aula 5 teoria política de tomás de aquino

26
Aula 5 - Teorias políticas da Idade Média São Tomás de Aquino Cap 23 , pag 292 a 295 (Itens 7 a 10)

Upload: edniciosindique

Post on 13-Nov-2015

222 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Idade media, pensamento do filosofo Tomas de Aquino e S. Agostinho.Uma resenha sobre os seus pensamentos políticos, suas conclusões.

TRANSCRIPT

Apresentao do PowerPoint

Aula 5 - Teorias polticas da Idade Mdia So Toms de AquinoCap 23 , pag 292 a 295 (Itens 7 a 10)O mais sbio dos santos e o mais santo dos sbios

Toms de Aquino

Toms de AquinoToms de Aquino

800 anos o separam de Agostinho.

Outro contexto histrico: apogeu da escolstica; Renascimento Urbano;Renascimento Comercial; Heresias que ameaavam a ortodoxia religiosa; Universidades;Temas (influncia de Aristteles) :natureza do poder e das leis ; emelhor governo .

4Toms de Aquino (1)Nasce 1225 (?), em Npoles, na Itlia.Com 5 anos de idade seu pai, Conde de Landulfo dAquino, o internou no grande mosteiro de Monte Cassino onde recebeu a educao.Aos 19 anos fugiu de casa para se juntar Ordem Dominicana.Temas (influncia de Aristteles) :natureza do poder e das leis ; emelhor governo .

5Abadia de Monte Cassino -hoje

Temas (influncia de Aristteles) :natureza do poder e das leis ; emelhor governo .

6

Abadia de Monte Cassino 2 GM

Abadia de Monte Cassino 2 GMToms de Aquino (2)Joo Paulo II, em 1990, no 9 Congresso Tomista Internacional chegou a denominar Toms de Aquino de DOUTOR DA HUMANIDADE.Kant afirmou que os filsofos posteriores a Aquino nada acrescentaram no aspecto metafsico da filosofia. Chegou a dizer que a teodicia de Aristteles, a parte que trata de Deus, incomparavelmente inferior de Toms de Aquino.Foi declarado Santo pelo Papa Joo XXII que o canonizou em 1323. Escreveu sobre poltica, lgica, metafsica, fsica, tica, moral. Questionou assuntos como a verdade, a alma, o mal, as virtudes.Aps seu falecimento ele entrou para a Histria com o ttulo de Doutor Anglico, dada a culminncia espiritual que atingiu e a perfeio de sua existncia.Toms de Aquino (3)Toms de Aquino (4)Retorno ao aristotelismo (sntese aristotlico-tomista) obra: Suma Teolgica.Prioriza a f, mas valoriza a importncia da razo.Na teoria do conhecimento, reconhece a participao dos sentidos e do intelecto.Diferentemente de Aristteles, destaca a imortalidade da alma.Aquino segue de perto a tica aristotlica, mas, segundo ele, pela revelao e pela f, pode-se alcanar uma felicidade mais alta. o senso de justia que funda a comunidade poltica (nega o carter pecaminoso da poltica);

Representa o apogeu da escolstica medieval estabelecendo o equilbrio nas relaes entre a F e a Razo, a teologia e a filosofia, distinguindo-as mas no as separando necessariamente.

H distino, mas no oposio entre as verdades da razo e as da revelao, pois a razo humana uma expresso imperfeita da razo divina, estando-lhe subordinada. Por isso o contedo das verdades reveladas pode estar acima da capacidade da razo natural, mas nunca pode ser contrrio a ela. (Rezende, 1996, p. 81).

Toms de Aquino (5)Toms de Aquino (6)A escolstica no abandonou, em uma primeira fase, a filosofia platnica. Mas, a partir do sculo XIII, o aristotelismo teve mais influncia, passando a ser a caracterstica do pensamento escolstico.Tomismo poltico - ideias Nas relaes entre o poder temporal e o poder espiritual, as ideias de Santo Toms revelam a procura de equilbrio entre as tendncias conflitantes da poca. O Estado (poder temporal) concebido como instituio natural, cuja finalidade consistiria em promover e assegurar o bem comum.

A Igreja seria uma instituio dotada fundamentalmente de fins sobrenaturais. Assim, o Estado no precisaria se subordinar Igreja, como se ela fosse um Estado superior. A harmonizao, no plano social e poltico, entre poder temporal e poder espiritual seria, portanto, anloga entre filosofia e teologia, entre razo e f.

O Estado conduz o ser humano at certo ponto, a partir do qual necessrio o concurso da Igreja, que cuidar da dimenso espiritual do destino do Estado.

Valoriza o comportamento virtuoso do governante (influncia grega /aristotlica).Tomismo poltico - ideias Tomismo poltico O bom governo

Deve auxiliar o homem a alcanar o seu fim natural, o o bem comum, e tambm o seu fim ltimo, o sumo bem (para Aristteles a felicidade) a fruio de Deus.Com essa viso , inaugura a ideia da subordinao do poder temporal (reis) ao poder espiritual (igreja), pois caberia ao papa o poder sobre todos os bens intermedirios.Diverge assim de Agostinho para quem na tese das duas cidades (de Deus e a terrena) o home s alcanaria o sumo bem aps a morte. Toms, ao contrrio, afirma que a face religiosa ter importncia nesta vida, pelo fato de o governo ter de auxiliar o homem a alcanar alm do bem comum o sumo bem.Tomismo poltico 2. Os dois poderes : temporal e espiritual

Toms acredita ser legtima e necessria existncia e a coexistncia dos dois poderes: o espiritual (o que est alm da natureza humana) e o temporal (o que se ocupa com as coisas da natureza humana).O poder temporal permite ao homem buscar o bem comum.o poder espiritual que faculta ao homem perceber que est destinado a um fim que supera o bem comum, o sumo bem, que s pode ser alcanado por intermdio de um Deus salvador, cuidado conferido por Jesus a Pedro (fundador da igreja).Tomismo poltico 3. O papel do governanteGovernar virtuosamente e cuidar do bem comum do povo, ao qual se ordenam todos os bens temporais.Mas, lembra-se, que viver segundo a virtude no o fim ltimo do homem, nem o da comunidade (a plis). A virtude o meio para chegar aquele fim.O fim ltimo da comunidade e do homem a fruio de Deus, o sumo bem ou felicidade.Porm, para atingir o sumo bem , o homem no conseguir apenas com sua prpria natureza. Precisa da ajuda divina dada pelo poder espiritual a Igreja.

Obs: Para Aristteles, que no acreditava na imortalidade da alma, o sumo bem era a felicidade nesta vida. O homem um animal poltico sua existncia se realiza plenamente na vida em sociedade.

A sociedade humana organizada pela razo.

A vida natural na Terra est destinada vida feliz no Cu, conseguida pela graa.Tomismo poltico outras ideiasconclusoIdade Mdia- ResumoAs filosofias polticas medievais so teocrticas, isto , o Poder pertence apenas a Deus, que o concede a algum.A hierarquia poltica e social ordenada por Deus;O Soberano deve possuir as virtudes crists;O Soberano pai da Lei e filho da Justia;Querela das investiduras (entre o Papa e o Soberano).Toms de Aquino- ResumoA integrao do aristotelismo no cristianismo;Defesa da Teocracia;A origem no pecaminosa do poder poltico.O poder poltico deve submeter-se ao poder espiritual.F e razo convivem juntas, mas a f superior.A harmonizao, no plano social e poltico, entre poder temporal e poder espiritual .Concebe a sociedade poltica como uma fundao humana. O Estado tem origem no instinto social humano

Toms Prope uma teoria poltica (f e razo convergentes) cuja f religiosa tem valor j nesta vida: o bom governo deve auxiliar o homem a alcanar , no apenas o que o seu fim natural, o bem comum, mas o seu fim ltimo: o sumo bem ou fruio de Deus. Agostinho

A justia s possvel ser alcanada na Cidade de Deus, mas o homem capaz de atingir o bem supremo (Deus) e em sua busca por esse bem organizar a poltica e a sociedade.Agostinho

Toms de AquinoA existncia dos dois poderes era legtima e necessria, por isso deu suporte a distino entre o poder temporal e o espiritual.Sua principal tarefa defender a religio crist e a discusso poltica gira em torno desse foco.BibliografiaFilosofando, Introduo Filosofia de Maria Lcia de Arruda e Maria

Helena Pires Martins . Editora Moderna.

Manual de Filosofia Poltica- de Flamarion Caldeira Ramos e outros. Editora

Saraiva.

Orientaes para estudoO estudo para as provas no pode abranger apenas este esquema de

aula. O aluno deve associar as presentes informaes ao seu prprio

resumo do captulo e, quando for o caso, frequentar as aulas do planto

de dvidas do Colgio para uma melhor preparao para as avaliaes.