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Escola Estadual deEducação Profissional - EEEPEnsino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Agroindústria
Saúde, Segurança eErgonomia no Trabalho
Governador
Vice Governador
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Cid Ferreira Gomes
Francisco José Pinheiro
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Coordenadora de Desenvolvimento da Escola
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs
Thereza Maria de Castro Paes Barreto
Disciplina:Saúde, Segurança e Ergonomia no
Trabalho.
Segurança no Trabalho
Conceituação
Segurança do trabalho é um conceito ligado ao homem na sua atividade laboral
que, tal como a própria atividade, evolui ao longo do tempo.
Podemos dizer que qualquer atividade, laboral ou não, comporta sempre riscos.
Esses riscos associados a falhas, faltas ou erros, dão origem a acidentes.
O desenvolvimento dos equipamentos e instrumentos, os novos conceitos e
práticas de gestão e novos métodos da organização do trabalho, aumentaram a
produtividade dos trabalhadores, mas também contribuíram para um desequilíbrio da
relação risco-segurança.
Esta alteração teve como conseqüência a utilização de conjuntos de normas e de
procedimentos a cumprir para conseguir os rendimentos pretendidos com um mínimo de
risco, surgindo assim o conceito de segurança do trabalho em paralelo com a própria
atividade laboral.
A segurança deve ser uma preocupação constante isto é, "trabalhar bem deve ser
sempre, trabalhar seguro".
Não devem ser os acidentes de trabalho e as doenças profissionais a determinar a
tomada de medidas de segurança; estas devem ser anteriores e estabelecidas sempre
numa perspectiva de prevenção.
São estas de um modo geral as obrigações morais e legais dos empregadores.
Estes devem estar conscientes que, o aumento da segurança e a diminuição das doenças
profissionais nas suas empresas, se traduz em ganhos de produtividade, de qualidade, de
imagem da empresa e de competitividade.
Se quisermos adaptar uma definição de segurança do trabalho, podemos dizer
que é "a técnica da prevenção e controle dos riscos das operações, riscos esses capazes
de afetar a segurança, a saúde e o bem estar dos trabalhadores"
A segurança do trabalho será então um conjunto de metodologias cuja finalidade
é a prevenção de acidentes de trabalho pela eliminação ou minimização dos riscos
associados aos processos produtivos.
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Causas de acidentes de trabalho
Os acidentes de trabalho não são uma fatalidade.
Os acidentes não se dão porque o destino assim quer, mas porque alguém ou
alguma coisa o provoca.
Isto significa que um acidente é sempre a conseqüência de uma ou mais causas.
A velha teoria da fatalidade há muito que foi substituída pela teoria da causalidade.
A idéia-chave a fixar é a de que: Todo o acidente tem pelo menos uma causa
Sendo assim, os acidentes podem ser evitados ou minimizados investigando as
suas causas e eliminando-as.
Podemos então dizer que os acidentes são acontecimentos previsíveis e portanto
passíveis de ser prevenidos.
É muito vulgar confundir-se os acidentes de trabalho com as suas conseqüências.
Vamos clarificar idéias.
"Acidente de trabalho" é uma ocorrência instantânea e não desejada, que altera o
desenvolvimento normal de uma actividade, provocando danos e lesões.
De acordo com a legislação em vigor, acidente de trabalho "é o acidente que se
verifique no local e tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou a redução na
capacidade de trabalho ou de ganho"
Se esta ocorrência não provocar lesões ou danos além dos resultantes da
perturbação da atividade designa-se por "incidente de trabalho".
As causas dos acidentes podem classificar-se em:
- Causas Humanas
- Causas Materiais
Controle dos riscos
É muito vulgar ouvir dizer que não há atividades seguras; todas têm os seus
riscos. E os riscos são as potenciais fontes de acidentes.
Para diminuir os acidentes é então imperioso eliminar ou minimizar os riscos e
fazer o seu controlo.
Há quatro processo genéricos de controle dos riscos:
1º Se o risco ameaça o homem, vamos eliminar ou limitar o risco, o que
normalmente é feito com medidas ditas construtivas ou de engenharia;
2º O segundo processo de atuação será envolver ou circunscrever o risco,
confinando-o a dado espaço ou área.
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Esta atuação também envolve medidas construtivas.
3º Se as medidas anteriores não forem suficientes há necessidade de afastar o
homem do risco.
Esta atuação passa por medidas de organização quer do trabalho, quer dos
espaços.
4º Caso as medidas organizacionais não tenham sido suficientes ou tenham sido
impossíveis de aplicar, recorre-se ao processo da proteção individual do trabalhador,
com os dispositivos de proteção individual adequados.
Na adoção dos processos de controlo de riscos deve seguir-se a hierarquia de
aplicação atrás descrita ou seja, primeiro tenta resolver-se o problema de forma coletiva
e só depois, em caso de necessidade, de forma individual.
Conseqüência dos Acidentes
Os acidentes de trabalho não são proveitosos para ninguém.
Pelo contrário, qualquer acidente de trabalho tem conseqüências que, começando
naturalmente pelo próprio sinistrado, atingem toda a sociedade.
Vejamos de uma forma sistematizada as conseqüências dos acidentes de
trabalho.
Custos dos Acidentes
Desde os estudos levados a cabo por H. W. Heinrich em 1931, passaram a
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classificar-se os custos dos acidentes de trabalho em dois tipos:
- Diretos
Os custos diretos como o nome indica, são aqueles que podem ser diretamente
imputados a dado acidente e por norma podem ser quantificáveis com facilidade.
Também se designam por custos segurados.
São exemplos de custos diretos: Salários, Indenizações, Assistência médica e
medicamentosa.
Estes custos estão normalmente cobertos pelos seguros de trabalho, e são
representados pelo respectivo prêmio.
-Indiretos
Os custos indiretos, contrariamente aos anteriores, não são facilmente
quantificáveis, nem normalmente cobertos.
O fato de não serem quantificáveis não significa que estes custos, embora mais
subtis, não sejam muito reais, e infelizmente muito superiores aos diretos.
São exemplos de custos indiretos:
- Tempo perdido pelo acidentado e pelos outros trabalhadores
- Tempo de investigação da(s) causa(s) do acidente
Atuação
O profissional de Segurança do Trabalho tem uma área de
atuação bastante ampla. Ele atua em todas as esferas da sociedade
onde houver trabalhadores. Em geral ele atua em fábricas de
alimentos, construção civil, hospitais, empresas comerciais e
industriais, grandes empresas estatais, mineradoras e de extração.
Também pode atuar na área rural em empresas agro-industriais.
O que faz o profissional em Segurança do Trabalho?
O profissional de Segurança do Trabalho atua conforme sua formação, quer seja
ele médico, técnico, enfermeiro ou engenheiro.O campo de atuação é muito vasto. Em
geral o engenheiro e o técnico de segurança atuam em empresas organizando programas
de prevenção de acidentes, orientando a CIPA, os trabalhadores quanto ao uso de
equipamentos de proteção individual, elaborando planos de prevenção de riscos
ambientais, fazendo inspeção de segurança, laudos técnicos e ainda organizando e
dando palestras e treinamento. Muitas vezes esse profissional também é responsável
pela implementação de programas de meio ambiente e ecologia na empresa.
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O médico e o enfermeiro do trabalho dedicam-se a parte de saúde ocupacional,
prevenindo doenças, fazendo consultas, tratando ferimentos, ministrando vacinas,
fazendo exames de admissão e periódicos nos empregados.
O que exatamente faz cada um dos profissionais de Segurança do Trabalho?
A seguir a descrição das atividades dos profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho,
de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO.
Engenheiro de Segurança do Trabalho - CBO 0-28.40
assessora empresas industriais e de outro gênero em assuntos relativos à segu-
rança e higiene do trabalho, examinando locais e condições de trabalho, instala-
ções em geral e material, métodos e processos de fabricação adotados pelo traba-
lhador, para determinar as necessidades dessas empresas no campo da prevenção
de acidentes;
inspeciona estabelecimentos fabris, comerciais e de outro gênero, verificando se
existem riscos de incêndios, desmoronamentos ou outros perigos, para fornecer
indicações quanto às precauções a serem tomadas;
promove a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como óculos de
proteção, cintos de segurança, vestuário especial, máscara e outros, determinan-
do aspectos técnicos funcionais e demais características, para prevenir ou dimi-
nuir a possibilidade de acidentes;
adapta os recursos técnicos e humanos, estudando a adequação da máquina ao
homem e do homem à máquina, para proporcionar maior segurança ao trabalha-
dor;
executa campanhas educativas sobre prevenção de acidentes, organizando pales-
tras e divulgações nos meios de comunicação, distribuindo publicações e outro
material informativo, para conscientizar os trabalhadores e o público, em geral;
estuda as ocupações encontradas num estabelecimento fabril, comercial ou de
outro gênero, analisando suas características, para avaliar a insalubridade ou pe-
riculosidade de tarefas ou operações ligadas à execução do trabalho;
realiza estudos sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais, consultando
técnicos de diversos campos, bibliografia especializada, visitando fábricas e ou-
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tros estabelecimentos, para determinar as causas desses acidentes e elaborar re-
comendações de segurança.
Técnico de Segurança do Trabalho - CBO 0-39.45
inspeciona locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as condi-
ções de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes; estabelece nor-
mas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos equipa-
mentos e instalações e verificando sua observância, para prevenir acidentes;
inspeciona os postos de combate a incêndios, examinando as mangueiras, hi-
drantes, extintores e equipamentos de proteção contra incêndios, para certificar-
se de suas perfeitas condições de funcionamento;
comunica os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios, para propor a
reparação ou renovação do equipamento de extinção de incêndios e outras medi-
das de segurança;
investiga acidentes ocorridos, examinando as condições da ocorrência, para
identificar suas causas e propor as providências cabíveis;
mantém contatos com os serviços médico e social da empresa ou de outra insti-
tuição, utilizando os meios de comunicação oficiais, para facilitar o atendimento
necessário aos acidentados;
registra irregularidades ocorridas, anotando-as em formulários próprios e elabo-
rando estatísticas de acidentes, para obter subsídios destinados à melhoria das
medidas de segurança;
instrui os funcionários da empresa sobre normas de segurança, combate a incên-
dios e demais medidas de prevenção de acidentes, ministrando palestras e treina-
mento, para que possam agir acertadamente em casos de emergência;
coordena a publicação de matéria sobre segurança no trabalho, preparando ins-
truções e orientando a confecção de cartazes e avisos, para divulgar e desenvo-
lver hábitos de prevenção de acidentes;
participa de reuniões sobre segurança no trabalho, fornecendo dados relativos ao
assunto, apresentando sugestões e analisando a viabilidade de medidas de segu-
rança propostas, para aperfeiçoar o sistema existente.
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Médico do Trabalho - CBO - 0-61.22
executa exames periódicos de todos os empregados ou em especial
daqueles expostos a maior risco de acidentes do trabalho ou de doen-
ças profissionais, fazendo o exame clínico e/ou interpretando os resultados de
exames complementares, para controlar as condições de saúde dos mesmos a as-
segurar a continuidade operacional e a produtividade;
executa exames médicos especiais em trabalhadores do sexo feminino, menores,
idosos ou portadores de subnormalidades, fazendo anamnese, exame clínico e/ou
interpretando os resultados de exames complementares, para detectar prováveis
danos à saúde em decorrência do trabalho que executam e instruir a administra-
ção da empresa para possíveis mudanças de atividades;
faz tratamento de urgência em casos de acidentes de trabalho ou alterações agu-
das da saúde, orientando e/ou executando a terapêutica adequada, para prevenir
conseqüências mais graves ao trabalhador;
avalia, juntamente com outros profissionais, condições de insegurança, visitando
periodicamente os locais de trabalho, para sugerir à direção da empresa medidas
destinadas a remover ou atenuar os riscos existentes;
participa, juntamente com outros profissionais, da elaboração e execução de pro-
gramas de proteção à saúde dos trabalhadores, analisando em conjunto os riscos,
as condições de trabalho, os fatores de insalubridade, de fadiga e outros, para
obter a redução de absenteísmo e a renovação da mão-de-obra;
participa do planejamento e execução dos programas de treinamento das equipes
de atendimento de emergências, avaliando as necessidades e ministrando aulas,
para capacitar o pessoal incumbido de prestar primeiros socorros em casos de
acidentes graves e catástrofes;
participa de inquéritos sanitários, levantamentos de doenças profissionais, lesões
traumáticas e estudos epidemiológicos, elaborando e/ou preenchendo formulá-
rios próprios e estudando os dados estatísticos, para estabelecer medidas destina-
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das a reduzir a morbidade e mortalidade decorrentes de acidentes do trabalho,
doenças profissionais e doenças de natureza não-ocupacional;
participa de atividades de prevenção de acidentes, comparecendo a reuniões e
assessorando em estudos e programas, para reduzir as ocorrências de acidentes
do trabalho;
participa dos programas de vacinação, orientando a seleção da população traba-
lhadora e o tipo de vacina a ser aplicada, para prevenir moléstias transmissíveis;
participa de estudos das atividades realizadas pela empresa, analisando as exi-
gências psicossomáticas de cada atividade, para elaboração das análises profis-
siográficas;
procede aos exames médicos destinados à seleção ou orientação de candidatos a
emprego em ocupações definidas, baseando-se nas exigências psicossomáticas
das mesmas, para possibilitar o aproveitamento dos mais aptos;
participa da inspeção das instalações destinadas ao bem-estar dos trabalhadores,
visitando, juntamente com o nutricionista, em geral (0-68.10), e o enfermeiro de
higiene do trabalho (0-71.40) e/ou outros profissionais indicados, o restaurante,
a cozinha, a creche e as instalações sanitárias, para observar as condições de hi-
giene e orientar a correção das possíveis falhas existentes. Pode participar do
planejamento, instalação e funcionamento dos serviços médicos da empresa.
Pode elaborar laudos periciais sobre acidentes do trabalho, doenças profissionais
e condições de insalubridade. Pode participar de reuniões de órgãos comunitá-
rios governamentais ou privados, interessados na saúde e bem-estar dos traba-
lhadores. Pode participar de congressos médicos ou de prevenção de acidentes e
divulgar pesquisas sobre saúde ocupacional.
Enfermeiro do Trabalho CBO - 0-71.40
Estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando obser-
vações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar as ne-
cessidades no campo da segurança, higiene e melhoria do trabalho;
Elabora e executa planos e programas de proteção à saúde dos empregados, par-
ticipando de grupos que realizam inquéritos sanitários, estudam as causas de
absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões traumáti-
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cas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados estatísticos de morbi-
dade e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis relações com as ati-
vidades funcionais, para obter a continuidade operacional e aumento da produti-
vidade;
Executa e avalia programas de prevenções de acidentes e de doenças profissio-
nais ou não-profissionais, fazendo análise da fadiga, dos fatores de insalubrida-
de, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher, para propiciar a
preservação de integridade física e mental do trabalhador;
Presta primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença,
fazendo curativos ou imobilizações especiais, administrando medicamentos e
tratamentos e providenciando o posterior atendimento médico adequado, para
atenuar consequências e proporcionar apoio e conforto ao paciente;
Elabora e executa ou supervisiona e avalia as atividades de assistência de enfer-
magem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no lo-
cal de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando medicamentos prescritos,
curativos, instalações e teses, coletando material para exame laboratorial, vaci-
nações e outros tratamentos, para reduzir o absenteísmo profissional; organiza e
administra o setor de enfermagem da empresa, provendo pessoal e material ne-
cessários, treinando e supervisionando auxiliares de enfermagem do trabalho,
atendentes e outros, para promover o atendimento adequado às necessidades de
saúde do trabalhador;
Treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado ao
tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes;
Planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando conhecimentos e
estimulando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir doenças profissionais,
mantendo cadastros atualizados, a fim de preparar informes para subsídios pro-
cessuais nos pedidos de indenização e orientar em problemas de prevenção de
doenças profissionais.
Auxiliar de Enfermagem do trabalho
desempenha tarefas similares às que realiza o auxiliar de enfermagem, em geral
(5-72.10), porém atua em dependências de fábricas, indústrias ou outros estabe-
lecimentos que justifiquem sua presença.
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Programa de segurança do trabalho
Finalidades:
Proteger a Saúde e a Integridade física dos trabalhadores no local de trabalho;
Planejar e projetar obras, reformas e serviços decorrentes da adoção de medidas
de segurança;
Orientar e fazer Cumprir as Normas de Segurança do Trabalho;
Especificar, controlar e fiscalizar a utilização e uso do Equipamento de Proteção
Individual - EPI;
Orientação Educacional sobre a Saúde, promovendo cursos, treinamentos e
palestras no que diz respeito a Saúde, Segurança e em Medicina do Trabalho.
Além da saúde do trabalhador a empresa estende seus cuidados no Ambiente e as
condições de trabalho, visando proporcionar conforto e segurança na execução das
atividades. São feitos investimentos diversos quanto aos Equipamentos de Proteção de
Trabalho e no ambiente.
Dentre os programas existentes, se aplica especial atenção ao Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, que é cumprido de forma rigorosa e imediata,
e supervisionado pela engenheira de segurança. Este programa visa principalmente à
manutenção das condições seguras das instalações da empresa, das condições sanitárias
e de conforto, estabelecidas por metas e com objetivos definidos, dentre as quais são
aplicados os conhecimentos e tecnologias atuais.
São realizados treinamentos no ingresso e periódicos aos trabalhadores, das
formas de prevenção de acidentes, utilização de máquinas e equipamentos, proteção de
incêndios, manuseio de produtos e matéria prima, higiene pessoal e do ambiente, e
outros assuntos inerentes à segurança do trabalho.
As ordens de serviço de segurança aos trabalhadores quanto às atividades
exercidas são aplicadas como forma de prevenção, correção e comunicação.
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A empresa possui comunicação visual através de sinalização de emergência e de
orientação, informando aos trabalhadores, os riscos, condições ambientais, de proteção
de incêndio, intempéries e sinistros.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – contribui na prevenção
dos acidentes de tal forma a diminuir grandemente o número dos acidentes, e com isso a
valorização da vida.
A comissão interna de Prevenção de Acidentes atende as necessidades legais e
da empresa e atua de forma ativa, com a participação dos trabalhadores entusiásticos,
que levam a sério suas atribuições, agindo na prevenção dos acidentes de tal forma a
diminuir grandemente o número dos acidentes, e com isso a valorização da vida.
Os trabalhadores participam da Brigada de Incêndio, cuja equipe é formada por
180 membros, em torno de 44% do total da empresa. São treinados por equipes
especializadas pelo Corpo de Bombeiros e têm conhecimentos de combate ao fogo,
evacuação, abandono e assistência em caso de emergência.
Nas Atividades Recreativas são promovidos vários campeonatos internos e
externos a empresa.
HIGIENE E SEGURANÇA
A indústria sempre teve associada a vertente humana, nem sempre tratada como
sua componente preponderante.
Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram levadas em
conta, sendo sim importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de
doença ou mesmo à morte dos trabalhadores. Para tal contribuíam dois fatores, uma
mentalidade em que o valor da vida humana era pouco mais que desprezível e uma total
ausência por parte dos Estados de leis que protegessem o trabalhador.
Apenas a partir da década de 50 / 60, surgem as primeiras tentativas sérias de
integrar os trabalhadores em atividades devidamente adequadas às suas capacidades.
Atualmente em Portugal existe legislação que permite uma proteção eficaz de
quem integra atividades industriais, ou outras , devendo a sua aplicação ser entendida
como o melhor meio de beneficiar simultaneamente as Empresas e os Trabalhadores na
salvaguarda dos aspectos relacionados com as condições ambientais e de segurança de
cada posto de trabalho.
Na atualidade, em que certificações de Sistemas de Garantia da Qualidade e
Ambientais ganham tanta importância, as medidas relativas à Higiene e Segurança no
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Trabalho tardam em ser implementados pelo que o despertar de consciências é
fundamental.
É precisamente este o objetivo principal deste curso, o de SENSIBILIZAR para
as questões da Higiene e Segurança no Trabalho.
Definições
A higiene e a segurança são duas atividades que estão intimamente relacionadas
com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde
aos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.
Segundo a O.M.S. - Organização Mundial de Saúde, a verificação de condições
de Higiene e Segurança consiste "num estado de bem-estar físico, mental e social e não
somente a ausência de doença e enfermidade ".
A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as
doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho
e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras
de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).
A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não
médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente,
quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho
constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos
profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com
diminuição da sinistralidade.
Segurança; Estudo, avaliação e controlo dos riscos de operação
Higiene; Identificar e controlar as condições de trabalho que possam prejudicar a
saúde do trabalhador;
Doença Profissional; Doença em que o trabalho é determinante para o seu
aparecimento.
Acidentes de Trabalho
O que é ACIDENTE?. Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar
“Acontecimento imprevisto , casual , que resulta em ferimento , dano , estrago , prejuízo
, avaria , ruína , etc ..”
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, entre os
quais se destacam as falhas humanas e falhas materiais.
Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem
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acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de
um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias.
Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles
ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos
riscos.
O que diz a lei ?. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho
a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária...”
Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve,
como, por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro.
Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou
sentido. Por exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça,
caracteriza uma perturbação funcional..
Doença profissional também é acidente do trabalho?
Doenças profissionais são aquelas que são adquiridas na seqüência do exercício
do trabalho em si.
Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em que o
trabalho é realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas
decorrer a incapacidade para o trabalho.
Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contagio com colegas de trabalho .
Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é
considerada doença profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios
de produção.
Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação
acidental, no exercício de sua atividade, temos aí um caso equiparado a um acidente de
trabalho. Por exemplo, se operador de um banho de decapagem se queima com ácido ao
encher a tina do banho ácido isso é um acidente do trabalho.
Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem
proteção auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho
executado junto a uma grande prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de
trabalho.
Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa
apenas por algumas horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É que ocorre,
por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador
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retorna ao trabalho em seguida.
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas
atividades por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador
acidentado não retornar ao trabalho imediatamente ou até no dia seguinte, temos o
chamado acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade temporária, ou
na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, na incapacidade total e permanente
para o trabalho.
A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um
período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais.
A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da
capacidade física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a
perda de um dedo ou de uma vista incapacidade total e permanente é a invalidez
incurável para o trabalho.
Neste ultimo caso, o trabalhador não reúne condições para trabalhar o que
acontece, por exemplo, se um trabalhador perde as duas vistas num acidente do
trabalho. Nos casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador.
Um trabalhador desvia sua atenção do trabalho por fração de segundo,
ocasionando um acidente sério. Além do próprio trabalhador são atingidos mais dois
colegas que trabalham ao seu lado. O trabalhador tem de ser removido urgentemente
para o hospital e os dois outros trabalhadores envolvidos são atendidos no ambulatório
da empresa. Um equipamento de fundamental importância é paralisado em
conseqüência do dano em algumas peças da máquina. O equipamento parado é uma
guilhotina que corta a matéria-prima para vários sectores de produção.
Analise a situação anterior e liste as conseqüências diretas e indiretas que
consegue prever, em resultado deste acidente.
Fatores que afetam a higiene e segurança
Em geral a atividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de condições de
trabalho desfavoráveis em resultado da especificidades próprias de alguns processos ou
operações , pelo que o seu tratamento quanto a Higiene e Segurança costuma ser
cuidado com atenção.
Contudo, na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de fatores
relacionados com a negligência ou desatenção por regras elementares e que potenciam a
possibilidade de acidentes ou problemas.
Acidentes devido a CONDIÇÕES PERIGOSAS;
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Máquinas e ferramentas
Condições de organização (Lay-Out mal feito, armazenamento perigoso, falta de
Equipamento de Proteção Individual - E.P.I.)
Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído)
Acidentes devido a ACÇÕES PERIGOSAS;
Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.)
Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem)
Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar empilhadores à
Fangio, distrações, brincadeiras)
As perdas de produtividade e qualidade
Foi necessário muito tempo para que se reconhecesse até que ponto as condições
de trabalho e a produtividade se encontram ligadas. Numa primeira fase, houve a
percepção da incidência econômica dos acidentes de trabalho onde só eram
considerados inicialmente os custos diretos (assistência médica e indenizações) e só
mais tarde se consideraram as doenças profissionais.
Na atividade corrente de uma empresa , compreendeu-se que os custos indiretos
dos acidentes de trabalho são bem mais importantes que os custos diretos , através de
fatores de perda como os seguintes :
perda de horas de trabalho pela vítima
perda de horas de trabalho pelas testemunhas e Responsáveis � perda de horas
de trabalho pelas pessoas encarregadas do inquéritos
interrupções da produção,
danos materiais,
atraso na execução do trabalho,
custos inerentes às peritagens e acções legais eventuais,
diminuição do rendimento durante a substituição � a retoma de trabalho pela
vítima
Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo mesmo representar quatro
vezes os custos diretos do acidente de trabalho.
A diminuição de produtividade e o aumento do número de peças defeituosas e
dos desperdícios de material imputáveis à fadiga provocada por horários de trabalho
excessivos e por más condições de trabalho, nomeadamente no que se refere à
iluminação e à ventilação, demonstraram que o corpo humano, apesar da sua imensa
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capacidade de adaptação, tem um rendimento muito maior quando o trabalho decorre
em condições ótimas.
Com efeito, existem muitos casos em que é possível aumentar a produtividade
simplesmente com a melhoria das condições de trabalho. De uma forma geral, a Gestão
das Empresas não explora suficientemente a melhoria das condições de higiene e a
segurança do trabalho nem mesmo a ergonomia dos postos de trabalho como forma de
aumentar a Produtividade e a Qualidade .
A relação entre o trabalho executado pelo operador e as condições de trabalho do
local de trabalho, passou a ser melhor estudada desde que as restrições impostas pela
tecnologia industrial moderna constituem a fonte das formas de insatisfação que se
manifestam sobretudo entre os trabalhadores afetos às tarefas mais elementares,
desprovidas de qualquer interesse e com caráter repetitivo e monótono.
Desta forma pode-se afirmar que na maior parte dos casos a Produtividade é
afetada, pela conjugação de dois aspectos importantes:
um meio ambiente de trabalho que exponha os trabalhadores a riscos
profissionais graves (causa direta de acidentes de trabalho e de doenças
profissionais)
a insatisfação dos trabalhadores face a condições de trabalho que não estejam em
harmonia com as suas características físicas e psicológicas
Em geral as conseqüências revelam-se numa baixa quantitativa e qualitativa da
produção, numa rotação excessiva do pessoal e a num elevado absentismo. Claro que as
conseqüências de tal situação variarão segundo os meios socioeconômicos.
Fica assim explicado que as condições de trabalho e as regras de segurança e
Higiene correspondentes, constituem um fator da maior importância para a melhoria de
desempenho das Empresas, através do aumento da sua produtividade obtida em
condições de menor absentismo e semestralidade. Por parte dos trabalhadores de uma
Empresa, o Emprego não deve representar somente o trabalho que se realiza num dado
local para auferir um ordenado, mas também uma oportunidade para a sua valorização
pessoal e profissional, para o que contribuem em mito as boas condições do seu posto
de trabalho .
Querendo evitar em curto prazo um desperdício de recursos humanos e
monetários e em longo prazo garantir a competitividade da Empresa , deverá prestar-se
maior atenção às condições de trabalho e ao grau de satisfação dos seus colaboradores ,
reconhecendo-se que, uma Empresa desempenha não só uma função técnica e
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econômica mas também um importante papel social.
SEGURANÇA DO POSTO DE TRABALHO
Significado e importância da prevenção
A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as
possibilidades de ocorrerem problemas de segurança com o Trabalhador.
A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, na
previsão de que a segurança física do operador possa ser colocada em risco durante a
realização do seu trabalho. Nestes termos, pode-se acrescentar que as medidas a tomar
no domínio da higiene industrial não diferem das usadas na prevenção dos acidentes de
trabalho.
Como princípios de prevenção na área da Higiene e Segurança industrial,
poderemos apresentar os seguintes:
1. Tal como se verifica no domínio da segurança, a prevenção mais eficaz em
matéria de higiene industrial exerce-se, também, no momento da concepção do edifício,
das instalações e dos processos de trabalho, pois todo o melhoramento ou alteração
posterior já não terá a eficácia desejada para proteger a saúde dos trabalhadores e será
certamente muito mais dispendiosa.
2. As operações perigosas (as que originam a poluição do meio ambiente ou
causam ruído ou vibrações) e as substâncias nocivas, susceptíveis de contaminar a
atmosfera do local de trabalho, devem ser substituídas por operações e substâncias
inofensivas ou menos nocivas.
3. Quando se torna impossível instalar um equipamento de segurança coletivo, é
necessário recorrer a medidas complementares de organização do trabalho, que, em
certos casos, podem comportar a redução dos tempos de exposição ao risco.
4. Quando as medidas técnicas coletivas e as medidas administrativas não são
suficientes para reduzir a exposição a um nível aceitável, deverá fornecer-se aos
trabalhadores um equipamento de proteção individual (EPI) apropriado.
5. Salvo casos excepcionais ou específicos de trabalho, não deve considerar-se o
equipamento de proteção individual como o método de segurança fundamental, não só
por razões fisiológicas, mas também por princípio, porque o trabalhador pode, por
diversas razões, deixar de utilizar o seu equipamento.
Qualquer posto de trabalho representa o ponto onde se juntam os diversos meios
de produção ( Homem , Máquina , Energia , Matéria-prima , etc) que irão dar origem a
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uma operação de transformação , daí resultando um produto ou um serviço .
Para a devida avaliação das condições de segurança de um Posto de Trabalho é
necessário considerar um conjunto de fatores de produção e ambientais em que se insere
esse mesmo posto de trabalho.
Para que a atividades de um operador decorra com o mínimo de risco, têm que
se criarem diferentes condições passivas ou ativas de prevenção da sua segurança.
Os principais aspectos a levar em contas num diagnóstico das condições de
segurança (ou de risco) de um Posto de Trabalho, podem ser avaliados pelas seguintes
questões:
1. O LOCAL DE TRABALHO;
Tem acesso fácil e rápido?
É bem iluminado?
O piso é aderente e sem irregularidades?
É suficientemente afastado dos outros postos de Trabalho?
As escadas têm corrimão ou proteção lateral?
2. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
As cargas a movimentar são grandes ou pesadas?
Existem e está disponível equipamento de transporte auxiliar?
A cadência de transporte é elevada?
Existem passagens e corredores com largura compatível?
Existem marcações no solo delimitando zonas de movimentação?
Existe carga exclusivamente Manual?
3. POSIÇÕES DE TRABALHO;
O Operador trabalha de pé muito tempo?
O Operador gira ou baixa-se freqüentemente?
O operador tem que e afastar para dar passagem a máquinas ou outros
operadores?
A altura e a posição da máquina são adequados?
A distancia entre a vista e o trabalho está correta?
4. CONDIÇÕES PSICOLÓGICAS DO TRABALHO
O trabalho é em turnos ou normal?
O Operador realiza muitas Horas extras?
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A Tarefa é de alta cadencia de produção?
É exigida muita concentração dados os riscos da operação?
5. MAQUINA
As engrenagens e partes móveis estão protegidas?
Estão devidamente identificados os dispositivos de segurança?
A formação do Operador é suficiente?
A operação é rotineira e repetitiva?
6. RUÍDOS E VIBRAÇÕES
No PT sentem-se vibrações ou ruído intenso?
A máquina a operar oferece trepidação?
Existem dispositivos que minimizem vibrações e ruído?
7. ILUMINAÇÃO;
A iluminação é natural?
Está bem orientada relativamente a PT?
Existe alguma iluminação intermitente as imediações do PT?
8. RISCOS QUÍMICOS;
O ar circundante tem Poeiras ou fumos?
Existe algum cheiro persistente?
Existe ventilação ou exaustão de ar do local?
Os produtos químicos estão bem embalados?
Os produtos químicos estão bem identificados?
Existem resíduos de produtos no chão ou no PT?
9. RISCOS BIOLÓGICOS;
Há contato direto com animais?
Há contato com sangue ou resíduos animais ?
Existem meios de desinfecção no PT?
10. PESSOAL DE SOCORRO
EXISTE alguém com formação em primeiros socorros?
Os números de alerta estão visíveis e atualizados?
Existem caixas de primeiros socorros e Macas?
Com a redução dos acidentes poderão ser eliminados problemas que afetam o
homem e a produção.
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Para que isso aconteça, é necessário que tanto os empresários (que têm por
obrigação fornecer um local de trabalho com boas condições de segurança e higiene,
maquinaria segura e equipamentos adequados) como os trabalhadores (aos quais cabe a
responsabilidade de desempenhar o seu dever com menor perigo possível para si e para
os companheiros) estejam comprometidos com uma mentalidade de Prevenção de
Acidentes
Prevenir quer dizer : “...ver antecipadamente; chegar antes do acidente; tomar
todas as providências para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer ...”
O efeito dominó e os acidentes de trabalho
Há muito tempo, que especialistas se vêm a dedicar ao estudo dos acidentes e de
suas causas e um dos fatos já comprovados é que, quando um acidente acontece, vários
fatores entraram em ação anteriormente por forma a permitir o acidente.
Um acidente laboral, pode muitas vezes ser comparado com o que acontece
quando enfileiramos pedras de um dominó e depois damos um empurrãozinho numa
uma delas. Em resultado, as pedras acabam por se derrubarem umas ás outras , até que a
ultima pedra caia por terra.
Podemos imaginar que algo semelhante acontece quando um acidente ocorre ,
considerando que se podem conjugar r cinco fatores que se complementam da seguinte
forma :
Ambiente social
Causa pessoal
Causa mecânica
Acidente
Lesão
O Ambiente Social do trabalhador relaciona-se com dois fatores principais a
saber : Hereditariedade e Influencia Social .As características físicas e psicológicas do
individuo são determinadas pela hereditariedade transmitida pelos Pais . Por outro lado
o comportamento de cada um é muitas vezes influenciado pelo ambiente social em que
cada um vive (A moda tanto é usar cabelos longos, como usar a cabeça raspada).
A causa pessoal está relacionada com o conjunto de conhecimentos e habilidades
que cada um possui para desempenhar uma tarefa num dado momento. A probabilidade
de envolvimento em acidentes aumenta quando as condições psicológicas não são as
melhores (depressão), ou quando não existem preparação e treino suficiente.
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A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de
trabalho. Quando o equipamento não apresenta proteção para o trabalhador, quando a
iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do
equipamento, os riscos de acidente aumentam consideravelmente.
Quando um ou mais dos fatores anteriores se manifestam, ocorre o acidente que
pode provocar ou não lesão no trabalhador.
Segurança de Máquinas
Muitos processos produtivos dependem da utilização de máquinas, pelo que é
importante a existência e o cumprimento dos requisitos de segurança em máquinas
industriais ou a sua implementação no terreno de modo a garantir a maior segurança aos
operadores.
Máquina: Todo o equipamento, (inclusive acessórios e equipamentos de segurança),
com movimento, (engrenagens), e com fonte de energia que não a humana.
Os Requisitos de segurança de uma máquina podem ser identificados,
nomeadamente o que diz respeito ao seu acionamento a partir de Comandos:
Devem estar visíveis e acessíveis a partir do posto de trabalho Normal
Devem estar devidamente identificados em português ou então por símbolos
O COMANDO DE ARRANQUE: a máquina só entra em funcionamento quando
se acionar este comando, não devendo arrancar sozinho quando volta a corrente
O COMANDO DE PARAGEM: deve sempre sobrepor-se ao comando de
arranque
STOP DE EMERGÊNCIA: corta a energia, pode ter um aspecto de barra botão
ou cabo.
Dispositivos de Proteção
Protetores Fixos: os mais vulgarmente utilizados são as guardas. São estruturas
metálicas aparafusadas à estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos
de transmissão. O acesso só para ações de manutenção.
Protetores Móveis: neste caso as guardas são fixadas à estrutura por dobradiças
ou calhas o que as torna amovíveis. A abertura da proteção deve levar à paragem
automática do “movimento perigoso”, (pode-se recorrer a um sistema de
encravamento elétrico).
Comando Bi-Manual: para uma determinada operação, em vez de uma só
betoneira existem duas que devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a
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que o trabalhador mantenha as duas mãos ocupadas evitando cortes e
esmagamentos (Guilhotinas, Prensas)
Barreiras Ópticas: Dispositivo constituído por duas “colunas”, uma emissora e a
outra receptora, entre elas existe uma “cortina” de raios infravermelhos. Quando
alguém ou alguns objetos atravessa esta “cortina” surge uma interrupção de sinalo
que leva á paragem de movimentos mecânicos perigosos.
Distâncias de Segurança: Define-se distância de segurança, a distância
necessária que impeça que os membros superiores alcancem zonas perigosas do
equipamento.
Redução dos riscos de acidente
Como já vimos, os acidentes são evitados com a aplicação de medidas
específicas de segurança, selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na
prevenção da segurança. As prioridades são:
Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente inexistente.
(exemplo: uma escada com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente.
Esse risco poderá ser eliminado com um piso antiderrapante)
Neutralização do risco: o risco existe, mas está controlado. Esta opção é
utilizada na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco.
(exemplo: as partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens, correias
etc. - devem ser neutralizadas com anteparos de proteção, uma vez que essas peças
das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas.
Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada quando não for
possível eliminar ou isolar o risco. (exemplo: máquinas em manutenção devem ser
sinalizadas com placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser
devidamente sinalizados.
Proteção coletiva e proteção individual
As medidas de proteção coletiva, através dos equipamentos de proteção coletiva
(EPC), devem ter prioridade, conforme determina a legislação uma vez que beneficiam
todos os trabalhadores, indistintamente.
Os EPCs devem ser mantidos nas condições que os especialistas em segurança
estabelecerem, devendo ser reparado sempre que apresentarem qualquer deficiência.
Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs:
Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras contaminantes do
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local de trabalho;
Enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o ambiente do ruído excessivo;
Comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo,
durante o ciclo de uma máquina;
Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso
venham a se desprender.
Quando não for possível adotar medidas de segurança de ordem geral, para
garantir a proteção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, devem-se
utilizar os equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI.
São considerados equipamentos de proteção individual todos os dispositivos de
uso pessoal destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador
Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a proteção
coletiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes.
Equipamentos de proteção individual (EPI)
Neste tópico iremos apresentar os equipamentos de proteção individual, que tem
o seu uso regulamentado, pelo Ministério do trabalho e Emprego, em sua Norma
Regulamentadora nº6 (NR nº6). Esta Norma define que equipamento de proteção
individual é todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a
integridade física do trabalhador. Ela preconiza que a empresa está obrigada a fornecer
aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco
e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: -
Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças
profissionais; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e
para atender a situações de emergência.
Uma situação que ocorre, constantemente, em estabelecimentos de saúde, e que
expõe outras pessoas a riscos desnecessários, é o uso dos equipamentos de proteção
individual fora do ambiente, no qual o seu uso está previsto. Esta situação vai contra o
preconizado na NR no6. Aconselho afixar avisos sobre a proibição e a permanência,
principalmente nos lugares mais freqüentados pelos profissionais, portando
indevidamente seus EPI.
Acredito que a melhor maneira de sensibilizar e informar o uso correto de EPI, é
através de palestras, cursos e discussões em canais teóricos, sobre Biossegurança,
mostrando a minimização dos riscos quando se utilizam, adequadamente esses
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equipamentos.
Algumas situações são previstas pela NR nº 6, quanto às obrigações dos
empregados, frente aos equipamentos de proteção individual: - Usá-los apenas para a
finalidade a que se destina; responsabilizar-se por sua guarda e conservação; não portá-
los para fora da área técnica e comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne
impróprio para uso.
Como o próprio nome já diz, esses equipamentos conferem proteção a cada
profissional individualmente. Para melhor entendimento, a referida proteção é dada à
cabeça, ao tronco, aos membros superiores, aos membros inferiores, à pele e ao
aparelho respiratório do indivíduo.
Abordarei alguns dos equipamentos de proteção individual, mais usados em
estabelecimentos de saúde, como por exemplo aos que confere proteção à cabeça :
- Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões
ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações
luminosas intensas;
- óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos,
provenientes de impacto de partículas;
- óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar
irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos;
- óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos,
provenientes de poeiras e
- óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e
outras lesões decorrentes da ação de radiações perigosas.
Proteção para os membros superiores:
- Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes protetores devem ser usados em
trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por:
Materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos,
graxos, solventes orgânicos e derivados de petróleo;
materiais ou objetos aquecidos;
choque elétrico;
radiações perigosas;
frio e
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agentes biológicos.
Proteção para os membros inferiores:
Calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos,
lamacentos ou encharcados;
calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos agressivos;
calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos e
calçados de proteção contra riscos de origem elétrica.
Proteção do tronco:
Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em
haja perigo de lesões provocadas por:
Riscos de origem radioativa;
riscos de origem biológica e
riscos de origem química.
Proteção da pele:
Cremes protetores – só poderão ser postos à venda ou utilizados como EPI,
mediante o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Proteção respiratória:
Para exposição a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do
trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR15:
Respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de
poeiras;
respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos
prejudiciais à saúde;
aparelhos de isolamento (autônomo ou de adução de ar), para locais de
trabalho onde o teor de oxigênio seja inferior a 18% em volume.
Acredito que antes de se usar, ou mesmo antes de se adquirir qualquer
equipamento de proteção individual, o profissional deverá conhecer de que ele terá de se
proteger, quais os riscos – biológicos, físicos e/ou químicos, aos quais ele estará
exposto. Aí sim, ele tendo estas respostas, estará apto a adquirir e usar esses
equipamentos e trabalhar com mais segurança.
Poderão existir dificuldades para se adquirir esses equipamentos, desde o
momento em que se vai solicitar ao setor de compras ou mesmo quem vai direto à loja
adquiri-los, pois as suas especificações são muitas vezes difíceis de serem descritas.
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Torna-se mais fácil fazer a descrição desses equipamentos a partir de algumas
indagações feitas junto ao fabricante, como: a proteção a que se destina dar ao
trabalhador, a sua vida útil, os limites de sua utilização e como realizar a sua limpeza e
conservação, com estas perguntas antes de se adquirir os equipamentos, estará o
profissional, respaldado em sua compra, pois estas perguntas deverão ser respondidas
nas propostas apresentadas pelas empresas candidatas ao fornecimento desses
equipamentos.
Antes de se decidir por algum EPI, solicitar ao fabricante que informe se esses
equipamentos possuem o Certificado de Autorização concedido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. No caso desses equipamentos serem de fabricação de origem não
brasileira, e mesmo que eles possuam o referido Certificado do país de origem, mesmo
assim, terá que apresentar o Certificado de Autorização emitido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego do Brasil, pois sem ele o próprio Ministério não o reconhece como
equipamento de proteção individual.
Veja um exemplo:
Existem EPIs para proteção de praticamente todas as partes do corpo. Veja
alguns exemplos:
Cabeça e crânio: capacete de segurança
contra impactos, perfurações, ação dos
agentes meteorológicos etc.
Olhos: óculos contra impactos, que evita a
cegueira total ou parcial e a conjuntivite. É
utilizado em trabalhos onde existe o risco de
impacto de estilhaços e limalhas .
Vias respiratórias: protetor respiratório, que
previne problemas pulmonares e das vias
respiratórias, e deve ser utilizado
em ambientes com poeiras, gases,
vapores ou fumos nocivos.
Face: máscara de solda, que protege contra impactos
de partículas, respingos de produtos químicos,
radiação (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento.
Ouvidos: Auriculares, que previne a surdez, o
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cansaço, a irritação e outros problemas psicológicos.
Deve ser usada sempre que o ambiente apresentar
níveis de ruído superiores aos aceitáveis, de acordo
com a norma regulamentadora.
Mãos e braços: luvas, que evitam problemas de
pele, choque elétrico, queimaduras, cortes e
raspões e devem ser usadas em trabalhos com
solda elétrica, produtos químicos, materiais
cortantes, ásperos, pesados e quentes.
Pernas e pés: botas de borracha, que proporcionam
isolamento contra eletricidade e umidade. Devem ser
utilizadas em ambientes úmido e em trabalhos que
exigem contacto com produtos químicos.
Tronco: aventais de couro, que protegem de impactos,
gotas de produtos químicos, choque elétrico,
queimaduras e cortes. Devem ser usados em trabalhos
de soldagem elétrica, oxiacetilénica, corte a quente.
A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho,
mediante certificados de aprovação (CA). As empresas devem fornecer os EPIs
gratuitamente aos trabalhadores que deles necessitarem. A lei estabelece também que é
obrigação dos empregados usar os equipamentos de proteção individual onde houver
risco, assim como os demais meios destinados a sua segurança.
Sinalização de segurança
No interior e exterior das instalações da Empresa, devem existir formas de aviso
e informação rápida, que possam auxiliar os elementos da Empresa a atuar em
conformidade com os procedimentos de segurança.
Com estes objetivos, existe m conjunto de símbolos e sinais especificamente
criados para garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir nas
diversas situações laborais que podem ocorrer no interior de uma Empresa ou em
lugares públicos. Em seguida dão-se alguns exemplos do tipo de sinalização existente e
a ser aplicada nas Empresas.
Sinais de Perigo
Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no
sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..
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Têm forma triangular, o contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.
Sinais de Proibição
Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no
sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..
Têm forma circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o fundo branco.
Sinais de Obrigação
Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no
sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..
Têm forma circular, fundo azul e pictograma a branco
Sinais de Emergência
Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido no
sinal. São utilizados em instalação, acessos e equipamentos, etc.. Têm forma retangular,
fundo verde e pictograma a branco.
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MANUAL E REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA PARA LABORATÓRIOS
Telefones de emergência;
Bombeiros 193
Central de Vigilância RAMAL 246
Polícia 190
Introdução
Laboratórios são lugares de trabalho que necessariamente não são perigosos,
desde que certas precauções sejam tomadas. Acidentes em laboratórios ocorrem
freqüentemente em virtude da pressa excessiva na obtenção de resultados. Todo aquele
que trabalha em laboratório deve ter responsabilidade no seu trabalho e evitar atitudes
ou pressa que possam acarretar acidentes e possíveis danos para si e para os demais.
Deve prestar atenção a sua volta e se prevenir contra perigos que possam surgir do
trabalho de outros, assim como do seu próprio. O usuário de laboratório deve, portanto,
adotar sempre uma atitude atenciosa, cuidadosa e metódica no que faz. Deve,
particularmente, concentrar-se no trabalho que faz e não permitir qualquer distração
enquanto trabalha. Da mesma forma não deve distrair os demais enquanto desenvolvem
trabalhos no laboratório.
Regras Básicas de Segurança
01. Use os óculos protetores de olhos, sempre que estiver no laboratório.
02. Use sempre guarda-pó, de algodão com mangas compridas.
03. Aprenda a usar extintor antes que o incêndio aconteça.
04. Não fume, não coma ou beba no laboratório.
05. Evite trabalhar sozinho, e fora das horas de trabalho convencionais.
06. Não jogue material insolúvel nas pias (sílica, carvão ativo, etc). Use um frasco de
resíduo apropriado.
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07. Não jogue resíduos de solventes nas pias. Resíduos de reações devem ser antes
inativados, depois armazenados em frascos adequados.
08. Em caso de acidente, mantenha a calma, desligue os aparelhos próximos, inicie o
combate ao fogo, isole os inflamáveis, chame os Bombeiros.
09. Não entre em locais de acidentes sem uma máscara contra gases.
10. Ao sair do laboratório, o último desliga tudo, e verificando se tudo está em ordem.
11. Trabalhando com reações perigosas, explosivas, tóxicas, ou cuja periculosidade você
não está bem certo, use a capela, o protetor acrílico (Shield), e tenha um extintor por
perto.
12. Nunca jogue no lixo restos de reações.
13. Realize os trabalhos dentro de capelas ou locais bem ventilados.
14. Em caso de acidente (por contato ou ingestão de produtos químicos) procure o
médico indicando o produto utilizado.
15. Se atingir os olhos, abrir bem as pálpebras e lavar com bastante água. Atingindo
outras partes do corpo, retirar a roupa impregnada e lavar a pele com bastante água.
Regras Básicas em Caso de Incêndio no laboratório.
01. Mantenha a calma.
02. Comece o combate imediatamente com os extintores de CO2 (gás carbônico).
03. Afaste os inflamáveis de perto.
04. Caso o fogo fuja ao seu controle, evacue o local imediatamente.
05. Evacue o prédio.
06. Desligue a chave geral de eletricidade.
07. Use o orelhão No corredor e ligue para .- Bombeiro 193.
07. Dê a exata localização do fogo (ensine como chegar lá).
08. Informe se este é um laboratório químico e que não vão poder usar água para
combater incêndio em substância química. Solicite um caminhão com CO2 ou pó
químico.
OBS: Se a situação estiver fora de controle abandone imediatamente a área.
“NÃO TENTE SER HERÓI”
Normas Gerais de Segurança
01. Os laboratórios de química devem possuir material de combate de incêndio, tais
como: extintores de incêndio dos tipos: CO2 e pó químico, que deverão ficar em lugares
de livre acesso.
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02. Os quadros de avisos dos laboratórios deverá possuir ao seu lado, os seguintes
números telefônicos bem destacados:
Bombeiros 193
Central de Vigilância - ramal 246
Polícia 190
03. O trabalho fora do expediente normal, tanto para professores, como para alunos ou
funcionário, só será permitido aos que estão devidamente cadastrados. No caso dos
alunos de iniciação científica e monografia deve-se evitar trabalharem sozinhos e fora
do expediente.
05. É expressamente PROIBIDO FUMAR nos laboratórios e demais locais indicados no
prédio.
06. Qualquer danificação ou defeito com necessidade de reparo, que envolva aspectos
de segurança deverá ser comunicado imediatamente.
07. Todo funcionário, professor ou aluno admitido em laboratório deverá tomar
conhecimento desta apostila com as normas de segurança.
Normas de Segurança nos Laboratórios
01. Todo experimento dentro ou fora do expediente, que não tiver o acompanhamento
do interessado, deverá ter uma ficha ao lado, com nome, horário de experimentação,
reagentes envolvidos e medidas a serem adotadas em casos de acidentes.
02. Todo experimento que envolver certo grau de periculosidade exigirá a
obrigatoriedade de utilização de indumentária adequada (luvas, óculos, máscaras,
pinças, aventais, extintores de incêndio).
03. A utilização de qualquer material que venha a prejudicar ou colocar em perigo a
vida, ou a saúde dos usuários do ambiente, ou que causem incomodo, deverá ser
discutida ou comunicada ao responsável do laboratório, o qual sugerirá e/ou autorizará o
evento sob certas condições como avisos, precauções, horário que deve ser feito, etc.
04. A quantidade de reagentes (inflamáveis, corrosivos, explosivos) armazenados em
cada laboratório deverá ser limitada a critério do professor responsável pelo laboratório.
05. Certos torpedos de gases, como CO e H2 não podem permanecer internamente nos
laboratórios, quando não estiverem sendo usados. Os demais cilindros quando em uso
ou mesmo estocados devem estar sempre preso à paredes ou bancadas.
06. Durante as atividades didáticas não será permitido a professor, aluno e
funcionário a permanência em laboratório durante a aula prática sem o uso de guarda-
pó, trajando bermudas, ou shorts, sem sapatos e meias.
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07. Cada bancada de laboratório poderá conter um número máximo de alunos, fixado
pelo professor responsável, o qual deverá ser obedecido pela comissão de horário.
08. As aulas práticas deverão ter o acompanhamento contínuo do professor durante todo
o seu desenvolvimento.
Cuidados
A - Fogo
01. Quando o fogo irromper em um béquer ou balão de reação, basta tapar o frasco com
uma rolha, toalha ou vidro de relógio, de modo a impedir a entrada de ar.
02. Quando o fogo atingir a roupa de uma pessoa algumas técnicas são possíveis:
a) levá-la para debaixo do chuveiro;
b) há uma tendência da pessoa correr, aumentando a combustão, neste caso, deve
derrubá-la e rolá-la no chão até o fogo ser exterminado;
c) melhor, no entanto, é embrulhá-lo rapidamente em um cobertor para este fim;
d) pode-se também usar o extintor de CO2, se este for o meio mais rápido.
03. Jamais use água para apagar o fogo em um laboratório. Use extintor de CO2 ou de
pó químico.
04. Fogo em sódio, potássio ou lítio. Use extintor de pó químico (não use o gás
carbônico CO2). Também se pode usar o reagente carbonato de sódio (Na2CO3) ou
cloreto de sódio (NaCl- sal de cozinha).
P.S. - Areia não funciona bem para Na, K e Li. - água reage violentamente com estes
metais
B - Ácidos
01. Ácido sulfúrico: derramado sobre o chão ou bancada pode ser rapidamente
neutralizado com carbonato ou bicarbonato de sódio em pó.
02. Ácido Clorídrico: derramado será neutralizado com amônia, que produz cloreto de
amônio, em forma de névoa branca.
03. Ácido nítrico: reage violentamente com álcool.
C - Compostos Voláteis de Enxofre
01. Enxofre: tipo mercaptanas, resíduos de reação com DMSO são capturados em “trap”
contendo solução a 10% de KMnO4 alcalino.
02. H2S: que se desprende de reações pode ser devidamente capturado em “trap”
contendo solução a 2% de acetato de chumbo aquoso.
D - Compostos Tóxicos
Um grande número de compostos orgânico e inorgânico são tóxicos. Manipule-os com
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cuidado. Evitando a inalação ou contato direto. Muitos produtos que eram manipulados,
sem receio, hoje são considerados nocivos à saúde e não há dúvidas de que a lista de
produtos tóxicos deva aumentar. A relação abaixo compreende alguns produtos tóxicos
de uso comum em laboratório:
Compostos Altamente Tóxicos
São aqueles que podem provocar rapidamente, graves lesões ou até mesmo a
morte.
- Compostos arsênicos
- Cianetos Inorgânicos
- Compostos de mercúrio
- Ácidos oxálico e seus sais
- Selênio e seus complexos
- Pentóxido de vanádio
- Monóxido de carbono
- Cloro, Flúor, Bromo, Iodo
Líquidos Tóxicos e Irritantes aos Olhos e Sistema Respiratório.
- Cloreto de acetila - Bromo
- Alquil e arilnitrilas - Bromometano
- Benzeno - Dissulfito de Carbono
- Brometo e cloreto de benzila - Sulfato de metila
- Ácido fluorbórico - Sulfato de dietila
- Cloridrina etilênica - Acroleina.
Compostos Potencialmente Nocivos por Exposição Prolongada
a) Brometos e cloretos de alquila: Bromometano, bromofórmio, tetracloreto de
carbono, diclorometano, iodometano.
b) Aminas alifáticas e aromáticas: anilinas substituídas ou não dimetilamina,
trietilamina, diisopropilamina.
c) Fenóis e composto aromáticos nitrados: Fenóis substituídos ou não cresóis,
catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno.
Substâncias Carcinogênicas
Muitos compostos causam tumores cancerosos no ser humano. Deve-se ter todo
o cuidado no manuseio de compostos suspeitos de causarem câncer, evitando-se a todo
custo a inalação de vapores e o contato com a pele. Devem ser manipulados
exclusivamente em capelas e com uso de luvas protetoras.
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Entre os grupos de compostos comuns em laboratório incluem:
a) Aminas aromáticas e seus derivados: anilinas N-substituídas ou não.
naftilaminas, benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados.
b) Compostos N-nitroso, nitrosoaminas (R’-N(NO)-R) e nitrozoamidas.
c) Agentes alquilantes: diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila,
propiolactona, óxido de etileno.
d) Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: benzopireno, dibenzoantraceno.
e) Compostos que contém enxofre: tiocetamida, tiouréia.
f) Benzeno: É um composto carcinogênico cuja concentração mínima tolerável é
inferior aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se você sente cheiro de
benzeno é porque a sua concentração no ambiente é superior ao mínimo tolerável. Evite
usá-lo como solvente e sempre que possível substitua por outro solvente semelhante e
menos tóxico (por ex. tolueno).
g) Amianto: A inalação por via respiratória de amianto pode conduzir a uma
doença de pulmão, a asbesto, uma moléstia dos pulmões que aleija e eventualmente
mata. Em estágios mais adiantados geralmente se transforma em câncer dos pulmões.
E - Manuseio de gases
Regras no manuseio de gases:
01. Armazenar em locais bem ventilados, secos e resistentes ao fogo.
02. Proteger os cilindros do calor e da irradiação direta.
03. Manter os cilindros presos à parede de modo a não caírem.
04. Separar e sinalizar os recipientes cheios e vazios.
05. Utilizar sempre válvula reguladora de pressão.
06. Manter válvula fechada após o uso.
07. Limpar imediatamente equipamentos e acessórios após o uso de gases
corrosivos.
08. Somente transportar cilindros com capacete (tampa de proteção da válvula) e
em veículo apropriado.
09. Não utilizar óleos e graxas nas válvulas de gases oxidantes.
10. Manipular gases tóxicos e corrosivos dentro de capelas.
11. Utilizar os gases até uma pressão mínima de 2 bar, para evitar a entrada de
substâncias estranhas.
F - Manuseio de Produtos Químicos
Regras de segurança para manuseio de produtos químicos;
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01. Nunca manusear produtos sem estar usando o equipamento de segurança
adequado para cada caso.
02. Usar sempre material adequado. Não faça improvisações.
03. Esteja sempre consciente do que estiver fazendo.
04. Comunicar qualquer acidente ou irregularidade ao seu superior e a
Segurança.
05. Não pipetar, principalmente, líquidos caustico ou venenosos com a boca. Use
os aparelhos apropriados.
06. Procurar conhecer a localização do chuveiro de emergência e do lava-olhos e
saiba como usá-lo corretamente.
07. Nunca armazenar produtos químicos em locais impróprios.
08. Não fumar nos locais de estocagem e no manuseio de produtos químicos.
09. Não transportar produtos químicos de maneira insegura, principalmente em
recipientes de vidro e entre aglomerações de pessoas.
G - Descarte de Produtos Químicos
O descarte de Produtos Químicos deve ser feito de acordo com as normas
existentes no laboratório, (vide anexo 1, sistema de coleta de resíduos químicos). Deve-
se usar “frascos específicos para este fim” e “nunca devem ser jogados na pia”.
H - Aquecimento no Laboratório
Ao se aquecerem substâncias voláteis e inflamáveis no laboratório, devem-se
sempre levar em conta o perigo de incêndio.
Para temperaturas inferiores a 100ºC use preferencialmente banho-maria ou
banho a vapor.
Para temperaturas superiores a 100ºC use banhos de óleos. Parafina aquecida
funciona bem para temperaturas de até 220ºC; glicerina pode ser aquecida até 150ºC
sem desprendimento apreciável de vapores desagradáveis. Banhos de silicone são os
melhores, mas são também os mais caros.
Uma alternativa quase tão segura quanto os banhos são as mantas de
aquecimento. O aquecimento é rápido e eficiente, mas o controle da temperatura não é
tão conveniente como em banhos. Mantas de aquecimento não são recomendadas para a
destilação de produtos muito voláteis e inflamáveis como: éter petróleo, éter etílico e
CS2.
Para altas temperaturas (>200ºC) pode-se empregar um banho de areia. O
aquecimento e o resfriamento do banho deve ser lento. Chapas de aquecimento podem
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ser empregadas para solventes menos voláteis e inflamáveis. Nunca aqueça solventes
voláteis em chapas de aquecimento (éter, CS2, etc.). Ao aquecer solventes como etanol
ou metanol em chapas, use um sistema munido de condensador.
Aquecimento direto com chamas sobre a tela de amianto são recomendados para
líquidos não inflamáveis (por ex. água).
OBS: Solventes com ponto de inflamabilidade menor 0ºC, necessariamente.
precisam ser manuseados em banho-maria quando aquecido.
Ponto de Inflamabilidade (0°C)
Éter Etílico -40
n-hexano -23
Acetona -18
Dimetilformamida +62
ROTULAGEM - SÍMBOLOS DE RISCO
Facilmente Inflamável (F)
Classificação: Determinados peróxidos orgânicos;
líquidos com pontos de inflamação inferior a 21°C,
substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de
continuar queimando por si só; liberam substâncias
facilmente inflamáveis por ação de umidade.
Precaução: Evitar contato com o ar, a
formação de misturas inflamáveis gás-ar e
manter afastadas de fontes de ignição.
Extremamente inflamável (F+)
Classificação: Líquidos com ponto de inflamabilidade
inferior a 0º C e o ponto máximo de
ebulição 35ºC; gases, misturas de gases
(que estão presentes em forma líquida)
que com o ar e a pressão normal podem
se inflamar facilmente.
Precauções: Manter longe de chamas abertas e fontes
de ignição.
Tóxicos (T)
Classificação: A inalação, ingestão ou absorção através
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da pele, provoca danos à saúde na maior parte das
vezes, muito graves ou mesmo a morte.
Precaução: Evitar qualquer contato com
o corpo humano e observar cuidados
especiais com produtos cancerígenos,
teratogênicos ou mutagênicos.
Muito Tóxico (T+)
Classificação: A inalação, ingestão ou absorção através
da pele, provoca danos à saúde na maior parte das
vezes, muito graves ou mesmo a morte.
Precaução: Evitar qualquer contato com o
corpo humano e observar cuidados
especiais com produtos cancerígenos,
teratogênicos ou mutagênicos.
Corrosivo (C)
Classificação: por contato, estes
produtos químicos destroem o tecido
vivo, bem como vestuário.
Precaução: Não inalar os vapores e
evitar o contato com a pele, os olhos e
vestuário.
Oxidante (O)
Classificação: Substâncias comburentes podem
inflamar substâncias combustíveis ou acelerar a
propagação de incêndio.
Precaução: Evitar qualquer contato com
substâncias combustíveis. Perigo de
incêndio. O incêndio pode ser favorecido
dificultano a sua extinção.
Nocivo (Xn)
Classificação: Em casos de intoxicação aguda (oral,
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dermal ou por inalação), pode causar danos
irreversíveis à saúde.
Precaução: Evitar qualquer contato com
o corpo humano, e observar cuidados
especiais com produtos cancerígenos,
teratogênicos ou mutagênicos.
Irritante (Xi)
Classificação: Este símbolo indica
substâncias que podem desenvolver uma
ação irritante sobre a pele, os olhos e as
vias respiratórias.
Precaução: Não inalar os vapores e
evitar o contato com a pele e os olhos.
Explosivo (E)
Classificação: Este símbolo indica
substâncias que podem explodir sob
determinadas condições.
Precaução: Evitar atrito, choque, fricção,
formação de faísca e ação do calor.
SISTEMA DE COLETA DE RESÍDUOS QUÍMICOS
01. Ácidos e bases:
Soluções aquosas diluídas de ácidos e bases deverão ser colocados em
recipientes tipo béquer e neutralizados no final de cada experiência. Este procedimento
deverá ser efetuado pelos próprios alunos e tem dois propósitos: ilustrar o processo de
eliminação de rejeitos e formar uma consciência de preservação do meio ambiente.
Depois de neutralizado o material poderá ser armazenado junto com os resíduos
inorgânicos, metais pesados, cátions, ânions, etc..
02. Solventes orgânicos clorados e não clorados:
Tendo em vista que esta classe de rejeitos químicos não possibilita nenhum tipo
de tratamento prévio dentro do laboratório, devem ser tomadas algumas precauções
quanto ao processo de rotulagem e acondicionamento destes rejeitos, para que sua
recuperação ou eliminação tenha sucesso (veja os itens de a - j abaixo). Exemplos de
solventes organo-clorados; clorofórmio, tetracloreto de carbono, diclorometano,
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dicloroetano, cloreto de metileno, etc.
Solventes não clorados; álcoois, acetonas, éteres, hexano, benzeno, tolueno, etc.
Rotulagem e acondicionamento de solventes organo-clorados e não clorados:
Esta etapa deve ser realizada dentro de cada laboratório de ensino e de pesquisa
da instituição pelo técnico ou pelo(s) aluno(s) de graduação ou pósgraduação.
Para que o processo de tratamento de rejeitos tenha sucesso, é fundamental que
os seguintes itens sejam observados:
a) - Para o recolhimento dos rejeitos químicos devem ser utilizados recipientes
de vidro ou de plástico resistentes, que estejam em perfeitas condições principalmente
com relação à vedação dos mesmos. Evitar frascos com vazamentos;
b) - O recolhimento dos rejeitos químicos não deve ultrapassar 2/3 da
capacidade do recipiente. Frascos extremamente cheios criam riscos quando
transportados;
c) - Antes do recolhimento dos rejeitos químicos ativos, deve-se ter o devido
cuidado no sentido da desativação destes. Lembrar que, frascos contendo rejeitos
químicos ativos sem nenhuma indicação no rótulo, expõe os funcionários do Setor à
sérios riscos;
d) - Para o recolhimento de rejeitos químicos deve-se dar preferência à utilização
de frascos de um litro, na cor âmbar, e procurar evitar misturas muito complexas. Dê
preferência, acondicionar solventes que foram utilizados em cromatografia, ou
provenientes de rotaevaporadores, etc. em frascos separados, já que é possível a
recuperação dos solventes orgânicos através de destilação com colunas de
fracionamento;
e) - Os frascos contendo rejeitos deverão ser rotulados e perfeitamente
identificados com a utilização do rótulo padronizado;
f) - Os rótulos deverão ser preenchidos com caneta esferográfica azul ou preta,
nunca usar caneta hidrocor ou pincel atômico;
g) - Os rótulos deverão conter todas as informações sobre os componentes das
misturas existentes no frasco, tanto os solutos como os solventes, inclusive indicações
de possíveis riscos na operação de tratamento. A indicação apenas do solvente principal
pode criar problemas no tratamento adequado;
h) - Os rótulos deverão conter de forma clara: O laboratório, o responsável pelo
mesmo e a data do recolhimento. Estas informações, eventualmente, podem vir a ser
úteis em casos onde haja necessidade de informações adicionais;
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i) - Os rótulos deverão ser fixados nos frascos com a aplicação de cola plástica, e
nunca com uso de fita adesiva. A fita adesiva resseca com o tempo levando a perda do
rótulo devido à estocagem;
j) - Nunca se deve misturar substâncias que possam reagir entre si. Exemplo,
mistura de solventes orgânicos clorados com não clorados, mistura de solventes
orgânicos com ácidos, mistura de material orgânico com inorgânico, etc.
04. Metais pesados, cátions, ânions, etc. em meio aquoso:
A coleta dos rejeitos inorgânicos compreende as seguintes etapas:
1) - Todo os resíduos das experiências devem ser lançados em frascos plásticos
de rejeitos que devem permanecer em locais visíveis sobre as bancadas.
2) - O material contido nos frascos de rejeitos deve ser lançado em bombonas de
plástico de 50 litros no final de cada experiência, à disposição no almoxarifado.
Observações:
a) - O recolhimento dos rejeitos químicos é de responsabilidade de cada
laboratório, devendo o usuário procurar entregar os rejeitos químicos à CGA,
devidamente acondicionados e rotulados.
c) - Evite usar sulfocrômica na lavagem de vidrarias, pois, os resíduos são
tóxicos de difícil destruição. A sulfocrômica pode ser substituída por solução alcoólica
de potássio 5%, ou seja, 5g de KOH em 100 mL de etanol, neste caso não se deve deixar
vidrarias de molho por muito tempo (10min.), em seguida lavar com água em
abundância e antes de passar água destilada, enxaguar com ácido (HCl 0,01 M) para
neutralizar as paredes do vidro.
Cuidados
- Ao reutilizar frascos de reagentes para estocagens de resíduos químicos
verifique a sua procedência, visto que muitos produtos químicos formam misturas
explosivas, por exemplo ácido nítrico e etanol. Recomenda-se sempre passar água nos
frascos antes de reutilizá-los.
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Ergonomia
Ergonomia: conceito e sua aplicação no trabalho.
Muitos são os conceitos de Ergonomia já publicados. Passando em revista várias
definições, é possível admitir que a Ergonomia englobe um conjunto de atividades que
tendem a adaptar o trabalho ao Homem, consistindo essa adaptação, numa otimização
do Sistema Homem - Trabalho.
Eis uma pequena revisão da literatura:
"A Ergonomia é um conjunto dos conhecimentos científicos relativos ao Homem
e necessários para conceber os utensílios, as máquinas e os dispositivos que possam ser
utilizados com o máximo conforto, segurança e eficácia" (WISNER);
"A Ergonomia é uma ciência interdisciplinar que compreende a psicologia do
trabalho, a antropologia e a sociologia do trabalho. O alvo prático da Ergonomia é a
adaptação do posto de trabalho, dos utensílios, das máquinas, dos horários e do meio
ambiente às exigências do Homem. A realização dos seus alvos a nível industrial, dá
lugar a uma facilitação do trabalho e a um aumento do rendimento do esforço humano"
(GRANDJEAN);
"A Ergonomia é uma disciplina científica que estuda o funcionamento do
homem em atividade profissional" (A. LAVILLE);
"A Ergonomia é uma tecnologia que agrupa e organiza os conhecimentos de
modo a torná-los úteis para a concepção dos meios de trabalho" (A. LAVILLE);
"A Ergonomia é uma arte quando trata de aplicar os conhecimentos para a
transformação de uma realidade existente ou para a concepção de uma realidade futura"
(A. LAVILLE);
"A Ergonomia é entendida como o domínio científico e tecnológico
interdisciplinar que se ocupa da otimização das condições de trabalho visando de forma
integrada, a saúde e o bem estar do trabalhador e o aumento da produtividade"
(Departamento de Ergonomia da Faculdade de Motricidade Humana).
Em agosto de 2000, a IEA (Associação Internacional de Ergonomia) adotou a
definição oficial apresentada abaixo:
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao
entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à
aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem
estar humano e o desempenho global do sistema.
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Os Ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de
tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los
compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
Domínios de especialização da Ergonomia:
A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras,
leis]. Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os
aspectos da atividade humana. Para darem conta da amplitude dessa dimensão e
poderem intervir nas atividades do trabalho é preciso que os Ergonomistas tenham uma
abordagem holística de todo o campo de ação da disciplina, tanto em seus aspectos
físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais, ambientais, etc. Freqüentemente
esses profissionais intervêm em setores particulares da economia ou em domínios de
aplicação específicos. Esses últimos caracterizam-se por sua constante mutação, com a
criação de novos domínios de aplicação ou do aperfeiçoamento de outros mais antigos.
De maneira geral, os domínios de especialização da ergonomia são:
Ergonomia física: está relacionada com às características da anatomia humana,
antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos
repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de
trabalho, segurança e saúde.
Ergonomia cognitiva: referem-se aos processos mentais, tais como percepção,
memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres
humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da
carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação
homem computador, estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos
envolvendo seres humanos e sistemas.
Ergonomia organizacional: concerne à otimização dos sistemas sócio-técnicos,
incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes
incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio
aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo,
projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura
organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade.
Análise Ergonômica do Trabalho
Segundo a legislação brasileira na Norma Regulamentadora 17, para avaliar a
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adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a
mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. As condições de trabalho incluem
aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao
mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria
organização do trabalho.
A Ergonomia é uma disciplina que fundamenta a sua ação numa perspectiva
científica do trabalho humano. Pelos seus métodos, a Ergonomia permite uma outra
inteligibilidade do funcionamento dos sistemas produtivos, a partir da compreensão de
toda a atividade de trabalho do homem. Para tal, torna-se imperioso o conhecimento do
funcionamento humano, nos diversos planos.
Tarefa e Atividade
Numa situação de trabalho, há que distinguir o conceito de tarefa e de atividade.
A tarefa ou trabalho prescrito abrange tudo o que, na organização, define o
trabalho de cada operador, ou seja:
os objetivos a atingir em contrapartida da remuneração;
a maneira de os atingir, as indicações e os procedimentos impostos;
os meios técnicos colocados à disposição (instrumentos, máquinas,
ferramentas);
a repartição das tarefas entre os diferentes trabalhadores;
as condições temporais do trabalho (horários, duração, pausas);
as condições sociais (qualificação, salário);
o envolvimento físico do trabalho.
Quer a empresa seja de grande ou de pequena dimensão, existe sempre uma
parte implícita, um trabalho esperado, do qual os responsáveis e os trabalhadores têm a
sua própria representação.
Sendo a tarefa uma prescrição, um quadro formal, é o trabalho real dos
trabalhadores ou atividade, que permite a produção.
De uma maneira mais simplificada diz-se que, a atividade se refere às condutas e
comportamentos dos trabalhadores, na execução de uma determinada tarefa.
Em todos os planos definidos pela organização do trabalho, manifestam-se
diferenças entre o prescrito e o real, pois o trabalho real dos trabalhadores nunca é o
puro reflexo da tarefa, nem uma mera execução.
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A distinção entre tarefa e atividade é importante, na medida em que:
põe em evidência as falhas de organização;
ajuda a hierarquizar os constrangimentos da situação de trabalho;
permite explicar as relações entre as condições internas (inerentes ao
trabalhador) e as condições externas (respeitantes ao envolvimento de
trabalho);
ajuda a compreender as conseqüências sobre a saúde.
Higiene, Segurança e Saúde Ocupacional
Tendo por base toda a avaliação realizada, quer sobre as variáveis que
influenciam a situação de trabalho e do correspondente impacto na Saúde e Bem-Estar
do trabalhador, quer sobre a própria atividade de Trabalho, no domínio da Higiene,
Segurança e Saúde Ocupacional, a Intervenção Ergonômica visa:
desenvolver estratégias de melhoria das condições de trabalho;
definir e divulgar critérios e ações para o desenvolvimento da educação
sanitária e de uma atitude de prevenção;
promover a aplicação de normas relativas à higiene, segurança e saúde
ocupacional;
projetar alterações tendentes a melhorar o funcionamento do sistema
organizacional no âmbito da higiene, segurança e saúde ocupacional.
Postura e Força
Quando é exigido algum esforço, na realização de uma tarefa, o trabalhador
tende a adotar uma determinada postura, que pode não ser a mais adequada.
Em trabalho ou em repouso, o corpo pode assumir três posturas básicas:
deitado;
sentado;
de pé.
Interessa-nos, pois, as posturas geralmente adotadas em situação de trabalho.
Definimos postura como sendo a posição e orientação dos segmentos corporais
no espaço.
A postura está, então, dependente da força, sendo esta, o resultado de um
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conjunto de contrações musculares que se realizam, no sentido de executar uma ação.
Um trabalho que obriga uma pessoa a assumir a postura de pé durante todo o
dia, exige grandes esforços, principalmente das pernas, que incham.
Os trabalhos que requerem uma grande força muscular, mobilidade e um grande
alcance, devem muitas vezes, ser executados de pé.
De seguida, são indicados alguns procedimentos a considerar, quando se
trabalha de pé:
devem ser evitadas todas as inclinações do corpo, pois a manutenção
destas posturas, implica grandes esforços ao nível dos músculos das
pernas, da coluna e dos ombros. Os músculos da coluna ficam em tensão
e quando a pessoa se endireita, sente-se rígida e endurecida;
a altura da superfície de trabalho, deve ser ajustada à altura do
trabalhador, de modo a estar ao nível dos cotovelos, quando se está
direito, de pé e com os ombros descontraídos;
deve-se poder estar parado e direito, em frente e perto da superfície sobre
a qual se trabalha e com o peso do próprio corpo, igualmente distribuído
sobre os pés. Deve haver espaço suficiente para as pernas ou pés;
a natureza especial de um trabalho, pode obrigar a mudar a altura do
plano de trabalho;
os controles e outros objetos necessários à realização do trabalho, devem
encontrar-se a uma altura inferior à dos ombros;
se possível, o trabalhador deve ter a possibilidade de alternar entre a
postura de pé e sentado;
se o trabalho se faz parcialmente sentado, deve-se poder dispor de uma
cadeira móvel ou equivalente;
a superfície sobre a qual o trabalhador permanece de pé, deve ser
adequada às condições de trabalho;
sapatos adequados diminuem os esforços ao nível das pernas e coluna
lombar.
Os trabalhos que não requerem grandes esforços musculares e que se podem
executar dentro de uma área limitada, devem ser feito na postura de sentado. A área de
trabalho deve estar ao alcance, sem haver necessidade de fazer esforços excessivos.
Para trabalhar sentado numa posição correta, deve haver possibilidade de estar
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sentado direito, em frente e perto do local em que se realiza o trabalho. A mesa e a
cadeira de trabalho, devem ser desenhadas, de modo que a superfície sobre a qual se
trabalha, fique ao nível dos cotovelos, quando a pessoa está sentada, com o tronco
direito e ombros descontraídos.
Quando se faz um trabalho de precisão, deve haver um apoio ajustável para os
cotovelos, antebraços ou mãos.
Os princípios fundamentais da postura de sentado, são:
o tronco, a cabeça e os membros devem estar numa posição natural e
relaxada, devendo ser evitada a cifose da coluna lombar;
as freqüentes alterações de posição, são importantes na prevenção da
fadiga;
a superfície de apoio deve ser ampla, para que seja mínima a pressão por
unidade de superfície;
a altura do assento deve ser ligeiramente inferior ao comprimento da
perna, estando o pé completamente apoiado no solo e o joelho num
ângulo reto; a profundidade do assento deve ser tal, que o seu bordo não
exerça pressão contra a parte posterior do joelho;
as cadeiras devem ter um encosto que proporcione um apoio à região
lombar, permitindo o relaxamento da musculatura lombar;
os cotovelos do indivíduo que trabalha sentado, devem ter, com a sua
mesa de trabalho, a mesma relação que haveria se estivesse de pé. A
altura do plano de trabalho, varia de acordo com a pressão que precisa de
ser exercida.
Abordagem da NR- 17.
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam
a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às
condições ambientais do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características
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psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica
do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme
estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da
carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e
a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada
de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual
de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18
(dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por
um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas,
que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos
métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir
acidentes.
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão
ser usados meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o
transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente
inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua
segurança.
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de
vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser
executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível
com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico
de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo
trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde
ou a sua segurança.
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
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17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto
de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as
bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador
condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes
requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de
atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do
assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e
movimentação adequados dos segmentos corporais.
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos
requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para
acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil
alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador,
em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos
seguintes requisitos mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região
lombar.
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a
partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se
adapte ao comprimento da perna do trabalhador.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé,
devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por
todos os trabalhadores durante as pausas.
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar
adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho
a ser executado.
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17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação,
datilografia ou mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado
proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente
do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo
vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque
ofuscamento.
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo devem observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do
equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar
corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador
ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira
que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente
iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as
exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e
levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser
executado.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios,
escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são
recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira
registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus
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centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem
17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na
NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a
curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos
postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as
demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural
ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de
forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de
trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira
registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3
deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de
luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do
ângulo de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no
subitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do
piso.
17.6. Organização do trabalho.
17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em
consideração, no mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
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e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do
pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise
ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
a) para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em
consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno
gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o
disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos
trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de
toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e
vantagens de qualquer espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser
superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito
desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite
máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o
trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem
esforço visual;
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10
(dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada
normal de trabalho;
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques
deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser
ampliada progressivamente.
Saúde
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Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho)
Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) - São movimentos
repetidos de qualquer parte do corpo que podem provocar lesões em tendões, músculos
e articulações, principalmente dos membros superiores, ombros e pescoço devido ao uso
repetitivo ou a manutenção de posturas inadequadas resultando em dor fadiga e declínio
do desempenho profissional tendo como vítimas mais comuns os: digitadores,
datilógrafos, bancários telefonistas e secretárias. O termo Dort - (Distúrbio
osteomuscular relacionado ao trabalho), adotado no Bradil não é mais utilizado
preferindo-se atualmente a denominação Doenças Osteomusculares Relacionadas ao
Trabalho (DORT).
Fatores determinantes da Dort
1 - Postura: Posturas fixas são um fator de risco principalmente em trabalhos
sedentários. No entanto em trabalhos mais dinâmicos, com posturas extremas de tronco
como, por exemplo, abaixar-se e virar-se de lado também foram identificados como
fatores de risco.
As más posturas de extremidades superiores também se constituem como fatores
de risco, tais como: desvios dos punhos, braços torcionados e elevação do ombro.
Todos esses desvios são influenciados por uma série de fatores ocupacionais e
individuais, incluindo característica do posto de trabalho, Ex: altura da mesa, da cadeira,
formato da cadeira e seu encosto, etc.
2 - Movimento e força: Estes dois fatores estão correlacionados ao aparecimento
da Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) nas mãos e punhos. A
combinação de forças elevadas e alta repetitividade aumentam a magnitude da lesão
mais do que qualquer uma delas isoladamente.
Movimentos repetidos podem danificar diretamente os tendões através do
freqüente alongamento e flexão dos músculos.
A força exercida durante a realização dos movimentos é outro determinante das
lesões, como por exemplo, no levantamento, carregamento e utilização de ferramentas
pesadas; a força necessária para cortar objetos muito duros, a utilização de
parafusadoras e furadeiras.
3 - Conteúdo de trabalho e fatores psicológicos: A relação entre trabalho e a
saúde é afetada pela organização do trabalho e fatores psicológicos relacionados ao
trabalho, podendo contribuir para o aparecimento de disfunções músculo-esqueléticas.
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Passou-se a estabelecer a relação entre trabalho, stress e o sistema músculo-esquelético.
4 - Características individuais: O tipo de musculatura e características
individuais parecem manter uma relação com a incidência dos problemas. Nesse
sentido, as mulheres parecem ser mais suscetíveis que os homens. A distribuição de
tarefas por sexo e conseqüentemente na carga do trabalho determinam o aparecimento
de problemas e estão ligados as características individuais.
Avaliação das lesões crônicas da mão: Começamos colhendo informações
referentes ao paciente como: nome, idade, sexo, endereço, profissão, hábitos de laser e
mão dominante. A seguir perguntamos sobre a natureza da lesão, o agente causador,
quais foram as possíveis causas, o momento exato. A natureza e a extensão da lesão
inicial devem ser esclarecidas com precisão, tais como lesões antigas no membro
superior.
Exame físico: O exame físico é dirigido para a pesquisa da queixa principal, mas
todo o membro superior deve ser examinado e comparado com o lado normal. Edemas
localizados, condições da pele, deformidades nos dedos, alterações de coloração,
hipotrofias musculares podem ser percebidas na inspeção e podem indicar o diagnóstico
da causa ou origem da lesão.
No exame da movimentação ativa pesquisamos rigidez articular e instabilidades
a movimentação ativa, o estado dos músculos tendões e nervos. O teste de sensibilidade
pode ser realizado através da pesquisa da sensibilidade táctil e de dois pontos.
Testes Especiais:
1 - Teste de Phalen - Ambos os punhos em flexão provocam a precipitação dos
sintomas de formigamento, hipoestesia ou hiperestesia no território inervado pelo nervo
mediano. Isto ocorre porque esta posição diminui o continente do túnel e precipita os
sintomas da Síndrome do túnel do carpo.
2 - Sinal de Tinel - A percursão do nervo mediano ao nível do canal do carpo ou
imediatamente proximal a ele pode provocar choques ou hiperestesia no território
inervado pelo nervo mediano na Síndrome do túnel do carpo.
3 - Sensibilidade discriminativa de dois pontos estáticos (Weber) - este teste de
sensibilidade entre dois pontos mede a densidade de inervação cutânea quanto ao
número de fibras de adaptação lenta e sistema de receptores. É bastante útil para
estabelecer o grau de comprometimento de um nervo periférico sensitivo.
4 - Sensibilidade entre dois pontos móveis - mede a densidade de inervação de
fibras de adaptação rápida e sistema de receptores.
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5 - Teste motor - Procurar determinar a existência de paresias comparando
sempre com o lado contralateral, dando importância ao lado dominante do paciente e ao
biotipo do paciente.
Patologias encontradas com mais freqüência nos mecanismos por esforços
repetitivos.
1- Síndrome do túnel do carpo:
O que é túnel do carpo?
É o canal formado anatomicamente pelos ossos localizados na região do carpo
(punho) e por um ligamento forte na região do carpo. As paredes laterais e o assoalho
são constituídas pelos ossos do carpo e o teto pelo lig. transverso do carpo. O túnel do
carpo contém tendões que flexionam os dedos e o polegar e o nervo mediano que
proporciona sensibilidade ao polegar, indicador e metade radial do anular.
Quais são as causas?
É causada por uma compressão do nervo mediano no canal do carpo e pode ser
causada por vários problemas. Um aumento do volume do conteúdo do canal do carpo
ou uma diminuição no continente criam situações de compressão do nervo mediano
contra o ligamento transverso do carpo.
Algumas causas de compressão do nervo mediano no canal do carpo:
A) Inflamação ou edema nos tendões e bainhas tendinosas no canal do carpo;
B) Retenção de líquido;
C) Lesões por esmagamento;
D) Edema na mão e antebraço;
E) Alargamento do nervo mediano;
F) Condições sistêmicas (gravidez, anticoncepcional):
G) Fraturas e luxação ao nível do punho:
H) Artrite reumatóide;
I) alargamento do nervo mediano.
Sinais e sintomas?
Manifestações mais comuns são: formigamento, adormecimento e queimação do
polegar, dedo indicador, médio e metade do anular. Ocorrem mais comumente à noite e
nas primeiras horas da manhã. A dor pode irradiar para cotovelo, ombro e região
cervical.
A diminuição da sensibilidade da mão pode causar fraqueza e perda da
capacidade funcional da mão. Os pacientes geralmente referem que deixam cair objetos
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e que não conseguem sentir suas temperaturas, a mão pode ficar fria e seca.
Pode haver atrofia da região tenar, e quando comparado uma mão com a outra há um
achatamento desta região.
Condições mais propensas a desenvolver a doença:
A síndrome do túnel do carpo pode estar relacionada com a idade, o sexo, a
ocupação, a fatores hereditários e a condições médicas. Trabalhos que requerem o uso
da palma da mão com pressões e esforços repetidos ao nível do punho podem aumentar
a possibilidade de desenvolvimento de uma síndrome do túnel do carpo.
Diagnóstico:
Teste de Tinel - Percussão da área do nervo mediano e obtenção de choque
irradiado para o nervo mediano.
Teste de Phalen - Flexão passiva do punho por um período de um minuto e será
positivo se o paciente referir dor, choque ou adormecimento na área inervada pelo
mediano.
Teste de sensibilidade discriminativa de dois pontos revelará perda da função
sensitiva na região inervada pelo N. Mediano.
Tratamento conservador:
Os pacientes com poucos sintomas devem iniciara o tratamento conservador. O
tratamento conservador é realizado pelo uso de órtese para alívio dos sintomas e
fisioterapia. O tempo que o paciente deverá usar a órtese varia de paciente para paciente
e é de acordo com a preferência do médico.
Tratamento cirúrgico:
É realizado quando os pacientes não apresentam melhora com o tratamento
conservador. A cirurgia é realizada com anestesia local e é realizado uma incisão no
ligamento transverso do carpo, que aliviará a compressão do nervo mediano.
2 - Síndrome do túnel cubital:
O que é túnel cubital?
É um canal localizado ao nível do cotovelo por onde passa o nervo ulnar, cujos
limites são: epicôndilo medial anteriormente, lig. ulno-umeral lateralmente e póstero-
medialmente as duas cabeças do flexor ulnar do carpo. O teto do túnel é formado por
uma banda fibrosa que se estende do olécrano ao epicôndilo medial.
Quais as causas?
Algumas doenças podem predispor esta neuropatia compressiva, são: diabetes,
insuficiência renal, desnutrição, alcoolismo crônico, hemofilia, lepra, mieloma múltiplo,
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acromegalia e outras.
Podem ser também por condições patológicas, traumáticas ou anatômicas.
Quadro clínico:
Paciente refere dor no cotovelo, parestesias, hipoestesia no território do N. Ulnar
e paresia dos músculos inervados pelo N. Ulnar.
Tratamento
O tratamento conservador sempre deve ser realizado e inclui o repouso do
cotovelo, medicação anti-inflamatória, uso de órtese e fisioterapia.
Quando o paciente não evolui bem há indicação de procedimento cirúrgico - neurólise
do nervo ulnar ao nível do cotovelo, com ou sem epicondilectomia, Transposição
superficial.
3 - Síndrome do canal de Guyon
É a compressão do nervo ulnar ao nível do punho no canal descrito por Guyon.
Limites:
- medial: psiforme e origem tendinosa do abdutor do dedo mínimo;
- lateral: hâmulo do hamato e expansão da fáscia do palmar longo;
- teto: ligamento carpal volar (piso-hamático);
- assoalho: pelos ossos do carpo.
Etiologia:
Uma das causas mais comuns é a compressão do N. Ulnar no canal de Guyon
por um cisto sinovial. Outras causas são alterações da artéria ulnar que passa junto ao n.
Ulnar e fraturas dos ossos do carpo.
Quadro clínico
Dor ao nível do bordo medial do punho e alterações de sensibilidade no dedo
mínimo e metade medial do dedo anular. Pode haver paresia progressiva dos músculos
intrínsecos da mão inervados pelo nervo ulnar.
Tratamento
Quando se detecta uma causa física da compressão há indicação cirúrgica para
descompressão do nervo ulnar. Nas alterações anatômicas pode-se tentar tratamento
conservador com repouso, uso de órtese, medicação anti-inflamatória, medicação anti-
inflamatória e fisioterapia. Na persistência dos sintomas deve-se indicar cirurgia para
promover descompressão do nervo.
Tenosinovite estenosante DeQuervain Anatomia: Na região dorsal do punho
estão os tendões estensores dos dedos, polegar e do punho. Estes tendões passam por 6
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túneis que formam o retináculo dos estensores ou ligamento carpal dorsal.
O primeiro compartimento dorsal é o mais lateral de todos e nele passam os
tendões abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar. Estes tendões têm função
de afastar o polegar da mão e movimentar o punho.
O que é tenosinovite DeQuervain? A moléstia de DeQuervain é um processo
inflamatório agudo dos tendões do 1°compartimento dorsal do punho. O tecido sinovial
que envolve o 1° compartimento dorsal sofre um processo de espessamento e edema
diminuindo o continente deste túnel. Os tendões podem inchar ao redor desta constrição
e sofrer aderências.
O que causa a tenosinovite DeQuervain? Essa inflamação pode ocorrer por
qualquer condição que cause alteração anatômica do primeiro compartimento ou edema
e espessamento dos tendões e bainhas. Traumas repetidos, esforços repetidos,
reumatismo pode precipitar a doença, mas em muitos casos não há uma causa bem
definida.
Quem desenvolve a doença? Ocorre mais freqüentemente entre os 30 e 50 anos,
as mulheres são mais acometidas numa razão de 8/1. As pessoas que desenvolvem
tarefas com movimentos repetidos de lateralização do punho com preensão utilizando o
polegar são mais predispostas a desenvolver esta patologia.
Sinais e sintomas: O sintoma principal é dor na base do polegar. Pode haver
irradiação da dor para o polegar e antebraço. A dor normalmente piora com o esforço
físico da mão. Pode haver e crepitação na região lateral do punho.
Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico é feito através da dor no lado radial
do punho associado a certo grau de edema. O sinal de Finkelstein é positivo: neste teste
a manobra de desvio ulnar do punho com mão fechada é extremamente dolorosa nos
pacientes portadores da doença.
Tratamento conservador:
Normalmente inicia-se o tratamento com medicação anti-inflamatória e uso de
imobilizador (gesso ou órtese) A infiltração com corticóide pode ser utilizada também
para melhorar o processo anti-inflamatório, bem como a fisioterapia.
Tratamento cirúrgico: Se os sintomas persistirem apesar do tratamento
conservador a cirurgia estará indicada. Realiza-se uma incisão transversa sob o primeiro
compartimento dorsal, seccionamos o ligamento dorsal do carpo e expõem-se os
tendões abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar que são testados qto a
mobilidade e aderências, a ferida é então fechada.
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Pós-operatório:
O paciente é mantido com curativo e orientado a movimentar o polegar dentro
do limite da sua dor. A recidiva é rara.
Prevenção da Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho):
- Modificação do mobiliário:
- Conforto é essencial para a prevenção.
- Os postos de trabalho devem ser feitos para acomodar o trabalhador no seu
ambiente para que ele tenha uma movimentação eficiente e segura.
- As operações mais freqüentes devem estar ao alcance das mãos.
- As máquinas devem se posicionar de forma que o trabalhador não tenha que se
curvar ou torcer o tronco para pegar ou utilizar ferramentas com frequência.
- A mesa deve ser planejada de acordo com a altura de cada pessoa e ter espaço
para as movimentações das pernas.
- As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato anatômico
para o quadril e encosto ajustável ao trabalhador.
Planejamento dos métodos de trabalho:
As pessoas devem aprender a identificar os sinais do próprio corpo, o que
permite perceber o início de qualquer desconforto. O importante é não deixar que as
dores pequenas evoluam.
Pausas - As pausas nos trabalho devem permitir principalmente um alívio para
os músculos mais ativos. Diferente da pausa para a recuperação do esforço físico
pesado.
Obs: ainda não existe um esquema que estipule o tempo de pausa para evitar a tensão do
trabalho muscular localizado, mas o ideal é após 50 min. 1 hora de trabalho como por
exemplo em frente ao computador fazer uma pausa de 5 a 10 min. por hora.
Durante a pausa, pode-se levantar, caminhar um pouco e se possível fazer um
exercício de alongamento.
Exemplo: Entrelaçar os dedos das mãos, virando as palmas das mãos para frente
e esticando os braços para frente e para cima. Ajuda a relaxar o braço.
Outro alongamento é flexão e extensão de pescoço.
Fortalecimento muscular: Em casa para fortalecer os dedos da mãos, punhos e
antebraços é apertar uma bola de tênis ou de borracha repetidas vezes. Aperta com dois
dedos um é sempre o polegar, vai variando os dedos (um de cada vez).
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Formas fisioterápicas de tratamento:
Crioterapia:
Está indicado quando se objetiva a diminuição do processo inflamatório agudo e
do edema e à analgesia. As manobras de compressão e elevação do membro
potencializam sua eficácia no controle do edema agudo. O frio pode se usado com bolsa
contendo gelo picado ou gelo mole. (3 partes de água para 1 de álcool). Duração de 10 a
30 min. podendo ser feito várias vezes ao dia principalmente na fase aguda.
Contra-indicação: processos artríticos, rigidez articular, insuficiência vascular
periférica.
Termoterapia:
O calor é um excelente método terapêutico, melhora o metabolismo e a
circulação local, aumenta a elasticidade do tecido conectivo, relaxa a musculatura e
causa analgesia.
Calor superficial: Como exemplo temos: bolsas térmicas, banho de parafina,
infra-vermelho e turbilhão. Quando se objetiva administrar em extremidade sendo o
banho de parafina o mais indicado.
O tempo ideal de aplicação é de 10 a 15 min.
Calor profundo: Métodos mais utilizados são o ultra-som, ondas curtas e
microondas.
A diatermia por microondas e ondas-curtas é normalmente utilizada quando
determinada região está sendo preparada para a cinesioterapia, por propiciar o
relaxamento músculo-tendíneo.
O ultra-som aplicado a intensidade de 0,75 a 1,0 w/cm2 provoca aquecimento
profundo, analgesia, melhora a circulação, aumenta a elasticidade, extensibilidade
tecidual e reduz a rigidez osteo-músculo-ligamentar.
Cinesioterapia:
Os músculos dos pacientes portadores de Dort - (Distúrbio osteomuscular
relacionado ao trabalho) são geralmente hipertônicos, encurtados e cronicamente
fatigados.
Alongamento muscular - Importante alongar o músculo encurtado e fatigado
para devolver ao seu comprimento de repouso, condição fundamental para que adquira a
sua potência máxima.
Músculos mais comuns de estarem encurtados: músculos intrínsecos da mão,
extensores dos dedos e punhos, bíceps, tríceps, trapézio e os da cintura escapular.
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Músculos mais comuns de estarem fatigados cronicamente: músculos da cintura
escapular e os antigravitacionais.
Depois de alongados e passados a fase de dor, os músculos devem ser
fortalecidos, para que possam de novo exercer as atividades diárias e completar a fase
final da reabilitação que é o retorno ao trabalho. Inicialmente os exercícios isométricos,
seguindo-se os exercícios resistidos, para o desenvolvimento da força e da resistência do
músculo.
Massagem
Pode ser feita domiciliarmente e pelo próprio paciente. O método não é eficaz se
não for realizado conjuntamente a cinesioterapia e alongamento de estruturas
contraturadas e tensionadas. A massagem a ser utilizada pode ser a massagem clássica.
O efeito da massagem proporciona um relaxamento muscular. Os portadores de Dort -
(Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) podem ter também aumento da
tensão muscular nas regiões cervical, escapular e dorsal.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Centro Universitário do Cerrado Patrocínio. Manual e regras básicas de segurança paralaboratórios. 17p.
DAVIS, K.; NEWSTROM, J. W. Comportamento humano no trabalho. Volume I.Editora: Pioneira. 1996.
GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. PortoAlegre: Artes Médicas, 1997.
LANCMAN, Selma. Saúde, trabalho e terapia ocupacional. São Paulo: Roca, 2004.
TORTORA, G. J; GRABOWSKY, S. R. Princípios de anatomia humana. 9 ed.. Riode Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
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Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz LopesMúsica de Alberto NepomucenoTerra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que tua glória conta!Terra, o teu nome a fama aos céus remontaEm clarão que seduz!Nome que brilha esplêndido luzeiroNos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!Chuvas de prata rolem das estrelas...E despertando, deslumbrada, ao vê-lasRessoa a voz dos ninhos...Há de florar nas rosas e nos cravosRubros o sangue ardente dos escravos.Seja teu verbo a voz do coração,Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!Ruja teu peito em luta contra a morte,Acordando a amplidão.Peito que deu alívio a quem sofriaE foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousada!Que importa que no seu barco seja um nadaNa vastidão do oceano,Se à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!Porque esse chão que embebe a água dos riosHá de florar em meses, nos estiosE bosques, pelas águas!Selvas e rios, serras e florestasBrotem no solo em rumorosas festas!Abra-se ao vento o teu pendão natalSobre as revoltas águas dos teus mares!E desfraldado diga aos céus e aos maresA vitória imortal!Que foi de sangue, em guerras leais e francas,E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada, Brasil!