#ConquistaNoEstudo ■ #Dia1Semana13 Ensino Médio ■ 2º. ano

Filosofia

CRONOGRAMA DA SEMANA CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Tema: Filosofia – Ética da Idade Antiga à

Contemporânea

CIÊNCIAS NATURAIS E SUAS TECNOLOGIASTema: Biologia – Reprodução e embriologia

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIASTema: Matemática e suas tecnologias

LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

PRODUÇÃO DE TEXTO

Ética da Idade Antiga à Contemporânea  

A Ética ou Filosofia Moral é uma área de conhecimento que tem como objeto de investigação as ações humanas e seus princípios orientadores. Toda cultura e toda sociedade se estabelece baseada em valores definidos a partir de uma interpretação do que é o bem e o mal, o certo e o errado. Essas interpretações são fundamentadas em valores morais socialmente construídos e cabe à ética se dedicar ao estudo desses valores.

Vamos fazer uma reflexão sobre a importância da ética ao longo da história.

#PartiuFILOSOFIAcomCQT

#SeLiga

Nesta aula nossos objetivos estão bem definidos:

a. Conhecer os principais conceitos e os principais pensadores da ética;

b. Conhecer as principais teorias medievais sobre a Ética;

c. Conhecer algumas das principais teorias da Ética moderna;

d. Conhecer algumas das principais teorias da Ética contemporânea.

#Conteúdo

O universo inteiro faz parte do quadro da ética. A ética nasce sempre. Não é à toa que está presente em todas as épocas: há uma ética grega, uma ética medieval, uma ética moderna, uma ética contemporânea. A ética, por vezes, tenta tornar todos os homens iguais, porém há diversas desigualdades impossíveis de serem aplainadas; apesar de tais diferenças, não se pode deixar ninguém ser vítima de injustiças; para isso deve existir na sociedade uma organização, para que todos tenham condição de dignidade.

A ética aristotélica estava baseada no telos, na finalidade da vida do homem, que era ser feliz. A felicidade, porém, estava bem distante daquela almejada por alguns homens que pensam encontrá-la nos prazeres sensíveis. Aristóteles considera que, ao pensar assim, o homem se iguala ao animal. Há ainda os que tentam encontrar a felicidade na riqueza ou no poder político. A felicidade, segundo o estagirita, está no equilibro, no exercício da virtude.

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Antes de Aristóteles, Platão já tinha uma concepção ética: falava da superioridade da ideia de justiça. Considerava que conceitos como justiça, bem e virtude eram provenientes do mundo das ideias e eram contemplados pelos homens antes de chegarem ao mundo sensível, isto é, ao mundo da vida. Assim, ao depararem com tais coisas neste mundo, reconhecem-nas.

Para o mestre de Platão, Sócrates, o bem é aquilo que nos constrói, aquilo que faz bem a mim e faz bem ao outro ao mesmo tempo, o que ajuda a construir nossa personalidade (amizade, etc.). O mal é o que nos prejudica, explora, o que tira o que nós temos. Entre os filósofos medievais, Santo Agostinho será, juntamente a São Tomás de Aquino, um dos principais nomes a tratar das questões éticas. O filósofo afirma que sem Deus não se pode ser virtuoso. A verdade está em Deus, mas não em um Deus que se encontra na transcendência, e sim naquele de que está dentro de nós. A miséria humana ocorre porque o homem não se contém na vida moral.

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Na Idade Moderna, Kant liberta a filosofia do peso cristão, com o imperativo categórico (“Age somente segundo uma máxima tal que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal”). Por meio dele, cabe ao próprio homem impor a lei moral a si mesmo: sic volo, sic jubeo (assim eu quero, assim eu ordeno). Trata-se de uma ética solipsista, só para mim.

Na ética contemporânea, ela passa a ser uma relação entre as pessoas, há reciprocidade; diferentemente das anteriores, ela não vem de Deus, da religião ou do homem isolado. Ela vem de grandes acertos, em formas de discursos, diálogos, consentimentos; daí os acordos, tratados, fóruns de discussão entre nações serem cada vez mais frequentes. Deve-se encontrar, através dos diálogos, um princípio de universalização de comportamento.

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Para pensarmos nas diferenças entre ética e moral, devemos recorrer, primeiro, à raiz etimológica dessas palavras. Ética deriva da palavra grega êthos, que quer dizer “caráter”. Ela era utilizada para representar os modos de agir de uma pessoa, ou seja, suas ações e comportamentos. Uma variante de êthos era a palavra éthos, que significa “costume” e pode ser aplicada a uma sociedade. O termo latino que designa éthos é moris, de onde retiramos a palavra moral. Basicamente, ética é o comportamento individual e refletido de uma pessoa com base em um código de ética ou de conduta que deve ter aplicabilidade geral. É chamado de ética o campo da Filosofia que se dedica a entender e a refletir as ações humanas (ações morais) e a classificá-las enquanto certas ou erradas. Por isso, podemos dizer que ética é uma espécie de “filosofia moral”. Moral é, por sua vez, o costume ou hábito de um povo, de uma sociedade, ou seja, de determinados povos em tempos determinados. A moral muda constantemente, pois os hábitos sociais são renovados periodicamente e de acordo com o local em que são observados.

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Para os estoicos, o ser humano era em si um microcosmo, um mundo em miniatura, que refletia o mundo exterior, o macrocosmo. Para eles, os processos naturais, como as doenças e a morte, deviam ser aceitos, pois eram regidos pelas leis da natureza, e daí advém a proposta de aceitação do próprio destino. Segundo esses pensadores, a razão era quem fornecia as normas para a ação, daí advém o conceito de direito natural, que devia ser respeitado independentemente de raça, condição ou nacionalidade.

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O epicurismo caracteriza-se por considerar o prazer uma via confiável para distinguir o bom do mal. Por essa razão é que os epicuristas defendiam a busca do prazer. Aconselhavam que, antes de agir, o indivíduo refletisse sobre a intensidade e a duração do prazer ou da dor decorrentes de cada ação, escolhendo aquela que trouxesse menos dor e o prazer mais duradouro. O prazer era caracterizado como ausência de dores no corpo e de perturbações na alma. Além disso, acreditavam na autossuficiência do indivíduo, mas valorizavam a amizade desinteressada.

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Durante a Idade Média, houve uma busca de conciliação entre o pensamento filosófico e a religião. Nesse contexto, a Igreja procurou adaptar as teorias gregas ao conteúdo das Sagradas Escrituras.

O conceito de bem, por exemplo, viu-se personificado na figura de Deus, acreditando-se que agir de acordo com o bem levaria o homem à união com Deus.

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São Tomás de Aquino tinha como objetivo unir a Filosofia e a Teologia cristã. Nesse contexto, a Lógica era importante, pois, segundo o filósofo, caberia a ela demonstrar a verdade que já estava ao alcance dos simples e humildes, por meio da revelação divina.

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A Ética proposta por Espinosa considerava a existência das paixões (ou afecções) como um aspecto essencial da natureza humana. Segundo ele, as paixões não possuíam por si mesmas um caráter positivo ou negativo, eram naturais. Afinal, Espinosa reconhecia que, devido a sua natureza, o ser humano seria sempre afetado por causas exteriores. Para ele, as paixões decorrem de três paixões originais: alegria, tristeza e desejo. Por outro lado, o conceito de conatus é central na Ética espinosana. Destacar que, para Espinosa, o vício e a virtude eram, respectivamente, a fraqueza ou a força para ser, preservar-se e agir, ou seja, a diminuição ou o aumento do conatus. O vício pode ser entendido, nesse contexto, como a fraqueza de quem se deixa governar pelas causas externas (submissão às paixões), enquanto a virtude pode ser entendida como a ação e a força de quem é a causa interna de seus sentimentos, atos e pensamentos.

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De acordo com o pensamento de Rousseau, o sentimento era um caminho para a interioridade. A compreensão de si e da natureza não vinha da razão, mas dos sentimentos. Rousseau destacou duas faces complementares do sentimento natural originário constituinte da condição humana: amor-próprio – uma espécie de instinto de autopreservação; compaixão – uma espécie de preservação com relação ao outro.

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De acordo com o pensamento de Rousseau, osentimento era um caminho para ainterioridade. A compreensão de si e danatureza não vinha da razão, mas dossentimentos. Rousseau destacou duas facescomplementares do sentimento naturaloriginário constituinte da condição humana:amor-próprio – uma espécie de instinto deautopreservação; compaixão – uma espécie depreservação com relação ao outro.

Segundo ele, a civilização afastou o homem desua condição natural, corrompendo-o.

Segundo ele, a civilização afastou o homem de sua condição natural, corrompendo-o.

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Para David Hume, que recebeu influências do pensamento de Rousseau, eram as paixões, e não a razão, os fundamentos da ação humana. Segundo Hume, o agir humano seria motivado por impulsos e sentimentos. Além disso, sentimentos como benevolência, compaixão e simpatia estariam associados à moralidade. Kant discordou de Hume e afirmou que os sentimentos (os quais denominava inclinações) não eram os fundamentos da ação moral e sim a razão. Para ele, somente a razão poderia guiar o homem segundo a lei moral instituída por ela mesma: “agir como se desejaria que todos agissem na mesma situação”. Assim, a razão constituía um fundamento universal para a moralidade. Nesse contexto, merecem destaque os conceitos de imperativo hipotético, lei para se alcançar determinados fins, e imperativo categórico, um fim em si mesmo. Portanto, a lei moral seria um imperativo categórico, pois, no pensamento kantiano, a ação moral não tinha outro fim senão o dever – necessidade de respeitar a lei moral, agindo em conformidade com a razão. Para Kant, o homem seria livre somente quando agisse de acordo com o dever, seguindo a razão, e não suas inclinações.

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De acordo com o princípio de utilidade, Benthan propôs o uso da tábua de valores para realizar um cálculo ético sempre que fosse necessário avaliar a moralidade de

uma ação. Esse cálculo deveria prever as consequências das ações, tendo em

vista o objetivo central do utilitarismo: a felicidade geral (presença do prazer e

ausência de dores ou sofrimentos).

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A investigação nietzscheana dos valores morais adotados até então resultou na transvaloração, ou seja, em uma inversão dos valores da tradição cristã e racionalista. Para Nietzsche, o que a tradição denominava vício era parte da natureza humana e o que ela

denominava virtude era justamente a repressão dessa natureza. Além disso, para ele, o conceito de bem não era ligado à beatitude, mas à nobreza, ou seja, à capacidade de suportar e amar a vida em quaisquer circunstâncias. Para ele, a busca pela moral absoluta serviu apenas para erguer a moral dos fracos. Nietzsche também definia essa moral como moral de rebanho ou de escravos, classificando assim os que julgava

renunciarem a verdadeira liberdade ética, submetendo-se ao dever pelo temor de reconhecer as diferenças entre os homens.

#Conteúdo

Para Sartre a existência precede a essência. O existencialismo é associado ao Humanismo, vertente que traz à tona o homem, reconhecendo sua natureza pautada pela liberdade e finitude. Vemos em Sartre a distinção entre as coisas e o homem, o qual

primeiramente existe e depois constrói sua própria essência por meio de suas escolhas. O

homem é obrigado a construir sua própria essência, que não é previamente determinada e sim decorrente de suas próprias escolhas, pelas quais é responsável.

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Fernando SavaterSegundo Savater, o conceito de amor-próprio está ligado ao desejo humano de conservar-se, perpetuar-se e desenvolver capacidades, opondo a necessidade da morte à liberdade da vida. Já o conceito de individualismo destaca o fato de que a virtude é praticada individualmente. Salvater também defende a participação social e o reconhecimento dos direitos humanos, propondo que todos se vejam como sujeitos de direitos, os quais, por sua vez, estão articulados as necessidades, liberdades e responsabilidades dos indivíduos de uma comunidade. 

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Peter SingerEsse filósofo propôs o princípio utilitarista da igualdade, segundo o qual os direitos fundamentais de um indivíduo equivalem aos de qualquer outro. Esse princípio exige o reconhecimento e o respeito aos interesses diferenciados de cada um, sem que se faça distinção entre raças, gêneros e espécies. Assim, o filósofo também traz para o campo da Ética a discussão sobre os direitos dos animais.

#Conteúdo

#MAO

NAM

ASSA

~

PROBLEMATIZAÇÃO

1) Que tipo de valores você percebe no mundo que o cerca? Você concorda com eles?

2) O que mais lhe chamou a atenção no estudo da ética ao longo da história? Justifique sua resposta.

3) O que diferencia ética e moral?

4) Quais as relações entre a filosofia, a moral e a ética?

5) Como você situa o mundo político na atualidade em relação ao conceito de ética?

Não se esqueça de enviar as respostas para o seu professor!!!

#IrAlém

Hoje sugerimos o filme Dias de Nietzsche em Turim, produzido em 2011. Trata-se de um filme que procura recriar o período entre abril de 1888 e janeiro de 1889, em que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844--1900) viveu na cidade de Turim, na Itália. Foi lá que Nietzsche escreveu alguns de seus textos mais conhecidos, como “Ecce Homo”, “Crepúsculo dos Ídolos” e “Os Ditirambos” e entregou-se totalmente às suas próprias ideias, envolvendo-se com a arte, a ciência e sua própria vida.

Importante: é um filme nacional sobre um filósofo alemão e vale a pena assistir!

O que está esperando? PREPARE A PIPOCA!!

#IrAlém