estrutura e analise das demonstracoes financeiras final
DESCRIPTION
Curso Ciências ContáveisTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
TUTOR PRESENCIAL: Rafael Bruno Bandeira de sousa
TUTOR A DISTANCIA: Wagner Luiz Villalva
EQUIPE:
BRUNA MICHELE BRASIL COSTA - RA 409175
ROGERIO DE JESUS SANTOS – RA 427831
RÔMULO EMELE ALVES AMORIM – RA416785
LIMOEIRO DONORTE-CE
2015
INTRODUÇÃO
Nessa atividade podemos avaliar que A Análise das Demonstrações Financeiras é um
importante instrumento que os administradores devem utilizar, visando otimizar os resultados
e criar novas situações para a empresa.
As empresas desenvolvem algumas atividades financeiras que precisam ser registradas. Estes
registros demonstram a vida da empresa e possibilitam uma análise completa da sua situação.
A administração desses dados é responsabilidade do administrador financeiro, que coleta,
estrutura, analisa e gera informações essências para o processo de tomada de decisões.
Através das diversas junções de técnicas podemos avaliar com maior precisão quais as
melhores decisões para uma empresa se tornar mais rentável nos dias de hoje.
ETAPA 1 – ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
ANÁLISE HORIZONTAL – BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 2007 2008
CIRCULANTE R$ A.H R$ A.H
Caixa e equivalente de caixa 189.010,00 100% 135.224,00 -25,46%
Títulos mantidos para negociação 111.512,00 100% 53.721,00 -51,82%
Duplicatas a receber 62.888,00 100% 77.463,00 23,18%
Valores a receber – repasse finame fabricante 223.221,00 100% 306.892,00 37,48%
Partes Relacionadas
Estoques 183.044,00 100% 285.344,00 55,89%
Impostos e contribuições a recuperar 11.537,00 100% 17.742,00 53,78%
Imp. de renda e contribuição social diferidos 2.149,00 100% 3.243,00 50,91%
Outros créditos 3.479,00 100% 7.247,00 108,31%
Total Circulante 786.840,00 100% 886.876,00 12,71%
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo
Duplicatas a receber 1.149,00 100% 1.686,00 46,74%
Valores a receber – finame fabricante 409.896,00 100% 479.371,00 16,95%
Partes relacionadas
Impostos e contribuições a recuperar 5.391,00 100% 18.245,00 238,43%
Imp. de renda e contribuição social diferidos 5.867,00 100% 9.488,00 61,72%
Outros créditos 2.928,00 100% 5.405,00 84,60%
Investimento em controlada, incluindo ágio e deságio
Outros investimentos 1.935,00 100% 3.163,00 63,46%
Imobilizado líquido 127.731,00 100% 252.171,00 97,42%
Intangível 6.574,00
Total Não Circulante 554.897,00 776.103,00 39,86%
Total do Ativo 1.341.737,00 1.662.979,00 23,94%
ANÁLISE HORIZONTAL – BALANÇO PATRIMONIAL EM 2007 E 2008
PASSIVO 2007 2008
CIRCULANTE R$ A.H R$ A.H
Financiamentos 29.498,00 100% 26.375,00 -10,59%
Financiamentos – Finame fabricante 192.884,00 100% 270.028,00 40,00%
Fornecedores 25.193,00 100% 31.136,00 23,59%
Salários e encargos sociais 35.934,00 100% 33.845,00 -5,81%
Impostos e contribuições a recolher 8.013,00 100% 7.357,00 -8,19%
Adiantamentos de clientes 9.702,00 100% 14.082,00 45,15%
Dividendos e juros sobre o capital próprio 2.375,00 100% 11.777,00 395,87%
Participações a pagar 4.400,00 100% 4.500,00 2,27%
Outras contas a pagar 4.524,00 100% 15.044,00 232,54%
Provisão para passivo descoberto - controlado
Partes relacionadas
Total Circulante 312.523,00 100% 414.144,00 32,52%
NÃO CIRCULANTE
Exigível a longo prazo
Financiamentos 49.306,00 100% 68.943,00 39,83%
Financiamentos – Finame fabricante 348.710,00 100% 453.323,00 30,00%
Impostos e contribuições a recolher 1.896,00 100% 3.578,00 88,71%
Provisão para passivos eventuais 1.659,00 100% 2.073,00 24,95%
Outras contas a pagar 9.626,00
Deságio em controladas 4.199,00 100% 29.513,00 602,86%
Total Não Circulante 405.770,00 100% 567.056,00 39,75%
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA 1.871,00 100% 2.536,00 35,54%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 489.973,00 100% 489.973,00 0,00%
Reserva de Capital 2.052,00 100% 2.052,00 0,00%
Ajustes de Avaliação Patrimonial 968,00 100% 349,00 -63,95%
Reserva de lucros 130.516,00 100% 187.567,00 43,71%
621.573,00 100% 679.243,00 9,28%
Total Passivo e Patrimônio Líquido 1.341.737,00 100% 1.662.979,00 23,94%
ANÁLISE HORIZONTAL – DRE EM 2007 E 2008
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS 2007 2008
R$ A.H R$ A.H
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 761.156,00 100% 836.625,00 9,92%
Mercado Interno 679,099,00 100% 728.313,00 7,25%
Mercado Externo 82.057,00 100% 108.312,00 32,00%
Imposto incidentes sobre vendas 129.168,00 100% 140.501,00 8,77%
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 631.988,00 100% 696.124,00 10,15%
Custos dos produtos e serviços vendidos 359.903,00 100% 416.550,00 15,74%
LUCRO BRUTO 272.085,00 100% 279.574,00 2,75
RECEITAS (*DESPESAS) OPERACIONAIS
Vendas 59.786,00 100% 65.927,00 10,27%
Gerais administrativas 45.428,00 100% 63.800,00 40,44%
Pesquisa e desenvolvimento 26.340,00 100% 28.766,00 9,21%
Honorários de administração 8.025,00 100% 8.278,00 3,15%
Tributárias 6.742,00 100% 2.913,00 -56,79%
Resultado de equivalência patrimonial
Outras receitas operacionais líquidas 1.031,00 100% 1.673,00 62,27%
Total das Despesas Operacionais 154.290,00 100% 168.011,00 15,64%
LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RES.
FIN
126.795,00 100% 111.563,00 -12,01%
RESULTADO FINANCEIRO
Receita Financeira 30.508,00 100% 36.950,00 21,12%
Despesas Financeiras 5.048,00 100% 5.061,00 0,26%
Variação cambial ativa 3.796,00 100% 10.752,00 -383,25%
Variação cambial passiva 6.258,00 100% 7.338,00 -217,26%
Total Resultado Financeiro 27.922,00 100% 35.303,00 26,43%
LUCRO OPERACIONAL 154.717,00 100% 146.866,00 -5,07%
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIB.
SOCIAL
Corrente 27.457,00 100% 33.324,00 21,37%
Diferido 1.914,00 100% 4.715,00 146,34%
LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIP. 129.174,00 100% 118.257,00 -8,45%
Participação Minoritária 555,00 100% 881,00 58,74%
Participação da Administração 4.400,00 100% 4.423,00 0,52%
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 124.219,00 100% 112.953,00 -9,07%
ANÁLISE VERTICAL – BALANÇO PATRIMONIAL EM 2007 E 2008
ATIVO 2007 2008 VARIAÇÃO
EM %CIRCULANTE R$ A.V R$ A.V
Caixa e equivalentes de caixa 189.010,00 14,09% 135.224,00 8,13% -5,96%
Títulos mantidos para negociação 111.512,00 8,31% 53.721,00 3,23% -5,08%
Duplicatas a receber 62.888,00 4,69% 77.463,00 4,66% -0,03%
Val. a receber – finame fabricante 223.221,00 16,64% 306.892,00 18,45% 1,82%
Partes relacionadas
Estoques 183.044,00 13,64% 285.344,00 17,16% 3,52%
Impostos e contrib. a recuperar 11.537,00 0,86% 17.742,00 1,07% 0,21%
IR e contrib. social deferidas 2.149,00 0,16% 3.243,00 0,20% 0,03%
Outros créditos 3.479,00 0,26% 7.247,00 0,44% 0,18%
Total do Circulante 786.840,00 58,64% 886.876,00 53,33% -5,31%
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo
Duplicatas a receber 1.149,00 0,09% 1.686,00 0,10% 0,02%
Val. a receber – finame fabricante 409.896,00 30,55% 479.371,00 28,83% -1,72%
Partes relacionadas
Impostos e contrib. a recuperar 5.391,00 0,40% 18.245,00 1,10% 0,70%
IR e contrib. social deferidos 5.867,00 0,44% 9.488,00 0,57% 0,13%
Outros créditos 2.928,00 0,22% 5.405,00 0,33% 0,11%
Inv. em controladas–Incl. ágio e
deságio
Outros investimentos 1.935,00 0,14% 3.163,00 0,19% 0,05%
Imobilizado líquido 127.731,00 952% 252.171,00 15,16% 5.64%
Intangível 6.574,00 0,85%
Total do Não Circulante 554.897,00 41,36% 776.103,00 46,67% 5,31%
Total do Ativo 1.341.737,00 100,00% 1.662.979,00 100,00% 0,00%
ANÁLISE VERTICAL – BALANÇO PATRIMONIAL EM 2007 E 2008
PASSIVO 2007 2008 VARIA
ÇÃO
EM %
CIRCULANTE R$ A.V R$ A.V
Financiamentos 29.459,00 2,20% 26.375,00 1,59% -0,61%
Financiamentos – Finame fabricante 192.884,00 14,38% 270.028,00 16,24% 1,86%
Fornecedores 24.795,00 1,85% 31.136,00 1,87% 0,02%
Salários e encargos sociais 35.927,00 2,68% 33.845,00 2,04% -0,64%
Impostos e contribuições a recolher 7.500,00 0,56% 7.357,00 0,44% -0,12%
Adiantamentos de clientes 9.702,00 0,72% 14.082,00 0,85% 0,12%
Divid. e juros sobre o capital próprio 2.234,00 0,17% 11.777,00 0,71% 0,54%
Participações a pagar 4.400,00 0,33% 4.500,00 0,27% -0,06%
Outras contas a pagar 4.262,00 0,32% 15.044,00 0,90% 0,59%
Provisão p/ passivo desc. - controlado
Total Circulante 311.712,00 23,23% 414.144,00 24,90% 1,67%
NÃO CIRCULANTE
Exigível a longo prazo
Financiamentos 49.144,00 3,66% 68.943,00 4,15% 0,48%
Financiamentos – Finame fabricante 348.710,00 25,99% 453.323,00 27,26% 1,27%
Impostos e contribuições a recolher 1.896,00 0,14% 3.578,00 0,22% 0,07%
Provisão para passivos eventuais 1.659,00 0,12% 2.073,00 0,12% 0,00%
Outras contas a pagar 9.626,00 0,58
Deságios em controladas 29.513,00 1,77 1,77
Total Não Circulante 401.409,00 29,92% 567.056,00 34,10% %4,18
Participações Minoritárias 2.536,00 0,15
Patrimônio Líquido
Capital Social 489.973,00 36,52% 489.973,00 29,46% -7,05%
Reserva de capital 2.052,00 0,15% 2.052,00 0,12% -0,03%
Ajustes de avaliação patrimonial 968,00 -0,07% 349,00 -0,02% 0,05%
Reserva de lucros 130.516,00 9,73% 187.567,00 11,28% 1,55%
Total de Patrimônio Líquido 621.573,00 46,33% 679.243,00 40,84% -5,48%
Total do Passivo 1.341.737,00 100,00% 1.662.979,00 100,00% 0,00%
ANÁLISE VERTICAL – DRE EM 2007 E 2008
DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADOS
2007 2008 VARIA
ÇÃO
EM %CIRCULANTE R$ A.V R$ A.V
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 761.156,00 100,00% 836.625,00 100,00% 0,00%
Mercado Interno 679.099,00 89,22% 728.313,00 87,05% -2,17%
Mercado Externo 82.057,00 10,78% 108.312,00 12,95% 2,17%
Impostos incidentes sobre vendas 129.168,00 -16,97% 140.501,00 -16,79% 0,18%
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 631.988,00 83,03% 696.124,00 83,21% 0,18%
Custos dos produtos e serv. vendidos 359.903,00 -47,28% 416.550,00 -49,79% -2,51%
Lucro Bruto 272.085,00 35,75% 279.574,00 33,42% -2,33%
Receitas/ Despesas Operacionais
Vendas 59.786,00 -7,85% 65.627,00 -7,84% 0,01%
Ferais e administrativas 45.428,00 -5,97% 63.800,00 -7,63% -1,66%
Pesquisa e desenvolvimento 26.340,00 -3,46% 28.766,00 -3,44% 0,02%
Honorários de administração 8.025,00 -1,05% 8.278,00 -0,99% 0,06%
Tributárias 6.742,00 -0,89% 2.913,00 0,35% 1,23%
Resultado de equivalência patrimonial
Outras receitas operacionais líquidas 1.031,00 0,14% 1.673,00 38,37% 38,24%
Total Despesas Operacionais 145.290,00 -19,09% 168.011,00 13,52% 32,61%
Lucro Operacional Antes do Res. Final 126.795,00 16,66% 111.563,00 -13,65% -30,31%
Resultado Financeiro
Receita financeira 30.508,00 -23,62% 36.950,00 4.42% 28,04%
Despesa financeira 5.048,00 -0,66% 5.061,00 -0,60% 0,06%
Variação cambial ativa 3.796,00 -0,50% 10.752,00 1,29% 1,78%
Variação cambial passiva 6.258,00 0,82% 7.338,00 -0,88% -1,70%
Total Resultado Financeiro 27.922,00 3,67% 35.303,00 4,22% 0,55%
Lucro operacional 154.717,00 20,33% 146.866,00 17,55% -2,77%
Imp. de Renda e Contrib. Social
Corrente 27.457,00 -3,61% 33.324,00 -3,98% -0,38%
Deferido 1.914,00 0,25% 4.715,00 0,56% 0,31%
Lucro Líquido Antes das Particip. 129.174,00 16,97% 118.257,00 14,14% -2,84%
Participação minoritária 555,00 -0,07% 881,00 -0,11% -0,03%
Participação da administração 4,400,00 -1,00% 4.423,00 -0,53% 0,05%
Lucro Líquido do Exercício 124,219,00 16,32% 112.953,00 13,50% -2,82%
ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES
Vendas
A Receita Operacional Líquida consolidada apresentou um crescimento de 10,15 em
comparação a 2007, atingindo 696 milhões. Este crescimento deve-se ao desempenho geral
de suas operações e pelo desempenho positivo da atividade industrial no Brasil nos nove
primeiros meses de 2008. A empresa mostrou ser competitiva no mercado externo, onde se
obteve um aumento de 35% nas receitas de exportação, com um acréscimo de 3% na receita
operacional de um ano para o outro.
Custos dos Produtos Vendidos
Na análise horizontal de 2007, o custo dos produtos e serviços vendidos apresentou um
aumento de 13,60%. Na análise vertical de 2008 o aumento foi de 2,89% comparado ao ano
anterior. Apesar do aumento das receitas, observou-se a diminuição da margem de lucros,
impulsionada pelo aumento nos custos de produção.
Margem Bruta
Fórmula: Lucro Bruto *100/ Receita Líquida
2007
124.219
9,26%1.341.737,00
Em relação a 2007 todas as unidades de negócio tiveram as margens reduzidas, decorrente da
conjuntura cambial e da instabilidade do preço de algumas matérias-primas metálicas,
principalmente na divisão de fundidos e usinados, o que levou a uma redução significativa no
volume de vendas, a qual atingiu 40,2% contra 43,1% em 2007.
Despesas Operacionais
Em 2008 as despesas tiveram um aumento de 15,52% em relação a 2007. As despesas
administrativas foram as que obtiveram a maior alta, 40,44%, em contrapartida as despesas
tributárias caíram 56,79% em relação a 2007.
Contas Patrimoniais
No circulante a situação é confortável, visto que o ativo e 2,14 vezes maior que o passivo. O
não circulante também apresenta boa situação, já que o ativo é 1,37 vezes maior que o
passivo.
Quanto aos Juros sobre o Capital Próprio, creditados aos acionistas ao longo de 2008,
líquidos de IRRF e imputáveis aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício
social de 2008, foram de R$ 35,5 milhões e corresponde a 31,4% do lucro líquido do
exercício. Ao observarmos o circulante de 2007 para 2008 a conta “Outros
Créditos” aumentou para 108,31% e a teve menor relevância foi a de Títulos
Mantidos para Negociação, com redução de 51,82% O At i vo não
c i r cu l an t e ap r e sen tou a con t a Impos to s e con t r i b u i ções a r ec upe ra r o de
ma io r pe r cen tu a l com 238 ,43 % e o meno r fo i o de Va l o re s a receber-
repasse Finame fabricante, com 16,95% de aumento, No Passivo circulante o aumento
de 395,87% na conta Dividendos e juros sobre o capital próprio, foi o maior e o menor
na conta Financiamento com redução de 10,59%.No Pas s ivo não c i r cu l a n t e o
Deság io em con t ro l ad as t eve um sa l t o de 602,86% e a “Provisão para passivos
eventuais um aumento de 24,95%.No Patrimônio Líquido com 43,71% a “Reserva de lucros
foi a mais alta e a menor foi os Ajustes de avaliação patrimonial com uma redução de 63,95%.
ETAPA-2
A análise das demonstrações financeiras ou contábeis é uma ferramenta essencial à geração de
informações sobre o desempenho organizacional, a situação econômico-financeira das
empresas e, até mesmo, com relação a seu gerenciamento. O presente artigo tem por objetivo
considerar a importância dos indicadores financeiros, na tomada de decisão dentro de uma
organização líder no setor petrolífero. O intuito é procurar identificar por meio de Índices de
Liquidez, Estrutura e Rentabilidade a saúde financeira da empresa comparando seus
desempenhos, medindo a capacidade de pagamento a curto/longo prazo, além da medição da
rentabilidade em função dos investimentos e patrimônio líquido. Utiliza-se para este estudo,
uma análise exploratória do Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração de Resultados do
Exercício (DRE), da empresa Petróleo Brasileiro S/A, companhia de capital aberto, tendo
como referência os exercícios 2009 e 2010.
QUADRO RESUMO DOS ÍNDICES
Índice Índice Fórmula Interpretação
Estrutura de
Capital
Participação de
Capitais de
Terceiros
PARTICIPAÇÃO DE
CAPITAL DE TERCEIROS =
(PC + ELP) / Ativo Total
Indica qual a “dependência”
dos negócios em relação a
recursos de terceiros (bancos,
fornecedores, recursos
trabalhistas e tributários).
Imobilização do
Patrimônio
Líquido
AP / PL
Reflete o “engessamento” dos
recursos próprios, pois quanto
maior o índice, maior a
dependência de terceiros para
atender compromissos
financeiros. Um índice menor
que 0,5 é recomendável.
Imobilização
dos recursos
não correntes
AP / (PL + ELP)
Uma variante do índice
anterior. Avalia qual o nível de
imobilização em relação aos
recursos próprios e de terceiros
de longo prazo. Quanto maior o
índice, maior a imobilização.
Liquidez Liquidez Geral (AC + RLP) / (PC + ELP) Demonstra a “viabilidade” de
médio e longo prazo dos
pagamentos de compromissos
já assumidos. O índice mínimo
é 1. Abaixo de 1, indica
problemas de liquidez.
Liquidez
CorrenteAC / PC
Evidencia a capacidade de
pagamento de curto prazo. Um
índice inferior a 1 indica
problemas prementes de
liquidez.
Liquidez Seca (AC – Estoques) / PC
Como os estoques tem uma
característica de permanência
nas atividades da empresa (pois
são indispensáveis a maioria
das atividades de produção e
comercialização), este índice
procura demonstrar uma
“liquidez real”, mediante a
realização de ativos ditos
“financeiros” (que se realizam
em caixa)
Rentabilidade
Giro do ativo REOB / Ativo Total
Indica qual a geração de
receitas sobre cada R$ do ativo.
Quanto maior o índice, maior a
capacidade de geração de
receitas, indicando um bom
desempenho de vendas e/ou
uma boa administração dos
ativos.
Margem líquida Resultado Líquido / ROL Utiliza-se este índice para
avaliar a performance de
resultado (lucro ou prejuízo)
sobre a receita. Obviamente,
quanto maior o índice (se
positivo), melhor a margem.
Rentabilidade
do Patrimônio
Líquido
Resultado Líquido / (PL Médio
– Resultado Líquido)
A remuneração do Patrimônio
Líquido, representando os
recursos dos donos, é
representada pelos resultados
gerados. Se este índice for
inferior a taxa de aplicação
financeira (líquida de impostos)
no período, significa um
desempenho insatisfatório.
Espera-se que qualquer negócio
tenha um desempenho mínimo
de 50% superior a taxa de
aplicação financeira. Desta
forma, se a taxa (líquida de
impostos) de aplicação, ao ano,
corresponde a 14%, então
espera-se um retorno mínimo
sobre o PL de 21%.
AC – Ativo Circulante
AP – Ativo Permanente
REOB – Receita Operacional Bruta
ROB – Resultado Operacional Bruto
ROL – Receita Operacional Líquida
PL – Patrimônio Líquido
PC – Passivo Circulante
ELP – Exigível a Longo Prazo
ETAPA-3
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
GIRO DO ATIVO = REOB / Ativo Total
Indica qual a geração de receitas sobre cada R$ do ativo. Quanto maior o índice, maior a
capacidade de geração de receitas, indicando um bom desempenho de vendas e/ou uma boa
administração dos ativos.
MARGEM LÍQUIDA = Resultado Líquido / ROL
Utiliza-se este índice para avaliar a desempenho de resultado (lucro ou prejuízo) sobre a
receita. Obviamente, quanto maior o índice (se positivo), melhor a margem.
RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO = Resultado Líquido / (PL Médio –
Resultado Líquido)
A remuneração do Patrimônio Líquido, representando os recursos dos donos, é representada
pelos resultados gerados. Se este índice for inferior a taxa de aplicação financeira (líquida de
impostos) no período, significa um desempenho insatisfatório. Espera-se que qualquer
negócio tenha um desempenho mínimo de 50% superior a taxa de aplicação financeira. Desta
forma, se a taxa (líquida de impostos) de aplicação, ao ano, corresponde a 14%, então espera-
se um retorno mínimo sobre o PL de 21%.
Nota: para as empresas que creditam TJLP sobre o PL a seus sócios, acionistas ou titulares, o
respectivo valor deve ser adicionado ao resultado, para composição da rentabilidade.
ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS = (PC + ELP) / Ativo Total
Indica qual a “dependência” dos negócios em relação a recursos de terceiros (bancos,
fornecedores, recursos trabalhistas e tributários).
Uma participação próxima a 1 denota insolvência e extrema dependência de terceiros. O ideal
é que esta participação seja igual ou inferior a 0,6.
ENDIVIDAMENTO A CURTO PRAZO = PC / (PC + ELP)
Evidencia qual o nível de exigibilidade de curto prazo do endividamento. Não existe uma
regra geral para determinar qual o ideal para este índice, mas quando menor for o mesmo
significa maior “folga” em relação ás dividas e compromissos existentes.
IMOBILIZAÇÃO DO PL = AP / PL
Reflete o “engessamento” dos recursos próprios, pois quanto maior o índice, maior a
dependência de terceiros para atender compromissos financeiros. Um índice menor que 0,5 é
recomendável.
IMOBILIZAÇÃO SOBRE RECURSOS NÃO CORRENTES = AP / (PL + ELP)
Uma variante do índice anterior. Avalia qual o nível de imobilização em relação aos recursos
próprios e de terceiros de longo prazo. Quanto maior o índice, maior a imobilização.
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
LIQUIDEZ GERAL = (AC + RLP) / (PC + ELP)
Demonstra a “viabilidade” de médio e longo prazo dos pagamentos de compromissos já
assumidos. O índice mínimo é 1. Abaixo de 1, indica problemas de liquidez.
LIQUIDEZ CORRENTE = AC / PC
Evidencia a capacidade de pagamento de curto prazo. Um índice inferior a 1 indica problemas
prementes de liquidez.
LIQUIDEZ SECA = (AC – Estoques) / PC
Como os estoques tem uma característica de permanência nas atividades da empresa (pois são
indispensáveis a maioria das atividades de produção e comercialização), este índice procura
demonstrar uma “liquidez real”, mediante a realização de ativos ditos “financeiros” (que se
realizam em caixa).
ÍNDICES DE REALIZAÇÃO FINANCEIRA
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO (PMR) = Média de Clientes x 365/REOB
Mede em quantos dias há o recebimento das receitas de vendas.
PRAZO MÉDIO DE ESTOQUES (PME) = Média de Estoques x 365/Custos das Vendas
Avalia o “giro” dos estoques, em dias.
PRAZO MÉDIO DE COMPRAS (PMC) = Média de Fornecedores x 365/Compras
Indica em quantos dias há o pagamento das compras efetuadas.
CICLO DE CAIXA = PMR + PME – PMC
Evidencia em quantos dias os recursos aplicados nas atividades operacionais, demoram a
retornar ao caixa. Quanto maior o ciclo, maior a necessidade de capitais para manter as
atividades.(...)
O estudo do Modelo DuPont, amplamente conhecido tanto em ambiente acadêmico como
empresarial, aborda os aspectos quantitativos das interferências patrimoniais e de resultado no
Retorno sobre o Investimento (RSI) das empresas. Tal abordagem realiza-se por meio de
desdobramentos desse indicador de rentabilidade, inicialmente em lucratividade (Margem de
Lucro) e produtividade (Giro do Ativo). Sabemos que as Demonstrações Contábeis têm o
papel de fornecer informações aos seus usuários, sendo tanto mais eficientes e eficazes quanto
melhores as informações produzidas. O que se aborda, em nossa literatura nacional,
marcadamente, é a apresentação do modelo DuPont do ponto de vista quantitativo, deixando a
sua análise ambiental/qualitativa posteriormente aos profissionais da administração financeira,
economistas, controllers e etc. No presente artigo são estudados alguns conceitos
fundamentais sobre sistema-empresa, ambiente externo empresarial, variáveis-chave, modelo
DuPont, de forma relacionada com o fenômeno da Contabilidade Estratégica e seu potencial
de informações para a tomada de decisão. Aplicaremos nesse artigo um estudo de caso TAM
S/A, como proposição de aplicabilidade ao ensino da disciplina Análise das Demonstrações
Contábeis nos cursos de Ciências Contábeis, propondo um Diagrama Estratégico como uma
extensão do modelo DuPont.
Etapa 4-
A Necessidade de Capital de Giro
Capital de Giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios
acontecerem. Existe a expressão “Capital em Giro” que seriam os bens efetivamente em uso.
Para gerenciar o Capital de Giro é preciso um processo contínuo, tomar decisões voltadas para
a preservação da liquidez da companhia.
O Capital de Giro pode fazer a grande diferença na rentabilidade de uma empresa, por está
envolvido em um grande volume de ativos. Para que chegue à conclusão necessária de Capital
de Giro não se faz necessário somente um estudo do ponto de vista financeiro, e sim a criação
de uma estratégia que possa realmente garantir crescimento, lucro e principalmente segurança
para a longevidade da empresa.
Fórmula
ACO=Ativo Circulante Operacional
PCO=Passivo Circulante Operacional
2007: 452.107 – 87.766 = 364.341
2008: 526.263 – 105.964 = 420.299
Um bom volume de liquidez para empresa é positivo, quando isso não ocorre significa que o
Passivo Circulante está sendo maior que o Ativo Circulante, tendo como resultado despesas
financeiras, diminuindo o lucro da empresa. Mas se a liquidez estiver com grandes sobras
pode significar para quem analisa de fora uma ausência de investimentos, dando a impressão
negativa para a empresa.
Onde:
PMRE= Prazo médio de rotação dos estoques. Tempo de giro médio dos estoques da
empresa, isto é, o tempo de compra e estocagem.
DP= Dias e Período, ou seja, se estivermos considerando o CMV de um ano, por exemplo, DP
será igual à 360 dias.
PMPC= Prazo médio de pagamento das compras.
CMV= Custo de Mercadorias Vendidas.
Corresponde ao período compreendido desde a compra das mercadorias até o momento de
suas vendas nas empresas comerciais.
FÓRMULA= PMRE = Estoque x DP
CMV
2007: PMRE = 183.044 = 0,508592 x 360 = 183,09
359.903
2008: PMRE = 285.344 = 0,685017 x 360 = 246.61
416.550
Prazo Médio do Recebimento das Vendas (PMRV)
Compreende ao intervalo de tempo entre a venda a prazo das mercadorias ou produtos em
questão e as entradas de caixa oriundas da cobrança das duplicatas.
Fórmula: PMRV= Duplicatas a Receber x DP
Receita Bruta de Vendas
2007: PMRV = 62.888 = 0,082621 x 360 = 29,74
761.156
2008: PMRV = 77.463 = 0,092589 x 360 = 33,33
836.625
Prazo Médio de Pagamentos das Compras (PMPC)
Indica o período de tempo em que a empresa dispõe das mercadorias ou materiais de
produção sem desembolsar os valores correspondentes.
Para chegar ao saldo de compras, quando esse não está no Balanço Patrimonial, devemos
utilizar a seguinte formula: Compras = CMV – Estoque Inicial + Estoque Final.
Fórmula: Fornecedores x DP
DP
2007: 25.193
Sem o saldo inicial de 2007
2008: Compras = 416.550 – 183.044 + 285.344= 518.850
31.136 = 0,06x 360 = 21,60
518.850
Ciclo Operacional da Empresa (em dias)
PMRE = Prazo médio de rotação dos estoques
PMRV = Prazo médio de recebimento das vendas
CO = Ciclo Operacional
Fórmula: CO = PMRE + PMRV
2007: CO = 183,09 + 29,74= 212,83
2008: CO = 246,61 + 33,33 = 279,94
Ciclo Financeiro da Empresa (em dias)
PMPC = Prazo médio de pagamento das compras
CF = Ciclo Financeiro
CO = Ciclo Operacional
Fórmula: CF = CO – PMPC
2008: CF = 279,94 – 21,60 = 258,34
Relatório Final Sobre o Exame da Saúde Econômica, Financeira e Patrimonial.
De acordo com a análise dos incides econômicos e financeiros da Empresa ROMI em 2007 e
2008, apresentamos o seguinte relatório.
A Rentabilidade do Ativo se mostrou ineficientes entre os dois períodos. Em 2007, a
rentabilidade foi de 9,26% ao passo que, em 2008, esse índice diminuiu para 6,79%,
demonstrando que a empresa não remunerou a utilização de seus Ativos com a mesma
eficiência que no ano anterior.
Assim concluímos que no giro a empresa está eficiente em 0,55, com uma margem de lucro
de 14% e através do método Dupont, que a empresa (ROMI S.A.), tem rentabilidade de 8%.
Apesar de alguns dados apresentarem números inferiores em comparação ao ano anterior
(2007), a empresa ainda se apresenta em boas condições para analistas internos da empresa
e/ou a possíveis investidores.
Diante das informações apresentadas, acreditamos que empresa apresenta-se nos três aspectos
– econômico financeiro e patrimonial – com padrões aceitáveis, como uma empresa em
situação saudável.
CONCLUSÃO
Após o termino dessa ATPS de pesquisas e analises dos mais diversos recursos contábeis,
percebemos o quanto é necessário uma observação cuidados dos demonstrativos contábeis,
pois são com esses dados que podemos nos basear para tomar uma decisão acertada para a
empresa.
Essas técnicas são frutos de muitos estudos e experiências importantes dentro das empresas.
A cada dia teremos mais técnicas e mais precisas, pois esses estudos irão se aprimorando a
cada dia, para que as empresas continuem tomando decisões e criando ideais para seu
crescimento financeiro, econômico e patrimonial.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AZEVEDO, Marcelo Cardoso de (org.), Estrutura e analise das Demonstrações Financeiras,2.
Ed. Campinas: Alínea, 2009.
FRANCO, Hilário, Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15 edição. Ed. Atlas.
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e analise de balanços: um enfoque econômico-
financeiro. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Sites: http://www.romi.com.br