espaço mariano ano 3 - n.01

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O "Espaço Mariano" é um subsídio, o material didático que serve de apoio para a Associação Nossa Senhora das Dores

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Page 1: Espaço Mariano ano 3 - n.01
Page 2: Espaço Mariano ano 3 - n.01

APRESENTAÇÃO

No empenho de intensificar nosso processo de discipulado, a

exemplo de Maria, primeira discípula de Jesus, iniciamos com muita

esperança mais um ano de formação mariana, através do subsídio Espaço

Mariano, em sintonia com alguns eventos específicos e a caminhada da

Igreja.

Neste primeiro número, irmã Monica, com seu estilo próprio, nos

ajuda retomar a reflexão sobre Maria com a tônica da Campanha da

Fraternidade (CF) deste ano, que nos convoca como comunidade de fé, a

efetivar a comunhão com a Igreja do Brasil, colaborando para “que a

saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8). Foi exatamente isto que Jesus

anunciou ao mundo: “Que todos tenham vida e a tenham em abundância”

(Jo 10,10). Como percebemos, nossa formação mariana caminha à luz do

Filho, Jesus, que assume as nossas dores no seu caminho até a cruz, a fim

de gerar cada homem e cada mulher a uma nova vida!

No segundo artigo, Pe. Marcus Aurélio nos apresenta com

profundidade e leveza, o sentido da nossa existência, a necessidade de

fazermos experiência de Jesus Cristo que nos revela o amor de Deus por

nós. É através desta experiência que ele se torna a meta para a qual tende

todas as nossas ações e o princípio no qual baseamos a nossa vida. Trata-

se do processo do discipulado, isto é, encontrar-se com Cristo e segui-Lo.

Com muita clareza o evangelista Marcos nos apresenta o seguimento de

Jesus como um “caminho”, um “caminhar” com ele: Jesus inicia sua

missão percorrendo a Galileia, chama os primeiros discípulos e ensina-

lhes por meio de palavras e ações. Os discípulos são constituídos para

estar com o mestre e sair para pregar o amor de Deus a todos. Eles são

continuadores do que viram e ouviram de Jesus. Nós somos chamados a

ser estes continuadores e continuadoras, hoje.

Por sua vez, a comunidade das irmãs do Centro de espiritualidade

Maria Mãe da Vida, em sintonia com a vida da Igreja local, participou de

alguns eventos marianos de uma comunidade eclesial vizinha, partilha

sua experiência e a proposta de uma celebração mariana à luz da CF

deste ano sobre a Saúde Pública.

Como podemos perceber, o conteúdo deste subsídio incentiva

cada leitor e leitora a aprofundar seu conhecimento e sua experiência de

Jesus Cristo, a exemplo de sua Mãe e primeira discípula, e aprender deles

a lógica do cuidado do “espaço mariano” pessoal, gerador de vida em

abundância para todos!

A Redação

I

QUEM É MINHA MÃE?

(Mc 3,33)

Formação Mariana

à luz da Campanha da Fraternidade/2012

REMEDIAR

Recomeçar a formação mariana com a tônica da CF deste

ano, é nos sentir convocados/as como comunidade de fé, a efetivar

“Que a saúde se difunda sobre a terra! (Eclo 38,8)”. Ou seja,

difundir não uma ação orgânica equilibrada, mas Aquele que dá

sentido à harmonia/qualidade do existir tão desejada por todo ser

humano, estou sinalizando Ele, gerado em Maria de Nazaré, Jesus,

o Cristo.

Desde quando se narrou a respeito da vida sobre a terra,

homem e mulher, anseiam vida plena de felicidade, realização, não

obstante os males inerentes ao ser criaturas.

O judaísmo no qual Maria nasceu, se desenvolveu e educou

seu filho amado, foi a base da condição de possibilidade de práticas

em favor da vida. E os amigos/as, discípulos/as viram quando o

povo, ora se aproximava e tocando na franja de sua veste ficava

curado (cf Mc 6,56), ora os que sofriam de alguma enfermidade

lançavam-se sobre ele para tocá-lo (cf Mc 3,10), e também

testemunhavam o que os judeus comentavam sobre a “fala” de

Jesus: “Que vem a ser essa palavra, eis um ensinamento novo...” (cf

Mc 1,27).

A partir de gestos, propostas e jeito do Filho que jogam luzes

ao longo da Tradição cristã em relação a Maria, ela recebe vários

títulos entre tantos o de Nossa Senhora Saúde dos Enfermos, Nossa

Senhora da Saúde, Nossa Senhora dos Remédios, e as variadas

derivações da realidade: doença x saúde.

Mas, nossa formação mariana caminha à luz do Filho,

padecente de dores pelas pancadas no seu caminho até a cruz e

morto indignamente na tortura mais “moderna” da época – a morte

de cruz.

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Page 3: Espaço Mariano ano 3 - n.01

Todavia, a vida foi sempre a opção aprendida no colo de

Maria, judia, que rezava sua história nos salmos que cantavam a

ternura divina, como: “... Ele conforta os corações despedaçados,

enfaixa suas feridas e as cura...” (cf Sl 146/147); “... O Senhor lhes dá

ajuda...” (Sl 36/37). Remediada por essas pílulas salutares, de

geração em geração, os fiéis realizam suas homenagens, e a Igreja

no Brasil, nesse ano, oferece reflexões sobre a ternura, o cuidado, a

possibilidade de mantermos uma relação filial com o Autor da

Vida, uma relação de irmão, irmã, entre nós e cada ser criado,

também fonte de vida.

Portanto, convido a observar os gestos presentes no cartaz da

CF/2012, que nos levam a pensar como Maria foi sensível à vida e,

por isso, ao longo da história do cristianismo recebeu, entre tantos

títulos, esses acima citados.

Medite sobre o toque das mãos (cf Cartaz):

- relação de confiança que se caracteriza pelo falar/ouvir =

diálogo ...

- sorriso acolhedor ...

- sorriso mútuo ...

Podemos afirmar, são gestos refletidos nas atitudes do Filho

desdobrados nos “atos” dos discípulos e discípulas, aprendizado

repassado, de Mãe para filho, filho para irmãos e irmãs. Chegam

até nós que reinterpretamos de vários modos, como todos os anos

dentro da dinâmica das Campanhas da Fraternidade.

Todavia, é confiável afirmar esse desdobramento, porque a

vida saudável proposta por Jesus o Cristo foi registrada/transmitida

pelas comunidades (Mc, Mt, Lc, Jo). As ações curativas de Jesus de

Nazaré, ele “remediava” a pessoa e, através dela, a comunidade e a

tradição judaica.

O foco da formação mariana é descobrir o quanto a

comunidade judaica-cristã alcançou a profundidade da prática

interpretativa de Jesus, que experimentou Deus como Pai amoroso

e propôs essa experiência, mesmo dentro de uma realidade

“doente”.

É sugestivo perceber que tanto Marcos como Lucas

conseguiram mostrar o caminho pelo qual Jesus soube lidar com a

ausência da saúde e encaminhá-la de volta para o indivíduo e,

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consequentemente, para toda a comunidade de maneira inclusiva,

convocando, envolvendo (cf Mc 1,21-28; Lc 4,31-37).

Para refletir pessoalmente ou em grupo:

Que tal, encontrar a mãe Maria, nas entrelinhas:

♥ do Cartaz da CF;

♥ na prática de Jesus de Nazaré, o Cristo, nos textos indicados;

♥ na sua própria vida “remediada” pelo irmão, irmã,

vocacionado/a, discípulo, discípula, como você.

Partilhe sua arte de distribuir “pílulas para remediar”.

Irmã Monica Gomes Coutinho, smr

Rio de Janeiro

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II

TU ÉS O CRISTO, O FILHO DE DEUS

O CAMINHO DO DISCIPULADO NO EVANGELHO DE MARCOS

Nossa existência é caminhada e movimento rumo a algo. Se

em algum dia experimentamos verdadeiramente a Jesus Cristo,

então Ele se torna a meta para a qual tende todas as nossas ações e

o princípio no qual baseamos a nossa vida. Esse é o processo do

discipulado: encontrar-se com Cristo e segui-lo.

Nas narrativas bíblicas, Deus toma a iniciativa de encontrar e

se relacionar com o ser humano. Criado à imagem e semelhança de

Deus (Gn 1,27), o homem tem seu habitat na comunhão com Deus

(Gn 2,4-25), mas, por vezes, o drama do pecado distancia a criatura

do criador, assim, descumpre-se a finalidade para a qual foi feita.

Deus não desiste da obra prima de suas mãos e elege líderes (Noé,

Abraão, Moisés etc.), por meio dos quais faz alianças com o povo e

a humanidade (Gn 9; 17; Ex 19), para que o ser humano viva sua

vocação primária. Mesmo o Senhor, sendo um “Deus de amor e

fidelidade” (Ex 34,6), Israel insiste na infidelidade e na busca de

outros deuses, traindo a aliança e afastando-se da vontade de Deus.

Entretanto, “Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu

Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a

vida eterna” (Jo 3,16). A resposta de Deus à infidelidade humana é o

envio de Jesus, o Filho, para manifestar à humanidade quem é

Deus, qual o seu rosto e a sua vontade, consequentemente,

manifestar quem é o ser humano. A nova relação com Deus

acontece por meio de Jesus Cristo, que conhecemos nos relatos

evangélicos.

Marcos é o mais antigo dos quatro evangelhos e serviu de

fonte para Mateus, Lucas e João elaborarem o seu próprio escrito.

Como o evangelho de Mateus é o mais longo, Lucas o mais bem-

narrado e João com os mais belos discursos, Marcos foi, no

decorrer do tempo, menos privilegiado em detrimento dos outros.

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No século XX, houve uma redescoberta de Marcos, percebendo sua

estrutura teológica e literária bem consistente que convida o leitor-

ouvinte à descoberta e ao seguimento de Jesus, o Cristo e Filho de

Deus.

No evangelho de Marcos, Jesus caminhou junto com João

Batista na região do rio Jordão (Mc 1,1-13). Depois, Jesus percorreu a

Galileia e os arredores pagãos (Mc 1,14-10,52), pregando a conversão

à Boa-Nova e a proximidade do Reinado de Deus. Finalmente,

Jesus passou pela Judeia, onde morreu (Mc 11,1-16,8), deixando para

os discípulos a incumbência de se reencontrarem com ele na

Galileia (Mc 16,7), onde, ressuscitado, os haveria de preceder.

Este “caminhar” é o percurso do discipulado. Como vimos,

Jesus inicia sua missão preparando-se com João Batista e

percorrendo a Galileia, onde ele chama os primeiros discípulos

(André, Pedro, Tiago e João) e ensina-lhes por meio de palavras e

ações. Os discípulos são constituídos para estar com o mestre e sair

para pregar com autoridade sobre os espíritos impuros (Mc 3,14).

Eles são continuadores do que viram e ouviram de Jesus, sentindo-

se na missão daquele que aos poucos eles conheciam.

Da Galileia, Jesus se estende também aos arredores do lago

de Genesaré e atinge os pagãos (Mc 7,24-10-46). Jesus é enviado para

os judeus, mas estes não o reconheceram. Os pagãos aceitam e

manifestam uma fé maior do que o povo escolhido por Deus (Mc

7,29). A salvação trazida por Jesus, e anunciada posteriormente

pelos discípulos, não se restringe a um povo apenas, mas atinge a

toda humanidade. Os discípulos, assim como o mestre, não podem

se limitar a alguns, devem, antes, pretender chegar a todos com

largos horizontes ecoando os gestos de amor e acolhida do mestre.

Enfim, o ministério de Jesus em Jerusalém é o cume da sua

vida e o efeito da sua pregação. A morte e ressurreição de Jesus

não podem ser compreendidas como um apêndice à sua vida, mas

como consequência de sua doação e obediência ao plano do Pai. A

cruz é a recompensa da fidelidade de Jesus, que o Pai responde

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ressuscitando-o dentre os mortos. Para os discípulos, a paixão e a

morte de cruz eram incompreensíveis (Mc 8, 31-33; 9,30-32; 10,32-34), no

entanto, esse escândalo e essa loucura (cf. 1Cor 1,23) tornam-se o

anúncio ousado da comunidade cristã após sua ressurreição. Jesus

manifesta quem ele é e como ele é na cruz, revelando que Deus é

um Pai que não abandona o Filho e nos dá o Espírito Santo para

que o reconheçamos.

Caminhar significa proceder, agir, conduzir a vida como

Jesus. Ele nos mostra o caminho e Ele mesmo se diz como

“caminho” (Jo 14,6). Então, mais do que percorrer um trajeto

geográfico, entrar na dinâmica do discipulado significa conhecer

profundamente quem é este tal Jesus e como ele é de fato o Cristo.

Enquanto se caminha, reconhecemos quem é Jesus. A

primeira parte do evangelho de Marcos (1,16-8,30) caracteriza-se

pelas tentativas de respostas à pergunta: “quem é ele?” (1,27; 4,41;

6,14-16; 8,27). Quem é este que ensina como quem tem autoridade,

cura as enfermidades, expulsa os demônios, domina a natureza e

enfrenta o grupo religioso daquele tempo? Pedro responde: “tu és o

Cristo” (Mc 8,29). Aquele nazareno, taumaturgo e pregador

andarilho é o Messias aguardado de Israel.

No entanto, a reposta de Pedro ainda não é suficiente, não

bastava reconhecer Jesus como o Cristo, mas necessitava-se

entender de que maneira ele é o Cristo, o modo como ele realiza

sua missão. A segunda parte do evangelho de Marcos (8,30-16,8)

demonstra que ele é um messias diferente, ele é à maneira do

misterioso “Filho do Homem” (Dn 7), que assume, por fidelidade ao

Pai e aos seus irmãos, o sofrimento e a morte como o “Servo

Sofredor” (Is 42). Na cruz, ele é reconhecido pelo pagão:

“Verdadeiramente este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39). Então,

“Filho de Deus” é a confissão de fé concluída que define quem é

Jesus, antes professada apenas pelos demônios e proclamada pelo

Pai na transfiguração (Mc 9,7), agora apresentada e proclamada por

toda humanidade pela boca de um pagão.

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Nós que lemos esses trechos hoje e entramos nessa dinâmica,

assumimos em nossas vidas um “caminhar” com Jesus, que é

também reconhecimento gradual da sua pessoa e da sua ação. Ser

discípulo significa relacionar-se constantemente com o mestre,

aderir aos seus ensinamentos e transmitir essa vivência.

Coloquemo-nos no caminho e descubramos quem é este

Jesus que nos chama.

Assim como os discípulos reconhecem Jesus na medida em

que vivem, escutam e experimentam o mestre, nós cotidianamente,

com nossa relação com Deus, crescemos no conhecimento de

Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que se revela a nós e nos faz

reelaborarmos nossas concepções para compreendê-lo como uma

perene novidade que nos atrai para o seguimento.

Para refletir pessoalmente ou em grupo:

♥ O que significa para você o processo de discipulado no dia a

dia?

♥ Como Maria, a primeira discípula, inspira seu seguimento a

Jesus?

Partilhe em grupo.

Pe. Marcus Aurélio Mariano, NJ

Fortaleza - Ceará

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III

MARIA, SAÚDE DOS ENFERMOS

A AÇÃO DA IGREJA NA SAÚDE

Convidadas pela coordenação da Capela Nossa Senhora de

Lourdes – Campo Grande, a participar do Tríduo em honra da

Madroeira, através de uma reflexão sobre: Maria Saúde dos

enfermos; iluminamos a reflexão com a realidade do povo de Deus

que Jesus encontra em sua grande maioria: pobre, doente, confuso.

O Testamento que Jesus nos deixou é a prática amorosa por Deus

ser amor que se fez humano e conviveu com Maria, José e o povo.

Seremos julgados pelo serviço amoroso aos necessitados.

Considerando que a ação da Igreja requer a circularidade nas

relações que geram saúde = salvação. Concluímos com a seguinte

celebração que partilhamos com os leitores e leitoras de Espaço

Mariano:

INTRODUÇÃO

G. Maria, primeira e perfeita discípula de seu amado Filho Jesus,

Mãe e modelo da Igreja, é evocada e venerada como “Saúde dos

enfermos”.

T. Maria demonstrou sempre uma solicitude especial para com as

pessoas sofredoras. Jesus conviveu com Maria e José, esse cuidado

com a vida.

G. E desde a fundação da Igreja nascente é esta sua principal

missão: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em

abundância” (Jo 10,10), é assumida pela Igreja a proposta de Jesus

Cristo.

T. Canto: Eu vim para que todos tenham vida./ Que todos tenham

vida plenamente!

ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS

L. Leitura do Evangelho segundo Mateus (Mt 25,34-40)

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“Então o rei dirá aos que estiverem à sua direita: „Vinde, benditos

do meu Pai, recebei em herança o Reino que foi preparado para vós

desde a fundação do mundo. Porque eu tive fome e me destes de

comer; tive sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me

acolhestes; estava nu, e me vestistes; doente, e me visitastes; na

prisão, e viestes a mim”.

T. „Senhor, quando é que nos sucedeu ver-te com fome e

alimentar-te, com sede e dar-te de beber? Quando é que nos

sucedeu ver-te doente ou na prisão e irmos a ti?‟.

L. E o rei lhes responderá: „Em verdade eu vos declaro, todas as

vezes que o fizestes a um destes mais pequeninos, que são meus

irmãos, foi a mim que o fizestes‟.

Refrão: Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão.

G. A exemplo de Maria, “a Igreja conserva dentro de si mesma os

dramas do ser humano e a consolação de Deus, mantendo-os

unidos ao longo da peregrinação da história” (CF/2012, Texto-base, p.

90-91).

LEITURAS ESPONTÂNEAS

1. O cuidado de Maria com Isabel em sua gravidez de risco,

prefigura a ação da Igreja em favor da vida.

2. Os Santuários marianos são repletos de solicitude materna de

Maria com os enfermos: no Santuário mariano, em Aparecida, o

povo brasileiro sente-se em casa... O Santuário de Nossa Senhora

de Lourdes, na França, é o lugar escolhido por Maria para

manifestar seu cuidado com a vida em todos os sentidos.

3. Na história da Igreja há homens e mulheres que dedicaram suas

vidas como Maria, no serviço aos irmãos e irmãs necessitados: os

santos: Camilo de Lellis, João de Deus, Damião de Molokay, Frei

Galvão e outros..., e tantas santas: Irmã Dulce (Bahia), Irmã

Paulina, Tereza de Calcutá, e outras...

4. Nestes vinte e um séculos de caminhada de história da Igreja,

muitos homens e mulheres, comprometeram suas vidas no cuidado

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com a vida, promovendo a dignidade humana. As Ordens e

Congregações religiosas dedicam-se de maneira prioritária à

porção mais marginalizada de todos os povos. Não foram

reconhecidas, mas viveram a santidade do cuidado com a vida...

Como tantas pessoas através das Pastorais da Saúde, da Criança, do

Idoso, e, em todo processo de evangelização, a Igreja se

compromete em prevenir, curar, servir, reparar e cuidar da vida

humana!

5. O juízo Final prefigura a ação da Igreja, pois “a grandeza da

humanidade determina-se essencialmente na relação com o

sofrimento e com quem sofre” (Bento XVI, na celebração do dia mundial

da Saúde/2011).

6. A obra redentora ilumina a doença e o sofrimento – atual

testemunho – numa sociedade com dificuldades em aceitar e viver

esta realidade. A cultura de morte tem várias faces... Em várias

línguas, a Salvação e Saúde tem o mesmo significado.

7. O Lema da CF/2012: Que a Saúde se difunda sobre a terra (Eclo

38,8).

8. O Tema da CF/2012: A Fraternidade e a Saúde Pública.

9. A Saúde Pública no Brasil requer ações transformadoras. A

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ressalta a

importância de se estabelecer parcerias com: Defensoria Pública,

Controladoria Geral da União, Advocacia Geral da União, Procons,

Ministério Público, Fóruns de Justiça, para denunciar situações de

irregularidades na condução dos serviços públicos.

10. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Saúde não

é simples ausência de doenças..., define a Saúde humana

basicamente como bem estar. O bem estar nos três níveis:

Psicofísico, psicossocial e racional-espiritual.

ORAÇÃO DA CF/2012

Senhor, Deus de amor, Pai de bondade,

nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida,

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pelo amor com que cuidais de toda a criação.

Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia

assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores,

sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

Envia-nos, Senhor, o vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja,

para que ela, pela conversão se faça sempre mais,

solidária às dores e enfermidades do povo,

e que a saúde se difunda sobre a terra.

Amém.

*********************

Por tudo damos graças a Deus por estarmos iniciando este

novo ano de formação mariana, partilhando o pouco que temos

com irmãos e irmãs de caminhada no seguimento de Jesus, do jeito

de Maria, Mãe e Serva do Senhor.

Comunidade das irmãs

Centro de Espiritualidade, Maria Mãe da Vida

Campo Grande/RJ

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