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REVISÃO 2011 4 SALVADOR | TERÇA-FEIRA | 4 DE OUTUBRO DE 2011 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING

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Assuntos: CADERNO 4 - História e Política

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Salvador | terça-feira | 4 DE OUTUBRO DE 2011

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expediente

projeto GráficoJoão Soares

textosLaís Santos

produção

Tel.: (71) 3342.4440/[email protected]

Os cartões de confirmação de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2011 já começaram a ser entregues aos 5,3 milhões de candidatos. Os cartões foram enviados pelos Correios e serão entregues através de uma “operação especial”, montada exclusivamente para atender aos candidatos ao ENEM. A previsão é que todos os cartões se-jam entregues até o dia 14 de outubro.

Além dos cartões, os Correios serão res-ponsáveis pela distribuição das avaliações, com apoio das polícias estaduais e das Forças Armadas.

O cartão de confirmação traz as informa-ções sobre o local onde o candidato irá fazer a prova e os horários. É obrigatório que o inscrito apresente esse comprovante juntamente com um outro documento oficial de identificação com foto no dia do Exame, que acontece em 22 e 23 de outubro.

Quem não receber o cartão de inscrição em casa, deve acessar o site do ENEM e imprimir o documento.

Cartões de Confirmação já estão sendo entregues

iBahia tem Conteúdo exClusivo

soBre o enem

www.ibahia.com/enem2011

Além dos cadernos semanais aqui no Correio, quem está se pre-parando para o ENEM também tem acesso a conteúdo exclusivo no Portal iBahia. Quem acessar o site vai encontrar todo o material dos ca-dernos e mais textos sobre o tema de cada semana. Toda terça-feira o aluno tem acesso a conteúdo fres-quinho e ainda continua podendo acessar tudo que foi produzido nas semanas anteriores. E tem mais! As principais notícias sobre os prepara-tivos para o ENEM também estão na página.

Quem acessar o canal especial sobre o ENEM, também vai poder

testar seus conhecimentos com o Simuladão. São 100 questões sobre todas as áreas abordadas no Exa-me. Basta responder às questões no próprio site e a resposta sai ime-diatamente. E não é só isso. Além do Simuladão, a cada semana são disponibilizadas mais 10 questões especialmente elaboradas e comen-tadas pelos professores do Colégio Villa Lobos. É só responder, conferir o resultado e aprender ainda mais com os comentários didáticos dos professores.

Não perca tempo! Acesse agora o portal iBahia e acompanhe tudo sobre o ENEM.

O exame é multidisciplinar, procura reunir conhecimentos de diversas áreas em uma mesma questão, relacionando-os. Acostume-se a examinar os fatos criticamente, considerando o global e local.

Um bom exercício é o de elaborar pequenos textos, associando-os à realidade. Por exemplo, uma dissertação sobre a educação mundial terá mais consistência se você emitir seu ponto de vista aliado a informações sobre os sistemas de ensino nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, estabelecendo um confronto, assumindo uma postura crítica e apontando alternativas.

Nas questões subjetivas, tenha cuidado com a linguagem. Não exagere no português arcaico, apenas para impressionar. Use a linguagem formal, simples – sem gírias e outras popularidades – elegante e, especialmente, de fácil entendimento.

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AnAlistA de MArketingAline Pimentel Tel.: (71) 3203-1090

depArtAMento CoMerCiAlTel.: (71) 3203-1812

Encartado no jornal Correio. não pode ser vendido

separadamente.

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Quem quiser participar do concur-so Redação de Primeira deve ficar atento. O prazo para entrega dos tex-tos se encerra na próxima terça-feira (11). Promovido pelo jornal Correio, o concurso de redação pretende aju-dar quem está se preparando para o ENEM, estimulando a prática da escrita. Além disso, os autores dos melhores textos serão premiados. O autor da melhor redação vai ganhar um notebook Core i3 com Windows. Para o segundo colocado, o prêmio é um HD externo com capacidade para armazenar até 500 GB de arquivos. Já quem ficar em terceiro lugar, leva um aparelho MP4. E ainda tem mais: os três vencedores também serão con-templados com assinaturas semes-trais do jornal Correio.

Para participar, basta escrever um

ConCurso insCreve até semana que vem

texto dissertativo-argumentativo so-bre o tema “Você acha que o apren-dizado da língua portuguesa está me-lhorando ou piorando com a explosão da comunicação pela internet? Por quê?”. A redação deve ser escrita na folha de redação que foi encartada no jornal Correio do dia 13 de setembro e também está disponível gratuitamente nos postos Acheaqui e no site iBahia. Depois, basta depositar as folhas nas urnas de coleta que estão nos postos Acheaqui, localizados nos shoppin-gs Barra, Itaigara, Iguatemi e Center Lapa, todos em Salvador, ou enviá-la digitalizada para o e-mail [email protected].

Uma equipe de professores irá avaliar as redações, obedecendo aos mesmos critérios exigidos na correção do ENEM, e eleger as três

que mais estão de acordo com a pro-posta. O resultado será divulgado no jornal Correio até o dia 21 de outubro.

Primeira edição

O concurso de redação promo-vido pelo jornal Correio em 2010 foi um sucesso! Foram 2.113 reda-ções participantes. Os estudantes que se inscreveram no concurso escreveram um texto dissertativo--argumentativo com o tema “O pré--sal e o impacto do petróleo no fu-turo do Brasil”. Os vencedores do ano passado foram Andréa da Silva Rabelo, Débora Ribeiro Barreto e Ítalo Gonçalo Matias Vilasbôas, respectivamente, primeiro, segun-do e terceiro colocados.

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Ilha de Vera cruz, Terra de Santa Cruz, Império do Bra-sil, Estados Unidos do Brasil. Estes são apenas alguns dos nomes pelo qual o nosso país foi conhecido até se tornar a República Federativa do Brasil, em 1967. Tantos nomes refletem os diferentes contextos políticos nos quais o terri-tório nacional esteve inserido.

Durante cerca de 300 anos, até a declaração de in-dependência, em 1822, o Brasil foi colônia de Portugal. Logo depois, o país se tornou um Império, no qual a forma de governo era a monarquia, exercida por D. Pedro I. Em 1889, foi declarada a República. Mas esse também não foi um período tranquilo para a nação. O período republicano foi marcado por estados de sítio, revoluções e golpes de estado, como o Estado Novo instituído por Getúlio Vargas, culminando com o regime militar, que começou em 1964 e durou 20 anos.

A fase em que o país viveu sob regime militar coin-cidiu com um momento de grande expansão financeira, conhecido como o “milagre econômico”. Por isso, apesar da dura repressão sofrida pelos que eram contrários ao regime ditatorial, os militares se tornaram populares entre

parte dos brasileiros.A redemocratização só viria a partir de 1974, quando o General Ernesto Geisel assumiu a

presidência. Apesar de ainda viver sob regime militar, a ditadura foi abolida e,

com ela, a tortura a presos políticos e a censura à imprensa. Um pre-

sidente civil só assumiu no-vamente em 1985. Era José Sarney, eleito vice-presidente e alçado ao cargo principal quando Tancredo Neves, es-colhido pelo Colégio Eleitoral, faleceu sem governar sequer um dia.

Um passeio pela história nacional

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A história do Brasil é marcada pela forte participação popular na luta pelos direitos políticos, econômicos e religiosos. As lutas mais emblemáticas são as revoltas do período regencial e a briga pela independência. Veja como aconteceram esses conflitos:

revoltas sociais

guerra de CanudosConfronto entre o Exército Brasileiro e a população de Canudos, comunidade localizada no interior da Bahia. A região, que sofria com secas e desemprego, estava passando por uma grave crise socioeconômica. Em 1896, milhares de pessoas viviam sob o comando do beato Antonio Conselheiro, crentes que um milagre os salvaria dos flagelos. Fazendeiros da região e a Igreja se uniram para cobrar providências ao governo republicano. Três tropas foram enviadas e derrotadas, o que motivou a opinião pública a exigir a destruição total de Canudos. Vinte mil sertanejos e cinco mil militares morreram durante os confrontos.

revolta da vaCinaEm novembro de 1904, a população do Rio de Janeiro se manifestou contra a campanha de vacinação obrigatória contra varíola. Uma lei permitia que as brigadas sanitárias, acompanhadas por militares, entrassem nas casas e aplicassem a vacina à força. Falava-se dos perigos provocados pela vacina e que as injeções seriam aplicadas em partes íntimas do corpo. Descontente, a população depredou lojas, incendiou bondes, arrancou trilhos e entrou em conflito direto com a polícia. A vacina foi suspensa e foi declarado estado de sítio. Os reacionários foram presos e, alguns, deportados para o Acre. Logo depois, a vacinação foi reiniciada e a varíola erradicada da cidade.

revolução de 1964

Com motivações políticas e militares, a revolução de 1964, também chamada de Golpe Militar de 1964, contou com o apoio das classes conservadora e média. Em apenas um dia, os revoltosos derrubaram o presidente João Goulart, o Jango, e instituíram o regime militar. Com o golpe, a realidade social e econômica do Brasil foi profundamente alterada. Nosso regime político era alinhado aos EUA. A economia foi recuperada e o capital estrangeiro foi amplamente injetado no país. Foi também um período de dura repressão e censura aos que eram contrários ao regime. O Brasil esteve sob o domínio militar até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito presidente através do voto indireto.

revolução farrouPilha

Também chamada de Guerra dos Farrapos, a Revolução farroupilha foi um movimento de caráter republicano e federalista. Os reacionários lutaram por cerca de dez anos (1835 a 1845) e chegaram mesmo a proclamar a República Rio-Grandense. Com o crescente enfraquecimento do grupo separatista, foi assinado um armistício e todos os revoltosos foram anistiados.

saBinadaRevolta autonomista que aconteceu entre 1837 e 1838, na Bahia, a Sabinada pretendia implantar uma república na Bahia, rompendo com o governo imperial e com o governo da província. A tropa local, subordinada ao Governo Provincial, foi enviada à Praça da Piedade para combater os revolucionários, mas terminaram aderindo ao movimento. Os revoltosos foram, então, cercados e derrotados pelas tropas do Governo Imperial.

BalaiadaEscravos, fugitivos, prisioneiros e pobres que viviam no interior da Província do Maranhão se reuniram para protestar contra a miséria provocada pela crise do algodão e para disputar o controle do poder local. O exército de rebeldes chegou a contar com 11 mil homens armados. A promessa de anistia oferecida pelo governo esvaziou o movimento. Os revoltosos que permaneceram na luta foram vencidos pelas tropas do governo.

Confederação dos tamoiosOcorrida em 1562, esta foi a primeira rebelião de que se tem notícia. Nesse conflito, os índios tupinambás, com o apoio dos franceses, se revoltaram contra a escravização indígena realizada pelos portugueses. O resultado dessa briga foi o fortalecimento da colonização portuguesa e a morte de milhares de índios tupinambás, que precisaram sair de suas terras para tentar proteger os sobreviventes. A partir da Confederação dos Tamoios, os portugueses perceberam que seria difícil escravizar os índios. Ampliou-se, então, a escravidão de povos africanos.

inConfidênCia mineiraA independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa foram as grandes inspirações dos inconfidentes mineiros. Os revoltosos protestavam contra a derrama, imposto pago sobre a extração de ouro, e contra outros impostos pagos sobre as mercadorias vindas da metrópole. O que eles queriam era uma república independente em Minas Gerais. Entretanto, os revolucionários foram traídos. Um de seus principais líderes, Tiradentes, foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792.

Conjuração BaianaTambém chamada de Revolta dos Alfaiates, essa revolta era influenciada pelos ideais iluministas, republicanos e emancipacionistas, além das notícias que chegaram dos acontecimentos em Minas Gerais. Os participantes lutavam contra

a escravidão e a favor de uma sociedade na qual houvesse igualdade entre os cidadãos, o aumento dos salários, liberdade de comércio e a proclamação de uma república na Bahia. O movimento sofreu repressão da Coroa Portuguesa e os envolvidos foram condenados à morte ou ao degredo.

Brasil colÔnia Brasil império

Brasil repúBlica

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As primeiras civilizações sur-giram no Oriente Médio. Uma das mais antigas da história é a meso-potâmica, que se desenvolveu entre os rios Tigre e Eufrates, onde atual-mente é o Iraque. O território iraquia-no é rico em petróleo e tem posição estratégica no Oriente Médio. Talvez, por isso, tenha um histórico de gol-pes e regimes autoritários.

O Iraque surgiu em 1929, após o desmembramento do império turco--otomano. A descoberta do petróleo e a presença curda no norte cau-saram golpes de Estado, revoltas e massacres de curdos, que são minoria étnica. Num desses golpes, em 1979, assume a presidência o então vice-presidente Saddam Hus-

Logo após a Segunda Guerra Mundial, o Oriente Médio passou por uma série de mudanças territoriais e políticas. O nazismo alemão incentivou os judeus a se organiza-rem, exigindo a criação do Estado de Israel. Essa já era uma reivindicação antiga dos judeus. Desde o século XIX, judeus que vi-viam na Europa e eram perseguidos, tenta-ram fundar um estado judaico na Palestina, região próxima ao Mediterrâneo. Começa-ram aí os conflitos entre judeus e árabes que já ocupavam a região, os palestinos.

Em novembro de 1947, a ONU aprovou a divisão da Palestina em dois Estados: um árabe e um judeu. A proposta foi aceita pelo povo judaico, mas os árabes foram contrá-rios. Em 1948, a criação do Estado de Isra-el deu início a uma série de conflitos arma-dos que continuam até hoje. Os palestinos perderam seu território e precisaram se re-fugiar nos países vizinhos. No dia seguinte

sein. No ano seguinte, o Iraque in-vadiu o Irã com o apoio e ajuda das potências ocidentais e árabes, numa guerra que durou oito anos.

Em 1990, Saddam Hussein acu-sou o Kuwait de provocar a queda dos preços do petróleo e retomou antigas questões de limites territo-riais. Como o acusado não cedeu, em agosto do mesmo ano as tropas iraquianas invadiram o país, dando início à Guerra do Golfo. A exigência de Hussein era controlar os vastos e valiosos campos de petróleo do Kuwait, o que provocou reação ime-diata da comunidade internacional.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impôs o boicote comercial,

Berço da Civilização

oriente médio vive Conflito Permanente

financeiro e militar ao Iraque. Em 1991, os Estados Unidos lideraram uma coalizão de trinta nações e in-vadiram o país iraquiano. Com o fim da Guerra do Golfo, a minoria curda teve certa autonomia, mas não a to-tal independência esperada, fazendo com que as tensões e conflitos per-sistissem.

novos Confrontos

Em 2003, os Estados Unidos, no governo do presidente George W. Bush, alegou que o Iraque es-taria desenvolvendo armas quími-cas e invadiu o país. O objetivo era encontrar as armas de destruição em massa e derrubar a ditadura de

Saddam Hussein. As armas nunca foram encontradas. Saddam foi cap-turado e condenado à forca por um Tribunal Especial Iraquiano.

Após mais de sete anos de guer-ra, os Estados Unidos iniciaram a re-tirada, em 2010, de suas tropas do país, dando fim à Operação Liberda-

de Iraquiana, iniciada em 2003. No total, foram gastos US$ 900 bilhões com a operação, resultando cerca de 4,4 mil militares mortos, 55 mil insurgentes, além de 100 mil civis iraquianos.

a sua criação, Israel foi invadido por tropas do Egito, Líbano, Iraque, Síria e Transjordânia. Os israelenses venceram a guerra e conquistaram quase todo o território palestino.

Nos anos seguintes, novos conflitos foram travados na Palestina. Em 1956, os povos se envolveram na Guerra de Suez. A nacionali-zação do canal de Suez, que pertencia à Grã--Bretanha, pelo presidente do Egito, motivou que Grã-Bretanha e Egito se unissem num ataque ao Egito. Pressionadas pela ONU, União Soviética e Estados Unidos, a França e a Grã--Bretanha se retiraram da guerra.

Nos anos 1960, o Oriente Médio viveu a Guerra dos Seis Dias. O presidente do Egito, Gamal Abder

Nasser, conseguiu retirar as tropas de paz da ONU no Sinai e colocar centenas de tanques de guerra no lugar. Sentindo-se ameaçado, Israel atacou os aeroportos de países árabes, destruindo as defesas egípcias e conquistan-do várias partes do território inimigo.

Em 1970, Egito e Síria realizaram um ataque surpresa à Israel em protesto pela permanência das tropas nos territórios con-quistados na Guerra dos Seis Dias. O Estado de Israel foi bombardeado no feriado do Yom Kippur, daí o nome Guerra do Yom Kippur. Israel reagiu e os países árabes decidiram deixar de fornecer petróleo aos países aliados dos israelenses, provocando o aumento no preço do produto e uma grande crise econô-

mica mundial.

outros ConflitosIsrael e Palestina não são os únicos

envolvidos em disputas no Oriente Mé-dio. Marcada por diferenças religiosas, culturais e políticas, a região, conside-rada uma das mais instáveis do mun-do, vive inúmeros conflitos. A última guerra no Líbano (entre julho e agosto de 2006), a guerra no Iraque, a tensão entre Irã e Estados Unidos, a briga no Afeganistão entre tropas internacionais e o grupo radical islâmico Taleban são apenas alguns exemplos de conflitos que ameaçam a população do Oriente Médio.

Esses confrontos são causados por fatores como lutas territoriais; a posi-ção geográfica da região, que está em contato direto com três continentes; e, principalmente, pelas grandes reservas de petróleo, que atraem o interesse de países de todas as regiões.

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Por volta do século XI, o sistema feudal na Europa estava em crise. Os senhores feudais, donos de grandes propriedades, queriam aumentar seus lucros e, para isso, exigiram que seus servos trabalhassem mais. Muitos ser-vos, insatisfeitos com as exigências dos patrões, fugiram em busca de melhores oportunidades, provocando a queda na renda dos senhores feudais.

A crise nos feudos fez com que os senhores feudais não conseguissem sustentar seus parentes. Dessa for-ma, seus filhos deixaram a terra dos pais e partiram para procurar novos meios de sobrevivência. As novas ati-vidades envolviam ações criminosas e batalhas que destruíam as plantações. Para resolver essa crise social, a Igreja resolveu direcionar a violência dos jo-vens para os povos muçulmanos, que ocupavam parte do mar Mediterrâneo e da península ibérica, locais conside-

Foi deflagrada pela invasão da Polônia pela Alemanha Nazista

rados sagrados pelos cristãos. Esses episódios ficaram conhecidos como Cruzadas

O objetivo era conter o avanço árabe na Europa e recuperar Jerusalém do do-mínio dos muçulmanos. O movimento também queria controlar as rotas co-merciais de mercadorias orientais. Para os que se dispunham a participar, as expedições militares eram uma opor-tunidade de enriquecer conquistando novas terras. Além disso, a Igreja ga-rantia salvação eterna aos que lutassem contra os muçulmanos.

Foram realizadas oito Cruzadas entre os séculos XI e XIII. Algumas das con-sequências foi o aumento do comércio entre Oriente e Ocidente, que resultou no fortalecimento dos comerciantes; a introdução de novas técnicas de agri-cultura e manufatura no Ocidente; e a reconquista da península Ibérica, ocu-pada pelos muçulmanos.

igreja organizou as Cruzadas

grandes guerras As Primeira e Segunda Guerras Mundiais foram os maiores conflitos da história da humanidade. Confira como aconteceu cada uma delas:

(1914-1918) (1939-1945)

19 milhões de mortos 70 milhões de mortos

Primeira Guerra seGunda Guerra

Foi deflagrada pelo assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono Austro-Húngaro, e sua esposa Sofia. O crime foi cometido por um grupo de extremistas sérvios que pretendiam fundar a Grande Sérvia, dominando outras regiões da Europa.

A Tríplice Entente (comandada pelo Império Britânico, França, Império Russo - até 1917 - e Estados Unidos - a partir de 1917) lutou e derrotou as Potências Centrais (Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano)

O Brasil na guerra: era neutro no início, mas declarou guerra após os alemães afundarem diversas embarcações brasileiras. Tornou-se o único país latino-americano a participar do conflito.

Razões para a guerra: corrida armamentista entre Inglaterra e Alemanha; imperialismo econômico dos países europeus

Os Aliados (Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra) lutaram e derrotaram as nações do Eixo (Alemanha, Japão e Itália)

O Brasil na guerra: o país lutou ao lado dos Aliados, após embarcações brasileiras terem sido bombardeadas por submarinos alemães e italianos

A Segunda Guerra foi o único conflito no qual foram utilizadas armas nucleares

Razões para a guerra: objetivos expansionistas de Hitler; imperialismo econômico dos países europeus

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Os Estados Unidos, país consi-derado uma das maiores potências mundiais, vive hoje uma de suas maiores crises econômicas desde a Segunda Guerra Mundial. O país ul-trapassou o limite de sua dívida pú-blica, que é de US$ 14,3 trilhões, e agora quer aumentar esse valor para US$ 16 trilhões.

A crise econômica ganhou con-tornos políticos e gerou muitas dis-cussões entre democratas e republi-canos. Os democratas, partidários do presidente Barack Obama, que são maioria no Senado, defendem o corte de despesas e o aumento nos impostos, principalmente entre os cidadãos mais ricos. Já os republica-nos, que são oposição e maioria na Câmara dos Deputados, também são a favor do corte de gastos, mas não no orçamento da Defesa. A diminui-ção de gastos atingiria, então, áreas

eua vive maior Crise eConômiCa da história

sociais, como o serviço de saúde. Em relação aos impostos, os repu-blicanos são totalmente contrários a qualquer aumento. Depois de sema-nas de reuniões e discussões, a Casa Branca e o Congresso americano conseguiram estabelecer um acordo para aumentar o limite da dívida públi-ca. O governo poderá aumentar ime-diatamente, o teto da dívida em US$ 400 bilhões. Até fevereiro de 2010, o teto poderá ser elevado em mais US$ 500 bilhões. Inicialmente, não haverá aumento nos tributos. Mas o corte de gastos será realidade a partir deste mês. É provável que isenções de im-postos sejam retiradas e aconteçam cortes no orçamento da Defesa. Os recursos sociais aplicados na saúde e na previdência social – junto com a Defesa, saúde e previdência social são as áreas com mais gastos - es-tão assegurados.

Há três anos, o mundo passou por uma crise econômica sem preceden-tes que endividou muitos governos e ainda causa efeitos negativos nas bolsas. Os problemas começaram nos EUA, que já estava em recessão desde 2001, após o estouro da bolha das empresas “ponto com”. O país cortou taxas e, como consequência, aconteceu um boom no mercado imobiliário. Os fundos bancários se interessaram pelas dívidas hipotecá-rias. Em 2006, os preços dos imó-veis e as taxas de juros não paravam de subir, e os mutuários não conse-guiam pagar.

A desconfiança do mercado se espalhou pelo mundo e, no início de 2010, a Europa foi bastante atingida. A Grécia foi o país de maior evidência.

O déficit público do país, de 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB), foi mais de quatro vezes maior do que o permitido. Para conter a crise, a Gré-cia adotou medidas como o corte de salários, ajustes de aposentadorias e redução nos gastos do governo.

Crise em 2008

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