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FACULDADE ASSOCIADA BRASIL PSICOPEDAGOGIA CLINICA Estágio supervisionado

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Page 1: FACULDADE ASSOCIADA BRASIL - rodrigo.educar  · Web viewFICHA CADASTRAL DO PACIENTE. Nome: João Vitor Nunes Siqueira. ... Data do inicio do atendimento: 14 de agosto de 2012. Nome:

FACULDADE ASSOCIADA BRASILPSICOPEDAGOGIA CLINICA

Estágio supervisionado

SÃO PAULO

2012

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RODRIGO APARECIDO DA SILVA

Trabalho realizado para cumprir

A disciplina: Estágio Supervisionado

Prof.ª Elisangela de Ávila Queluz

SÃO PAULO

2012

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ATIVIDADE I

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FICHA CADASTRAL DO PACIENTE

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

Endereço completo: Avenida Professor Joaquim Passos Silva, 236.

Bairro: Jardim Emilia

Cidade: Jacareí

Estado: São Paulo

Telefone para contato:

Data de nascimento: 06/01/2004

Nome da mãe: Vivian Nunes de Siqueira

Nome do pai: Mauro de Siqueira

Nome completo da escola em que estuda: EMEF. Barão de Jacareí

Série em que está cursando: 2° ano.

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QUEIXA BÁSICA

O aluno não interage com os demais alunos. Nas rodas de conversas, o mesmo não participa

ativamente, está sempre disperso.

João Vitor não se expressa bem oralmente, apresenta uma fala infantilizada, utiliza muitas palavras

no diminutivo, troca de fonemas durante a fala, gagueja quando questionado ou quando estimulado a

se pronunciar.

O aluno não reconhece todas as letras do alfabeto, não está alfabetizado e cursa o 2° ano pela

segunda vez.

Em determinados momentos apresenta descontrole emocional, quando contrariado ou quando perde

algo, fica irritado, agressivo e chega até a chorar.

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ANAMNESE

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Dia do atendimento: 14/08/2012 Horário: 14h

Nome do terapeuta: Daniela Sóleo.

Data do inicio do atendimento: 14 de agosto de 2012.

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

ANAMNESE

No dia 14 de agosto de 2012, foi encaminhada a instituição clínica psicopedagógica, o aluno João

Vitor, nascido em 06/01/2004, atualmente o aluno está cursando o 2º ano do Ensino Fundamental. O

menor estuda na Escola pública EMEF. Barão de Jacareí.

Para a realização da anamnese compareceu até a unidade escolar a mãe do menor, a Senhora

Vivian Nunes de Siqueira, a qual relatou que a gestação foi tranquila, com duração de 9 meses

completos, a mesma fez o acompanhamento pré natal e realizou exames de ultrassom durante sua

gestação e o seu parto foi normal.

O aluno foi amamentado por 2 meses com leite materno e logo após fez uso da mamadeira e

começou a ingerir alimentos sólidos com 1 ano de idade.

Segundo a mãe João Vitor não engatinhou e sim se arrastou, sentou com 8 meses e começou a

andar com 2 anos de idade.

Em relação ao controle dos esfíncteres começou a controlar com 2 anos de idade.

De acordo com a mãe ele começou a falar com 4 anos de idades, porém desde que começou a falar

não se expressa com clareza.

O aluno faz acompanhamento com a fonoaudióloga desde os 3 anos de idade. Aos 4 anos, o mesmo

fez uma cirurgia de amídalas e de carne esponjosa.

Logo que nasceu o aluno ficou hospitalizado por pneumonia, teve crise de tosse, chegando a ficar

roxo, sendo necessária a inserção de um tubo de oxigênio para que viesse a sobreviver.

A mãe relatou também que durante a gestação, por meio de um exame de ultrassonografia foi

detectado que a criança tinha sopro no coração, por isso, assim que nasceu fez tratamento com o

cardiologista, durante 1 ano.

Segunda a mãe do aluno, a criança passou com um neurologista, que solicitou um exame de

eletroencefalograma, no qual o resultado obtido deu dentro dos padrões de normalidade. O

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neurologista solicitou à mãe que levasse seu filho para uma avaliação com a fonoaudióloga.

João Vitor vive com sua mãe e o sua irmã, após a separação do casal, ele ficou muito abalado com a

situação.

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Jacareí, 14 de agosto de 2012.

Terapeuta: Daniela Soléo.

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

Idade: 8 anos

Data da aplicação do teste: 14/08/2012

Relatório da anamnese

Constata-se que João Vitor, teve um processo de desenvolvimento físico e motor, bem lento, fora

dos padrões. Porém com o exame solicitado pelo neurologista, é possível perceber que o aluno tem

o seu cognitivo preservado e seu desenvolvimento neurológico está dentro da normalidade.

Observa-se que a mãe do paciente, é instruída, fez até o ensino médio, porém a mesma se refere ao

menino, sempre com uma fala infantilizada, utilizando palavras no diminutivo, bem como um

vocabulário empobrecido.

Os pais do paciente são separados, sendo assim em seu discurso fica claro que a mesma se culpa

pela separação e acredita que isto tenha prejudicado ainda mais o desenvolvimento de seu filho,

sendo uma mãe superprotetora.

Parecer: Necessita do parecer da fonoaudióloga para confrontar hipóteses.

Terapeuta: Daniela Solé.

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ATIVIDADE II

EOCA ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM.

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Dia do atendimento: 15/08/2012 Horário: 14h

Nome do terapeuta: Daniela Sóleo.

Data do inicio do atendimento: 14 de agosto de 2012.

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

EOCA

No dia 15 de agosto de 2012, João Vitor chegou ao consultório, após a terapeuta se apresentar, foi

pedido para que o mesmo apresentasse, falando apenas o seu nome. Foi dado inicio a algumas

atividades investigativas:

Avaliação do nível pedagógico em leitura: Foi utilizado alfabeto móvel. Ele leu até a letra z

sequenciadamente. Ao sortear algumas letras fora da sequência, o mesmo, fez conhecimento

apenas das vogais e letras presentes no seu nome como o J, por exemplo. Constatou-se que o

aluno possui conhecimento da sequência das letras do alfabeto, sem de fato conhecer letras, nomes

e sons de cada uma. Ainda nessa sessão, foi pedido para que o aluno fizesse o reconhecimento dos

nomes das letras de seu nome, mas novamente fez o conhecimento da mesma vogal anterior.

Leitura de livros literários: Foi colocado sobre o tapete vários livros literários e pedido para o

paciente manuseá-los e ler o que mais gostava. Enquanto o mesmo manuseava, observou – se que

os livros que tinham mais escrita que imagens, ele nem mesmo folheava. Encontrou o livro que conta

à história do Cisne Branco, ou seja, uma outra versão do Patinho Feio. A história resumia em

pequenas frases, o mesmo não lia, olhava as imagens e recontou a história com muita dificuldade,

utilizando palavras chaves e de forma desordenada, não chegando até a última página do livro, pois

segundo o mesmo estava cansado de fazer aquela atividade.

Parecer: Não sabe ler, tem dificuldade em concentrar – se, possui uma fala infantilizada e com

muitas trocas de fonemas e não se encontra alfabetizado.

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Dia do atendimento: 16/08/2012 Horário: 14h

Nome do terapeuta: Daniela Sóleo.

Data do inicio do atendimento: 14 de agosto de 2012.

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

EOCA

No dia 16 de agosto, o aluno chegou ao consultório, e foi dada continuidade a EOCA, aplicando os

seguintes testes.

Avaliação do nível pedagógico em escrita: Recursos pedagógicos e psicopedagógicos utilizados

para sessão foram: Papel colorido, lápis, borracha para escrita de palavras espontâneas; quebra-

cabeça silábico ilustrado para completar o desenho e o nome do mesmo. Foi dada a oportunidade

para que João escolhesse o que queria fazer. Imediatamente escolheu o quebra-cabeça silábico,

abriu, distribuiu as peças na mesa de centro e observou. Não deu atenção para a escrita das sílabas

que estavam registradas em cada peça, apenas para as ilustrações, percebendo que a imagem de

uma vaquinha faltava o pedaço, procurou encontrar a que faltava. Assim sucessivamente, montou

todas as peças. Foi perguntado ao mesmo, se ele sabia ler os nomes que estavam escritos em cada

desenho. O mesmo disse que sim. Olhava no desenho e dizia o nome. Após, foi lhe mostrado

diversas folhas coloridas, lápis, borracha e solicitado que o mesmo escolhesse a cor que quisesse, e

escrevesse uma lista de materiais usados na escola, foi lhe ditado as palavras da lista, o mesmo

escreveu e leu utilizando o dedinho, uma letra para cada sílaba.

João Vitor apresentou nível silábico com valor sonoro em sua leitura e escrita. O mesmo sabe que

usa letras para escrever. Apresentou também características de disgrafia, manifestando lentidão ao

escrever, letra (bastão) legível, escrita desorganizada, traços muito fortes que chegam a marcar o

papel.

Parecer: Disgrafia e escrita silábica com valor sonoro.

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ATIVIDADE III: SESSÃO LÚDICA

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Dia do atendimento: 17/08/2012 Horário: 14h

Nome do terapeuta: Daniela Sóleo.

Data do inicio do atendimento: 14 de agosto de 2012.

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

No dia 17 de agosto foi dado inicio a sessão psicopedagógica, onde a mesma tinha como objetivo

trabalhar as atividades Lúdicas. Iniciou – se a sessão com um jogo da memória da turma da

Mônica; realizado intencionalmente para avaliar e diagnosticar cognitivamente e pedagogicamente a

queixa apresentada pela mãe e pela escola “Não memoriza nada o que Ensina”.

A instrução do jogo é para crianças a partir de quatro anos e tem quarenta peças. O jogo começou

com apenas quatro peças, o mesmo utilizou três jogadas para concluir os pares. Assim que terminou

o mesmo foi informado de que realizaria o jogo com oito peças, ele mostrou entusiasmo. Foi lhe

entregue as peças para o mesmo colocar onde quisesse. Colocou-as na mesa sem prestar atenção

em localizar um só par. Depois de quatro jogadas formou o primeiro par e já se mostrava um pouco

desanimado, não envolvia todas as peças expostas na mesa, só aquelas que estavam mais

próximas de suas mãos. As cartas que ele pegava eram sempre quase as mesmas e não conseguia

formar mais pares. Passava a mão na cabeça, se espreguiçava, ajoelhava – se diante da mesa e

acabou sentando - se no tapete. Foi lhe oferecida ajuda na procura de um novo par. Foi virada uma

carta e perguntado se ele havia visto uma igual pertinho dele. A resposta foi positiva, mas não

conseguiu memorizar. Em seguida foram desviradas todas as cartas e pedido para que ele

observasse bem onde se encontrava duas cartas iguais. Este seguia visivelmente o virar das cartas,

mas não conseguiu memorizar e nem localizar inicialmente nenhum par. Antes mesmo de finalizar a

sessão foi proposto uma parceria. Foram distribuídas todas as peças do jogo onde a terapeuta

juntamente com o paciente pudessem jogar. Ele se entusiasmou, então foi lhe pedido para que ele

observasse todas as cartas da mesa e não só aquelas mais próximas dele. A terapeuta formou oito

pares e ele cinco.

Atividade lúdica – Quebra cabeça de uma Ferrari: Foi perguntado ao paciente se ele sabia o que

era e para que servia. O brinquedo era desconhecido para ele, mas expressou que queria montá-lo.

O brinquedo era composto de 30 peças de tamanho médio e adequado para crianças a partir de

cinco anos. O aprendente não conseguia encontrar as peças para montar mesmo tendo em mãos a

caixa com a ilustração.

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Durante a atividade demonstrou impaciência e desânimo. Em seguida foi mostrado ao mesmo, que

era necessário olhar para a figura que estava sendo formada, combinar as cores e formas e que

somente quando elas estavam corretas é que se encaixavam perfeitamente. Apesar da demora ele

concluiu a montagem com a minha ajuda. Embora tendo dificuldades com a realização da atividade,

ao final gostou de tê-la realizada.

Parecer: O aluno apresenta dificuldade em entender as comandas dada, não memoriza com

facilidade, apresenta desmotivação quando estimulado, apresenta pouca concentração e

irritabilidade quando não consegue realizar as atividades propostas.

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ATIVIDADE IV – DESENHOP HTP

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Dia do atendimento: 20/08/2012 Horário: 14h

Nome do terapeuta: Daniela Sóleo.

Data do inicio do atendimento: 14 de agosto de 2012.

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

TESTE DESENHO HTP

O aluno ao chegar à sessão foi informado que deveria representar a sua família e que para isso

estava livre para escolher quais recursos materiais utilizar.

Sobre a mesa da sala de atendimento, foram disponibilizados diversos materiais como: lápis sem

ponta, lápis preto com ponta, borracha, sulfite, papel craft, cartolina, giz de cera, lápis de cor, tinta

guache e pincel. Após manusear os materiais, o paciente escolheu o lápis preto e o papel sulfite.

O aluno fez o seu desenho e entregou o mesmo sem pintar. João Vitor desenhou sua genitora, na

parte central da folha, ele do lado esquerdo e o irmão mais velho do lado direito de sua mãe. O

paciente foi questionado se ele não iria pintar, ele me falou que não, pois, ele não gostava de pintar.

Após observar o desenho do aluno, foi perguntado ao mesmo, quem mora em sua casa, ele

informou que mora com a sua mãe e com o seu irmão. Foi perguntado ao paciente, se todos de sua

família estavam ali representados, ele me disse que sim.

O aluno foi questionado pela terapeuta sobre quem era o Mauro, ele falou que era o seu pai, em

seguida ele falou "Faltou ele, mas ele não mora com a gente, porque ele tem outra família, mas eu

posso desenhar ele também?" Foi dito ao aluno, que ele estava livre para fazer qualquer alteração

ou acrescentar qualquer outro desenho a sua obra.

Então João Vitor, desenhou o seu genitor, em tamanho reduzido em relação ao desenho anterior e

distante da mãe e dos filhos.

Após desenhar o aluno entregou o seu trabalho, o mesmo foi parabenizado pelo capricho e a sessão

dada por encerrada à sessão.

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Relatório

O fato de o aluno apagar diversas vezes a sua produção, mostra a sua insegurança e o quanto o

mesmo é perfeccionista. Talvez pelo fato do mesmo ser muito cobrado pela família e pela escola.

Não se sentindo capaz de produzir algo significativo.

O fato de sua mãe estar ilustrada no centro da folha e de ser a primeira pessoa a ser revelada,

revela que a mesma é a figura central da casa, a chefe da família. O paciente possui um vinculo forte

com a mãe, pois a mesma é quem o ajuda e que corre com ele em seus tratamentos.

O irmão desenhado no lado direito da mãe, revela a sua posição na casa, ou seja, na ausência da

mãe é ela quem dita às regras da casa.

Em relação ao pai, o vinculo ficou estremecido com a separação do casal e o fato do pai ter outra

família, abalou o seu relacionamento com ele, não conseguindo abstrair bem esta situação.

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ATIVIDADE V – TESTES PIAGETIANOS

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Dia do atendimento: 21/08/2012 Horário: 14h

Nome do terapeuta: Daniela Sóleo.

Data do inicio do atendimento: 14 de agosto de 2012.

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

TESTE DE SERIAÇÃO

A sessão foi iniciada para aplicação de alguns testes piagetianos. Sobre a mesa foi disponibilizado,

diversos canudinhos de refrigerante, com cores e tamanhos diversos. Em seguida, foi pedido para o

paciente ordenar aqueles canudos da melhor forma possível. Ele iniciou, porém ficou perdido, sem

saber qual critério utilizar, pois o mesmo manuseou o material por mais de 15 minutos, sem chegar a

alguma conclusão, foi pedido ao paciente para ordenar os canudos do menor para o maior, somente

assim, o aluno conseguiu organiza – los, porém alguns estavam em posição errada, ao pedir para

que o mesmo observasse verificando se estava correto, o mesmo olhou rapidamente e disse que

sim.

CONSERVAÇÃO DE MATÉRIA

Em seguida foi entregue duas bolinhas de massinha, ambas do mesmo tamanho, foi perguntado ao

paciente, se elas eram do mesmo tamanho e se tinham a mesma quantidade de massa, ela falou

que sim. Então foi pego uma das massinhas e feito uma “salsicha” e colocado ao lado da bolinha e

perguntado ao mesmo:

Terapeuta: E agora há a mesma quantidade de massa?

João: Não, tem mais massa na bolinha, pois ela é redonda e maior.

Então foi feito uma salsicha com a massa em forma de bolinha, só que um pouco mais comprida, e

coloquei do lado da salsicha criada anteriormente.

Terapeuta: e agora João, as salsichas, tem a mesma massa?

João (apontando para a salsicha maior): Esta daqui tem mais massa ela é “mais grande” do que

esta.

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Sendo assim, foi cortada a salsicha maior e três pedaços menores e pedido para ele observar.

Terapeuta: qual salsicha tem mais massa?

João Vitor: a salsicha grande tem mais massa.

Antes de terminar a sessão, foi pedido para o paciente fazer duas bolinhas, utilizando a massinha e

colocando uma do lado.

Terapeuta: E agora, qual bolinha tem mais massa.

João: elas tem a mesma massa.

A sessão deu – se por encerrada.

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Dia do atendimento: 22/08/2012 Horário: 14h

Nome do terapeuta: Daniela Sóleo.

Data do inicio do atendimento: 14 de agosto de 2012.

Nome: João Vitor Nunes Siqueira

SEGUNDA ETAPA:

CARACTERIZAÇÃO E LEVANTAMENTO DE DADOS

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I - DIMENSÃO ORGANIZACIONAL

A- IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO:

Nome: EMEF. Barão de Jacareí.

Endereço: Praça da Independência, 369.

Bairro: Jardim da Independência – SP

Telefone: 012 3954 – 2310.

Órgão mantenedor: Prefeitura Municipal de Jacareí.

Histórico: CNPJ 46694.139/0001 – 83

Endereço: Praça dos três poderes, 273 – Centro – Jacareí – SP.

Caracterização da clientela: a escola tende 720 alunos do ensino fundamental e 118 alunos

da EJA com idade entre 15 a 70 anos de idade. Os alunos que frequentam a unidade escolar

moram em bairros próximos a escola, os que moram em bairros distantes, uma pequena

parcela, utilizam transporte escolar gratuito para chegarem até a escola.

A comunidade apresenta um bom nível de escolaridade, embora em alguns casos haja

famílias não alfabetizadas.

Quanto à ocupação da comunidade, há uma grande diversidade, mas o que predomina é o

trabalho em indústrias e comércios locais.

A maioria dos alunos apresenta renda mensal de 1 a 3 salários mínimos. A quantidade de

família com renda de até um salário mínimo justifica a demanda de alunos que recebem o

auxilio bolsa família.

A unidade conta com diversas inclusões, que são atendidos em sala regular. O trabalho

realizado com esses alunos é feito de forma a atender suas peculiaridades, com o

acompanhamento das estagiárias.

Turno e horários: Manhã 7h às 12h, tarde 13h às 18h e noite 18h30 às 22h30.

Numero de profissionais e respectivas funções: 23 professores Fundamental I, 7 professores

da EJA, 3 professores de Ed. Física, 3 professores de artes, 2 professoras de atendimento

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educacional especializado, 5 estagiarias, 1 cozinheira, 1 serviço geral, 2 vice diretor e 1

diretor.

Situação funcional: CLT.

Jornada de trabalho semanal: 40 horas.

B- ASPECTOS FISICOS RELEVANTES.

Conservação do prédio: boa.

Salas de aula: boa.

Numero de alunos por sala de aula: 35 alunos.

Biblioteca: 1

Saguão: 1

Dispensa – cozinha: 1

Banheiros: 5

Almoxarifado: 1

Refeitório: 1

Pátio: 2

Quadras esportivas: 1

Acesso adaptável: Sim, rampas e corrimão nos banheiros.

Laboratórios: não.

II- DIMENSÃO PEDAGÓGICA.

Proposta pedagógica: Sócio construtivismo.

Quem elaborou: elaborado coletivamente, por pais, comunidade, alunos, gestores, funcionários

e professores.

Qual o papel que os profissionais da educação efetivamente desempenham: formar alunos

cidadãos.

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Quais são as técnicas de administração: gestão democrática.

Como ocorrem as reuniões pedagógicas, pré-conselhos, conselhos de classe, hora atividade:

conforme calendário escolar emitido pela SME, já a hora atividade, ocorre semanalmente, três vezes

na semana.

Projeto inter e extraclasse: A.E.E.

Programação anual: museus, cata vento e zoológico.

III- DIMENSÕES SOCIO CULTURAL.

As FORMAS DE RELAÇÃO ENTRE:

Instituição - família / família – instituição: por meio de eventos e projetos desenvolvidos

na escola, bem como por meio de agenda.

Professor – família – criança: reuniões periódicas, agenda, convocação quando

necessário e projetos da unidade.

Instituição – bairro- comunidade: eventos e projetos desenvolvidos com a comunidade.

Projetos em conjunto com outras instituições: Projeto de saúde bucal em parceria com a

secretaria de saúde do município.

Integração das crianças com a sua comunidade: por meio de aulas passeios, enquetes,

entrevistas e projetos.

Participação dos pais na instituição: em eventos, palestras, ações sociais e reuniões

periódicas.

Profissionais de outras áreas que atuam na instituição: nutricionistas, psicopedagogas e

dentista.

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INTERVENÇÃO

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Parecer: Ao integrar os resultados obtidos durante todo o processo de investigação à queixa inicial

podemos entender que:

- Na área cognitiva apresenta alterações quanto à atenção, memória, concentração, deficiência

quanto à competência linguística, não identificando as vogais e as consoantes, além de apresentar

uma fala empobrecida e infantilizada, tendo dificuldades de se expressar oralmente.

- No aspecto emocional apresenta restrições de vínculo afetivo familiar em relação ao pai

- No aspecto pedagógico apresenta uma modalidade de aprendizagem marcada pelo aparecimento

de condutas dependentes. Ele não toma iniciativa, precisa ser conduzido nas suas produções com

utilização de atividades lúdicas, a qual ocorre à aprendizagem espontânea no processo de brincar,

bem como necessita de aprovação, estímulo constante no trabalho que realiza;

- A criança apresenta uma modalidade de aprendizagem em desequilíbrio quanto aos movimentos

de assimilação;

Encaminhamentos a outros profissionais:

Portanto, quanto às recomendações necessárias ao desenvolvimento cognitivo e de aprendizagem

desta criança considera-se necessárias:

- Intervenções por um profissional de psicopedagogia, psicológico especializado e fonoaudiólogo;

Instituição escolar:

- Deve trabalhar pedagogicamente a escrita e leitura contextualizada com a utilização de variados

portadores textuais;

- Uso de materiais concretos como letras móveis.

- Considerar a singularidade do sujeito considerando a forma e temporalidade de aprendizagem do

mesmo;

- Usar recursos didáticos atraentes onde o aluno sinta prazer e desperte o desejo de estudar e

aprender;

- Mudar o local onde o aluno senta, procurando que ele sinta-se incluso na turma;

Instituição escolar e família:

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- Envolver o aprendente nas atividades que exijam o uso de práticas sociais do uso da escrita como,

por exemplo: lista de compras, aviso para mãe ou professora, bilhetinhos para os colegas da turma

ou de outra turma;

- Desenvolver atividades lúdicas porque é no brincar que a criança desenvolve sua criatividade e

constrói um espaço de experimentação, de transição entre o mundo interno e externo.

- Deve ter acesso a livros, revistas, compartilhar leitura em casa e na escola;·.

Família

- A família deve estabelecer um horário e um local apropriado para estudo do aluno em casa;

- As atividades de casa devem ser realizadas diariamente e com acompanhamento, a fim de

melhorar o rendimento escolar do aluno.

Assim, ao término deste diagnóstico psicopedagógico, conclui que o processo de aprendizagem

deste aluno se dá por meio de estímulos externos e internos. Na maioria dos casos a aprendizagem

se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por

esses fatores, e por predisposições genéticas.

A capacidade de aprender está presente em todos os indivíduos sendo que para alguns ocorre uma

relativa dificuldade de assimilação e manutenção de seu conhecimento, ligando o processo de

absorção daquilo que se quer aprender a fatores muito mais relevantes do que o simples fato de

necessitar fixar aquilo que é ensinado.

O pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e

necessidades, nossos interesses e emoções.

Portanto a aprendizagem acontece para o indivíduo, quando está, promove prazer e sentido a sua

vida social.