enem 3º ano

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A casa das ilusões perdidas Quando ela anunciou que estava grávida, a primeira reação dele foi de desagrado, logo seguida de franca irritação. Que coisa, disse, você não podia tomar cuidado, engravidar logo agora que estou desempregado, numa pior, você não tem cabeça mesmo, não sei o que vi em você, já deveria ter trocado de mulher havia muito tempo. Ela, naturalmente, chorou, chorou muito. Disse que ele tinha razão, que aquilo fora uma irresponsabilidade, mas mesmo assim queria ter o filho. Sempre sonhara com isso, com a maternidade – e agora que o sonho estava prestes a se realizar, não deixaria que ele se desfizesse. – Por favor, suplicou. – Eu faço tudo que você quiser, eu dou um jeito de arranjar trabalho, eu sustento o nenê, mas, por favor, me deixe ser mãe. Ele disse que ia pensar. Ao fim de três dias daria a resposta. E sumiu. Voltou, não ao cabo de três dias, mas de três meses. Àquela altura ela já estava com uma barriga avantajada que tornava impossível o aborto; ao vê- lo, esqueceu a desconsideração, esqueceu tudo – estava certa de que ele vinha com a mensagem que tanto esperava, você pode ter o nenê, eu ajudo você a criá-lo. Estava errada. Ele vinha, sim, dizer-lhe que podia dar à luz a criança; mas não para ficar com ela. Já tinha feito o negócio: trocariam o recém-nascido por uma casa. A casa que não tinham e que agora seria o lar deles, o lar onde – agora ele prometia – ficariam para sempre. Ela ficou desesperada. De novo caiu em prantos, de novo implorou. Ele se mostrou irredutível. E ela, como sempre, cedeu. Entregue a criança, foram visitar a casa. Era uma modesta construção num bairro popular. Mas era o lar prometido e ela ficou extasiada. Ali mesmo, contudo, fez uma declaração: – Nós vamos encher esta casa de crianças. Quatro ou cinco, no mínimo. Ele não disse nada, mas ficou pensando. Quatro ou cinco casas, aquilo era um bom começo. (Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo) 1. (D2) No texto, a ideia de ilusões perdidas diz respeito à: a) realização da maternidade que, na verdade, não atinge a sua plenitude. b) desolação da jovem mãe ao ver que a casa recebida não era luxuosa como concebera. c) alegria da mãe com a casa e à superação da tristeza pela doação da criança. d) melancolia da mãe por programar todas as crianças que teria para trocar por casas. e) certeza do homem de que a mulher não formará com ele um lar na casa nova. 2. (D2) O casal age de modo contrário aos sentimentos comuns de justiça e dignidade. No contexto da narrativa, tais comportamentos explicam-se: a) pela falta de amor que há entre a mulher e o companheiro, fazendo com que tudo que os rodeia se torne um negócio vantajoso. b) pelo amor exagerado que a mulher sente e pela confusão de sentimentos que o companheiro vive na descoberta desse amor. c) pelo ódio exagerado que a mulher sente do companheiro e pela forma displicente e pouco amável como ele a vê. d) pela submissão exagerada da mulher ao companheiro e pela forma mesquinha e interesseira como ele resolve as coisas. e) pela forma irresponsável com que a mulher age em relação ao companheiro, o que o faz tomar atitudes impensadas. 3. “Ele não disse nada, mas ficou pensando. Quatro ou cinco casas, aquilo era um bom começo.” As duas frases finais do texto deixam evidente que ter mais filhos: a) é uma possibilidade pouco atraente para o casal que, por hora, já conquistou algo à custa de sofrimento. b) será para o casal uma forma de alcançar a felicidade, já que a mulher e seu companheiro poderão ter a casa cheia de crianças. c) pode tornar-se lucrativo na ótica do companheiro, embora a mulher ainda veja isso com olhos sonhadores. d) se torna uma forma de compensar o episódio pouco feliz da doação do primeiro filho do casal. e) não alteraria em nada a vida do casal, já que não haveria como fazer os dois esquecerem a criança doada. Química Estou trancado em casa e não posso sair Papai já disse, tenho que passar Nem música eu não posso mais ouvir E assim não posso nem me concentrar Não saco nada de Física Literatura ou Gramática Só gosto de Educação Sexual E eu odeio Química Não posso nem tentar me divertir O tempo inteiro eu tenho que estudar Fico só pensando se vou conseguir Passar na droga do vestibular Chegou a nova leva de aprendizes Chegou a vez do nosso ritual E se você quiser entrar na tribo Aqui no nosso Belsen tropical Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolão Ter filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijão Ser responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burguês padrão Você tem que passar no vestibular. Renato Russo 4. Sobre o texto lido, considere as afirmativas. I. O eu lírico é jovem e se vê angustiado com as exigências do exame vestibular, embora a família o conforte quanto a um mal resultado. II. O eu lírico critica o teor ritualístico dos vestibulares por anunciarem nada mais que a vida burguesa comum depois da formatura. COLÉGIO ESTADUAL DOM JOSÉ TUPINAMBÁ DA FROTA DATA: /07/ 2011 2º PERÍODO ATIVIDADE DE FÉRIAS SIMULADO ENEM NOTA Prof.(a): VALDERICE Série: Turma: Turno: Aluno:

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Page 1: Enem 3º  ano

A casa das ilusões perdidas

Quando ela anunciou que estava grávida, a primeira reação dele foi de desagrado, logo seguida de franca irritação. Que coisa, disse, você não podia tomar cuidado, engravidar logo agora que estou desempregado, numa pior, você não tem cabeça mesmo, não sei o que vi em você, já deveria ter trocado de mulher havia muito tempo. Ela, naturalmente, chorou, chorou muito. Disse que ele tinha razão, que aquilo fora uma irresponsabilidade, mas mesmo assim queria ter o filho. Sempre sonhara com isso, com a maternidade – e agora que o sonho estava prestes a se realizar, não deixaria que ele se desfizesse. – Por favor, suplicou. – Eu faço tudo que você quiser, eu dou um jeito de arranjar trabalho, eu sustento o nenê, mas, por favor, me deixe ser mãe. Ele disse que ia pensar. Ao fim de três dias daria a resposta. E sumiu. Voltou, não ao cabo de três dias, mas de três meses. Àquela altura ela já estava com uma barriga avantajada que tornava impossível o aborto; ao vê-lo, esqueceu a desconsideração, esqueceu tudo – estava certa de que ele vinha com a mensagem que tanto esperava, você pode ter o nenê, eu ajudo você a criá-lo. Estava errada. Ele vinha, sim, dizer-lhe que podia dar à luz a criança; mas não para ficar com ela. Já tinha feito o negócio: trocariam o recém-nascido por uma casa. A casa que não tinham e que agora seria o lar deles, o lar onde – agora ele prometia – ficariam para sempre. Ela ficou desesperada. De novo caiu em prantos, de novo implorou. Ele se mostrou irredutível. E ela, como sempre, cedeu. Entregue a criança, foram visitar a casa. Era uma modesta construção num bairro popular. Mas era o lar prometido e ela ficou extasiada. Ali mesmo, contudo, fez uma declaração: – Nós vamos encher esta casa de crianças. Quatro ou cinco, no mínimo. Ele não disse nada, mas ficou pensando. Quatro ou cinco casas, aquilo era um bom começo.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo) 1. (D2) No texto, a ideia de ilusões perdidas diz respeito à: a) realização da maternidade que, na verdade, não atinge a sua plenitude. b) desolação da jovem mãe ao ver que a casa recebida não era luxuosa como concebera. c) alegria da mãe com a casa e à superação da tristeza pela doação da criança. d) melancolia da mãe por programar todas as crianças que teria para trocar por casas. e) certeza do homem de que a mulher não formará com ele um lar na casa nova. 2. (D2) O casal age de modo contrário aos sentimentos comuns de justiça e dignidade. No contexto da narrativa, tais comportamentos explicam-se: a) pela falta de amor que há entre a mulher e o companheiro, fazendo com que tudo que os rodeia se torne um negócio vantajoso.

b) pelo amor exagerado que a mulher sente e pela confusão de sentimentos que o companheiro vive na descoberta desse amor. c) pelo ódio exagerado que a mulher sente do companheiro e pela forma displicente e pouco amável como ele a vê. d) pela submissão exagerada da mulher ao companheiro e pela forma mesquinha e interesseira como ele resolve as coisas. e) pela forma irresponsável com que a mulher age em relação ao companheiro, o que o faz tomar atitudes impensadas. 3. “Ele não disse nada, mas ficou pensando. Quatro ou cinco casas, aquilo era um bom começo.” As duas frases finais do texto deixam evidente que ter mais filhos: a) é uma possibilidade pouco atraente para o casal que, por hora, já conquistou algo à custa de sofrimento. b) será para o casal uma forma de alcançar a felicidade, já que a mulher e seu companheiro poderão ter a casa cheia de crianças. c) pode tornar-se lucrativo na ótica do companheiro, embora a mulher ainda veja isso com olhos sonhadores. d) se torna uma forma de compensar o episódio pouco feliz da doação do primeiro filho do casal. e) não alteraria em nada a vida do casal, já que não haveria como fazer os dois esquecerem a criança doada. Química Estou trancado em casa e não posso sair Papai já disse, tenho que passar Nem música eu não posso mais ouvir E assim não posso nem me concentrar Não saco nada de Física Literatura ou Gramática Só gosto de Educação Sexual E eu odeio Química Não posso nem tentar me divertir O tempo inteiro eu tenho que estudar Fico só pensando se vou conseguir Passar na droga do vestibular Chegou a nova leva de aprendizes Chegou a vez do nosso ritual E se você quiser entrar na tribo Aqui no nosso Belsen tropical Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolão Ter filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijão Ser responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burguês padrão Você tem que passar no vestibular. Renato Russo 4. Sobre o texto lido, considere as afirmativas. I. O eu lírico é jovem e se vê angustiado com as exigências do exame vestibular, embora a família o conforte quanto a um mal resultado. II. O eu lírico critica o teor ritualístico dos vestibulares por anunciarem nada mais que a vida burguesa comum depois da formatura.

COLÉGIO ESTADUAL DOM JOSÉ TUPINAMBÁ DA FROTA DATA: /07/ 2011

2º PERÍODO

ATIVIDADE DE FÉRIAS

SIMULADO ENEM

NOTA

Prof.(a): VALDERICE Série: Turma: Turno:

Aluno: N°

Page 2: Enem 3º  ano

III. O eu lírico utiliza uma palavra alemã (Belsen) para referir-se ao campus universitário como campo de concentração hitleriano. Está correto o que se afirma em: a) I b) I e II c) II e III d) I e III e) I, II e III 5. Pelo que se apresenta, na ordem dos parágrafos, o texto lido é uma composição: a) narrativa e descritiva b) dissertativa e descritiva c) narrativa e argumentativa d) argumentativa e descritiva e) expositiva e narrativa 6. (D4) Quanto ao texto, assinale a imagem que não recupera a segunda estrofe:

a) b)

c) d)

e) 7. As expressões cidadão modelo e burguês padrão são empregadas no sentido irônico. O mesmo procedimento agressivo é utilizado em poema famoso de: a) Machado de Assis – Realismo. b) Aluísio Azevedo – Naturalismo. c) Olavo Bilac – Parnasianismo. d) Cruz e Sousa – Simbolismo. e) Mário de Andrade – Modernismo. 8. Leia o fragmento abaixo extraído de um poema de Carlos Drummond de Andrade.

Procura da Poesia “Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina”.

Drummond A função da linguagem colocada em destaque, considerando a temática do poema, foi: a) poética. b) emotiva. c) conativa. d) referencial. e) metalinguística.

9. Observe os exemplos dos tipos de linguagem, empregados com diferentes intenções em contextos adversos. I. Coloquial: Pega o boné para mim no sofá de casa. II. Culta: Pegue, por favor, o boné que está em cima do sofá em minha casa. III. Científica: A lua envolvia a viva natureza com seus braços reluzentes. IV. Literária: A água alcança fervura à temperatura de 100ºC. V. Gíria: E ae cara. Beleza? VI. Regionalismo: Bah, o guri pegou o chimarrão. Houve inversão da classificação da linguagem entre as declarações: a) I e II. d) I e IV. b) III e IV. e) I e V. c) V e VI. 10. O pintor Cândido Torquato Portinari (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 - Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) representou em seus quadros muitos problemas sociais do Brasil de sua época. O quadro Café faz uma representação exagerada dos pés e das mãos dos trabalhadores. Tal exagero cumpre a função de sugerir que os trabalhadores:

É correto afirmar que a soma dos números que estão em faces opostas: a) ganhavam pouco pelos serviços prestados. b) usavam muita força física no trabalho rural. c) plantavam e colhiam para seu próprio benefício. d) eram solidários na divisão do trabalho. e) eram na sua maioria escravos. Milagres do povo Quem descobriu o Brasil Foi o negro que viu A crueldade bem de frente E ainda produziu milagres De fé no extremo ocidente Ojú Obá ia lá e via Xangô manda chamar Obatalá guia Mamãe Oxum chora Lágrima de alegria Pétala de Iemanjá Iansã Oiá ria Ojú Obá ia lá e via Ojú Obá ia Obá VELOSO, Caetano. Milagres do povo. Gravadora Gapa/Warner Chappell, 1985.

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11. Nesse trecho da letra da canção Milagres do povo, pode-se identificar: a) a incorporação de elementos da cultura africana pela cultura brasileira. b) o contato entre elementos das culturas italiana e brasileira. c) a incorporação de elementos da cultura indígena pela cultura brasileira. d) o contato entre elementos das culturas asiática e brasileira. e) a incorporação de elementos da cultura norte-americana pela cultura brasileira. Cinto de segurança também no banco de trás. Proteja a vida de quem você ama. 12. Considerando esse texto como parte de uma campanha educativa, pode-se afirmar que a função principal dele é: a) narrar. b) descrever. c) relatar. d) convencer. e) desestimular. Canteiros E eu ainda sou bem moço para tanta tristeza, Deixemos de coisa, cuidemos da vida, Senão chega a morte Ou coisa parecida E nos arrasta moço, Sem ter visto a vida. MEIRELES, Cecília. Canteiros. In: Raimundo Fagner ao vivo. Ed. Warner Chappel, 2000. 13. Ao longo da sua carreira, o compositor e intérprete Fagner acrescentou música ao poema Canteiros, de Cecília Meireles, associando duas manifestações artísticas. Com isso, o compositor: a) prestigiou tanto a literatura quanto a música popular. b) divulgou a temática das belezas naturais do Nordeste. c) valorizou aspectos ainda pouco conhecidos da história do país. d) prejudicou o valor literário do poema na medida em que o popularizou. e) empobreceu seu repertório. Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. (...) Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão (...). AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Ática, 1987.

14. No romance O cortiço, enquanto os seres inanimados aparecem humanizados, os humanos aparecem animalizados. Considerando os trechos grifados no texto, assinale a alternativa em que isso se manifesta. a) o cortiço acordava / fossando e fungando b) do fio de água que escorria / prender as saias entre as coxas c) O chão inundava-se / tostada nudez dos braços d) suspendendo o cabelo todo / metiam a cabeça bem debaixo da água e) Eram cinco horas da manhã / das bicas era um zunzum crescente O empresário moderno não demite mais, faz um "downsizin", ou redimensionamento para baixo, em sua empresa. O empregado pode dizer em casa que não perdeu o emprego, foi "downsizeado", e ainda impressionar os vizinhos. VERISSIMO, Luis Fernando. O Estado de S. Paulo. 15. A partir da leitura do texto, pode-se dizer que o autor: a) divulga o emprego de palavras estrangeiras. b) ironiza a substituição de palavras em português por palavras estrangeiras. c) explica que os patrões devem falar de modo incompreensível. d) critica os empregados que usam palavras estrangeiras. e) não se posiciona quanto ao uso cotidiano dos estrangeirismos na língua portuguesa. Analise a imagem:

16. O código de barras, presente em embalagens, tem várias finalidades de informação. Uma delas é permitir às empresas: a) controlar o estoque dos produtos. b) atrair os consumidores. c) ocultar os preços dos produtos. d) fazer propaganda dos produtos. e) fornecer informações sobre a validade do produto. 17. Em suas vias principais, as grandes cidades têm instaladas câmeras de vídeo, cuja finalidade é acompanhar o trânsito e: a) reduzir o estresse dos motoristas. b) calcular o número exato de veículos. c) auxiliar no controle do tráfego. d) registrar os índices de poluição. e) acompanhar as variações do clima. Leia a notícia: O comércio eletrônico deve faturar R$ 140 milhões com o Dia das Mães (...). O valor representa aumento de 50% em relação aos R$ 92 milhões registrados no ano passado. Os R$ 140 milhões referem-se às vendas realizadas entre 29 de abril e 13 de maio. A lista de produtos favoritos é composta de CDs, livros, câmeras digitais e telefones celulares.

Folha Online Informática.

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18. Com base nas informações oferecidas no texto, é correto afirmar que: a) os produtos mais vendidos para o Dia das Mães foram os do setor de vestuário. b) o comércio eletrônico vem despertando maior interesse na população. c) os consumidores preferem comprar eletrodomésticos pela Internet. d) o comércio pela Internet sofreu declínio. e) o comércio eletrônico vendeu 50% a mais que o comércio em lojas no Dia das Mães. Gripe aviária Dois compadres estavam de prosa vendo a vida passar... - Cumpadre, você viu que perigo essa gripe aviária? Tão matando todas as galinhas. - Vi não, mas onde que tá dando isso? - Na Ásia, cumpadre. - Vixe, bem na parte que eu mais gosto! 19. Pirandello, um estudioso do humor, afirma que o efeito cômico acontece no momento em que o indivíduo tem uma sensação de estranhamento diante de um fato curioso. Tendo isso em mente, leia as afirmações a seguir. I. O diálogo lido apresenta variante linguística desvinculada da norma padrão da língua, o que torna impossível a compreensão da piada. II. O texto é cômico porque, ao mesmo tempo em que um dos interlocutores se referia às aves, o outro estava pensando na localização geográfica do problema citado. III. A comicidade do texto aparece no momento em que o leitor percebe a relação estabelecida entre a palavra "aviária" e o sistema "viário" (conjunto de estradas). Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): a) I e III, apenas. b) II e III, apenas. c) I, apenas. d) II, apenas. e) I, II e III. Novos provérbios Quem não deve não treme. Quem tudo quer tudo pede. Um dia a caspa cai. NUNES, Max. O pescoço da girafa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 37. 20. Marque a única afirmação correta em relação ao texto lido. a) O autor, somente por meio da inclusão de um fonema em uma palavra de cada frase, altera o sentido tradicional dos provérbios. b) Percebe-se que a intenção do autor é citar, ou seja, transcrever literalmente as palavras dos provérbios conhecidos, com a intenção de endossar as ideias presentes neles.

c) Pode-se afirmar que o autor reproduziu os provérbios, por meio de suas palavras, mantendo as ideias originais. d) Observa-se que o autor apropria-se de outro texto na construção de um novo, que inverte o sentido do texto original, tendo como intuito criticar a cultura popular. e) O texto lido é uma paródia, já que utiliza provérbios conhecidos para criar novos, a fim de gerar humor. 21. Leia a letra da música Ronda, que canta a desventura de um amor não mais correspondido: Ronda De noite eu rondo a cidade A te procurar sem encontrar No meio de olhares espio em todos os bares Você não está Volto pra casa abatida Desencantada da vida O sonho alegria me dá - nele você está. Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse Esse alguém me diria: - Desiste, essa busca é inútil. Eu não desistia... Porém, com perfeita paciência Sigo a te buscar; hei de encontrar Bebendo com outras mulheres, Rolando um dadinho, jogando bilhar E nesse dia então vai dar na primeira edição: "Cena de sangue num bar da avenida São João." VANZOLINI, Paulo. In: MARLENE. Te pego pela palavra. Odeon n. SMOFB 3855, 1974. L.I. Dizem que ódio e amor são sentimentos muito próximos um do outro e que pessoas que se amam podem um dia se odiar, pois a linha que os separa é muito frágil. Identifique o par de versos que exprime esse argumento popular. a) "De noite eu rondo a cidade A te procurar sem encontrar" b) "Cena de sangue num bar da avenida São João." c) "Volto pra casa abatida Desencantada da vida" d) "- Desiste, essa busca é inútil. Eu não desistia..." e) "Porém, com perfeita paciência Sigo a te buscar; hei de encontrar"

“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas

sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.”

Confúcio