excelente dedicatoria de deming a shewhart

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UNIVERSIDADE DE ITAÚNA FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA DA PRODUÇÃO - 6 o . PERÍODO DISCIPLINA: CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE PROFESSOR: Alecir Silva INTRODUÇÃO AO CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE O CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE Dedicatória de W. Edwards Deming à Walter Andrew Shewhart As pessoas que estão interessadas em um estudo sério sobre controle da qualidade serão bem-vinda ao ótimo trabalho do Dr. Shewhart no livro, Economic control of quality of manufactured product, que estabeleceu mais do que um marco, ele abordou o controle da qualidade em todos os aspectos especificações, problemas com a inspeção no recebimento de materiais e com a inspeção ao longo de toda a linha de produção, a melhoria do processo, definições operacionais, problemas na definição da qualidade. O consumidor, para Shewhart, foi a parte mais importante da linha de produção. Sem o consumidor, a produção cessa. A qualidade que visa satisfazer as necessidades do consumidor, deve ser mencionada em termos da especificação de característica da qualidade que pode ser medida. É necessário prever quais características da qualidade de um produto produzirá satisfação em uso. Qualidade, no entanto, para o consumidor, não é um conjunto de especificações. A qualidade de qualquer produto é a interação entre o produto, o usuário, suas expectativas, e os serviços que ele pode obter no caso de o produto falhar ou necessitar de manutenção. As necessidades do consumidor estão em contínua mudança. Conseqüentemente, estão os materiais, métodos de fabricação e produtos. A qualidade de um produto não significa necessariamente alta qualidade. Significa melhoria contínua de processo, de modo que o consumidor pode depender da uniformidade de um produto e comprá-lo a baixo custo. Para Shewhart, o controle da qualidade significava cada atividade e cada técnica que pode contribuir para uma vida melhor, em um sentido material, através da economia no processo de fabricação. Seu livro enfatiza a necessidade de uma contínua busca de melhores conhecimentos sobre materiais, como se comportam na fabricação, e como o produto comporta em uso. A manufatura econômica exige realização de controle estatístico do processo e de controle estatístico do processo de medição. Ela exige a melhoria do processo em todas outras formas viáveis. O custo e a inadequação de inspeção devem ser conhecidos. O objetivo final do controle da qualidade deve ser conseqüentemente pela eliminação de inspeção à exceção de pequenas amostras para a garantia da continuação do controle estatístico e para a comparação de medições entre o vendedor e comprador, fabricante e o cliente, etc. Como os japoneses aprenderam em 1950, que a produtividade aumenta com a melhoria da qualidade do processo. Para ver isso, basta apenas aritmética da 4ª. série. Se a ação no processo (como a introdução de definições operacionais para uma característica da qualidade) diminui os defeitos de 8% para 4%, qualquer aluno pode entender que isto significa, pelo menos, 4% a mais de produtividade. Os desperdícios são cortados ao meio. É importante observar que esse ganho é realizado sem nenhum esforço de aquisição de novos equipamentos. Além disso, há benefícios de longo prazo com o alcance de uma qualidade melhor no mercado, além de elevar o moral da força de trabalho. O próximo passo é a melhoria das condições de processo para nova redução da proporção de defeituosos, e ainda ganho de produtividade. Os testes das variáveis que afetam um processo somente são úteis se prever o que irá acontecer se esta ou aquela variável é aumentada ou reduzida. É somente com o material produzido em controle estatístico que poderia falar de uma experiência com uma amostra conceitual que poderia ser estendida para um tamanho infinito. Infelizmente, esta suposição, base para a análise de variância e de muitas outras técnicas estatísticas, é tão irrealizável quanto é vital em muitas experiências realizadas na indústria, na agricultura, e na medicina. A teoria estatística como ensinada nos livros é válida e conduz a testes e critérios operacionalmente verificáveis para um estudo enumerativo. Não tão analítica como um problema, dado que as condições do experimento não serão duplicadas no próximo teste. Infelizmente, a maioria dos problemas na indústria é analítica. As necessidades da indústria de algo melhor dos estatísticos sempre incomodou Shewhart. Como ele disse muitas vezes, as exigências da indústria estão mais rigorosas que os requisitos para a pesquisa em ciências puras. A indústria necessita de métodos estatísticos que sejam eficientes. Bom dados são dispendiosos. Porque desperdiçar informações que podem ajudar a melhorar um processo quando métodos eficientes são conhecidos e são simples?

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Page 1: Excelente Dedicatoria de Deming a Shewhart

UNIVERSIDADE DE ITAÚNA

FACULDADE DE ENGENHARIA – ENGENHARIA DA PRODUÇÃO - 6o

. PERÍODO

DISCIPLINA: CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE – PROFESSOR: Alecir Silva

INTRODUÇÃO AO CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE

O CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE

Dedicatória de W. Edwards Deming à Walter Andrew Shewhart

As pessoas que estão interessadas em um estudo sério sobre controle da qualidade serão bem-vinda ao ótimo trabalho do Dr. Shewhart no livro, Economic control of quality of manufactured product, que estabeleceu mais do que um marco, ele abordou o controle da qualidade em todos os aspectos – especificações, problemas com a inspeção no recebimento de materiais e com a inspeção ao longo de toda a linha de produção, a melhoria do processo, definições operacionais, problemas na definição da qualidade. O consumidor, para Shewhart, foi a parte mais importante da linha de produção. Sem o consumidor, a produção cessa. A qualidade que visa satisfazer as necessidades do consumidor, deve ser mencionada em termos da especificação de característica da qualidade que pode ser medida. É necessário prever quais características da qualidade de um produto produzirá satisfação em uso. Qualidade, no entanto, para o consumidor, não é um conjunto de especificações. A qualidade de qualquer produto é a interação entre o produto, o usuário, suas expectativas, e os serviços que ele pode obter no caso de o produto falhar ou necessitar de manutenção. As necessidades do consumidor estão em contínua mudança. Conseqüentemente, estão os materiais, métodos de fabricação e produtos. A qualidade de um produto não significa necessariamente alta qualidade. Significa melhoria contínua de processo, de modo que o consumidor pode depender da uniformidade de um produto e comprá-lo a baixo custo. Para Shewhart, o controle da qualidade significava cada atividade e cada técnica que pode contribuir para uma vida melhor, em um sentido material, através da economia no processo de fabricação. Seu livro enfatiza a necessidade de uma contínua busca de melhores conhecimentos sobre materiais, como se comportam na fabricação, e como o produto comporta em uso. A manufatura econômica exige realização de controle estatístico do processo e de controle estatístico do processo de medição. Ela exige a melhoria do processo em todas outras formas viáveis. O custo e a inadequação de inspeção devem ser conhecidos. O objetivo final do controle da qualidade deve ser conseqüentemente pela eliminação de inspeção à exceção de pequenas amostras para a garantia da continuação do controle estatístico e para a comparação de medições entre o vendedor e comprador, fabricante e o cliente, etc. Como os japoneses aprenderam em 1950, que a produtividade aumenta com a melhoria da qualidade do processo. Para ver isso, basta apenas aritmética da 4ª. série. Se a ação no processo (como a introdução de definições operacionais para uma característica da qualidade) diminui os defeitos de 8% para 4%, qualquer aluno pode entender que isto significa, pelo menos, 4% a mais de produtividade. Os desperdícios são cortados ao meio. É importante observar que esse ganho é realizado sem nenhum esforço de aquisição de novos equipamentos. Além disso, há benefícios de longo prazo com o alcance de uma qualidade melhor no mercado, além de elevar o moral da força de trabalho. O próximo passo é a melhoria das condições de processo para nova redução da proporção de defeituosos, e ainda ganho de produtividade. Os testes das variáveis que afetam um processo somente são úteis se prever o que irá acontecer se esta ou aquela variável é aumentada ou reduzida. É somente com o material produzido em controle estatístico que poderia falar de uma experiência com uma amostra conceitual que poderia ser estendida para um tamanho infinito. Infelizmente, esta suposição, base para a análise de variância e de muitas outras técnicas estatísticas, é tão irrealizável quanto é vital em muitas experiências realizadas na indústria, na agricultura, e na medicina. A teoria estatística como ensinada nos livros é válida e conduz a testes e critérios operacionalmente verificáveis para um estudo enumerativo. Não tão analítica como um problema, dado que as condições do experimento não serão duplicadas no próximo teste. Infelizmente, a maioria dos problemas na indústria é analítica. As necessidades da indústria de algo melhor dos estatísticos sempre incomodou Shewhart. Como ele disse muitas vezes, as exigências da indústria estão mais rigorosas que os requisitos para a pesquisa em ciências puras. A indústria necessita de métodos estatísticos que sejam eficientes. Bom dados são dispendiosos. Porque desperdiçar informações que podem ajudar a melhorar um processo quando métodos eficientes são conhecidos e são simples?

Page 2: Excelente Dedicatoria de Deming a Shewhart

UNIVERSIDADE DE ITAÚNA

FACULDADE DE ENGENHARIA – ENGENHARIA DA PRODUÇÃO - 6o

. PERÍODO

DISCIPLINA: CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE – PROFESSOR: Alecir Silva

INTRODUÇÃO AO CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE

A importância científica de medições controladas na pesquisa levou o Dr. Heihachi Sakamoto da Universidade de Keio a classificar os problemas de estatísticas em três tipos: enumerativo (dados descritivo), analítico e os métodos pelos quais se alcança o controle estatístico. Qualquer um que tenha tentado tirar amostras aleatórias de fichas de poker de uma taça, como Shewhart tentou, e como Tippett tentou, ou qualquer pessoa que tenha tentado fazer uso de um simples instrumento para controle estatístico, pode e deve levantar questões sobre como utilizar alguns dos métodos estatísticos que são ensinados hoje. Foram, de fato, as dificuldades de Tippett com cartões feitos em casa que o levou, por sugestão da Karl Pearson, a construir a sua bem conhecida tabela de números aleatórios, e se livrar dos cartões e fichas de poker para sempre. Embora considerações de probabilidade e distribuições sejam fundamentais para a carta de controle, Shewhart percebeu que os limites de controle devem ser aplicados na indústria. Um processo de fabricação, mesmo sob controle estatístico, oscila. Os limites de controle não podem, portanto, ser associado com qualquer probabilidade exata de procura de problemas (uma causa especial) quando não há nada, nem com falha na busca por problemas quando uma causa especial já existe. Foram por essas razões que, Shewhart usou os limites com 3 sigma. A experiência de 50 anos mostra como ele estava certo. Outra contribuição de Shewhart é seu reconhecimento da necessidade de definições operacionais. Uma definição operacional é aquela que é comunicável. Como pode um operador realizar o seu trabalho se ele não sabe o que é o trabalho? Como pode ele saber qual é o seu trabalho se o que ele produziu ontem estava correto, mas a mesma coisa está errada hoje? A inspeção – não importa se o operador inspeciona o seu próprio trabalho ou se ele confia a alguém para fazer por ele – deve ter definições operacionais das características da qualidade. Um sistema de medição, seja por equipamento ou visual, deve exibir controle estatístico. Caso contrário, a produção só pode permanecer no caos. Uma definição operacional traduz um conceito (adequado, ao acaso, seguro, conforme, bom) em um teste e um critério, se é suficientemente adequado, suficientemente seguro, ou não é. O método de ensaio e o critério que tem significado para fins comerciais ou legais só pode ser declarado em termos estatísticos: para um mesmo padrão de segurança, confiabilidade ou desempenho. Nunca houve antes uma maior necessidade de métodos estatísticos na indústria e na pesquisa. O mundo inteiro está falando de segurança em dispositivos mecânicos, elétricos e eletrônicos (em automóveis, por exemplo), segurança de medicamentos, confiabilidade, risco, poluição, pobreza, nutrição, melhoria das práticas agrícolas, melhoria na qualidade do produto, detalhamento do serviço, detalhamento do equipamento, ônibus, trens, e correios, necessidade de maior produção na indústria e na agricultura e o enriquecimento do trabalho. O consumidor exige mês a mês cada vez mais e com maior segurança, e ele espera melhor e melhor desempenho dos produtos manufaturados. O fabricante tem os mesmos problemas em suas compras de materiais, conjuntos, máquinas, e na utilização dos recursos humanos. Ele deve, além disso, saber mais e mais sobre o seu próprio produto. O que é o mais importante no processo de fabricação? Estes problemas não podem ser compreendidos e não podem sequer ser indicados, nem podem os efeitos de uma solução sugerida ser avaliados, sem o auxílio da teoria e dos métodos estatísticos.

Junho, 1980

Referência

Shewhart, W. A., Economic control of quality of manufactured product. Milwaukee, Wis.: American Society

for Quality Control, 1980. 501 p.