antibioticoterapia em urgÊncias cirÚrgicas pediÁtricas

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ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS André Luiz de A. Pereira Qualiped/Rios D`or

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ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS. André Luiz de A. Pereira Qualiped/Rios D`or. INTRODUÇÃO. “ A primeira lei dos antibióticos é tentar não usá-los, a segunda lei é tentar não usar muitos deles” Paul L Marino – ICU book. Urgências Cirúrgicas em Pediatria. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS

PEDIÁTRICAS

André Luiz de A. PereiraQualiped/Rios D`or

Page 2: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

INTRODUÇÃO

“ A primeira lei dos antibióticos é tentar não usá-los, a segunda lei é tentar não usar muitos deles”

• Paul L Marino – ICU book

Page 3: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

Urgências Cirúrgicas em Pediatria

Apendicite aguda Derrame pleural complicado Trauma abdominal Torção ou cisto ovariano Torção de testículo Hérnia encarcerada Úlcera péptica perfurada Gravidez ectópica Invaginação intestinal Vólvulo intestinal Estenose hipertrófica do piloro

Page 4: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

APENDICITE AGUDA

Causa mais comum de abdome agudo cirúrgico no escolar e adolescente;

Sucesso no resultado terapêutico:

Diagnóstico precoce

Abordagem cirúrgica antes da gangrena/perfuração

Page 5: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

APENDICITE AGUDA

Mudanças significativas levaram a uma sobrevida de 100%:

Antibióticos eficazes contra a flora entérica -redução da taxa de complicações infecciosas-

USG e TC expandiram o arsenal diagnóstico

Drenagem guiada por imagem de abscessos pós operatórios reduziram a necessidade de re-operação

Page 6: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

APENDICITE AGUDA

Fase inicial: Edematosa com hiperemia leve;

Fase avançada: Sinais de perfuração ou gangrena;

10% dos casos <24h de início dos sintomas 50% dos casos >48h de início dos sintomas

Page 7: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

APENDICITE AGUDA

Abordagem geral:

Cuidados pré-operatórios: Hidratação e analgesia Profilaxia antibiótica

Cuidados cirúrgicos: Convencional Laparoscópica

Page 8: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

APENDICITE AGUDA

Profilaxia antibiótica:

Reduzir a incidência de infecção da ferida cirúrgica;

Reduzir a incidência de abscesso intra-abdominal;

Antibióticos devem ser administrados em até 30-60 minutos antes do procedimento;

Page 9: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

APENDICITE AGUDA

Etiologia:

Germes colonizadores do TGI

Anaeróbios: B. fragilis, Clostridium, Peptoestreptococcus.

Bacilos Gram (-): E. coli, Pseudomonas, Enterobacter, Klebsiella.

Gram (+): Enterococcus sp. (raros isolados)

Page 10: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

APENDICITE AGUDA

Esquemas antimicrobianos:

Ampicilina + Gentamicina + Metronidazol (algumas autoridades não recomendam mais ampicilina)

Amoxicilina + Clavulanato de Potássio

Piperacilina + Tazobactan

Ceftriaxone + Metronidazol

Page 11: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

APENDICITE AGUDA

Duração dos antibióticos:

Apendicite não complicada: Até 24 horas de pós operatório (ou não utilizar);

Apendicite complicada: 3 dias por via endovenosa seguido de 96h via oral; Até pelo menos 24h afebril, boa aceitação oral e

leucograma normal IV para VO até 7 dias;

Page 12: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

DERRAME PLEURAL COMPLICADO

Fase avançada do derrame pleural; Estágio exsudativo;

Estágio fibrinopurulento;

Estágio organizacional: Aspecto purulento Deposição de colágeno e fibrina Formação de debris Inibição da expansão pulmonar

Page 13: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

DERRAME PLEURAL COMPLICADO

Etiologia: S.aureus: 29% -35% dos casos de empiema, principalmente em

< 2 anos;

S.pneumoniae: 25% dos casos de empiema;

H.influenzae;

Streptococcus pyogenes;

Anaeróbios: >90% pacientes têm infecção periodontal, alteração de consciência ou disfagia.

Page 14: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

DERAME PLEURAL COMPLICADO

Esquema antibiótico:

Cefalosporina de 3ª. Geração + Oxacilina

Cefuroxime

Clindamicina Alérgicos à penicilina Suspeita de anaeróbios

Page 15: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

DERRAME PLEURAL COMPLICADO

Duração do tratamento:

Antibiótico venoso até a criança ficar: sem febre sem necessidade de O2 sem sinais sistêmicos por no mínimo 7 – 10 dias.

ATB oral até completar 3 semanas.

Page 16: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

TRAUMA ABDOMINAL

3ª. região anatômica mais comumente lesionada na infância;

Taxa de mortalidade de até 8,5%;

Pode ser dividido em trauma abdominal aberto (penetrante) ou fechado;

Page 17: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

TRAUMA ABDOMINAL

Incidência da lesão por tipo de trauma

Órgão Fechado Penetrante

Fígado 15% 22%

Baço 27% 9%

Pâncreas 2% 6%

Rim 27% 9%

Estômago 1% 10%

Intestino 4% 17%

Page 18: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE

Tipo e Tempo Antibiótico Doses Duração

Ausência de perfuração intestinal e tempo inferior a 6 horas

Cefazolina IV 50-75mg/kg na indução

25mg/kg a cada 4h de cirurgia

24 horas

Perfuração intestinal ou ferida grosseiramente contaminada ou tempo superior a 6 horas

Gentamicina IV

+ Clindamicina IV

ou

Metronidazol IV

7,5mg/kg/dia 24/24h

30-40mg/kg/dia 6/6h

30mg/kg/dia 6/6h

3 a 5 dias

Page 19: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS

TRAUMA ABDOMINAL FECHADO

Antibioticoterapia é necessária?

Conduta conservadora!

Apenas profilático na ausência de lesão intestinal; Cefazolina 50mg/kg dose única (<4h).

Page 20: ANTIBIOTICOTERAPIA EM URGÊNCIAS CIRÚRGICAS PEDIÁTRICAS