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Reguladores do Ciclo Menstrual
Dra. Amanda Felippe PadovezeNutricionista e Professora do Curso de Nutrição da FMU
Titulação máxima: Doutorado em Ciências – InCor-HC-FMUSP
1º Curso de Formação de Professores em Fitoterapia
02 de dezembro de 2014
Vitex agnus castus L. - Agnocasto
Origem: Mediterrâneo e Ásia
Parte da planta: frutos
Principais constituintes: óleos essenciais, flavonóides(casticina), iridóides (agnusídeo) e diterpenos.
Vitex agnus castus L. - Agnocasto
Mecanismos de ação:
1) Agonista dopaminérgico → inibição da ação da prolactina no eixo hipotálamo-hipofisário (in vitro)
2) Redução dos níveis de prolactina em células hipofisárias(in vitro e animais)
1º registro de uso: Século IV aC para distúrbios do úteroEstudos desde 1930: ação galactogoga.
Vitex agnus castus L. - Agnocasto
Tratamento de desordens ginecológicas (insuficiência de corpo lúteo e hiperprolactinemia).
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Uso por 3 ciclos menstruaisNormalização ou redução dos níveis de prolactina (20 mg/dia extrato)
Aumento da fase lútea (20 mg/dia extrato)Normalização dos níveis de progesterona (40 gotas/dia de ext. etanólico)
n = 170 mulheres (idade média de 36 anos)
↓raiva, irritabilidade, alteração no
humor, dores de cabeça, inchado
nas mamas
Vitex agnus castus L. - Agnocasto
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Mastalgia cíclica
Uso por 3 meses de 30 gotas/dia de tintura (1:5)
↓ Dores de mama e > no. dias sem dor
Tratamento de acne
Uso por 12 a 24 meses (30-40 gotas de ext. etanólico)
Cicatrização mais rápida e < recorrência
Vitex agnus castus L. - Agnocasto
EFEITOS COLATERAIS (2%): acne, náuseas, tonturas, urticária.
CONTRAINDICAÇÕES: gestantes, lactantes, pacientes com câncer mamário dependente de estrógeno.
POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: ↓ efeitos deantagonistas de receptores dopaminérgicos, interferência no efeito de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal.
Angelica sinensis (Oliv.) Diels - Angelica
Origem: Europa e Ásia
Parte da planta: raízes
Principais constituintes: ligustilide, ácido ferúlico, cumarinas.
Angelica sinensis (Oliv.) Diels - Angelica
Uso popular e tradicional como tônico e tratamento de distúrbios menstruais (amenorreia, dismenorréia, TPM)
Angelica sinensis (Oliv.) Diels - Angelica
Estudos em animais
Amenorreia
Decocção → ↓ compostos voláteis
estímulo da contração uterina
Dismenorreia
Óleo essencial (ligustilide)
diminuição da contração uterina
Angelica sinensis (Oliv.) Diels - Angelica
Relatos de caso (1889-1910)
Uso de extrato fluído (5ml, 3x/dia), 1 semana antes da menstruação
↓ cólicas uterinas (antes e durante) e ↑ fluxo menstrual
Efeitos colaterais (raro): náuseas, tonturas.Fotossensibiização.
IM: anticoagulantes (efeito antiplaquetário do ácido ferúlico)
Cimifuga racemosa (L.) Nutt - Cimifuga
Origem: EUA e Canadá
Parte da planta: raízes e rizomas
Principais constituintes: glicosídeos triterpênicos (26-deoxiacterína).
Cimifuga racemosa (L.) Nutt - Cimifuga
Uso tradicional por indígenas norte-americanos para menstruação irregular,
dismenorreia, TPM.
Anti-inflamatório, febrífugo, alívio de dores, sintomas da menopausa.
Efeitos colaterais: desconforto GI.
CI: gestantes e lactantes.Uso máximo de 6 meses
Trigonella foenum-graecum – Feno-grego
Origem: Ásia e Irã.
Parte da planta: folhas e sementes
Principais constituintes: lisina, triptofano, isoleucina, fenóis, saponinas (diosgenina), alcalóides (trigonelina) fitosteróis,
fitoestrógenos, galactomananas.
Trigonella foenum-graecum – Feno-grego
Indicações Terapêuticas: hipoglicemiante e hipolipidêmico.
Estudos em animais: ação anti-inflamatória e antioxidante. Analgésico (via receptores serotonérgicos).
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Referências bibliográficas
Contato: [email protected]://lattes.cnpq.br/2164805663660773