estado e poder no brasil

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Reflexões sobre um imaginário Prof. Dr. Aristides J. da Costa Neto [email protected] Aula V/2012

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Page 1: Estado e poder no brasil

Reflexões sobre um imaginário

Prof. Dr. Aristides J. da Costa Neto

[email protected]

Aula V/2012

Page 2: Estado e poder no brasil

1. Introdução

2. Observando o fenômeno da administração da

justiça

3. Justiça ou Violência? Uma visão crítica da Justiça

ministrada pelo Estado

4. Considerações Finais

5. Referências

Page 3: Estado e poder no brasil

Os estudiosos da política afirmam que nos estados modernos o exercício do poder acontece através de instituições públicas.

Neste primeiro momento dos estudos filosóficos, através de análise observacional, buscar-se-á a compreensão das manifestações deste exercício, bem como a relação

entre a atuação dos servidores públicos e as normas (constitucionais e infraconstitucionais), no contexto brasileiro, porque estas é que devem definir os

papéis e serviços a serem prestados pelos agentes dos órgãos públicos.

Page 4: Estado e poder no brasil

Estratégia

1. Estabelecer relações

entre dos

personagens e as

circunstâncias

históricas pessoais,

sociais e jurídicas de

modo interativo

(diálogo

interpessoal).

Identificação das fragilidades das instituições responsáveis pela administração da justiça no Brasil.

Relacionar papéis, funções de funcionários públicos com a organização estatal e seus fundamentos jurídicos.

Compreender aspectos pontuais da ação tecnoburocrática daqueles que tem competência de assegurar a “justiça justa”.

Objetivo

Page 5: Estado e poder no brasil

Contexto brasileiro

Page 6: Estado e poder no brasil

A instituição judiciária: aparelhamento e organização

Page 7: Estado e poder no brasil

Sala de audiência

Distribuição de

espaços conforme

os papéis dos

personagens e

suas funções.

Ambiente:

Page 8: Estado e poder no brasil

Atores Juiz Escrevente; Escrivão Promotor Defensor Réu Auxiliares

O Juiz tem uma função a cumprir

(Art. 155 do CPP)

Orientação jurídica: Art 1° do CP

(DL 2848/1940)

Page 9: Estado e poder no brasil

Comando normativo disposto no

antigo Art. 155 do CPP.

"o juiz formará sua convicção pela

livre apreciação da prova

produzida em contraditório

judicial, não podendo

fundamentar sua decisão

exclusivamente nos elementos

informativos colhidos na

investigação, ressalvadas as

provas cautelares, não repetíveis

e antecipadas".

Como o juiz trabalha para produzir prova em contraditório?

Page 10: Estado e poder no brasil

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o

defina. Não há pena sem prévia cominação

legal.

(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

PARTE GERAL

TÍTULO I

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

(Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Page 11: Estado e poder no brasil

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela

livre apreciação da prova produzida em

contraditório judicial, não podendo

fundamentar sua decisão exclusivamente nos

elementos informativos colhidos na

investigação, ressalvadas as provas cautelares,

não repetíveis e antecipadas.

Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

TÍTULO VII

DA PROVA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Page 12: Estado e poder no brasil

Rotina procedural: Toga. Localidade e situação hierárquica.

Inquérito Judicial. Registros e Assinaturas Apreciação dos argumentos em autos e

redação da sentença.

Reconstituição do F-ato jurídico. CPP, Art. 185-196. Apreciação de prova de inquérito policial; Identificação do réu Ciência ao réu da sua representação pelo

Ministério Público Apreciação do caso em Contraditório

Judicial com leitura do Inquérito Policial.

Finalidade: Produzir sentenças com base em livre apreciação de provas.

Rotina Procedural

Reconstituição dos F-atos

Apreciação Jurídica

Produção de sentença.

Resumo

Page 13: Estado e poder no brasil

Acusado de crime

Alan Wagner

Page 14: Estado e poder no brasil

Juiz

Testemunhas

Réu

Auto processual

Réu

Depoimentos

Outras provas

Ata

Consignação

Disciplina e dinâmica

CONSTITUIÇÃC, CÓDIGO PENAL E CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Page 15: Estado e poder no brasil

Uma visão crítica da justiça ministrada pelo Estado

Page 16: Estado e poder no brasil

Exercícios

Reflexão a partir

dos estudos

realizados.

Page 17: Estado e poder no brasil

Reflita a partir da frase:

“Não se pode esperar um judiciário justo em uma sociedade injusta”.

Page 18: Estado e poder no brasil

Reflita sobre a frase:

Há um sistema de Direito, portanto, normativo, que contribui com a manutenção da desigualdade social.

Page 19: Estado e poder no brasil

Resumo do filme

Justiça

Réus:

Carlos Eduardo; Alan

Wagner; Anderson

Vinícius; Marcílio;

Paulo César;

Juízes:

Geraldo Luiz

Mascarenhas Prado;

Fátima Maria

Clemente; Roberto

Ferreira da Rocha

Defensor Público:

Maria Ignez Kato

Page 20: Estado e poder no brasil

As audiências ocorrem pela

necessidade de garantir um direito

fundamental da pessoa humana

explicitado no Art. 5° da Constituição

Brasileira.

Por que são

realizadas

audiências e as

etapas do

contraditório judicial

em instituições do

Estado?

Pergunta-se

Page 21: Estado e poder no brasil

Art. 5º Todos são iguais

perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no

País a inviolabilidade do direito à vida, à

liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos

termos seguintes:

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em

geral são assegurados o

contraditório e ampla

defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E

COLETIVOS

Page 22: Estado e poder no brasil

Ordenamento Jurídico

Brasileiro¹

Como pode ser chamado o

conjunto de normas e

institutos jurídicos do Brasil,

utilizado para disciplinar as

relações públicas, privadas,

além de toda a prestação

de serviços pelo Estado?

Pergunta-se

¹ BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico. 6ª Ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília,

1995.

Page 23: Estado e poder no brasil

O Estado é um aparelho montado com f inalidade explíc ita de servir à comunidade. No entanto, esta f inalidade permanece como uma promessa, pois as relações de forças sociais acabam por impactar

também no modo como os diversos órgãos públicos atuam, prejudicando este ideário.

Em outras palavras, as inf luências dos “mais poderosos” se fazem sentir no legislat ivo, no executivo e no judiciár io, sendo que este é quem deveria prover a just iça conforme o Direito Posto.

Embora a Constituição Brasileira tenha adotado mecanismos de controle, de f reios e contrapesos (check and balance), os eventos últ imos sobre o “mensalão” mostram a capilaridade da corrupção no

Estado, em todas as instâncias de poder.

Page 24: Estado e poder no brasil

BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico. 6ª Ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1995.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988.

BRASIL. Código Penal. Decreto-Lei No 2.848, 7/12/1940.

BRASIL. Código de Processo Penal. Decreto-Lei Nº 3.689 3/10/1941

RAMOS, Maria Augusta. Justiça. Filme. Produção de Luis Vidal, Niek Koppen, Jan de Ruiter, Renée van der Grinten. Direção de Maria Augusta Ramos. Brasil: Limite, 2004. Formato Letterbox/Widescreen, 107 min. Stereo 2.0 e Surround 5.1.