ext. da punibilidade

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    Causas de Extino da Punibilidade

    Em nosso ordenamento jurdico, somente o Estado detentor do direito de impor sanes aos

    indivduos que cometem crimes (jus puniendi).

    Todavia, em algumas situaes o Estado perde o direito de iniciar ou prosseguir com a persecuo

    penal, estas situaes so caracterizadas pelas causas de etino da puni!ilidade.

    " artigo #$% do&'digo enal rasileiro enumera de *orma eempli*icativa as possveis causas de

    etino da puni!ilidade. Esta poder+ se dar pela morte do agente criminoso, por !olitio &riminis,

    pela -ecadncia, pela erempo, pela rescrio, pela /en0ncia, pelo erdo do o*endido, pelo

    erdo judicial, pela /etratao do agente, pelo &asamento da vtima com o agente, por nistia,

    1raa ou 2ndulto.

    etino pela morte do agente se d+ pela impossi!ilidade de punir o criminoso em *uno de sua

    morte. " juiz, em posse da certido de '!ito decretar+ a etino da puni!ilidade.

    "corre em alguns casos de o agente *orjar a pr'pria morte e emitir certido *alsa para de livrar da

    condenao. " juiz ap's decretar a etino da puni!ilidade, *az com que o processo transite em

    julgado. &om a emisso do documento *also, no se poder+ destituir a coisa julgada atravs de

    /eviso &riminal, pois esta s' pode ser realizada se a sentena *or condenat'ria, em sentenas

    a!solut'rias ou declarat'rias no 3+ a possi!ilidade de /eviso &riminal. -esta *orma, con*orme ajurisprudncia o agente no responder+ pelo crime cuja puni!ilidade *oi etinta, mas somente pelo

    crime de *alsidade. Entretanto, em 4$#$, o 5T6 decidiu que o processo dever+ voltar 7 tramitar no

    caso de certido *alsi*icada.

    !olitio &riminis a descriminalizao de certa conduta at ento considerada criminosa,

    etinguindo todos seus e*eitos, antes ou ap's condenao, de *orma retroativa.

    -ecadncia s' ocorre nos crimes de o enal de iniciativa privada e nos crimes em que a oenal de iniciativa p0!lica condicionada 7 representao. decadncia a perda do direito da

    vtima de o*erecer a queia ou representao pelo transcurso do prazo decadencial de seis meses.

    erempo corresponde 7 sano de perda do direito de prosseguir com a ao imposta ao autor da

    o enal de iniciativa rivada pelo a!andono ou inrcia na movimentao do processo por trinta

    dias, pela morte do querelante (quando no 3ouver 3a!ilitao dos 3erdeiros em sessenta dias), pelo

    no comparecimento sem justi*icativa aos atos processuais, pela no rati*icao do pedido de

    condenao nas alegaes *inais ou pela etino da pessoa jurdica (quando esta *or vtima de

    crimes) sem sucessor.

    rescrio o no eerccio da retenso unitiva ou Eecut'ria do Estado no perodo de tempo

    http://www.infoescola.com/direito/codigo-penal-brasileiro/http://www.infoescola.com/direito/codigo-penal-brasileiro/http://www.infoescola.com/direito/prescricao-criminal/http://www.infoescola.com/direito/acao-penal/http://www.infoescola.com/direito/prescricao-criminal/http://www.infoescola.com/direito/acao-penal/http://www.infoescola.com/direito/codigo-penal-brasileiro/
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    determinado pela lei, assim o mesmo perde o direito de ver satis*eitos os dois o!jetos do processo.

    /en0ncia ocorre quando a vtima a!re mo de seu direito de o*erecer a queia crime (8os crimes

    da o enal de 2niciativa rivada), antes do rece!imento da mesma, independente da anuncia do

    agente.

    9uando o o*endido (vtima) perdoa o agente criminoso pela o*ensa praticada contra ele, etingue:se

    o prosseguimento da ao penal se esta *or de 2niciativa rivada. " perdo o*erecido a um dos

    agentes estender:se:+ aos demais. 8o caso de v+rias vtimas, o perdo o*erecido por um deles, no

    prejudicar+ o direito dos demais continuarem a ao.

    " erdo judicial consiste no perdo concedido pelo Estado ao ru, deiando o juiz de aplicar a

    pena, em!ora este recon3ea a pr+tica da in*rao penal. Esta modalidade de etino da

    puni!ilidade s' pode ser aplicada em 3ip'teses epressamente previstas em lei (rtigos #$%, 2; e

    #4$ do &'digo enal).Eistir+ /etratao do agente quando este assumir que o crime por ele praticado se *undou em erro

    ou ausncia de verdade, como na -i*amao e na &al0nia (&rimes contra a 3onra o!jetiva). ssim,

    se o agente a*irmar que o *ato imputado 7 vtima err

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    Em corol+rio a isso, a etino da puni!ilidade resulta na supresso do direito do Estado de impor apena, no 3avendo como ele querer v:la cumprida. s circunstDncias mais relevantes para tantoesto condensadas no artigo #$% do &'digo enal, mas a legislao pode criar outras.

    In%iso I 4orte do agente a morte causa etintiva da puni!ilidade porque a pena personalssima, no se transmitindo aos 3erdeiros do condenado. 6alecendo o autor do *ato, no 3+

    espao 7 aplicao da pena.

    importante destacar que os e*eitos civis da sentena condenat'ria (notadamente o dever deindenizar) no se etinguem com a morte do agente, alcanando limite das *oras de seu esp'lioF

    prova da morte se d+ mediante certido de '!ito.

    In%iso II Anistia" 5raa ou indulto anistia identi*icada pela doutrina como umesquecimento jurdico da in*rao penal, que se d+ atravs de lei e etingue a puni!ilidade em *acede determinados *atos. &ontudo, ela no alcana o dever da indenizao civil, por s' a!ranger ose*eitos penais.

    &ompete ao &ongresso 8acional conced:la (artigo CG, inciso H222, da &onstituio 6ederal)F

    I graa ato do residente da /ep0!lica, que tem o o!jetivo de *avorecer pessoa determinadaF

    I " indulto tam!m atri!uio do residente da /ep0!lica, mas se volta a um n0meroindeterminado de pessoas, ele se di*ere da graa por sua impessoalidade. graa e o indulto servem

    para etinguir ou comutar penas.

    graa e o indulto so prerrogativas do residente da /ep0!lica (artigo GC, inciso ;22, da&onstituio 6ederal).

    In%iso III Abol6tio Criinis o deiar de considerar criminosa uma conduta prevista em leicomo tal, o delito j+ no eiste mais no mundo jurdico. ssim tam!m no 3aver+ razo 7 puniodo autor do *ato.

    In%iso I' Pres%rio" De%ad(n%ia ou Perepo prescrio trata:se uma garantida do autordo *ato, que no pode ser o!rigado a aguardar inde*inidamente uma resposta estatal ao delito que

    praticou. " dever de punir do estado (jus puniendi) tem um limite temporal, c3amado de prescrio.

    decadncia a etino do direito de promover a ao penal privada, a representao nos crimes

    de ao penal condicionada a ela ou a den0ncia su!stitutiva da ao penal p0!lica, como regra seuprazo de $J (seis) meses.

    perempo ocorre dentro da ao penal privada, quando a parte autora deia de praticardeterminado ato processual, em que sua desdia *az presumir o desinteresse na responsa!ilizao doautor do *ato

    In%iso ' A ren)n%ia ao direito de $ueixa e o perdo a%eito ren0ncia ao direito de queiavem antes de inaugurada a ao penal e demonstra o desinteresse da vtima em promov:la. K+ o

    perdo do o*endido ocorre no curso da ao penal e somente nesta 3ip'tese se cogita possvel queseja recusada pelo auto do *ato.

    In%iso 'I A retratao do agente -8as 3ip'teses dos crimes de cal0nia, di*amao, *alsotestemun3o e *alsa percia a retratao do autor do crime evita a imposio da pena, eime:o dela.

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    8a inj0ria, contudo, no 3+ espao 7 retratao.

    In%iso I2 - Perdo 8udi%ial - possvel o delinquente ser perdoado do crime que cometeuquando, em determinadas 3ip'teses previstas em lei, o resultado de sua conduta l3e atingir de *omato severa que a imposio da pena se mostra desnecess+ria e, at mesmo, demasiada.

    ?m !om eemplo de quando possvel o perdo judicial o do 3omicdio culposo em que o autordo *ato mata o pr'prio *il3o. Tal o so*rimento que suporta por sua conduta desastrosa que o Kuizpode, neste caso, deiar de aplicar a pena (art.#4#, L M.N, do &).