estado e desenvolvimento no brasil contemporâneo

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ESTADO E DESENVOLVIMENTO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: PRAGMATISMO COMO MÉTODO DE GOVERNO?! maio 2015

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ESTADO E DESENVOLVIMENTO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO:

PRAGMATISMO COMO MÉTODO DE GOVERNO?!

maio 2015

Estado, Planejamento e Desenvolvimento

1945-1979 2003-20131980-2002Auge RetomadaDeclínioMas com

Planejamento técnico-burocrático e

impositivo

Mas com Redemocratização e

reinstitucionalização da sociedade brasileira

Novo modelo de planejamento e

desenvolvimento em implementação???

Ciclos econômicos

Padrão de Estado

Contexto econômico-estrutural

Dimensões do planejamento

governamental

Contexto político-

institucional

Dimensões da gestão pública

1889-1930: Primeira República –

desenvolvimento para fora

Dominância liberal-oligárquica

Economia cafeeira voltada para o

exterior.

Ausência de planejamento.

Exceções: Convênio de Taubaté e Crise de

1929.

Montagem do aparato estatal-burocrático. Patrimonialista

1933-1955: Era Getúlio Vargas –

nacional desenvolvimentismo

Dominância nacional desenvolvimentista

Industrialização restringida; produção de bens de consumo

não duráveis e dependência

financeiro-tecnológica.

Planejamento não sistêmico.

Exceções: primeiras estatais e Plano Salte.

Montagem do sistema corporativista.

Patrimonial-burocrática – DASP

(1938)

1956-1964: Era Juscelino Kubitschek –

internacionalização econômica

Dominância estatal-democrática.

Industrialização pesada I, produção de

bens de consumo duráveis e montagem

do tripé do desenvolvimento.

Planejamento discricionário.

Cepal: ideologia desenvolvimentista.Plano de Metas de JK

(1956-1961).

Acomodação e crise do modelo.

Patrimonial-burocrática

1964-1979: Regime militar – estatização

econômica

Dominância estatal-autoritária

Industrialização pesada II, milagre econômico (1968-

1973) e endividamento

externo (1974-1989).

Planejamento burocrático-autoritário.

ESG: ideologia Brasil potência.

PAEG (1964-1967) e II PND (1974-1979).

Consolidação institucional-autoritária.

Patrimonial-burocrática – PAEG

(1967)

1980-1989: Redemocratização –

crise do desenvolvimentismo

Dominância liberal-democrática

Estagnação, inflação, e endividamento

externo (1974-1989).

Planos de estabilização: Plano

Cruzado (1986), Plano Bresser (1987), Plano Verão (1988) e Plano

Maílson (1989).

Redemocratização e reconstitucionalização

.

Patrimonial-burocrática – CF/88

1990-2014: Consolidação da

democracia – reformas estruturais

Dominância liberal-democrática

Estagnação, estabilização e

endividamento interno (1995 em diante).

Planos de estabilização: Plano Collor (1990), Plano Real (1994) e PPAs

(2000-2015).

Consolidação democrática, reforma

gerencialista, experimentalismo

societal.

Patrimonial-burocrática,

gerencialista e societal

PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E GESTÃO PÚBLICA NO LONGO SÉCULO XX

1. Plano Plurianual 2004-2007 (Plano Brasil de Todos – participação e inclusão). Brasília: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), 2003. 2. Projeto Brasil 3 Tempos: 2007, 2015 e 2022. Brasília: Núcleo de Estudos Estratégicos da Presidência da República (NAE/PR) e Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica (Secom) da PR, 2004-2005. 3. Orientação estratégica de governo: crescimento sustentável, emprego e inclusão social. Brasília: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), 2003. 4. Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Brasília: MDIC, 2003. 5. Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU). Brasília: Ministério das Cidades, 2003. 6. Política Econômica e Reformas Estruturais. Brasília: Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda (MF), 2003. 7. Reformas Microeconômicas e Crescimento de Longo Prazo. Brasília: SPE/MF, 2004. 8. Política Nacional de Habitação. Brasília: Ministério das Cidades, 2004. 9. Política de Defesa Nacional (PDN). Brasília: Ministério da Defesa, 2005. 10. Plano Plurianual 2008-2011 (Desenvolvimento com Inclusão Social e Educação de Qualidade). Brasília: MP, 2007. 11. Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Brasília: Ministério da Educação, 2007. 12. Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Brasília: Presidência da República, 2007. 13. Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Brasília: Ministério da Integração (MI), 2007. 14. Plano Nacional de Energia – PNE 2030. Rio de Janeiro: Ministério de Minas e Energia (MME) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 2007.

15. Estudo da Dimensão Territorial para o Planejamento. Brasília: MP e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência e Tecnologia (CGEE/MCT), 2008. 16. Política de Desenvolvimento Produtivo: inovar e investir para sustentar o crescimento. Brasília: MDIC, 2008. 17. Agenda Social. Brasília: Casa Civil, 2008 (compreende ações e documentos de governo ligados aos seguintes programas principais: Programa Bolsa Família – PBF; Territórios da Cidadania; Programa Mais Saúde; Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE; Programa Cultura Viva – Pontos de Cultura; Política Nacional de Juventude – ProJovem; Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci; Direitos de Cidadania – mulheres, quilombolas, povos indígenas, criança e adolescente, pessoas com deficiência, documentação civil básica, povos e comunidades tradicionais). 18. Estratégia Nacional de Defesa – Paz e segurança para o Brasil. Brasília: Ministério da Defesa, 2008. 19. Plano Amazônia Sustentável: diretrizes para o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente (MMA), 2008. 20. Plano Decenal de Expansão de Energia 2008-2017. Rio de Janeiro: MME e EPE, 2009. 21. Programa Minha Casa, Minha Vida. Brasília: Ministério das Cidades, 2009. 22. Brasil em Desenvolvimento: Estado, planejamento e políticas públicas. Brasília: Ipea, 2009. 23. Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Brasília: Presidência da República, 2010. 24. A Inflexão do Governo Lula: política econômica, crescimento e distribuição de renda. Nelson Barbosa e José A. Pereira de Souza. In: Sader, E.; Garcia, M. A. (Orgs.). Brasil: entre o passado e o futuro. São Paulo: Boitempo, 2010. 25. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – Relatório Nacional de Acompanhamento. Brasília: Ipea, 2010. 26. Brasil em Desenvolvimento: Estado, planejamento e políticas públicas. Brasília: Ipea, 2010. 27. III Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3. Brasília: Secretaria Especial de Direitos Humanos, Presidência da República, 2010.

28. Plano Nacional de Mineração – PNM 2030. Brasília: MME, 2010. 29. Projeto Perspectivas do Investimento no Brasil (PIB). Rio de Janeiro: BNDES; IE/UFRJ; IE/Unicamp, 2010. 30. Brasil em 2022. Brasília: Presidência da República, Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), 2010.

REPÚBLICA

CIDADANIA

DEMOCRACIA

MERCADO

Poder, riqueza, reconhecimento, pertencimento

Indução,Regulação,Produção

Representação,Participação,Deliberação,

Controle Social

Direitos (proteção, promoção,

oportunidades e capacidades),

Produtividade (inserção produtiva do T, inserção

lucrativa do K)

ESTADO = ATOR E ESPAÇO DE RELACIONAMENTOS DINÂMICOS E COMPLEXOS

O TRIÂNGULO DE GOVERNO DE CARLOS MATUS

CAPACIDADES ESTATAIS:Tributação, função social da

propriedade, criação e gestão da moeda,

gerenciamento da dívida pública

INSTRUMENTOS GOVERNAMENTAIS:

PPA, empresas estatais, bancos públicos, fundos

públicos, fundos de pensão

ÉTICA REPUBLICANA:esfera pública, interesse

geral, bem-comum

ÉTICA DEMOCRÁTICA:representação, participação, deliberação e controle social

Direcionamento estratégico

Monitoramento e fiscalização

Resolução de problemas e

conflitos

Oitiva para ações específicas

Ministériodo

Planejamento

Resumo das Estratégias dos PPAs 2004-2015

Inclusão social;Desconcentração de renda (valorização do salário mínimo);Fortalecimento mercado interno;Redução vulnerabilidade externa;Fortalecimento da democracia e da cidadania;Investimento em infraestrutura .

Manutenção e expansão dos investimentos em infraestrutura (PAC, MCMV);

Garantia para a educação de qualidade (PDE);

Agenda Social, ampliação do Programa Bolsa Família.

Projeto Nacional de Desenvolvimento:redução das desigualdades regional e entre o rural e o urbano;

Transformação produtiva ambientalmente sustentável, com geração de empregos e distribuição de renda;

Erradicação da pobreza extrema (BSM).

PPA 2004-2007

PPA 2008-2011 PPA 2012-2015

Fortalecimento do mercado interno

Expansão dos investimentos em infraestrutura econômica e social

Expansão do investimento para ampliar a capacidade produtiva em recursos naturais

Fortalecimento do mercado interno

Expansão dos investimentos em infraestrutura econômica e social

Expansão do investimento para ampliar a capacidade produtiva em recursos naturais

• Transferência de renda (PBF, BBC, RGPS)

• Valorização do salário mínimo

• Expansão do crédito

• Simplificação e desoneração tributária

• Desoneração ao consumo

• Expansão/melhoria dos serviços públicos

• Transferência de renda (PBF, BBC, RGPS)

• Valorização do salário mínimo

• Expansão do crédito

• Simplificação e desoneração tributária

• Desoneração ao consumo

• Expansão/melhoria dos serviços públicos

• Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

• Programa Minha Casa, Minha Vida

• PIL

• Bancos Públicos

• Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

• Programa Minha Casa, Minha Vida

• PIL

• Bancos Públicos

• Programa de Investimento (Pré-sal)

• PAC (energia)

• Programa de concessões (ex. BR 163)

• Crédito rural do Banco do Brasil

• Empresas estatais

• Programa de Investimento (Pré-sal)

• PAC (energia)

• Programa de concessões (ex. BR 163)

• Crédito rural do Banco do Brasil

• Empresas estatais

Crescimento econômico sustentável

Redução das desigualdades

sociais e regionais

Crescimento econômico sustentável

Redução das desigualdades

sociais e regionais

Dimensão econômica da estratégia de desenvolvimento(crescimento econômico com redução da desigualdade)

Vetores de expansão

Vetores de expansão

Políticas e ações públicas e privadas

Políticas e ações públicas e privadas

Resultados esperados

Resultados esperados

Aumento da Renda per capita e redução das desigualdades

¹Renda domiciliar per capita entre os indivíduos

²PIB per capita real (preços R$ de 2012)

³PNAD não foi coletada em 2010, devido a realização do Censo Demográfico.

Fonte: PNAD/IBGE e Contas Nacionais/IBGE. Elaboração SPI/MP.

• Não basta fazer crescer o PIB; é preciso fazer crescer o PIB de forma compatível com:

• Fortalecimento do mercado interno e estruturação do mercado de trabalho,

• Erradicação da miséria e redução das desigualdades sociais e territoriais/regionais,

• Sustentabilidade produtiva, ambiental e humana,

• Aperfeiçoamento das instâncias representativas, participativas e deliberativas da sociedade,

• Respeito e garantia das conquistas e direitos republicanos e democráticos.

Complexificação da Agenda do Desenvolvimento requer Estado capaz e pró-ativo:

PLANEJAMENTO,ORÇAMENTO & GESTÃO PÚBLICA

NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

1.PATRIMONIALISMO, PATERNALISMO, PERSONALISMO, CLIENTELISMO, ...

2.FORMALISMO E ISOLAMENTO BUROCRÁTICO

3.MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA

4.FRAGILIDADE DA GESTÃO PÚBLICA EM ÁREAS DE CONTATO DIRETO COM A POPULAÇÃO

5.ALTA CENTRALIZAÇÃO BUROCRÁTICA

6.MUITA IMITAÇÃO DE FÓRMULAS E REFORMAS ESTRANGEIRAS

7.DÉFICIT DEMOCRÁTICO

8.PARALISIA OU INÉRCIA DECISÓRIA

TRAÇOS HISTÓRICOS DAADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA

O Longo Séc. XX Brasileiro:ciclos de “reformas” do Estado

CF 1891/1930: “Estado patrimonial-oligárquico” Fim do poder moderador. Separação formal Estado e Igreja. Separação formal Executivo, Legislativo, Judiciário.

DASP 1938/1964: “Estado patrimonial-oligárquico-burocrático” Organização da estrutura e funcionamento do poder executivo

federal... Introdução de princípios “burocrático-weberianos” para seleção e

formação de quadros... Planejamento discricionário e “administração paralela”...

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O Longo Séc. XX Brasileiro:ciclos de “reformas” do Estado• CF 1967/1988: “Estado patrimonial-oligárquico-burocrático-autoritário”

– Reformas tributária, financeira, administrativa (Decreto-lei 200/1967)...– Estatização do setor produtivo, II PND...– Complexificação e heterogeneização da organização e atuação estatal (“Estado

Quasimodo”, C. Lessa)...

• CF 1988/1995: “Estado patrimonial-oligárquico-burocrático-democrático-social”– Constituição Dirigente: projeto de desenvolvimento social, de afirmação do controle

nacional sobre a propriedade dos recursos naturais...– Reformas tributária, social, econômica, administrativa...– Reforma administrativa de teor “meritocrático-weberiano” (concurso etc.), combinado

com instituição e/ou criação de mecanismos de participação social (conselhos e compartilhamento público-privado de políticas públicas) e democratização do Estado (referendo, plebiscito, iniciativa popular)...

– Repactuação Federativa: descentralização truncada...– Outros...

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O Longo Séc. XX Brasileiro:ciclos de “reformas” do Estado

• Reforma Gerencialista MARE 1995/2002: “Estado patrimonial-oligárquico-burocrático-democrático-social-gerencial”

– Reformas administrativa, pessoal, previdenciária...– Privatização do setor produtivo estatal...– Complexificação e heterogeneização da organização e atuação estatal...

• Reforma 2003/2014: “Estado patrimonial-oligárquico-burocrático-democrático-social-gerencial-societal”

– HIBRIDISMO INSTITUCIONAL: exacerbado ???• sobreposição e competição de tendências e características...

– PRAGMATISMO COMO MÉTODO DE GOVERNO: inescapável ???• alcances e limites ??? virtudes e problemas ???

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– HIBRIDISMO INSTITUCIONAL:• sobreposição e competição de tendências e características dentro

do mesmo período de governo, emitindo sinalizações dúbias sobre a estratégia ou formato de Estado em perseguição...

• normal ou exacerbado ???

– PRAGMATISMO COMO MÉTODO DE GOVERNO:• gestão da máquina pública movida à base do binômio “pendência

vs. providência” que, embora possa parecer a única via de curto-prazo para a torrente de problemas sempre emergenciais de governo, acaba por explicitar as contradições históricas e o hibridismo institucional da formação do Estado e da Administração Pública no Brasil...

• embora haja elementos positivos e inovadores implementados no período recente, o fato é que não há clareza acerca da natureza e da direção das ações em curso e sua conformação a um projeto específico de desenvolvimento.

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DIMENSÕES RELEVANTES

PROTEÇÃO SOCIAL, DIREITOS E

OPORTUNIDADES

INFRAESTRUTURA ECONÔMICA, SOCIAL E

URBANA

INOVAÇÃO, PRODUÇÃO E AMBIENTAL

ESTADO, SOBERANIA E TERRITÓRIO

1. ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E MARCOS LEGAIS

1. Novos ministérios, secretarias e órgãos.

2. Profusão legislativa e novas institucionalidds

1. Novas empresas e secretarias.

2. Conflito “agências x nova regulação estatal”

1. Novos ministérios, secretarias e órgãos.

2. Profusão legislativa e novas institucionalidades.

1. Crise federativa: esvaziamento Estados.

2. Arranjos de planejamento e gestão débeis.

2. SELEÇÃO E FORMAÇÃO DE PESSOAL

1. Recuperação de pessoal RJU; Criação de novas carreiras.

2. Empoderamento e profissionalização.

1. Recuperação de pessoal RJU; Criação de novas carreiras.

2. Empoderamento e blindagem institucional.

1. Recuperação de pessoal RJU; Criação de novas carreiras.

2. Gde rotatividade e heterogeneidade.

1. Gde heterogeneidade entre níveis da federação.

2. Seleção, formação e mobilidade débeis para carreiras do ciclo P&G.

3. INTERFACES SOCIOESTATAIS

1. Conselhos e Conferências.2. Sist. Participação ativo.

1. Audiências e Lobbies.2. Blindagem Institucional em

setores de gdes invest.

1. Conselhos e Câmaras Técnicas.2. Sist. Participação truncado

1. Interfaces federativas pouco institucionalizadas.

2. P&G pouco participativos.

4. INTERFACES FEDERATIVAS

1. Principais Políticas Constitucionalizadas

2. Heterogdd grande e Qualidade baixa.

1. Alta primazia do poder executivo federal: financiamento, arranjos de implementação etc.

1. Alta primazia do poder executivo federal.

2. Baixa institucionalidade e trajet. recentes e erráticas

1. Alta primazia do poder executivo federal.

2. P&G pouco articulados em termos federativos.

5. INTERFACES ENTRE-PODERES

1. Gde poder de agenda do Executivo.

2. Episódios de judicialização e excesso de controle.

1. Gde poder de agenda do Executivo.

2. Embates legislativos, judicialização e controles.

1. Gde poder de agenda do Executivo.

2. Embates legislativos, judicialização e controles

1. Gde poder de agenda do Executivo.

2. P&G pouco interativos entre poderes.

6. FINANCIAMENTO E GASTOS

1. CF-1988 = OSS, porém com riscos estruturais.

2. Gastos redistributivos; Financ. regressivo.

1. Invest. OGU X Custeio obscurece alternativas.

2. Financ. L.Pz. ainda dependente do Estado.

1. Financ. não-vinculado, ainda dependente do OGU residual.

2. Gastos conflitivos > coop.

1. Descentralização e guerra fiscal X Recentralização tributária federal (DRU).

2. Bxo Invest. Fed. em P&G.

7. PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO, GESTÃO E CONTROLE

1. Alinhamento crescente (porém insuficiente) entre PPA’s e Políticas Públicas Prioritárias.

2. Gestão da área social em consolidação institucional.

1. Alinhamento crescente (porém insuficiente) entre PPA’s e Políticas Públicas Prioritárias.

2. Modelo regulatório das “agências” em crise.

1. Alinhamento crescente (porém insuficiente) entre PPA’s e Políticas Prioritárias.

2. Incipiência e pequena densidade regulatória, orçament. e institucional.

1. Alinhamento crescente (porém insuficiente) entre PPA’s e Políticas Prioritárias.

2. Muito formalismo e burocratismo; pouca instituc. e articulação P&G.

8. TENSÃO ESTRUTURAL DA POLÍTICA UNIVERSALIZAÇÃO

X PRIVATIZAÇÃOUNIVERSALIZAÇÃO

X ACUMULAÇÃOINSTITUCIONALIZAÇÃO

X COMPENSAÇÃOINSTITUCIONALIZAÇÃO

X BLINDAGEM

Transformações na Administração Pública Federal: Brasil, 2003 a 2014

1. É necessária uma reflexão que vincule o tema da Administração Pública a um projeto de desenvolvimento e a uma concepção de Estado.

2. Na ausência de uma reflexão pública mais estratégica sobre o tema, corre-se o risco de impor-se fôlego curto aos resultados potencialmente positivos advindos das iniciativas recentes (2003 a 2014) e do discurso governamental em torno de uma suposta administração pública progressista e progressiva no país.

3. O anterior é especialmente importante se a perspectiva de desempenho governamental continuar na direção de certa reativação do Estado para a construção de um projeto de desenvolvimento soberano, inclusivo e democrático.

4. Neste caso, remontar e aperfeiçoar as estruturas de planejamento e gestão do Estado é tarefa primordial para mobilizar capacidades estatais e instrumentos governamentais em prol do projeto político e social acima sugerido. Este é o cerne de uma reforma contemporânea do Estado e da Administração Pública no Brasil e por onde ela deveria começar.

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•DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA: MÉRITO, TRANSPARÊNCIA, AUTONOMIA, MOBILIDADE, RESPONSABILIDADE

•PROFISSIONALIZAÇÃO DA FUNÇÃO PÚBLICA: CICLO LABORAL DO SERVIDOR PÚBLICO

•NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, GESTÃO & COMUNICAÇÃO: CRIAÇÃO E DIFUSÃO DE T.I.G.C.’s

•GESTÃO POR DESEMPENHO E RESULTADOS: DESENVOLVIMENTO COMPLEXO E MULTIDIMENSIONAL

•NOVOS MECANISMOS DE GOVERNANÇA PÚBLICA: REPACTUAÇÃO FEDERATIVA; MAIS/MELHOR PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

DESAFIOS DADESAFIOS DAGESTÃO PÚBLICA NO SÉC. XXIGESTÃO PÚBLICA NO SÉC. XXI

•ELEVAR O NÍVEL DE AGREGAÇÃO DAS UNIDADES MÍNIMAS DE EXECUÇÃO DO GASTO PARA O PLANO ESTRATÉGICO DOS OBJETIVOS OU METAS DO PPA.

•APLICAR TRATAMENTO DIFERENCIADO AO GASTO PÚBLICO (EM TERMOS DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTAÇÃO, CONTROLE, GESTÃO E PARTICIPAÇÃO), SEGUNDO A NATUREZA EFETIVA E DIFERENCIADA DAS DESPESAS, DE MODO QUE, POR EX:

• DESPESAS DE CUSTEIO “INTERMEDIÁRIO” DA MÁQUINA PÚBLICA = CONTABILIZAÇÃO ANUAL E FOCO NA EFICIÊNCIA.

• DESPESAS DE CUSTEIO “FINALÍSTICO” DAS POLÍTICAS PÚBLICAS = CONTABILIZAÇÃO ANUAL E FOCO NA EFICÁCIA E EFETIVIDADE.

• DESPESAS DE INVESTIMENTO-CUSTEIO = CONTABILIZAÇÃO PLURIANUAL E FOCO NA EFICÁCIA E EFETIVIDADE.

DESAFIOS DODESAFIOS DOORÇAMENTO PÚBLICO NO SÉC. XXIORÇAMENTO PÚBLICO NO SÉC. XXI

Ministériodo Planejamento

GASTO COM QUALIDADE:3 ABORDAGENS POSSÍVEIS

limitada: eficiência (o custo da provisão e do atendimento)

ampliada: eficiência + eficácia (beneficiário, local e tempo) +

efetividade (com equidade)

adequada: dimensão ampliada + estrutura de financiamento

(grau de progressividade/regressividade) +

grau de redistributividade do gasto

GASTO COM QUALIDADE

DESAFIOS DODESAFIOS DOPLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL NO PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL NO

SÉC. XXISÉC. XXI• VISÃO ESTRATÉGICA GLOBAL / VISÃO DE FUTURO.

• CAPACIDADE DE ARTICULAÇÃO & COORDENAÇÃO.

• TEOR PROSPECTIVO / PROPOSITIVO.

• TEOR DEMOCRÁTICO / PARTICIPATIVO

• TEOR ÉTICO: princípios republicanos e democráticos...

• REFORMA TRIBUTÁRIA E FISCAL: PROGRESSIVA NA ARRECADAÇÃO E REDISTRIBUTIVA NOS GASTOS.

• REFORMA ÉTICO-POLÍTICA NOS SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO E DELIBERAÇÃO: ESFERA PÚBLICA.

• CULTURA DE DIREITOS: PLATAFORMA DHESCA – DIREITOS HUMANOS, ECONÔMICOS, SOCIAIS, CULTURAIS E AMBIENTAIS.

• REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA-PRODUTIVA: ECONOMIA VERDE + EDUCAÇÃO AMBIENTAL; ENCADEAMENTOS INOVATIVOS = INOVAÇÃO PRODUTIVA E INSTITUCIONAL DE PROCESSO E PRODUTOS.

Reforma Contemporânea do Estado requer engajamento coletivo da Nação

e sentido político-estratégico do Governo: