FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA – FACINTERANIBAL DE CARVALHO

ELISABETE FÁTIMA MORANDINI (RU 130048)

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADOENSINO MÉDIO: SOCIOLOGIA

JUNDIAÍCOLÉGIO OPÇÃO

2011FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA – FACINTER

ANIBAL DE CARVALHO

ELISABETE FÁTIMA MORANDINI (RU 130048)

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADOENSINO MÉDIO: SOCIOLOGIA

Trabalho apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado no Ensino Médio: Sociologia, no Curso de Pedagogia a Distância da Faculdade Internacional de Curitiba-FACINTER.Tutor Local Colégio Opção.Centro Associado de Jundiaí.

JUNDIAÍCOLÉGIO OPÇÃO

2011SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................03

2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA...............................................05

2.1. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA...........................................05

2.2. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO.....................................................................06

2.3. NÍVEIS DE ATENDIMENTO................................................................................06

3. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO...............................................................07

3.1. CONTEXTO.........................................................................................................07

3.2. NÚMERO DE ALUNOS.......................................................................................08

3.3. ESTRUTURA FÍSICA..........................................................................................08

3.4. PROBLEMAS DA COMUNIDADE QUE INFLUENCIAM NA

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR.......................................................................................09

3.5. RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE..................................................09

3.6. RELAÇÃO ESCOLA E MANTENEDORA...........................................................11

3.7. RELAÇÃO ESCOLA E SERVIÇOS DE ATENDIMENTO AO ALUNO................13

3.8. A ESCOLA E A PROFISSIONALIZAÇÃO DOS EDUCADORES........................13

3.9. PROJETO PEDAGÓGICO..................................................................................13

4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE GESTÃO ..........15

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................18

6. QUESTÃO INDIVIDUAL........................................................................................19

REFERÊNCIAS..........................................................................................................20

ANEXOS.....................................................................................................................21

1. INTRODUÇÃO

O estágio curricular supervisionado deverá ser um momento de crescimento

profissional, constituindo-se numa atividade interativa e participante, considerando

principalmente a elaboração de projetos, desenvolvidos pelos estagiários orientados pela

tutora do curso de Pedagogia da FACINTER e o corpo docente das escolas campo. Ao mesmo

tempo em que se enfoca a integração, teórica-prática, na formação de nosso aluno.

Essa nova concepção de estágio curricular supervisionado tem como meta aprimorar

os conhecimentos adquiridos nas aulas no decorrer do curso.

A proposta do estágio curricular supervisionado do curso de Pedagogia no Ensino

Médio, busca a formação de um profissional capaz de: Entender os novos parâmetros da

cultura como atividade humana, como prática de produção e de criação; Compreender o

processo de trabalho pedagógico que ocorre nas condições da escola, da educação formal e

não-formal e as condições de desenvolvimento da criança e do adolescente; Compreender a

dinâmica da realidade, utilizando-se das diferentes áreas do conhecimento para produzir a

teoria pedagógica; Identificar os processos pedagógicos que se desenvolvem na prática social

concreta que ocorrem nas instituições escolares e também fora delas, nos movimentos sociais;

Equacionar os fundamentos das políticas públicas, em especial no campo educacional e, a

partir dela, intervir nas diferentes instâncias em nível dos sistemas municipal, estadual e

federal, em condições de propor/ alterar/ contrapor condições de desenvolvimento pleno ao

indivíduo; Buscar articuladores que garantam a unidade teoria / prática no trabalho

pedagógico, tendo parâmetros claros que orientem a tomada de decisão em relação às escolas-

campo de estágio; Vivenciar o trabalho coletivo e interdisciplinar no trabalho pedagógico, de

forma interrogativa e investigativa, contribuindo para a construção de saberes e

conhecimentos no campo educacional; o estágio supervisionado deve ter como referencial o

eixo curricular considerando a necessidade de desenvolver um trabalho coletivo e

interdisciplinar entre os docentes da Universidade, a fim de que possa ocorrer a produção do

conhecimento por parte do estudante e a formação do professor investigador capaz de pensar,

repensar e transformar a relação teoria-prática.

O Estágio Supervisionado é parte importante e imprescindível da formação do

profissional. Compreende-se que é o momento que o aluno dispõe para refletir e intervir no

seu campo de atuação profissional com a supervisão didática de outros profissionais já

formados e com experiência suficiente para a discussão e orientação.

Entende-se por Estágio Supervisionado o conjunto de atividades de formação,

pesquisa e prestação de serviços à comunidade que propicia ao aluno a compreensão da

realidade escolar, a aquisição de competência para a intervenção adequada, a investigação e a

vivência de projetos pedagógicos sustentados. Sendo assim, a prática do estágio

supervisionado demanda uma série de atividades que, em conjunto, permitem ao aluno

construir experiências significativas de aprendizagens e relacionar teoria e prática em

situações reais de ensino.

O estágio supervisionado tem os seguintes objetivos gerais para os alunos: possibilitar

a articulação entre teoria e prática; formar profissionais com domínio sobre sua prática, com

autonomia e capacidade de construir conhecimento pedagógico e tomar decisões; adquirir

competências básicas para o exercício da profissão; participar de uma reflexão coletiva e

sistemática sobre o processo educativo; observar e refletir sobre situações acadêmicas para

compreender e atuar em situações contextualizadas; construir, colocar em uso e avaliar as

competências essenciais ao seu exercício.

Para alcançar os objetivos gerais, os alunos deverão, de acordo com o programa de

estágio do curso: acompanhar a rotina do trabalho pedagógico durante um período contínuo e

determinado; auxiliar o professor na rotina da sala de aula; participar de projetos da escola.

Seu objetivo é possibilitar a análise das políticas educacionais do curso de formação

de professores em Nível Médio, bem como a compreensão da organização histórica, legal e

curricular deste curso. Além disso, nesta disciplina o estudante deverá desenvolver

conhecimentos sobre os aspectos teórico-metodológicos do planejamento de aulas das

disciplinas pedagógicas do curso Normal de Nível Médio a partir do contato direto com sua

realização.

Durante todo o período de Estágio o estudante deverá articular teoria e prática,

utilizando, para a elaboração do Relatório de Estágio, referenciais bibliográficos indicados

pelo Professor da disciplina, obras por ele pesquisadas, bem como conhecimentos acumulados

durante o desenvolvimento de outras disciplinas do curso.

2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA

ESCOLA ESTADUAL EDUCADOR PAULO FREIRE

Prolongamento da Avenida dos Bandeirantes, s/n - Jardim Aliança

Osasco – São Paulo.

Telefone: 011 – 3602.2854 ou 3603.9799

CEP: 06246-210

Diretor: Marcio Aparecido Paiva Soares

Data de exercício na Unidade Escolar: 09/03/2007.

2.2. Estrutura Administrativa e Pedagógica

O quadro de docentes da EE Educador Paulo Freire é composto por 42 professores

Titulares e 06 professores Adjuntos, totalizando 48 docentes. Dos 23 professores titulares

possui 02 afastados: 01 na coordenação, 01 na vice - direção,.

Dos 42 professores que fazem parte do quadro da EE Educador Paulo Freire, 42

possuem habilitação em Pedagogia, Sociologia, História, entre outros e apenas 04 professor é

formado somente no curso superior de Pedagogia. Apenas 05 docentes só possuem o

magistério e estão cursando o curso superior.

A Unidade Escolar tem no quadro de funcionários apenas 02 funcionários para realizar

a limpeza do prédio, sendo que uma está afastada do cargo para outras funções por motivo de

doença (agente de serviços escolares), 02 merendeiras (auxiliar de serviços escolares), 04

inspetores de alunos (Agente de organização escolar), possui 01 Secretário e 01 auxiliar de

secretaria.

2.3. Horário de Funcionamento

Esta Unidade Escolar oferece aos educandos e professores, dois períodos na seguinte

organização:

Ensino Médio: 1º Período – das 07h00min às 12h00min horas.

2º Período – das 13h00m às 18h00m.

3º Período - das 19h00m as 22h30m

Educação Infantil: 1º período – das 07h00m às 12h00m.

2º Período – das 13h00m às 18h00m.

2.4. Níveis de Atendimento

Os níveis de atendimento são:

Ensino Fundamental: do 6º ao 9º ano (em média 30 alunos por classe)

Ensino Médio: do 1 ao 3 ano (em média 35 alunos por classe)

A escola oferece Educação de Jovens e Adultos de Ensino Fundamental (do 6º ao 9º

ano)

3. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

3.1 Contexto

Escola Estadual Educador Paulo Freire atende uma clientela caracterizada por alguns

problemas sociais. É uma população de médio nível econômico, famílias com pouca condição

financeira e numerosas, alguns são provenientes da região Norte e Nordeste do País, que

vêem em busca de melhores condições de vida.

O sustento de toda a casa, muitas vezes fica por conte de uma ou duas pessoas que

estão trabalhando e em média ganhando no máximo 04 salários.

Observando e conversando com pais ou mesmo com os alunos acaba-se descobrindo

que uma das principais fontes de alimentação das crianças é a merenda escolar, que vem

sendo muito elogiada pelos alunos e também pelos pais.

Além das carências sociais nos deparamos com a carência afetiva, pois muito

apresentam baixa auto-estima, em decorrência de pais ausentes, devido a trabalho,, problemas

de relacionamento entre os familiares, autoritarismo por parte dos pais, que não manifestam

formas de carinho pelos filhos. O que reflete no comportamento dos mesmos na escola.

Muitos pais mandam seus filhos para a escola acreditando que devemos cuidar de toda

a sua educação, problemas de saúde, que muitas vezes é a escola que percebe e orienta o

responsável. É raro nos depararmos com pais comprometidos com a educação, avanços,

anseios de seus filhos. Vêem às reuniões apenas assinar, sempre com pressa e trazendo com

eles os demais filhos.

Observa-se ainda que a escola é um local onde buscam lazer, talvez pela falta de

opção, porque no bairro não contam com ares que possibilitem essas atividades. Suas

condições financeiras não permitem que possam se deslocar para outros lugares, não tem em

casa acesso a livros, revistas, jornais, vídeos ou pessoas que lhes passem informações.

A Escola Paulo Freira como centro socializador, epistemológico e

profissional,referenciando-se nas áreas do conhecimento,considerando os avanços

tecnológicos e se dispondo dos seus recursos,a escola procura significar o processo ensino-

aprendizagem e,ao analisar o contexto social,desafia o aluno na busca de alternativas de ação

para a solução de problemas postos pela sociedade e o leva a construir atitudes de respeito a si

mesmo e ao meio em que vive,sendo todas as ações do fazer pedagógico pautadas no fazer

coletivo.

3.2. Número de Alunos

A Escola Estadual Paulo Freire atende hoje 879 alunos.

A porcentagem de evasão é muito baixa, ficando em 5% (cinco por cento). E a taxa de

promoção em 92% (noventa e dois por cento), pois é uma Instituição Escolar que visa o

educando como um todo e se preocupa não só com a formação cultural, mas também com a

formação moral e social.

3.3. Estrutura Física

A Unidade Escolar possui em suas dependências 21 salas de aula, 01 secretaria, 01

diretoria, 02 banheiros para professores (masculino e feminino), 02 banheiros para alunos

(masculino e feminino) 02 banheiros para portadores de necessidades especiais (masculino e

feminino), 01 cozinha, 01 deposito de alimentos, 01 sala de professores, 01 almoxarifado, 01

laboratório, 01 refeitório, 01 cantina, 01 quadra de esportes descoberta, 02 vestiários

(masculino e feminino) e uma zeladoria. Esta escola possui dependências e vias adequadas a

portadores de necessidades especiais.

Das 21 salas de aula do prédio 06 são utilizadas em atividades diversificadas:

biblioteca, sala de vídeo, sala de arte, sala de informática (aguardando instalação de

equipamentos), sala de jogos e temos uma brinquedoteca sendo reativada.

Quanto aos recursos materiais a Unidade escolar possui: 02 televisores 29’, 01 vídeo

cassete; 01 retro-projetor; 01 DVD; 02 maquina fotográfica; 02 rádios gravadores CD; 02

aparelhos de som; 01 pasta com obras de arte; 02 globos terrestres; 01 kit história e geografia;

01 construção geometria; 03 mimeógrafos; 30 jogos de dama; 64 jogos de memórias; 13

seqüências; 15 jogos de dominó; 01 disco de fração; 58 jogos de coordenação; 76 fantoches;

01 painel para teatro; 20 computadores.

3.4. Problemas da Comunidade que Influenciam na Organização Escolar

Os problemas que influenciam na Organização Escolar são a violência que existe na

região, pois por mais organização e controle que a Unidade Escolar tenha, externamente ela

não tem poder de controlar a parte externa da Instituição. E também a falta de apoio de mais

parceiros.

3.5. Relação entre Escola e a Comunidade

Após a observação e diversas conversas realizadas durante o estágio nos mostrou que

a relação entre as famílias, a sociedade, o corpo docente tem favorecido o processo de ensino.

Pode-se observar que alguns fatores tem se mostrado fundamentais para as melhorias

observadas em relação a outras Instituições, por exemplo a que leciono, para uma relação

mais produtiva entre as famílias e a escola tendo em vista o trabalho escolar. Alguns dos

fatores identificados são a maneira do professor comunicar aos pais ou responsáveis ações

necessárias em relação aos alunos e a organização das próprias informações relativas a essas

ações, por parte do professor, e os projetos realizados com a comunidade voltado para o

social.

Quando nos referimos à escola de periferia, que é o caso da nossa Unidade Escolar de

estágio, chamamos a atenção para um local que apresenta uma problemática bem complexa e

específica. Nessas escolas, o contexto social, econômico e político interferem no trabalho do

professor e no processo de aprendizagem dos alunos. Mas os professores, desta instituição

planejam, elaboram e executam diversos projetos em prol do Meio ambiente, Qualidade de

Vida, entre outros.

A presença das atividades escolares na comunidade sempre foi forte, em especial a

partir do ano de 2008 com a existência de um projeto de Uso racional da água, e da Escola

Família com formação de fanfarra e grupo de dança, bem como outros projetos. Além da

presença na comunidade com esses projetos, a escola também se destaca com o curso do EJA.

a) APM

I - Associação de Pais e Mestres;

II - Grêmio Estudantil.

Parágrafo único - Cabe à direção da escola garantir a articulação da associação de pais

e mestres com o conselho de escola e criar condições para organização dos alunos no grêmio

estudantil.

Artigo 13 - Todos os bens da escola e de suas instituições juridicamente constituídas

serão patrimoniados, sistematicamente atualizados e cópia de seus registros encaminhados

anualmente ao órgão de administração local.

Artigo 14 - Outras instituições e associações poderão ser criadas, desde que aprovadas

pelo conselho de escola e explicitadas no plano de gestão.

SÃO PAULO. Parecer CEE Nº. 67/98, de 18 de Março de 1998. Normas Regimentais

Básicas para as Escolas Estaduais. Secretaria da Educação/Coordenadoria de Estudos e

Normas Pedagógicas. Diretrizes e bases da educação nacional: legislação e normas básicas

para sua implementação.

b)- Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é a entidade representativa dos estudantes. Também está prevista

na Lei Federal 9.394 de 20 de dezembro de 1996 a responsabilidade de diretores, professores

e coordenadores pedagógicos repassarem aos alunos todas as informações solicitadas.

Atribuições:

I - Representar condignamente o corpo discente;

II - Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;

III - Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;

IV - Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos

no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos;

V - Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras

instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades culturais gerais.

VI - Lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação

nos fóruns internos de deliberação da Escola.

 O Grêmio atua de forma independente da Diretoria, Conselho de Escola e APM, ou

seja, tem autonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a escola. Para

realizá-las, no entanto, deverá contar com autorização da Direção ou do Conselho da Escola,

pois as propostas deverão ser sempre discutidas e agendadas. É direito dos estudantes

participarem da organização do calendário e das atividades que serão realizadas na escola.

Quanto aos partidos políticos, eles fazem parte da nossa vida política e atuam nos

movimentos sociais e estudantis, mas o Grêmio deve procurar agir sempre com independência

e autonomia, respeitando a pluralidade dos alunos que representa. Cada estudante pode ter sua

preferência político-partidária, assim como militar em favor dela, no entanto, ela não é

condição necessária para a participação no Grêmio Estudantil.

3.6. Relação Escola e Mantenedora

É importante observar as normas contidas no regimento escolar, tais como horário;

reposição de aulas, recuperação, penalidades aplicáveis (advertência, suspensão, expulsão)

etc. Por este motivo é de vital importância ele ser minucioso e amplo.

Para evitar aborrecimentos, é fundamental a leitura atenta do regimento, antes de

assinar o contrato e a verificação antecipada da programação dos cursos e serviços extras

pode evitar surpresas e possibilitar a programação do orçamento.

O Regimento Escolar é documento, discutido e aprovado pelos seus participantes e

que reúne as Normas Regimentais Básicas descrevendo as regras de funcionamento da

unidade escola e para a convivência das pessoas que nela atuam.

O Regimento Escolar fundamenta-se nos propósitos, princípios e diretrizes definidas

na Proposta Pedagógica da escola, na legislação geral do país e, especificamente, na LDB. E

foi instituído no ano de 2003. Sendo que seus princípios estão fundamentados nos princípios

de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação

para o trabalho

Ele discorre sobre os seguintes elementos: Disposições preliminares; Da Gestão

Democrática; Do processo de avaliação; Da organização e desenvolvimento do Ensino; Da

organização Técnico-administrativa; Organização da vida escolar; Das disposições Gerais;

Das disposições transitórias.

Ele está embasado nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação Lei 9.394/96.

A UE tem por objetivo assegurar a permanência dos alunos dando condições de

recuperação paralela e continua e o cumprimento do plano de trabalho docente assim como o

do calendário escolar. Sempre mantendo os pais informados dos rendimentos de seus filhos e

da proposta pedagógica, fazendo com isso que os pais se adicionem ao trabalho dos docentes.

A relação da Unidade Escolar com sua Mantenedora, a Prefeitura é boa, mas o

problema são investimentos. Agora por ser ano político estão conseguindo mais apoio, mas

até então segundo a diretora é tudo muito “moroso”.

A comunicação entre a Unidade Escolar e os órgãos competentes são rápidas e fáceis,

o problema está em ter a solução. A aplicação dos recursos financeiros é controlada pela

APM, Conselho Escolar e pela Direção, tudo bem documentado e especificado.

3.7. Relação Escola e Serviços de Atendimento ao Aluno

Quanto à relação da unidade Escolar e os serviços de atendimento ao aluno, como por

exemplo, a necessidade de um psicólogo, a Instituição possui dois profissionais que trabalham

intercalados 2 dias por semana cada, são amparado por estagiários de Psicologia

Caso exista a necessidade de algum aluno precise de atendimento da área de saúde, ele

é encaminhado pela professora a coordenação e ela o encaminha a unidade de saúde da

prefeitura.

Quanto aos esportes, a Unidade Escolar participa de gincanas, concursos, e

campeonatos escolares, promove projetos como: Escola Família, Qualidade de Vida,

Movimentando, entre outros. Sendo assim o relacionamento com os órgãos necessários para

uma boa gestão estão ativos, embora sejam lentos.

3.8. A Escola e a Profissionalização dos Educadores

A coordenação realiza intervenções no cotidiano escolar. Entre as diversas

intervenções pode-se mencionar a introdução de propostas curriculares e de avaliações

centrais. Nesse contesto também investiu até o ano passado (2010), na reciclagem e até em

proporcionar convênios para os docentes cursarem faculdade. Neste ano o investimento foi

apenas com alguns cursos fornecidos como capacitação, com duração máxima de 30 horas,

fornecido pela prefeitura municipal com apoio de instituições privadas.

3.10. Projeto Pedagógico

O Projeto Pedagógico foi elaborado em 2.008 e vai até 2.011. Contou com a

participação: da direção; do corpo docente; dos funcionários e foram convidados a participar a

comunidade, por intermédio dos pais dos alunos, mas apenas quatro compareceram e

participaram; também participaram com alguns pedidos alguns alunos.

O Projeto Pedagógico é o exercício permanente do fortalecimento da autonomia

escolar. E foi confeccionado a partir de Três eixos fundamentais: a capacidade de identificar

problemas e de apresentar alternativas para solucioná-los, e a capacidade de administrar

recursos financeiros consoante com essas alternativas.

A concepção de Educação adotada pela Unidade Escolar é Concepção de homem,

formando a criança para serem um cidadão completo e pleno e também o papel social da

escola, gerando a integração total desta criança as sociedades.

Quanto à avaliação ela é contínua, cumulativa e sistemática, onde também se analisa a

reflexão da prática docente. Verificando sempre as conquistas e dificuldades encontradas pelo

aluno e criando novas possibilidades para sua aprendizagem. Sempre analisando o processo

de construção do conhecimento do aluno, a fim de reajustar suas intervenções.

4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE SOCIOLOGIA

A volta da Sociologia – na condição de disciplina curricular – ao Ensino Médio se faz

tema de extrema relevância em razão de reivindicações consistentes e insistentes por parte de

licenciandos, licenciados e professores de Ciências Sociais. Excluída do Ensino Médio no

bojo da reforma educacional promovida pela Lei 5.692/71, a Sociologia foi, durante anos,

alvo de contestações por parte de segmentos sociais que via, na disciplina, um campo fértil

para debates e críticas, algo inaceitável em uma sociedade politicamente fechada e com forte

viés autoritário.

Com tal reforma as disciplinas de sociologia e filosofia foram substituídas

respectivamente, no currículo escolar, pelas disciplinas de Organização Social e Política do

Brasil (OSPB) e Educação Moral e Cívica (EMC), respectivamente. Nos anos 1980, esta

situação começou a se modificar devido às mudanças que levaram à liberalização política. O

contexto social de então atingiu a educação e a disciplina de OSPB passou a ter,

gradativamente, o conteúdo reformulado, cedendo espaço a questões relevantes para as

Ciências Sociais

O objetivo das atividades das atividades de Sociologia para o Ensino Médio é o de

promover e divulgar as áreas das Ciências Sociais através da incorporação de estudantes do

Ensino Médio as atividades sociais.

Aspectos pedagógicos

Concepções subjacentes de trabalho, projetos, etc.; como a escola recebe e aplica as

políticas públicas oficiais (propostas curriculares, PCN, etc.)

A escola procura atender de maneira coerente todas estas políticas públicas,

direcionando-as de forma a bem atender seu público alvo.

Plano de ensino do professor da disciplina, planejamento; - o professor apresenta o

plano de ensino que deve atender aos objetivos para este sistema de ensino.

Sistema de avaliação – Cada série tem duração de 12 meses. Neste período cada

professor deve realizar pelo menos 4 avaliações para através de média aritmética fechar as

notas.

Possibilidades de trabalho fora da escola. (Arquivos Públicos, Museus, etc.). também

realizam diversos projetos com parcerias e envolvimento da comunidade.

4.1. ENTREVISTA COM O PROFESSORE DE SOCIOLOGIA

Segue abaixo a entrevista feita com a professora regente da disciplina de Sociologia do

Ensino Médio.

Nome da Professora: Maria Clara Pertencelle

Idade: 30 anos Formação: Pedagogia/Sociologia

Você é efetivo ou substituto? Efetivo

Leciona há quantos anos? 4 anos

Você leciona em outra instituição de ensino? Qual?

Sim. No Colégio Ferraz Erbino.

Qual é a sua carga horária de trabalho semanal? 32 horas/aula.

Existe reunião pedagógica na escola? Sim. Você participa? Sim.

Qual é a freqüência destas reuniões? Trimestrais.

Quais os recursos didáticos utilizados por você, na elaboração dos planos de

aula?

Os mais utilizados nesta instituição são livros, listas de exercícios, filmes, retro

projetor e data show e dinâmicas.

Em quais métodos de ensino você se baseia para ministrar suas aulas?

Baseio-me principalmente no método do construtivismo ludico.

Você conhece a realidade dos alunos e as considera na hora do planejamento?

Conheço as suas realidades e preciso considerá-las para a preparação das minhas

aulas.

Quais fatores auxiliam e quais atrapalham no bom andamento das aulas?

Acredito que o principal para um bom ou mau andamento das aulas é o material

didático utilizado e a criatividade que gere motivação a todos.

Você tem oportunidade e autonomia para analisar e escolher o material que

considera adequado na elaboração do planejamento?

Nesta instituição posso estar dando sugestões para a reformulação das apostilas que

são utilizadas no Ensino Médio.

Você leciona para outros níveis de ensino? Quais séries/anos?

Ensino Médio e Pré – Vestibular.

Se você leciona ou já lecionou para turmas do ensino regular, faça um paralelo

entre sua prática com a educação de jovens e adultos – supletivo e com as outras.

Considera o currículo adequado? O ensino é eficiente? Tem algo que você

mudaria?

Quando o ensino na Educação de jovens e adultos é presencial, considero-o eficiente.

Pela experiência que tenho tanto no ensino regular como no supletivo, posso assegurar que a

maioria dos alunos do supletivo (principalmente os mais velhos) vai para a sala de aula com

mais vontade de aprender, aproveitando o máximo do tempo. Quanto ao currículo, apesar do

tempo ser reduzido, acredito que conseguimos passar aos alunos o conteúdo que é essencial

para sua formação com êxito.

Fique a vontade para fazer qualquer observação que você acha que pode

contribuir para o nosso trabalho com a turma e também com a prática docente

posterior.

Por ser uma turma heterogenia, é essencial que o professor tenha muita paciência, pois

sabe que está trabalhando com alunos de diferentes séries. E para a prática docente acredito

que tudo que vocês citaram acima (escolha de recursos didáticos, os métodos de ensino, e

principalmente o planejamento), faz parte do que precisamos para conseguir ter sucesso no

andamento de nossas aulas.

5. OBSERVAÇÃO DAS AULAS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

Realizamos a observação do ensino médio no 1° ano, turma 19 da Escola Estadual

Educador Paulo Freire, turma composta por 32 alunos.

As aulas aconteciam no horário das 21h10m às 22h30m nas terça e quartas feiras e das

21h10m às 21h 50m de quinta feira, sendo cada aula de 40 minutos totalizando três aulas por

semana.

Nosso início de observação foi um pouco conturbado. Já no primeiro dia, fomos

informados de que o professor não havia comparecido e por isso, as aulas foram antecipadas e

os alunos dispensados mais cedo. Dessa forma, nosso retorno aconteceria na quarta feira.

Neste dia, ao chegarmos, novamente não pudemos assistir às aulas. O professor havia se

desligado da escola e uma nova professora se apresentaria mas começaria suas atividades

apenas na terça feira, sendo assim iniciamos no dia 02 de março.

Dessa forma, o período de observação ocorreu do dia 02, 10, 15, 22 e 23 de abril ao

dia 27 de março, os conteúdos ministrados foram: Funções.

Assistimos durante este período aulas expositivas. A professora utiliza em boa parte de

suas aulas o método dinâmico com vídeos e dinâmicas, utilizando como base situações reais

O andamento das aulas acontecia da seguinte forma: explicação do conteúdo por meio

de exemplos, em seguida alguns questionamentos para que criassem debates sobre o tema,

A professora utiliza como forma de avaliação o comprometimento, divisão de trabalho

no grupo, participação e conceitos embasados. Ela avalia diariamente e a avaliação escrita só

é realizada uma por bimestre.

Como o tema das próximas três aulas seria: Ética, cidadania e as relações

interpessoais. Preparei o material e junto com a professora ministramos os três dias e no

quarto realizamos um debate para avaliar o desempenho e nível de aproveitamento.

Após a apresentação de um breve conteúdo realizado pela professora titular da sala,

iniciamos as atividades:

A proposta de trabalho foi realizada em dois momentos distintos, mas inter-

relacionados: a) no âmbito das reuniões do Fórum Escolar de Ética e de Cidadania; b) nas

atividades de sala de aula.

Na reunião do fórum:

A maneira como esse texto aborda os conflitos cotidianos é bastante diferente da

forma como, tradicionalmente, muitos docentes, pais e mães encararam a questão. Por isso, é

importante que na reunião do fórum a discussão das idéias apresentadas seja feita com o

tempo necessário para sanar as dúvidas.

Um primeiro aspecto a considerar é o papel que a aprendizagem emocional deve ter na

estrutura escolar. Da mesma forma que devemos estudar matemática para solucionar

problemas dessa disciplina, necessitamos aprender sobre nossos sentimentos e emoções se

quisermos conhecê-los e aplicá-los satisfatoriamente na vida cotidiana. Um tema para

discussão pode ser: como introduzir a aprendizagem emocional no dia-a-dia das aulas?

Outro aspecto importante é discutir uma proposta para trabalhar a resolução de

conflitos na escola.

Por fim, cabe promover a análise dos problemas a serem resolvidos. O texto ressalta a

importância de analisar as causas do conflito, como ele se manifestou as pessoas envolvidas,

as soluções apontadas e avaliar tais soluções. Compreender esses procedimentos pode ajudar

na aplicação de trabalhos em sala de aula.

Durante a reunião do fórum, dividimos a sala em cinco grupos, e os participantes

listaram as temáticas que, em sua opinião, geram os principais conflitos na escola, escreveram

como tradicionalmente são encaminhadas as soluções. A consciência de tais temáticas, de

suas causas e dos procedimentos normalmente adotados, pode ajudar o grupo a selecionar os

conteúdos que embasarão as propostas a serem trabalhadas nas salas de aula, como também a

tomar consciência da fragilidade dos encaminhamentos adotados, geralmente centrados nas

ações dos adultos.

ATIVIDADES DE SALA DE AULA:

Cada faixa etária tem seus conflitos característicos. Ao se pensar em atividades que

levem alunos e alunas a desenvolver a capacidade de resolver conflitos, essa diferenciação

precisa ser considerada.

Por isso, a primeira sugestão de atividade a ser desenvolvida em todas as salas de aula

dos professores que participam do Programa Ética e Cidadania (mesmo que não participem

das reuniões do fórum) é promover um levantamento dos conflitos que alunos e alunas

consideram mais significativos para o grupo. No caso dos adultos, esse levantamento deve ter

sido previamente elaborado na reunião do fórum.

Pedimos aos alunos e alunas que dividam uma folha em branco em três partes. Na

parte central, desenhassem ou descrevessem uma situação de conflito, briga ou agressão que

vivenciaram e que os deixou muito chateados, que os marcou profundamente. Após terem

feito o desenho ou descrito a situação, pedimos que desenhassem ou escrevessem na primeira

parte da folha o que gerou o problema, suas causas. Na terceira parte da folha, que

desenhassem ou descrevessem como terminou a situação conflitiva relatada.

Com essas produções, os temas apontados pelos estudantes como conflitivos podem

ser compartilhados. Além disso, eles também podem fornecer um dado quantitativo sobre

todas as temáticas que podem gerar conflitos para aquele grupo. Esse dado fornece um rico

material para a elaboração de estratégias por parte do professor ou professora.

De posse desse material, o podemos desenvolver uma série de reflexões com o grupo,

em uma ou mais aulas. Uma primeira discussão pode ser sobre as causas dos conflitos. O

grupo deve ser levado a compreender como os conflitos geralmente se iniciam e como poderia

evitar tais situações. Outra discussão deve abordar as formas de resolução de conflitos

apontadas, mesmo que o caminho indicado tenha sido de violência ou de não-solução. Em

seguida, deve-se discutir como os estudantes pensam que tais conflitos poderiam ter sido

encaminhados, buscando alternativas que não impliquem violência ou agressões.

Para o desenvolvimento dessa proposta, se o corpo docente estiver interessado, podem

ser empregados conteúdos de matemática na tabulação dos dados ou produzidos textos dos

mais diferentes estilos para a discussão do tema ou síntese das discussões e com isso usar uma

aula de sociologia para fixar outros conteúdos.

Essa atividade serve para conscientizar o grupo sobre as diversas formas possíveis de

resolução de conflitos, suas causas e conseqüências. Ao analisá-las coletivamente, o docente e

o grupo de alunos e alunas podem tomar consciência dos problemas que os conflitos

acarretam, como eles se manifestam, quem geralmente está envolvido e avaliar as soluções. É

um bom exercício de cidadania, que pode se reverter na qualidade das relações interpessoais

dentro do ambiente educacional.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o termino do estagio foi possível verificar as diversas finalidades da Sociologia

na Unidade Escolar e também sua importância para o processo educacional e, não só sob o

aspecto pedagógico como também seu caráter social, o que tramita entre as diversas áreas do

conhecimento, com a ajuda dos diferentes profissionais envolvidos na comunidade escolar.

Diante da realidade sócio-cultural dos alunos, a escola passa a ter outras funções além

do papel educativo, onde os profissionais adquirem encargos dentro da instituição, o que torna

a escola a principal via de acesso para a compreensão dos problemas da comunidade.

A parceria entre o corpo docente e a direção faz com que a Unidade Escolar tenha uma

administração democrática, onde a integração e a cooperação aprimoram o desenvolvimento

do processo educacional e o atendimento as inúmeras questões referentes à gestão escolar.

A escola prima pela convivência sadia nas relações interpessoais levando em conta o

respeito às diferenças sociais, políticas e culturais, assumindo direitos e deveres dos

participantes do processo educativo, o que conclui o sucesso do desempenho dos alunos na

satisfação dos funcionários desta comunidade escolar.

Segundo pudemos observar durante o estagio a Instituição possui uma Gestão é

coerente e funcional, que promove a ação social. Como ponto positivo o que mais nos chamou

a atenção foi o dialogo e paciência apresentados pela Direção, coordenação e também do

corpo docente da Unidade Escolar. Todos muito envolvidos e prestativos a resolverem os

problemas que se apresentavam.

REFERÊNCIAS

BENEVIDES, M. V. Cidadania e direitos humanos. In: Carvalho, J.S. (org.) Educação,

cidadania e direitos humanos. Petrópolis: Vozes, 2004.

CORTINA, A. O fazer ético: guia para a educação moral. São Paulo: Moderna, 2003.

PUIG, J. M.; MARTÍN, X.; ESCARDÍBUL, S; NOVELLA, A. Democracia e participação

escolar: Propostas de atividades. São Paulo: Moderna, 2000.