essa desigualdade de percentuais

pode ser justificada por fatores como alteração entre os cultivos, região e solo onde

as sementes foram cultivadas ou ainda incidência climática.

AYERZA (2009) realizou em estudo complexo sobre a diferença do

percentual de lipídeos encontrados em sementes de Chia oriundas de diferentes

regiões da América, onde o trabalho resultou-se que as amostras que continham

maior percentual de óleo são das sementes cultivas nos Andes e na Argentina, com

33,5% e 32,2% respectivamente, e a semente que obteve menor percentual foi da

região de florestas tropicais. O resultado da Amostra 1 realizada no presente

trabalho obteve percentual igual ao estudo feito pelo autor com a semente de Chia

da região dos Andes.

Para a semente de Linhaça, a Tabela TACO (2011) determina para a

concentração de lipídeos 32,3%, contra 38,8% da Amostra 1 que obteve maior

concentração; as outras amostras também obtiveram valores superiores ao

preconizado.

MORAES (2010) usou os estudos de COSKUNER E KARABABA (2007)

como parâmetros de porcentagem de lipídeos encontrados na Linhaça, respectivos

estudos apontam uma faixa de 30% a 40% de óleo encontrado a semente.

SOARES et. al (2009) obteve como referência 40% de gordura para a

Linhaça e MOURA (2008) obteve 31% de lipídeos. A última autora explica que as

quantidades dos diferentes componentes da Linhaça podem variar de acordo com a

variedade da semente, por exemplo se o estudo realizado se refere a Linhaça

dourada ou marrom.

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VANNUCCHI (1990) determina que ―Nifext‖ é a quantidade de carboidratos

totais contidos nas amostras, fazendo cálculo de 100% menos (–) as proporções

realizadas por análises. No caso do presente trabalho, considera-se Nifext como a

porcentagem de carboidratos somada a de fibra alimentar, como fez Gómez (2003).

Os resultados dos cálculos de Carboidratos somado a fibra alimentar (Nifext),

das três amostras de Chia e Linhaça, encontram-se na Tabela 5.

Tabela 5: Caracterização de Carboidratos somado a Fibra alimentar (Nifext) em

sementes de Chia e Linhaça

Nifext Semente de Chia (%) Semente de Linhaça(%)

Amostra 1 24,7 27,2

Amostra 2 23,2 29,9

Amostra 3 25,6 28

TORRES et. al (2008) determinou em seu trabalho 22% de fibras alimentares

para a semente de Chia, e ainda explica que quase sua totalidade é de fibras

solúveis, onde a semente absorve grande quantidade de água ocorrendo o

intumescimento da semente, podendo aumentar várias vezes seu tamanho normal.

A fibra alimentar que compões neste caso o Nifext é importante porque esse

fenômeno ocorre também no estômago, ocasionando saciedade, diminuindo índices

de glicemia, e prevenindo problemas cardiovasculares pela diminuição do colesterol

total nas pessoas que consomem a semente rotineiramente MUNOZ (2013).

Comparando os resultados das amostras com o de TORRES (2008), e

considerando que os valores das centesimais estão corretos, considera-se apenas

1% a 3% de carboidratos por exemplo o amido, o que é favorável à semente de

Chia se comparada à de Linhaça, com 10% de carboidratos de acordo com a

Tabela TACO (2011).

A Tabela tida como referência TACO (2011), dispõe de uma informação onde

o Nifext da Linhaça é de 43,3%, com 33,5% de fibra alimentar. Essa diferenciação

com os resultados obtidos se deve a umidade das amostras de Linhaça analisadas,

que estava com teor bem acima dos parâmetros corretos.

BORGES (2011) uso em seu trabalho a referência de OOMAH (2001), que

diz que a porcentagem de fibra alimentar contida na Linhaça é de 20% a 28%. O

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autor ainda explica que assim como a Chia, a Linhaça também possui poder de

absorver água, pela alta concentração de fibra contida na semente.

De acordo com ZAMBOM et. al (2004) o Ômega 3 é encontrado e peixes de

água fria e em sementes oleaginosas, em especial na Chia e na Linhaça; este tipo

de gordura não é produzido pelo organismo humano, devendo ser ingerido através

da alimentação. Esse ácido graxo remove o excesso de colesterol dos tecidos.

A análise de Ômega 3 foi realizada através da metodologia de HARTMAN

(1992), por um laboratório credenciado à Faculdade Assis Gurgacz, onde realizou-

se a determinação de Ômega 3 para a Amostra 1 da semente de Chia e Amostra 1

da semente de Linhaça, obtendo os seguintes resultados, de acordo com a Tabela

6, e também apresentados no anexo 1.

Tabela 6: Caracterização Físico-Química de Ômega 3 em semente de Chia e

Linhaça*

Ômega 3 Semente de Chia (%) Semente de Linhaça(%)

Amostra 1 22 21,5

*Valores relativos à média da amostra de Chia e Linhaça.

Observa-se através dos resultados que a semente de Chia possui maior

concentração de Ômega 3 ao comparar com a semente de Linhaça, mas essas

concentração não são muito diferentes, já que obteve-se 22% e 21,5%

respectivamente.

Calculou-se que o Ômega 3 da Chia corresponde a 65,6% do seu teor de

lipídeo total, já a semente de Linhaça corresponde a 54% da gordura obtida.

GANZAROLI (2012) ao fazer a quantificação do ácido graxo em dois lotes de Chia,

para o Lote 1 obteve 56,4% e para o Lote 2 obteve 59,5%, quantidade abaixo do

encontrado na Tabela 6.

Dois autores realizaram a mesma análise na semente de Salvia hispânica,

URIBE et. al (2011) afirma que a semente é rica em ácido graxo poli-insaturados,

particularmente o ácido linolênico (ômega 3) que apresenta de 54% a 67% na

concentração, e TOSCO (2005) afirma que além da semente apresentar alto teor de

proteínas, fibras e cálcio, a Chia contém mais Ômega 3 que a Linhaça.

O autor ainda destaca que pela presença deste ácido graxo aumenta-se o

interesse pelo estudo científico da sua composição, e ainda através desses estudos

busca-se alternativas para sua maior utilização na alimentação.

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Em seu livro sobre a Chia, AYERZA (2005) também afirma que a semente de

Chia é a que apresenta maior concentração de Ômega 3 dentre todas as plantas,

com média de 63%, contra 53% da semente de Linhaça, também estudada pelo

autor.

BORGES (2011) ressaltou em seu trabalho que apesar dos benefícios que o

Ômega 3 traz à saúde do ser humano, este contido nas sementes, por terem alta

concentração de ácidos graxos perdem sua estabilidade, pois estão susceptíveis a

rancificação se armazenadas por muito tempo; uma ótima opção é adicionar tais

sementes a alimentos que são submetidos a uma temperatura alta, pois esses

efeitos de rancificaçào das enzimas são eliminados pela ação do calor.

A Tabela TACO (2011) determina para a semente de Linhaça 61,3% de

Ômega 3, porcentagem maior do que foi determinada pela Tabela 6 do presente

trabalho.

GALVÃO et. al, (2008) afirma em seu trabalho que a concentração de Ômega

3 é de 50% a 55% do total de lipídeos encontrados na semente de Linhaça; já

FERNANDES et. al (2010) obteve apenas 32,1% de Ômega 3 na sua amostra de

Linhaça, bem abaixo do resultado encontrado pela Amostra 1 deste trabalho, e

quase a metade do percentual preconizado pela Tabela TACO (2011).

CONCLUSÃO

Considera-se que a semente de Chia e a semente de Linhaça sejam de fácil

acesso à população, uma vez que se encontram em todos os celeiros, e seu custo é

abaixo se comparado ao Ômega 3 obtido através de frutos do mar. Através deste

trabalho pode-se concluir que apesar da semente de Linhaça obter maior

percentual de lipídeos em sua centesimal com 38,8%, contra apenas 33,5% da

outra semente analisada, a semente que possui maior percentual de Ômega 3 com

65,6% de todo seu lipídeo é a Chia (Salvia hispânica).

REFERÊNCIAS

ACKERMAN, D. Uma historia natural dos sentidos. Rio de Janeiro. Editora

Bertrand Brasil. 1992

ALFREDO, Vázquez-Ovando et al. Physicochemical properties of a fibrous fraction from chia (< i> Salvia hispanica</i> L.). LWT-Food Science and

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IAL- Instituo Adolf Lutz. Normas analíticas, métodos químicos e físicos para a

análise de alimentos. 3ᵃ edição. São Paulo. 1985.

LABOURIAU, L. F. G.; AGUDO, M. On the physiology of seed germination in

Salvia hispanica L. Temperatura effects. Anais da Academia Brasileira de

Ciências. 1987.

MANUAL DO INSTITUTO ADOLF LUTZ. Análise Centesimal de Alimentos.

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MENDONÇA, Cristina Pinheiro; DOS ANJOS, Luiz Antonio. Aspectos das práticas

alimentares e da atividade física como determinantes do crescimento do

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quivo=taco_4_versao_ampliada_e_revisada.pdf. Acesso em 15 de outubro de 2013.

MORAES, Érica Aguiar et al. Qualidade proteica e eficiência alimentar de farinhas integrais de linhaça obtidas de sementes cruas e submetidas a tratamento térmico; Protein and food qualities of brown flaxseed whole flour from the raw and heat–treated seeds. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v. 69, n. 4, p. 531-536, 2010. MOURA, Neila Camargo. Características físico-químicas, nutricionais e sensoriais de pão de forma com adição de grãos de linhaça (Linum usitatissimum). Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. 2008. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-14102008-111835/pt-br.php. Acesso em 09 de outubro de 2013. MUÑOZ, L. A. et al. Chia seed (Salvia hispanica): An ancient grain and a new functional food. Food Reviews International, v. 29, 2013. OOMAH, B. D. Flaxseed as a functional food source. Journal of the Science of Food and Agriculture, v.81. 2001.

PACHECO, M. T. B.; SGARBIERI, V. C. Alimentos Funcionais: conceituação e

importância na saúde humana. Simpósio brasileiro sobre os benefícios da soja

para a saúde humana, v. 1, p. 37-40, 2001.

ROCHA, E., & FRID, M. A Mulher Saudável. XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Fortaleza, CE. 2012. Disponível em: http://www.intercom.org.br/sis/2012/resumos/R7-1686-1.pdf. Acesso em 15 de outubro de 2013. SANTOS, C. M. Comparação da ação hipocolesterolêmica da Linhaça em diferentes metodologias aplicadas em ratos: uma revisão literária. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdades Integradas FAFIBE Curso De Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas. 2010. Disponível em:

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http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistabiologia/sumario/15/02032011082402.pdf. Acesso em 22 de outubro de 2013. SOARES, L. L. et al. Avaliação dos efeitos da semente de linhaça quando utilizada como fonte de proteína nas fases de crescimento e manutenção em ratos. Revista de nutrição, v. 22, n. 4, p. 483-491, 2009. SUÁREZ, Héctor et al. Importância de ácidos graxos poliinsaturados presentes em peixes de cultivo e de ambiente natural para a nutrição humana. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 101-110, 2002. TOMBINI, J. Aproveitamento tecnológico da semente de chia (Salvia hispanica L.) na formulação de barra alimentícia. 2013. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/914/1/PB_COQUI_2012_2_06.PDF. Acesso em 09 de outubro de 2013. TORRES, Rebeca et al. Protein digestibility of chia seed Salvia hispanica L. Salus, v. 9, n. 1, 2008. TOSCO, G. Chia (salvia nativa) la mayor fuente natural de Omega. The EFSA Journal. (2005). Disponível em: www.naturalia.cl. Acesso em 24 de outubro de 2013. URIBE, J. A. R. PEREZA, J. I. N., KAUILA, H. C., RUBIOA, G. R. Extraction of oil from chia seeds with supercritical CO2. The Journal of Supercritical Fluids. Mexico. (2011) VANNUCCHI, H. Aplições das recomendações nutricionais adaptadas à população brasileira. Volume 2. Editora Legis Suma Ltda. Ribeirão Preto, 1990. ZAMBOM, M. A.; SANTOS, G. T.; MODESTO, E. C. Importância das gorduras poliinsaturadas na saúde humana. Rev Soc Bras Zootec, 2004. Disponível em: http://www.nupel.uem.br/importancia-gordura-saude.pdf. Acesso em: 24 de outubro de 2013.

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ANEXO 2 – NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA VARIA SCIENTIA

Diretrizes para Autores

1. I N S T R U Ç Õ E S G E R A I S

- A língua oficial é a portuguesa. Aceitam-se trabalhos em espanhol ou inglês, devendo obrigatoriamente conter resumo e palavras-chave em português. O trabalho encaminhado para análise por parte do Conselho Editorial da Revista Varia Scientia não deverá ser submetido a outro órgão para publicação e nem ter sido anteriormente publicado, a não ser em forma de resumo em eventos científicos.

- Os textos deverão ser enviados ao Editor Científico por meio de ofício assinado por seu(s) autor(es), obedecendo a estas instruções, em 04 (quatro) vias, sendo apenas uma delas identificada com o(s) nome(s) do(s) autor(es). No ofício, deverá constar a seção da Revista a que pertence o trabalho e a área de conhecimento, conforme classificação do CNPq. Os trabalhos que não estejam em conformidade com as normas da Revista não serão aceitos para publicação.

- Os originais não serão devolvidos. O envio dos textos implica a cessão de direitos autorais e de publicação à Revista, que se compromete em informar os autores sobre a tramitação de suas propostas de publicação.

- A composição dos trabalhos, obrigatoriamente, deverá obedecer as seguintes orientações:

• Editor de textos: Microsoft Word e/ou OpenOffice;

• Tamanho do papel: A4 (21 x 29,7 cm);

• Número máximo de laudas: 15 (quinze) para Artigos, Iniciação Científica e Notas de Divulgação Científica; 20 (vinte) para Ensaios; e 05 (cinco) para Pesquisas em Curso e Livros em Revista;

• Espaço entre linhas: duplo;

• Tipo de letra: - texto: Arial (tamanho 11); - cabeçalho/rodapé: Arial (tamanho 08);

• Margens: - superior: 2,0 cm; - inferior: 2,0 cm; - esquerda: 2,5 cm, - direita: 2,0 cm;

• Páginas numeradas (algarismos arábicos);

• Parágrafo: 1,25 cm.

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- Efetuadas as correções sugeridas pelos consultores, os autores deverão retornar à editoria da Revista uma cópia definitiva da versão corrigida (juntamente com os pareceres dos consultores externos), formatada com espaçamento simples e numeração das páginas, acompanhada de uma cópia eletrônica (em disquete ou CD).

- Não haverá custo para publicação.

2. S E Ç Õ E S

- Artigos & Ensaios: seção dedicada à divulgação de pesquisas concluídas.

- Pesquisas em Curso: espaço para a exposição de trabalhos de pós-graduação ainda em andamento.

- Iniciação Científica: divulgação de pesquisas elaboradas por bolsistas ligados ao Programa PIBIC/CNPq.

- Livros em Revista: resenhas e notas bibliográficas. Resenhas de livros nacionais serão aceitas apenas de obras publicadas nos últimos três anos. De livros estrangeiros, obras publicadas nos últimos cinco anos.

- Notas de Divulgação Científica: divulgação de ensaios de divulgação científica, pesquisas descritivas, revisões e sínteses de temas diversos.

2.1 ARTIGOS

Os artigos científicos referem-se a relatos de pesquisa original. - O texto deverá contemplar os itens, sempre destacados em letras maiúsculas, em negrito, sem parágrafo e sem numeração, deixando 2 espaços (2 vezes ENTER) após o item anterior e 1 espaço (1 vez ENTER) para iniciar o texto, na ordem a seguir: - Para artigo em português ou espanhol: título (português ou espanhol), nome dos autores, resumo, palavras-chave; título (inglês), summary e keywords.

- Para artigo em inglês: título (inglês), nome dos autores, summary, keywords; título (português), resumo e palavras-chave.

TÍTULO: Centralizado; deve ser claro e conciso, permitindo pronta identificação do conteúdo do trabalho. Um número-índice sobrescrito, como chamada de rodapé, poderá seguir-se ao título para possível explicação em se tratando de trabalho apresentado em congresso, extraído de dissertação ou tese, ou para indicar o órgão financiador da pesquisa.

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AUTORES: O número de autores deve ser o mínimo possível, sendo considerados como tal apenas as pessoas que tiveram participação efetiva no trabalho, com condições de responder pelo mesmo integralmente ou em partes essenciais. Serão colocados 2 espaços abaixo do título (2 vezes ENTER), centralizados, sem abreviatura, seguidos dos respectivos números-índices que, em nota de rodapé, irão identificar os autores da seguinte maneira: - Para o primeiro autor: qualificação profissional, ocupação, local de trabalho e endereço, conforme segue: Engenheiro Mecânico, Prof. Adjunto, CCET, Campus de Cascavel, Unioeste, Cascavel, PR, (0XX45) 220-3000, CP 701 – CEP 85819-110 e-mail: ....

- Para os demais autores: qualificação profissional, ocupação e local de trabalho, conforme segue: Engenheiro Agrícola, Prof. Assistente, CCET, Campus de Cascavel, Unioeste, Cascavel-Paraná.

RESUMO: O texto inicia-se na mesma linha do item. O resumo deve ser claro, sucinto e, obrigatoriamente, explicar o(s) objetivo(s) pretendido(s) procurando justificar sua importância — sem incluir referências —, os principais procedimentos adotados, os resultados mais expressivos e conclusões, contendo no máximo 14 (quatorze) linhas. Abaixo devem aparecer as PALAVRAS-CHAVE (três no máximo, procurando não repetir palavras do título) escritas em letras minúsculas. Uma versão completa do RESUMO, para o inglês, deverá apresentar a seguinte disposição: TÍTULO, SUMMARY e KEYWORDS.

INTRODUÇÃO: Evitar divagações, utilizando-se de bibliografia apropriada para formular hipóteses e problemas abordados, bem como a justificativa da importância do assunto, deixando claro o(s) objetivo(s) do trabalho.

MATERIAL E MÉTODOS: Dependendo da natureza do trabalho, uma caracterização da área experimental deve ser inserida, tornando claras as condições em que a pesquisa foi realizada. Quando os métodos forem os consagradamente utilizados, apenas a referência bibliográfica bastará; caso contrário, será necessário apresentar uma descrição dos procedimentos utilizados, adaptações promovidas etc. As Unidades de Medidas e Símbolos seguem o Sistema Internacional. O texto deve ser elaborado de forma a permitir a repetibilidade dos métodos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ilustrações e gráficos devem ser apresentados com tamanho e detalhes suficientes para a composição gráfica final, preferencialmente na mesma posição do texto e em branco e preto.

GRÁFICOS: devem apresentar-se sem bordas, sendo os eixos x e y com 3/4 pt, descritos com o mesmo tipo e tamanho de letras contidas no texto e a legenda na posição inferior do mesmo. Os gráficos não devem ser gravados como figura, para não impedir sua diagramação pela editoria da Revista. A numeração deve ser sucessiva em algarismos arábicos, impressos a laser, jato de tinta ou desenhados em papel vegetal.

TABELAS: evitar tabelas extensas e dados supérfluos, privilegiando-se dados médios, adequar seus tamanhos ao espaço útil do papel e colocar, na medida do

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possível, apenas linhas contínuas horizontais; suas legendas devem ser concisas e auto-explicativas.

FOTOGRAFIAS: devem ser em branco e preto; quando coloridas poderão estar sujeitas a custos que serão repassados aos autores. Na discussão, confrontar os dados obtidos com a literatura.

CONCLUSÕES: Devem basear-se exclusivamente nos resultados do trabalho. Evitar a repetição dos resultados em listagem subseqüente, buscando, sim, confrontar o que se obteve com os objetivos inicialmente estabelecidos.

AGRADECIMENTOS: Inseri-los, se for o caso, após as conclusões, de maneira sucinta.

REFERÊNCIAS: Devem incluir apenas as referências mencionadas no texto e em tabelas, gráficos ou ilustrações, aparecendo em ordem alfabética e em letras maiúsculas. Evitar citações de resumos, trabalhos não publicados e comunicação pessoal. As referências no texto devem também aparecer em letras maiúsculas, seguidas da data: SOUZA & OPAZO (2002), ou ainda (SOUZA & OPAZO, 2002); existindo outras referências do(s) mesmo(s) autor(es) no mesmo ano (outras publicações), estas deverão ser identificadas com letras minúsculas (a, b, c) após o ano da publicação: SOUZA & SILVA (2002a). Quando houver três ou mais autores, no texto será citado apenas o primeiro autor seguido de ―et al.‖, mas na listagem bibliográfica final os demais nomes também deverão aparecer. Na citação de citação, identifica-se a obra diretamente consultada; o autor e/ou a obra citada nesta é assim indicado: SILVEIRA (1998) citado por SIMÃO (2000). Quaisquer dúvidas, consultar norma NBR-6023 (Agosto de 2000) da ABNT.

2.2 ENSAIOS

É a dissertação sobre determinado assunto, mais curta e menos metódica do que um tratado formal e acabado. Deve ser redigido em linguagem de fácil compreensão, sobre assuntos de interesse para a área, por autor(es) que demonstre(m) elevada experiência sobre o assunto tratado, permitindo uma orientação para os diferentes usuários da Revista. Somente justifica-se apresentação que traga contribuição sobre o assunto e não simplesmente casos pessoais ou de interesse restrito. Com maior liberdade de estilo, em comparação com os artigos científicos, os ensaios devem, preferencialmente, conter os seguintes itens: Título; Autor(es); Resumo (Summary); Palavras-Chave (Keywords); Introdução; Descrição do Assunto; Conclusões; e Referências. Para redação desses itens devem ser seguidas as mesmas orientações para composição gráfica de artigos científicos, com as seguintes particularidades:

CABEÇALHO: A palavra ENSAIOS deve aparecer no cabeçalho da primeira página, em letras maiúsculas, sublinhadas, negritadas, centralizadas e espaçadas de 1,1 cm da margem superior.

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INTRODUÇÃO: Deve esclarecer a importância e o estágio atual do assunto bem como sua contribuição para a temática abordada, apoiando-se em revisão bibliográfica, observações e/ou pesquisas de campo, deixando claro o objetivo proposto.

DESCRIÇÃO DO ASSUNTO: Com títulos que podem ser divididos em subitens, privilegiando a fluidez do texto ao discorrer sobre o assunto, apontando as bases teóricas, trazendo experiências e recomendações, discutindo criticando abordagens, baseando-se em bibliografia, observações e/ou pesquisas de campo.

CONCLUSÕES: Somente justificam-se ensaios que tenham conclusões claras e concisas, coerentes com o(s) objetivo(s) estabelecido(s). Não devem ser uma simples reapresentação de outros parágrafos do ensaio.

REFERÊNCIAS: Seguem as orientações para ―Artigos‖ e as ―Orientações para Referências‖ descritas neste documento.

2.3 OUTRAS SEÇÕES

As Seções Pesquisas em Curso, Iniciação Científica, Notas de Divulgação Científica e Livros em Revista seguem as sugestões para ―Artigos‖ e ―Ensaios‖ descritas anteriormente. No entanto, tendo em vista algumas de suas especificidades, não apresentam necessariamente a mesma estrutura, cabendo ao(s) autor(es) observar atentamente alguns elementos importantes, tais como o limite máximo de laudas para estes tipos de texto, bem como a necessidade de identificar a seção na qual deseja publicar seu trabalho.

* * *

3. O R I E N T A Ç Õ E S P A R A R E F E R Ê N C I A S

Seguem abaixo alguns exemplos para a apresentação das referências das propostas de publicação enviadas à Revista Varia Scientia:

a) Periódicos/revistas

PEREZ FILHO, A.; TEZTESLAF, R.; TERESO, M. J. A. Efeito da irrigação na compactação de latossolos argilosos submetidos ao uso agrícola intenso. Engenharia Agrícola, Campinas, v.13, n.1, p.39-56, 1993.

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CONCEIÇÃO, G. H. Os partidos da marginalidade e as escolas do crime. Elementos para um estudo da exclusão social. Revista Varia Scientia, Cascavel, Univ. Estadual do Oeste do Paraná, v. 1, n. 1, p. 19-27, 2001.

b) Periódicos/revistas em meio eletrônico

SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov.1998. Seção Ponto de Vista. Disponível em: http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevista.htm. Acesso em: 28 nov. 1998.

c) Livros

AZEVEDO NETTO, J. M.; FERNANDEZ Y FERNANDEZ, M.; ARAUJO, R.; ITO, A. E. Manual de hidráulica. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. 669 p.

d) Capítulos de livros ou obras semelhantes

KLUTE, A.; DIRKSEN, C. Hydraulic conductivity and diffusivity laboratory methods. In: KLUTE, A. Methods of soil analysis. Madison: American Society of Agronomy, Soil Science Society of America, 1986. p. 687-734.

e) Anais de congressos, simpósios, encontros científicos ou técnicos

SERAPHIM, O.J.; TARGA, L.A.; PIEDADE JÚNIOR, C. Cálculo mecânico em sistema monofilar com retorno por terra (MRT), para eletrificação rural. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 18, 1989, Recife. Anais... Jaboticabal: Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola, 1992. p. 1002-21.

ARAÚJO, A.G.; CASÃO JÚNIOR, R.; MEDEIROS, G.B.; CASTRO FILHO, C.; DORETTO, M.; NERTÉ, A.; CAVIGLIONE, J.H.; FIGUEIREDO, P.R.A. Identificação das restrições para expansão do plantio direto na região da represa de Itaipu. In: ENCONTRO LATINO AMERICANO SOBRE PLANTIO DIRETO NA PEQUENA PROPRIEDADE, 3, 1998, Pato Branco. Anais... Pato Branco: Instituto Agronômico do Paraná, 1998. 1 CD.

f) Monografias, dissertações e teses

COSTA, M.C. Caracterização hidráulica de dois modelos de microaspersores associados a três reguladores de fluxo e um mecanismo de pulso. 1994. 109 f. Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.

g) Documento cartográfico (mapa, fotografia aérea, imagem de satélite, imagem de satélite digital)

BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 cm. Escala 1:600.000.

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INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Projeto Lins Tupã: foto aérea. São Paulo, 1986. Fx 28, n.15. Escala 1:35.000.

LANDSAT TM5. São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 1987-1988. Imagem de satélite. Canais 3, 4 e composição colorida 3, 4 e 5. Escala 1:100.000.

ESTADOS UNIDOS. Nacional Oceanic and Atmospheric Administration. GOES-08: SE. 13 jul. 1999, 17:45Z. IR04. Itajaí: UNIVALI. Imagem de satélite: 1999071318. GIF: 557 Kb.

h) Órgãos públicos, instituições e associações

EMBRAPA. Recomendações de adubação e calagem para o Estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Passo Fundo, 1989. 128 p.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Levantamento de reconhecimento de solos do Estado do Rio Grande do Sul. Recife, 1973. 431p. (Boletim Técnico, 30).

* * *

Itens de Verificação para Submissão

Como parte do processo de submissão, autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão com todas os itens listados a seguir. Serão devolvidas aos autores as submissões que não estiverem de acordo com as normas.

1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra revista; caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor".

2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, OpenOffice ou RTF (desde que não ultrapasse os 2MB).

3. Todos os endereços de páginas na Internet (URLs), incluídas no texto (Ex.: http://www.ibict.br) estão ativos e prontos para clicar.

4. O texto usa uma fonte de 12 pontos; emprega itálico ao invés de sublinhar (exceto em endereços URL); com figuras e tabelas inseridas no texto, e não em seu final.

5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para Autores, na seção Sobre a Revista.

6. A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo e da opção Propriedades no Word ou OpenOffice, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista, caso seja submetido para avaliação por pares, conforme instruções disponíveis em Assegurando uma Avaliação por Pares Imparcial.

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Declaração de Direito Autoral

Por meio deste instrumento, em meu nome — e em nome dos demais autores porventura existentes —, cedo os direitos autorais do referido artigo à Universidade Estadual do Oeste do Paraná e declaro estar ciente de que a não-observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (n.9609 de 19/02/98).

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