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62 1. Masculino: no homem, a adenohipófise produz o FSH (hormônio folículo-estimulante), que irá atuar sobre os túbulos seminíferos promovendo a produção e maturação dos espermatozóides. Ela produz também o LH (hormônio luteinizante), hor- mônio que estimula as células intersticiais a produzirem testosterona, responsável pelas características sexuais secundárias e também pelo estímulo sexual. 2. Feminino: na mulher esse controle é um tanto mais complexo que no homem. A cada 28 dias em média, ocorre a liberação de um óvulo e o útero prepara-se para receber um embrião. Caso haja fecundação, esse embrião se fixará no útero e se de- senvolverá. Caso a fertilização não ocorra, o óvulo será eliminado juntamente com a descamação do endométrio, constituindo a menstruação. Os principais eventos e balanço hormonal ao longo do ciclo menstrual podem ser observados no esquema abaixo. Ciclo reprodutivo da mulher: os ciclos ovariano e menstrual são regulados por hormônios Reprodução

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1. Masculino: no homem, a adenohipófise produz o FSH (hormônio folículo-estimulante), que irá atuar sobre os túbulos seminíferos promovendo a produção e maturação dos espermatozóides. Ela produz também o LH (hormônio luteinizante), hor-mônio que estimula as células intersticiais a produzirem testosterona, responsável pelas características sexuais secundárias e também pelo estímulo sexual.

2. Feminino: na mulher esse controle é um tanto mais complexo que no homem. A cada 28 dias em média, ocorre a liberação de um óvulo e o útero prepara-se para receber um embrião. Caso haja fecundação, esse embrião se fixará no útero e se de-senvolverá. Caso a fertilização não ocorra, o óvulo será eliminado juntamente com a descamação do endométrio, constituindo a menstruação. Os principais eventos e balanço hormonal ao longo do ciclo menstrual podem ser observados no esquema abaixo.

Ciclo reprodutivo da mulher: os ciclos ovariano e menstrual são regulados por hormônios

Reprodução

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63Ciclo Menstrual

Esse ciclo pode ser dividido em três fases:

a) proliferativa: verifica-se o crescimento do folículo sob ação do FSH. À medida que cresce, o folículo produz estrogênios que atuarão no endométrio preparando-o para uma possível gravidez.

b) secretora: sob ação do LH produzido também na hipófise, o folículo se transforma em corpo amarelo ou corpo lúteo após a ovulação. Esse corpo amarelo, sob ação do LH continua a produzir estrógenos e também começa a secretar progesterona que irá estimular o desenvolvimento de vasos sanguíneos e de glândulas tornando o endométrio mais espesso, vascularizado e rico em nutrientes para receber o embrião.

c) fase menstrual: após a ovulação, o útero aguarda aproximadamente 14 dias para que o embrião nidifique. Se isso não acontecer, o corpo lúteo degenera, cessando a produção de progesterona e de estrógeno. Isso faz com que todo o endométrio que havia se desenvolvido se degenere também e seja parcialmente eliminado, juntamente com os vasos sanguíneos que foram produzidos. Esse material é eliminado pela vagina, constituindo a menstruação, processo que dura de três a cinco dias, em média.

Os espermatozóides depositados no fundo da vagina no ato sexual, nadam para o interior do útero e atingem as tubas uterinas. Durante a viagem à tuba, muitos espermatozóides morrem devido às condições desfavoráveis de acidez ou são devorados por macrófagos, células responsáveis pela limpeza do sistema reprodutor feminino.

Mesmo assim, milhares de espermatozóides atingem o óvulo. O primeiro espermatozóide a tocar na membrana do óvulo o penetra, fenômeno denominado fecundação ou fertilização. O óvulo, estimulado pela entrada do gameta masculino, completa a meiose e elimina o segundo corpúsculo polar. Finalmente o pró-núcleo masculino se funde ao núcleo do óvulo, originando o núcleo do zigoto.

O desenvolvimento embrionário tem início ainda na tuba uterina, logo após a fertilização. Cerca de 24h após a penetração do espermatozóide, o zigoto se divide, formando as duas primeiras células embrionárias, que se dividem novamente, produzindo quatro células, que se dividem produzindo oito e assim sucessivamente.

As divisões celulares continuam ocorrendo à medida que o embrião se desloca pela tuba em direção ao útero, depois de 3 dias após a fecundação. Após permanecer livre na cavidade uterina por cerca de 3 a 4 dias, nutrindo-se de substâncias produzidas por glândulas do endométrio, o embrião então, implanta-se na mucosa uterina, processo chamado de nidação.

Ovário: estrutura interna (maturação do folículo e ovulação)

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Gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento do embrião dentro da mulher. Começa quando o espermatozóide do homem fecunda o óvulo e este se implanta na parede do útero e termina no momento do nascimento. Uma gravidez normal dura cerca de 39 semanas, ou 280 dias, contando a partir do início do último período menstrual. Às vezes, as mulheres dão à luz antes da data esperada, o que resulta numa criança prematura.

Com um mês de idade, o embrião tem pouco mais de meio centímetro de comprimento e está envolto por uma bolsa cheia de líquido, a bolsa amniótica, que o protege contra dessecação e eventuais choques mecânicos.

Trimestres da gravidez

As 40 semanas de gravidez se dividem em três trimestres. O bebê que está se desenvolvendo, recebe o nome de embrião durante as oito primeiras semanas; depois é chamado de feto. Todos os seus órgãos importantes se desenvolvem durante o primeiro trimestre. As náuseas e os vômitos são frequentes nas gestantes, em especial durante as manhãs. Os seios aumen-tam de volume e ficam sensíveis e seu peso começa a aumentar.

No segundo trimestre, o feto já tem uma aparência humana reconhecível e cresce com rapidez. A gravidez da mãe é eviden-te, tanto externa como internamente. Seu ritmo cardíaco e pressão sanguínea aumentam para adaptarem-se às necessidades do feto.

No terceiro trimestre, os órgãos do bebê amadurecem. As probabilidades de sobrevivência do feto aumentam a cada sema-na que permanece no útero - a maioria das crianças prematuras nascidas no início do terceiro trimestre sobrevive. A mulher grávida tende a sentir calor e incômodos durante a gravidez. Seu sono, muito importante nesse momento, pode ser alterado.

Estruturas Anexas

Vilosidades coriônicas: a superfície da bolsa amniótica é recoberta por projeções chamadas vilosidades coriônicas, que penetram no endométrio. Ao redor das vilosidades formam-se lacunas onde circula o sangue materno. Assim ocorrem trocas entre o sangue do embrião, que circula nas vilosidades, e o sangue materno, que circula nas lacunas. Alimento e gás oxigênio passam do sangue da mãe para o do filho, enquanto excreções e gás carbônico fazem o caminho inverso.

Fecundação, Segmentação e Nidação

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65Ciclo Menstrual

Placenta: a partir do segundo mês de vida embrionária, a maior parte das vilosidades coriônicas regride. Resta, porém, uma região onde a implantação das vilosidades no endométrio é mais profunda. Nesse local terá origem a placenta.

O embrião se comunica com a placenta através de um cordão re-vestido de pele, o cordão umbilical, no interior do qual existem duas artérias e uma veia. As artérias levam sangue do corpo do embrião até a placenta, enquanto a veia traz o sangue da placenta para o embrião.

Hormônios e gravidez

O embrião recém-implantado na parede do útero informa a sua presença ao corpo da mãe por meio de um hormônio, a ganadotrofina coriônica, produzido principalmente nas vilosidades coriônicas.

A presença de ganadotrofina coriônica no sangue da mulher grávi-da estimula a atividade do corpo lúteo, de modo que as taxas de es-trógeno e de progesterona não diminuem, como normalmente ocorre-ria no final do ciclo menstrual. Com isso, a menstruação não ocorre, o que é um dos primeiros sinais de gravidez.

No início da gestação, o nível de ganadotrofina coriônica no sangue eleva-se a ponto desse hormônio ser eliminado na urina da mulher. Os testes de gravidez, à venda nas farmácias, detectam a presença de ganadotrofina coriônica na urina.

A partir do quarto mês de gravidez o corpo amarelo regride, mas a mucosa uterina continua presente e em proliferação graças à pro-dução de estrógeno e progesterona pela placenta, então já completa-mente formada. A placenta continuará a produzir estrógeno e proges-terona em quantidades crescentes até o fim da gravidez.

Contracepção é a prevenção da gravidez. Existem várias maneiras de se proceder para evitar o nascimento de um bebê, como:

1. Coito interrompido: É um método bastante antigo e consiste em retirar o pênis da vagina antes que a ejaculação ocorra. Sendo pouco eficiente, pois as secreções eliminadas antes da ejaculação podem conter espermatozóides. A demora na retirada do pênis pode resultar na ejaculação parcial ou total ainda dentro da vagina. Além dos riscos de se adquirir uma doença sexualmente transmissível.

2. Método do ritmo ou da tabela: vulgarmente conhecido como

“tabelinha”. A mulher normalmente produz um único óvulo por mês o qual sobrevive no máximo 24 horas. Já os espermatozóides podem durar até 48 horas no interior do aparelho genital feminino. Assim, existe um intervalo de 6 dias, 3 antes e 2 depois da ovulação, durante o ciclo menstrual. O principal problema desse método é justamente determinar qual é o período fértil. Em geral, a ovulação ocorre no meio do ciclo menstrual, mas isso pode variar. Este método é mais indicado para quem quer engravidar do que para contracepção.

3. Método da temperatura Basal: Na maioria das mulheres a tem-peratura do corpo eleva-se cerca de 0,5 ºC depois da ovulação. Este método é pouco eficiente pois a temperatura corporal pode sofrer al-terações por outros fatores, como por exemplo febres. Este método também é mais indicado para quem quer engravidar do que para con-tracepção.

4. Barreiras mecânicas: A barreira mecânica evita o encontro dos gametas. A camisinha é um protetor feito de látex, que se coloca no pênis para reter o esperma ejaculado, evitando que ele seja deposi-

Comunicação do embrião com a placenta

Camisinha masculina e feminina

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tado na vagina. Além de anticoncepcional, a camisinha é eficiente na prevenção da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Hoje em dia pode ser encontrada também a camisinha feminina, bas-tante eficiente.

O diafragma é um dispositivo de borracha que a mulher coloca no fundo da vagina, de modo a fechar o colo do útero e impedir a entrada de espermatozóides. É comum aplicar no diafragma uma geléia con-tendo substâncias espermicidas (que matam os espermatozóides).

5. Pílula anticoncepcional: utilizada por quase 100 milhões de mu-lheres no mundo, a pílula consiste numa mistura de progesterona e es-trógeno sintéticos, que são mais resistentes à degradação pelo fígado que os hormônios naturais. A pílula é tomada todos os dias, geralmente por um período de 3 semanas. Uma nova menstruação ocorre cerca de três dias após a suspensão da ingestão das pílulas.

Problemas de coagulação sanguínea, arteriosclerose e ataques car-díacos parecem estar relacionados com o uso indiscriminado de pílulas anticoncepcionais. Fumar durante seu uso pode aumentar dez vezes mais os riscos de morte devido a causas cardio-respiratórias. É impor-tante a pílula ser usada sob um rigoroso acompanhamento médico, a fim de evitar efeitos colaterais graves decorrentes da ingestão de hormônios.

Hoje já são encontrados no mercado hormônios injetáveis de 1 mês e de 3 meses. Também são encontrados os anticoncepcionais adesi-vos transdérmicos e ainda os implantes subcutâneos, com ação que varia de 3 a 5 anos.

6. DIU (Dispositivo Intra-Uterino): São dispositivos de plástico e metal (cobre) introduzidos no útero com o objetivo de evitar a concep-ção. O DIU deve ser implantado por um médico especialista, podendo permanecer no útero da mulher até o momento em que ela queira en-gravidar. Acredita-se que sua presença no útero cause uma pequena inflamação, atraindo macrófagos que destroem os embriões que ten-tam se implantar na mucosa uterina.

7. Esterilização: a esterilização do homem é chamada vasectomia, é obtida pelo seccionamento dos canais deferentes, de modo que os espermatozóides são impedidos de chegar à uretra. O homem pode ejacular e ter orgasmo normalmente, com a diferença de que seu es-perma não contém espermatozóides, apresentando apenas secreções das glândulas acessórias.

A esterilização feminina é obtida pelo seccionamento das tubas ute-rinas, processo conhecido como laqueadura ou ligadura tubária. Os óvulos não conseguem atingir o útero e os espermatozóides ficam im-pedidos de chegar até eles.

8. Pílula contraceptiva de emergência: também conhecida como “pílula do dia seguinte”. A anticoncepção de emergência é emprega-da para prevenir a gravidez após uma relação sexual acidentalmente desprotegida. O chamado sexo casual, a ruptura ou deslocamento da “camisinha”, o descontrole do parceiro na prática do coito interrompido (ejaculação intravaginal) e o estupro, nas proximidades do período fértil da mulher, estão entre as circunstâncias em que este procedimento é aplicado.

Nessas pílulas encontram-se hormônios, geralmente o levo-norgestrel. Essas altas doses hormonais atuam sobre o organismo fe-minino, interferindo no mecanismo da ovulação (adiamento / inibição), modificando a motilidade das trompas e alterando as características bioquímicas e histológicas do endométrio (camada que forra o interior do útero, que acolhe o óvulo fertilizado e que se renova após o sangra-mento menstrual), criando um ambiente impróprio para a implantação do óvulo, caso haja fecundação. O súbito aumento (e queda) dos ní-veis hormonais também interfere no padrão menstrual.

Diafragma

Pílulas Anticoncepcionais

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67Ciclo Menstrual

Tipos de DIU (Dispositivo Intra-Uterino)

Vasectomia

Laqueadura

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1. (UNESP) Leia.

Método de contracepção definitiva começa a se popularizar no país

Consagrado nos Estados Unidos há quase uma década, o Es-sure é um procedimento feito em ambulatório, que dispensa cortes. O Essure consiste de dois dispositivos metálicos com 4 centímetros, instalados no início das tubas uterinas por meio de um equipamento bem fino, que é introduzido no canal vagi-nal. Em algumas semanas, as paredes das tubas recobrem os microimplantes, obstruindo as tubas e fazendo do Essure um método contraceptivo permanente.

(Diogo Sponchiato. Revista Saúde, maio de 2012. Adaptado.)

Considerando o modo pelo qual o dispositivo mencionado no texto leva à contracepção, é correto afirmar que ele impede a) a locomoção do espermatozoide da vagina para o útero, e deste para as tubas uterinas, com resultado análogo ao provocado pelos cremes espermicidas. b) que o embrião seja conduzido da tuba uterina até o útero, com re-sultado análogo ao provocado pela camisinha feminina, o Femidom. c) a implantação do embrião no endométrio, caso o óvulo tenha sido fecundado, com resultado análogo ao provocado pelo dispositivo in-trauterino, o DIU. d) que ocorra a ovulação, com resultado análogo ao provocado pela pílula anticoncepcional hormonal. e) que o espermatozoide chegue ao ovócito, com resultado análogo ao provocado pela laqueadura. 2. (UERJ) Durante o ciclo menstrual, as concentrações sanguí-neas de hormônios hipofisários e ovarianos sofrem notáveis variações. Os gráficos abaixo ilustram essas variações, ocorri-das durante um ciclo de 28 dias.

O gráfico que representa o hormônio progesterona, em um ci-clo menstrual normal, está indicado pela seguinte letra: a) W b) X c) Y d) Z 3. (G1 - IFPE) O ciclo menstrual nas mulheres compreende um período médio de 28 a 30 dias. Durante esse período, uma série de eventos ocorre com o objetivo de promover a ovulação, a fixação do embrião ou a menstruação.

Assinale a única alternativa que descreve corretamente fenô-menos ocorridos no organismo feminino durante o seu ciclo menstrual. a) A maturação do folículo ovariano ocorre pela ação do hormônio folículo estimulante (FSH) produzido pelos ovários nos primeiros dias do ciclo. b) A menstruação ocorre no final do ciclo, quando a taxa de proges-terona é alta no sangue da mulher. c) Para que ocorra a ovulação, aproximadamente no meio do ciclo, é necessário que as taxas de progesterona e estrógenos estejam altas. d) A ovulação deverá ocorrer na fase intermediária do ciclo mens-trual, pois, nesse momento, os hormônios hipofisários, FSH e LH, além dos estrógenos, estão com taxas elevadas. e) Quando as taxas de FSH e LH estão altas, e as taxas de progeste-rona e estrógenos estão baixas, ocorre a menstruação. 4. (UFSM 2014) A idade em que ocorre a primeira menstruação depende de vários fatores, por exemplo, nas populações que vivem em climas quentes, a média de idade é mais baixa que nas populações de climas frios. Essas observações indicam que fatores ambientais influem na produção de hormônios que regulam o funcionamento ovariano. Sobre os hormônios que atuam sobre o ciclo menstrual, é correto afirmar: I. O hormônio folículo estimulante (FSH) ativa a continuidade da meiose I. II. Os ciclos menstruais iniciam, quando as ovogônias se trans-formam em ovócitos primários ou ovócitos I. III. O sistema nervoso capta sinais relacionados com o clima, e essas informações podem influenciar a produção de hormô-nios no hipotálamo e na hipófise, resultando em ativação das funções gonadais. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) apenas II. e) apenas II e III. 5. (UFG 2014) Leia o texto a seguir.

A anticoncepção de emergência, ou “pílula do dia seguinte”, é um método que pode evitar a gravidez. O Sistema Único de Saúde disponibiliza dois métodos ao usuário, sendo um deles o medicamento que possui levonorgestrel, uma progesterona sintética, que é usado até 72 horas após a relação sexual sem proteção.

BRASIL. Ministério da Saúde. Anticoncepção de emergência: perguntas e res-postas para profissionais de saúde. 2005.

Uma mulher no início da fase lútea e, após 30 horas da relação sexual desprotegida, para evitar gravidez indesejável, fez uso do medicamento referido no texto. Nessa situação, o medica-mento é eficaz, pois bloqueia a a) maturação do folículo. b) liberação do óvulo. c) fecundação do oócito. d) formação do corpo amarelo. e) diferenciação do disco embrionário. 6. (UPE) A gravidez na adolescência apresenta riscos por cau-sa da imaturidade anatomofisiológica, dificultando o desenvol-vimento e o desfecho do processo de gestação, parto e puer-pério. Observe a figura a seguir:

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Sobre isso, preencha as lacunas do texto, correlacionando-as com os métodos de contracepção, representados pelas figuras numeradas em algarismos arábicos.

De uma maneira geral, os adolescentes podem usar a maioria dos métodos anticoncepcionais disponíveis. No entanto, al-guns métodos são mais adequados que outros nessa fase da vida. ______ deve(m) ser usada(s) em todas as relações sexu-ais, independentemente do uso de outro método anticoncep-cional, pois é o único que oferece dupla proteção, protegendo--os ao mesmo tempo das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez não desejada. Os métodos ______ são pouco recomendados, porque exigem do adolescente disciplina e planejamento, e as relações sexuais nessa fase, em geral, não são planejadas. _______ podem ser usadas(os), desde a pri-meira menstruação, pois agem impedindo a ovulação. _______ pode ser usada(o) pelas garotas, entretanto as que nunca tive-ram filhos correm mais risco de expulsá-la(lo) e também não é indicada(o) para aquelas com mais de um parceiro sexual ou cujos parceiros têm outros parceiros/parceiras e não usam ca-misinha em todas as relações sexuais, pois, nessas situações, existe risco maior de contrair doenças sexualmente transmis-síveis. ______ não são indicadas(os) para adolescentes.

Fonte: adaptado de http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cartilha_direi-tos_sexuais_2006.pdf

Assinale a alternativa cuja sequência numérica preenche cor-retamente as lacunas. a) 1; 2; 3; 5; 7. b) 1; 3; 4; 6; 2. c) 1, 2; 3; 6; 7. d) 4; 3; 1; 5; 2. e) 5; 2; 3; 4; 6. 7. (UEMG 2014) Os métodos contraceptivos atuam de modo a evitar uma gravidez em período não adequado à vida de um casal. O esquema a seguir apresenta um desses métodos.

Considerado como o mais eficaz dos métodos contraceptivos, o procedimento ilustrado atua a) evitando o contato do esperma com o canal vaginal. b) impedindo a entrada dos espermatozoides no útero. c) impedindo a união entre os gametas masculino e feminino. d) evitando que o embrião formado se implante no útero. 8. (UECE 2014) Dentre os métodos contraceptivos, a vasecto-mia é um processo que consiste em a) eliminar os tubos seminíferos para que os espermatozoides não possam se locomover até o óvulo. b) cortar os canais deferentes para que não seja mais possível a eliminação dos espermatozoides no sêmen. c) retirar a vesícula seminal para diminuir a quantidade de sêmen produzido. d) isolar a próstata, cessando a produção de espermatozoides. 9. (UFSC 2013) A Europa vai decidir como controlar mais uma fonte de poluição: a urina das mulheres que tomam pílulas an-ticoncepcionais. Um dos componentes mais usados na com-posição de pílulas anticoncepcionais é o etinil-estradiol (EE2), uma molécula semelhante ao estrógeno. Ao contrário do estro-gênio produzido pelo corpo, o EE2 não é rapidamente degra-dado pelo fígado e, portanto, pode ser administrado em doses extremamente baixas. Mas este fato tem uma consequência importante: ele é retirado intacto do sangue pelos rins e ex-cretado na urina de todas as mulheres que tomam anticoncep-cionais. A urina acaba no sistema de esgoto das cidades, que, depois de tratado, é despejado nos rios. Diversos experimen-tos demonstram os efeitos nocivos do EE2 sobre a reprodução de peixes. Em algumas espécies de peixes, as doses de EE2 despejadas nos rios provocam alterações nos testículos e im-pedem sua reprodução; em outras, provocam o aparecimento de indivíduos transexuais.

Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-impacto-do-fi-lho-evitado-,889291,0.htm>. [Adaptado] Acesso em: 20 ago. 2012.

Considerando o acima exposto, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01) As pílulas anticoncepcionais contêm hormônios que mimetizam a ação dos estrógenos e da progesterona, bloqueando a produção de óvulos pelos ovários. 02) As alterações apresentadas nos peixes do sexo masculino se explicam porque o EE2 bloqueia a produção de testosterona. 04) O estrógeno é naturalmente produzido no ovário humano e é responsável por provocar a proliferação das células do endométrio. 08) A menstruação é resultado da queda nas taxas de estrógenos e progesterona, o que, em mulheres que utilizam pílula anticoncep-cional, é mimetizado pela interrupção da ingestão do anticoncepcio-nal por alguns dias. 16) A urina produzida pelo sistema excretor contém apenas subs-tâncias tóxicas ao organismo, como representado pelo EE2. 32) Além dos hormônios encontrados nas pílulas anticoncepcio-nais, outras substâncias lançadas no ambiente podem interferir no desenvolvimento do sistema reprodutor dos animais. 10. (UERJ) A pílula anticoncepcional contém os hormônios es-trogênio e progesterona, que agem sobre a hipófise alterando os níveis de liberação dos seguintes hormônios: folículo esti-mulante (FSH) e luteinizante (LH).No gráfico abaixo, são mostradas as variações das concentra-ções de FSH e de LH durante um ciclo menstrual de 28 dias de uma mulher que não usa anticoncepcionais.

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Considere agora uma mulher que utilize esse método anticon-cepcional na prescrição usual: uma pílula por dia ao longo de 28 dias.Os valores sanguíneos dos hormônios FSH e LH, durante o ciclo menstrual dessa mulher, estão apresentados em:

a)

b)

c)

d)

1: [E]O procedimento citado no texto provoca a obstrução das tubas ute-rinas e, consequentemente, a união do espermatozoide e do óvulo.

2: [A]O hormônio progesterona é secretado pelas células foliculares do ovário. Após a ovulação, forma-se o corpo lúteo (amarelo), que se-creta doses crescentes desse hormônio, cuja finalidade é manter o endométrio uterino e impedir as contrações involuntárias da muscu-latura lisa do útero, denominada miométrio.

3: [D]Durante o ciclo menstrual, a fase de ovulação ocorrerá quando os hormônios FSH e LH hipofissários estiverem elevados, assim como também estará elevado o nível de estrógenos produzidos pelo folí-culo ovariano em desenvolvimento.

4: [C]A transformação das ovogônias em ovócitos primários ocorre por volta do terceiro mês de vida intrauterina. A menina possui em seus ovários milhares de folículos contendo, cada um, um ovócito primá-rio em meiose interrompida na prófase I.

5: [C]A relação sexual desprotegida, 30 horas após a fase lútea pode resultar em uma gravidez indesejada, porque, nesse período a ovu-lação já ocorreu. Nesse caso, a utilização da “pílula do dia seguin-te” pode dificultar a fecundação do oócito por modificar o ambiente onde se deslocam os espermatozoides.

6: [C]As lacunas do texto são corretamente preenchidas com os números 1, 2, 3, 6 e 7, respectivamente.

7: [C]O processo conhecido como laqueadura ou ligação das tubas ute-rinas impede que os espermatozoides cheguem ao óvulo, no terço superior da tuba uterina (trompa de Falópio), local onde ocorre a fe-cundação. Não havendo este processo, é considerado um método contraceptivo eficaz.

8: [B]A vasectomia é um método contraceptivo masculino cirúrgico e pou-co invasivo no qual são seccionados os canais deferentes para que não mais seja possível a presença de espermatozoides no sêmen.

9: 01 + 04 + 08 + 32 = 45.[02] Falsa. O hormônio EE2 atua inibindo a secreção dos hormô-nios gonadotróficos produzida pela hipófise dos peixes.[16] Falsa. A urina contém água e substâncias que se encontram em excesso no organismo, algumas tóxicas (ureia), entre outras não tóxicas, tais como sais, hormônios, vitaminas, etc.

10: [C]As pílulas anticoncepcionais contêm análogos sintéticos dos hormônios ovarianos estrogênio e progesterona. Essas substâncias são capazes de inibir a secreção hipofisária dos hormônios FSH e LH, determinantes, respectivamente, do amadurecimento do folículo ovariano e da libera-ção do óvulo (ovulação). Dessa forma, por retroalimentação (feedback) negativo, os níveis de FSH e LH permanecerão baixos e não ocorrerá a ovulação, como mostrado no gráfico indicado na alternativa [C].

Reprodução