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“Tradição em formar Profissionais com QualidadeAvenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Enfermagem em Intercorrências Cirúrgicas

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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO

Enfermagem em Intercorrências

Cirúrgicas

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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO

SUMÁRIO

Introdução....................................................................................................................01

Clínica Cirúrgica...........................................................................................................01

Características físicas da clínica cirúrgica...........................................................................01

Terminologias Cirúrgicas....................................................................................................02

Risco operatório..................................................................................................................04

Assistência de Enfermagem nas Complicações Cirúrgicas.................................................06

Parada Cardiopulmonar.......................................................................................................09

Preparo pré-operatório.........................................................................................................18

Principais Cirurgias.............................................................................................................24

Cirurgias neurológicas........................................................................................................24

Cirurgia Cardíaca...............................................................................................................26

Cirurgias das amígdalas e adenóides.................................................................................27

Cirurgias do aparelho respiratório......................................................................................28

Drenagem Torácica............................................................................................................30

Cirurgia Gastrintestinal......................................................................................................33

Cirurgia Renal....................................................................................................................35

Cirurgias proctológicas......................................................................................................37

Cirurgias ginecológicas......................................................................................................38

Cirurgias do Intestino........................................................................................................42

Cirurgias Ortopédicas........................................................................................................46

Anotação de enfermagem na clinica cirúrgica...................................................................52

Referências Bibliográficas e Agradecimentos..........................................................................54

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Introdução A cirurgia, seja eletiva ou de emergência, é um evento estressante e complexo. Muitos dos

procedimentos cirúrgicos são realizados na sala de operação do hospital, embora muitos

procedimentos simples que não precisam de hospitalização sejam feitos em centros cirúrgicos

e unidades ambulatoriais de cirurgia. A pessoa com problema de saúde que requer uma

intervenção cirúrgica.

Recentes avanços tecnológicos têm levado a procedimentos cirúrgicos mais complexos, tais

como os que precisam de técnicas de microcirurgia; os mais sensíveis aparelhos de

monitorização; transplante múltiplo de órgãos humanos; a implantação de aparelhos

mecânicos e a reimplantação de órgãos. Em consequência, muitas pessoas agendadas para

cirurgia submetem-se aos procedimentos diagnósticos e preparações pré-operatórias antes da

admissão no hospital. Elas também deixam o hospital muito cedo, aumentando a necessidade

de ensino do paciente, de plano de alta, de preparação para o auto cuidado e para os serviços

de reabilitação.

Cirurgia A cirurgia através de técnicas manuais procura remover focos de infecção, retirar órgãos

doentes, restaurar funções alteradas e implantar próteses e aparelhos no corpo.

Clínica Cirúrgica É a unidade onde permanecem os pacientes submetidos a grandes cirurgias, cirurgia

ambulatorial ou cirurgia realizada em uma unidade de curta permanência nos períodos pré e

pós-operatórios, em cada tipo de cirurgia os princípios básicos da assistência de enfermagem

permanecem os mesmos. Neste mesmo local o paciente é preparado para o ato cirúrgico e

recebido após a cirurgia para recuperação do equilíbrio orgânico.

Características físicas da clínica cirúrgica

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� Sala para chefia de enfermagem;

� Sala para reuniões;

� Posto de enfermagem, local para o arquivo e manipulação dos prontuários e papeletas,

realização de relatórios diários de enfermagem, dependências para preparo de

medicamentos e materiais diversos utilizados nas técnicas de enfermagem;

� Enfermarias e apartamentos, área ocupada pelo paciente.

� Arsenal, área onde são armazenados os materiais estéreis;

� Expurgo, local apropriado para lavar, desinfetar, enxaguar e secar os materiais sujos e

contaminados.

Terminologias Cirúrgicas

Cabe ao profissional de enfermagem entender os diversos aspectos que envolvem o

procedimento cirúrgico, em especial a terminologia pertinente. Essa terminologia é formada

por prefixos, que designam a parte do corpo relacionada à cirurgia, e por sufixos, que indicam

o ato cirúrgico referente. Os principais objetivos da terminologia cirúrgica são: fornecer a

definição do termo cirúrgico e descrever os tipos de cirurgia. Os profissionais de enfermagem

que atuam na clínica cirurgica precisam conhecer essas terminologias, para prestar a

assistência de enfemagem nosperiodos pré e pós-operatório.

Prefixos - adeno - relativo à glândula

- cole - relativo à vesícula

- colo - relativo ao colo

- cisto - relativo à bexiga

- colpo - relativo à vagina

- êntero - relativo ao intestino

- gastro - relativo ao estômago

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- hístero - relativo ao útero

- nefro - relativo ao rim

- oftalmo - relativo aos olhos

- orqui- relativo aos testículos

- ósteo - relativo ao osso

- oto - relativo ao ouvido

- procto - relativo ao reto

- rino - relativo ao nariz

- salpinge - relativo às trompas

- tráqueo - relativo à traquéia

Sufixos - ectomia - remoção de um órgão ou parte dele

- exerese - Separação agressiva das partes de um órgão em função de lesões traumáticas

- ostomia - abertura cirúrgica de uma nova boca

- otomia - corte

- pexia - fixação de um órgão

- plastia - alteração da forma de um órgão

- rafia - sutura

- scopia - olhar no interior

- centese – punção

Operações de remoção (ectomia) - Apendicectomia - remoção do apêndice

- Nefrectomia - remoção do rim

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- Prostatectomia remoção da próstata

Operações de abertura (tomia) - Coledocostomia - abertura e exploração do colédoco

Construção cirúrgica de novas bocas (stomia) - Colostomia - abertura do colo através da parede abdominal

- Ileostomia - abertura artificial no íleo

- Nefrostomia - colocação de sonda no rim para drenagem de urina

Operações de fixação ou reposicionamento (pexia) - Histeropexia - suspensão e fixação do útero

- Orquidopexia - abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa

- Nefropexia - fixação do rim em seu lugar anatômico

Operações para alteração da forma e/ou função (plastia) - Rinoplastia - plástica do nariz

- Mamoplastia plástica da mama

- Palatoplastia - plástica que reconstitui o palato.

Operações de sutura (rafia) - Colporrafia - sutura da vagina

- Perineorrafia - sutura do perineo

- Tenorrafia - sutura de tendão

Operações para observação e exploração (scopia) - Broncoscopia - exame com visualização direta dos brônquios

- Cistoscopia - exame com visualização direta da bexiga

- Gastroscopia - exame com visualização direta do estomago

Risco Operatório Risco operatório é o perigo de complicações e mortalidade a que o doente é submetido frente

a uma intervenção operatória.

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Estado Nutricional: qualquer deficiência nutricional deve ser corrigida antes da cirurgia.

Pacientes com desidratação e para corrigir os déficits e promover a melhor condição pré-

operatória possível. A obesidade aumenta enormemente o risco e a gravidade das

complicações associadas com a cirurgia, o paciente obeso é geralmente mais difícil de cuidar

por causa do peso adicional; o paciente respira precariamente, estando sujeito a

hipoventilação e as complicações pulmonares pós-operatórias.

Estado Respiratório: a meta para os pacientes cirúrgicos é ter uma ótima função respiratória.

A todos os pacientes é pedido que parem o tabagismo quatro a seis semanas antes da cirurgia;

aqueles que vão se submeter a cirurgia torácica e abdominal superior são ensinados quanto

aos exercícios respiratórios.

Estado Cardiovascular: o bom funcionamento do sistema cardiovascular atende às

necessidades de oxigênio, de fluido e de nutrição ao longo do período operatório. De

particular importância para o paciente com doença cardiovascular é a necessidade de evitar

mudanças bruscas de posição, assim como a imobilização prolongada e a sobrecarga do

sistema circulatório com fluido ou sangue.

Funções Hepática e Renal: a meta é ter o máximo de funcionamento dos sistemas hepáticos

e urinários, de modo que as medicações, agentes anestésico sejam adequadamente removidos

do corpo.

Função Endócrina: em geral, o risco cirúrgico para o paciente com diabetes controlado não é

maior do que o risco para paciente não diabético; todavia, a monitorização frequente dos

níveis de glicose do sangue é importante antes, no decorrer e depois da cirurgia.

Função Imunológica: uma importante função no pré-operatório é determinar a existência de

alergias, é importante identificar e registrar qualquer sensibilidade a certos medicamentos.

Terapia Anterior com Medicação: a história sobre a medicação é obtida devido aos

possíveis efeitos das medicações sobre o curso do período operatório do paciente e sobre a

possibilidade de efeitos da interação medicamentosa.

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Além dos fatores biológicos, os econômicos e educacionais têm aumentado muito os riscos

cirúrgicos em nosso meio, grande parte da população brasileira carece de alimentação (em

quantidade e qualidade), de boas condições de moradia e de trabalho, de higiene etc., o que

aumenta a possibilidade de se contrair uma patologia cirúrgica e de se apresentarem riscos

operatórios.

Assistência de Enfermagem nas Complicações Cirúrgicas

Complicações Circulatórias

Hemorragia

Hemorragia é a ruptura de vasos sanguíneos, com extravasamento de sangue, a gravidade da hemorragia se mede pela quantidade e rapidez de sangue extravasado. A hemorragia divide-se em interna e externa.

Hemorragia Interna: As hemorragias internas são mais difíceis de serem reconhecidas porque o sangue se acumula nas cavidades do corpo. Pode haver exteriorização do sangue nos orifícios naturais como: boca, ouvido, reto, etc.;

Hemorragias Externas: As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar.

Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo rico em oxigênio, e a perda é pulsátil, obedecendo às contrações sistólicas do coração. Esse tipo de hemorragia é particularmente grave pela rapidez com que a perda de sangue se processa.

As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho escuro, pobre em oxigênio, e

a perda é de forma contínua e com pouca pressão. São menos graves que as hemorragias

arteriais, porém, a demora no tratamento pode ocasionar sérias complicações.

As hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre que

recobrem a superfície do corpo.

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Sinais e sintomas: fraqueza, sede, frio, ansiedade, alteração do nível de consciência ou

inconsciência, tremores e arrepios do corpo, pulso rápido e fraco, respiração rápida e artificial,

pele pálida, fria e úmida, sudorese e pupilas dilatadas.

Assistência de enfermagem

� Deitar o paciente;

� Afrouxar as vestes;

� Manter a área afetada mais elevada do que o resto do corpo;

� Manter o paciente aquecido;

� Estancar a hemorragia, fazer compressão com uma compressa no local da hemorragia;

� Controlar os sinais vitais.

Hemorragia nasal:

� Colocar o paciente sentado;

� Inclinar a cabeça para trás;

� Colocar bolsa contendo gelo sobre o nariz;

� Pressionar o nariz na face lateral que está sangrando.

Hemorragia no estômago:

� Colocar o paciente em decúbito dorsal;

� Deixar o paciente em jejum absoluto;

� Colocar bolsa contendo gelo, sobre o estômago;

� Elevar os membros inferiores.

Hemorragia genital:

� Repousar a paciente com os membros inferiores mais elevados;

� Colocar bolsa contendo gelo na região suprapúbica;

� Fazer tamponamento vaginal.

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Choque

É a diminuição do fluxo sanguíneo adequado a manutenção da perfusão tecidual.

Classificação

1) Choque hipovolêmico:

Causas

Hemorragias;

Desidratação;

Queimaduras;

Quadro clínico

Queda da pressão venosa;

Aumento da resistência periférica;

Taquicardia.

2) Choque cardiogênico

Causas

Infarto;

Tamponamento cardíaco;

Embolia pulmonar;

Quadro clínico

Oligúria;

Pressão venosa alta;

3) Choque séptico

Causas

Infecção generalizada

Quadro clínico

Hipotensão;

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Taquicardia;

Prostração;

Calafrios;

4) Choque neurogênico

Causas

Traumatismos;

Intoxicações;

Quadro clínico

Anestesia medular;

Distúrbios emocionais;

Assistência de enfermagem

� Posicionar o paciente em decúbito dorsal ou horizontal;

� Oxigenoterapia, se prescrito;

� Monitorizar a pressão arterial, pulso, respiração e a temperatura;

� Controlar a diurese;

� Providenciar material para dissecção venosa, se necessário;

� Providenciar material para instalação da PVC (Pressão Venosa Central), se necessário;

Parada Cardiopulmonar

É a interrupção severa das funções do coração seguida do colapso do sistema cárdio-

respiratório-cerebral.

Causas

Obstrução das vias aéreas superiores;

Intoxicação;

Choque elétrico;

Hipoventilação;

Superdosagem de anestésicos;

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Hipotermia;

Infarto do miocárdio;

Afogamento;

Quadro clínico

Ausência de respiração;

Ausência da pulsação;

Queda rápida da pressão arterial;

Cianose;

Palidez;

Sudorese;

Estado de inconsciência;

Mídriase;

Assistência de enfermagem

� Auxiliar o enfermeiro e o medico nos procedimentos;

� Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal;

� Afrouxar as roupas do paciente;

� Aproximar do paciente o carrinho de parada contendo medicamentos usados na

reanimação, o desfibrilador e o aspirador;

� Aproximar o material para intubação orotraqueal e ventilação mecânica;

� Isolar a cama ou a maca do paciente com biombo, se o quarto não for individual;

� Colocar em ordem o quarto ou a enfermaria, sem descuidar de nenhum momento

do paciente, se este permanecer na unidade, ou aguardar a sua transferência para a

UTI, para iniciar a limpeza e a ordem do local.

Trombo

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É uma espécie de coágulo de sangue que se localiza dentro de um vaso sanguíneo, aderido à

parede do mesmo, obstruindo a

Quando um trombo se forma e obstrui o fluxo normal de sangue, chamamos esse evento de

trombose. A trombose das artérias coronárias é a principal causa de infartos do miocárdio.

Sinais e sintomas

Desconforto ou queimação na porção posterior da perna;

Podem ocorrer câimbras;

Pode haver prurido na região das veias;

Dores;

Sensação de formigamento e de peso na perna;

Edema;

Calor;

Pode haver vermelhidão no trajeto da veia.

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É uma espécie de coágulo de sangue que se localiza dentro de um vaso sanguíneo, aderido à

parede do mesmo, obstruindo a passagem de sangue. A obstrução pode ser parcial ou total.

Quando um trombo se forma e obstrui o fluxo normal de sangue, chamamos esse evento de

trombose. A trombose das artérias coronárias é a principal causa de infartos do miocárdio.

Desconforto ou queimação na porção posterior da perna;

Pode haver prurido na região das veias;

Sensação de formigamento e de peso na perna;

Pode haver vermelhidão no trajeto da veia.

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É uma espécie de coágulo de sangue que se localiza dentro de um vaso sanguíneo, aderido à

passagem de sangue. A obstrução pode ser parcial ou total.

Quando um trombo se forma e obstrui o fluxo normal de sangue, chamamos esse evento de

trombose. A trombose das artérias coronárias é a principal causa de infartos do miocárdio.

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Assistência de enfermagem

� Elevar os membros inferiores;

� Orientar o paciente para se mover no leito;

� Hidratação adequada, principalmente nos pacientes idosos, não deixar com má

postura, evitando deixar os membros inferiores pendentes;

� Enfaixamento nos membros inferiores;

� Verificar sinais vitais na fase aguda a cada quatro horas;

� Observar a presença dos sinais clínicos associados à embolia pulmonar, como:

dispneia, cianose, sudorese, pulso rápido, etc.;

Tromboflebite

É causada por trombose venosa, determinando alterações inflamatórias na parede da veia. O

pós-operatório e o repouso ou imobilização prolongados são as situações clínicas mais

importantes que predispõem à trombose venosa. Dessa forma, 90% dos casos de

tromboflebite ocorre em veias profundas da perna.

A tromboflebite pode ocorrer em qualquer fase do pós-operatório. Seus sintomas incluem

febre, sensibilidade e edema da extremidade comprometida. Quando a tromboflebite é

localizada, secundária às injeções ou cateter, raramente produz febre. Assim que

diagnosticada, inicia-se o tratamento adequado, incluindo anticoagulantes, a fim de evitarem-

se complicações pulmonares.

Foto ao lado, mostra paciente com

sinais e sintomas de

Trombose.Reparem na assimetria

das pernas. O lado inchado e onde

ocorreu a Trombose.

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Complicações respiratórias Pneumonia

Inflamação dos pulmões associada à presença de exsudato nas luzes dos alvéolos, comumente

causada por agentes infecciosos e químicos.

Sinais e sintomas

Calafrios;

Febre (38,5 – 40,5°C)

Dor em ponta no tórax;

Tosse com expectoração;

Taquipnéia;

Sudorese profusa.

Assistência de enfermagem

� Auxiliar o enfermeiro em suas condutas;

� Executar a prescrição do enfermeiro;

� Estimular a deambulação precoce;

� Exercícios respiratórios e percussão torácica (quando prescrito pelo enfermeiro ou

pelo médico)

Embolia pulmonar

Quando um trombo que está aderido à parede do vaso se solta e viaja pela corrente sanguínea

recebe o nome de êmbolo. O êmbolo viaja pelo corpo até encontrar um vaso com calibre

menor do que o próprio, ficando preso e obstruindo a circulação do sangue. Quando o êmbolo

impacta em um vaso damos o nome de embolia. Se o vaso obstruído fica no cérebro,

chamamos de embolia cerebral. Se fica no pulmão, chamamos de embolia pulmonar.

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Sinais e sintomas

Aumento da frequência respiratória;

Taquicardia; pleural (infarto pulmonar).

10% são assintomáticas;

10% apresentam hemoptise e dor.

Assistência de enfermagem

� Proporcionar deambulação precoce;

� Estimular exercícios ativos e realizar movimentos passivos dos membros no leito.

O tratamento da embolia pulmonar pode ser apenas com anticoagulação e suporte nos casos

menos graves, até uso de trombolíticos (substâncias que diluem o êmbolo) e cirurgia de

emergência. O mais importante no tromboembolismo pulmonar é a prevenção. É

imprescindível realizar a profilaxia nos casos com maior risco, como nas cirurgias ortopédicas

dos membros inferiores. A profilaxia é feita normalmente com anticoagulação, normalmente

com heparina em doses baixas.

Complicações da ferida Infecção da ferida

É o processo infeccioso na incisão cirúrgica, geralmente o primeiro sinal é a febre que aparece

após o quarto dia de pós-operatório, devido a germes entéricos ou Estafilococos. Sua

incidência é maior em pacientes idosos com arteriosclerose e pacientes obesos, pois pode

haver menor suprimento sanguíneo na área da ferida operatória.

Sinais e sintomas

Febre;

Taquicardia;

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Calafrios;

Mal-estar;

Quando a infecção é profunda (atinge os músculos), ela se manifesta entre o 4° e o 7° PO;

A ferida revela sensibilidade acentuada e vermelhidão variável;

Assistência de enfermagem

� Verificar a temperatura de 4/4 horas ou de acordo com a prescrição de

enfermagem

� Trocar curativos, quando necessário, observar e anotar aspecto;

� Anotar débito das secreções;

� Estimular ingestão da dieta e ingestão hídrica, se o paciente não estiver em jejum;

� Observação: o ideal é a prevenção, iniciada no pré-operatório, através de medidas

que diminuem esta complicação (melhorar nutricionalmente, imunologicamente,

propiciar de forma correta e necessária as medidas de desinfecção, antissepsia,

assepsia, etc.);

Hematoma

É o acúmulo de sangue entre os tecidos da ferida operatória.

Sinais e sintomas

“Mancha azulada” na pele;

Abaulamento e dor persistente (nos grandes hematomas)

Assistência de enfermagem

� Observar e anotar o aspecto ao redor da incisão cirúrgica e a ocorrência de

sangramento (comunicar à enfermeira)

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Deiscência

É a ruptura da cicatriz operatória, normalmente ocorrendo no pós-operatório imediato, mas

podendo acontecer entre o quarto e o sétimo dia do pós-operatório, quando, dependendo da

cirurgia, o paciente já recebeu alta. O episódio agudo é geralmente precipitado pelo esforço,

distensão abdominal ou tosse exigindo atendimento imediato.

Sinais e sintomas

Liberação de secreção serossanguinolenta;

Ruptura dos pontos;

Assistência de enfermagem

� Avaliar o aspecto dos pontos e a liberação de secreções;

� Estimular e auxiliar no uso correto da técnica da tosse;

� Manter curativos compressivos, nos pacientes com risco ou que já desenvolveram

a deiscência.

Evisceração

É à saída de vísceras pela incisão cirúrgica após uma deiscência.

Sinais e sintomas

Exposição externa das vísceras.

Assistência de enfermagem

� Cobrir as vísceras com uma compressa estéril e avisar imediatamente a enfermeira

ou médico;

� Acalmar o paciente e transmitir segurança.

Complicações urinárias Retenção urinária

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É a mais frequente em cirurgias do abdome inferior, em pacientes acamados, em idosos e naqueles em que a administração de líquidos no pré e transoperatório foi excessiva, levando-os à perda do tônus vesical, assim como o reflexo da micção.

Sinais e sintomas

Ausência de micção por mais de 12 horas ou eliminação de pequena quantidade de urina em intervalos frequentes;

Abaulamento no abdome inferior (distensão vesical) e maior sensibilidade à palpação;

Vontade intensiva de urinar sem, contudo, conseguir.

Assistência de enfermagem

� Deambulação precoce;

� Levar o paciente ao sanitário e deixar correr água na pia;

� Irrigar o períneo com água morna;

� Dialogar, detectando temores e minimizando-os;

� Em ultimo caso, realizar cateterismo vesical.

Infecção urinária

Pode ocorrer nas primeiras 48 horas pós-operatórias por exacerbação de infecção prévia ou de instrumentação pré, trans ou pós-operatória.

Sinais e sintomas

Febre;

Disúria, retenção urinária ou piúria.

Assistência de enfermagem

� Fazer controle de diurese;

� Oferecer líquidos por via oral ou controlar hidratação venosa;

� Verificar temperatura de 4/4 horas;

� Administrar antibioticoterapia nos horários corretos, conforme prescrição médica.

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Preparo pré-operatório

O preparo pré-operatório tem inicio com a internação estendendo-se até o momento da

cirurgia.

Classificação:

Pré-operatório mediato: período que vai do momento da internação até 24 horas antes da

cirurgia.

Pré-operatório imediato: período que inicia 24 horas antes da cirurgia e termina quando o

paciente é encaminhado ao centro cirúrgico.

Objetivo

Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores

possibilidades de complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente.

Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns

dias ou até mesmo em minutos. As cirurgias que exigem um rápido preparo são as cirurgias

de emergência estas devem ser realizadas sem perda de tempo a fim de salvar a vida do

paciente.

Preparo psicológico

Tem como objetivo assegurar confiança e tranquilidade mental ao paciente. A internação para

o paciente pode significar reclusão, afastamento dos familiares e o paciente podem ficar

ansioso e cheio de temores. O trabalho, a vida diária do paciente é momentaneamente

paralisados e o desconhecimento do tratamento a que será submetido, tudo isso gera stress,

insegurança, desassossego e medo.

Estes estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos pode levar o paciente a

apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não cooperando para a recuperação pós-

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operatória, levando-o a complicações respiratórias, agitação e outros problemas. Para auxiliar

o paciente a enfermagem deve desenvolver confiança, ser calma, otimista e compreensiva.

Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem medo de não

acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de sentir dor durante a

cirurgia.

Inteirados da aflição do paciente a enfermeira deve ser notificada para que tome a melhor

medida, dependendo da necessidade, a enfermeira solicitara a presença do cirurgião ou

anestesista para esclarecer o paciente. Portanto a enfermagem, embora solicitando outros

profissionais para atender o paciente em suas necessidades psicológicas, é principalmente a

pessoa que ouve, compreende, ampara e conforta.

Preparo físico

É dividido em três etapas

1 - inicial

2 - na véspera da cirurgia

3 - no dia da cirurgia

1. Preparo inicial:

É quando o paciente vai ser submetido a exames laboratoriais (exames pré-operatórios), que

vão assegurar a viabilidade ou não da cirurgia.

Nesta fase, a atuação da enfermagem no preparo se relaciona:

� Ao preparo do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados;

� A coleta e encaminhamento dos materiais para exames;

� A manutenção do jejum quando necessário;

� A aplicação de medicamentos, soro e sangue;

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� A realização de controles;

� Observação de sinais e sintomas;

� Anotação no prontuário.

2. Preparo físico na véspera da cirurgia:

Tem por objetivo remover toda a fonte de infecção. Proceder da seguinte forma:

� Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa;

� Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a

coloração durante a cirurgia;

� Barbear os homens;

� Dieta leve no jantar, até 8 horas antes da cirurgia;

� Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição medica;

� Jejum após o jantar, orientar o paciente;

� Promover ambiente tranquilo e repousante;

� Verificar os sinais vitais de 6/6 horas;

� Pesar o paciente: dado importante para o cálculo das doses medicamentosas, detectar

retenção hídrica e controle de peso;

� Orientar quanto ao uso de comadre e papagaio, para se prevenir desconfortos pós-

operatórios;

� Melhorar a capacidade respiratória: através de exercícios respiratórios, nebulização,

drenagem postural, tapotagem, técnica da tosse, ingestão hídrica e exclusão do fumo.

3. Preparo físico no dia da cirurgia:

� Verifica se o jejum continua sendo mantido;

� Realizar tricotomia na área que vai ser operada uma hora antes de encaminhar o

paciente ao centro-cirúrgico, para se evitar o acúmulo de microoganismos nas lesões

microscópicas, consequentes deste procedimento. Atenção para que não ocorram

lesões macroscópicas, que apresentam riscos bem maiores para instalação de

infecções;

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� Remover maquiagem, próteses e joias.As joias e próteses serão enroladas e guardadas

conforme rotina do local;

� Verificar pulso, temperatura, respiração e P.A;

� Encaminhar o paciente para urinar meia hora antes da cirurgia;

� Aplicar a medicação pré-anestésica seguindo prescrição médica;

� Checar a medicação pré-anestésica administrada;

� Fazer anotação no prontuário;

� Ajudar o paciente a passar da cama a maca;

� Levar a maca com o paciente até o centro cirúrgico, juntamente com o prontuário;

� Qualquer cuidado não efetuado deve ser comunicado ao centro cirúrgico.

Preparo da unidade do paciente e atendimento pós-operatório

Os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados após a cirurgia ate a

alta. Visam ajudar o recém-operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais

rápida e segura.

Classificação

Pós-operatório imediato (POI): período de 24 horas que se inicia ao término do ato

cirúrgico.

Pós-operatório mediato (1° POI, 2° POI): após as 24 horas que se sucedem ao ato cirúrgico.

Nos hospitais que possuem no centro cirúrgico, sala de recuperação anestésica ou pós-

anestésica, os pacientes são recebidos nestes locais imediatamente após a cirurgia dando-lhes

assistência até a normalização de reflexos e sinais vitais. Só posteriormente esse paciente é

encaminhado à unidade onde estão internados.

Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente internado. Cuidados

no preparo da unidade visa equipá-la para o recebimento do paciente operado, a fim de

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proporcionar-lhe conforto, segurança e rápido atendimento.Esse preparo é feito após o

encaminhamento do paciente para a S.O (sala de operações).

Cuidados

� Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente;

� Arrumação do leito “tipo operado”;

� Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira;

� Trazer suporte de soro e colocá-lo ao lado da cama;

� Deixar oxigênio com equipamento completo.

Ao receber o paciente no quarto

� Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários, através de

movimentos uniformes e leves para se evitar a queda da pressão arterial, trações

sondas e cateteres e perdas de punções venosas;

� Manter o paciente em posição dorsal horizontal com a cabeça lateralizada, para se

prevenir aspiração nos casos de vômitos e favorecer a respiração;

� Aquecer o paciente de acordo com a necessidade;

� Verificar no prontuário as anotações do centro cirúrgico;

� Verificar os sinais vitais inicialmente, de 15/15 minutos e, à medida que vão se

estabilizando de 30/30 min., de 45/45 minutos até a estabilização completa, até que a

verificação seja de 4/4 horas;

� Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para

o lado;

� Observar o gotejamento do soro e sangue;

� Observar estado geral e nível de consciência;

� Observar e anotar o estado externo do curativo do local operado se está seco ou com

sangue;

� Conectar tubos de drenagem aos fracos coletores e mantê-los abertos;

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� Fazer leves movimentos passivos com os MMII de 1/1 hora até cessarem os efeitos

anestésicos sobre eles. Após estimular movimentos ativos no leito. O procedimento

previne complicações circulatórias;

� Manter o leito com grades elevadas para evitar queda;

� Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou

sondas, somente com prescrição médica;

� Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados,

hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações

respiratórias e circulatórias;

� Fazer anotação no prontuário;

� Qualquer sinal ou alarmante sintoma como alteração do nível de consciência,

sangramento excessivo do local da cirurgia ou qualquer outro deve ser comunicado

imediatamente, a enfermeira ou médico.

Nas horas em seguida

� Ao recuperar totalmente a consciência avisá-lo do lugar onde esta e que esta passando

bem;

� Periodicamente, verificar os sinais vitais e funcionamento de soros e sondas;

� Promover conforto no leito;

� Medicar o paciente para dor, quando necessário, conforme a prescrição médica;

� A primeira refeição após a cirurgia será oferecida após o retorno do peristaltismo,

detectado pelo enfermeiro ou médico;

� Anotar volume e aspecto das drenagens.

Pós-operatório mediato

� A deambulação é precoce na maioria dos casos, ou seja, 24 horas aproximadamente

após o ato cirúrgico. O paciente deverá ser acompanhado na primeira deambulação.

Processo para esta deambulação: elevar a cabeceira do leito, sentar numa cadeira e

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deambular. Se ocorrerem queixas de tontura e palidez, retornar ao leito e solicitar ao

paciente que inspire profundamente;

� Curativo diário ou de acordo com as necessidades (drenagens abundantes requerem

mais de um curativo ao dia), os pontos serão retirados em torno do 7° dia do PO,

alternadamente ou não.

Principais Cirurgias

Os cuidados de enfermagem citados acima são aplicados para todos os tipos de cirurgia, a

seguir apresentaremos as principais cirurgias e os cuidados de enfermagem específicos no pré

e pós-operatório para cada uma.

Cirurgias neurológicas

Os avanços tecnológicos e o refinamento dos procedimentos de imageamento e das técnicas

cirúrgicas tornaram possível aos neurocirurgiões localizar e tratar das lesões intracranianas

com maior precisão que outrora. Os instrumentos microcirúrgicos permitem que o delicado

tecido seja separado sem trauma. Para alguns pacientes, a craniotomia permanece como a

conduta mais apropriada; ela pode ser combinada a outras modalidades de tratamento.

Craniotomia

É a abertura do crânio para tratamento cirúrgico das estruturas intracranianas.

Indicações

Tumores intracranianos, Traumatismos cranioencefálicos; Abcessos ou hematomas

intracranianos;

Pré-operatório

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� Em geral são administrados medicamentos anticonvulsivantes antes da cirurgia para

diminuir o risco de convulsões pós-operatórias;

� O couro cabeludo é tricotomizado 1 hora antes da cirurgia, de modo que quaisquer

abrasões superficiais resultantes não tenham tempo para ficar infectadas.

� Observar ocorrência de paralisia, alterações auditivas e/ou visuais, alterações na fala,

incontinências e nível de consciência;

� Observar a marcha, acompanhar nas deambulações, se necessário e fornecer apoio. O

andar pode ser lento;

� Controlar rigorosamente de 2/2 horas a pressão arterial, pois a hipertensão poderá

indicar aumento da pressão intracraniana;

� Estar atento às queixas de cefaléia;

� Posicionar o paciente em Fowler para reduzir a pressão intracraniana;

� Fazer controle de diurese e hídrico;

Pós-operatório

� Manter o leito em Fowler, lateralizando a cabeça;

� Fazer controle hidroeletrolítico;

� Observar ataduras que envolvem o crânio, pois poderá haver sangramento;

� Observar e anotar aparecimento de complicações e comunicar a enfermeira;

Simpatectomia

É o desligamento das fibras nervosas simpáticas com o intuito de aumentar o tônus vascular e

consequentemente propiciar o desenvolvimento da circulação colateral (s nervos simpáticos

controlam a tensão dos vasos sanguíneos, e o seu desligamento diminui a resistência e

aumenta a irrigação).

Indicação

Obstrução arterial crônica com necrose nos pés e dor no membro em repouso.

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Pré-operatório

� As dietas deverão ser hipolipídias;

� Não colocar calor no membro atingido;

� Mudanças de decúbito para prevenir estase venosa;

� Evitar ambiente frio;

Pós-operatório

� Observar rigorosamente coloração, temperatura, sensibilidade e motricidade do

membro operado;

� Estimular exercícios de contrações musculares isométricas.

Cirurgia Cardíaca

Apesar de ser considerada durante alguns anos algo assustador, o termo “Cirurgia Cardíaca”

deixou de ser um mito e passou a ser um fato corriqueiro no dia a dia das pessoas. Hoje é

comum encontrarmos nos mais diversos seguimentos pessoas que foram operadas , levando

uma vida praticamente normal. A cirurgia cardíaca é utilizada para tratar uma variedade de

problemas cardíacos. Os procedimentos mais comuns incluem a angioplastia coronariana

transluminar percutânea, a revascularização da artéria coronária e o reparo ou reposição das

valvas cardíacas defeituosas.

Tipos de cirurgia cardíaca

Angioplastia coronariana transluminar percutânea: busca melhorar o fluxo de sangue

dentro de uma artéria coronariana por meio da destruição da placa de ateroma que se

formou e está interferindo na circulação do sangue para o coração.

Revascularização da artéria coronária: um vaso sanguíneo de uma outra parte do corpo

(por exemplo, veia safena) é enxertado distal à lesão da artéria coronária – desviando a

obstrução.

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Reparo ou reposição das valvas cardíacas defeituosas: o reparo ou reposição de uma

valva cardíaca depende da causa e da disfunção valvar.

Pré-operatório:

� Realizar tricotomia e a medicação pré-anestésica (conforme prescrição médica);

� Preparar o paciente para os acontecimentos no período pós-operatório.

� Avaliar estado emocional do paciente e tentar diminuir as ansiedades.

� Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico onde será realizada a cirurgia cardíaca, com

duração aproximada de 6 horas e ao término da mesma transferido para UTI;

Pós-operatório

� Garantir uma oxigenação adequada no período pós-operatório imediato à insuficiência

respiratória é comum após a cirurgia de coração aberto;

� Empregar a monitorização hemodinâmica durante o período pós-operatório imediato,

para avaliar o estado cardiovascular e respiratório e o equilíbrio hidroeletrolítico, no

sentido de evitar complicações ou reconhecê-las o mais cedo possível;

� Monitorar a drenagem dos drenos torácicos mediastinais e pleurais;

� Administrar medicamentos pós-operatórios, conforme prescrição médica;

� Monitorar quanto a complicações (hemorragias, choque, arritmias, febre);

� Minimizar ansiedade;

� Manter o volume adequado de líquido;

Cirurgias das amigdalas e adenóides

As amígdalas são dois agregados linfóides localizados uma de cada lado da garganta. As

adenóides são constituídas pelo mesmo tecido das amígdalas, localizada na parte de trás do

nariz. As amígdalas e adenóides são muitas vezes removidas quando se tornam grandes e

bloqueiam a via aérea superior, causando dificuldade respiratória. Pode também ser necessária

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a remoção quando ocorrem várias infecções de garganta.· .

Amigdalectomia: Remoção cirúrgica das amígdalas

Adenoidectomia: Retirada cirúrgica das adenóides.

Pré-operatório.

� Estar atento às queixas de tosse e resfriado.· .

Pós-operatório

� Decúbito dorsal com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem por via oral;

� Colocar colar de gelo nos casos de hemorragia;

� Orientar o paciente para evitar tossir e falar, pois isso provoca dor;

� Dieta líquida ou semilíquida, fria, natural ou gelada, sendo que a ultima, em excesso,

poderá provocar resfriados;

� Evitar exposição ao sol;

� Estar atento aos sinais de hemorragia.

� Roncos e obstrução nasal podem ocorrer devido ao inchaço após a cirurgia, o que

normalmente melhora após 10 a 14 dias.

� Uma placa branca de cicatrização ocorre após a cirurgia no local onde estavam as

amígdalas,não é infecção.

� Quase a totalidade das crianças e adultos que sofrem uma amigdalectomia ou

adenoidectomia se queixam de dor na garganta. Algumas podem se queixar de dor no

ouvido (dor reflexa) e algumas pode se queixar de dor no pescoço ou na mandíbula

(devido à posição no momento da cirurgia). Para que não haja dor excessiva e o pós-

operatório ocorra mais tranquilamente administre as medicações nos horários corretos,

conforme a prescrição médica.

Cirurgias do aparelho respiratório

Traqueotomia

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É a abertura cirúrgica entre o 2° e o 3° anéis da traqueia.

Traqueostomia A traqueostomia é uma abertura artificial na traquéia na qual um tubo é inserido. É utilizada

para:

1. Estabelecer e manter uma via respiratória.

2. Impedir a aspiração de vômito de alimentos, vedando a traquéia e separando-a do tubo

digestivo na pessoa inconsciente ou paralisada.

3. Tratar o doente que necessita de ventilação com pressão positiva e não pode ser dada

eficazmente por meio de máscara

1.1.1

Pré-operatório

� Transmitir ao paciente tranquilidade e confiança;

Pós-operatório

No pós-operatório imediato será necessária grande vigilância do doente:

� Monitorização continua.

� O estoma recentemente feito deve ser mantido, através da aspiração de secreções

adequada. A necessidade de aspiração poderá ser determinada pelo som do ar que

vem da cânula especialmente se o doente respirar fundo. Quando a respiração é

ruidosa, o pulso e a frequência respiratória aumentam, o doente necessita de aspiração.

Os doentes que estão conscientes podem geralmente indicar quando necessitam de

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aspiração. Um doente que consiga expulsar as secreções pela tosse não necessita de

ser aspirado tão frequentemente.

� Se os sinais vitais se encontram estáveis, o doente deve ser colocado em semi-fowler

para facilitar a ventilação, promover a drenagem, minimizar o edema e evitar a tensão

sobre as linhas de sutura.

� Estimular a tosse para facilitar a eliminação das secreções;

� O paciente teme asfixiar-se, manter vigilância e tranquilizá-lo;

� Oferecer prancheta e lápis para proporcionar comunicação;

� Desinflar o balonete da cânula de 2/2 horas por dois minutos para prevenir ulceração e

necrose da traquéia, sendo que a aspiração antecede este cuidado. Este tipo cânula é

utilizado em pacientes em coma ou em uso de ventiladores, para que a luz traqueal se

mantenha ocluída e não escape ar e para que não haja aspiração do conteúdo gástrico.

� Manter o equilíbrio nutricional: o doente com cânula de traqueostomia é geralmente

capaz de deglutir e de fazer uma ingestão oral normal, exceto no caso de o doente estar

inconsciente e terá que ser alimentado por SNG.

� Proporcionar higiene oral. As secreções têm tendência a acumular-se na boca e na

faringe.

� Manter gazes limpas entre a pele e as partes laterais da cânula;

Drenagem torácica

Consiste na colocação de um dreno tubular no espaço intrapleural para remoção de gás e

líquidos.

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Termos:

Pneumotórax: presença de ar no espaço intrapleural;

Hemotórax: presença de sangue no espaço intrapleural;

Empiema: presença de pus no espaço intrapleural;

Quilotórax: presença de líquidos no espaço intrapleural;

Ações de Enfermagem

Antes e durante o procedimento:

� Informar o paciente sobre o procedimento e indicar como ele pode ajudar (a

importância de ficar imóvel)

� Tornar o doente confortável com apoios adequados, se possível numa das seguintes

posições:

- sentado na beira do leito com os pés apoiados e com os braços e a cabeça sobre

almofada sobre o leito;

- sentado numa cadeira com os braços e a cabeça repousando no encosto;

- deitado sobre o seu lado não afetado com o leito elevado entre 35 a 45º caso ele não

consiga ficar sentado.

� Apoiar e tranquilizar o doente durante o procedimento.

DRENO DE TORAX E FRASCO COLETOR

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� Expor todo o tórax, o local da introdução do dreno é determinado a partir de

radiografias e por percussão;

Depois do procedimento

� Avaliar o doente a intervalos de tempo com especial incidência para a alteração da

frequência respiratória e/ou cardíaca, assimetria do movimento respiratório, desmaio,

vertigem, opressão torácica, tosse incontrolável, muco espumoso e/ou sanguinolento e

sinais de hipoxemia.

� Após a colocação de drenos a intervenção de enfermagem é especialmente dirigida

para a manutenção da permeabilidade e esterilidade do circuito.

� Colocar água esterilizada no frasco de drenagem cobrindo com líquido estéril. O tubo

deve ficar aproximadamente 2,5cm abaixo do nível do líquido, a água atua como

selador e evita o retorno do ar para o espaço pleural. A outra extremidade, mais curta

deve ser ligada à aspiração.

� Clampear o sistema durante a troca do frasco ou retirada das secreções, para evitar

pneumotórax;

� Marcar o nível de origem do líquido com adesivo, onde é marcada a drenagem

horária;

� Fazer a fixação do dreno para evitar a saída acidental;

� Evitar clampear o dreno durante o transporte do paciente (um dreno clampeado pode

provocar pneumotóraxhipertensivo, com o balanço do mediastino e parada cardíaca);

� Assegurar-se de que a aspiração está funcionante e manter os tubos permeáveis;

� Manter o tubo sem angulações que impeçam a drenagem ou a remoção de ar, o que

interferiria com a regular reexpansão pulmonar;

� Vigilância do sistema pode ocorrer borbulhamento inesperado, provocado pela fuga de

ar do sistema.

� Nunca conectar a rede de vácuo diretamente no respiro do frasco selo d’água;

� Mobilizar o doente sempre que possível para facilitar a drenagem;

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� Observar e comunicar o médico imediatamente se sinais de respiração rápida, cianose,

pressão no tórax, enfisema subcutâneo ou sinais de hemorragia. Várias situações

podem provocar esta sintomatologia, desde pneumotórax hipertensivo, hemorragia,

dor intensa, embolia pulmonar, tamponamento cardíaco. A intervenção cirúrgica pode

ser necessária.

� Incentivar o doente a respirar profundamente e a tossir em intervalos frequentes;

� Quando necessário transportar o doente para outro local, colocar o frasco de drenagem

abaixo do nível do tórax de modo a impedir o refluxo do líquido;

� Os drenos são removidos quando o pulmão estiver expandido e as drenagens não

sejam significativas (inferior a 150cc por 24 horas).

Cirurgia Gastrintestinal Gastrostomia

Procedimento cirúrgico que mantém uma comunicação à luz gástrica com o plano

cutâneo da parede abdominal através de uma sonda com as finalidades de drenagem

(descompensação) ou de alimentação (nutrição).

Pré-operatório

� Descrever os cuidados pós-operatórios (soro, sonda nasogástrica, drenos, cuidados

com a incisão, possibilidade de ostomia).

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� Explicar os fundamentos da respiração profunda e ensinar ao paciente como virar-se

tossir, respirar e mobilizar a incisão. Essas medidas minimizarão as complicações pós-

operatórias;

� Monitorar a ingestão e a eliminação;

� Informar que o preparo do intestino será iniciado 1 a 2 dias antes da cirurgia para uma

melhor visualização;

� Coordenar uma consulta como enfermeiro terapeuta quando o paciente estiver

programado para uma ostomia a fim de iniciar o conhecimento o tratamento precoce

dos cuidados pós-operatórios;

Pós-operatório

� Conectar a sonda de Gastrostomia ao látex e adaptar ao coletor;

� Manter a sonda de Gastrostomia aberta no POI;

� Anotar aspecto e volume das drenagens de 6/6 horas;

� Observar queixas de náuseas e vômitos e ocorrência de distensão abdominal;

� Quando houver o retorno do peristaltismo, iniciar a alimentação pela sonda de

Gastrostomia;

� Observar rigorosamente o volume e os intervalos das refeições;

� Não administrar refeições quentes ou muito frias;

� Não administrar rapidamente a dieta para prevenir a distensão abdominal;

� Não forçar a entrada dos alimentos;

� Irrigar a sonda antes e após as refeições com 15 ml de água filtrada, para detectar

estase e prevenir infecções gastrintestinais, provocadas por alimentos que se alojam na

parede da sonda e também para prevenir a sua obstrução;

� Manter a sonda fechada após as refeições;

� Posicionar o paciente em semi-fowler durante e após as refeições;

� Permitir que o paciente experimente a dieta, quando não houver contraindicações;

� Observar e anotar frequência e aspecto das eliminações intestinais.

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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO

Gastrectomia

É a ressecção parcial ou total do estômago.

Pré-operatório

� Assistir psicologicamente e espiritualmente o paciente;

� Fazer enteróclise dez horas antes da cirurgia;

� Auxiliar o enfermeiro na lavagem gástrica.

Pós-operatório

� Manter sonda nasogástrica aberta e anotar volume e aspecto das drenagens;

� Não permitir que a SNG comprima o nariz nem haja dobra no sistema;

� Manter o leito em Fowler após o restabelecimento dos sinais vitais;

� Observar ocorrência de náuseas, vômitos, distensão abdominal. Anotar e avisar o

enfermeiro.

Cirurgia Renal

As principais cirurgias renais podem incluir:

Nefrectomia procedimento para remoção do rim;

Transplante renalpara insuficiência renal crônica;

Pielolitotomiaprocedimento para remover obstrução, tal como cálculos ou tumores;

Nefrostomiaprocedimentos para introduzir tubos de drenagem;

Nefrectomia é mais utilizada, para tumores malignos do rim, mas também pode estar

indicada para traumatismo e rim que não mais funciona devido a distúrbios obstrutivos e

outras doenças renais. A ausência de um rim não leva a uma função renal inadequada quando

o rim remanescente é normal.

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SÃO BENTO

Pré-operatório

� Rever os exercícios com os membros inferiores e fornecer informações a respeito das

meias compressiva que podem ser utilizadas no pós-operatório;

� Ensinar os exercícios de respiração profunda e tosse eficaz;

Pós-operatório

� Manter decúbito contrário ao lado operado;

� Controlar diurese;

� Prevenir complicações pulmonares, atelectasia, pneumonia, pneumotórax, com

exercícios respiratórios e deambulação precoce;

� Manter boa drenagem do tubo torácico, quando usado (a proximidade da cavidade

torácica com a região operada pode levar à necessidade de uma drenagem torácica

pela colocação de um dreno no pós-operatório).

� Manter a permeabilidade dos tubos de drenagem urinária (nefrostomia, cateter ou

uretral), quando indicados.

� Para os pacientes de transplante renal, administrar medicamentos imunossupressores

(corticosteroides), conforme prescrito, e monitorar os sinais precoces de rejeição-

temperatura superior a 38.5ºC, débito urinário diminuído, aumento de peso de 1 kg ou

mais durante a noite, dor ou hipersensibilidade sobre o local do enxerto e hipertensão;

Ureterostomia

Consiste na secção operatória e sua implantação na pele.

Pós-operatório

� Orientar quanto ao manuseio da bolsa;

� Observar se o paciente é alérgico ao adesivo da bolsa;

� Estimular a ingestão hídrica;

� Trocar a bolsa sempre que necessário;

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COLÉGIO TÉCNICO

� Lavar a pele ao redor da ostomia com água e sabão;

� Observar ao redor da ostomia e detectar se há irritação por contato com a urina, o que

deve ser evitado;

� Colocar gaze sobre a ostomia para absorver a urina e propiciar a aderência da bolsa.

Bolsa coletora de urina.

coletora de urina,

que lhe é característico, uma "torneirinha".

Cirurgias proctológicas

A cirurgia proctológicas pode ser feita para Hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou câncer

de próstata. A abordagem cirúrgica depende

obstrução, idade, saúde subjacente e doença prostática. Hiperplasia benigna da próstata (HBP)

é o crescimento benigno da próstata, não havendo correlação com o câncer de próstata. As

causas ainda são indeterminadas. O

dos 60 anos.O crescimento da próstata pode comprimir a uretra determinando uma série de

sintomas urinários:

- diminuição da força e calibre do jato urinário;

- aumento das micções noturnas;

- ardência para urinar;

- sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar;

- urinar em dois tempos;

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SÃO BENTO

Lavar a pele ao redor da ostomia com água e sabão;

ostomia e detectar se há irritação por contato com a urina, o que

Colocar gaze sobre a ostomia para absorver a urina e propiciar a aderência da bolsa.

Bolsa coletora de urina. Na figura ao lado observa

coletora de urina, ela é do tipo drenável e tem um "dreno" próprio

que lhe é característico, uma "torneirinha".

A cirurgia proctológicas pode ser feita para Hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou câncer

de próstata. A abordagem cirúrgica depende do tamanho da glândula, intensidade da

obstrução, idade, saúde subjacente e doença prostática. Hiperplasia benigna da próstata (HBP)

é o crescimento benigno da próstata, não havendo correlação com o câncer de próstata. As

causas ainda são indeterminadas. Ocorre dos 40 anos em diante, sendo mais comum a partir

dos 60 anos.O crescimento da próstata pode comprimir a uretra determinando uma série de

diminuição da força e calibre do jato urinário;

aumento das micções noturnas;

sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar;

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COLÉGIO TÉCNICO

ostomia e detectar se há irritação por contato com a urina, o que

Colocar gaze sobre a ostomia para absorver a urina e propiciar a aderência da bolsa.

Na figura ao lado observa-se uma bolsa

ela é do tipo drenável e tem um "dreno" próprio

A cirurgia proctológicas pode ser feita para Hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou câncer

do tamanho da glândula, intensidade da

obstrução, idade, saúde subjacente e doença prostática. Hiperplasia benigna da próstata (HBP)

é o crescimento benigno da próstata, não havendo correlação com o câncer de próstata. As

corre dos 40 anos em diante, sendo mais comum a partir

dos 60 anos.O crescimento da próstata pode comprimir a uretra determinando uma série de

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- urina com sangue;

- gotejamento acentuado no final da micção;

- diminuição do volume do ejaculado.

O diagnóstico de HPB e suas complicações baseiam-se nos sintomas, nos exames de

laboratório (sangue e urina), no toque retal, na ultrassonografia da próstata e em alguns casos

há necessidades de exames endoscópicos das vias urinárias.

Intervenções cirúrgicas

1. Ressecção transuretral da próstata (RTU ou RTUP)- a mais comum e feita sem

uma incisão por meio de instrumento endoscópico.

2. Prostatectomia aberta

Pré-operatório

� Explicar os cuidados pós-operatórios previstos, incluindo a drenagem por cateter,

irrigação e monitoramento da hematúria.

� Administrar a preparação intestinal conforme prescrito, ou instruir o paciente na

administração doméstica e manter-se em jejum após a meia noite.

Pós-operatório

� Manter a drenagem urinária e monitorar quanto à hemorragia.

� Proporcionar cuidados com a ferida e evitar a infecção.

� Monitorar e evitar as complicações (infecção e deiscência da ferida, obstrução ou

infecção urinária, hemorragia, tromboflebite, embolia pulmonar, incontinência

urinária).

Cirurgias ginecológicas

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As cirurgias ginecológicas são uma gama de cirurgia relacionada ou aparelho reprodutor

feminino, entre algumas delas pode-se relacionar: a histectomia, salpingectomia,

ooforectomia, portos cesarianos, perinioplastia, ligadura tubária entre outras, todas elas

possuem cuidados em comuns estes cuidados também irá depender bastante das necessidades

de cada paciente, a enfermagem tem papel fundamental para com estas pacientes, isso se deve

pela grande influencia psicossocial que a mesma irá enfrentar, desta forma cabe à

enfermagem diversos cuidados relacionados ao paciente alguns deles estão relacionados logo

abaixo.

Fechamento parcial da vagina

É a sutura da vagina

Indicações

Prolapso uterino (desencadeado após o parto pelo enfraquecimento dos suportes).

Salpingectomia

Remoção cirúrgica das trompas

Indicações

Em casos de gravidez ectópica, processos inflamatórios (que não respondem a

antibioticoterapia).

Ooforectomia

Remoção cirúrgica dos ovários

Indicações

Em casos de cistos ovarianos ou neoplasias, carcinoma mamário (em pacientes que não

chegaram à menopausa).

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Histerectomia

A histerectomia é a remoção cirúrgica do útero. Ocupa o segundo lugar entre as cirurgias

efetuadas com mais frequências nas mulheres, logo a seguir à cesariana. Dependendo do tipo

de histerectomia realizado e do motivo por que esta intervenção está a ser efetuada, por vezes,

durante uma mesma cirurgia, efetua-se também a remoção do colo uterino, dos ovários e das

trompas de Falópio. Existem três tipos básicos:

Histerectomia total (ou "histerectomia tradicional") - Remoção do útero e do colo uterino.

Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio.

Histerectomia subtotal ou parcial - O útero é removido, mas o colo uterino é preservado.

Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. Alguns

ginecologistas acham que deixar o colo uterino pode reduzir os problemas de incontinência

mais tarde na vida.

Histerectomia radical - Remoção do útero, do colo uterino e de alguns gânglios linfáticos

pélvicos. Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. Esta

intervenção é normalmente recomendada para tratar cancros do útero e do colo uterino.

Pré-operatório

� Apoiar psicologicamente: ter interesse pelo problema e ouvir a paciente com atenção.

Ela poderá apresentar-semuito sensível, triste pela perda da capacidade reprodutora ou

ansiosa quanto ao prognóstico.

Pós-operatório

� Sonda vesical: deverá ser retirada de 24 a 48 horas após cirurgia, observar e anotar

drenagem e aspectos da urina;

� Monitorar e observar curativos, drenos e sangramentos vaginais e anotar;

� Retirar gazes de tamponamento 24 horas após determinadas cirurgias;

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� Nas pacientes com sonda vesical, fazer campleamento dela nas 24 horas que

antecedem a sua retirada, para prevenir alterações nas eliminações urinárias;

Mastectomia

É a remoção parcial ou total da mama e dos músculos peitorais, do tecido adiposo e dos

linfonodos axilares.

Indicações

Carcinoma da mama

Pré-operatório

� Assistir psicologicamente e espiritualmente; a retirada da mama reflete-se na

feminilidade e na sexualidade da paciente, deixando-a deprimida, ansiosa;

� Tricotomia da parede torácica, do terço superior do braço, da axila e da parte superior

do abdome.

Pós-operatório

� Manter o leito em Fowler, após a normalização dos sinais vitais, para facilitar as

drenagens;

� O curativo não deverá ser trocado até o 3° PO;

� Manter o braço, do lado operado, em tipoia para evitar tensão excessiva na cicatriz

cirúrgica;

� Usar roupas largas, frouxas, que não comprimam o tórax;

� Quando houver cicatrização, auxiliar na colocação de porta-seios ou próteses, se

necessário;

� Assistir psicologicamente.

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Cirurgias do Intestino

Jejunostomia

Comunicação cirúrgica do jejuno com o plano cutâneo da parede abdominal. Neste tipo de

ostomia as fezes são, inicialmente, líquidas. Com o decorrer do tempo elas passam a ser semilíquidas

ou semi-pastosas. Notamos que durante o dia essa consistência pode variar, geralmente, em

decorrência da alimentação.

Indicações

Em casos de estenose e tumores esofagianos, neoplasias gástricas, traumatismos duodenais

nos indivíduos submetidos à gastrectomia total.

Ileostomia

Comunicação do íleo com a parede abdominal para excreção

Indicações

Perfuração, neoplasias e traumas extensos do cólon.

Colectomia

Ressecção de parte do cólon

Indicações

Carcinomas do cólon

Colostomia

Comunicação da luz do cólon com a parede abdominal. Nesse tipo de ostomia as fezes, geralmente, são mais consistentes.

Indicações

Obstrução aguda do cólon, neoplasia intestinal, trauma intestinal.

Pré-Operatório

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� Contribuir para a aceitação a modificação anatômica e para a adaptação a nova forma

de eliminação intestinal, ouvir com atenção os temores e dúvidas;

� Compreender a ansiedade, irritação, depressão ou agressividade;

� Orientar como usar o dispositivo para eliminação fecal;

� Preparo intestinal de acordo com a prescrição médica.

Pós-operatório

� A bolsa coletora deve conter um orifício que ultrapasse o estoma e que não deixe a

pele ao seu redor exposta, pois a excreção contem enzimas que escoriam apele.

Bolsas com orifício inferior são apropriadas para o esvaziamento, sem necessidade de

trocá-las frequentemente;

� Após o retorno do peristaltismo, são oferecidas dietas liquidas e sem resíduos em

pequenos volumes para evitar a excitação do peristaltismo.

� Os alimentos muito quentes ou muito frios e o fumo devem ser evitados, pois são

excitantes do peristaltismo;

� Peixes, cebola e repolho dão odor fétido às eliminações;

� Orientar o paciente quanto o auto-cuidado, para que se torne independente;

� Ouvir os receios e dúvidas sobre a sua nova situação;

� Estimular a ingestão hídrica;

� Em torno de 60 dias o paciente poderá voltar gradualmente às atividades normais, se a

evolução for boa.

Estoma e Tipos de Bolsa

Estoma “É uma abertura feita na parede abdominal por meio de colostomia, ileostomia, etc.”.

OstomiaÉ uma cirurgia para construção de um novo trajeto para saída das fezes ou da urina.

Em todos esses casos os ostomizados precisam de uma bolsa coletora para coletar suas fezes

ou urina.

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Tipos de Bolsas Coletoras

Existem vários tipos e modelos de bolsas coletoras que foram criados para melhor atender as

diferentes necessidades e dimensões dos estomas.

� Bolsas coletoras intestinais

Na foto observa-se uma bolsa coletora de fezes, ou seja, uma bolsa do tipo intestinal. Note-se

que ela é, também, drenável e o seu fechamento, para que não haja saída dos dejetos, é feito

com um "clamp".

� Bolsas coletoras drenáveis e não drenáveis.

Considerando-se a sua forma de descartar os dejetos fecais as bolsas coletoras podem

serdrenáveis e não drenáveis.

� Bolsas drenáveis

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Apresentam-se com uma abertura na extremidade inferior por onde são esvaziadas,

periodicamente, e costumam ter maior durabilidade. Uma de suas vantagens é que reduzem as

lesões na pele do abdômen. Para os ostomizados, quanto menor o número de trocas de suas

bolsas coletoras, menor serão os danos a sua pele. Os constantes descolamentos das barreiras

podem contribuir para o aparecimento de lesões na região em torno do estoma.

� Bolsas não drenáveis

São fechadas, isto é, a extremidade inferior não se abre e elas não podem ser esvaziadas. Elas

devem ser trocadas quando estiverem com um 1/3 de sua capacidade preenchida ou quando

for necessário. A imagem mostra uma bolsa coletora intestinal e não drenável, por conta

disso, sempre que cheia (1/3 do seu conteúdo) deve ser descartada. A bolsa ao lado apresenta

um filtro para retirada dos gases.

� Bolsas coletoras de uma peça e de duas peças.

As bolsas de uma peça são as mais utilizadas e costumam ter um preço mais acessível do que

as de duas peças. Por essa razão são as mais distribuídas pelo SUS, no Brasil. Elas duram em

média, em condições normais, cerca de três dias. O conjunto da figura é uma bolsa coletora de

uma peça porque reúne em uma só peça a placa e a bolsa. Note-se que ela é do tipo intestinal,

drenável e de uma peça.

As bolsas de duas peças ou equipamento de duas peças para ostomia têm coletor plástico em

separado que se encaixa na placa colada no abdômen. Geralmente, esses modelos são mais

caros e duram um pouco mais do que os demais. Essa disposição facilita as lavagens internas

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da bolsa, que podem ser feitas com ela fora do corpo. Além disso, esse tipo de bolsa fornece

uma proteção adicional para os estomas, porque os conserva dentro do estojo que se cria com

a junção da placa e a bolsa.

A imagem mostra uma bolsa coletora de duas peças. A placa está colocada do lado esquerdo e

a bolsa do lado direito da imagem. Veja que ambas as peças tem encaixes próprios, sendo o

da placa do tipo "macho" e o da bolsa do tipo "fêmea".

Cirurgias Ortopédicas

Artrodese: fixação de u

ma articulação.

Artroplastia: operação destinada a refazer superfícies articulares e restabelecer seu uso.

Osteossíntese:fixação da fratura por meio de placas e parafusos.

Osteotomia: secção cirúrgica de um osso.

Amputação e Desarticulação

Cuidados de Enfermagem

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O planejamento das ações de enfermagem aos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico

por tumores ósseos deve prever promoção da independência, prevenção de complicações

como trombose venosa profunda e fratura patológica, educação ao paciente e familiar quanto

às metas do plano assistencial e promoção de um ambiente acolhedor.

Pré-operatório

� Encorajar o uso de equipamentos adaptações necessárias à locomoção devido ao risco

de fratura patológica;

� Não realizar punção no membro a ser operado;

� Manter e registrar no prontuário todos os exames de imagem realizados;

� Ouvir e encorajar a expressão de sentimentos.

Pós-operatório

� Avaliar estado neurovascular da extremidade (enchimento capilar, temperatura,

sensibilidade e motricidade);

� Estimular a mobilização ativa no leito, dentro da limitação;

� Manter o membro operado elevado;

� Manter curativo compressivo;

� Estimular o uso de equipamentos e adaptações necessárias à locomoção de acordo

com a carga permitida;

� Utilizar medidas para a prevenção de úlcera por pressão;

� Avaliar perfusão e débito de dreno.

Artroplastia de Quadril

A artroplastia é uma cirurgia de reconstituição da articulação pela substituição por prótese,

que pode ser total ou parcial. Quando a artroplastia é total, ocorrem a remoção de toda a

cabeça e de parte do colo do fêmur e a remodelagem do acetábulo. Na parcial, é substituída

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apenas uma das superfícies articulares, a femural ou a acetabular. Os objetivos principais da

artroplastia são o alívio da dor, a restauração e a melhora da função articular.

Pré-operatório

� Orientar o cliente quanto às rotinas;

� Orientar sobre o uso de anticoagulante, demonstrando a técnica de aplicação;

� Orientar o cliente quanto ao pós-operatório, minimizando sua ansiedade em relação ao

procedimento realizado;

� Observar e identificar riscos para complicações.

Pós-operatório

� Repouso relativo: por um ou dois dias permanecer em DDH.

� Utilizar um coxim entre as pernas;

� Nos primeiros dias, banho no leito;

� Alternar horários de analgesia;

� Anotar e desprezar débito do DPV;

� Atentar para sinais de hemorragia (DPV) e ferida cirúrgica;

� Controle dos sinais vitais;

� Manter paciente aquecido;

� Mobilizar em bloco;

� Proteção das extremidades ósseas;

� Verificar perfusão do membro operado;

� Nas próteses com cimento andar no 4° dia após a cirurgia, sem cimento não poderá

pisar nas 3 primeiras semanas;

� Orientar o paciente a realizar exercícios.

Gesso

É utilizado para imobilizar um osso.

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Indicações

Fraturas, luxações, complemento cirúrgico.

Assistência de enfermagem ao paciente com aparelho gessado

� Manter o membro gessado elevado, para reduzir o edema, melhorar o retorno venoso

aliviar a dor;

� Os aparelhos gessados recentemente não devem ser apoiados em travesseiros ou no

leito, nem envolvidos por cobertas para prevenir queimaduras pela elevação da

temperatura;

� Manter vigilância, observar frequentemente a extremidade do membro gessado.

Queixas de formigamento, dor e cianose significam compressão de vasos sanguíneos,

o que poderá levar a necrose da área.

� Não permitir que objetos sejam introduzidos no interior do gesso para se prevenir

lesões cutâneas;

� Estimular exercícios passivos com os dedos do membro gessado;

� Orientar o paciente a não molhar o gesso;

� Observar se não há mau cheiro no membro afetado;

� Após retirada do gesso, lavar o membro de forma suave com água morna e sabão e

enxugar com toalha macia, por que a pele fica bastante sensível. Hidratar a pele, evitar

coçar e esforços bruscos.

Tração

É a aplicação de uma força continua sobre um segmento corporal na tentativa de neutralizar a

contratilidade muscular e assim diminuir o espasmo muscular e a dor, restaurar o

comprimento de membros, reduzirem luxações, corrigir deformidades e atuar como

complemento cirúrgico.

Princípios da tração

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� Ter força oposta ou contra tração;

� Ser livre de qualquer atrito;

� Seguir uma linha estável de força;

� Ser continua;

� Ser aplicada na posição supina e com alinhamento corporal;

Tração Cutânea

É aplicada com a força puxando a pele e as partes moles, que atuam indiretamente sobre os

ossos. É indicada quase sempre para a redução de fraturas, tem a desvantagem de suportar

pouca quantidade de peso. É contra indicada na presença de lesões de pele.

Assistência de enfermagem nas trações cutâneas

� Observar o aspecto das extremidades;

� Manter o alinhamento do corpo do paciente no leito;

� Estimular movimentos passivos das articulações liberadas;

� Observar a integridade da pele;

Tração Esquelética

É utilizada no tratamento das fraturas e correções ortopédicas por ter a vantagem de suportar

um tempo prolongado de uso e maior quantidade de peso.

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Uma variação de tração esquelética é a tração craniana, onde a aplicação dos fios metálicos é

feita diretamente nos ossos do crânio.

Assistência de enfermagem nas trações cutâneas esqueléticas

� Manter limpos e secos os locais de inserções dos pinos;

Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Tração

- Avaliar dor

- Avaliar a condição neurovascular: comparar o membro afetado com o não afetado;

coloração, pulso, movimento e sensibilidade;

- Checar o equipamento de tração: alinhamento, fixação, quantidades de pesos prescritas,

pesos livres e manutenção da contra-tração.

- Estimular o paciente a realizar exercícios ativos no leito (principalmente se a tração estiver

nos MMII);

- Cobrir as pontas proeminentes de qualquer pino ou haste.

- Para que se obtenha uma tração efetiva, é preciso que exista uma força de contra-tração, que

geralmente é o próprio peso do paciente;

- A tração deve ser contínua para ser efetiva, não deve ser interrompida;

- Promover contra com o posicionamento correto do leito:

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- Deve-seevitar situações que diminuam ou limitem a tração (exemplo: mau posicionamento

do paciente; este deve estar alinhado no centro do leito.);

- As cordas devem estar bem esticadas, desobstruídas e sem nós;

- Os pesos devem pender livremente, sem encostar-se ao chão ou na cama.

Anotação de enfermagem na clinica cirúrgica

Exemplos de anotação da equipe de enfermagem

Importante relembrar e acrescentar que, ao final de cada Anotação de Enfermagem, após a

identificação do profissional deve ser inutilizado o espaço restante da linha (não deixar

espaços em branco) e a próxima anotação deverá ser registrado na linha subsequente.

Anotações do pré-operatório

7h00 Em jejum desde as 22h. Realizada tricotomia em região perianal. Julieta Soares

COREN-SP-98760-AE --------------------------------------------------------------------

7h30 Encaminhada ao banho de aspersão, retirada prótese dentária e colocadas as roupas do

Centro Cirúrgico. Julieta Soares – COREN-SP-98760-AE-----------------------

8h30 PA=130x80 mmhg, T=36,3ºC, R=20. Administrado item três da prescrição médica e

encaminhada ao Centro Cirúrgico em maca. Julieta Soares COREN-SP-98760-AE.........

Anotações do pós-operatório

10h45 Transferida da maca para a cama, posicionada em decúbito lateral esquerdo e elevadas

as grades do leito. PA=110x70 mmhg, P=68, R=20, T=36,2ºC. Renato Santos – COREN-SP-

11153-AE -------------------

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“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”

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Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected]

COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO

12h00 Aceitou toda a dieta oferecida (almoço). Renato Santos – COREN-SP- 11153-AE ------

--------------------------------------------------------------------

12h15 Realizada higiene oral com creme dental. Renato Santos – COREN-SP-11153-

AE.............................................................................................................

13h00 Refere algia na região cirúrgica. Informado à enfermeira Dra. Eugênia Rocha, que

requisita medicar com o item2 da Prescrição Médica. Renato Santos – COREN-SP-11153-AE

------------------------------------------------

14h30 Observada infiltração ao redor do acesso venoso. Interrompida a infusão e comunicado

à enfermeira. Renato Santos – COREN-SP-11153-AE -------

14h35 Avaliado dorso da mão esquerda, onde estava instalado cateter periférico. Observo

sinais de infiltração de medicamento na região ao redor do cateter, que apresenta hiperemia,

com aproximadamente três cm de diâmetro, e edema (+/+++). Retiro cateter e prescrevo

punção de outro acesso venoso periférico (item oito) e cuidados no local da infiltração (itens

9, 10 e 11). Dra. Eugênia Rocha – COREN-SP-120225 ---------------------------------------------

14h40 Realizo punção venosa, conforme item8 da Prescrição de Enfermagem. Renato Santos

– COREN-SP-11153-AE------------------------------------------------

14h45 Cumpridos os itens 9, 10 e 11 da Prescrição de Enfermagem. Dra. Eugênia Rocha –

COREN-SP-120225---------------------------------------

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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO

Referências Bibliográficas

1. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico cirúrgico. 9ª ed. Rio de

Janeiro; Guanabara Koogan: 2005.

2. NETTINA. Prática de Enfermagem. 6ª ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan: 1996.

3. POSSARI J.F. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão, 1° ed. São Paulo: Iátria,

2004.

4. MEEKER, MH; ROTHROCK, JC; Alexander Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico,

10° ed. RJ Guanabara Koogan, 1997.

5. Silva, MD, et. Al. Enfermagem na unidade de centro cirúrgico, 2° Ed, SP, editora EPU, 1999.

Agradecimentos

Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial à Professora

Débora Cristina de Jesus Costaque participou da revisão desta apostila.