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IJ'R O O O O

4 EMPRESA DE uRBANIZACAO DO RECFE

flOIITO CAPIAWS5E MILHOti-^ ~~~~~~El 305

VOL. 2

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Janeiro 2006

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Janeiro 2006

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PROJETO CA~P RIBE MEL-OR

APRESENTAÇÃO

O presente documento apresenta o Estudo de Avaliação Ambiental do PROJETO CAPIBARIBE MELHOR,

elaborado pela empresa MC CONSULTORIA S/C LTDA, conforme Contrato Ne 08/2005.

O PROJETO CAPIBARIBE MELHOR tem como objetivo geral proporcionar condições para a dinamização urbana e

sócio-econômica dos habitantes de um trecho da bacia do rio Capibaribe, situado à jusante da BR-101 até a

Avenida Agamenon Magalhães, por meio da elaboração e implantação de projetos de Urbanização Integrada do

Território, Desenvolvimento Social e Econômico do Território e Desenvolvimento Institucional, reduzindo assim as

desigualdades locais.

O Projeto, em questão, constitui-se dos três macro-componentes:

1. Urbanização Integrada do Território

2. Desenvolvimento Social e Econômico do Terrtório

3. Desenvolvimento Institucional.

Devido ao quadro de alarmante degradação ambiental da bacia do Capibaribe, particularmente na área de

intervenção do Projeto, e pelo caráter de melhoria das condições de vida da população pretendida, depreende-se

que o Projeto apresenta claramente uma extemalidade ambiental positiva. Porém, algumas intervenções podem

acarretar impactos ambientais negativos de forma localizada, no tempo e no espaço. Nestes casos, a presente

avaliação ambiental propôs medidas mitigadoras do impacto previsto. Por outro lado, os impactos positivos

previamente identificáveis, mereceram propostas de potencialização dos seus efeitos.

Salienta-se que a previsão dos impactos foi genérica, em função da condição também genérica da proposição de

intervenções, uma vez que para nenhuma das intervenções propostas no Projeto há detalhamento em nível de

Projeto Básico.

O PROJETO CAPIBARIBE MELHOR foi classificado na Categoria A, de acordo com as políticas ambientais do

Banco Mundial, acionando as seguintes Políticas de Salvaguarda:

1 Avaliação Ambiental (PO/PB 4.01);

1 Habitats Naturais (PO/PB 4.04);

1 Reassentamento Involuntário (PO/PB 4.12);

1 Propriedade cultural (PO 11.03);

1 Manejo de Pragas (PO 4.09)

É importante salientar este Projeto trata de uma conjugação de intervenções de caráter urbanístico, ambiental e

social, promovendo a requalificação ambiental da bacia do Capibaribe, no perímetro do projeto e a redução da

vulnerabilidade urbana e social da população. Nesta vertente, o Projeto prevê investimentos com vistas à melhoria

das condições de habitabilidade em 25 áreas pobres selecionadas em sua área de abrangência, somando 19.725

habitantes.

Feita tal avaliação concemente à quantidade e qualidade dos impactos gerados pela implantação do PROJETO

CAPIBARIBE MELHOR, conclui-se pela viabilidade ambiental do mesmo, desde que as medidas mitigadoras

sugeridas sejam efetivamente empreendidas.

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f#ÁCC s~dW PROJETO CAPIRIBE MELHOR

SUMÁRIO

1 INFORMAÇÕES GERAIS .................................................... 1

1.1 NOME DO PROJETO .................................................... 11.2 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO .................................................... 11.3 OBJETIVO DO PROJETO ................................................... 1

2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL .................................................... 2

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO RECIFE .................................................... 22.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROJETO ............................................... . . 3

2.2.1 Caracterização do Meio Natural .................................... 32.2.2 Caracterização Sócio-Econômica .................................... 62.2.3 Uso e Ocupação do Solo .................................... 82.2.4 Caracterização Dos Sistemas De Saneamento Ambiental ................................... 102.2.5 Características do Sistema Viário ................................... 152.2.6 Caracterização dos parques urbanos ................................... 152.2.7 Áreas Urbanas De Risco ................................... 162.2.8 Áreas De Fragilidade Ambiental ................................... 162.2.9 áreas de ocupação Sub-Normal ................................... 162.2.10 Cursos dágua ................................... 172.2.11 Vegetação e Fauna ................................... 212.2.12 Areas de Preservação Permanente - APP ................................... 21

3 CONCEPÇÃO GERAL DAS INTERVENÇõES . . ..................................... 23

3.1 COMPONENTES DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR ................................................... 233.2 ÁREAS POBRES CONTEMPLADAS PELO PROJETO ................................................... 233.3 DETALHAMENTO DOS COMPONENTES DO PROJETO .................................................... 24

3.3.1 Componente 1: Urbanização Integrada do Território . ...................................... 243.3.2 Componente II - Desenvolvimento Social e Econômico . .................................... 293.3.3 Componente III - Desenvolvimento Institucional ........................................... 293.3.4 Mapa Geral das Intervenções Físicas ................................................... 29

4 MARCO LEGAL E INSTITUCIONAL ................................................... 31

4.1 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E DE RECURSOS HIDRICOS .................. ................................. 314.1.1 Legislação Federal .................................................... 314.1.2 Legislação Estadual ................................................... 324.1.3 Legislação Municipal ................................................... 34

4.2 LICENCIAMENTO DO PROJETO ................................................... 364.3 CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL .................................................... 36

4.3.1 Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA .................................................... 364.3.2 Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (PE) ............................................ 364.3.3 Sistema Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hidricos .................................................. 38

5 AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR . ................................... 40

5.1 POLÍTICAS OPERACIONAIS E SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL .................................... 405.1.1 PO/PB 4.01 - Avaliação Ambiental .......... ................ 405.1.2 PO/PB 4.04 - Habitat Natural ........................... 415.1.3 PO 4.09 - Manejo de Pragas ........................... 445.1.4 PO/PB 4.12 - Reassentamento Involuntário .. ........................ 445.1.5 PO 4.11 - Patrimônio Cultural .................. 455.1.6 Resumo das salvaguardas acionadas pelo projeto x medidas mitigadoras ....................... 47

5.2 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .485.2.1 Impactos Comuns aos Componentes do Projeto e Medidas ambientais Resultantes .. 49

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5.2.2 Impactos Especificos do Componente 1 e Medidas Mitigadoras Resultantes ....................... 53

5.2.3 Impactos Específicos do Componente II ......................................................... 63

5.2.4 Impactos Específicos do Componente III ......................................................... 63

6 AVALIAÇÃO AMBIENTAL GLOBAL DO PROJETO ....................................................... 64

6.1 HIERARQUIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ....................................................... 64

6.2 SÍNTESE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL EMPREENDIDA .................... ................................... 68

6.2.1 Cenário de Não Implantação do Projeto ......................................................... 69

6.2.2 Evolução da Área de Abrangência do Projeto com a Implantação deste ... 70

6.3 CONDIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE ....................................................... 71

7 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL PGA ........................................................ 72

7.1 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL- SGA ....................................................... 73

7.1.1 Objetivo ......................................................... 73

7.1.2 Estrutura do Sistema de Gestão Ambiental ......................................................... 73

7.1.3 Cronograma .......................................................... 77

7.1.4 Responsável(is) pela Implantação do Programa .......................................................... 77

7.1.5 Custos ......................................................... 77

7.2 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL- PCS .. 78

7.2.1 Apresentação e Justificativas ............................. 78

7.2.2 Objetivos ............................. 78

7.2.3 Metas ............................. 78

7.2.4 Público-Alvo ............................. 79

7.2.5 Metodologia e Descrição do Programa ............................. 79

7.2.6 Cronograma Físico ............................. 80

7.2.7 Responsável(is) pela Implantação do Programa ............................. 80

7.2.8 custos ............................. 80

7.3 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL .. 81

7.3.1 Objetivo ............................. 81

7.3.2 Metodologia ............................. 81

7.3.3 Cronograma ............................. 81

7.3.4 Responsável Institucional ............................. 81

7.3.5 Estimativa de Custos ............................. 81

7.4 PROGRAMA DE ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES CRUZADAS NAS UNIDADES DE ESGOTAMENTO-UES 39 E 40. 83

7.4.1 Objetivos ............................. 83

7.4.2 Atividades ............................. 83

7.4.3 Resultados Esperados ............................. 83

7.4.4 Programação de Trabalho ............................. 83

7.4.5 Responsável(is) pela Implantação do Programa ............................. 83

7.4.6 Estimativa de Custos ............................. 83

7.5 PLANO DE GESTÃO DOS PARQUES APIPUCOS, SANTANA E CAIARA . .84

7.5.1 Apresentação e Justificativas ........................... 84

7.5.2 Objetivos ........................... 84

7.5.3 Público-Alvo ........................... 84

7.5.4 Metodologia e Descrição do Plano ........................... 84

7.5.5 Cronograma Físico ........................... 86

7.5.6 Responsável(is) pela Implantação do PLANo ........................... 86

7.5.7 custos ........................... 86

7.6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO E OPERAÇÃO DA ETE CORDEIRO . .867.6.1 Plano de Implantação do Cinturão Verde .86

7.6.2 Plano de Monitoramento da ETE cordeiro .86

7.6.3 Responsável(is) pela Implantação do Programa .88

7.6.4 custos. 88

7.7 PLANO DE DESAPROPRIAÇÃO E REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO/ PDRI - MARCO CONCEITUAL ... 88

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Vs@,, "CsUIJr. PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

7.7.1 Apresentação e Justificativas ............................. 887.7.2 Atividades ............................. 887.7.3 Responsável(is) pela Implantação do Programa ............................. 897.7.4 Cronograma ............................. 897.7.5 custos ............................. 89

7.8 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CAPIBARIBE . .907.8.1 Introdução ............................. 907.8.2 Objetivos ............................. 907.8.3 Escopo do Plano e Metodologia das Atividades ............................. 907.8.4 Produtos ............................. 917.8.5 Resultados Esperados ............................. 917.8.6 Cronograma de Atividades ............................. 917.8.7 Responsáveis institucionais ............................. 927.8.8 Custos ............................. 92

7.9 PROGRAMA DE ESTUDOS E PESQUISAS COM VISTAS À DEFINIÇÃO DE ALTERNATIVAS DE RECUPERAÇÃODO AÇUDE DE APIPUcos .93

7.9.1 Objetivos ............................. 937.9.2 Escopo do Plano e Metodologia das Atividades ............................. 937.9.3 Produtos .. :957.9.4 Cronograma de Atividades ................ 957.9.5 Custos ................ 957.9.6 Responsáveis institucionais ................ 95

7.10 PLANO AMBIENTAL DAS CONSTRUÇÃO -PAC .. 967.10.1 Apresentação e Justificativas ............................. 967.10.2 Objetivos ............................. 967.10.3 Público-Alvo ............................. 967.10.4 Diretrizes Para O C .............................P 967.10.5 Cronograma ............................. 977.10.6 Responsável(is) pela Implantação do Programa ............................. 977.10.7 custos ............................. 977.10.8 Detalhamento do AC ............................. 97

8 CONSULTA PÚBLICA ................................................................. 98

8.1.1 Participação ................................................................ 988.1.2 Apresentação ................................................................ 988.1.3 Debates ................................................................ 988.1.4 Observações Gerais ................................................................. 100

9 CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO DO PROJETO ............................................. 101

10 ANEXOS ................................................................. 102

10.1 ANEXO 1 - DETALHAMENTO DOS COMPONENTES DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR ............ ........... 10210.2 ANEXO 2 -CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS POBRES CONTEMPLADAS PELO PROJETO CAPIBARIBEMELHOR 10210.3 ANEXO 3 -RELATÓRIO TÉCNICO DAS INTERVENÇÕES PROPOSTAS PARA O SISTEMA DE MACRO-DRENAGEM NO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR ................................................................ 10210.4 ANEXO 4 - CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO E DA FAUNA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETOCAPIBARIBE MELHOR ................................................................. 10210.5 ANEXO 5- DIAGNÓSTICO TÉCNICO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO (SES)CONTEMPLADOS PELO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR ................................................................. 10210.6 ANEXO 6- PLANO AMBIENTAL DAS CONSTRUÇÕES - PAC DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR .......... 10210.7 ANEXO 7 - AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO EMITIDA PELA CPRH PARA O ATERRO DE MURIBECA 10210.8 ANEXO 8 - FORMULÁRIO DE CADASTRAMENTO DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR PARA LICENCIAMENTOJUNTO À CPRH ................................................................ 102

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PROETO CAPIBARIBE MELHOR

10.9 ANEXO 9 - APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR AO MINISTÉRIO PÚBLICO DE

PERNAMBUCO ............................................................... 102

10.10 ANEXO 10: MARCO CONCEITUAL DE REASSENTAMENTO ............................................................. 102

10.11 ANEXO 11: AVALIAÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO DO AÇUDE DE APIPUCOS ....................... .................... 102

10.12 ANEXO 12: ESTUDOS DE QUALIDADE DAÁGUA-QUAL2E- DO Rio CAPIBARIBE DO RECIFE ......... 102

10.13 ANEXO 13: DOCUMENTOS REFERENTES À CONSULTA PUBLICA .102

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o o o o#VjCcit isaIhxj PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 NOME DO PROJETO

PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

1.2 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO

À área de abrangência do Projeto compreende parte da área da bacia do rio Capibaribe, no Recife (PE),compreendida entre:

* Avenida Agamenon Magalhães (leste);

* BR-101 (oeste);

* Av. Norte (norte);

* Av. Caxangá (sul).

BR 101 r j

Av.Norte

Av. Agamenon Magalhães

_,~~~~~~~~ -' r hw''_ ;- .* ÁV'- _ - -;--;FAv. Caxanqlá _ *' 4 *_< t :_,s.' ,'1 -[ :ç ' > r <- Centro Expandido

Figura 1.1: Área de abrangência do Projeto Capibaribe Melhor

1.3 OBJETIVO DO PROJETO

O Projeto Capibaribe Melhor tem como objetivo geral proporcionar condições para a dinamização urbana e sócio-econômica dos habitantes de um trecho da bacia do rio Capibaribe, situado à jusante da BR-101 até a AvenidaAgamenon Magalhães, por meio da elaboração e implantação de projetos de Urbanização Integrada do Terrtório,Desenvolvimento Social e Econômico do Territóro e Desenvolvimento Institucional, reduzindo assim asdesigualdades locais. Como objetivos específicos da implantação do Projeto podem ser citados:

1

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2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO RECIFE

O município do Recife, capital do Estado de Pemambuco, situa-se no centro-leste da região Nordeste do Brasil,

fazendo divisa ao sul com os municípios de Jaboatão dos Guararapes, a leste com o Oceano Atlantico, ao norte

com Olinda e Paulista e a oeste com Camaragibe e São Lourenço da Mata (Ver Figura 2.1). A superfície do Recife

possui uma área de 220 km2, correspondendo a aproximadamente 0,22% da área total do Estado de Pemambuco,

abrigando uma população total de 1.422.905 habitantes (IBGE, Censo 2000).

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Figura 2.1: Localização do Recife

O ambiente natural do Recife, composto por praias, rios, mangues e matas constitui riqueza ímpar e lhe atribui uma

característica que o diferencia das demais cidades brasileiras.

O Recife tem sua população alocada 100% em área urbana. Este município, sendo o núcleo da respectiva Região

Metropolitana, sofre os impactos demográficos, sociais e econômicos, decorrentes de um processo de urbanização

descontrolada, que se reflete na crescente deteroração das condições de vida da população, na degradação

ambiental e na vulnerabilidade social e econômica dos segmentos de mais baixa renda. De modo lamentável, o

padrão de configuração espacial do Recife virou as costas aos ambientes naturais que integram a paisagem urbana,

resultando nos seguintes problemas:

* Transformação de ecossistemas frágeis (mangues, matas e estuários) em áreas urbanas;

* Ocupação de áreas alagadas, margens de rios e canais, que contribuem para o confinamento da calha fluvial e

para a impermeabilização do solo;

* Ocupação de áreas de encostas, principalmente pela população pobre. Essa ocupação foi realizada de forma

desordenada, com baixo padrão construtivo e uso incorreto do solo,;

* Lançamento de esgoto e lixo nos corpos d'água, contribuindo para a poluição hídrica e refletindo na baixa

qualidade da água dos rios e, na baineabilidade das praias.;

* Erosão costeira, que em anos mais recentes, acontece nas praias da zona sul do Recife, com avanços

expressivos da linha da costa e perdas nas faixas de praia.

Como conseqüência dos fatos acima indicados, o ambiente natural urbano deixa muito a desejar quando se tem em

mente a necessidade de oferecer à população urbana um ambiente qualitativamente diferenciado.

2

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N%£Cc*1sLdtgJ9 PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROJETO

2.2.1 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO NATURAL

2.2.1.1 Bacias Hidrográficas

A) Bacia do rio CapibaribeA área do Projeto se encontra totalmente inserida na bacia hidrográfica do rio Capibaribe. Esta é a maior baciahidrográfica da região do agreste pernambucano, com uma extensão territorial de 7.450 km2 abrangendo 32municípios e abrigando uma população de 1.328.361 habitantes (CENSO 2000), dos quais 78,4% residem na zonaurbana e 21,6% na zona rural. A parcela desta bacia localizada no Recife possui 46km2 de área e abriga umapopulação de 460.000 habitantes.

Uear a Par aíba

PiauíRiI

BahiaAI aaoas

Fig. 2.2: Localização da Bacias hidrográficas do rio Capibaribe

Na bacia do rio Capibaribe são encontradas atividades industriais relacionadas a produtos alimentícios, mineraisnão-metálicos, têxteis, metalúrgicas, química, produtos farmacêuticos, produtos veterinários, sucroalcooleira,couros, matéria plástica, perfumes, sabões, velas, bebidas, materiais elétrico/comunicação, materiais de transportee madeira. As culturas de subsistência respondem pela maior parte da área cultivada no território da bacia doCapibaribe. A cana-de-açúcar se constitui na cultura isolada com maior extensão de área colhida no território dabacia (28,8%), chegando a representar 8,5 % da área total colhida no estado com essa cultura. O emprego dedefensivos agrícolas é feito em 36,6% dos imóveis rurais da bacia do Capibaribe. A irrigação é pouco difundida,sendo praticada em apenas 5,5% dos imóveis rurais, tendo como principal obstáculo ao seu desenvolvimento àescassez de recursos hídricos durante o período seco.

O alto e médio curso do Capibaribe estão situados no Polígono das Secas. Este trecho da bacia apresenta umaparte da população concentrada na zona rural, cuja economia básica, principalmente devido à grande concentraçãorochosa na região é predominantemente a agropecuária. Destaca-se aí o cultivo de algodão. O fato do rio sertemporário em todo seu curso alto e médio, até as proximidades de Limoeiro, constitui fator limitante àindustrialização desta região. No baixo curso do rio, com exceção de Recife, localízam-se um número razoável decidades de porte médio, sendo que a principal atividade econômica é a indústria sucroalcooleira. Neste trecho, o rioCapibaribe e seus afluentes são perenes, sendo amplamente utilizados no abastecimento de água das cidades. Aolongo de seu percurso o rio Capibaribe é bastante utilizado na atividade da pesca artesanal, sendo que estáconstitui um fator de subsistência para um grande número de famílias.

Mesmo possuindo uma intensa rede hidrográfica, o volume total de armazenamento de água na bacia do Capibaribeé da ordem de 800 milhões de m3. Levantamento efetuado em 1995 revelam que existem na bacia do RioCapibaribe, 892 reservatórios com capacidade de até 500.000m3, 12 com capacidade entre 500.000m3 e1.000.000m3 e apenas 7 com capacidade acima de 10.000.000 m3

L

' Operação do Sistema de Barramento do Rio Capibaribe face a conclusão da Barragem do Jucazinho - Relatório 01/03- 1999- CECEngenharia- DNOCS

3

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

Dentre estes, destacam-se as barragens de Poço Fundo, Jucazinho, Carpina, Goitá e Tapacurá que constituem o

Sistema Capibaribe, que controla 85,6% da área total da bacia, representando 97,4% do volume total dos

reservatórios ali construídos. A barragem de Tapacurá foi construída pelo Governo Federal após as enchentes de

1965/66, para uso múltiplo de abastecimento e controle de cheias, já a barragem de Poço Fundo foi construída pelo

Governo Estadual para uso na irrigação e abastecimento de da cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Tapacurá em

conjunto com a barragem de Duas Unas formam um sistema que contribui com 4 0°/o da produção de água da RMR.

As barragens de Carpina e Goitá foram construídas pelo Govemo Federal, a partir de 1975, quando da maior

enchente registrada no século e integram conjuntamente com Tapacurá o projeto do extinto DNOS para Controle de

Enchentes na Bacia do Rio Capibaribe para a Cidade do Recife. A barragem do Jucazinho de uso múltiplo, foi

concluída pelo DNOCS em 1998, sendo responsável pelo abastecimento de 15 cidades da região do Agreste

Pernambucano, beneficiando uma população de cerca de 800 mil habitantes e participando do controle de

enchentes da bacia do Capibaribe com um volume de espera de 100 milhões de metros cúbicos.

Barragem Area da bacia Capacidade máxima Finalidade

Hidrográfica Hidráulica 1.000 m3 Principal

(km2) (ha)

Poço Fundo 854 450 27.750 abastecimento

Jucazinho 3.918 2.361 327.035 Abastecimento e enchentes

Carpina 1.828 3.200 270.000 Controle de enchentes

Goitá 450 970 52.000 Controle de enchentes

Tapacurá 360 1.300 94.200 Abastecimento e enchentes

Outras 147,4 1.380 20.911 diversas

TOTAL 7.557,41 9.661 791.896

Área do Projeto

S Bacia t Capibari Melhor

a a -Jucazinho Caib otÈ0_

Baciaci

Machado

OBS: A localização exata das barragens encontra-se no Mapa de Monitoramento da Qualidade das Aguas do Rio

Capibaribe (Pág. 19)Fig. 2.3: Principais Barragens da Bacia do Rio Capibaribe

A operação do Sistema de Defesa Contra Enchentes do Rio Capibaribe na cidade do Recife, vem sendo realizada

por uma Comissão Mista integrada pelos govemos federal e estadual, formada deste 1997, por força de um

convênio firmado com o Ministério da Integração Nacional. Fazem parte da referida Comissão, representante do

Ministério da Integração Nacional, do Departamento Nacional de Obras Contras as Secas- DNOCS, Secretaria de

Infra-Estrutura do Estado de Pernambuco - SEIN, Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco -

SECTMA, Companhia Pernambucana de Saneamento- COMPESA, Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco

- CODECIPE e recentemente tem participado a Agencia Nacional de Águas- ANA. Em algumas ocasiões participam

também o Laboratório de Metereologia de Pernambuco- LAMEPE, fomecendo a previsão climática e o

Departamento Estadual de Estadas de Rodagem- DER, tendo em vista a existência de uma Rodovia Estadual, PE-

50, que corta a bacia hidráulica da Barragem do Carpina e Prefeitura da Cidade do Recife.

No período seco os dispositivos de alivio das barragens permanecem fechados, garantindo o abastecimento de

água da RMR através do reservatório de Tapacurá e de 15 cidades do Agreste Pernambucano através do

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MCdr-axsuft PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

reservatório de Jucazinho. No período úmido, de acordo com a avaliação da Comissão, as principais barragens decontrole de enchentes, Carpina e Goitá que contam com comportas e as barragens de Tapacurá e Jucazinho quepossuem apenas descarga de fundo, são operadas de modo a evitar enchentes no Recife. Durante todo o ano, aCOMPESA monitora diariamente os reservatórios, com a leitura do nível das barragens e a pluviometria local. O rioCapibaribe é fonte de abastecimento de água para diversas cidades e responsável por 40% do volume ofertadopara a Região Metropolitana do Recife o que exige uma gestão eficiente que concilie o uso para abastecimento deágua e controle de enchentes.

B) Bacia do Açude de Apipucos

A bacia hidrográfica do Açude de Apipucos, com área de 359 ha, abrange os bairros de Apipucos, parte de CasaAmarela, Nova Descoberta, Macaxeira e uma porção das matas de Dois Irmãos. Situada nos tabuleirossedimentares do grupo barreiras, esta bacia está inserida na Zona da Mata do litoral de Pernambuco e apresentaresquícios da Mata Atlântica. A vegetação remanescente da Mata Atlântica, está limitada às áreas quecorrespondem ao trecho de Dois Irmãos e parte mais íngreme do Loteamento OBM, com mais de 30% deinclinação, sem edificações. Os outros trechos das encostas, a noroeste e leste da bacia, encontram-se totalmentedesprovidos de vegetação significativa e hoje, ocupados por habitações. Enquanto no centro da bacia, na área maisplana, concentra-se uma comunidade mais abastada, com reminiscências de ocupação que remontam ao séculopassado, nas bordas mais altas, compostas de morros, concentram-se os menos abastados, em áreas de invasão,ou oficialmente assentados, seja em conjuntos habitacionais populares. No centro da bacia a ocupação é rarefeita,com morfologia urbana definida por grande lotes e edificações soltas nos terrenos guamecidos de boa infra-estrutura (excetuando-se as ZEIS localizadas nas bordas do Açude: Laura Gondim e Vila São João). Os morros secaracterizam pela alta densidade de ocupação, com habitações, em muitos casos, sobrepostas e justapostas,carentes de infra-estrutura básica, tais como esgoto, drenagem e sistema viário adequado. A ausência de sistemade esgotamento sanitário é um dos maiores problemas da bacia de Apipucos, atingindo 70% da área.

2.2.1.2 Fisiografia

A área de abrangência do Projeto é composta das seguintes unidades fisiográficas:* Planície Flúvio Marinha=* Cerca de 90% da área de abrangência do Projeto situa-se em área de planície.* Baixo Estuário = Cerca de 4% da área de abrangência do Projeto (sudeste da mesma) localiza-se em zona

de baixo estuário. Nesse ambiente, há uma intensa troca entre a água doce dos rios e a água salgada do mar.* Morros X Cerca de 6% da área de abrangência do Projeto (norte desta área) encontra-se localizada na região

de morros que é caracterizada pelos relevos colinosos.

2.2.1.3 Clima

O clima predominante é tropical úmido, típico, com temperaturas acima de 1 80C e caracterizado por duas estaçõesdistintas, uma chuvosa (de maio a setembro) e outra seca (de setembro a abril).

2.2.1.4 Geologia

A bacia do Rio Capibaribe possui a maior parte de sua área - 90% - representada por rochas pré-cambrianas. ATabela 2.2 apresenta a Coluna Estratigráfica para a área de abrangência do Projeto.

Tabela 2.2-: Quadro Estratigráfico da Área de Abrangência do Projeto

Qtp recifes Areias

Qm FormaçãoViagem mangues Areias finas, siltes e argilas orgânicas

Qdfl depósitos flúvio- Areias, siltes e argilas orgânicas____________ ~~~ ~~lagunares __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Ter o BaTqb Formaãao Formação Barreiras Areias e argilas com lateritização

Fonte: UFPE/Departamento de Geologia.

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iz j ICnctrA PROJETO CAPIBRIBE MELHOR

2.2.2 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA

A área da bacia do Capibaribe, coberta pelo Projeto Capibaribe Melhor afeta diretamente 56.349 famílias,

totalizando uma população de cerca de 225.396 habitantes, distribuídas em 36 bairros, sendo que 116.244

habitantes moram à margem direita do rio Capibaribe e 109.152 habitantes moram à margem esquerda.

O eixo da av. Caxangá destaca por apresentar um uso diferenciado, que abriga atividades comerciais e de serviços

diversificados, com um número expressivo de revendedoras de automóveis, assim como de atividades ligadas à

saúde. Na área de abrangência do Projeto figuram vários pequenos pólos de comércio e serviços de alcance local,

mas alguns se destacam, pela tradição, diversificação e porte - a exemplo de Casa Amarela.

De acordo com a pesquisa realizada para subsidiar as avaliações econômica e social do Projeto Capibaribe Melhor2,

pôde-se observar que:

* A Figura 2.4 apresenta o nível de escolaridade dos entrevistados, na área do Projeto:

Escolaridadea 1c grau completo/fundamental

1,57%° completo

3,21% E 10 grau incompleto/fundamentall ~~~~~~~~~incompleto

7,11% 15,60% o 29 grau completo/ensino médio

12,77% _ completom 29 grau incompleto/ensino

médio incompleto

* Não declarado19,06%--- 40,69%

oi Superior completo

* Superior incompleto

Fig. 2.4: Nível de Escolaridade - Pesquisa na área do Projeto

Esses dados demonstram o baixo nível de escolaridade encontrada nessa amostra. Esse achado pode ser

considerado normal considerando que o padrão sócio-econômico das áreas pesquisadas.

* Em 917 domicílios, ou seja, 57,67% apenas uma pessoa trabalha e em 33,210% duas pessoas trabalham. O

chefe da família é o homem em 70,25% dos domicílios pesquisados.

* A renda familiar média mensal é de até R$ 300,00 ou um salário mínimo em 46,73% da amostra. 31,95%

recebem entre um e dois salários mínimos e esse percentual vai se reduzindo quanto maior o rendimento total,

revelando que apenas 0,5 7% dos domicílios apresentou renda acima de R$ 6.000,00 (seis mil reais) ou 20

salários mínimos.

* Na amostra, 71,32% moram em imóvel próprio, 13,46% alugado, 8,05% cedido e 7,17% invadido. Quanto ao

uso 80,06% foi classificado como residencial individual, 16,16% como residencial coletivo, misto para 2,4 5% e

apenas 1,32% comercial.

* As casas possuem água encanada em 96,16% dos casos da amostra. Dessas 52,89% tem hidrômetro em

funcionamento e 40,88% não tem hidrômetro. Dos domicílios 34,09% recebem água quatro dias por semana,

23,58% só recebem 3 dias e 21,51% informaram que não recebem água nem um dia por semana. No dia que

chega água na casa a maioria ficou situada em 28,111% com 12 horas de recebimento por dia. Apenas 14,3 1%

apresentaram a fatura da conta de água e 17,64% informaram que não a tem.

* Há risco de inundação em 74 ,65 % dos domicílios em que a pesquisa foi realizada.

* Dos entrevistados 70,25% informaram que não freqüentam parques e a justificativa dada foi outro motivo em

64,74% e para 19,26% dizem que as instalações do parque estão deterioradas. Ou ainda 8,05% dizem que tem

excesso de trabalho e falta tempo livre para visitar o parque.

2 Relatório Final da Pesquisa Sócio-Econômica do Projeto Capibaribe Melhor - Pesquisa Qualitativa e Quantitativa

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M"CC*SLdtr' PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

• A Figura 2.5 apresenta a ocupação atual dos entrevistados, na área do Projeto:

Ocupação AtualE Aposentado

*Autônomo

13,81% 0,44% 13,93% o Pensionista

12,80% 21,12% CProcurando

emprego/desempregado*Trabalhador formal (com

31 72% 6,18% carteira assinada)* Trabalhador inform al

(sem carteira assinada)*Vive de rendas (inclui

aluguéis)

Fig. 2.5- Ocupação atual dos entrevistados na área do Projeto

* Quanto ao ramo de atividade 79,33% estão inseridos na área de serviços, contra apenas 18,87% na área decomércio e 1,79% na indústria. Observa-se que o elevado nível de desemprego confirma o apresentado para apopulação do Recife amplamente divulgada por institutos de pesquisa e entidades govemamentais.

* Apenas uma pessoa teve hepatite, nenhuma teve malária, 105 pessoas ou 6,60% tiveram dengue e apenas3,58% dos entrevistados informou que uma pessoa em casa teve verminose nesse período.

* Quanto a detenção de título de propriedade 29,85% tem escritura pública registrada, 10,91% tem apenaspromessa de compra e venda e 20,00% são invadidas. 27,74% comprou a casa usada, 26,04% construiu e11,95% informa que invadiu a moradia.

2.2.2.1 A Problemática da Desigualdade na Bacia do Rio Capibaribe

No Recife, a região da bacia do rio Capibaribe é hoje a mais densamente povoada, apresentando uma situaçãomuito peculiar de diversidade de ocupação de suas margens. Ao longo de décadas o crescimento da cidade emrelação ao rio foi orientado para a sua margem esquerda. Como conseqüência, a condição sócio-econômicaencontrada na margem esquerda do rio Capibaribe passou a apresentar uma parte significativa de classe média,consolidando ínclusive a forma urbana de maneira diferente da margem direita, menos adensada e verticalizada. Asua margem direita concentra hoje um maior número de áreas pobres, com carência de espaços para recreação elazer qualificados, e insuficiência no atendimento de alguns serviços públicos essenciais, em especial o saneamentobásico. Por fim, num trecho expressivo do Recife, o rio Capibaribe terminou por representar um divisor de classessociais, sob a abordagem da urbanização, da sócio-economia e da relação qualificada das pessoas com o meioambiente natural e construído. Por outro lado, dando continuidade ao processo de periferização da populaçãopobre, iniciado no século XVII, quando a população passou a ocupar áreas inóspitas localizadas em Recife, maisrecentemente a periferia passou a ocupar também as áreas não desejadas pelas populações mais favorecidaseconomicamente, dentro da própria cidade. A região do Projeto abrange áreas pobres que se situam muito próximasa áreas de grande valor econômico, configurando um ambiente desigual, com malha urbana desintegrada e, porvezes, segregadas. -

-~ ~ i.~ __v

Figura 2.6: Favela Ayrton Sena, na margem direita do rio Capibaribe, Bairro de Apipucos na margem esquerda.

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PROJETO CAPIWARIBE MELHOR

2.2.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

2.2.3.1 Lei de Uso e Ocupação do Solo

O Território Municipal compreende as seguintes zonas

I - As Zonas de Urbanização Preferencial - ZUP são áreas que possibilitam alto e médio potencial construtivo

compatível com suas condições geomorfológicas, de infra-estrutura e paisagísticas.

11 - A Zona de Urbanização de Morros- ZUM são áreas que exigem condições especiais de uso e ocupação do

solo de baixo potencial construtivo.

1I1 - A Zona de Urbanização Restrita- ZUR caracteriza-se pela carência ou ausência de infra-estrutura básica e

densidade de ocupação rarefeita, na qual será mantido um potencial construtivo de pouca intensidade de uso e

ocupação do solo.

IV - As Zonas de Diretrizes Específicas - ZDE compreendem as áreas que exigem tratamento especial na

definição de parâmetros reguladores de uso e ocupação do solo e classificam-se em: (i) Zonas Especiais de

Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural - ZEPH; (ii) Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS3; (iii) Zonas

Especiais de Proteção Ambiental - ZEPA; (iv) Zonas Especiais de Centros - ZEC; (v) Zona Especial do Aeroporto -

ZEA; (vi) Zonas Especiais de Atividades lndustrais - ZEAI.

Os empreendimentos previstos no Projeto Capibaribe Melhor estão de acordo com a legislação urbanística em vigor

no Município do Recife.

A) ZONAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - ZEPA

As ZEPAs são áreas de interesse ambiental e paisagístico necessárias à preservação das condições de

amenização do ambiente e aquelas destinadas a atividades esportivas ou recreativas de uso publico, bem como

áreas que apresentam características excepcionais de matas, mangues e açudes. No Recife existem 26 ZEPAs,

sendo que na área de abrangência do Projeto encontram-se localizadas quatro delas (nenhuma regulamentada):

- (i) ZEPA 2 Iputinga-Apipucos

- (ii) ZEPA 2 Ilha do Zeca - Ocupada por viveiros de camarão é a última ilha fluvial do Recife ainda sem

intervenções construtivas. Possui área de 25ha e é delimitada pelo braço morto do rio Capibaribe, nas

proximidades de Caranguejo/Tabaiares. Além de mangue, a ilha conta com um remanescente de mata

atlântica. Não há nenhum tipo de construção no local, que apesar de ter sofrido alguns episódios de

devastação, ainda conta com importante reserva de mangues e vegetação expressiva para uma zona urbana.

- (iii) ZEPA 2 Açude de Apipucos Nesta ZEPA foi instituída, através da Lei 16.609 de 2000, a Unidade de

Conservação Açude de Apipucos, para efeito de proteção especial dos ecossistemas existentes no interior de

sua área.

- (iv) ZEPA 2 Parque das Capivaras - Localizado na BR-101/Norte, perto de Apipucos, sendo cortado pelos

rios Capibaribe e Camaragibe. O Parque também é banhado por lagoas e possuiu diversidade uma de aves.

C) ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE ESPECIAL - ZEIS

Na área de intervenção direta do Projeto são localizadas as ZEIS listadas na Tabela 2.3:

Tabela 2.3: ZEIS localizadas na área de Abrangência do Projeto

Margem Direita Capibaribe Margem Esquerda Capibaribe

ZEIS Campos do Cacique, ZEIS Caranguejo /Tabaiares, ZEIS Alto do Mandú /Santa Terezinha, ZEIS Apipucos/

ZEIS Coque, ZEIS Mangueira da Torre, ZEIS Sitio do Laura Godim, ZEIS Campos da Vila, ZEIS Macionila/

Cardoso, ZEIS Vila União Mussum, ZEIS Poço da Panela, ZEIS Tamarineira, ZEIS

Vila do Vintém, ZEIS Vila Esperança/ Cabocó, ZEIS Vila

Inaldo Martins, ZEIS Vila São João

Encontram-se destacadas de azul, as ZEIS que sofrerão intervenções do Projeto Capibaribe Melhor. No item

3.3.1.5 é apresentado um Mapa de Áreas Pobres e ZEIS localizadas na área de abrangência do Projeto.

3 Um balanço nos números relativos ao PREZEIS apontou, em 1997, a existência de 66 áreas ZEIS e, destas, 35 já constituíram comissõesde Urbanização e Legalização da Posse da Terra em atividade.

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Submission Form - Disclosure of Environmental and Social Operational Documents toInfoShop

Date: 01/25/2006 Project ID: P089013

Country: BRAZIL Region: LCR

Project Title: Municipal Lending Program 1 APL Recife

Task Team Leader: Dean Cira Ext. & MSN#: 5761+8629

Appraisal mission date: 02/13/2006 Board date: 06/02/2005

Document disclosed in Country: Yes Date disclosed: 01/09/2006

Location: Recife

Report Type: Environmental Report

Report Name: EA Executive Summary

EA Category: A

Document Format: Hard Copy

Funding Source: IBRD

Report Status: Final

Previous Submission Date: none

Number of volumes submitted: 1

If multiple, list titles: Executive Summary

(For InfoShop use only*)

Date received: --------------------------------

StaffName Signature: ------------------------------

Report number assigned: ---------------------------------

* The InfoShop will forward a completed copy of this cover memo to the task team leader ordesignated staff listed above.

* Right click here to save PDF file and then, left-click on Save Target As. Save the PDF file toyour hard drive and send an e-mail with the saved PDF cover memo along with the safeguarddocuments to [email protected]

* The PDF file for the submission form should be saved as: SF_Region_EA(project ID);SF_Region_Rl(project ID); or SF_RegionIP(project ID) e.g. SF_AFR_IPP12345

* For further assistance, please contact the Infoshop Hotline (x84500) or the Safeguards Helpdesk(x32001)

(Revised Form - March 2005)

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Isu1frn6 PROJETO CAPIEARIBE MELHOR

PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Janeiro 2006

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PRCJETO CAPIEIRIBE MELOR

APRESENTAÇÃO

O presente documento apresenta o Estudo de Avaliação Ambiental do PROJETO CAPIBARIBE MELHOR,

elaborado pela empresa MC CONSULTORIA S/C LTDA, conforme Contrato N9 08/2005.

O PROJETO CAPIBARIBE MELHOR tem como objetivo geral proporcionar condições para a dinamização urbana e

sócio-econômica dos habitantes de um trecho da bacia do rio Capibaribe, situado à jusante da BR-101 até a

Avenida Agamenon Magalhães, por meio da elaboração e implantação de projetos de Urbanização Integrada do

Território, Desenvolvimento Social e Econômico do Território e Desenvolvimento Institucional, reduzindo assim as

desigualdades locais.

O Projeto, em questão, constitui-se dos três macro-componentes:

1. Urbanização Integrada do Território

2. Desenvolvimento Social e Econômico do Território

3. Desenvolvimento Institucional.

Devido ao quadro de alarmante degradação ambiental da bacia do Capibaribe, particularmente na área de

intervenção do Projeto, e pelo caráter de melhoria das condições de vida da população pretendida, depreende-se

que o Projeto apresenta claramente uma extemalidade ambiental positiva. Porém, algumas intervenções podem

acarretar impactos ambientais negativos de forma localizada, no tempo e no espaço. Nestes casos, a presente

avaliação ambiental propôs medidas mitigadoras do impacto previsto. Por outro lado, os impactos positivos

previamente identificáveis, mereceram propostas de potencialização dos seus efeitos.

Salienta-se que a previsão dos impactos foi genérca, em função da condição também genérica da proposição de

intervenções, uma vez que para nenhuma das intervenções propostas no Projeto há detalhamento em nível de

Projeto Básico.

O PROJETO CAPIBARIBE MELHOR foi classificado na Categoria A, de acordo com as políticas ambientais do

Banco Mundial, acionando as seguintes Políticas de Salvaguarda:

l Avaliação Ambiental (PO/PB 4.01);

l Habitats Naturais (PO/PB 4.04);

1 Reassentamento Involuntário (PO/PB 4.12);

Propriedade cultural (PO 11.03);

l Manejo de Pragas (PO 4.09)

É importante salientar este Projeto trata de uma conjugação de intervenções de caráter urbanístico, ambiental e

social, promovendo a requalificação ambiental da bacia do Capibaribe, no perímetro do projeto e a redução da

vulnerabilidade urbana e social da população. Nesta vertente, o Projeto prevê investimentos com vistas à melhoria

das condições de habitabilidade em 25 áreas pobres selecionadas em sua área de abrangência, somando 19.725

habitantes.

Feita tal avaliação concemente à quantidade e qualidade dos impactos gerados pela implantação do PROJETO

CAPIBARIBE MELHOR, conclui-se pela viabilidade ambiental do mesmo, desde que as medidas mitigadoras

sugeridas sejam efetivamente empreendidas.

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ffiCcaSn~ PRJETO cAPIARIBE MELHOR

SUMÁRIO

1 INFORMAÇÕES GERAIS ..................................................... 1

1.1 NOME DO PROJETO .................................................... 11.2 LoCALIZAÇÃO DO PROJETO ................................................... 11.3 OBJETIVO DO PROJETO .................................................... 1

2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL .................................................... 2

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO RECIFE ..................................................... 22.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROJETO ............................................... . . 3

2.2.1 Caracterização do Meio Natural .................................... 32.2.2 Caracterização Sócio-Econômica ................................... 8.2.2.3 Uso e Ocupação do Solo .................................... 82.2.4 Caracterização Dos Sistemas De Saneamento Ambiental ................................... 102.2.5 Características do Sistema Viário ................................... 152.2.6 Caracterização dos parques urbanos ................................... 152.2.7 Áreas Urbanas De Risco ................................... 162.2.8 Áreas De Fragilidade Ambiental ................................... 162.2.9 áreas de ocupação Sub-Normal ................................... 162.2.10 Cursos dágua ................................... 172.2.11 Vegetação e Fauna .................................... 212.2.12 Areas de Preservação Permanente - APP ................................... 21

3 CONCEPÇÃO GERAL DAS INTERVENÇõES . . .................................... 23

3.1 COMPONENTES DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR ................................................... 233.2 ÁREAS POBRES CONTEMPLADAS PELO PROJETO ................................................... 233.3 DETALHAMENTO DOS COMPONENTES DO PROJETO .................................................... 24

3.3.1 Componente 1: Urbanização Integrada do Território ................................................... 243.3.2 Componente II - Desenvolvimento Social e Econômico . .................................... 293.3.3 Componente III - Desenvolvimento Institucional ........................................... 293.3.4 Mapa Geral das Intervenções Físicas ..................................................... 29

4 MARCO LEGAL E INSTITUCIONAL ................................................... 31

4.1 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E DE RECURSOS HíDRICOS .................... ................................ 314.1.1 Legislação Federal .................................................... 314.1.2 Legislação Estadual ................................................... 324.1.3 Legislação Municipal ................................................... 34

4.2 LICENCIAMENTO DO PROJETO ................................................... 364.3 CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL .................................................... 36

4.3.1 Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA .................................................... 364.3.2 Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hidricos (PE) ............................................ 364.3.3 Sistema Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos ................................................. 38

5 AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR ................................................... 40

5.1 POLíTICAS OPERACIONAIS E SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL .................................... 405.1.1 PO/PB 4.01 -Avaliação Ambiental .................................................... 405.1.2 PO/PB 4.04 -Habitat Natural .................................................... 415.1.3 PO 4.09 - Manejo de Pragas .................................................... 445.1.4 PO/PB 4.12 - Reassentamento Involuntário ............................................. 445.1.5 PO 4.11 - Patrimônio Cultural .................................................... 455.1.6 Resumo das salvaguardas acionadas pelo projeto x medidas mitigadoras ...................... 47

5.2 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .485.2.1 Impactos Comuns aos Componentes do Projeto e Medidas ambientais Resultantes ... 49

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r .SI 13 PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

5.2.2 Impactos Específicos do Componente 1 e Medidas Mitigadoras Resultantes ............. .......... 53

5.2.3 Impactos Específicos do Componente II ......................................................... 63

5.2.4 Impactos Específicos do Componente III .......................................................... 63

6 AVALIAÇÃO AMBIENTAL GLOBAL DO PROJETO ......................................................... 64

6.1 HIERARQUIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ......................................................... 64

6.2 SÍNTESE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL EMPREENDIDA ....................... .................................. 68

6.2.1 Cenário de Não Implantação do Projeto ......................................................... 69

6.2.2 Evolução da Área de Abrangência do Projeto com a Implantação deste . . 70

6.3 CONDIÇõES DE SUSTENTABILIDADE ......................................................... 71

7 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL - PGA ......................................................... 72

7.1 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL- SGA .............. 73

7.1.1 Objetivo .......................................................... 73

7.1.2 Estrutura do Sistema de Gestão Ambiental ......................................................... 73

7.1.3 Cronograma ......................................................... 77

7.1.4 Responsável(is) pela Implantação do Programa ......................................................... 77

7.1.5 Custos ......................................................... 77

7.2 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL- PCS .787.2.1 Apresentação e Justificativas ............................. 78

7.2.2 Objetivos ............................. 78

7.2.3 Metas ............................. 78

7.2.4 Público-Alvo ............................. 79

7.2.5 Metodologia e Descrição do Programa ............................. 79

7.2.6 Cronograma Físico ............................. 80

7.2.7 Responsável(is) pela Implantação do Programa ............................. 80

7.2.8 custos ............................. 80

7.3 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL .817.3.1 Objetivo ............................. 81

7.3.2 Metodologia ............................. 81

7.3.3 Cronograma ............................. 81

7.3.4 Responsável Institucional ............................. 81

7.3.5 Estimativa de Custos ............................. 81

7.4 PROGRAMA DE ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES CRUZADAS NAS UNIDADES DE ESGOTAMENTO-UES 39 E 40. 837.4.1 Objetivos ............................. 83

7.4.2 Atividades ............................. 83

7.4.3 Resultados Esperados ............................. 83

7.4.4 Programação de Trabalho ............................. 83

7.4.5 Responsável(is) pela Implantação do Programa ............................. 83

7.4.6 Estimativa de Custos ............................. 83

7.5 PLANO DE GESTÃO DOS PARQUES ApIpuCos, SANTANA E CAIARA . .84

7.5.1 Apresentação e Justificativas ........................... 84

7.5.2 Objetivos ........................... 84

7.5.3 Público-Alvo ........................... 84

7.5.4 Metodologia e Descrição do Plano ........................... 84

7.5.5 Cronograma Físico ........................... 86

7.5.6 Responsável(is) pela Implantação do PLANo ........................... 86

7.5.7 custos ........................... 86

7.6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO E OPERAÇÃO DA ETE CORDEIRO . .867.6.1 Plano de Implantação do Cinturão Verde .86

7.6.2 Plano de Monitoramento da ETE cordeiro .86

7.6.3 Responsável(is) pela Implantação do Programa .88

7.6.4 custos .887.7 PLANO DE DESAPROPRIAÇÃO E REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO/ PDRI - MARCO CONCEITUAL ... 88

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o o o o

PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

7.7.1 Apresentação e Justificativas ............................. 887.7.2 Atividades .. ,,887.7.3 Responsável(is) pela Implantação do Programa ............................ 897.7.4 Cronograma ............................ 897.7.5 custos ............................ 89

7.8 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA AGUA DO RIO CAPIBARIBE . .907.8.1 Introdução ............................. 907.8.2 Objetivos ............................. 907.8.3 Escopo do Plano e Metodologia das Atividades ............................. 907.8.4 Produtos ...................... .... 917.8.5 Resultados Esperados ............................. 917.8.6 Cronograma de Atividades ............................. 917.8.7 Responsáveis institucionais ............................. 927.8.8 Custos ............... 92

7.9 PROGRAMA DE ESTUDOS E PESQUISAS COM VISTAS À DEFINIÇÃO DE ALTERNATIVAS DE RECUPERAÇÃODO AÇUDE DE APIPUCOS .93

7.9.1 Objetivos ............................. 937.9.2 Escopo do Plano e Metodologia das Atividades ............................. 937.9.3 Produtos ............................. 957.9.4 Cronograma de Atividades ............................. 957.9.5 Custos ................ , 957.9.6 Responsáveis institucionais ................... 95

7.10 PLANO AMBIENTAL DAS CONSTRUÇÃO -PAC .967.10.1 Apresentação e Justificativas ............................. 967.10.2 Objetivos .............................. 967.10.3 Público-Alvo ............................. 967.10.4 Diretrizes Para O C .............................P 967.10.5 Cronograma ............................. 977.10.6 Responsável(is) pela Implantação do Programa ............................. 977.10.7 custos ............................. 977.10.8 Detalhamento do M C ............................. 97

8 CONSULTA PUBLICA ................................. 98

8.1.1 Participação ................................. 988.1.2 Apresentação .............. 988.1.3 Debates.,,,988.1.4 Observações Gerais ................................. 100

9 CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO DO PROJETO .................................. 101

10 ANEXOS ................................. 102

10.1 ANEXO 1 - DETALHAMENTO DOS COMPONENTES DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR .10210.2 ANEXO 2 -CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS POBRES CONTEMPLADAS PELO PROJETO CAPIBARIBEMELHOR 10210.3 ANEXO 3 -RELATÓRIO TÉCNICO DAS INTERVENÇÕES PROPOSTAS PARA O SISTEMA DE MACRO-DRENAGEM NO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR .. 10210.4 ANEXO 4 - CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO E DA FAUNA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETOCAPIBARIBE MELHOR ........................................................................ 1..............0.................... 10210.5 ANEXO 5- DIAGNÓSTICO TÉCNICO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO (SES)CONTEMPLADOS PELO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR .. 10210.6 ANEXO 6- PLANO AMBIENTAL DAS CONSTRUÇÕES - PAC DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR . 10210.7 ANEXO 7 - AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO EMITIDA PELA CPRH PARA O ATERRO DE MURIBECA 10210.8 ANEXO 8 - FORMULÁRIO DE CADASTRAMENTO DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR PARA LICENCIAMENTOJUNTO À CPRH.102

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s(mcc(~kt PROETO GAPIBARIBE MELHOR

10.9 ANEXO 9 - APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR AO MINISTÉRIO PÚBLICO DE

PERNAMBUCO ............................................................... 102

10.10 ANEXO 10: MARCO CONCEITUAL DE REASSENTAMENTO ............................................................. 102

10.11 ANEXO 1 1: AVALIAÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO DO AÇUDE DE APIPUCOS ........................................... 102

10.12 ANEXO 12: ESTUDOS DE QUALIDADE DA ÁGUA -QUAL 2E- DO RIO CAPIBARIBE DO RECIFE ......... 102

10.13 ANEXO 13: DOCUMENTOS REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA .102

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Alc~t PP>ROJETO CAPIBARIBE MELHOR

1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 NOME DO PROJETO

PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

1.2 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO

À área de abrangência do Projeto compreende parte da área da bacia do rio Capibaribe, no Recife (PE),compreendida entre:

* Avenida Agamenon Magalhães (leste);

* BR-101 (oeste);

* Av. Norte (norte);

* Av. Caxangá (sul).

BR 10!

> | < 1 c-- Xs,-,Av- Norte _- < -- .

-. ~~~~~~~2

Av. Agamenon Magalhães

Av. Caxan ;á

. - ; Centro Expandido

* 4i. ,, P Pl E 1 1- .-

.- -::-.; \.. .;n .. t o r _; ~.o

Figura 1.1: Área de abrangência do Projeto Capibaribe Melhor

1.3 OBJETIVO DO PROJETO

O Projeto Capibaribe Melhor tem como objetivo geral proporcionar condições para a dinamização urbana e sócio-econômica dos habitantes de um trecho da bacia do rio Capibaribe, situado à jusante da BR-101 até a AvenidaAgamenon Magalhães, por meio da elaboração e implantação de projetos de Urbanização Integrada do Território,Desenvolvimento Social e Econômico do Território e Desenvolvimento Instiucional, reduzindo assim asdesigualdades locais. Como objetivos específicos da implantação do Projeto podem ser citados:

1

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. 7I| CQnISL4tV39 PROJETO CAPI~ARIBE MELHOR

2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO RECIFE

O município do Recife, capital do Estado de Pemambuco, situa-se no centro-leste da região Nordeste do Brasil,

fazendo divisa ao sul com os municípios de Jaboatão dos Guararapes, a leste com o Oceano Atlântico, ao norte

com Olinda e Paulista e a oeste com Camaragibe e São Lourenço da Mata (Ver Figura 2.1). A superfície do Recife

possui uma área de 220 km2, correspondendo a aproximadamente 0,22% da área total do Estado de Pemambuco,

abrigando uma população total de 1.422.905 habitantes (IBGE, Censo 2000).

ITAP INARAl tW AR AC A

PerntSo .C SAO L J S LINDA

Brasi F ira 2.1 Loalza oReCIFfE

.. 2iS lRARPESw | E~~~~~~~NTO1^ ja t tT~~~~~~INHO

o - t~~~~~~~~~~~A

Figura 2.11: Localização do Recife

O ambiente natural do Recife, composto por praias, rios, mangues e matas constitui riqueza ímpar e lhe atribui uma

característica que o diferencia das demais cidades brasileiras.

O Recife tem sua população alocada 100 % em área urbana. Este município, sendo o núcleo da respectiva Região

Metropolitana, sofre os impactos demográficos, sociais e econômicos, decorrentes de um processo de urbanização

descontrolada, que se reflete na crescente deterioração das condições de vida da população, na degradação

ambiental e na vulnerabilidade social e econômica dos segmentos de mais baixa renda. De modo lamentável, o

padrão de configuração espacial do Recife virou as costas aos ambientes naturais que integram a paisagem urbana,

resultando nos seguintes problemas:

* Transformação de ecossistemas frágeis (mangues, matas e estuários) em áreas urbanas;

* Ocupação de áreas alagadas, margens de rios e canais, que contribuem para o confinamento da calha fluvial e

para a impermeabilização do solo;

* Ocupação de áreas de encostas, principalmente pela população pobre. Essa ocupação foi realizada de forma

desordenada, com baixo padrão construtivo e uso incorreto do solo,;

* Lançamento de esgoto e lixo nos corpos d'água, contribuindo para a poluição hídrica e refletindo na baixa

qualidade da água dos rios e, na balneabilidade das praias.;

* Erosão costeira, que em anos mais recentes, acontece nas praias da zona sul do Recife, com avanços

expressivos da linha da costa e perdas nas faixas de praia.

Como conseqüência dos fatos acima indicados, o ambiente natural urbano deixa muito a desejar quando se tem em

mente a necessidade de oferecer à população urbana um ambiente qualitativamente diferenciado.

2

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"Q,CV1sLd PROJETO CAPI"ARIBE MELHOR

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROJETO

2.2.1 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO NATURAL

2.2.1.1 Bacias Hidrográficas

A) Bacia do rio CapibaribeA área do Projeto se encontra totalmente inserida na bacia hidrográfica do rio Capibaribe. Esta é a maior baciahidrográfica da região do agreste pernambucano, com uma extensão territorial de 7.450 km2 abrangendo 32municípios e abrigando uma população de 1.328.361 habitantes (CENSO 2000), dos quais 78,4% residem na zonaurbana e 21,6% na zona rural. A parcela desta bacia localizada no Recife possui 46km2 de área e abriga umapopulação de 460.000 habitantes.

Uear a Par aíba

Piauí =~

AI aaoasFig. 2.2: Localização da Bacias hidrográficas do rio Capibaribe

Na bacia do rio Capibaribe são encontradas atividades industriais relacionadas a produtos alimentícios, mineraisnão-metálicos, têxteis, metalúrgicas, química, produtos farmacêuticos, produtos veterinários, sucroalcooleira,couros, matéria plástica, perfumes, sabões, velas, bebidas, materiais elétrico/comunicação, materiais de transportee madeira. As culturas de subsistência respondem pela maior parte da área cultivada no território da bacia doCapibaribe. A cana-de-açúcar se constitui na cultura isolada com maior extensão de área colhida no território dabacia (28,8%), chegando a representar 8,5% da área total colhida no estado com essa cultura. O emprego dedefensivos agrícolas é feito em 36,6% dos imóveis rurais da bacia do Capibaribe. A irrigação é pouco difundida,sendo praticada em apenas 5,5% dos imóveis rurais, tendo como principal obstáculo ao seu desenvolvimento àescassez de recursos hídricos durante o período seco.

O alto e médio curso do Capibaribe estão situados no Polígono das Secas. Este trecho da bacia apresenta umaparte da população concentrada na zona rural, cuja economia básica, principalmente devido à grande concentraçãorochosa na região é predominantemente a agropecuária. Destaca-se aí o cultivo de algodão. O fato do ro sertemporário em todo seu curso alto e médio, até as proximidades de Limoeiro, constitui fator limitante àindustrialização desta região. No baixo curso do rio, com exceção de Recife, localizam-se um número razoável decidades de porte médio, sendo que a principal atividade econômica é a indústria sucroalcooleira. Neste trecho, o rioCapibaribe e seus afluentes são perenes, sendo amplamente utilizados no abastecimento de água das cidades. Aolongo de seu percurso o rio Capibaribe é bastante utilizado na atividade da pesca artesanal, sendo que estáconstitui um fator de subsistência para um grande número de famílias.

Mesmo possuindo uma intensa rede hidrográfica, o volume total de armazenamento de água na bacia do Capibaribeé da ordem de 800 milhões de m3. Levantamento efetuado em 1995 revelam que existem na bacia do RioCapibaribe, 892 reservatórios com capacidade de até 500.000m3 , 12 com capacidade entre 500.000m3 e1.000.000m3 e apenas 7 com capacidade acima de 10.000.000 m3 '.

1 Operação do Sistema de Barramento do Rio Capibaribe face a conclusão da Barragem do Jucazinho - Relatório 01/03- 1999- CECEngenharia- DNOCS

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f.il4Qcsdtkç PROJETO CAPIARIBE MELHOR

Dentre estes, destacam-se as barragens de Poço Fundo, Jucazinho, Carpina, Goitá e Tapacurá que constituem o

Sistema Capibaribe, que controla 85,6% da área total da bacia, representando 97,4% do volume total dos

reservatórios ali construídos. A barragem de Tapacurá foi construída pelo Governo Federal após as enchentes de

1965/66, para uso múltiplo de abastecimento e controle de cheias, já a barragem de Poço Fundo foi construída pelo

Governo Estadual para uso na irrigação e abastecimento de da cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Tapacurá em

conjunto com a barragem de Duas Unas formam um sistema que contrbui com 40% da produção de água da RMR.

As barragens de Carpina e Goitá foram construídas pelo Govemo Federal, a partir de 1975, quando da maior

enchente registrada no século e integram conjuntamente com Tapacurá o projeto do extinto DNOS para Controle de

Enchentes na Bacia do Rio Capibarbe para a Cidade do Recife. A barragem do Jucazinho de uso múltiplo, foi

concluída pelo DNOCS em 1998, sendo responsável pelo abastecimento de 15 cidades da região do Agreste

Pernambucano, beneficiando uma população de cerca de 800 mil habitantes e participando do controle de

enchentes da bacia do Capibaribe com um volume de espera de 100 milhões de metros cúbicos.

Barragem Área da bacia Capacidade máxima Finalidade

Hidrográfica Hidráulica 1.000 m3 Principal

(km2) (ha)

Poço Fundo 854 450 27.750 abastecimento

Jucazinho 3.918 2.361 327.035 Abastecimento e enchentes

Carpina 1.828 3.200 270.000 Controle de enchentes

Goitá 450 970 52.000 Controle de enchentes

Tapacurá 360 1.300 94.200 Abastecimento e enchentes

Outras 147,4 1.380 20.911 diversas

TOTAL 7.557,41 9.661 791.896

M oÁrea do ProjetoCapibare ( 9acia ) Melhor

aci J _Jcazinho R l0G o t

Bar BaciadMachado

OBS: A localização exata das barragens encontra-se no Mapa de Monitoramento da Qualidade das Águas do Rio

Capibaribe (Pág. 19)Fig. 2.3: Principais Barragens da Bacia do Rio Capibaribe

A operação do Sistema de Defesa Contra Enchentes do Rio Capibaribe na cidade do Recife, vem sendo realizada

por uma Comissão Mista integrada pelos govemos federal e estadual, formada deste 1997, por força de um

convênio firmado com o Ministério da Integração Nacional. Fazem parte da referida Comissão, representante do

Ministério da Integração Nacional, do Departamento Nacional de Obras Contras as Secas- DNOCS, Secretaria de

Infra-Estrutura do Estado de Pemambuco - SEIN, Secretara de Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco -

SECTMA, Companhia Pernambucana de Saneamento- COMPESA, Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco

- CODECIPE e recentemente tem participado a Agencia Nacional de Águas- ANA. Em algumas ocasiões participam

também o Laboratório de Metereologia de Pernambuco- LAMEPE, fomecendo a previsão climática e o

Departamento Estadual de Estadas de Rodagem- DER, tendo em vista a existência de uma Rodovia Estadual, PE-

50, que corta a bacia hidráulica da Barragem do Carpina e Prefeitura da Cidade do Recife.

No período seco os dispositivos de alivio das barragens permanecem fechados, garantindo o abastecimento de

água da RMR através do reservatório de Tapacurá e de 15 cidades do Agreste Pernambucano através do

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o o o of,Cc*iisuItkiZ j PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

reservatório de Jucazinho. No período úmido, de acordo com a avaliação da Comissão, as principais barragens decontrole de enchentes, Carpina e Goitá que contam com comportas e as barragens de Tapacurá e Jucazinho quepossuem apenas descarga de fundo, são operadas de modo a evitar enchentes no Recife. Durante todo o ano, aCOMPESA monitora diariamente os reservatórios, com a leitura do nível das barragens e a pluviometria local. O rioCapibaribe é fonte de abastecimento de água para diversas cidades e responsável por 40% do volume ofertadopara a Região Metropolitana do Recife o que exige uma gestão eficiente que concilie o uso para abastecimento deágua e controle de enchentes.

8) Bacia do Açude de Apipucos

A bacia hidrográfica do Açude de Apipucos, com área de 359 ha, abrange os bairros de Apipucos, parte de CasaAmarela, Nova Descoberta, Macaxeira e uma porção das matas de Dois Irmãos. Situada nos tabuleirossedimentares do grupo barreiras, esta bacia está inserida na Zona da Mata do litoral de Pernambuco e apresentaresquícios da Mata Atlântica. A vegetação remanescente da Mata Atlântica, está limitada às áreas quecorrespondem ao trecho de Dois Irmãos e parte mais íngreme do Loteamento OBM, com mais de 30% deinclinação, sem edificações. Os outros trechos das encostas, a noroeste e leste da bacia, encontram-se totalmentedesprovidos de vegetação significativa e hoje, ocupados por habitações. Enquanto no centro da bacia, na área maisplana, concentra-se uma comunidade mais abastada, com reminiscências de ocupação que remontam ao séculopassado, nas bordas mais altas, compostas de morros, concentram-se os menos abastados, em áreas de invasão,ou oficialmente assentados, seja em conjuntos habitacionais populares. No centro da bacia a ocupação é rarefeita,com morfologia urbana definida por grande lotes e edificações soltas nos terrenos guamecidos de boa infra-estrutura (excetuando-se as ZEIS localizadas nas bordas do Açude: Laura Gondim e Vila São João). Os morros secaracterizam pela alta densidade de ocupação, com habitações, em muitos casos, sobrepostas e justapostas,carentes de infra-estrutura básica, tais como esgoto, drenagem e sistema viário adequado. A ausência de sistemade esgotamento sanitário é um dos maiores problemas da bacia de Apipucos, atingindo 70% da área.

2.2.1.2 Fisiografia

A área de abrangência do Projeto é composta das seguintes unidades fisiográficas:

* Planície Flúvio Marinha=> Cerca de 90% da área de abrangência do Projeto situa-se em área de planície.

* Baixo Estuário X Cerca de 4% da área de abrangência do Projeto (sudeste da mesma) localiza-se em zonade baixo estuário. Nesse ambiente, há uma intensa troca entre a água doce dos rios e a água salgada do mar.

* Morros > Cerca de 6% da área de abrangência do Projeto (norte desta área) encontra-se localizada na regiãode morros que é caracterizada pelos relevos colinosos.

2.2.1.3 Clima

O clima predominante é tropical úmido, típico, com temperaturas acima de 18WC e caracterizado por duas estaçõesdistintas, uma chuvosa (de maio a setembro) e outra seca (de setembro a abril).

2.2.1.4 Geologia

A bacia do Rio Capibaribe possui a maior parte de sua área - 90% - representada por rochas pré-cambrianas. ATabela 2.2 apresenta a Coluna Estratigráfica para a área de abrangência do Projeto.

Tabela 2.2-: Quadro Estratigráfico da Área de Abrangência do Projeto

Qtp recifes Areias

Ouaternário Qm Viagem ucã mangues Areias finas, siltes e argilas orgânicas

Qdfl depósitos flúvio- Areias, siltes e argilas orgânicas

Terciário Tqb Barreiras Formação Barreiras Areias e argilas com lateritização

Fonte: UFPE/Departamento de Geologia.

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MQO IStutvx4 PROJETO CAPIEARIBE MELHOR

2.2.2 CARACTERIZAÇÃO SóCIO-ECONÔMICA

A área da bacia do Capibaribe, coberta pelo Projeto Capibaribe Melhor afeta diretamente 56.349 famílias,

totalizando uma população de cerca de 225.396 habitantes, distribuídas em 36 bairros, sendo que 116.244

habitantes moram à margem direita do rio Capibaribe e 109.152 habitantes moram à margem esquerda.

O eixo da av. Caxangá destaca por apresentar um uso diferenciado, que abriga atividades comerciais e de serviços

diversificados, com um número expressivo de revendedoras de automóveis, assim como de atividades ligadas à

saúde. Na área de abrangência do Projeto figuram vários pequenos pólos de comércio e serviços de alcance local,

mas alguns se destacam, pela tradição, diversificação e porte - a exemplo de Casa Amarela.

De acordo com a pesquisa realizada para subsidiar as avaliações econômica e social do Projeto Capibaribe Melhor2,

pôde-se observar que:

* A Figura 2.4 apresenta o nível de escolaridade dos entrevistados, na área do Projeto:

Escolaridaden 11 grau completo/fundamental

1,57%- completo

3,21% * 11 grau incompleto/fundamental1 ~~~~~~~~~Incompleto

7,11% X 15,60% o 20 grau completo/ensino médio

12,77%0 completoE_ 29 grau incompleto/ensino

médio incompleto

* Não declarado1 9,06%~ -- ~40,69%

Ei Superior completo

* Superior incompleto

Fig. 2.4: Nível de Escolaridade - Pesquisa na área do Projeto

Esses dados demonstram o baixo nível de escolaridade encontrada nessa amostra. Esse achado pode ser

considerado normal considerando que o padrão sócio-econômico das áreas pesquisadas.

* Em 917 domicílios, ou seja, 57 ,67 % apenas uma pessoa trabalha e em 33,21% duas pessoas trabalham. O

chefe da família é o homem em 70,25% dos domicílios pesquisados.

* A renda familiar média mensal é de até R$ 300,00 ou um salário mínimo em 46,73% da amostra. 31,95%

recebem entre um e dois salários mínimos e esse percentual vai se reduzindo quanto maior o rendimento total,

revelando que apenas 0,57% dos domicílios apresentou renda acima de R$ 6.000,00 (seis mil reais) ou 20

salários mínimos.

* Na amostra, 71,32% moram em imóvel próprio, 13,46% alugado, 8,05% cedido e 7,17% invadido. Quanto ao

uso 80,06% foi classificado como residencial individual, 16,16% como residencial coletivo, misto para 2,45% e

apenas 1,3 2% comercial.

* As casas possuem água encanada em 96,16% dos casos da amostra. Dessas 52,89% tem hidrômetro em

funcionamento e 40,88% não tem hidrômetro. Dos domicílios 34,09% recebem água quatro dias por semana,

23,58% só recebem 3 dias e 2 1,51 % informaram que não recebem água nem um dia por semana. No dia que

chega água na casa a maioria ficou situada em 28,11 % com 12 horas de recebimento por dia. Apenas 14,3 1 %

apresentaram a fatura da conta de água e 17,64% informaram que não a tem.

* Há risco de inundação em 74,65% dos domicílios em que a pesquisa foi realizada.

* Dos entrevistados 70,25% informaram que não freqüentam parques e a justificativa dada foi outro motivo em

64,74% e para 19,26% dizem que as instalações do parque estão deteroradas. Ou ainda 8,05% dizem que tem

excesso de trabalho e falta tempo livre para visitar o parque.

2 Relatório Final da Pesquisa Sócio-Econômica do Projeto Capibaribe Melhor - Pesquisa Qualitativa e Quantitativa

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Conswk>9 PRCJETO CAPIBARIBE MELIOR

A Figura 2.5 apresenta a ocupação atual dos entrevistados, na área do Projeto:

Ocupação AtualAposentado

* Autônomo

13,81% 0,44% 13,93% o Pensionista12,80%

= Z .21,12% oProcurandoemprego/desempregado

* Trabalhador formal (com31,72% 6,18% carteira assinada)

31.72% 6,18% 13 Trabalhador informal(sem carteira assinada)

*Vive de rendas (incluialuguéis)

Fig. 2.5- Ocupação atual dos entrevistados na área do Projeto

* Quanto ao ramo de atividade 79,33% estão inseridos na área de serviços, contra apenas 18,87% na área decomércio e 1,79% na indústria. Observa-se que o elevado nível de desemprego confirma o apresentado para apopulação do Recife amplamente divulgada por institutos de pesquisa e entidades govemamentais.

* Apenas uma pessoa teve hepatite, nenhuma teve malária, 105 pessoas ou 6,60% tiveram dengue e apenas3,58% dos entrevistados informou que uma pessoa em casa teve verminose nesse período.

* Quanto a detenção de título de propriedade 29,85% tem escritura pública registrada, 10,91% tem apenaspromessa de compra e venda e 20,00% são invadidas. 27,74% comprou a casa usada, 26,04% construiu e11,95% informa que invadiu a moradia.

2.2.2.1 A Problemática da Desigualdade na Bacia do Rio Capibaribe

No Recife, a região da bacia do rio Capibaribe é hoje a mais densamente povoada, apresentando uma situaçãomuito peculiar de diversidade de ocupação de suas margens. Ao longo de décadas o crescimento da cidade emrelação ao rio foi orientado para a sua margem esquerda. Como conseqüência, a condição sócio-econômicaencontrada na margem esquerda do rio Capibaribe passou a apresentar uma parte significativa de classe média,consolidando inclusive a forma urbana de maneira diferente da margem direita, menos adensada e verticalizada. Asua margem direita concentra hoje um maior número de áreas pobres, com carência de espaços para recreação elazer qualificados, e insuficiência no atendimento de alguns serviços públicos essenciais, em especial o saneamentobásico. Por fim, num trecho expressivo do Recife, o rio Capibaribe terminou por representar um divisor de classessociais, sob a abordagem da urbanização, da sócio-economia e da relação qualificada das pessoas com o meioambiente natural e construído. Por outro lado, dando continuidade ao processo de periferização da populaçãopobre, iniciado no século XVII, quando a população passou a ocupar áreas inóspitas localizadas em Recife, maisrecentemente a periferia passou a ocupar também as áreas não desejadas pelas populações mais favorecidaseconomicamente, dentro da própria cidade. A região do Projeto abrange áreas pobres que se situam muito próximasa áreas de grande valor econômico, configurando um ambiente desigual, com malha urbana desintegrada e, porvezes, segregadas.

Figura 2.6: Favela Ayrton Sena, na margem direita do rto Capibaribe, Bairro de Apipucos na margem esquerda.

7

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. . X2SUIW PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

2.2.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

2.2.3.1 Lei de Uso e Ocupação do Solo

O Territóro Municipal compreende as seguintes zonas

I - As Zonas de Urbanização Preferencial - ZUP são áreas que possibilitam alto e médio potencial construtivo

compatível com suas condições geomorfológicas, de infra-estrutura e paisagísticas.

Il - A Zona de Urbanização de Morros- ZUM são áreas que exigem condições especiais de uso e ocupação do

solo de baixo potencial construtivo.

1I1 - A Zona de Urbanização Restrita- ZUR caracteriza-se pela carência ou ausência de infra-estrutura básica e

densidade de ocupação rarefeita, na qual será mantido um potencial construtivo de pouca intensidade de uso e

ocupação do solo.

IV - As Zonas de Diretrizes Específicas - ZDE compreendem as áreas que exigem tratamento especial na

definição de parâmetros reguladores de uso e ocupação do solo e classificam-se em: (i) Zonas Especiais de

Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural - ZEPH; (ii) Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS3; (iii) Zonas

Especiais de Proteção Ambiental - ZEPA; (iv) Zonas Especiais de Centros - ZEC; (v) Zona Especial do Aeroporto -

ZEA; (vi) Zonas Especiais de Atividades Industriais - ZEAI.

Os empreendimentos previstos no Projeto Capibaribe Melhor estão de acordo com a legislação urbanística em vigor

no Município do Recife.

A) ZONAS ESPECIAIS DE PROTEçÃo AMBIENTAL - ZEPAAs ZEPAs são áreas de interesse ambiental e paisagístico necessárias à preservação das condições de

amenização do ambiente e aquelas destinadas a atividades esportivas ou recreativas de uso publico, bem como

áreas que apresentam características excepcionais de matas, mangues e açudes. No Recife existem 26 ZEPAs,

sendo que na área de abrangência do Projeto encontram-se localizadas quatro delas (nenhuma regulamentada):

- (i) ZEPA 2 Iputinga-Apipucos

- (ii) ZEPA 2 Ilha do Zeca - Ocupada por viveiros de camarão é a última ilha fluvial do Recife ainda sem

intervenções construtivas. Possui área de 25ha e é delimitada pelo braço morto do rio Capibaribe, nas

proximidades de Caranguejo/Tabaiares. Além de mangue, a ilha conta com um remanescente de mata

atlântica. Não há nenhum tipo de construção no local, que apesar de ter sofrido alguns episódios de

devastação, ainda conta com importante reserva de mangues e vegetação expressiva para uma zona urbana.

- (iii) ZEPA 2 Açude de Apipucos Nesta ZEPA foi instituída, através da Lei 16.609 de 2000, a Unidade de

Conservação Açude de Apipucos, para efeito de proteção especial dos ecossistemas existentes no interior de

sua área.

- (iv) ZEPA 2 Parque das Capivaras - Localizado na BR-1 01/Norte, perto de Apipucos, sendo cortado pelos

rios Capibaribe e Camaragibe. O Parque também é banhado por lagoas e possuiu diversidade uma de aves.

C) ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE ESPECIAL - ZEIS

Na área de intervenção direta do Projeto são localizadas as ZEIS listadas na Tabela 2.3:

Tabela 2.3: ZEIS localizadas na área de Abrangência do Projeto

Margem Direita Capibaribe Margem Esquerda Capibaribe

ZEIS Campos do Cacique, ZEIS Caranguejo /Tabaiares, ZEIS Alto do Mandú /Santa Terezinha, ZEIS Apipucos/

ZEIS Coque, ZEIS Mangueira da Torre, ZEIS Sitio do Laura Godim, ZEIS Campos da Vila, ZEIS Macionila/

Cardoso, ZEIS Vila União Mussum, ZEIS Poço da Panela, ZEIS Tamarineira, ZEIS

Vila do Vintém, ZEIS Vila Esperança/ Cabocó, ZEIS Vila

Inaldo Martins, ZEIS Vila São João

Encontram-se destacadas de azul, as ZEIS que sofrerão intervenções do Projeto Capibaribe Melhor. No item

3.3.1.5 é apresentado um Mapa de Áreas Pobres e ZEIS localizadas na área de abrangência do Projeto.

3 Um balanço nos números relativos ao PREZEIS apontou, em 1997, a existência de 66 áreas ZEIS e, destas, 35 já constituíram comissões

de Urbanização e Legalização da Posse da Terra em atividade.

8

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| RN--E-LAT0R10 DE AVALIAÇAO AMBIENTALPROJETO CAPIBARIBE MELHOR

LEGENDA , J-

_ ZUP 01Zonlade Urbanização PrefernciallI[r/FWfi-

C_ZUP02 Zonlade Urbanização Preferenceial 2 ;f _ _ZUM Zona de Urbanização de Morros tS i f'- < ^z

ZUR Zona de Urbanização Restrita m_ZECP Zona Especial de Centro Principalil- \_1*í i31@

_ZECS ZonlaEspecial de Centros Secundários . VilY! I I

_ ZEPH-R ZonlaEspecial de Preservação Histórica-Rigorosa s7F 7- s ZEPH-A Zonla Especial de Preservação Histórica-Amnbienltal 3

G = LlMrFE ÁREA DO PROJETOI 1 i 3- I1« r_ F,, ,rAs,,

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vist ffin PROJETO CAPIBARIBE MEUIOR

2.2.4 CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL

2.2.4.1 Abastecimento de Água

O abastecimento de água da área de abrangência do Projeto é feito a partir do Sistema Tapacurá. O fornecimento

sem medição é alto e o suprimento muito intermitente. Esta situação é agravada pelo elevado índice de perdas. A

área de abrangência das ações de melhoria do Sistema de Abastecimento de Agua no Projeto Capibaribe Melhor

foram delimitadas pelos distritos de distribuição de água da COMPESA. Desta forma, estas ações irão abranger

todo o distrito em que se encontre cada uma das localidades beneficiadas pelo Projeto. Esta decisão é respaldada

no argumento de que se as melhorias fossem implementadas apenas nos trechos correspondentes as localidades

beneficiadas (especialmente as áreas pobres na margem esquerda do Rio Capibaribe) os impactos das ações

seriam minimizados ou mesmo não mensuráveis. Na margem direita encontram-se 5 distritos de distribuição, não

setorizados: 8B, 46, 5, 26 e 29 englobando os bairros de Iputinga, Engenho do Meio, Cordeiro, Ilha do Retiro,

Madalena, Torre, Zumbi e Prado. Os distritos 8B, 4B e 5 fazem parte do ELO Dois Irmãos e os distritos 26 e 29 do

ELO Aurora (Ver Tabela 2.4):

Tabela 2.4: Características Básicas dos Distritos da Margem Direita da Área do Projeto

DISRIINÇÃ | niDISTRITOS DE DISTRIBUIÇAODISCRIMINAÇÃO Unid 8B3 4I3 j 5 J 26 1 29 1TOTAL]

Dados Gerais :

População Residente hab 20.872 20.704 31.053 41.808 32.074 104.745 l

População Alcance Projeto hab 25.046 24.845 34.158 45.988 38.489 168.526

Área do Distrito ha 173 195,41 243,53 337,2 268,34 1.217

Sistema Produtor de Água Tapacurá Tapacurá Tapacurá Tapacurá Tapacurá

Detalhes da Rede _

Número de Anéis 4,00 2,00 2,00 6,00 1,00 15,00

Secundários__ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Extensão de Rede Projetada m 11.453 15.656 14.645 15.591 16.870 74.215

Extensão de Rede Existente m 13.627 21.130 12.800 42.438 31.944 121.939

Extensão Total de Rede m 25.080 36.786 27.445 58.029 48.814 196.154

Diagnóstico da Setorizacão

Situação dos Projetos Desatualizado Atualizados Atualizados Atualizados Atualizado

Situação dos Anéis A implantar Parcialm. Parcialm. Parcialmente Parcialm.te

Secundários A implantado implantado implantado implantado

Isolamento da Rede A concluir A concluir A concluir A concluir A concluir

Macromedição existente Existente Existente Não existente existente

Cadastro Técnico Não Não Não Não confiável Não_________________________confiável confiável confiável confiável

Cadastro Comercial Nc o Não i Não coincidente coincidente

das Perdas Incipiente Sistemático Sistemático Incipiente Incipiente

Processo de Combate às A iniciar A iniciar A iniciar A iniciar A iniciar

Perdas _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _

Os bairros da margem esquerda do Rio Capibaribe, na área de abrangência do Projeto encontram-se na área de

influencia da rede de distribuição dos Distritos 8A (composto pelos bairros de Apipucos e Dois Irmãos), distrito 10

(composto pelos bairros de Macaxeira, Sítio Grande, Porta d'Agua e parte de Apipucos) e Distrito 11 (formado pelos

bairros de Casa Forte e Poço da Panela). Estes distritos fazem parte do ELO Dois Irmãos e têm como

características básicas os dados apresentados na Tabela 2.5:

10

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fficcarx ft1, q PROJETO CAPIBRIBE MELHOR

Tabela 2.5: Características Básicas dos Distrtos da Margem Esquerda da Área do Projeto

DISCRIMINAÇÃO | Unid | DISTRITOS DE DISTRIBUIÇAODISCRIMINAÇÃO Unid B~~A 10 11 TOTAL

Dados GeraisPopulação Residente hab 20.932 27.316 21.189 69.437

População de Alcance do Projeto hab 23.003 30.018 23.285 76.306

Área do Distrito ha 392 203 238 833

Sistema Produtor de Água Tapacurá Alto do céu Alto do céu

Detalhes da Rede

Número de Anéis Secundários 3,00 6,00 6,00 15,00

Extensão de Rede Projetada m 12.566 22.075 17.028 51.669

Extensão de Rede Existente M 9.778 13.006 19.788 42.572

Extensão Total de Rede m 22.344 35.081 36.816 94.241

Diagnostico da SetorizaçãoSituação dos Projetos Desatualizados Desatualizados Desatualizados

Situação dos Anéis Secundários A implantar A implantar A implantar

Isolamento da Rede A concluir A concluir Concluir

Macromedição Não existente Não existente Não existente

Cadastro Técnico Não confiável Não confiável Não confiável

Cadastro Comercial Não coincidente Não coincidente Não coincidenteProcesso de Monitoramento das Incipiente Incipiente IncipientePerdas ________________

Processo de Combate às Perdas A iniciar A iniciar A iniciar

O mapa a seguir mostra a distrbuição física dos distrtos na área de abrangência do Projeto Capibaribe Melhor.

11

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PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE AGUA - RecifeDISTRITOS DE ABASTECIMENTO D 'ÁGUA

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>;CrnsuIWCg PROJETO CAP~8ARIBE MELHOR

2.2.4.2 Sistema de Esgotamento Sanitário

Os sistemas de esgotamento sanitário que estão inseridos na área do Projeto Capibaribe Melhor são os SistemasCordeiro, Cabanga e Peixinhos, sendo o prmeiro um sistema projetado e os demais sistemas existentes.

Á Área do projeto

Sistema Isolado deSaneamento SES

Sistema não conven.

rdeiro

Figura 2.7: Sistema de Esgotamento na área de abrangência do Projeto

A maior parcela da área de abrangência do Projeto situada à margem direita do rio Capibaribe não é atendida pelossistemas Cabanga e Peixinhos, possuindo apenas oito sistemas de esgotamento sanitário não-convencionais, o quecorresponde a 12% das unidades habitacionais da área. Todo o restante da área não dispõe de coleta de esgoto.Grande parte da margem esquerda do Rio Capibaribe está compreendida na área de abrangéncia do SistemaPeixinhos e Cabanga, havendo, ainda, dois sistemas de esgotamento sanitário não-convencionais. Os 10O sistemasexistentes citados deveriam atender a aproximadamente 20 mil habitantes, porém, em quase sua totalidade essessistemas apresentam-se sucateados e funcionam mal, necessitando serem recuperados. A SESAN recentementeinterveio no Sistema Santa Luzia, investindo cerca de R$ 900.000,00 na sua recuperação.

•Sistema Peixinhos => Atende os municípios de Olinda e do Recife, englobando as bacias dos rios Beberibe eCapibaribe, com população total de 330.000 habitantes. O sistema contempla nove estações de tratamento deesgoto, com capacidade total de 38.000m3/dia. A extensão total de redes coletoras e interceptores de esgoto éde 185km. O sistema é constituído por 43 estações elevatórias, sendo que muitas se encontram paralisadas. AETE-Peixinhos (Filtro Biológico), localiza-se à margem esquerda do rio Beberibe, em Olinda, tendo iniciado suaoperação em 1972. A implantação da ETE foi planejada em duas etapas, cada uma delas capaz de tratar ametade da vazão total para o final do plano, que é de 36.000m3/dia, entretanto apenas a 19 etapa foi construída.Seu efluente final é lançado no rio Beberibe. O Projeto PROMETRóPOLE prevê a reabilitação da ETE-Peixinhos, restaurando a estrutura já existente e adaptando-a para um melhor rendimento em funcionamentopleno. Com a reabilitação, a ETE-Peixinhos terá capacidade de tratar os esgotos de 21 0.000 hab.

•Sistema Cabanga == O Sistema Cabanga abrange a área central do Recife, estando localizado nas bacias dosrios Capibaribe e Tejipió. Este sistema atende uma população de 250.000 hab. e é constituído por noveestações de tratamento de esgoto, com capacidade total de 107.000 m3/dia. O corpo receptor do efluente daETE C abanga é o rio Jiquiá. A estação possui apenas decantação primária, sendo que a eficiência de remoçãode DBO é de cerca de 40%. O tratamento em Reator UASB seguido de lagoa é aplicado em quatro estações dosistema Cabanga. A extensão total de redes coletoras e interceptores de esgoto é de 135 km. Existem 51estações elevatórias de esgoto, das quais 31% (16 elevatórias) estão paralisadas.

13

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., ftka PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

* Sistema Cordeiro X De acordo com as diretrizes do Plano de Gerenciamento da Drenagem de Águas Pluviais

e do Esgotamento Sanitário para RMR realizado pela JICA, em 2001 o Sistema Cordeiro foi concebido para

atender a uma área de 947ha situada na margem direita do Rio Capibaribe, limitando-se a oeste pela BR-101,

ao sul pela Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho e a leste pela Rua Carlos Gomes. A área do SES Cordeiro

apresenta três tipos de ocupação: (i) 9% - Áreas críticas (áreas pobres): bolsões de pobreza, oriundos em sua

maioria de invasões que não dispõem de praticamente nenhum ordenamento urbano; (ii) 4% - Compreende a

áreas dos nove Sistemas de Esgotamento Sanitário-SES a serem recuperados; (iii) 87% - Áreas não críticas:

áreas com grau de urbanização razoável.

A Tabela 2.6 apresenta a população atual e futura das UEs integrantes do Sistema Cordeiro, bem como a

extensão de rede projetada para cada uma:

Tabela 2.6: População e Extensão de Rede do Sistema Cordeiro

. : .. - 1Sistema Cord iro (Projeta do)

. 40. '41 42. 43 TOTAL.

Área não crítica 6.502 12.160 24.937 23.471 6.393 73.463

População Área pobres 7.568 4.717 6.220 383 4.593 23.481

Atual SES existente 3.017 1.140 217 163 3.648 8.185

TOTAL Atual 17.087 18.017 31.374 24.017 14.634 105.129

Área não crítica 7.255 15.968 35.104 29.378 7.919 95.624

População Área pobres 7.568 4.717 6.220 383 4.593 23.481

Futura SES existente 3.017 1.140 217 163 3.648 8.185

TOTAL Futura 17.840 21.825 41.541 29.924 16.160 127.290

Extensão de rede Projetada (m) 6.316 9.989 15.690 13.606 8.150 53.751

Fonte: SESAN

A Tabela 2.7 apresenta uma estimativa de vazão de esgotamento sanitário destas UEs.

Tabela 2.7: População e Extensão de Rede do Sistema Cordeiro

.U!lEs.- População . . . C esgoto (LIL Sistema x 2020 Máxima Máxima

Cordeiro (Lis) . Medi diária - horária

39 17.840 24,78 29,73 44,60

40 21.825 30,31 36,38 54,56

41 41.541 57,70 69,24 103,85

42 29.924 41 ,56 49,87 74,81

43 16.1601 22,44 26,93 40,40

TOTAL 127.290 176,79 212,15 318,23OBS: Cota per capita de água = 150 Uhab.dia

2.2.4.3 Sistema de Drenagem Urbana

A Bacia do Rio Capibaribe possui 23 canais, sendo que 19 destes encontram-se localizados na área de abrangência

do Projeto. O sistema corre através de planícies sedimentares de baixo gradiente, passando por assentamentos

ilegais, o que leva a redução da calha do rio e dos fundos de canal, piorando o fluxo de água. Essa situação traz

riscos de grandes inundações, principalmente para a população residente na bacia do Capibaribe. Uma vez que a

água das chuvas freqüentemente se misturam ao esgoto aumentam os riscos de saúde para as comunidades. Os

principais problemas do sistema de drenagem urbana do Recife são listados a seguir: (i) Impermeabilização

acentuada do solo, diminuindo a capacidade de infiltração das águas das chuvas, reduzindo o escoamento de base

e diminuindo o potencial de regulação dos deflúvios de superfície; (ii) Confinamento da calha fluvial de alguns

trechos do rio Capibaribe; (iii) Avanço na ocupação das várzeas naturais; (iv) Assoreamento, acúmulo de lixo e

vegetação e obstruções de diversos tipos; e (v) Deficiências do sistema de microdrenagem.

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j Gãuizrt; PRWETO CAPIBARIBE MELHOR

2.2.5 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA VIÁRIO

O rio Capibarbe corta radialmente a área do Projeto, configurando-se em barreira geográfica que distancia asrelações entre regiões situadas a norte e a sul do seu eixo, principalmente em toda extensão compreendida entre aIl e IV Perimetral Metropolitana. Na área de abrangência do Projeto os deslocamentos realizam-se através dediversos corredores viários, destacando-se as Avenidas Caxangá, Radial 3, Radial 4, Radial 5, Radial 6 e 17 deAgosto, BR-101 além de várias avenidas e ruas secundárias que atendem ao fluxo do entorno do rio Capibaribe. AFigura 3.28 ilustra o sistema viário na área de abrangência do Projeto. A Ponte Torre-Pamamirim (Il Perimetral) é oprincipal eixo viário de ligação entre as regiões seccionadas pelo Rio Capibaribe na região do Projeto. As avenidas17 de Agosto e Caxangá são vias arteriais, com função de ligação em eixo radial, enquanto que a Rua JoséBonifácio é parte integrante da 11 Permetral e juntamente com a IV Perimetral (BR-101) constituem as duas únicasvias de ligação entre as RPAs 03 e 04.

Figura 2.8: Sistema Viário na Area de Abrangência do Projeto

2.2.6 CARACTERIZAÇÃO DOS PARQUES URBANOS

Na área de abrangência do Projeto Capibaribe Melhor são localizados 3 parques urbanos do Recife:

* Parque da Jaqueira X Este parque situa-se à margem esquerda do rio Capibaribe e possui área de 75.000.Localizado em área nobre, diversos eventos são realizados em seu interor, que também abriga a Capela deNossa Senhora da Conceição, em estilo barroco. O Parque recebe cerca de 2.000 visitantes no sábado, 6.000no domingo e 2.500 na segunda-feira.

* Parque Santana w Também se localiza à margem esquerda do rio Capibaribe, a menos de 1km do ParqueJaqueira. Este Parque recebe cerca de 350 visitantes no sábado, 1.000 no domingo e 300 na segunda-feira.Embora os dois parques estejam próximos um do outro e localizados no mesmo bairro, o fato da maioria dosfreqüentadores do Parque Santana situarem-se nos níveis médios do estrato social pode ser explicado pelaproximidade desse parque de uma vila popular, ao contrário do Parque da Jaqueira que se situa próximo àedifícios residenciais de luxo.

* Parque Caiara X localiza-se à margem direita do rio Capibaribe, às margens da Paralela da Caxangá,atendendo cerca de 2.800 pessoas por mês. Atualmente pode-se constatar a seguinte situação no parque:espaço sem proteção e segurança; presença de animais e usuários de drogas; illuminação precária; edeterioração dos equipamentos existentes.

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f~cc~isu#A s PRFETO, CAPIBARIBE MELHOR

2.2.7 ÁREAS URBANAS DE RISCO

2.2.7.1 Áreas Potencialmente Alagáveis

O rio Capibaribe apresenta uma singularidade importante, embora 90% da sua bacia esteja embutida no "polígono

da seca", os principais afluentes apresentam regimes hidrológicos torrenciais, ou seja, potencialidade de

desenvolver grandes vazões em um período de tempo relativamente curto. Este fato, somado à baixa capacidade

hidráulica do do no seu final, causada por uma declividade incipiente e diminuída ainda mais pelos processos de

assoreamento da caixa com lixo e sedimentos, gera uma combinação de alto risco para enchentes e inundações.

Atualmente os alagamentos se apresentam em locais específicos nas temporadas de inverno, ou quando eventos

de maré alta. Dados da FIDEM, de 1974, apontavam os locais permanentemente alagados e os locais com

potencialidade de ser alagados localizados nas margens do rio Capibaribe. Passados 30 anos a situação hoje é

diferente. Algumas áreas foram aterradas e os locais classificados como permanentemente alagados são

inexistentes. Para efeitos desta caracterização, e ante a ausência de novos dados, considerou-se que os locais

apontados em 1974 como potencialmente alagáveis, continuam-lo sendo atualmente, entretanto, os locais

classificados na época como alagados, apresentam hoje somente uma potencialidade de alagamento.

O Projeto Recife (URB -1981) apresenta também uma relação de áreas com potencialidade de serem alagadas. Nos

dois estudos os locais coincidem, sendo o projeto Recife mais restritivo. Na margem direita do rio Capibaribe, estes

locais concentram-se especialmente na ZEIS Coque, na margem direita do rio desde a Torre até a BR-1 01, na bacia

do canal do ABC e no trecho artificial do rio na chegada à BR-1 01. Dentre as comunidades em estudo afetadas com

possibilidade de alagamentos estão: Caranguejo; Campo Tabaiares; Airton Senna e Invasão São João. Na margem

esquerda do rio Capibaribe, destacam-se a bacia do canal Santana e a Vila São João (próximo ao Açude Apipucos).

2.2.8 ÁREAS DE FRAGILIDADE AMBIENTAL

2.2.8.1 Ecossistema Estuarino

O litoral do Recife tem como característica predominante as baixas cotas de altitude, chegando, em alguns trechos,

a apresentar-se abaixo do nível do mar. Esse fato faz com que as águas do Atlântico penetrem no relevo costeiro,

criando um ambiente flúvio-marinho, o que favorece o surgimento dos estuários. O ecossistema estuarino é uma

zona de transição entre o ambiente costeiro o fluvial. Este ambiente é abastecido por grandes quantidades de

nutrientes provenientes dos sistemas fluviais, sendo considerados "uma zona de berçário" para várias espécies de

peixes e crustáceos.

Segundo o "Projeto Capibaribe - Um estudo do Estuário (CPRH-1992)", o efeito das marés no rio Capibaribe pode

ser sentido até uma distancia de 22km desde a foz, sendo todo este trecho considerado como estuário, estando

totalmente inserido na zona urbana da cidade do Recife. Essa área tem início nas proximidades da ponte Caxangá

e se estende até o Centro da Cidade. Cerca de 7% da área de abrangência do Projeto (sul-sudeste da mesma)

localiza-se na zona de baixo estuário do rio Capibaribe. As principais áreas estuarinas do litoral do Pernambuco

foram transformadas em reservas biológicas (Lei n9 6.938/81), e definidas como áreas de proteção ambiental,

através da Lei n° 9.931/86. Entretanto, a "Lei de Proteção de Áreas Estuarinas", como ficou conhecida, não chegou

a ser regulamentada no prazo de 180 dias. A despeito disto a área estuarina do rio Capibaribe têm sofrido forte

pressão antrópica. No Recife, a vegetação que caracteriza o ambiente estuarino é o mangue. Segundo a Lei

Municipal 16.930, de 17 de dezembro de 2003, os manguezais do Recife são considerados Áreas de Preservação

Permanente.

2.2.9 ÁREAS DE OCUPAÇÃO SUB-NORMAL

Na área de abrangência do Projeto existem 49 ZEIS e/ ou áreas pobres, sendo que 30 destas se localizam à

margem direita do rio Capibaribe e 19 à margem esquerda deste.

1 Áreas Pobres! ZEIS situadas à margem esquerda do rio Capibaribe =X Airton Senna, Alto do Céu,

Antero Mota, Arlindo Gouveia, Barão de Soledade, Barbalho, Beira Rio/José de Holanda, Caiara /Bomba

Grande, Campos do Cacique (ZEIS), Caranguejo /Tabaiares (ZEIS), Coque (ZEIS), DETRAN, Feira Velha

do Cordeiro, Comunidade São João, Itapiranga, Leal de Barros, Mangueira da Torre (ZEIS), Marquês de

Queluz, Santa Maria, Sitio do Cardoso (ZEIS), Sítio Valença, Skylab, Skylab 1, Vila do Papel, Vila Genésio,

Vila Nova Vida, Vila Santa Luzia, Vila São João, Vila São Pedro, Vila União (ZEIS).

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Mf~CO~LdWJ PRCOJETO CAPIBARIBE MELIOR^s r ,.d

1 Áreas Pobresl ZEIS situadas à margem direita do rio Capibaribe => Alto do Mandú 1 Alto SantaTerezinha (ZEIS), Apipucos/ Laura Godim (ZEIS), Cabocó (ZEIS), Campos da Vila (ZEIS), Canal doBanorte 1 Vila Maria, Ilha das Cobras / Lemos Torre, Macionila/ Mussum (ZEIS), Murilo Almeida, NossaSenhora da Conceição, Poço da Panela (ZEIS), Rua do Chacon, Sítio Grande, Tamarineira (ZEIS), Vila doVintém (ZEIS), Vila do Vintém 2, Vila Esperança (ZEIS), Vila Inaldo Martins (ZEIS), Vila Santana, Vila SãoJoão (ZEIS)

Grande parte desses assentamentos se encontra localizada em áreas de preservação ambiental (sobretudo emárea de mangues e APPs).

2.2.10 CURSOS DÁGUA

2.2.10.1 Rio Capibaribe

Interligando quarenta municípios, primeira via histórica de integração entre eles em princípios da colonizaçãobrasileira, e uma das mais importantes fontes de abastecimento de água, hoje o rio Capibaribe é um exemplo vivodo ônus do desenvolvimento não sustentável e da urbanização intensiva. Sofre desde problemas de poluiçãoquímica, na região do pólo têxtil de Santa Cruz do Capibaribe, a problemas de contaminação orgânica peladescarga de esgotos em suas águas e canais afluentes. Ainda, o desmatamento de matas ciliares ao longo de seucurso (em especial na zona da mata, norte do Estado) contribuiu para o assoreamento de sua calha, em associaçãoao empobrecimento generalizado e ocupação inadequada de suas margens por grandes quantidades de pessoasem situação de pobreza e miséria, conseqüência do inchaço das cidades maiores, especialmente na RMR.

O rio Capibaribe é o mais importante rio pernambucano, nascendo nas vertentes da Serra do Jacarará, no municípiode Poção a uma altitude de 1.100m, tendo 240km de extensão, desaguando no Oceano Atlântico, depois de cortartoda a cidade do Recife. O rio tem seu curso dividido em três trechos: (i) Alto Capibaribe; (ii) Médio Capibarbe; e (iii)Baixo Capibaribe

Os trechos alto e médio Capibaribe estão situados no Polígono das Secas, onde o rio apresenta regime temporáriodevido ao clima semi-árido com baixas precipitações. No curso inferior, o Capibaribe se torna perene a partir domunicípio de Limoeiro, na região agreste do estado, até o seu desaguadouro. A bacia hidrográfica do Rio Capibaribecompreende uma área de 7.716 km2, que representa 7,8% do território pernambucano. O afluente mais importantedo rio Capibaribe é o rio Tapacurá, com extensão de 30km e uma área de 437 km2.

Ao longo do seu percurso, já na zona estuarina da cidade, o rio Capibaribe percorre parte da área central da cidadee conta com 21 canais.

As vazões do rio Capibaribe estão fortemente condicionadas pela operação das represas construídas no leitoprincipal e nos seus afluentes. Especialmente na época das secas a vazão que chega ao Recife dependesignificativamente da quantidade de água liberada para jusante nas barragens. A Tabela 3.31 apresenta algumasvazões do rio Capibaribe, segundo a Agência Nacional das Águas.

Vazões Valores

Q (mV/s) 33,1

q (LIs/km2) 2,54

Q95 (m3/s) 0,78Fonte: ANA, 2002

* GESTÃO DOS RECURSOS HiDRICOS NA BACIA DO CAPIBARIBE

O Estado de Pernambuco possui desde 1997, uma legislação que prevê a criação de comitê de bacias, tendo sidoconstituídos os comitês dos Rios Pirapama, Jaboatão, Ipojuca, Goiana entre outros. O Rio Capibaribe, entretanto,ainda não possui seu comitê, nem tão pouco conselhos de usuários, sendo necessário para tal mobilizar 43municípios que fazem parte da bacia. Apesar de possuir importantes reservatóros de uso-múltiplo, apenas oreservatório para controle de enchentes de Carpina apresenta conflitos pelo uso das águas, porem desde 1999, aSecretaria de Infra-Estrutura vem mantendo contato direto com os usuários do reservatório, em específico ascolônias de pescadores, negociando, esclarecendo e informando sobre a operação daquele reservatório.

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

O Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Capibaribe, elaborado em 2002 com Recursos do PROAGUA,

prevê e fomece diretrizes para criação do comitê, e propõe para agilizar o processo de mobilização e organização

dos usuários, a implantação três sub-comitês,uma vez que são cerca de 43 municípios que integram a bacia. Na

elaboração do Plano Diretor foi realizado em Limoeiro um movimento de mobilização social, que deverá ser

coordenado pela SECTMA, responsável pelo Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos Estadual por orientar

e implantar as condições para efetivação da gestão compartilhada das águas.

* QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CAPIBARIBE

O monitoramento da qualidade das águas do rio Capibarbe é realizado pela Companhia Pernambucana de Meio

Ambiente - CPRH, desde 1995.

Em 2004, foram monitoradas dez estações na bacia hidrográfica do rio Capibaribe, com freqüência de coleta

bimensal, para o conjunto básico (Temperatura, pH, OD, DBO, Condutividade Elétrca, Cloreto, Fósforo e Salinidade

a partir de setembro) e quadrimensal, para Coliforme Fecal. O Mapa de Monitoramento da Qualidade das Águas do

Rio Capibaribe apresentado a seguir, bem como a Tabela 2.8 apresenta a localização das estações de amostragem.

Tabela 2.8: Estações de monitoramento das águas na bacia do rio Capibaribe

Estação Rio Local

CB-1 O A jusante da cidade de Limoeiro, no município de Limoeiro.

CB-30 Capibaribe Divisa dos municípios de Carpina e Lagoa de ltaenga.

CB-40 Jusante de Paudalho, na ponte da BR-408, no município de Paudalho

CB-55 Antes do deságüe do rio Goitá, no rio Capibaribe

Rio Goitá Após receber seus afluentes, rios Goitá e Tapacurá, na ponte à montante da Usina

08-60 Tiúma, no município de São Lourenço da Mata.

CB-62 Na ponte da PE-50, a jusante da cidade de Vitória de Santo Antão.

CB-65 Rio Tapacurá Barragem de captação de água da COMPESA, em São Lourenço da Mata.

CB-72 A jusante da cidade de São Lourenço da Mata, no local da antiga Barragem.

CB-80 Rio Na ponte da Av. Caxangá, na cidade de Recife.

CB-95 Capibaribe Na ponte na rua Eng2 Abdias de Carvalho, na Ilha do Retiro, em frente ao Sport Clubedo Recife, na cidade de Recife.

Classificação da qualidade das Bacias Hidrográficas

Não Enquadram-se, nesta categoria, os corpos de água que apresentam condições de qualidade de

comprometida água compatíveis com os limites estabelecidos para a classe 1 (Resolução CONAMA n° 20/86).comPrornetd Estes corpos d' água apresentam qualidade da água ótima, com níveis desprezíveis de poluição.

Pouco Enquadram-se, nesta categoria, os corpos de água que apresentam condições de qualidade de

comprometida água compatíveis com os limites estabelecidos para as classes 2, 5 e 7 (Resolução CONAMA n°

20/86). Estes corpos d' água apresentam qualidade da água boa, com níveis baixos de poluição.

Moderadamente Enquadram-se, nesta categoria, os corpos de água que apresentam condições de qualidade de

comprometida água compatíveis com os limites para as classes 3, 6 e 8 (Resolução CONAMA n° 20/86). Estescomprometida___ corpos d' água apresentam qualidade da água regular, com níveis aceitáveis de poluição.

Enquadram-se, nesta categoria, os corpos de água que apresentam condições de qualidade de

Poluída água compatíveis com os limites estabelecidos para a classe 4 (Resolução CONAMA n° 20/86).Estes corpos d' água apresentam qualidade da água ruim, com poluição acima dos limite!

aceitáveis.

Enquadram-se, nesta categoria, os corpos de água que não se enquadram em nenhuma das

Muito Poluida classes acima estabelecida. Estes corpos d' água apresentam qualidade da água péssima, con

poluição muito elevada.

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REPRESENTAÇÃO GRAfiCA DOS CORP D'ÁGUA DAS BACIAS DOS RIOS CAPIBA E E TEJPIO

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Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe - fonte site da CPRH - Agencia Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

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v- <,cznsullYg PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

A partir dos dados da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Capibaribe em 2004, conclui-se:

* A ocorrência de valores de OD abaixo de 5 mgAl em todas a estações de monitoramento, à exceção da CB-30

(Rio Capibaribe, 2 km a jusante da Usina Petribú); o limite mínimo é, no entanto, recuperado nos períodos

chuvosos;

* A ocorrência de valores de DBO ligeiramente acima do limite de 5 mgAl nas estações: CB10, CB55, CB65 e

CB80 (Ponte Caxangá/ Recife);

* A ocorrência de valores de cioretos acima do limite em todas as estações, à exceção da CB-55, sendo que nas

estações CB-10, CB-30, CB-40 e CB-95 (Ponte do Sport- Recife) o limite é superado em todas as medições;

* Valor de Cromo fora do limite a jusante de Limoeiro (CB-10); determinação de Cromo foi acrescida com o

objetivo de observar a influência de curtumes, nesse trecho da bacia;

* O reservatório de Tapacurá (CB-65) apresenta, a partir dos resultados, água boa para consumo após

tratamento, embora tenha se mantido eutrófico durante todo o ano. Não foi observada ecotoxicidade.

* Os níveis de Coliforme Fecal e Fósforo evidenciam o lançamento de esgoto de origem doméstica,

principalmente no terço final da bacia, a jusante das cidades de: Vitória de Santo Antão (CB-62), São Lourenço

da Mata (CB-72), Recife (CB-80 /Ponte Caxangá e CB-95/ Ponte Sport).

* Observam-se águas com tendência à básica devido a valores de pH de até 8,8 nas estações localizadas a

montante da bacia e decrescendo no sentido do estuáro.

* O rio Capibaribe apresenta-se salobro de Limoeiro até Paudalho (estações CB10, CB30 e CB40). Após o

deságüe do rio Goitá, que possui águas doces, o rio Capibaribe apresenta-se com variação entre águas

salobras e doces. Verificam-se águas salobras no rio Tapacurá sem, no entanto influenciar o reservatório que

se caracteriza por águas doces. Observa-se a influência da maré salina na CB-95 (Ponte Sport / Recife).

Em resumo, as águas do rio Capibaribe apresentam em geral índices baixos de qualidade, resultantes do impacto

de atividades antrópicas descontroladas na bacia. Os lançamentos de efluentes domésticos e industriais das

cidades localizadas na bacia, sem tratamento prévio, é o fator preponderante para esta situação. Outra conclusão

que já se antecipa pela análise dos resultados do monitoramento é que a melhoria de qualidade das águas do rio

não será alcançada apenas com ações concentradas no município do Recife.

2.2.10.2 Açude de Apipucos

O Açude de Apipucos situa-se na área urbana da cidade do Recife e é dividido em duas células por uma estrada e

ponte sob a qual ocorre a mistura das suas águas. Sua bacia hidrográfica tem área aproximada de 3,0 km2

encampando os bairros de Apipucos, parte de Casa Amarela, Nova Descoberta, Macaxeira e uma porção das matas

de Dois Irmãos remanescente de Mata Atlântica.

A célula 1 recebe a contribuição dos canais Burty e Macaxeira que conduzem águas de drenagem natural

associadas aos despejos clandestinos principalmente de natureza orgânica na forma de esgotos e lixos domiciliares.

Para a célula 2, drena o canal do Banho e Auxiliar que encontram-se muito assoreados e por esta razão fornecem

pouca contribuição volumétrica para o balanço hidráulico do Açude. O controle de nível e a saída das águas

excedentes do Açude ocorre por meio de um vertedouro tipo "tulipa" localizado na célula 1 que realiza a sua adução

de modo livre para o rio Capibaribe.

Tabela 2.9 - Dados do Açude Apipucos

Parâmetros Célula 1 Célula 2 TOTAL

Área bacia de drenagem (ha) 199,87 167,98 367,85

Área superficial das células (ha) 6,2 9,6 15,8

Volume (m3) 91.140 217.920 309.060

Os diversos problemas ambientais verficados no Açude estão de certa forma relacionados entre si, pois são

decorrentes do crescente processo de ocupação verificado em sua bacia hidrográfica. Podem ser destacados: o

acelerado processo de eutrofização, uma vez que o Açude é o corpo receptor da maior parte dos esgoto brutos

gerados em sua da bacia de drenagem; ocorrências eventuais de mortandade de peixes; crescimento excessivo de

plantas aquáticas; e significativa perda de área em decorrência do assoreamento contínuo.

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PROJETO CAPIeARIBE MELHOR

O açude de Apipucos vem recebendo a décadas contribuições de esgotos das casas localizadas em sua bacianatural de drenagem, que engloba parte dos bairros de Córrego do Jenipapo, Nova Descoberta, Macaxeira,Apipucos e Alto do Mandú. Essas contribuições afluem ao açude através do sistema de drenagem da bacia que éconstituído por canaletas, galerias, canais e de talvegues naturais que cortam a área, sendo o principal afluente ocanal da Macaxeira. Freqüentemente são necessárias atividades de limpeza no Açude, por conta da proliferaçãoexagerada das macrófitas aquáticas Eichhomia crassipes, também conhecida por jacinto d'água, baronesa ouaguapé. Essa comunidade, devido a sua elevada taxa de crescimento em águas ricas em nutrientes, vem tomandoextensas áreas do espelho d'água, fixando-se nas margens do Açude e dispersando-se na forma de ilhas flutuantesmovidas pela ação do vento. Com isso, o uso do Açude vem sendo prejudicado, especialmente o de recreação, poisdificultava a navegação. Além disso, também podia funcionar como abrgo de répteis, insetos e vetores de doenças,tais como mosquitos e caramujos. A limpeza não atende à demanda de todo o lixo trazido pelos canais provocandoassim a presença de insetos como maruins e muriçocas.

-e

Notar grande acúmulo debaronesas

Figura 3.36: Vista do Açude de Apipucos

Estudos batimétricos no Açude foram feitos em 1988 e em 2000. Nestes 12 anos, observou-se que na célula 1houve uma diminuição média de profundidade de 18%, sendo que nesta célula a profundidade media passou de1,80m (1988) para 1,47m (2000). Na célula 2 a diminuição média de profundidade foi de 12%, sendo que aprofundidade média desta célula passou de 2,58m (1988) para 2,27m (2000). Estes resultados comprovamquantitativamente que a célula 1 do Açude encontra-se mais vulnerável ao processo de assoreamento em curso.

2.2.11 VEGETAÇÃO E FAUNA

Foi elaborado um levantamento da vegetação e da fauna na área de abrangência do Projeto Capibaribe Melhor,representada pelo rio Capibaribe e suas margens, incluindo seus mais importantes canais tributários e asintervenções futuras em suas adjacências, como o Parque de Apipucos e ETE Cordeiro, cujo texto completo seencontra em anexo. De forma geral, a maior parte da vegetação encontra-se bem antropizada, o que era esperado,tendo em vista a sua inserção na área urbana.

2.2.12 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP

Segundo a Lei Municipal 16.930, de 17 de dezembro de 2003, constituem áreas de preservação permanente naárea de abrangência do Projeto Capibaribe Melhor:

* Faixa de 120m ao longo das duas margens do rio Capibaribe, que possui largura variando de 60 a 130m;* Faixa de 40m ao longo dos demais cursos d'água com até 1 Om de largura;

* Faixa de 50m ao redor do perímetro molhado do Açude de Apipucos;

* Área de manguezais.

A APP ao longo do rio Capibaribe, bem como ao longo do Açude de Apipucos, pode ser vista na Figura 3.43.A faixa de APP ao longo do rio Capibaribe, apresenta diversos trechos degradados com atividades antrópicas,incluindo habitações de baixo padrão construtivo.

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-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

-. ;,.^s PRQETO CAPIBARIBE MELHOR

, , , ., ,,-` ` ! '- ,-ZEFui

Porcentagem das Áreas Pobres Contempladaspelo Projeto localizadas na faixa de APPs

Area Pobre 1ZEIS Porcentagem de árealocalizada em APP %

1 - Airton Senna2 - Invasão São João 99

3 - Santa Marta 184 - Skylab 1005 - Santa Luzia 53 6 - Vila São João 9 (APP Açude Apipucos)

7 - N. S. Conceição '"._'__-_''_'

8 - Vila Esperança 849 - Cabocó 100O -Poço da Panela 100 -

1 - /ALaura Gondim 54 'APP AçudeA, ,.O 112-Caranguejo 26 -

Tabaiares da_resPors _otepads.___

Faixa APP: 120m rio Capibaribe e 5Om Açude

de Apipucos

Figura 2.9: Localização da faixa de APP ao longo do rio Capibaribe, bem como ao longo do Açude de Apipucos.

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g 3 "Ca1SL&IVY9 PROJETO CAPIEIARIBE MELHOR

3 CONCEPÇÃO GERAL DAS INTERVENÇÕES

3.1 COMPONENTES DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

O Projeto Capibaribe melhor constitui-se dos componentes ilustrados a seguir:

PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

DESENVOy1iMi NTQ SOCIALA .E DESENVOLVMENTO,= a +- ~~~~ECONÔMiCObNOiERRUITRIO -| UTITUCIONALkw-

É -1 R R-' TC

__I~ ~_ __ _ __ _ I

Deqhovlnntó da Educa"ó_ _ - .. 1- sanlitáian eY,as Vambierit4?. n irograrna de Melhoria da

- : Apoio a p~r,o,rn dotrabal ho e --, Gestão Fiscal e Finaanceira dolrenda Munic,p,o

1 Desenvo` ment das. '- Gestão Ambierital Munidpalpotendalidades esprivas entaT .Municipa

11S _ _ I cuIturais~, -; ' e . 1 -Gestão, Monihoramento e_.I-romoç,de operações avaliação do projeto

_urbanas'

1 Participação popular e controlesocial .

A população beneficiada pelas intervenções propostas pelo projeto foi estimada em 225.396 habitantes, totalizandoaproximadamente 56.349 famílias, distribuídas em 36 bairros, sendo que 116.244 habitantes moram à margemdireita do rio Capibaribe e 109.152 habitantes moram à margem esquerda. A Tabela 3.1 apresenta os custos deimplantação do Projeto Capibaribe Melhor, por componentes.

Componente Custo

| R$ | US$Urbanização Integrada do Território 118.817.185,00 39.605.728,00Desenvolvimento Social e Econômico do Território 6.170.000,00 2.056.667,00Desenvolvimento Institucional 8.812.600,00 2.937.533,00Imprevistos 6.600.215,00 2.200.071,00TOTAL 140.400.000,00 | 46.800.000,00

3.2 ÁREAS POBRES CONTEMPLADAS PELO PROJETO

Os sub-componentes: Sistemas de Água, Esgoto e Saneamento Integrado4; Recuperação do Sistema de Macro-Drenagem e Ampliação da Mobilidade e Acessibilidade Urbana propõem intervenções físicas em 25 áreas pobreslocalizadas na área de abrangência do Projeto, sendo que estas totalizam 19.725 hab. (Tabela 3.2). Acaracterização destas áreas pobres é apresentada no Anexo 2 e a localização destas pode ser vista no item 3.3.1.5.

4 O Saneamento Integrado irá promover melhorias nos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem,pavimentação de vias, reassentamento de famílias, educação sanitária e ambiental e ainda, melhoria das instalações hidro-sanitárias domiciliares, ligações domiciliares de água e esgoto, e controle de vetores.

23.

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

Tabela 3.2: Áreas Pobres contempladas pelo Projeto Capibaribe Melhor

Localização Área Pobre Intervenção Proposta

Margem Direita Rio Capibaribe- População Areas Pobres: 17.169 habitantes

1 - Airton Senna Saneamento Integrado

2 - Barbalho Saneamento Integrado /Recuperação de SES

3 - Invasão São João Saneamento Integrado

UE-39 4- Santa Marta Saneamento Integrado

5 Skylab Saneamento Integrado /Recuperação de SES

6 - Vila São Pedro Saneamento Integrado

7 - Detran Saneamento Integrado

8 - Vila São João Recuperação de SES

9 - Vila União Recuperação de SES10 - Itapiranga Saneamento Integrado

11 - Barão de Soledade Saneamento Integrado

UE-40 12-Caiara/Bomba Grande Saneamento Integrado13 - Marquês de Queluz Saneamento Integrado

14 - Vila Genésio Saneamento Integrado

15 - Skylab 1 Recuperação de SESUE-41 16 - Santa Luzia Recuperação de SES

UE-45 17 - Caranguejo Tabaiares Saneamento Integrado e recuperação de canal

Margem Esquerda Rio Capibaribe - População Áreas Pobres: 2.556 habitantes

18 Ilha das Cobras Saneamento Integrado e Recuperação canal

19- Cabocó Saneamento IntegradoD-8 20 -Vila Esperança Saneamento Integrado

21 - Poço da Panela Recuperação de SES

22 - N. Senhora Conceição Sistema viário

23 - Vila Inaldo Martins Sistema viário (remoção total)

D- 27 24 - ZEIS Vila São João Saneamento Integrado

25 - Caetés/ Laura Gondim Recuperação de SES

3.3 DETALHAMENTO DOS COMPONENTES DO PROJETO

No Anexo 1 é apresentada uma descrição detalhada dos componentes do Projeto Capibaribe Melhor. A seguir é

apresentada uma descrição mais sucinta dos mesmos.

3.3.1 COMPONENTE 1: URBANIZAÇÃO INTEGRADA DO TERRITÓRIO

3.3.1.1 Parques e Áreas Verdes

Este componente visa proporcionar espaços de lazer e de formação ambiental, cultural e esportiva nas duas

margens do no Capibaribe. São previstas as seguintes intervenções:

1 Implantação do Parque Apipucos X contempla a urbanização e arborização das margens do açude de

Apipucos, por meio da criação do Pólo de Educação Ambiental - Programa de Peixamento e instalação de

equipamentos para prática de esporte, cultura e lazer. Como subsidio para diminuição da poluição do Açude, o

Projeto prevê: (i) Recuperação de dois sistemas de esgotamento; e (ii) Implantação de um sistema de tomada

d'água em tempo seco que consiste em interceptar os esgotos que afluem ao Açude através do sistema de

drenagem da área e encaminhá-los para o rio Capibaribe.

1 Recuperação do Parque do Caiara X contempla a recuperação da infra-estrutura existente, bem como a

implantação do Projeto da Refinaria Multicultural do Caiara, inclusive aquisição de equipamentos e mobiliários e

criação do Centro de Esporte e Lazer. A Refinaria Multicultural é um espaço de formação, produção e difusão

cultural.

1 Ampliação do Parque Santana => contempla a elaboração do projeto de ampliação do Parque de Santana,

com recuperação da infra-estrutura existente, bem como a implantação do Projeto Academia da Cidade.

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RUM ~3g PROJETO CAPIBARIBE MELHOR" p t4 wd& as,

3.3.1.2 Sistemas de Água, Esgoto e Saneamento Integrado

A) ESGOTAMENTO SANITÁRIOAs intervenções propostas para o sistema de esgotamento sanitário são divididas da seguinte maneira:

Margem direita rio Capibaribe - Sistema Cordeiro e Cabanga

- Implantação de parte do Sistema de Esgotamento Sanitário SES-Cordeiro (UEs 39 e 40) incluindo osaneamento integrado em 12 área pobres localizadas nestas UEs (Airton Senna, Barão de Soledade, Barbalho,Caiara-Bomba Grande, Detran, Invasão São João, Itapiranga, Marquês de Queluz, Santa Marta, Skylab, VilaSão Pedro, Vila Genésio), bem como a recuperação de 5 SES existentes nestas UEs (SES Barbalho, SESSkylab, SES Skylab 1, SES Vila São João, SES Vila União 5);

- Saneamento Integrado em Caranguejo/Tabaiares (UE-45- D2A/ Sistema Cabanga);

- Recuperação do SES Santa Luzia (UE-41)

- Implantação da 12 etapa da Estação de Tratamento de Esgotos do Cordeiro- ETE Cordeiro (com capacidadepara atender as UEs 39 e 40 que representam 33 % do sistema Cordeiro como um todo)

Margem esquerda rio Capibaribe - Sistema Peixinhos

- Recuperação de dois SES existentes: SES Caetés/ Laura Gondim e SES Poço da Panela e implantação dosaneamento integrado em quatro áreas pobres (Cabocó, Ilha das Cobras, ZEIS Vila São João, Vila Esperança).

B) ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Serão realizadas ações para melhoria da prestação de serviços, implantação da setorização e efetivo controleoperacional, visando a otimização do sistema de abastecimento de água. A melhoria do sistema de abastecimentode água beneficiará diretamente a população residente nos distritos de distribuição D 8A, D 10 e D 11, localizadosna margem esquerda do rio Capibaribe, totalizando uma população de alcance de projeto de 76.306 habitantes e,na margem direita, D 8B, D 4B, D 5, D 26 e D 29, correspondente a 168.526 habitantes.

3.3.1.3 Recuperação do Sistema de Macro-Drenagem

O Projeto prevê a recuperação de onze canais - ABC, Buriti-Macaxeira, Caiara, Jenipapo, Pamamirim, Prado, SantaRosa, São Mateus, Serpro, Sport, Valença - por meio de ações que melhorem o escoamento e as condiçõespaisagísticas dos mesmos. Destes canais, seis possuem habitações às suas margens que necessitam, ora porcondição precária da ocupação (palafitas), ora por estarem com as construções em cima das paredes dos próproscanais, ocupando áreas públicas, ser relocadas. Os demais que não necessitam de remoções, foram selecionadosora por possuírem trechos de revestimento que faltam ser completados, a fim de que sejam reduzidos custos namanutenção e limpeza dos mesmos, ora por integrarem demais ações propostas no âmbito do Projeto. As açõespropostas para a melhoria do sistema de macro-drenagem beneficiarão uma população direta de aproximadamente78.560 habitantes, que residem nas proximidades dos onze canais que sofrerão intervenções. No Anexo 3 éapresentado o Relatório Técnico das Intervenções Propostas para o Sistema de Macro-drenagem do ProjetoCapibaribe Melhor.

3.3.1.4 Ampliação da Mobilidade e Acessibilidade Urbana

São previstas as seguintes intervenções:

_ Pavimentação dos seguintes trechos: (i) Alças de acesso ao viaduto Semi-Radial, margens esquerda e direita;(ii) Alças de acesso ao viaduto 1II Perimetral, margens esquerda e direita; (iii) Trecho da av. 17 de Agosto;Implantação do canteiro de acesso ao viaduto Semi-Radial e da Radial IV (trecho: Parque Santana até a pontedo viaduto da Semi-Radial);

_ Implantação de ciclovias: (i) Trecho Parque Santana; e (ii) Trecho Parque Caiara;

_ Implantação de praças: (i) Praça da av. 17 de Agosto com rua Apipucos (rotatória); (ii) Praça do binário da Estr.do Arraial com a Estr. do Encanamento (rotatória); e (iii) Praça do Pamamirim;

Implantação das Pontes Víadutos: (i) Semi-Radial; e (ii) 111 Perimetral.

S O diagnóstico técnico dos sistemas de esgotamento sanitáro (SES) contemplados pelo Projeto Capibarbe Melhor encontra-se no Anexo 5.

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H Cccqlsffi?w3 PROJETO CAPIARIBE MELHOR

SEMIPER ETR XL EN -11.

Implanlação ae v,a i'IB*t'Adequaçào RecuperaçaoManuiençaãc' S,n3azar1ào

Intervenção Fuiura t PERlNIETR.L(111 Perimetral)

Figura 3.1: Mapa Esquemático - Sistema Viário Proposto

Com o objetivo de flexibilizar a implantação as ações viárias foram fracionadas em sete conjuntos de intervenções:

Conjunto A - Sub-sistema Semi-perimetral (4,8 km): Margem Esquerda = Ponte viaduto da Semi-perimetral,

Rua 19 de Abril, Rua Pinto Campos e vias laterais, Rua Tapacurá, Rótula Encanamento- Arraial/ Av. 17 de

Agosto, Rótula Rua 19 de Abri e Av. 17 de Agosto, trecho entre rótulas na Av. 17 de Agosto ! Marqem Direita n

Rua Maria de Fátima Soares, Rua Itapiranga, Via Lindeira ao Rio Capibaribe (entre Rua Itapiranga e Ponte do

Barqueiro), Rua Jomalista Possidônio Cavalcanti, Rua José Pessoa de Queiroz e Estrada do Barbalho.

Conjunto B - Integração Semi-perimetral a Radial V (binário- 1,3 km): Marqem Direita X Rua Dom

Diamantino Costa, Rua Maria de Fátima Soares e a Rua Pereira Coutinho Filho.

Conjunto C - Integração Semi-perimetral ao Parque do Caiara - 2,8 km): Margem Direita X Rua Palmital e

prolongamentos (trecho entre a Rua Itapiranga e Parque do Caiara), Via Lindeira ao Parque do Caiara (entre a

Rua Palmital e a Rua Dr. José Anastácio da Silva Guimarães) , Rua Leal de Barros e Via Lindeira ao Parque do

Caiara (trecho entre a Rua Leal de Barros e a Radial V).

Conjunto D - Sub- sistema 1II Perimetral- 4,65 km: Margem Esauerda n Ponte da 1I1 Perimetral, Rua do

Chacon, Rua Oliveira Góes, Rua Dona Olegarina de Cunha e vias laterais, Rua João Cauás, Rua Dr. Luís Ribeiro

Bastos, Vias Lindeiras ao Rio Capibaribe (trecho entre a Rua Oliveira Góes e Rua Jorge Gomes de Sá) e Rua

Santana / Margem Direita X Av. Prof. Estevão Francisco da Costa, Rua São Bento do Norte, Via Lindeira ao

Capibaribe (trecho entre a Rua São Bento do Norte e Av. Prof. Estevão Francisco da Costa), Vias laterais a Av.

Prof. Estevão Francisco da Costa e a 1I1 Perimetral, Vias contomos ao Casarão do Cordeiro.

Conjunto E - Integração Parque Santana/ Av. 17 de Agosto/ Av. Rui Barbosa (4,5km - vias internas locais):

Maraem Esauerda m Rua João Santos Filho, Rua Saulo Suassuna, Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, Rua José

Gomes de Sá/ Rua Afonso Albuquerque de Melo e Rua lgarrassu.

Conjunto F - Binário Estrada do Encanamento/ Estrada do Arraial (6,9 km): Maraem Esquerda X Estrada do

Encanamento, Estrada do Arraial, Av. 17 de Agosto e Rua Desembargador Góis Cavalcanti.

Conjunto G - Integração Semi-perimetraü 1I1 Perimetral (lkm-vias internas locais): Margem Esquerda = Rua

Jorge Albuquerque, Rua Dr. Seixas, Rua Marechal Bitencourt/ Rua Engenheiro Jair Furtado Meireles, Rua

Joaquim Xavier Andrade, Rua Tapacurá, Rua Luís Guimarães e Estrada Real do Poço (trecho entre a Rua Luís

Guimarães e Rua Marechal Bitencourt).

Tendo em vista a revisões do orçamento de implantação do sistema viário e as restrições na disponibilidade de

recursos, foi priorizada a implantação dos seguintes conjuntos, nesta ordem: A, B, C, F e E. Os conjuntos D e G

serão implantados de acordo com a disponibilidade financeira da Prefeitura do Recife e/ ou com a possibilidade de

estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada para sua execução. No entanto, o Projeto Capibaribe Melhor

irá financiar a elaboração do projeto básico de todas as intervenções viárias e portanto, será apresentada a

avaliação de impacto ambiental do sistema viário proposto, como um todo (sem cortes).

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í; ~ W. IS- <eaisftx PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

3.3.1.5 Reassentamento

Estima-se que 1.453 famílias deverão ser reassentadas para implantação das intervenções propostas pelo Projeto,sendo 150 devido à intervenções viárias, 997 devido às ações de saneamento e 306 devido à ações de macro-drenagem. A Tabela 3.2 apresenta quantitativo das remoções devido às ações de saneamento e macro-drenagem,bem como a relaciona as possíveis áreas onde a população será reassentada e a sua distancia (Ver Figura 3.2).

Sanea.mento Distancia até o local deRecuperação reassentamento

SES Saneamento (NÇ área e distância daN Comunidade Integrado Macro-Drenagem origem)1 Airton Senna (UE-39) . 178 Área 4 - 800 m2 Barão Soledade (UE-40) . 1 Á Area 33 - 800m3 Barbalho (UE-39) . 4 Area 2 - 400m4 Caiara/ Bomba Grande (UE-40) . 151 Á Área 33 - 600m5 Caranqueio/ Tabaiares (UE-45) . 171 108 (Canal Prado) Area 36 - 100m6 Invasão São João (UE-39) . 50 Á Area 13- 1.000m7 Detran (UE-39) Á 10 . Área 13-500m8 Itapiranqa (UE-40) 28 Á Área 33 - 700m9Marquês Queluz (UE-40) 14 Área 33 - 550m

. 12 (Canal Santa Rosa Area 34 -(Santa Rosa-400m e10 Santa Luzia (UE-41) . e Valença) Valença- 1.800m)11 Santa Marta (UE-39) . 58 Area 4 - 600m12 Skvlab (UE-39) 59 Á Areal 12-400m13 Vila das Flores (UE-45) - . 16 (Canal ABC) Area 36 - 700m14 Vila Genésio (UE-40) . 8 Á Área 33- 200m15 Vila São João (UE-39) 127 Area 13 - 2.000m16 Vila São Pedro (UE-39) - 7 - Área 33 - 1.OOOm

TOTAL MARGEM DIREITA 127 739 13717 Cabocó(D8) 16 - Area 28 - 100m18 Caetés/ Laura Goldim 32 .- Área 20/21 - 400m19 Ilha das Cobras (D8) 29 150 (Parnamirim) Área 34 - 1.200m20 Poço da Panela 18 .- Área 28 - 1.000m21 Vila Esperança (D8) 6 Area 28 - 130m22 ZEIS Vila São João 30 20 (Canal Burity) Area 26 - 300m

TOTAL MARGEM DIREITA 50 81 170177 820 306

TOTAL GERAL 997 306

As intervenções relativas ao sistema viário irão causar o reassentamento de 150 famílias, conforme apresentado:

Intervenção Detalhamento Familias Distancia até o local deViária Reassentadas reassentamento

(área e distância)

Margem Esquerda (Vias laterais da Rua Pinto 80 Área 3- 1.200mSub-Sistema Coelho, Rua Tapacurá e Rótula Encanamento

Semi-Perimetral /Av. 17 agosto)

Margem Direita (Estrada do Barbalho) 40

Integração Semi- Rua Palmital e prolongamentos 15 Área 10-600mPerimetral /

Parque Caiara

Sub-Sistema 1I1 Margem Esquerda (Rua do Chacon , e Rua 15 Área 30- 600mPerimetral Oliveira Góes)

TOTAL 150 _

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i6(ix.afisaty1Q PROETO CAPIBRIBE MELHOR

A Figura 3.2 ilustra as ZEIS e áreas pobres contempladas pelo Projeto e as áreas disponíveis para reassentamento

da população conforme as tabelas anteriores

Caete '26 RM

Gondir I ~~~Ap Vila aJo oao

| S=;A~~~~ irton ~|A - n enna Vila Inaldo Martins

tInva; 9« j~V218t erança

Ilha das Cobras\ q3<4 97 7sVil ão Pedro 4,4 32

cbtra' o ara SoledadePARNA SEFPRO

3 E IS Poço da Panela

LI. 'nha Vila Genésio -

Granu, ,

/SAN;A Vila Santa Luzia

/ OSA/

\ VALENÇA

LEGENDA

* ÁREAS PARA REASSENTAMENTO SP* ZEIS E AREAS POBRES DO PROJETO PRADO

CANAIS

LIMITE ÁREA DO PROJETO

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ b a ' res

ABC

Figura 3.2: Áreas Pobres Contempladas pelo Projeto e Áreas Disponíveis para Reassentamento

Tendo em vista a indisponibilidade dos projetos executivos das intervenções propostas, durante a fase de

preparação do Projeto Capibaribe Melhor foi desenvolvido um Marco Conceitual de Reassentamento, de modo a

ancorar o desenvolvimento do futuro plano de reassentamento.

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~% MCC>stIX PROJETO CAPI"IRIBE MELHOR

3.3.2 COMPONENTE II - DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO

3.3.2.1 Desenvolvimento da Educação Ambiental e Sanitária: Implantação de ações que visem umaconscientização ambiental e sanitária, expondo e justificando para a população a relevância dapreservação do meio ambiente.

3.3.2.2 Apoio à Promoção de Trabalho e Renda: Apoio aos micro-empreendimentos individuais oucoletivos, buscando a promoção de trabalho e renda. São previstas as seguintes ações: (i) Implantaçãode um Centro Público de Promoção de Trabalho e Renda; (ii) Implantação de dois Núcleos de Triagem deResíduos Sólidos; (iii) Qualificação e ampliação da atividade de transporte em pequenas embarcações,inclusive para turismo ecológico e lazer.

3.3.2.3 Desenvolvimento das Potencialidades Esportivas e Culturais: Formação de agentes paraatuarem nas áreas de esporte e lazer existentes, favorecendo o desenvolvimento das atividadesesportivas e culturais da população.

3.3.2.4 Promoção de Operações Urbanas: Elaboração de um diagnóstico da área do Projeto paraidentificação das áreas de interesse para implantação das operações urbanas. Além disto, serãorealizados dois seminários de oportunidades imobiliárias e urbanísticas durante o período de execuçãodo Projeto.

3.3.2.5 Participação Popular e Controle Social: Participação popular e o controle social, tendo comoprincipais atividades; (i) Ações de Mobilização e Comunicação Social; e (ii) Implantação de cinco NúcleosComunitários de Defesa Civil - NUDECS- em assentamentos precários ao longo da área de abrangênciado Projeto.

3.3.3 COMPONENTE 1II - DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

3.3.3.1 Melhoria da Gestão Fiscal e Financeira do Município: Fortalecimento da administração fiscal efinanceira do Recife, resultando em melhor arrecadação fiscal, maior qualidade na execuçãoorçamentária, redução dos custos administrativos, e, por conseqüência, melhor capacidade deinvestimento no futuro.

3.3.3.2 Gestão Ambiental Municipal: Estruturação e fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal, por meiode: (i) Estruturação e instalação do Sub-Comitê da Bacia do Rio Capibaribe da RMR; (ii) Estruturação eimplementação da Política Municipal de Educação Ambiental; (iii) Regulamentação de 4 Zonas Especiaisde Proteção Ambiental -ZEPAs: Ilha do Zeca, Açude de Apipucos, Iputinga-Apipucos, Parque dasCapivaras; (iv) Municipalização do Licenciamento Ambiental; e (v) Ampliação da fiscalização ambiental.

3.3.3.3 Gestão, Monitoramento e Avaliação do Projeto: Desenvolvimento de mecanismos gerenciais paraexecução, supervisão e comunicação das ações do Projeto Capibarbe Melhor, bem como da avaliaçãode resultados por meio de indicadores de gestão e de desempenho, mediante coordenação de UGP-Unidade de Gerenciamento do Projeto, a ser crada no âmbito da URB Recife (Empresa de Urbanizaçãodo Recife), apoiada por consultoria especializada.

3.3.4 MAPA GERAL DAS INTERVENÇÕES FiSICAS

A seguir, é apresentado o mapa com as intervenções físicas previstas no Projeto Capibaribe Melhor.

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ff~~COflSLdtk?g PRQJETO CAPIBARIBE MELHOR.~ pr ~a 0d.

4 MARCO LEGAL E INSTITUCIONAL

4.1 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E DE RECURSOS HIDRICOS

4.1.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL

4.1.1.1 Meio Ambiente

* Lei 6.938181 que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, criou o CONAMA - Conselho Nacionaldo Meio Ambiente, órgão consultivo e deliberativo. Posteriormente, o Decreto 99.274, de junho de 1990,estabeleceu o SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente, integrado, essencialmente, pelo CONAMA epela Secretaria do Meio Ambiente (depois transformada em Ministério do Meio Ambiente, através da Lei n2

8.490, de novembro de 1992).

* Lei Ne 4.771165 que dispõe sobre o Código Florestal, prncipalmente o seu artigo 20, que trata das áreas deproteção permanente as florestas e demais formas de vegetação nas nascentes e ao longo dos cursosd'água.

* Lei N9 9.605/98 (Lei de crmes ambientais) que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadasde condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

* Lei N2 9.985/00 que regulamenta o art. 225, § lo, incisos 1, li, 111 e Vil da Constituição Federal, institui oSistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e dá outras providências.

* Lei N2 10.257/01 que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrzes geraisda política urbana e dá outras providências.

* MEDIDA PROVISÓRIA Ne 2.166-2.167/01 que altera os arts. 19, 49, 149, 16 g e 449, e acresce dispositivos àLei NQ 4.771, de 15 de sebmbro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei N2

9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.

Art. 4° - A supressão de vegetação em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada emcaso de utilidade pública ou de interesse social, devidamente caracterizados e motivados em procedimentoadministrativo próprio, quando inexistir altemativa técnica e locacional ao empreendimento proposto".

* RESOLUÇÃO CONAMA N2 303/02 que dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas dePreservação Permanente.

Art. 32 - Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:

I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com largura mínima, de:- trinta metros, para o curso d'água com menos de dez metros de largura;- cinqüenta metros, para o curso d'água com dez a cinqüenta metros de largura;- cem metros, para o curso d'água com cinqüenta a duzentos metros de largura;- duzentos metros, para o curso d'água com duzentos a seiscentos metros de largura;- quinhentos metros, para o curso d'água com mais de seiscentos metros de largura;

111 - ao redor de lagos e lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de:

a) trinta metros, para os que estejam situados em áreas urbanas consolidadas;b) cem metros, para as que estejam em áreas rurais, exceto os corpos d'água com até vinte hectaresde superfície, cuja faixa marginal será de cinqüenta metros;

4.1.1.2 Recursos HídricosEm janeiro de 1995, uma Medida Provisória alterou o nome do Ministério do Meio Ambiente, inserindo-lhe aexpressão "Recursos Hídricos", criando então a SRH - Secretaria de Recursos Hídricos, dentro do âmbito do próprioministério.

* Lei 9.433/77 que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o SINGRH - Sistema Nacional deGerenciamento de Recursos Hídricos; essa Lei substituiu, parcialmente, o Código das Águas (Lei de Direitode Agua do Brasil), promulgado em julho de 1.934.

* Lei 9.984/00 que dispõe sobre a criação da ANA - Agência Nacional de Águas, entidade integrante doSINGRH e responsável pela implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Em termos deadministração pública, a lei que instituiu a ANA inova ao dizer que a autarquia será dirigida por uma Diretoria

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ff( Caon"Y9 PROJETO CAPI~ARIBE MELHOR

Colegiada, cujos membros terão tempos de mandato, somente podendo ser exonerados de suas funções se

ocorrerem motivos especiais, devidamente explicitados no mencionado texto.

4.1.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL

A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE PERNAMBUCO, promulgada em 05 de outubro de 1989, define que compete ao

Estado e aos Municípios, em consonância com a União, nos termos da lei, proteger áreas de interesse cultural e

ambiental. O Estado de Pemambuco possui as seguintes Leis e Decretos pertinentes ao assunto em pauta:

4.1.2.1 Meio Ambiente

* Lei n2 9.93V86 que define como área de proteção ambiental as reservas biológicas constituídas pelas áreas

estuarnas do Estado de Pernambuco.

Art. 29. São definidas como áreas de proteção ambiental as reservas biológícas situadas no litoal do Estado

de Pemambuco, constituídas pelas áreas estuarinas adiante relacionadas (...) ViII - área estuarina do rio

Capibaribe.

* Lei n2 9.989'87 que define reservas ecológicas da Região Metropolitana do Recife.

Art.2°. São definidas como reservas ecológjcas, as áreas abaixo discriminadas no Recife: Dois Irmãos,

Jardim Botânico, Engenho Uchoa, Curado e São João da Várzea.

* Lei n2 9.99f87 Parcelamento do solo urbano na Região Metropolitana do Recife.

* Lei n211.02194 que disciplina a estrutura, competência e funcionamento do Conselho Estadual do Meio

Ambiente.

* Lei n2 11.20095 Política florestal.

Capítulo IV - Da proteção florestal

Art. 8°. E proibida a supressão parcial ou total da vegetação de preservação permanente, salvo quando

necessária à execução de obras, planos ou projetos de utilidade pública ou interesse social e não exista no

Estado nenhuma outra altemativa de área de uso para o intento.

§ 10. Na hipótese prevista neste artigo a supressão de vegetação deverá ser precedida de:

- 1 - lei específica;

- 11 - elaboração de estudos de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental - EIA/RIMA e

licenciamento do órgão competente.

§ 2Q. A supressão da vegetação de que trata este artigo deverá ser compensada com a preservação ou

recuperação de ecossistema semelhante, em no mínimo correspondente à área degradada que garanta a

evolução e a ocorrência dos processos ecológicos, anteriormente à conclusão da obra.

Art. 99. Considerase de preservação permanente, as florestas e demais formas de vegetação natural

situadas: 1 - ao longo dos rios e demais cursos d'água; 11- ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios

d'água naturais ou artificiais; 111 - nas nascentes permanentes ou temporárias, incluindo os olhos d'água; IV

- no topo de morros, montes e montanhas; V - nas encostas ou partes destas; Vi - em altitudes superiores a

750 (setecentos e cinqüenta) metros; Vil - nos manguezais, em toda a sua extensão; Vil - nas restingas,

em faixa mínima de 300 (trezentos) metros da linha de preamar máxima; IX - nas águas estuarinas que

ficam sob regime de maré; X - nas bordas de tabuleiros ou chapadas

§ 2°. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perimetros urbanos,

definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território

abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo.

* Lei n9 11.51697 que dispõe sobre o licenciamento ambiental, infrações ao meio ambiente e dá outras

providências. Alterada pela Lei 11.734 de 30 de dezembro de 1999.

Art. 2° A CPRH tem como objetivos exercer a função de órgão ambiental do Estado de Pemambuco,

responsável pela execução da Política Estadual de Meio Ambiente, atuando no controle da poluição urbano-

industrial e rural, na proteção do uso do solo e dos recursos hídricos e florestais, mediante: 1 -licenciamento,

autorização e alvará; 11 -fiscalização; 111 -monitoramento; IV-gestão dos recursos ambientais.

§ 22 A CPRH tem poder de polícia administrativa para exercer a fiscaliíação e impor as penalidades previstas nesta

Lei, nas demais Leis e normas ambientais decorrentes.

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PROJETO CAPIeARIBE MELHOR

Art. 4° - A implantação, ampliação e funcionamento do empreendimento ou atividade potencialmentecausadora de poluição ou degradação do meio ambiente depende de prévio licenciamento pela CPRH, semprejuízo de outras exigências legais.

Art. 50° A CPRH fará o licenciamento ambiental, expedindo:- 1 - Licença Prévia (LP) -na etapa preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem

atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federaisde uso do solo.

- 11 - Licença de Instalação (LI) -autorizando o início da implantação, de acordo com as específicações constantes doProjeto Executivo aprovado.

- 111 - Licença de Operação (LO) -autorizando, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e ofuncionamento de seus equipamentos de controle, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e de Instalação.

* RESOLUÇÃO CONSEMA no 003/2002 que dispõe sobre a identificação e o zoneamento das Áreas dePreservação Permanente (APPs) da Região Metropolitana do Recife.

4.1.2.2 Recursos Hídricos

* Lei n9 11.426/97 que dispõe sobre a política e o Plano Estadual de Recursos Hídricos, institui o SistemaIntegrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Seção 1 - Da outorga de direito de uso dos recursos hidricosArt. 62. Dependerá de outorga administrativa:- 1 - a implantação de empreendimento que demande a utilização de recursos hídrcos;- 11- a execução de obras ou serviços que alterem o regime, quantidade ou qualidade dos mesmos.

Seção II - Do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de PernambucoArt. 20. O Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de Pemambuco -SIGRH/PE tem por finalidade coordenar e executar a Política Estadual de Recursos Hidricos, assim comoformular, atualizar e aplicar o Plano Estadual de Recursos Hídricos no território de Pemambuco.

* Lei n2 12.008/01 que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá outras providências.

* DECRETO n2 20.26g97 que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Plano Estadual deRecursos Hídricos, institui o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos e dá outrasprovidências.

Legislação Estadual de Recursos Hídricos

As leis estaduais no 11.426 que versa sobre a Política e o Sistema Estadual de Recursos Hídricos,regulamentada pelo decreto no 20.269 de 24 de dezembro de 1997, e a no 11.427 que versa sobre aConservação e Proteção das Águas Subterrâneas no Estado, regulamentada pelo decreto no 20.423 de 26 demarço de 1998 que constituem a legislação especifica de recursos hídricos. A Política Estadual de RecursosHídricos, definida pela lei Estadual no 11.426, de 17 de janeiro de 1997, tem como elementos básicos o PlanoEstadual de Recursos Hídricos e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

O primeiro Plano Estadual de Recursos Hídricos de Pemambuco - PERH-PE, concluído em 1998, foielaborado a partir de dados secundários, informações e estudos disponíveis, complementados por novasinvestigações, pesquisas e estudos específicos, aplicando modernas técnicas de simulação, sensoriamentoremoto e geoprocessamento. Simultaneamente com a elaboração do Plano, implantou-se e vem sendoaprimorado o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos - SIRH, para desenvolver ações sistemáticasno âmbito da gestão das águas.

Programa de Gestão Integrada de Recursos HídricosO Programa de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos, regulamentado pelo Decreto Estadual N° 25.388,de 14 de abril de 2003, foi enquadrado no Plano Plurianual - PPA e ratificado como instrumento de açãoestratégica do Programa de Governo pela Secretaria de Planejamento do Estado.

Enquadramento dos Cursos d'ÁguaO enquadramento dos cursos de água do Estado de Pernambuco foi feito através do Decreto no 11.760 de 27de agosto de 1986, com base na classificação estabelecida pelo Decreto no 7.269 de 05 de junho de 1981. ODecreto no 7.269 regulamenta a Lei n° 8.361, de 26 de setembro de 1980, que por sua vez dá nova redação

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a dispositivos da Lei n° 7.541 de 12 de dezembro de 1977. No entanto, como as Leis no 8.361 e 7.541 não

tratavam do enquadramento, o Decreto no 7.269 não poderia regular um assunto não tratado na Lei, e

conseqüentemente o Decreto 11.760 foi revogado. Apesar do enquadramento dos corpos d'água não ser

explicitamente considerado como um dos instrumentos da política de recursos hídricos, segundo a Lei n°

11.426/97, a outorga e a cobrança deverão considerar, dentre outros, a classe de uso do corpo d' água onde

se localiza o uso ou derivação. Na condição de órgão gestor das águas pemambucanas, a SECTMA, deverá

prestar todo apoio e suporte de natureza técnica, operacional e administrativa ao Conselho Estadual de

Recursos Hídricos e ao Comitê, cabendo-lhe também as proposições para o enquadramento dos cursos

d' água em classes de uso preponderante.

4.1.3 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

As bases da política municipal do meio ambiente do Recife foram estabelecidas pelo art. 125, parágrafo único, da

Lei Orgânica do Município do Recife - LOMR, consubstanciadas nas diretrizes previstas no Plano Diretor de

Desenvolvimento da Cidade do Recife - PDCR, cujo art. 66 instituiu o Sistema de Gestão Ambiental, formado por 2

órgãos: um definidor das diretrizes, o Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMAM, órgão colegiado de

participação paritária entre o Poder Público e a sociedade civil; e o outro, integrante da estrutura administrativa do

Município, como órgão executivo da gestão ambiental. A Cidade do Recife possui as seguintes Leis e Decretos

pertinentes ao assunto em pauta:

• LEI N.2 15.906/94 - Dispõe sobre a adoção de sítios e parques ecológico por pessoas jurídicas de direito

privados, inclusive instituições com fins lucrativos.

Art. 1.° - Fica estabelecido que através de contrato entre a Prefeitura da Cidade do Recife, e instituições civis com

ou sem fins lucrativos, pessoas jurídicas de direito privada poderão adotar parque, bosques, várzeas e outros sítios

pertencentes a território do município, no sentido de por esse contrato de adoção, realizarem obras de recuperação

destes locais sempre que necessário e proverem os meios de preservação e manutenção da integridade ambiental

dos mesmos.

* LEI N.2 16.0471Z - Institui o Fundo Municipal do Meio Ambiente e dá outras providência.

Art. 1. ° - Fica instituído o Fundo Municipal do Meio Ambiente, que tem objetivo, assegurar, no âmbito do Município

do Recife, recursos financeiros necessários ao desenvolvimento das ações da policia de Meio Ambiente, na forma

da Lei Orgânica do Município do Recife e o Plano Diretor de Desenvolvimento da Cidade do Recife.

* LEI N9 16.243de 13 de Setembro 1996, que estabelece a política do meio ambiente da Cidade do Recife e

consolida a sua legislação ambiental, mediante a instituição do Código do Meio Ambiente e do Equilíbrio

Ecológico da Cidade do Recife.

* LEI N.9 16.348/97 - Torna obrigatório o plantio de vegetação nativa da Mata Atlântica da região de

Pernambuco em todos os logradouros públicos da cidade do Recife.

* LEI N.9 16.652-01 Dispõe sobre a criação do Plano de Conservação e Avaliação Ambiental da calha do Rio

Capibaribe.

Art. 1.Q - Fica criado o Plano de Conservação e Avaliação Ambiental da calha do Rio Capibaribe, no trecho

compreendido entre a sua foz e o limite oeste do município do Recife, incluindo a área não edificada de suas

margens.

Art. 2.9 - O Plano de Conservação e Avaliação Ambiental tem por objetivo:

- 1. A proteção do Rio Capibaribe no trecho em que atravessa a Cidade do Recife, incluindo o seu estuário;

- 1i. A conservação do manguezal adjacente;

- IV.Monitoramento e avaliação permanente das atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente, ao

longo de seu curso;

* LEI N.2 16.609 de 18 de dezembro de 2000 Altera o zoneamento da cidade do Recife e institui a Unidade

de Conservação do Açude de Apipucos.

* Lei 16.930/03 que modifica o Código do Meio Ambiente e do Equilíbrio Ecológico do Recife, define os

critérios para o estabelecimento da Área de Preservação Permanente no Recife e cria o Setor de

Sustentabilidade Ambiental.

Art. 19 - O art. 75 da Lei Municipal n° 16.243, de 14 de setembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: ̀ Art.

75 - Compete ao Município na forma de LOMR e do PDCR, proteger e preservar as florestas e outras formas de

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PRWETO CAPIBARIBE MELHOR

vegetação existentes em sua jurisdição territorial, as quais são consideradas bens de interesse comum a todos oshabitantes, na forma deste Código e da legislação florestal do Estado e da União.

§ 19 - Considera-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, todas as formas de vegetação existentesnas áreas urbanas do Município do Recife e situadas:

I - ao longo dos corpos e cursos d' água desde o seu nível mais alto, em faixas marginais paralelas, em ambos oslados, cujas larguras mínimas horizontais serão:

a) de 40 (quarenta) metros para os cursos d' água de até 10 (dez) metros de largura;b) de 60 (sessenta) metros para os cursos d' água que tenham acima de 10 (dez) e até 50 (cinqüenta) metrosde largura;c) de 120 (cento e vinte) metros para os cursos d' água que tenham largura superior a 50 (cínqúenta) metros;

11 - nas áreas de manguezais;111 - no topo das colinas, assim como nas suas encostas ou partes destas com declividade superiora 45 graus;IV - ao redor de nascentes, olhos d' água, lagos e lagoas ou reservatório de água, naturais ou artificiais, numa faixade 50m (cinqüenta metros) distantes dos perimetros molhados em tomo das margens destes;

§ 22 - O disposto no parágrafo anterior não se aplica:I - às áreas não revestidas de vegetação, até a data de 12 de agosto de 2002, conforme registrado na imagem desatélite QUICKBIRD/2002/Prefeitura do Recife;11 - aos terrenos localizados em quadras parcialmente edificadas, até a data de 12 de agosto de 2002, conformeregistrado na imagem de satélite QUICKBIRD/2002/Prefeitura do Recife.

§ 59 - A supressão total ou parcial da vegetação de preservação permanente será admitida apenas para:I - execução de obras, planos, atividades ou projetos considerados de utilidade pública, ou de interesse social,desde que haja prévia anuência dos Conselhos Municipal de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano eexpressa autorização do Poder Executivo Municipal;1/ - poda, manejo ou recuperação ambiental, visando a sua conservação e recomposição.

Art. 40 - Os arts. 79 e 80 da Lei Municipal n° 16.243, de 14 de setembro de 1996, passam a vigorar com a seguinteredação: `Art. 79 - O Setor de Sustentabilidade Ambiental - SSA tem a finalidade de promover a revitalização e oincremento do patrimônio ambiental da cidade, e é formado pelas áreas a seguir discriminadas:

I - quadras parcialmente edificadas, nos termos do inciso 11, § 29 do artigo 75, e situadas às margens dos corpos ecursos d' água, independentemente do seu formato e posição;11 - quadras parcialmente edificadas, nos termos do inciso li, § 2Q do artigo 75, e limítrofes ao Parque dosManguezais, ao Cais do Porto, ao Cais José Estelita, ao Cais de Santa Rita, ao Cais do Apoio, ao Cais JoséMariano e ao Cais da Alfândega.Parágrafo Único - Nos casos de terrenos ou glebas edificados e situados às margens dos rios, lagoas e açudes,que ainda não tiverem sido divididos em quadras, compõe o Setor de Sustentabilidade Ambiental - SSA a faixamarginal paralela cuja largura mínima horizontal será definida de acordo com o disposto no inciso 1, §12 do artigo 75desta Lei.

Art. 80 - Os projetos iniciais de novas construções situadas no SSA deverão apresentar um projeto de revitalização e/ouimplantação de área verde, destinado à recuperação e ao plantio de vegetação em local a ser definido em conjunto peloparticular e poder público municipal, correspondente ao dobro da área do lote objeto da construção.

* DECRETO N. 18.040k8 Institui a Comissão Permanente de Apuração de Infrações Ambientais e dá outrasprovidências

Art. 1.° - Fica instituída a Comissão Permanente de Apuração de Infrações Ambientais na Secretaria dePlanejamento, Urbanismo e Meio Ambiente - SEPLAM, com vista a apuração das infrações ambientais ocorridasno território do Município do Recífe.

Art. 2.2 - A Comissão Permanente de Apuração de Infrações Ambientais atuará de acordo com os procedimentoslegais estabelecidos na Lei n.2 16.243/96, observadas, no que couber, as normas processuais pertinentes e asinstruções emanadas dos órgãos de controle ambiental do Estado e da União, bem como dos Ministérios Públicosestadual e federal.

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4.2 LICENCIAMENTO DO PROJETO

O sistema de licenciamento adotado pelo Estado de Pemambuco (CPRH) prevê a concessão de 04 (quatro)

documentos como instrumentos legais, além da caracterização do Estudo de Impacto Ambiental como instrumento

técnico-científico utilizado na Avaliação de Impacto Ambiental\AIA, para a concessão do licenciamento ambiental

dos empreendimentos cuja implantação possa causar alterações significativas ao meio ambiente.

* 1 - Licença Prévia (LP) - na etapa preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a

serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais

ou federais de uso do solo.

* Il - Licença de Instalação (LI) - autorizando o inicio da implantação, de acordo com as especificações

constantes do Projeto Executivo aprovado.

* Ill - Licença de Operação (LO) - autorizando, após as verificações necessárias, o início da atividade

licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia

e de Instalação.

* Autorizações - Instrumento legal que libera a execução de ações que possam acarretar alterações ao meio

ambiente, por tempo definido. O prazo de validade varia em função da natureza da ação a ser executada.

Para cumprir com a legislação ambiental brasileira e a de Pernambuco, os investimentos propostos pelo Projeto

devem ser submetidos ao processo de licenciamento ambiental junto à CPRH, como descrito acima. O Projeto

Capibaribe Melhor terá um licenciamento ambiental prévio (LP) com um EIA-RIMA do Projeto como um todo. As

diversas intervenções, a medida em que forem sendo projetadas, deverão ter suas respectivas licenças de

instalação (LI). O processo de licenciamento do Projeto Capibaribe Melhor (PROCESSO CPRH NO 5.208/05) foi

iniciado em junho de 2005, com o cadastramento do Empreendimento na CPRH, através do Preenchimento do

Formulário para Empreendimentos e Obras Diversas, já tendo sido emitido pelo CPRH o termo de referência para

elaboração e apresentação de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do

Projeto Capibaribe Melhor.

4.3 CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL

4.3.1 SISTEMA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - SISNAMA

No âmbito Federal, o Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA é composto pelo: (i) Conselho do Governo:

órgão Superior; (ii) Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA: Órgão consultivo e deliberativo (iii) Ministério

do Meio Ambiente - MMA: Órgão Central; (iv) Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA: Orgão executor; (v)

órgãos Seccionais - órgãos ou entidades da administração pública federal; (vi) Órgãos Locais - órgãos ou

entidades municipais. O CONAMA, órgão colegiado com poderes deliberativos e normativos, é composto por

representantes de todos os ministérios, de todos os Estados da Federação, de entidades de classe, de

organizações govemamentais e, também, de representação dos municípios.

4.3.2 SISTEMA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HIDRICOS (PE)

4.3.2.1 Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH

A Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH é uma autarquia vinculada à Secretaria de

Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente-SECTMA. A CPRH tem como objetivo exercer a função de órgão ambiental

do Estado de Pemambuco, sendo responsável pela execução da Política Estadual de Meio Ambiente, atuando no

controle da poluição urbano-industrial e rural, na proteção do uso do solo e dos recursos hídricos e florestais,

mediante: (i) Licenciamento, autorização e alvará; (ii) Fiscalização; (iii) Monitoramento; e (iv) Gestão dos recursos

ambientais.

4.3.2.2 Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA

Na esfera estadual a definição dos sistemas, políticas e planos de proteção ao meio ambiente e aos recursos

ambientais é de responsabilidade do Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA. O CONSEMA é um órgão

colegiado, consultivo e deliberativo, formado por representantes de entidades governamentais e da sociedade civil

organizada, diretamente vinculado ao Governo do Estado, criado pela Lei no. 10.560, de 10 de janeiro de 1991. O

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o o o o

jConsuit~I9 PROJETO CAPIBRIBE MELHOR

CONSEMA é composto por 42 representações entre órgãos governamentais e entidades da sociedade civilorganizada, paritariamente.

4.3.2.3 Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA é integrante do Subsistema de Execução doSistema de Administração do Poder Executivo do Estado. Por força da Lei no. 1388/03 a SECTMA passou tambéma incorporar as atividades do Programa de Gestão Integrada de Recursos Hídricos.

A) Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos de Pernambuco - SIGRH/PEO SIGRH/PE é composto pelos seguintes órgãos públicos colegiados e executivos:

* Conselho Estadual de Recursos Hídricos -CRH, órgão superior deliberativo e consultivo;* Comitê Estadual de Recursos Hídricos - CERH;

* Comitês de Bacias Hidrográficas - CBH, colegiado de apoio técnico local, com atuação nas unidadeshidrográficas nominadas pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos;

* Secretaria de Recursos Hídricos, órgão de planejamento e gestão do Sistema;* Órgãos Executores do Estado que atuam na área de recursos hídricos.

Como principal instrumento de gerenciamento de recursos hídricos, o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FERHtem como objetivo prover suporte financeiro para a Política Estadual de Recursos Hídricos e das ações doscomponentes do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SIGRH/PE. Outros instrumentos degestão de recursos hídricos, citados na lei estadual, dizem respeito a outorga de direito de uso dos recursos hídricose a cobrança pela sua utilização. Com a regulamentação da lei esses instrumentos já estão formalmente instituídos.O órgão responsável pela outorga no Estado é a Secretaria de Recursos Hídricos - SRH-PE. A outorga seráconcedida mediante a aprovação do projeto de utilização dos recursos hídricos, cumpridas todas as exigênciaslegais referentes ao licenciamento ambiental e outros dispositivos regulamentares federais e estaduais. No que dizrespeito à cobrança, a Secretaria de Recursos hídricos - SRH/PE também é o órgão competente para calcular eefetivar a cobrança pela utilização dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. A cobrança visa racionalizar ouso dos recursos hídricos com base no seu valor econômico.

B) Configuração Institucional e dos Mecanismos de GestãoO Órgão Gestor de Recursos Hídricos definido na legislação é a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado, cradaatravés da lei 11.629 de 28 de janeiro de 1999, decreto no 21.281, de 04 de fevereiro de 1999. Anteriormente oórgão responsável pela gestão de recursos hídricos era a Diretoria de Recursos Hídricos da Secretaria de Ciência,Tecnologia e Meio Ambiente do Estado. A Secretaria é composta por 3 Diretorias: Diretoria de Planejamento eNormalização, Diretoria de Gerenciamento e Infra-estrutura de Recursos Hídricos e Diretoria de AdministraçãoGeral; das quais a Diretoria de Gerenciamento e Infra-estrutura de Recursos Hídricos tem como, objetivo formular,coordenar, executar obras hídricas, acompanhar e avaliar as atividades de gerenciamento, levantamento de dados einformações e proposições de política, programas e ações na área de recursos hídricos e meteorologia.

4.3.2.4 Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH

Criado pela Lei Estadual n° 11.426, de 17 de julho de 1997, é o órgão superior de coordenação, deliberação e decaráter normativo do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco -SIGRH/PE.

4.3.2.5 COMPESA

A Compesa é uma sociedade anônima brasileira, de economia mista, fechada de capital autorizado, de utilidadepública, adotada de personalidade jurídica de Direito Privado - sendo o Estado de Pemambuco o seu maioracionista, executora da política de saneamento e concessionária dos serviços de abastecimento de água eesgotamento sanitário em Pernambuco. A COMPESA é vinculada à Secretada de Infra-estrutura do Estado dePernambuco. A Compesa é a operadora dos serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário noRecife.

O Recife encontra-se nesse momento em negociação com a COMPESA para estabelecimento de um contrato deconcessão, ou convênio de cooperação, para a gestão associada de serviços públicos de abastecimento de água ede esgotamento sanitáro. Até o momento existe apenas uma minuta desse convênio que ainda deverá ser discutidae revisada entre as partes interessadas e assinada após a finalização das negociações. Considerando que as

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t4=cstr19 PROJETO CAPIRIBE MELHOR

negociações entre Governo do Estado e Município já se encontram bastante avançadas, a relação institucional entre

COMPESA e Município do Recife dentro do Projeto Capibaribe Melhor deverá ser regida pelas diretrizes acima

mencionadas. Além disso, deverá ser elaborado um contrato de Programa específico para o Projeto Capibaribe

Melhor, o qual deverá definir claramente os pontos importantes para a sustentabilidade do Projeto, tais como tarifas,

prazo de execução, operação e manutenção dos sistemas gerados, além do modelo de fiscalização.

É importante destacar que, de acordo com a minuta em negociação, em qualquer situação, todos os sistemas

implantados passarão a fazer parte do conjunto de bens públicos do Município e a COMPESA terá, pelo contrato, o

direito de exploração onerosa por prazo determinado e se obrigará a repassar recursos de regulação e fiscalização

para a Agência de Regulação de Pernambuco- ARPE e uma parcela do recolhimento de tarifas para o Fundo

Municipal de Saneamento. O Município deverá elaborar ainda um convênio específico com a ARPE para a

execução do Projeto Capibaribe Melhor.

4.3.3 SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HIDRICOS

O Sistema Municipal de Meio Ambiente é constituído pela Secretaria de Planejamento Participativo, Obras e

Desenvolvimento Urbano e Ambiental- SEPLAM, através de sua Diretoria de Meio Ambiente- DIRMAM e pelo

Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM.

Conforme mencionado anteriormente, os licenciamentos ambientais no Recife são feitos em nível estadual, por meio

da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hidricos - CPRH. É recente (2001) a existência de estrutura

formal e específica para o trato da questão ambiental local, no Recife. A primeira estrutura privilegiava a gestão e

desenvolvimento ambiental, com quadros de pessoal e recursos insuficientes. Há quatro meses foi formalizada a

atual estrutura, que contempla o planejamento, licenciamento, fiscalização, gestão, controle e monitoramento

ambiental. No entanto a atual estrutura é recente e está sendo implantada. Ainda não tem a totalidade dos cargos

ocupados, nem os quadros de pessoal estão dimensionados para o atendimento às novas demandas. Para que o

município assuma o licenciamento ambiental alguns passos foram dados, mesmo antes da formalização da nova

estrutura, como:

* criação da Lei de Taxas de Licenciamento Ambiental em 2004;

* criação de legislação especifica para o licenciamento pelo município, cujo Projeto de Lei encontra-se em

tramitação na Câmara Municipal;

* criação de normas e procedimentos técnicos, formulários...;

* entendimentos com o órgão de meio ambiente estadual, para o início do processo de municipalização do

licenciamento ambiental.

Em breve será formalizado instrumento de transição de competências entre o Estado e o Município.

Portanto, a necessidade de fortalecimento da gestão ambiental proposta pelo Projeto Capibaribe Melhor advém do

fato da estrutura de gestão ambiental municipal ter sido implantada recentemente e estar em fase de estruturação,

estando incapacitada, atualmente, de assumir um papel mais relevante no processo de gestão ambiental do Projeto

Capibaribe Melhor.

4.3.3.1 Secretaria de Planejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e Ambiental -

SEPLAM

A Secretaria de Planejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e Ambiental- SEPLAM, da cidade do

Recife tem a função de articular a integração entre as demais secretarias e órgãos municipais para implementação e

cumprimento das ações estabelecidas pela Prefeitura. À SEPLAM compete apoio na elaboração e na coordenação

do plano da gestão, articulação entre demais secretarias e empresas, acompanhamento das ações de govemo,

intervenções urbanisticas, elaboração de programas, controle urbano, política habitacional e defesa civil. A SEPLAM

tem ainda a atribuição de exercer a gestão ambiental do Município do Recife, propondo, elaborando e atualizando

planos normativos com vistas à preservação do meio ambiente, bem como acompanhando a execução da política

ambiental.

A) DIRMAM - DIRETORIA DO MEIO AMBIENTE

B) DIRCON: DIRETORIA GERAL DE COORDENAÇÃO E CONTROLE URBANO E AMBIENTAL

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PRCJETO CAPIEARIBE MELHOR

Brigada Ambiental w Com o intuito de constituir uma unidade voltada para a fiscalização ambiental foi criadaa Brigada Ambiental, um grupo especial da Guarda Municipal do Recife, coordenado pela DIRCON, capacitadopara atuar na fiscalização da preservação e proteção do meio ambiente. Tem como uma das atribuições aarticulação com outros órgãos ambientais municipais, estaduais e federais, com a finalidade de promover ocumprimento do Código do Meio Ambiente e do Equilibrio Ecológico da Cidade do Recife, fiscalizando:manguezais, pontos de confinamento de lixo, colocação de metralhas em locais impróprios, aterrosinadequados, corte de espécimes vegetais, poluição das águas, etc. Atua de forma preventiva, circulandodiariamente por toda a cidade. Tem como prioridade fiscalizar as ZEPAs, desenvolvendo um trabalho defiscalização e educação ambiental e coibindo os crimes ambientais. A Brigada Ambiental também buscaorientar e sensibilizar a comunidade quanto à necessidade de preservar o meio ambiente.

C) CIAM - COMISSÃO PERMANENTE DE APURAÇÃO DAS INFRAÇÕES AMBIENTAIS)

A CIAM tem como objetivo analisar e julgar as infrações ambientais ocorridas no Recife. A comissão apura asinfrações ambientais. Para eficácia jurídica, as penalidades são publicadas no Diário Oficial do Município. Dasdecisões definitivas proferidas pelas autoridades competentes, caberá recurso dirigido ao superior hierárquicodaquela que proferiu a decisão recorrida. Os recursos provenientes das multas constituirão receita do FundoMunicipal do Meio Ambiente, para aplicação em sua finalidades.

4.3.3.2 COMAM - Conselho Municipal do Meio Ambiente

O Conselho Municipal de Meio Ambiente- COMAM, criado por meio da Lei no 15.707/92, é um órgão de participaçãodireta e democrática da comunidade, na normatização da política e das ações da municipalidade nessa questão,como acompanhamento e fiscalização de política municipal de meio ambiente, no sentido de garantir odesenvolvimento do município do Recife, de forma articulada com a preservação do meio ambiente O COMAMintegra, junto com a DIRMAN, o Sistema Municipal de Gestão Ambiental, responsável pelo Planejamento eexecução da política do meio ambiente da cidade do Recife. Este conselho tem composição paritária formado por 12(doze) membros, sendo 6 (seis) representantes do Poder Municipal e 6 (seis) representantes da sociedade civil.

4.3.3.3 SANEAR e Conselho Municipal de Saneamento

A SANEAR - Autarquia de Saneamento do Recife substituiu a Secretaria de Saneamento pela Lei n° 17.104/2005de 14 de julho de 2005. A SANEAR foi criada com status de Secretaria, sob a supervisão direta do Prefeito, sendoresponsável pelo planejamento e pela gestão dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitáriodo Município e sua regulação, fiscalização em relação a concessionária, operadores ou prestadores de serviçosconveniados. Por meio da Lei 17.104/2005 também foi criado o Conselho Municipal de Saneamento, órgãocolegiado de natureza consultiva, deliberativa e normativa vinculado à SANEAR. A SANEAR apoiará aSEPLAM/URB, através de um instrumento de cooperação técnica, na implantação do Macro-Componente 1 -Urbanização Integrada do Território, especificamente no sub-componente Macro-Sistema de Água e Esgoto. Nãoserá responsável pela licitação e contratação de nenhuma atividade, mas somente pelo acompanhamento técnicodas intervenções. Uma vez que todos os recursos a serem disponibilizados para a execução das obras deimplantação do Projeto Capibaribe Melhor será proveniente de recursos orçamentários da própria URB ou dofinanciamento obtido junto ao Banco Mundial pela Prefeitura do Recife, não haverá entrada de recursos daSANEAR, da COMPESA ou do Fundo Municipal de Saneamento para esse Projeto, tendo em vista o cronograma deexecução do mesmo.

4.3.3.4 Empresa de Urbanização do Recife - URB-Recife

A URB- Recife é um órgão da Administração Indireta, vinculado à Secretaria de Planejamento Participativo, Obras eDesenvolvimento Urbano e Ambiental. A URB / RECIFE assume papel fundamental na execução do Projeto, umavez que será responsável pela Coordenação Executiva do Projeto, através da UGP - Unidade de Gerenciamento doProjeto, a qual será constituída, através de Decreto do Prefeito, no âmbito da URB / RECIFE. Assim, a URB /RECIFE será responsável por toda a gestão do Projeto, tendo a responsabilidade de monitorar a implantação deforma a garantir o cumprimento das metas físicas, sociais e financeiras do Programa.

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PROJETO CAPIEARIBE MELHOR

5 AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

5.1 POLITICAS OPERACIONAIS E SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL

O Projeto Capibaribe Melhor foi classificado na Categoria A, de acordo com as políticas ambientais do Banco

Mundial, acionando as seguintes Políticas de Salvaguarda:

1. Avaliação Ambiental (PO/PB 4.01);

2. Habitats Naturais (PO/PB 4.04);

3. Manejo de Pragas (PO 4.09);

4. Reassentamento Involuntário (PO/PB 4.12);

5. Propriedade cultural (PO 11.03).

A Tabela 5.1 apresenta os sub-componentes do Projeto Capibaribe Melhor que acionaram as salvaguardas do

Banco Mundial listadas acima:

Tabela 5.1 - Políticas Operacionais do Banco Mundial - Incidência no Projeto Capibaribe Melhor

Intervenções Previstas _ Salvaguardas Acionadas

4.01 4.04 4.09 4.12 11.03

Parques e Áreas Verdes . .

Sistemas de Água, Esgoto e Saneamento Integrado . . . e

Recuperação do Sistema de Macro-Drenagem . .

Ampliação da Acessibilidade e Mobilidade Urbana _ . .

Fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal . .

5.1.1 PO/PB 4.01 - AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Durante a etapa de preparação do Projeto Capibaribe Melhor, foi elaborado o presente Relatório de Avaliação

Ambiental- RAA de acordo com os termos de referência aprovados pela equipe do Banco Mundial, de forma a

atender às políticas ambientais do Banco, aplicáveis aos projetos de categoria "A".

O RAA examinou os potenciais impactos ambientais positivos e negativos do Projeto proposto e comparou-os com

os de altemativas viáveis e cenários possíveis (incluindo um desempenho inadequado do Projeto) e recomendou

medidas necessárias para evitar, minimizar, mitigar ou compensar os impactos adversos e maximizar os impactos

positivos e melhorar o desempenho das iniciativas de gestão ambiental do Projeto.

As medidas mitigadoras dos impactos negativos foram incluídas em um Plano de Gestão Ambiental-PGA,

envolvendo a incorporação de um sistema de gestão ambiental, durante a implantação do empreendimento, tendo

sido propostos onze programas ambientais. Para cada programa foi discriminado o custo, a responsabilidade pela

sua implementação e cronograma.

Devido ao quadro de alarmante degradação ambiental da bacia do Capibaribe, particularmente na área de

intervenção do Projeto e pelo caráter de melhoria das condições de vida da população pretendida, depreende-se

que o Projeto apresenta claramente uma externalidade ambiental positiva. É importante salientar este Projeto trata

de uma conjugação de intervenções de caráter urbanístico, ambiental e social, promovendo a requalificação

ambiental da bacia do Capibaribe, no perímetro do projeto e a redução da vulnerabilidade urbana e social da

população. Nesta vertente, o Projeto prevê investimentos com vistas à melhoria das condições de habitalidade em

25 áreas pobres selecionadas em sua área de abrangência, somando 19.725 habitantes. Associadas a essas

intervenções foram concebidas iniciativas de proteção ambiental incluindo principalmente ações de (i) implantação

e recuperação de três parques urbanos; (ii) Regulamentação de 4 ZEPAS localizadas na área do Projeto e em seu

entorno; e (iii) Estruturação e instalação do Sub-Comitê da Bacia do Rio Capibaribe da RME. Complementarmente,

ações de fortalecimento de gestão ambiental municipal, principalmente com relação à municipalização do

licenciamento ambiental e ampliação da fiscalização ambiental, serão decisivas para dar sustentabilidade ao

Projeto.

Durante a etapa de preparação do Projeto foram realizadas diversas modalidades de consulta pública durante

reuniões no CPRH, Ministério Público e Fóruns micro-regionais do Orçamento Participativo. A realização da

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o o o o

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consulta pública do presente RAA foi realizada no dia 09 de janeiro de 2006, às 14h, no Auditório Capibe daPrefeitura do Recife.

5.1.2 PO/PB 4.04 - HABITAT NATURAL

A Política de Salvaguardas de Habitat Natural foi acionado pelo Projeto Capibaribe Melhor devido ao fato deexistirem proposições de intervenções em áreas de preservação permanente - APPs (segundo a Lei Municipal16.930/2003) e em espaço protegido constituído pela ZEPA Parque Apipucos, onde será implantado o referidoparque. Na ZEPA- Parque Apipucos foi instituída, através da Lei 16.609 de 2000, a Unidade de Conservação doParque Apipucos para efeito de proteção especial dos ecossistemas existentes no interor de sua área. As ZEPAs ea Unidade de Conservação, entretanto, ainda não foram regulamentadas.

As APPs do projeto Capibaribe Melhor são constituídas por: (i) Faixa de 120m ao longo das margens do rioCapibaribe (largura variando de 60 a 1 30m); (ii) Faixa de 40m ao longo dos demais cursos d'água com até 1 Om delargura; (iii) Faixa de 50m ao redor do perímetro molhado do Açude de Apipucos; (iv) Área de manguezais.

Segundo a Lei Municipal 16.930/2003, lei esta compatível com o Código Florestal Nacional, a supressão total ouparcial da vegetação de preservação permanente será admitida apenas para execução de obras, planos, atividadesou projetos considerados de utilidade pública, ou de interesse social, desde que haja prévia anuência dosConselhos Municipal de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano e expressa autorização do Poder ExecutivoMunicipal. As APPs do Projeto Capibaribe Melhor enquadram-se dentro da caracterização de áreas urbanizadas doCódigo Florestal, e por essa razão, estas APPs são tratadas de forma diferenciada, buscando sempre atender àsespecificações de faixas mínimas definidas no Código, mas conciliando com a realidade de urbanização do local, deforma a minimizar os impactos sociais. Assim, no Projeto foram considerados 2 aspectos fundamentais:

* as restrições e possibilidades da legislação ambiental sobre o assunto;

* os estudos e planejamentos já realizados no âmbito estadual. É o caso, por exemplo da ETE Cordeiro, cujoplanejamento consta de estudos básicos elaborados no âmbito do POA (BIRD) e Plano Diretor de esgotossanitários da Região Metropolitana do Recife (JICA).

O Município do Recife, conforme exigência do Código para licenciamentos diferenciados em áreas urbanizadas,possui conselho de meio ambiente (COMAM) com. caráter deliberativo e Plano Diretor. Assim, entende-se que omunicípio encontra-se capacitado para avaliar com critéro os pedidos de supressão de vegetação ou manutençãode áreas ocupadas dentro das APPs.

De modo a verificar a alteração provocada pela implantação do Projeto Capibaribe Melhor nas áreas de preservaçãopermanente ao longo do rio Capibaribe foi feito um levantamento, com base em fotografia aérea, que apresentou osresultados mostrados na Tabela 5.2, a seguir.

Tabela 5.2: Ocupação das Áreas de Preservação Permanente

Situaço s Ocupacio (ha) - -

,_________ ._Margem Esquerda, Margem Direita -Total.'.

co APP Não Ocupada 16,50 30,30 46,80w APP Residencia e Sist. Viario 56,40 48,70 105,10z APP Parques 4,10 2,70 6,80___ 1 ________________________ 77,00 81,70 158,70

APP Não Ocupada 4,20 26,60 30,80u) APP Residencia e Sist. Viario 60,80 45,50 106,30o APP Parques 6,60 9,60 16,20w APP ETE 2,50 - 2,50C APP Reassentamento 2,90 - 2,90

77,00 81,70 158,70

Uma vez que o Projeto prevê várias intervenções (Parques, ETE, reassentamento, vias e ciclovias) na área lindeiraao rio Capibaribe, era de se esperar um aumento da ocupação da faixa de APP. Antes do Projeto 70,5% da APPestava ocupada. Após a implantação do Projeto 80,5% desta área ficará ocupada (Ver Figura 5.1). No entanto, é

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ffiwCc,?ais,4 PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

importante esclarecer esse ponto e definir exatamente o que significa "ocupação de APP", uma vez que, sem uma

análise criteriosa, o assunto pode gerar discussões inconsistentes.

A redução de área livre nas faixas de APP se dá substancialmente devido à expansão das áreas de parques, à

implantação da ETE Cordeiro e à disponibilização de áreas para remanejamento de famílias (ver Tabela 5.3):

Tabela 5.3: Acréscimos de Ocupação das APPs

Area de APP Ccupada (ha) AcrescimoAntes Depois (ha)

Parques 6,80 16,20 9,40 58,75Reassentamento 2,90 2,90 18,13

ETE 2,50 2,50 15,63

Res./Sistema Viário 105,10 106,30 1,20 7,50

_Totai 111,90 127,90 16,00 100,00

Analisando-se a intervenção Parques, o que se pode concluir é que, na verdade, apesar dos parques passarem a

ocupar uma área maior 9,40 ha, essa área não se trata necessariamente de impermeabilização ou eliminação de

vegetação nativa. Pelo contrário: mesmo uma parte sendo ocupada por equipamentos, a implantação do parque

aumentará as áreas verdes disponíveis para a população, considerando que vegetações serão preservadas e matas

ciliares recuperadas. Considera-se ainda que, a implantação dos Parques é fator determinante na preservação da

APP de ocupações irregulares, principalmente quando se analisa os antecedentes de ocupação de margens dos

rios e córregos da cidade do Recife. Logo, definitivamente a implantação dos parques não deve ser considerada

como "ocupação" danosa à APP.

Sobre a ETE Cordeiro é importantíssimo salientar que a determinação da área de implantação da mesma não foi

feita pela equipe técnica do projeto Capibaribe Melhor, mas sim definida por uma série de estudos antecessores ao

Projeto, muitos deles financiados por organismos internacionais, os quais avaliaram toda a implantação dos

sistemas de esgotamento sanitário não só no município de Recife, mas em toda a Região Metropolitana. Os

estudos, mais especificamente o PQA (BIRD) e Plano Diretor de esgotos sanitários da Região Metropolitana do

Recife (JICA), avaliaram diversas áreas potenciais pela implantação da ETE e concluíram pela área que está sendo

indicada no Projeto Capibaribe Melhor considerando-se critérios técnicos e ambientais. Além do mais, a ETE

representa um benefício ambiental significativo para a região e configura-se como o primeiro instrumento de um

projeto maior que visa implantar tratamento de esgoto em toda Bacia do Capibaribe.

Por fim, as duas áreas indicadas para o reassentamento de famílias devem ser consideradas como áreas potenciais

para reassentamento e não definitivas, considerando-se que o Plano de Reassentamento das famílias da área de

afetação do Projeto ainda não foi elaborado e as mesmas poderão ser substituídas por outras que a Prefeitura e a

população venham considerar aptas para receber as famílias afetadas. Independentemente disso, caso sejam

utilizadas áreas de APP no Projeto com esse fim, o Projeto prevê que deverá ser preservada, obrigatoriamente, a

faixa de APP numa distância mínima de 30m em relação à margem do rio, sendo que esta área deverá permanecer

desocupada. Finalmente, a que se considerar que a APP do rio Capibaribe, na área do Projeto, configura uma área

urbana já anteriormente muito alterada, apresentando diversos trechos degradados com atividades antrópicas,

incluindo habitações de baixo padrão construtivo. As intervenções propostas buscam justamente a recuperação

destas áreas.

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Projeto

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Implantação do Projeto .. > 5s

Figura 5.1: Ocupação das Areas de Preservação Permanente ao Longo do Rio Capibaribe

Sendo assim, pode-se concluir que o Projeto terá impacto altamente positivo em habitats naturais, uma vez que iráfinanciar investimentos em três parques e áreas verdes da cidade, desocupar canais totalmente invadidos,desocupar áreas de APP hoje ocupadas por habitações irregulares, além de promover o tratamento de uma partedos esgotos que são atualmente lançados 'in natura" no Capibaribe, contrbuindo assim para o início do processo derecuperação do rio. Em todos os sentidos, o projeto irá mitigar criteriosa e substancialmente o impacto que serácausado às APPs. Alem, disto o Projeto financiará a regulamentação de quatro ZEPAs, todas localizadas na área deabrangência do Projeto.

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5.1.3 PO 4.09 - MANEJO DE PRAGAS

Uma vez que o Projeto propõe ações de criação e requalificação de três parques urbanos no Recife, torna-se

necessário acionar a salvaguarda de manejo de pragas, de modo a minimizar os perigos ambientais e os impactos

sobre a saúde devido ao uso de pesticidas nas áreas verdes.

Os parques urbanos do Recife são mantidos e conservados pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana -

EMLURB. A Divisão de Administração de Praças fiscaliza periodicamente as praças e os parques do Recife e é

responsável pela revitalização paisagística, manutenção de fontes e lagos, criação de peixes em lagos, intervenção

em refúgios, canteiros centrais e áreas isoladas. Com relação à fitossanidade dos parques e praças a Prefeitura

combate atualmente duas pragas principais: cupins e formigas. O local a ser realizado o tratamento é previamente

vistoriado por um Engenheiro Agrônomo, que determina o quantitativo e o tipo de procedimento. No caso dos cupins

utiliza-se todo o material de proteção necessário para aplicação do inseticida (piretrina e piretróide), que é de baixa

toxidade (deltametrina). No caso das formigas usa-se uma isca granulada atrativa (sulframida), classe toxilógica IV

(pouco tóxica). Cumprndo-se as exigências da Lei Federal n° 9.974, de 06.06.2000, todas as embalagens vazias de

agrotóxicos e qualquer material utilizado nos procedimentos acima, após uma tríplice lavagem são acondicionados

em local apropriado e são remetidas à unidades de recebimentos credenciadas pela ANDEF e ANDAV.

5.1.4 PO/PB 4.12 - REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO

Estima-se que 1.438 famílias deverão ser reassentadas para implantação das intervenções propostas pelo projeto

nessa etapa. A implantação do Conjunto D do Sistema Viário provocará o reassentamento de mais 15 famílias no

futuro, totalizando 1.453 famílias afetadas pelo Projeto. Para atender as exigências da política de reassentamento

do Banco Mundial e planejar o reassentamento das famílias atingidas pelas intervenções do Projeto Capibaribe

Melhor, foi elaborado um Marco Conceitual para o Reassentamento, sendo que o PDRI será elaborado no primeiro

ano do Projeto. A opção por se fazer apenas um Marco Conceitual justifica-se pelo fato de que as intervenções

físicas deverão ainda ser detalhadas em nível de projeto básico. O Plano de Reassentamento do Projeto Capibarbe

Melhor poderá ser desenvolvido de forma global, abrangendo todas as intervenções, ou por intervenção específica.

A elaboração dos Planos de Reassentamento compreende 4 blocos de atividades:

* preparação e realização de cadastros censitários sócio-econômicos, cadastros de avaliação imobiliária e de

desapropriações/ indenizações;

* elaboração de propostas de reassentamento;

* interação com os afetados e acompanhamento social em diversas fases do planejamento;

* avaliação e monitoramento.

5.1.4.1 Opções de Compensação

A política de compensação terá basicamente a oferta de duas linhas de atendimento:

A) Reassentamento: Para a identificação dos possíveis terrenos para reassentamento das famílias a serem

removidas, foram realizadas visitas a campo, tendo sido identificados terrenos próximos às áreas de remoção, de

modo a minimizar o impacto desta. A construção das moradias poderá ser feita através de uma operação já

desenvolvida pela SECTMA, chamada de Operação Trabalho. Este programa prevê a liberação de bolsa mensal

para famílias vulneráveis socialmente com a utilização da mão de obra na realização da construção dos prédios

proporcionando à família a oportunidade de melhorar suas condições de moradia, como também contribuindo para o

aumento da renda da mesma.

B) Indenização: Esta opção visa ofertar às famílias afetadas valores de indenização que as possibilitem no mínimo

recompor suas vidas, uma vez que o desejável seria proporcionar-lhes uma real melhoria de vida. Informações mais

completas sobre o assunto são encontradas em documento à parte denominado " Marco Conceitual do

Reassentamento do Projeto Capibaribe Melhor".

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PROJETO CAPIBARIBE MEWOR

5.1.5 PO 4.11 - PATRIMÔNIO CULTURAL

Em Recife existem 33 Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural- ZEPH. Estas zonasagrupam-se nas seguintes categorias: sítios tombados, conjuntos antigos; ruínas; edifícios isolados. Estas zonassão formadas por Setores de Preservação Rigorosa, onde os critérios de intervenções físicas visam a manutençãodas características pertinentes a cada área e por Setores de Preservação Ambiental, que funcionam com área detransição entre o Sítio Histórico e as demais zonas da cidade.

A Salvaguarda de Patrimônio Cultural foi acionada pelo Projeto Capibaribe Melhor devido a área de abrangência doProjeto possuir grande importância histórico-cultural, compreendendo 13 ZEPHs do total de 33 existentes nomunicípio (Ver Tabela 5.4 e Figura 5.2).

A maior parte destas ZEPH localizam-se à margem esquerda do rio Capibaribe, com exceção das ZEPHs: CasaGrande do Engenho Barbalho e Sobrado de Madalena (Ver Figura 5.2).

Algumas intervenções propostas localizam-se nas proximidades e/ou entomo das ZEPHs, entretanto nenhumadelas possui interferência direta com as ZEPHs, não tendo nenhum impacto direto sobre as mesmas.

Durante a implantação das obras, toda a atividade que requeira equipamento pesado pode interferir nas ZEPHlocalizadas próximas às intervenções, principalmente: ZEPH 15-Casa Grande do Engenho Barbalho (próxima àComunidade Airton Senna e Santa Marta); ZEPH 02-Apipucos e ZEPH 05-Poço da Panela, podendo causar danos eprejuízos às mesmas.

Tabela 5.4: ZEPHs Localizadas na Área de Abrangência do Projeto

ZEPH Denominação Localização Categoria

01 Sítio Trindade Estrada do Arraial, bairro Casa Amarela Sítios Tombados

02 Apipucos Rua de Apipucos, junto ao açude de mesmo nome, bairro Conjuntos Antigosde Apipucos

03 Benfica Rua Benfica, próximo à Praça da Bandeira Conjuntos Antigos

04 Capunga Trechos diferentes no bairro das Graças Conjuntos Antigos

05 Poço da Panela Bairro poço da Panela, trecho entre Praça Casa Forte e o Conjuntos Antigosrio Capibaribe

06 Ponte D'Uchoa Av Rui Barbosa entre Parque da Jaqueira e Ponte da Torre Conjuntos Antigos

12 Capela dos Aflitos Av. Rosa e Silva, bairro dos Aflitos Edifícios Isolados

15 Casa Grande do Próximo às margens do Capibaribe, cujo acesso é feito Edifícios IsoladosEngenho Barbalho pela Estrada do Barbalho

24 Mercado de Casa Estrada do Arraial com rua Padre Lemos no bairro Casa Edifícios IsoladosAmarela Amarela

26 Pavilhão de Óbitos Rua Jenner de Souza, bairro Derby Edifícios Isolados

27 Sobrado da Madalena Cruzamento da av. Caxangá com rua Benfica, bairro Edifícios IsoladosMadalena

32 Monteiro Av. 17 de Agosto, bairro Monteiro Conjuntos Antigos

33 Manguinho Av. Rui Barbosa, Praça do Entroncamento Edifícios Isolados

Portanto, a Prefeitura do Recife deverá exigir das empresas contratadas a adoção de cuidados específicos durantea realização das obras, nas proximidades das ZEPHs, de modo a não causar problemas e prejuízos às mesmas. Osprocedimentos detalhados constam do Plano Ambiental das Construções - PAC.

Para cumprir com a Política de Proteção de Patrimônio Cultural, procedimentos de 'salvamento ao acaso" constarãodos contratos de construção para as situações onde se verifique significativos eventos histórico- culturais.

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PROJETO GAPIBRIBE MELHOR

Figura 5.2: ZEPHs Localizadas na Área de Abrangência do Projeto

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5.1.6 RESUMO DAS SALVAGUARDAS ACIONADAS PELO PROJETO X MEDIDAS MITIGADORAS

Salvaguarda Acionada pelo Projeto Medida Mitigadora

Avaliação Ambiental - OP 4.01 Elaboração do RAA/ PGA e Realização de Consultas Públicas

Métodos Construtivos Adequados e Reposição da Vegetação Suprimida,Programa de Estudos e Pesquisas Visando a Recuperação do Açude de

Habitat Natural - PO/PB 4.04 Apipucos, Plano de Gestão dos Parques, Programa de Monitoramento daQualidade da água do Rio Capibaribe, Programa de Operação eMonitoramento da ETE Cordeiro

Reassentamento Involuntário - PO/PB 4,12 Elaboração do Marco Conceitual de Reassentamento

Controle dos Procedimentos Relacionados à Fitossanidade (uso depesticidas) nos Parques e Áreas Verdes.

Cuidados específicos durante a realização das obras, nas proximidades

Patrimônio Cultural - PO 4.11 e entorno das ZEPHs, de modo a não causar problemas e prejuízos àsmesmas. Procedimentos para "salvamento ao acaso" no ManualAmbiental de Construção.

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5.2 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Devido ao quadro de alarmante degradação ambiental da bacia do Capibarbe, particularmente na área do Projeto e

pelo caráter de melhoria das condições de vida da população pretendida, depreende-se que o Projeto apresenta

claramente uma externalidade ambiental positiva. Porém, algumas intervenções podem acarretar impactos

ambientais negativos de forma localizada, no tempo e no espaço. Nestes casos, a presente avaliação ambiental irá

propor medidas que sejam mitigadoras ou até mesmo que solucionem o impacto previsto. Por outro lado, os

impactos positivos previamente identificáveis, merecem propostas de potencialização dos seus efeitos. Para

mensuração dos efeitos ambientais, foram utilizados os critérios de avaliação de impactos descritos a seguir:

A) Fase de Ocorrência: Diz respeito ao período em que o impacto deverá ocorrer:

* Fase de planejamento;

* Durante a execução das obras e implementação das ações;

* Após a implantação do Programa, na sua fase de operação/ utilização.

B) Causa-Efeito: Avalia se o impacto resulta diretamente de uma ação ou intervenção do Programa, ou se é um

efeito indireto das ações ou obras a serem implantadas:

* D - Direta (decorre de uma ação do empreendimento);

* 1 - Indireta (é conseqüente de outro impacto).

C) Reflexo Sobre o Meio Ambiente: Avalia-se se o impacto tem reflexos positivos ou negativos sobre o ambiente,

ou mesmo se ele é de difícil qualificação (apresenta divergência quanto ao seu reflexo global ou não é passível de

análise antes de sua ocorrência efetiva) o que torna difícil seu enquadramento em um dos grupos anteriores:

* P - Positivo (representa um ganho para o ambiente);

* N - Negativo (representa um prejuízo para o ambiente);

* D - Difícil Qualificação (não há elementos técnicos disponíveis para sua qualificação).

D) Periodicidade: Diz respeito à duração do impacto, avaliando se o mesmo é temporário, permanente ou cíclico.

* T - Temporára (ocorre uma única vez, durante um certo período);

* P - Permanente (depois de instalada, não tem fim definido);

* C - Cíclico (repete-se ciclicamente durante a implantação/operação do empreendimento).

E) Tempo de Ocorrência: Diz respeito ao momento em que o impacto ocorre, tendo como referência o início da

fase a que ele se refere - planejamento, execução, operação/utilização:

* C - Curto Prazo (o impacto ocorre imediatamente após a ação que o causou);

* M - Médio Prazo (o impacto inicia-se após um certo período a partir da ação que o causou);

* L - Longo Prazo (o impacto inicia-se após um longo período a partir da ação que o causou).

F) Reversibilidade: Refere-se à possibilidade do impacto ser revertido ou não, mediante a adoção de medidas ou

conclusão de etapas:

* R - Reversível (pode ser revertido);

* 1 - Irreversível (não pode ser revertido, mesmo c/ medidas mitigadoras).

G) Abranaência Espacial: Avalia-se se o impacto é local, isto é, se é restrito à área de influência direta do Projeto,

ou se ele tem uma abrangência maior, podendo impactar determinada região, ou ainda se tem um caráter

estratégico por impactar uma grande área do município do Recife e outros vizinhos.

* L - Local (impacto cujos efeitos se fazem sentir apenas nas imediações ou no próprio sítio onde se dá a ação);

* R - Regional (impacto cujos efeitos se fazem sentir além das imediações do sítio onde se dá a ação);

* E - Estratégico (impacto cujos efeitos têm interesses coletivos ou se fazem sentir em nível nacional).

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Caisit A Q PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

H) Magnitude Relativa: Diz respeito à intensidade do impacto, ou seja, à sua capacidade de alterar o ambiente,podendo ser classificada como alta, média e baixa magnitude, de acordo com o grau de comprometimento daqualidade ambiental que o impacto impõe.

A seguir serão descritos e detalhados todos os impactos ambientais resultantes da implantação do ProjetoCapibaribe Melhor, separadamente por componentes. Entretanto, tendo em vista que alguns impactos gerados nafase de execução das obras se repetem para diferentes componentes, os mesmos serão descritos em conjunto,independente do componente.

5.2.1 IMPACTOS COMUNS AOS COMPONENTES DO PROJETO E MEDIDAS AMBIENTAIS RESULTANTES

5.2.1.1 Fase de planejamentoNesta fase a principal ação desenvolvida é a elaboração dos estudos e projetos, além da mobilização/sensibilização da população do município, em especial daquela que reside na área de abrangência do Projeto.

1 - IMPACTO NEGATIVO: GERAÇÃO DE EXPECTATIVAS NA POPULAÇÃO RESIDENTE NAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO

Este impacto é observado em nível local e tende a ser reduzido com o avanço do Projeto e a continuidade doscontatos planejados através dos mecanismos de consulta instituídos e trabalhos de educação popular. Trata-se deum impacto negativo, direto, temporário, de curto prazo, reversível e de média magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Implementação de ações de comunicação social, participação comunitária e educaçãoambiental. Várias atividades de consulta e participação da população já foram realizadas, no âmbito do ProjetoCapibaribe Melhor. Nas RPAs 3 e 4 estas consultas foram realizadas nos fóruns do orçamento participativo domunicípio e em reuniões específicas com as comunidades ribeirinhas das microrregiões 3.1 e 4.1. Por outro lado,nestas áreas, a participação atingiu níveis mais detalhados já que no período de junho/julho de 2005 foi realizadouma pesquisa amostral para subsidiar a avaliação socioeconômica do Projeto Capibaribe Melhor.

2 -IMPACTO POSITIVO: FORTALECIMENTO DA MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA

As propostas de intervenção do Projeto poderão resultar no incremento das formas associativas, com os moradoresatuando organizadamente em prol da coletividade. Esse impacto é considerado positivo e deverá receber apoioatravés de programas de comunicação e de educação ambiental. Trata-se de um impacto positivo, direto,temporário, de curto prazo, irreversível, abrangência local e de média magnitude.

MEDIDA POTENCIALIZADORA: Comunicação Social e Educação Ambiental

3- IMPACTO POSITIVO: ENTROSAMENTO ENTRE SECRETARIAS E ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPALConsiderando-se que um dos princípios fundamentais do Projeto Capibaribe Melhor é a compatibilização desoluções para os diversos sistemas de infra-estrutura, as intervenções propostas pressupõem a integração depolíticas públicas setoriais, implementadas pelos diversos órgãos municipais. Os efeitos dessa integração sãoaltamente benéficos para a promoção do desenvolvimento urbano ambientalmente sustentável do município,configurando um impacto positivo de magnitude alta.

MEDIDA POTENCIALIZADORA: Implementação de sistema de gestão ambiental. Visando promover a articulação|interinstitucional e garantir a implementação dos programas ambientais e sociais indicados nesse estudo.

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fficsuI f PROJETO CAPI9ARIBE MELHOR

5.2.1.2 Fase de Implantação das Obras

1 - IMPACTO NEGATIVO: ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO RESIDENTE PRÓXIMAS ÁS OBRAS

Durante a implantação das obras deverão ocorrer incômodos à população residente nas proximidades desta, em

decorrência das atividades necessárias à execução dos vários projetos, tais como: transporte de material, seja de

bota-fora ou de insumos da construção civil, escavação, reaterro de valas, demolições, etc. Trata-se de atividades

que demandam, em geral, maquinário pesado, tais como retro-escavadeiras, serras-elétricas, tratores,

compressores etc. Podem ser citados os seguintes incômodos que interferem no cotidiano das famílias residentes

nas proximidades das obras: (i) Aumento dos níveis de ruído e poeira e da emissão de gases de motores; (ii)

Interdição de vias, de calçadas e acessos a edificações; (iii) Desvios de tráfego; (iv) Circulação de pessoas que não

mantém relações de vizinhança com o local; (v) Trânsito de veículos pesados; (vi) Danos a equipamentos públicos e

moradias. Estes impactos ambientais temporários gerados durante o período de obras são de caráter reversível e,

em geral, aceitos pelos moradores, quando são devidamente informados sobre o empreendimento e os benefícios

para a região. A abrangência desse impacto é local.

MEDIDA MITIGADORA: Implantação de métodos e procedimentos construtivos adequados. O Plano Ambiental

| das Construções (Capítulo 7 e Anexo 6) indica as principais ações mitigadoras deste impacto.

2 - IMPACTO NEGATIVO: RIsCO DE ACIDENTES

O risco de acidentes é um impacto presente em obras de engenharia, de maneira geral. No caso do Projeto a

multiplicidade e o volume de obras previstos ressaltam este impacto como merecedor de atenção e de medidas que

visem a sua atenuação. Trata-se de um impacto negativo, direto, temporário, de curto prazo, abrangência local e de

média magnitude.

[MEDIDA MITIGADORA: Planejamento de obras, procedimentos de segurança e seguros de acidentes

3- IMPACTO NEGATIVO: POSSIBILIDADE DE EROSÃO DO TERRENO PELA RETIRADA DA CAMADA SUPERFICIAL DO MESMO

O processo de abertura das valas para implantação das redes de esgoto, água e drenagem pluvial (saneamento

integrado) compreende a remoção de qualquer material abaixo da superfície natural do terreno, até as cotas

especificadas em projeto, com a separação dos materiais reempregáveis e a remoção imediata dos não utilizáveis.

MEDIDA MITIGADORA: Adoção de medidas que impeçam a formação de fluxo preferencial pela vala. O Plano

Ambiental das Construções (PAC) apresentado no Capítulo 7 e Anexo 6 inclui as ações necessárias para mitigar

este impacto.

4 - IMPACTO NEGATIVO: DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES URBANISTICAS E PAISAGíSTICAS

No momento das obras, poderá ocorrer deterioração das condições urbanísticas e paisagísticas, tendo em vista que

várias obras envolvem abertura de valas e formação de pilhas de armazenamento temporário de solos retirados de

escavações, transformando toda a área em um canteiro de obras. Trata-se de um impacto negativo, direto,

temporário, de curto prazo e de baixa magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Planejamento prévio das obras e métodos construtivos adequados. Este impacto é de

difícil mitigação, já que a implantação de canteiro e o desenvolvimento das atividades de obras são

temporariamente fator de degradação do ambiente. Sugere-se que a obra seja executada rigidamente no prazo

previsto e que o cronograma seja divulgado para a população do entomo, de forma a evitar situações em que a

comunidade tenha que conviver eternamente com seu entomo deteriorado. As ações detalhadas constam do PAC.

5 -IMPACTO NEGATIVO: COMPROMETIMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DURANTE AS OBRAS

A movimentação de terra necessária para a implantação das intervenções, principalmente da ETE, do Parque

Apipucos, recuperação dos canais e das intervenções no sistema viário (principalmente as pontes), tem como

conseqüência direta a produção de sedimentos, podendo ocasionar um maior comprometimento do rio Capibaribe e

de seus canais, o que torna o impacto negativo. Entretanto, sua ocorrência é temporária, se restringindo à etapa de

implantação das intervenções, sua incidência é local e de média magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Métodos construtivos adequados e monitoramento. O Programa de Monitoramento da

Qualidade da Água do rio Capibaribe deverá fomecer informações que permitam indicar problemas na execução

das obras. As ações detalhadas constam do PAC (Capítulo 7 e Anexo 6).

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Éfins PRETO CAPIRIBE MELHOR

6 -IMPACTO NEGATIVO: GERAÇÃO DE BOTA-FORA

È difícil quantificar a geração de material de bota-fora, uma vez que as intervenções previstas não estão detalhadasem nível de projeto básico, no entanto sabe-se que a implantação de algumas intervenções (prncipalmente: ETECordeiro, saneamento integrado, Parque Apipucos, recuperação dos canais de drenagem, intervenções no sistemaviário) irá gerar materal de bota-fora, o que se traduz em impacto negativo. Soma-se a este volume, todo omaterial, basicamente orgânico, oriundo das atividades de destocamento, desmatamento e limpeza dos terrenos,bem como o material resultante do processo de demolição das moradias pertencentes às famílias que serãoremovidas. Além disto para a implantação do Parque Apipucos e da ETE poderão ser abertas áreas de empréstimode materais para a construção de aterros. A criação de áreas de bota-fora e de empréstimo, a prncípio, pode seconstituir em um impacto negativo, na medida em que pode desestabilizar um sistema anteriormente estável Essesdois tipos de intervenções poderão, associados a enxurradas, ocasionar o assoreamento de corpos hídricos,obstruindo as calhas dos rios e canais localizados na área de influência do projeto, favorecendo, durante outrasenxurradas, o transbordamento dos mesmos, tendo como conseqüência, inundações. Trata-se de um impactonegativo, direto, temporário, de curto prazo e de magnitude média para as intervenções dos Parques, sistema viário,recuperação de canais e implantação da ETE e baixa para as demais intervenções.

MEDIDA MITIGADORA: Reconstituição urbano-paisagística das áreas utilizadas. Destino adequado do volume deterra excedente em área adequada, com medida de proteção ambiental. Ações detalhadas constam do FAC(Capítulo 7 e Anexo 6).

7 -IMPACTO NEGATIVO: INCÔMODOS PROVOCADOS PELO TRANSPORTE DE BOTA-FORA

O transporte de material de bota-fora apresenta aspectos negativos, devido ao aumento do tráfego de veículospesados com carga que apresenta riscos de poluição atmosférica e de sujar as vias públicas.

MEDIDA MITIGADORA: Projetos com transporte e destino final adequados. As ações detalhadas constam do PAC1(Capítulo 7 e Anexo 6).

8- IMPACTO POSITIVO: GERAÇÃO DE EMPREGOS

A implantação do Projeto está promovendo, já na fase de estudos, a geração de oportunidades de trabalho, quandoestão sendo desenvolvidas ações referentes à preparação do Projeto. Entretanto, o número mais significativo deempregos que deverá ser gerado refere-se a fase de implantação do Projeto com mobilização de mão-de-obra dosetor da construção civil, quando serão criadas um grande número de vagas, certamente maior onde asintervenções são de maior vulto. Nesse sentido, o impacto é altamente positivo.

|MEDIDA POTENCIALIZADORA: Priorização de contratação de mão de obra localEssa orientação consta do FAC (Capítulo 7-Anexo 6) e deverá ser parte integrante dos editais licitação de obras.

9 - IMPACTO NEGATIVO: DESAPROPRIAÇÃO DE TERRENOS PARA IMPLANTAÇÃO DAS INTERVENÇÕES

A Prefeitura do Recife está levantando as informações sobre o cadastro de proprietários dos terrenos onde serãoimplantadas as intervenções. Em uma primeira fase, a Prefeitura conseguiu fazer um levantamento preliminar do nQde propriedades que serão afetados e chegou à conclusão que serão desapropriados para a implementação de todoo sistema viário 6.050 m2, 63 unidades residenciais e 01 escola. Portanto, conclui-se com base nesse levantamentoda Prefeitura que o impacto é negativo, permanente e de magnitude moderada.| MEDIDA MITIGADORA: Elaboração do Plano de Desapropriação e Reassentamento Involuntário- PDRI

O Marco Conceitual do Reassentamento é apresentado no Anexo 10

10-IMPACTO NEGATIVO: DESESTRUTURAÇÃO DAS COMUNIDADES E TRANSTORNOS PROVOCADOS PELA REMOÇÃOCOMPULSÓRIA DAS FAMÍLIAS

Estima-se que 1.453 famílias deverão ser reassentadas para implantação das intervenções propostas pelo Projeto.A mudança de residência de famílias dos locais onde estão instaladas há muitos anos, constitui um impactonegativo significativo, considerando-se a necessidade de adaptação a novo padrão construtivo, o rompimento doslaços de vizinhança e a geração de ansiedade na população removida quanto ao seu local de destino. A altadensidade que caracteriza o projeto pode constituir-se também em um impacto negativo, caso o reassentamentonão seja acompanhado de medidas necessárias à garantia de sua qualidade ambiental. Este impacto é negativo, de

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* £Cc:a;Ldri PPROJETO CAPIBARIBE MELHOR

duração temporária e alta magnitude, sendo que sua abrangência permanece como local considerando a área de

destino das famílias (a maioria será reassentada nas proximidades da área onde reside).

|MEDIDA MITIGADORA: Elaboração do PDRI. O Marco Conceitual do Reassentamento encontra-se no Anexo 10 |

11 - IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DO PADRÃO HABITACIONAL DA POPULAÇÃO REASSENTADA

Considerando que a maioria das famílias a serem removidas se encontra em áreas de preservação, conformando

uma situação precária de habitabilidade, bem como tendo em vista as vantagens asseguradas pelo processo de

reassentamento a ser adotado, em atendimento às políticas do banco, o reassentamento possibilita a melhoria do

padrão habitacional da população. Nesse sentido, o impacto é positivo tem abrangência local, magnitude elevada

e duração permanente.

|MEDIDA POTENCIALIZADORA: Elaboração do PDR. O Marco Conceitual do Reassentamento encontra-se no

Anexo 10

12- IMPACTO NEGATIVO: POSSIBILIDADE DE DANOS Á PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E CULTURAIS

Á área de abrangência do Projeto possui grande importância histórico-cultural, compreendendo 13 Zonas

Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (ZEPH) do total de 33 existentes no município como

um todo. Entretanto, com base nas informações disponíveis, constata-se que as intervenções propostas pelo

Projeto não estão localizadas nestas áreas. Durante a implantação das obras, toda a atividade que requeira

equipamento pesado pode interferir nas ZEPH localizadas próximas às intervenções, principalmente: ZEPH 15-

Casa Grande do Engenho Barbalho (próxima à Comunidade Airton Senna e Santa Marta); ZEPH 02-Apipucos e

ZEPH 05-Poço da Panela, podendo causar danos e prejuízos às mesmas.

MEDIDA MITIGADORA: Métodos e procedimentos construtivos adequados. A Prefeitura do Recife deverá exigir

das empresas contratadas a adoção de cuidados específicos durante a realização das obras, nas proximidades

das ZEPHs, de modo a não causar problemas e prejuízos às mesmas. As ações detalhadas constam do PAC

(Capítulo 7 e Anexo 6).

5.2.1.3 Fase de Operação

1 - IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO RESIDENTE NA ÁREA DO PROJETO

O impacto das intervenções propostas pelo Projeto Capibaribe Melhor é extremamente positivo na medida em que

amplia a qualidade de vida por meio da requalificação urbano e ambiental da região, disponibilizando áreas de

convívio e lazer para os moradores, melhorias nos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário,

drenagem urbana e viário, além da melhoria do padrão de habitabilidade nas 25 áreas pobres contempladas pelo

Projeto. Trata-se de impacto permanente, de abrangência local, ocorrendo na fase de operação do empreendimento

e de magnitude elevada.

2 -IMPACTO POSITIVO: CONSOLIDAÇÃO DE Novos VALORES CULTURAIS DE ENFOQUE AMBIENTALISTA

A requalificação urbanística, ambiental e social proposta pelo Projeto apresenta soluções e procedimentos

ambientais que representam uma significativa alteração dos padrões até então vivenciados por grande parte da

população na área de abrangência do Projeto, o que abre a possibilidade de mudanças no comportamento da

população, a partir da visão integrada do ambiente e do estabelecimento de uma relação de respeito com os

recursos naturais e em relação a sua condição de vida. A consolidação da mudança no comportamento é um

impacto positivo e de alta magnitude que deverá ocorrer num período entre médio e longo prazo.

|CMEDIDA POTENCIALIZADORA: Implementação de ações de educação ambiental e de comunicação social.

(Capítulo ;)

3 - IMPACTO POSITIVO: VALORIZAÇÃO DOS IMÓVEIS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO DO PROJETO

As intervenções proporcionarão a valorização dos terrenos e imóveis na área de intervenção do Projeto, em função

da requalificação urbana decorrente da melhoria das condições ambientais e da acessibilidade à área que o Projeto

propõe. De maneira geral essas mudanças significam benefícios para a comunidade do entomo, que passa a ter o

seu imóvel valorizado. Trata-se, portanto, de um impacto positivo, indireto, irreversível, permanente, de abrangência

local e de média magnitude.

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; 3- ffi0 £_~ étFX 9 PIROJETO CAPIBARIBE MELIOR

5.2.2 IMPACTOS ESPECÍFICOS DO COMPONENTE 1 E MEDIDAS MITIGADORAS RESULTANTES

5.2.2.1 PARQUES E ÁREAS VERDES

Tendo em vista que não haverá a necessidade de desapropriação e remoção de população, as intervenções nosparques trará impactos altamente positivos para a população beneficiada pelo projeto e para o município como umtodo, com a criação de condições para que milhares de habitantes da cidade possam usufruir espaços dignos para aprática do lazer e esporte em meio à vegetação remanescente da área urbana. Entretanto alguns impactosnegativos, relativos à fase de construção e de operação dos parques necessitam ser ressaltados.

1 - IMPACTO NEGATIVO: SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO NA IMPLANTAÇÃO DO PARQUE APIPUCOS (F. de Implantação)

Embora a região do Açude de Apipucos possua bela e diversa cobertura vegetal, com remanescentes da MataAtlântica, a área onde será implantado o Parque de Apipucos possui uma cobertura vegetal bastante antropizada,sendo caracterizada em sua maior parte por espécies invasoras de hábito herbáceo arbustivo, bem como por algunspoucos exemplares de mangueiras (Mangifera indica L.), castanheiras (Bertholletia excelsa) e tamarindos(Tamarindus indica L.). Deste modo, a supressão da vegetação para implantação do Parque será localizada e depequena magnitude. Trata-se de impacto negativo, direto, permanente, de abrangência local e de baixa magnitude.MEDIDA MITIGADORA: A implantação do Parque irá mitigar e compensar os impactos da supressão davegetação, uma vez que o Projeto prevê ações de arborização e paisagismo nas margens do açude, bem comonas demais áreas do Parque. As árvores que venham a ser cortadas devem ser desdobradas com moto-serra, parapossibilitar a utilização da madeira produzida como lenha, a ser doada para uma instituição de cunho social.Complementar a esta ação recomenda-se que a recomposição vegetal prevista para o parque utilize espéciesarbóreas, principalmente essências nativas

2 - IMPACTO POSITIVO: FACILITAÇÃO DO ACESSO DA POPULAÇÃO À ATIVIDADES DE LAZER, ESPORTE E CULTURA(Fase de Operação)

A intervenção nos parques irá criar/ requalificar espaços de lazer, esportes e cultura. Como estas intervençõesserão acompanhada por melhorias da acessibilidade, será possibilitado às populações de ambas as margens do riofreqüentar os parques, facilitando o acesso desta população à atividades de lazer, esporte e cultura. Trata-se de umimpacto positivo, direto, permanente, de abrangência estratégica e de alta magnitude, em vista da carência atual deáreas de lazer, esporte e cultura no Recife.

| MEDIDA POTENCIALIZADORA: Estimular programas de lazer esportivo e cultural

3 - IMPACTO POSITIVO: AMPLIAÇÃO DE ÁREAS VERDES E DE LAZER (Fase de Operação)

O Recife possui um déficit elevado em relação a área verde por habitante. Essa relação atualmente é de 0,70 m2

/habitante, contrariando várias proposições, inclusive a Lei Estadual 9.990 que recomenda 6m m2/habitante nasnucleações. A ONU recomenda 12 m2/habitante. As intervenções nos parques permitirão que os mesmosconsolidem o uso público por áreas de lazer e descanso em ambas as margens do rio Capibaribe, reduzindo apressão de ocupações inadequadas sobre áreas de proteção ambiental e atendendo às demandas crescentes porequipamentos desta natureza, importantes para integração da população residente numa área da cidade cada vezmais adensada. Trata-se, portanto de um impacto positivo, direto, permanente, de abrangência estratégica e de altamagnitude.

MEDIDA POTENCIALIZADORA: Implementar ações de educação ambiental para viabilizar o desenvolvimento daco responsabilidade importante para garantir a sustentabilidade da intervenção.

4 - IMPACTO POSITIVO: AUMENTO DA AUTO-ESTIMA E DA SOCIABILIDADE DA POPULAÇÃO (Fase de Operação)

Os parques e as áreas verdes conferem ao município uma identidade urbanística própria, com ambientesagradáveis e atrativos, podendo favorecer o aumento da auto-estima e da sociabilidade da população. Estima-se oaumento da socialização através da prática de esportes e lazer. Trata-se de um impacto positivo, direto,permanente, de abrangência regional e de alta magnitude.MEDIDA POTENCIALIZADORA: Estimular iniciativas de uso das áreas de lazer que ampliem a socialização dosmoradores e redução do nível de violência social

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5- IMPACTO NEGATIVO: CONTINUIDADE DO PROCESSO DE EUTROFIzAÇÃO DO AÇUDE APIPucos (Fase de Operação)

O projeto prevê a implantação de um sistema de desvio (by-pass) dos tributários e canais, que conduzem a maior

parte dos esgotos gerados na sub-bacia da célula 1 do Açude de Apipucos, sendo que os mesmos serão recalcados

diretamente para o rio Capibaribe. Entretanto, esta estrutura proposta retirará apenas o esgoto de uma parcela da

bacia contribuinte ao Açude, beneficiando apenas a célula 1 do mesmo, o que pode resultar na continuidade do

processo de eutrofização existente no açude, uma vez que o problema de lançamento de esgoto não será

totalmente resolvido. A célula 1 continuará a receber a célula 2, poluída.

Foi elaborado um estudo da qualidade das águas do Açude Apipucos, quanto ao seu estado de eutrofização,

através da aplicação do modelo CEPIS. Este estudo encontra-se em no Anexo 1 1 um resumo de seus principais

resultados é apresentado a seguir:

O modelo CEPIS foi aplicado para 3 cenários conforme descrito a seguir:

* CENÁRIO 1: Tendencial - Este cenário baseia-se na simulação da eutrofização do Açude de Apipucos,

frente à manutenção das condições atuais do mesmo.

* CENÁRIO 2: Implantação de desvio (by pass) das águas dos canais e tributários que alimentam a Célula 1

do Açude de Apipucos (proposta pela Projeto Capibaribe Melhor), sendo que os mesmos serão recalcados

diretamente para o rio Capibaribe

* CENÁRIO 3: Retirada de todos os esgotos que atualmente são lançados no Açude de Apipucos. Este

cenário contempla três alternativas diferentes para destinação dos esgotos que atualmente são lançados

no Açude de Apipucos.

- Alternativa 3.1: Implantação de sistema de coleta e transporte dos esgotos gerados na bacia de

contribuição do Açude de Apipucos, compreendendo as UEs 12, 13, 25, 26, e 27 e lançamento do esgoto

coletado, sem tratamento, no rio Capibaribe

- Alternativa 3.2: Implantação de sistema de coleta, transporte e tratamento dos esgotos gerados na

bacia de contribuição do Açude de Apipucos, em ETE a ser construída próxima ao Açude,

compreendendo as UEs 12, 13, 25, 26, e 27 e lançamento do esgoto tratado no rio Capibaribe.

- Alternativa 3.3: Implantação de sistema de coleta e transporte dos esgotos gerados na bacia de

contribuição do Açude de Apipucos, compreendendo as UEs 12, 13, 25, 26, e 27 e tratamento dos

esgotos das UEs 25, 26 e 27 na ETE Apipucos e exportação (reversão) dos esgotos coletados nas UEs

12 e 13 para o Sistema Peixinhos.

A Tabela 5.1 apresenta um resumo dos resultados obtidos a partir das simulações considerando o período de

estiagem, uma vez que esta situação é a mais desfavorável.

Tabela 5.11: Resultados da Modelagem da Qualidade das Águas do Açude Apipucos - Estiagem

Q . TDH Carga de P Resultado Concentr. P

Cenário Célula aflu. Modelagem (mgIL) na Custo

(Lis) (dias) Kg /ano (RS)

1 2 21,13 119,4 9.288 100üO hipereutrófica 3,844

1 66,02 16,0 34.615 100% hipereutrófica 6,306

2 2 21,13 119,4 9.288 100% hipereutrófica 3,844

1 21,13 50,0 9.488 1 00% hipereutrófica 4,306 499.701,07

2 8,39 300,6 110 19,26% hipereutrófica 0,138 9.305.240, 00

3 74,90 % eutrófica (Altemat 3.1)

5,83% mesotrófica1 8,38 57,4 310 64,17% hipereutrófica 0 221 12.735. 740,00

35,44 % eutrófica (Altemat. 3.2)

0,40 % mesotrófica 11.542.940,00

(Altemat. 3.3)

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,MaMM7MCI PROJETO CAPIEBARIBE MELHORe~~ - 44. -' ,-

O contínuo aporte dos nutrientes resultante das atividades humanas na bacia hidrográfica, foi reconhecido como ofator responsável pela instalação do processo de eutrofizaçâo no Açude. Esse fenômeno de enriquecimento, emespecial a elevada disponibilidade de fósforo identificado como o fator limitante da produtividade prmária no lago,promoveu acentuadas alterações em suas características físicas, químicas e biológicas. Os esgotos que sãoatualmente lançados sem tratamento no Açude são os principais responsáveis pela carga afluente de fósforo aomesmo. As simulações demonstraram que mesmo as alternativas que contemplam a retirada do Açude de todos osesgotos gerados na bacia de contribuição deste, não são suficientes para solucionar por completo as condições deeutrofização do Açude. Infelizmente, embora a alternativa de implantação do by pass (Cenário 2: Desvio dostributários que afluem à Célula 1) se apresentasse inicialmente promissora e de baixo investimento, não se revelouno entanto, tão eficiente como se esperava, e por conseqüência não se recomenda a sua implementação para finsde recuperação da degradação ambiental do Açude.

Para a recuperação do Açude de Apipucos, a primeira e indispensável medida é o controle do aporte de nutrientes,caso contrário, dificilmente os métodos de interferência direta no Açude terão sua eficácia garantida. Sendo assim,proteção e manejo da bacia de drenagem são primordiais para a restauração e recuperação deste. Ainda, comomedidas que devem ser implementadas na bacia de drenagem do Açude de Apipucos, merecem destaque arecuperação de áreas degradadas, a contenção de processos erosivos, a revegetação junto aos talvegues e canaisque alimentam o Açude, bem como ao longo das bordas deste. Medidas de manejo adicionais, como construção debarragens de contenção nos tributários e dragagem de sedimentos, devem ser estudadas mais detalhadamente eimplantadas com a devida urgência, visto o processo de assoreamento de grandes proporções já instalado.

MEDIDA MITIGADORA: Implantação do Programa de Estudos e Pesquisas com Vistas à Definição de Altemativasde Recuperação do Açude de Apipucos. Sugere-se o acompanhamento da qualidade da água do Açude por meiode um Programa de estudos e pesquisas com vistas à definição de altemativas de recuperação do Açude, a serexecutado nos dois primeiros anos de desenvolvimento do Projeto Capibaribe Melhor, compreendendo estudoslimnológicos, batimétricos, hidrológicos, hidráulicos, bem como a determinação de: (i) carga organíca afluente eexistente no Açude; (ii) área de contribuição; (iii) interceptação de todos os tributários que afluem ao Açude. EstePrograma encontra-se melhor detalhado Capítulo 7.

6 - IMPACTO NEGATIVO: Risco OCIOSIDADE DOS PARQUES (Fase de Operação)

A princípio, foi observado que existe demanda para implantação do Parque Apipucos, bem como para as melhoriasnos Parques existentes: Caiara e Santana. Entretanto, os Parques correm o risco de ficarem sub-utilizados eociosos, caso não haja uma operação adequada e gestão eficiente dos mesmos. Trata-se, portanto, de um impactonegativo, indireto, de abrangência regional e de alta magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Implantação do Plano de Gestão dos Parques. Além disto, devem ser buscadasaltemativas de parcerias público- privadas, como adoção de parques. Este Programa encontra-se melhor detalhadono Capítulo 7

7 - IMPACTO NEGATIVO: Risco DE DEGRADAÇÃO DOS PARQUES (Fase de Operação)A conservação e manutenção dos três Parques em tela deve merecer atenção continuada dos órgãos públicos quegerenciam essas áreas e da população que os utilizam. O uso público de uma área verde está intimamente ligado àmanutenção, conservação e segurança que esta área recebe. Trata-se de impacto negativo, indireto, deabrangência regional e de alta magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Plano de Gestão dos Parques e Areas Verdes Este Programa encontra-se melhordetalhado no Capítulo 7

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5.2.2.2 SISTEMAS DE ÁGUA, ESGOTO E SANEAMENTO INTEGRADO

A) Esgotamento Sanitário: Implantação e Operação das Redes, Emissários, Elevatórias e Estação de Tratamento

de Esgoto

1 - IMPACTO NEGATIVO: INTERFERÊNCIA COM OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA E EQUIPAMENTOS URBANOS (Fase de

Implantação)

As redes, interceptores e emissários serão implantados na área urbana no Recife podendo interferir nos sistemas de

infra-estrutura existentes (redes de abastecimento de água, telefonia, eletricidade e outros sistemas a cabo

subterrâneos), indicando a necessidade de deslocamento e readequação dos mesmos. Podem igualmente interferir

em equipamentos urbanos existentes, exigindo remoções e recomposições, compatibilizadas com as propostas do

Projeto. Trata-se de um impacto negativo, direto, temporário, de curto prazo de média magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Articulação com Concessionárias de Serviços Urbano. E muito importante a divulgação de

eventuais cortes de serviço, em função das obras, de forma a trazer o menor transtomo à população. Ações

detalhadas constam do PAC (Cap. 7 e Anexo 6).

2 - IMPACTO NEGATIVO: SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA ETE CORDEIRO (F. de Implantação)

No caso da implantação da ETE Cordeiro não são esperados impactos negativos de grande importância sobre a

flora, uma vez que o terreno localiza-se em área urbana e a vegetação encontra-se já tão descaracterizada. Esta

área configura um grande terreno baldio, com algumas construções inacabadas, invadidas por espécies arbóreas

remanescentes de antigos sítios e cobertura vegetal arbustivo herbácea. As manchas de vegetação de mangue que

se localizam à margem do rio Capibaribe serão totalmente preservadas quanto da implantação da ETE. Trata-se,

portanto, de um impacto negativo, direto, irreversível, de abrangência local e de baixa magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Métodos construtivos adequados e reposição da vegetação afetada. Redução do nível de

impacto por meio da retirada de árvores somente quando estritamente necessário e redução da área de

intervenção. Recomenda-se o projeto contemple um programa de revegetação e paisagismo da área da ETE.

3 -IMPACTO NEGATIVO: RISCO DE ENTUPIMENTO E EXTRAVASAMENTOS DAS REDES E EMISSÁRIOS SE MAL OPERADOS

(Fase de Operação)

Impactos negativos decorrentes do funcionamento das redes, interceptores e emissários de esgoto resumem-se a

eventuais problemas de entupimento e/ou ruptura da tubulação. Trata-se de um impacto negativo, direto, reversível,

de abrangência regional e de baixa magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Adequada manutenção do sistema

4 - IMPACTO NEGATIVO: Risco DE EXTRAVASAMENTO DOS ESGOTOS (Fase de Operação)

Um possível impacto negativo decorrente da operação das elevatórias a serem implantadas (UEs 39 e 40), bem

como recuperadas (SES isolados), estão relacionados ao funcionamento dos conjuntos moto-bombas, sendo que

eventuais problemas e ou falta de energia elétrica podem acarretar extravasamentos, possibilitando o lançamento

de efluentes nos cursos d'água e a conseqüente poluição do mesmo. Ressalta-se que a região onde já estão ou

serão implantadas as elevatórias é muito plana e na grande maioria das vezes não será possível fazer o

extravasamento das elevatórias em caso de falta de energia. Trata-se, portanto, de um impacto negativo, indireto,

reversível, de abrangência regional e de média magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Manutenção adequada do sistema e Uso de medidas de segurança, para o caso de falta

de energia elétrica. Para todas as elevatórias a serem implantadas ou recuperadas deverão ser previstas medidas

de segurança, para o caso de falta de energia elétrica, tais como instalação de bombas reserva, tanques de

contenção de esgotos ou geradores de energia a diesel.

5-IMPACTO NEGATIVO: POSSIBILIDADE DE EMISSÃO DE GASES MAL CHEIROSOS NAS ELEVATÓRIAS E ETE (F.

Operação)

É relevante a possibilidade de geração de gases mal cheirosos no interior das elevatórias de esgotos a serem

implantadas e recuperadas, bem como na ETE Cordeiro. No caso da UE 39 serão implantadas 2 elevatórias, sendo

uma na comunidade Airton Senna e outra na comunidade Detran. Quanto à UE 40 será implantada apenas uma

elevatória nas proximidades da ETE Cordeiro. As demais elevatórias existentes e serão recuperadas. No caso da

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~& :L r PRQJETO CAPIBARIBE MELIOR

ETE, este impacto a rigor, assume maior magnitude podendo atingir parcelas distintas da população urbana doRecife, dependendo da direção dos ventos predominantes, uma vez que a ETE será implantada em área urbana àmenos de 100m de habitações. Sabendo-se que para minimização do problemas de odores a ETE deveria estardistante 200m de habitações em caso de vento favorável e 500m em caso de vento desfavorável, todas ascomunidades vizinhas poderão ser potencialmente afetadas na fase de operação da ETE, principalmente devido aoodor desagradável do esgoto bruto e dos gases gerados no decorrer do processo de tratamento. Trata-se, portanto,de um impacto negativo, direto, reversível, de abrangência regional e de alta magnitude no caso da ETE e de médiamagnitude no caso das demais elevatórias.

MEDIDA MITIGADORA: Operação adequada das elevatórias e da ETE, Implantação de Cinturão Verde no entomoda ETE e Ações de educação ambiental. Recomenda-se que quando da elaboração do Projeto Básico da ETECordeiro sejam analisadas altemativas de minimização e controle de odores na fase preliminar e anaeróbia dotratamento.

7 - IMPACTO NEGATIVO: GERAÇÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS E DE LODO(Fase de Operação)O tratamento dos esgotos gera resíduos sólidos (retidos nas grades e desarenadores) e lodo (proveniente dosreatores anaeróbios) que devem ser disposto adequadamente para evitar problemas no ambiente. Trata-se de umimpacto negativo, irreversível, permanente e de magnitude média. O aterro controlado de muribeca, ex-lixão quesofreu remediação, localizado em jaboatão dos Guararapes, com gestão compartilhada entre este município e oRecife tem diversos problemas: não possui licença de operação (embora possua autorização provisória expedidapelo CPRH) e existem dezenas de crianças e adolescentes vivendo e trabalhando como catadores no aterro, emcondições subumanas. Portanto, este aterro não está apto a receber o lodo proveniente da ETE Cordeiro. Umaaltemativa para deposição do lodo da ETE Cordeiro é o Aterro Sanitário de Aguazinha, localizado em Olinda, sendoque sua ampliação é proposta pelo Projeto PROMETROPOLE. Atualmente este aterro recebe todo o lixo de Olinda,estimado em cerca de 489 toneladas/dia. No caso de não ser possível, a destinação do lodo da ETE Cordeiro para oAterro de Aguazinha deve-se prever a implantação de um aterro no terreno da própria ETE ou em outro localescolhido especificamente para este fim.

|MEDIDA MITIGADORA: Acondicionamento e transporte adequado dos resíduos e disposição em aterro.

8 - IMPACTO NEGATIVO: AUMENTO DAS DESPESAS FAMILIARES COM TARIFAS DE SANEAMENTO BÁSICO (F. Operação)Atualmente a população do Recife paga pela tarifa de esgoto um percentual da tarifa de água, sendo adotados pelaCOMPESA valores que variam de 40%, para sistemas simplificados em que a comunidade assume uma parte dastarefas de operação, até 100% do valor da tarifa de água em sistemas convencionais. Portanto, o aumento docusto, decorrente das tarifas de esgoto a serem cobradas dos usuários do sistema de esgotamento que seráimplantado/ recuperado constitui um aspecto negativo, especialmente para famílias de menor renda. Trata-se de umimpacto negativo, indireto, irreversível, de abrangência regional.

1MEDIDA MITIGADORA: Aplicação de Taritfas Sociais

9 - IMPACTO POSITIVO: MELHORIAS NAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO (Fase de Operação)A implantação do sistema de esgotamento proposto irá impactar positivamente as condições de saúde da populaçãobeneficiada, reduzindo índices de morbidade e de mortalidade infantil, na medida em que reduzirão vetores dedoenças redutíveis por ações de saneamento. Conseqüentemente, serão reduzidos dos orçamentos familiares oscustos com medicamentos, e dos orçamentos públicos os gastos com tratamentos de saúde. Trata-se de umimpacto positivo, direto, irreversível, permanente, de abrangência regional e de alta magnitude.MEDIDA POTENCIALIZADORA: Monitoramento das condições de salubrdade.Trata-se de impacto altamentepositivo e sua dimensão deverá ser avaliada por meio da implantação e permanente atualização dos indicadores desaúde e doenças de veiculação hídrica. Assim deverá ser efetuado um acompanhamento anual dos índices deocorrência de doenças de veiculação hídrica na população urbana beneficiada pelas ações de saneamento doProjeto. Para tanto, recomenda-se que a Prefeitura do Recife empreenda uma parceria com os órgãos de vigilânciasanitária e com as entidades voltadas ao controle da saúde pública no município.

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.- wnSLdb1 ~ PROJEIO CAPIBARIBE MELOR

10 -IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DA QUALIDADE DA ÁGUA DO Rio CAPIBARIBE (Fase de Operação)

A ETE Cordeiro foi projetada para uma vazão média diária de 189 lis, para atender a uma população de 109.000

hab. em 2.020. No Projeto Capibaribe Melhor está prevista a implantação de uma primeira etapa, constituída apenas

da unidades de tratamento preliminar e dos Reatores Anaeróbios necessários para o tratamento dos esgotos de

55.000 habitantes (26 reatores), de modo a atender à vazão das UEs 39 e 40, que representam 33% do sistema

Cordeiro. Assim é esperada uma redução de carga orgânica da ordem de 60% nos efluentes dessa prmeira etapa

de instalação de tratamento.

Face aos resultados das simulações da qualidade da água QUAL2E e MUDLARK feitas em 1998 para o rio

Capibaribe pela Universidade Federal de Pernambuco, não seria necessária avaliação adicional para concluir que o

tratamento proposto não deverá acarretar nenhuma melhoria sensível na qualidade de água deste rio. Entretanto,

foram feitas, simulações com a aplicação do modelo QUAL2E explorando algumas situações alternativas para

avaliação da qualidade de água no rio Capibaribe. Uma síntese deste estudo é apresentada a seguir e o estudo

completo encontra-se no Anexo 12. As simulações foram feitas considerando os seguintes cenários:

_ Cenário 1 - ano 2.004 - para permitir a calibração do Modelo;

_ Cenário 2A - ano 2.010 - sem investimentos nos sistemas de esgotos;

Cenário 2B - ano 2.010 - investimentos em coleta e tratamento de 40 % dos esgotos do Sistema Cordeiro, em

reatores anaeróbios, conforme proposto no Projeto;

Cenário 2C -ano 2.010 -investimentos do Cenário 2B acrescidos de coleta e tratamento dos esgotos da bacia

contribuinte do Açude de Apipucos, em reatores anaeróbios;

_ Cenário 2D - ano 2.010 -investimentos em coleta e tratamento dos esgotos dos Sistemas Cordeiro e Apipucos,

em nível secundário e desinfecção;

l Cenário 3A - ano 2.020 - sem investimentos em esgotos;

_ Cenário 3B - ano 2.020 - investimentos em coleta e tratamento dos esgotos da bacia do Capibaribe em Recife,

em nível secundário com desinfecção;

_ Cenário 3C - ano 2.020 - investimentos em coleta e tratamento dos esgotos da bacia do Capibaribe em Recife e

em Camaragibe, em nível secundário com desinfecção.

Os resultados das simulações confirmam os estudos anterores e conduzem às conclusões:

(i) a qualidade de água no Capibaribe deteriorará substancialmente no caso de não ocorrer investimentos em

tratamento de esgotos;

(ii) as intervenções propostas no Projeto "Capibaribe Melhor" não são suficientes para melhorar sensivelmente

a qualidade de água do do Capibaribe;

(iii) mesmo o tratamento secundário, complementado com desinfecção, de todos os esgotos da bacia do

Capibaribe no município do Recife não é suficiente para que a qualidade de água deste rio atinja padrões

aceitáveis;

(iv) para atingir qualidade de água satisfatória no trecho urbano do rio, na cidade de Recife, é necessário, pelo

menos: tratar os esgotos produzidos na bacia do Capibaribe em Recife e em Camaragibe, em nível

secundário com desinfecção; manter as condições atuais nas contribuições de montante; coletar

eficientemente os esgotos da bacia do Capibaribe em Recife (Sistemas Cabanga e Peixinhos).

Estes resultados não levam, obrigatoriamente, à conclusão que as intervenções em tratamento de esgotos

propostas no Projeto devam ser descartadas. É necessário ter em mente que nem sempre se dispõe de recursos

suficientes para realizar todas as intervenções necessárias e o escalonamento em etapas é a única forma de atingir

as metas almejadas. Assim, a decisão de incluir no Projeto a implantação da primeira etapa da ETE de Cordeiro se

justifica plenamente e deverá contribuir para:

* Consolidação da concepção do sistema de esgotos do Município e da sua Região Metropolitana, conforme

planejamento em vigor;

* Ocupação imediata da área prevista e atualmente disponível para esse equipamento, evitando o risco de sua

destinação a outros usos.

* Melhoria, embora não significativa, conforme demonstram as modelagens, da qualidade de água do rio

Capibaribe.

MEDIDA MITIGADORA: Programa de Monitoramento da Qualidade da Agua do Rio Capibaribe (Capitulo 7

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M£Ca1sL~t9 PROJETO CAPIARIBE MELHOR

11 - IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS NOS LOCAIS BENEFICIADOS(Fase de Operação)A implantação e recuperação do sistema proposto de esgotamento sanitário eliminará a disposição final dos esgotosdomésticos diretamente no solo ou nos cursos d'água e canais, melhorando as condições sanitárias da região.Trata-se de um impacto positivo, direto, irreversível, permanente, de abrangência regional e de alta magnitude.

| MEaDiDA POTENCIALIZADORA: Programa de Eliminação de Ligações Cruzadas "caça esgoto" nas UEs 39 e 40(Capítulo 7!

B) Esgotamento Sanitário: Implantação do Saneamento Integrado

12 - IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DA ACESSIBILIDADEA pavimentação das vias propiciará a melhoria na acessibilidade nas moradias com novas alternativas e adequaçãodas condições atuais de deslocamento.

13 -IMPACTO POSITIVO: ELIMINAÇÃO DE PONTOS DE CONCENTRAÇÃO DE LIXO

À medida que as vias forem sendo pavimentadas os equipamentos de apoio à coleta de lixo irão disponibilizargradativamente a melhoria do serviço para a população. Além disto a educação ambiental trará grande contribuição,no que se refere a manutenção e limpeza das vias.

14 -IMPACTO POSITIVO: ADEQUADA CONDUÇÃO DAS ÁGUAS DA CHUVA

O saneamento integrado irá promover, através da implantação das redes de drenagem pluvial, um impacto benéfico,resultante da na adequada condução das águas de chuva, a fim de se evitar os seus efeitos adversos que podemrepresentar séros prejuízos à saúde, segurança e bem estar da população das comunidades afetadas.

15 - IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE SAÚDE DA POPULAÇÃOO saneamento integrado irá promover, através da implantação das redes de abastecimento de água e deesgotamento sanitário a melhoria das condições sanitárias e de saúde das áreas beneficiadas.

16 -IMPACTO POSITIVO: AUMENTO DO CONTROLE SOBRE ATIVIDADES IRREGULARES

A falta de infra-estrutura das comunidades a serem atendidas pelo saneamento integrado propicia e conduz osmoradores a posturas irregulares causadoras de degradação ambiental, principalmente a deposição de lixo, bota-fora e entulho nos talvegues e cursos d'água e a destinação incorreta de efluentes líquidos. Aliado a isso, há afreqüente possibilidade de novas ocupações das áreas pouco adensadas (normalmente fundos de vales). Areestruturação urbanística e ambiental propiciada pelo saneamento integrado, com a implantação de infra-estruturaviária aliada a de saneamento básico, reforçada pelo trabalho de educação ambiental, tem importãncia fundamental,na contribuição para a eliminação dessas atividades.

MEDIDA POTENCIALIZADORA DOS IMPACTOS 12 A 16: Ações de Educação Ambiental; Motivar a participaçãoda comunidade e estimular a constituição de Associação Comunitária e/ou grupos de interesse visando asustentanbilidade das ações. Investimentos de urbanização em áreas pobres e desprovidas de infra-estruturas eserviços urbanos mínimos requerem a instalação de uma parceria dos agentes públicos com as organizaçõescomunitárias. A razão é a de garantir, não só a apropriação e a manutenção de estruturas físicas, como também,subsidiar os moradores na resolução dos problemas coletivos.

C) Abastecimento de Água

Para melhoria do sistema de abastecimento de água, não são previstos impactos significativos, uma vez que omesmo já se encontra instalado e será apenas aprimorado para atender a demanda atual e futura. As intervençõespropostas deverão considerar o aproveitamento integral do sistema existente, com a introdução de melhorias físicase operacionais capazes de aumentar sua eficiência e reduzir as perdas.

17- IMPACTO POSITIVO: OTIMIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM TODA ÁREA DO PROJETO

A população da área do Projeto sofre há mais de 20 anos com racionamento de água, devido principalmente ainoperância da rede secundária, que não foi concluída. Todos os distritos contidos no Projeto estão dependendo deações com vistas à conclusão da setorização e apresentam deficiências de abastecimento d'água nos fins de rede epontos de cotas elevadas. Portanto, as intervenções propostas resultarão na otimização do abastecimento de águanesta região, configurando em um impacto positivo de abrangência regional e de alta magnitude.MEDIDA POTENCIALIZADORA: Adequada manutenção e operação do sistema de abastecimento de água eações de educação ambiental com vistas à redução do desperdício de água

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PFIQJETO CAPIBARIBE MELHOR

18- IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DO CONTROLE OPERACIONAL DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM TODA

ÁREA DO PROJETO

As ações de setorização e a implantação de medição atreladas a um cadastro técnico e comercial permitirá o efetivo

exercício do Controle Operacional (segundo modelo de gestão operacional que está sendo implantado na

COMPESA), com reflexos tanto nos aspectos financeiros como na qualidade dos serviços ofertados a população,

hoje bastante deficientes. Trata-se de um impacto positivo, direto, permanente, de abrangência local e de alta

magnitude.

| MEDIDA POTENCIALIZADORA: Adequada manutenção e operação do sistema de abastecimento de água

19-IMPACTO POSITIVO: REDUÇÃO DO ÍNDICE DE PERDAS EM TODA ÁREA DO PROJETO

A execução das obras de melhoria e otimização do sistema de abastecimento de água irá contribuir para a redução

do elevado índice de perdas. Trata-se de um impacto positivo, direto, permanente, de abrangência local e de alta

magnitude.

MEDIDA POTENCIALIZADORA: Adequada manutenção e operação do sistema de abastecimento de água e

Ações de educação ambiental para que sejam realizadas campanhas educacionais relativas ao uso racional da

água potável e, o outro, voltado para o combate às fraudes e às ligações clandestinas.

5.2.2.3 RECUPERAÇÃO DO SISTEMA DE MACRO-DRENAGEM

01 - IMPACTO NEGATIVO: DESTINAÇÃO FINAL DE ENTULHOS RETIRADOS DOS CANAIS PARA ÁREAS IMPRÓPRIAS (Fase

de Implantação)

O projeto prevê a limpeza e desobstrução de alguns canais que atualmente se encontram assoreados e com grande

quantidade de lixo. Entretanto, se não for prevista a correta destinação final destes entulhos em local próprio para

este fim, os mesmos poderão causar prejuízos para vizinhança da área onde este material será disposto. Trata-se

de um impacto negativo, direto, de abrangência local e de média magnitude.

|-MEDIDA MITIGADORA: Disposição final dos entulhos em local adequado

02- IMPACTO POSITIVO: REDUÇÃO DO CUSTO DE MANUTENÇÃO E LIMPEZA DOS CANAIS (Fase de Operação)

O revestimento de alguns canais ou de parte de seus trechos que se encontram em leito natural irá facilitar a

manutenção e limpeza dos mesmos, reduzindo os custos de manutenção, uma vez que esta passará de manual

para mecânica. Além disto, o revestimento dos canais irá contribuir para devolução da faixa de domínio das

margens, hoje ocupadas, para uso público, tornando a fiscalização mais eficiente e eficaz Trata-se de um impacto

positivo, direto, permanente, de abrangência local e de alta magnitude.

| MEDIDA MITIGADORA: Serviço periódico de desobstrução e manutenção dos canais e educação ambiental

03- IMPACTO POSITIVO: POSSIBILIDADE DE RECUPERAÇÃO DA 39 CÉLULA DO AÇUDE DE APIPUCOS (F. de Operação)

As intervenções propostas para o Canal do Jenipapo irão viabilizar a recuperação da 3a célula do Açude de

Apipucos (hoje assoreada) e assim integrá-la ao projeto do Parque de Apipucos.

MEDIDA POTENCIALIZADORA: Disposição final dos entulhos que serão retirados da 39 célula em local adequado

e Ações de Educação Ambiental

03- IMPACTO POSITIVO: AUMENTO DAS ÁREAS VERDES AO LONGO DOS CANAIS (Fase de Operação)

As intervenções propostas de arborzação das margens de alguns canais irá aumentar as áreas verdes ao longo dos

mesmos. Trata-se de um impacto positivo, direto, permanente, de abrangência local e de média magnitude.

MEDIDA POTENCIALIZADORA: Seguir as seguintes diretrizes:

- Recomenda-se o plantio de árvores de pequeno porte e vegetação arbustiva nas margens de canais,

preferencialmente do lado onde não houver posteaçãol fiação de energia elétrica e/ ou de telefonia, e ainda,

respeitando uma distância mínima entre elas de 3 a 4 metros;

- Recomenda-se o plantio de palmeiras, pois estas podem ser a opção para vegetação de maior porte às margens

dos canais, porque permitem a limpeza mecanizada, desde que sejam respeitadas distâncias mínimas entre elas

de 7 metros;

- Quanto ao plantio de gramíneas, pode ser uma opção de amenização desde que seja plantada e períodos de

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ii%~r;ns,.. tiCçB PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

chuva e haja poço de águas de pouca salinidade no local, permitindo a rega diária até a chegada do verão;- Instalar, sempre que possível, poço com bomba para que haja rega até a consolidação da vegetação em razãodos altos custos de manutenção para utilização de carros pipa.

04 - IMPACTO POSITIVO: AUMENTO DA CAPACIDADE DE VAZÃO DOS CANAIS, GARANTINDO O FLUXO EM ÉPOCAS DECHEIAS E REDUZINDO OS ALAGAMENTOS

As intervenções propostas pelo Projeto visam a redução de áreas alagáveis com melhoria do escoamento emelhoria das condições paisagísticas dos canais. Deste modo, trarão melhoria considerável da qualidade de vida,tanto para a população que reside quanto para a que utiliza a área de abrangência do Projeto. Os custos materiais esociais decorrentes de alagamentos de logradouros e de edificações são de enorme monta, e normalmente, poucoavaliados; no caso de perdas de vida, os seus efeitos são, obviamente, ainda mais sentidos. Acrescente-se a tudoisto, a possibilidade de transmissão de doenças infecto-contagiosas, como, por exemplo, a leptospirose.

MEDIDA POTENCIALIZADORA: Serviço periódico de desobstrução e manutenção dos canais e Ações deEducação Ambiental. Trata-se de impacto positivo de caráter permanente e significativo onde os efeitos benéficosdependem de manutenção e limpeza das estruturas existentes. Além disto, deve-se: priorizar, sempre que possível,a implementação de uma faixa vegetada ao longo das margens dos canais e elaborar e implantar uma campanhade educação ambiental para a população, com acompanhamento contínuo e instrumentalizando as comunidadespara dar continuidade ao trabalho, objetivando reverter uma mentalidade de degradação à natureza.

05 - IMPACTO NEGATIVO: RISCO DE OBSTRUÇÃO DOS CANAIS DEVIDO AO DESPEJO DE LixoNo diagnóstico ambiental ficou evidenciado que um dos principais agentes causadores dos problemas relacionadoscom a macrodrenagem é a questão do despejo de lixo nos canais contemplados pelo Projeto. Trata-se de umimpacto negativo, direto, permanente, de abrangência regional e de alta magnitude.

MEDIDA MITIGADORA: Ações de Educação Ambiental. Para tanto é necessário que sejam empreendidas açõesde cunho não estrutural voltadas para a educação e conscientização ambiental da população, principalmente, aribeirinha, no que conceme à disposição e lançamento de resíduos sólidos na rede de canais de macrodrenagem.

5.2.2.4 AMPLIAÇÃO DA MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA

01- IMPACTO NEGATIVO: PREJUíZOS À MOBILIDADE DE PEDESTRES E VEÍCULOS DECORRENTE DA OBSTRUÇÃO DETRECHOS DE VIAS (Fase de Implantação)

As intervenções físicas propostas em algumas vias fará com que estas fiquem, temporariamente, obstruídasdevendo sobrecarregar as vias mais próximas, modificando, temporariamente, a rotina da população que utilizaestes corredores de transporte, uma vez que elas terão ser trajeto alterado. O crescimento do fluxo de veículos nasvias próximas às vias interrompidas, poderão causar congestionamentos, com o conseqüente aumento nos temposde viagens. Este impacto é temporário, de caráter reversível e, em geral, aceitos pelos moradores, quando estessão devidamente informados sobre o empreendimento e os benefícios para a região. A abrangência deste tipo deimpacto é regional.|MEDIDA MITIGADORA: Ações de Comunicação Social. Deverá ser realizada uma ampla campanha na mídialocal, informando as vias interrompidas, bem como as opções de desvios

02- IMPACTO NEGATIVO: SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO E INTERFERÊNCIA EM APP(Fase de Implantação)Para implantação das ciclovias às margens do rio Capibaribe, das pontes viadutos, bem como para implantação dasvias lindeiras ao rio Capibaribe serão suprimidos trechos de vegetação em área de APP do rio. O Impacto dasupressão da vegetação será detalhado a seguir para cada segmento a ser implantado:

As ciclovias serão implantadas nos seguintes trechos:

=> Maraem Esquerda do rio: Extensão aproximada de 2,3 km de ciclovias, com início junto à Ponte da 11Perimetral passando pelo Parque Santana (inclusive seu entomo) até o prolongamento da Rua José Joaquimde Andrade X Haverá supressão em pequena área de cobertura vegetal arbustiva /herbácea com elevado graude alteração - Impacto Pouco significativo.

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f#aCOrsuffl9 PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

X Margem Direita do rio: Extensão aproximada de 3,6 km de ciclovias, com início na Ponte da Semi-

Perimetral, passando pelo Parque Caiara, passando pelo Viaduto da 1II Perimetral, pela pontilhão de pedestres

(Passarela da Salvação) passando na Vila Abençoada por Deus, indo até o final desta vila, sempre margeando

o rio Capibaribe X Haverá supressão em pequenas áreas de cobertura vegetal herbácea, mas esta significará

apenas a perda de áreas permeáveis, uma vez que as formações apresentam elevado grau de alteração -

Impacto Pouco significativo. A implantação da ciclovia nas proximidades da Vila Abençoada por Deus será feita

concomitantemente às ações do Programa Habitar Brasil que prevê a implantação de um Parque Linear ao

longo das margens do Capibaribe, nesta região que é atualmente totalmente ocupada por palafitas. O

reassentamento desta população faz parte do referido programa.

Já as vias lindeiras ao rio permitirão o fluxo de veículos e estacionamento ao longo do passeio nos trechos definidos

como sentido duplo de tráfego. Na lateral lindeira ao rio será implantada área verde para a preservação das

margens do rio.

X Margem Direita do rio:

(i) Entre Rua Itapiranga e Ponte do Barqueiro (Nas proximidades do Viaduto da Semi-Perimetral)=> Haverá

supressão em pequenas áreas de cobertura vegetal herbácea, mas esta significará apenas a perda de áreas

permeáveis, uma vez que as formações apresentam elevado grau de alteração - Impacto Pouco significativo.

(ii) Entre Rua Palmital e Rua Dr. José Anastácio Silva Guimarães (Nas proximidades do Parque Caiara) X

Neste trecho já existe uma rua de terra, sendo praticamente desprovido de vegetação. Impacto Desprezível.

(iii) Entre Rua São Bento do Norte e Av. Prof. Estevão Francisco Costa (nas proximidades do Viaduto da III

Perimetral) X Haverá supressão em pequena área de cobertura vegetal herbácea, mas esta significará apenas

a perda de áreas permeáveis, uma vez que as formações apresentam elevado grau de alteração - Impacto

Pouco significativo.

w Maraem Esquerda do rio:

(i) Entre Rua Oliveira Góes e Rua José Gomes de Sá (Nas proximidades do Viaduto da 1I1 Perimetral) X

Haverá supressão em pequena área de cobertura vegetal arbustiva /arbórea com elevado grau de alteração -

Impacto Pouco significativo.

(ii) Do viaduto da 11 Perimetral até a Rua Santana (nas proximidades do Parque Santana) =w Haverá supressão,

principalmente nas proximidades do Parque Santana, de área com cobertura vegetal arbustiva /arbórea

alterada- Impacto Pouco Significativo. Nas áreas próximas ao Viaduto da 11 Perimetral o impacto é desprezível

pois a maior parte da área é desprovida de vegetação.

MEDIDAS MITIGADORAS:

- Redução do nível de impacto por meio do planejamento prévio das atividades e execução das obras com a

observação de normas que incluem a retirada de árvores somente quando estritamente necessário e

redução da área de intervenção;

- Implantação de um programa de revegetação das áreas de intervenção com o plantio de revestimento

herbáceo de proteção do solo e plantio de essências arbóreas nativas, onde couber, dando preferência a

espécies de médio porte, de modo que o crescimento das raízes não interfira nas estruturas de intervenção

prevista.

02- IMPACTO POSITIVO: INTEGRAÇÃO DAS MARGENS DO RIO CAPIBARIBE

O Projeto prevê a implantação de duas pontes-viaduto que possibilitarão a ligação entre regiões situadas a norte e a

sul do seu eixo, principalmente em toda extensão compreendida entre a 11 e IV Perimetral Metropolitana. Além da

melhoria direta nos padrões de integração de bairros vizinhos, separados pelo rio, a implantação destas ligações

poderá melhorar em grande parte a mobilidade urbana para outras áreas da cidade. Ressalta-se a importante

ampliação no sistema viáro na margem direita do rio com acréscimo ao sistema de circulação de vias que

possibilitarão a integração ao sistema já existente e permitirão o acesso aos sistemas estruturadores da cidade nas

proximidades, quais sejam, a Radial V e a Estrada do Barbalho, que propiciando novas ligações com a Avenida

Caxangá e a Rodovia BR 1011.Trata-se de um impacto positivo, direto, permanente, de abrangência local e de alta

magnitude.

MEDIDA POTENCIALIZADORA: Conservação e Sinalização adequada das pontes

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

03- IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DA MOBILIDADE URBANA NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROJETOA área do Projeto encontra-se cercada por eixos viários de suma importância para a cidade do Recife. Com isso, asintervenções propostas no sistema viário irão refletir em aspectos positivos de melhoria de mobilidade urbana, nãosó na área de abrangência do Projeto, como em todo o município. A implantação do sistema viário proposto iráreduzir o impacto sobre a cidade causado pela barreira física, mediante infra-estruturas de tráfego que terão funçãotanto de transposição quanto de integração. As novas pontes a serem implantadas vão principalmente absorverparte do tráfego que hoje utiliza a ponte-viaduto Torre/ Pamamirim, já operando em condição próxima dacapacidade em períodos de maior movimento, principalmente no sentido Torre/Pamamirim, reequilibrando acirculação na rede viária em ambos os lado do Rio Capibarbe.|MEDIDA POTENCIALIZADORA: Conservação e sinalização adequada das vias

04- IMPACTO POSITIVO: PROTEÇÃO DAS VIAS CONTRA A EROSÁO EM SULCOSA pavimentação de um trecho da av. 17 de agosto, bem como das alças de acesso aos viadutos da Semi-Radial eda 111 Perimetral, irá proteger estas vias contra a erosão. Trata-se de um impacto positivo, direto, permanente, deabrangência local e de alta magnitude.| MEDIDA POTENCIALIZADORA: Conservação e sinalização adequada das vias

05- IMPACTO POSITIVO: ESTIMULO AO USO DE BICICLETAS E AUMENTO DA SEGURANÇA DOS CICLISTASO Projeto prevê a implantação de ciclovias nos trechos lindeiros ao rio Capibaribe em ambas as margens e nointerior e perímetro dos parques Santana e Caiara, proporcionando uma alternativa de acesso, consolidando o usopúblico de lazer e recreação às margens do rio, em conjunto com os referidos parques. Trata-se de um impactopositivo, direto, permanente, de abrangência local e de alta magnitude.MEDIDA POTENCIALIZADORA: Conservação e sinalização adequada das ciclovias e desenvolvimento decampanhas educativas estimulando o uso das bicicletas.

06- IMPACTO NEGATIVO: REDUÇÃO DA INFILTRAÇÃO DAS ÁGUAS DA CHUVA NO SOLO E CONSEQÜENTE AUMENTO DOESCOAMENTO SUPERFICIAL

A pavimentação dos trechos anteriormente citados irá reduzir a infiltração de água nestes locais, tendo comoconseqüência o aumento do escoamento superficial. Trata-se de um impacto negativo, direto, permanente, deabrangência local e de baixa magnitude.|MEDIDA MITIGADORA: Arborização das margens das vias pavimentadas, sempre que possível.

5.2.3 IMPACTOS ESPECÍFICOS DO COMPONENTE 11

Considerando-se que a ênfase deste componente é o incentivo do desenvolvimento de comunidades participativas eeconomicamente empreendedoras e, ao mesmo tempo, fomentar nestas comunidades a necessidade de preservare conservar o meio ambiente natural e construído, no local onde vivem, pode-se considerar que o mesmo possui umcaráter predominantemente positivo.

5.2.4 IMPACTOS ESPECÍFICOS DO COMPONENTE 111

01- IMPACTO POSITIVO: MELHORIA DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL E FINANCEIRA DO RECIFEO Projeto prevê a implantação de um Programa de Melhoria da Gestão Fiscal e Financeira do Município, resultandoem melhor arrecadação fiscal, maior qualidade na execução orçamentária, redução dos custos administrativos, e,por conseqüência, melhor capacidade de investimento no futuro. Trata-se de um impacto positivo, direto,permanente, de abrangência local e de alta magnitude.

02- IMPACTO POSITIVO: FORTALECIMENTO DA GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPALAs ações de (i) Estruturação e instalação do Sub-Comitê da Bacia do Rio Capibaribe; (ii) Estruturação eimplementação da Política Municipal de Educação Ambiental; (iii) Regulamentação das ZEPAs: Ilha do Zeca; Açudede Apipucos; Iputinga-Apipucos e Parque das Capivaras; (iv) Municipalização do Licenciamento Ambiental; e (v)Ampliação da fiscalização ambiental, irão trazer benefícios de enorme monta para a gestão ambiental municipal,que será fortalecida e melhor estruturada, configurando em um impacto altamente positivo, de abrangênciaestratégica.

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Mccom-oty)Ç' PROJETO CAPIEARIBE MELHOR

6 AVALIAÇÃO AMBIENTAL GLOBAL DO PROJETO

6.1 HIERARQUIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Os critérios de abrangência, tempo de ocorrência, reversibilidade e magnitude combinados mostram a valoração

final dos impactos analisados acima que podem ser considerados, conforme a definição representada na Tabela

6.1:

* Significativos = Impactos de alta magnitude, com abrangência estratégica, regional ou local, independente do

tempo de ocorrência e da reversibilidade;

* Moderados > Impactos de média magnitude, com abrangência estratégica ou regional, e local, nos casos em

que tem longo prazo de duração, independente da condição de reversibilidade ou médio prazo, mas são

irreversíveis;

* Pouco significativos X Impactos de média magnitude, abrangência local e curto prazo, independente do grau

de reversibilidade, ou de médio prazo, mas reversível e os de baixa magnitude, abrangência regional,

independente da duração e da condição de reversibilidade e os de baixa magnitude, abrangência local e médio

ou longo prazo de duração irreversíveis;

* Desprezíveis => Impactos de baixa magnitude, abrangência local e de curto prazo, ou baixa magnitude,

abrangência local de médio e longo prazo, mas reversíveis.

Tabela 6.1: Critérios de Valoração dos Impactos

Valoração do Magnitude Abrangência Tempo de Reversibilidade

Impacto Ocorrência

SignificatIvo Alta Estratégico! LSignificativo Alta LstratRgio / ongo 1 Médio 1 Curto Irreversível 1 Reversível

Regional Longo/médio/curto Irreversível 1 Reversível

Moderado Média Longo Irreversível 1 ReversívelLocalLogMédio Irreversível

Média Local Médio ReversívelMédia LocaltCurto Irreversível

Pounificativo . Regional Longo/médio/curto Irreversível / ReversívelSignificativo BaxBaixa Local Longo Irreversível

Médio Irreversível

Longo Reversível

Desprezível Baixa Local Médio Reversível

Curto Irreversível 1 Reversível

Apresenta-se, a seguir, na Tabela 6.2 a avaliação final dos impactos referentes às intervenções físicas do Projeto,

as medidas mitigadoras dos impactos negativos e as potecializadoras dos impactos positivos, as ações de controle

e monitoramento e os respectivos programas ambientais. Estes programas ambientais estão descritos mais

detalhadamente no Capítulo 7 - Plano de Gestão Ambiental.

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PROJETO CAPIBRIBE MELOR

Tabela 6.2: Avaliação Final dos Impactos - Projeto Capibaribe Melhor (1/4)

Impactos Medidas Programas Ambientais

Tipo 1 Significância Mitigadoras - ou Componentes doI Maximizadoras Projeto

A) IMPACTOS COMUNS A TODOS COMPONENTES DO PROJETO

FASE DE PLANEJAMENTO

1 -Fortalecimento da mobilização Positivo - Ações de mobilização, Comunicação Social ecomunitária Moderado comunicação e educação Educação Ambiental2-Entrosamento entre Secretarias e Positivo - Coordenação inter- Sistema de Gestãoórgãos da Administração Pública Moderado institucional Ambiental e Social3-Geração de expectativas e insegurança Negativo - Ações de comunicação Comunicação Socialda população da área de intervenção Moderado social _

FASE DE IMPLANTAÇÃO - OBRAS

1-Alteração na qualidade de vida da Negativo - Métodos e procedimentos Plano Ambiental daspopulação residente nas áreas das obras Moderado construtivos adequados Construções-PAC2- Risco de acidentes Negativo - Planejamento de obras, Plano Ambiental das

Pouco Significativo procedimentos de Construções-PACsegurança e seguros deacidentes

3- Possibilidade de erosão do terreno Negativo - Métodos e procedimentos Plano Ambiental daspela retirada da camada superficial Pouco Significativo construtivos adequados Construções-PAC4-Deterioração das condições Negativo - Planejamento e métodos Plano Ambiental dasurbanísticas e paisagísticas Desprezível construtivos adequados Construções-PAC5-Comprometimento da qualidade das Negativo - Métodos construtivos PAC e Monitoramento daáguas durante o período de obras Pouco Significativo adequados e Qualidade da Água

a moderado monitoramento6 - Geração de bota-fora Negativo - Projetos com medidas de Plano Ambiental das

Pouco Significativo proteção ambiental Construções-PACa moderado

7- Incômodos provocados pelo transporte Negativo - Projetos com transporte e Plano Ambiental dasde bota-fora Pouco Significativo destino final adequado Construções-PAC8 - Geração de empregos Positivo - Priorização de contratação Plano Ambiental das

Moderado de mão de obra local Construções-PAC9-Desapropração de terrenos para Negativo - Alternativas de Plano de Desapropriação eimplantação das intervenções Moderado Compensação Reassentamento

lnvoluntário-PDRI1 0-Desestruturação de comunidades e Negativo- Alternativas de Plano de Desapropriação etranstomos provocados pela remoção Significativo Relocalização da Reassentamentocompulsória de famílias População Involuntário -PDRI1 1-Melhoria do padrão habitacional da Positivo- Plano de Desapropriação e Plano de Desapropriação epopulação reassentada Significativo Reassentamento Reassentamento

Involuntário -PDRI Involuntário -PDRI12- Possibilidade de danos á patrimônios Negativo - Métodos construtivos Plano Ambiental dashistóricos e culturais Pouco Significativo adequados e Construções-PAC

_ monitoramentoFASE DE OPERAÇÃO

1-Consolidação de novos valores Positivo - Ações de educação Componente 2: Educaçãoculturais de enfoque ambientalista Moderado ambiental e sanitária Ambiental e Sanitária2-Melhoria da qualidade de vida da Positivo -população residente na área do projeto Significativo3-Valorização dos imóveis da área de Positivo -intervenção do projeto Moderado

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PRCJE1O CAPI1BARIBE MELHOR

Tabela 6.2: Avaliação Final dos Impactos - Projeto Capibaribe Melhor (2/4)

Impactos Medidas Programas Ambientais

Tipo ncia Mitigadoras - ou Componentes doTipo | Significancia Maximizadoras Projeto

B) IMPACTOS ESPECÍFICOS AO COMPONENTE 1 - PARQUES E ÁREAS VERDES

FASE DE IMPLANTAÇÃO - OBRAS

1 - Supressão da vegetação na Negativo - Arborização e Paisagismo -

implantação do Parque Apipucos Pouco Significativo do Parques

FASE DE OPERAÇÃO

1 - Facilitação do acesso da população à Positivo-

atividades de lazer, esporte e cultura Significativo

2 - Ampliação de áreas verdes e de lazer Positivo-Significativo

3 -Aumento da auto-estima e da Positivo-Significativo

sociabilidade da população

4 -Continuidade do processo de Negativo - Estudos limnológicos, Programa de estudos

eutrofização do açude apipucos Significativo batimétricos, hidrológicos e visando a recuperação

hidráulicos do Açude do Açude

5 - Risco ociosidade dos parques Negativo - Operação adequada e Plano de Gestão dos

Significativo gestão eficiente dos Parques

mesmos i

6 -Risco de degradação dos parques Negativo - Operação adequada e Plano de Gestão dos

Significativo gestão eficiente dos Parques

mesmos

C) IMPACTOS ESPECíFICOS AO COMPONENTE 1 -ESGOTAMENTO SANITÁRIO

FASE DE IMPLANTAÇÃO - OBRAS :

1 - Interferência com obras de infra- Negativo - Articulação com Plano Ambiental das

estrutura e equipamentos urbanos Pouco Significativo concessionárias de serviços Construções-PAC

2 - Supressão da vegetação para Negativo - Métodos construtivos Plano Ambiental das

implantação da ETE Cordeiro Desprezível adequados e reposição da Construções-PAC

vegetação afetada

FASE DE OPERAÇÃO

1 - Risco de extravasamento dos esgotos Negativo - Manutenção adequada do

Pouco Significativo sistema e Uso de medidas de

segurança

2 - Possibilidade de emissão de gases Negativo - Operação adequada das Plano de

mal cheirosos nas elevatórias e ETE Significativo elevatórias e da ETE Monitoramento da

ETE e Cinturão Verde

3 - Geração de resíduos sólidos e de Negativo - Acondicionamento e

lodo Moderado transporte adequado dos

resíduos e disposição em

aterro

4 - Aumento das despesas familiares Negativo - Aplicação de tarifas sociais .

com tarifas de saneamento básico Significativo

5 - Melhorias nas condições de saúde da Positivo- Monitoramento das

população Significativo condições de salubridade

6 - Melhoria da qualidade da água do rio Positivo- Monitoramento da qualidade Programa de

Capibaribe Pouco Significativo da água Monitoramento da

Qualidade da Água do

Rio Capibaribe

7 - Melhoria das condições sanitárias nos Positivo- Programa de

locais beneficiados Significativo Eliminação de

Ligações Cruzadas

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Tabela 6.2: Avaliação Final dos Impactos - Projeto Capibaribe Melhor (3/4)

Impactos Medidas Programas Ambientais

Tipo Significâncla Mitigadoras - ou Componentes do1 ~~~~~Maximizadoras [ Projeto

D) IMPACTOS ESPECÍFICOS AO COMPONENTE 1 - SANEAMENTO INTEGRADO

FASE DE OPERAÇÃO

1 - Melhoria da acessibilidade Positivo - Motivar a participação da Componente 2:Significativo comunidade e estimular a Participação Popular e

2 - Eliminação de pontos de Positivo - constituição de Associação Controle Socialconcentração de lixo Significativo Comunitária e/ ou grupos3 - Adequada condução das águas da Positivo - de interesse visando a Componente 2:chuva Significativo sustentanbilidade das Educação Ambiental e4 - Melhoria das condições sanitárias e Positivo - ações Sanitáriade saúde da população Significativo5 - Aumento do controle sobre atividades Positivo -irregulares Significativo

E) IMPACTOS ESPECíFICOS AO COMPONENTE 1 -ABASTECIMENTO DE ÁGUA

FASE DE OPERAÇÃO

1 - Otimização do abastecimento de água Positivo - Adequada manutenção e Componente 2:em toda área do projeto Significativo operação do sistema e Educação Ambiental e

ações de educação Sanitáriaambiental

2 - Redução do índice de perdas em toda Positivo - Adequada manutenção e Componente 2:área do projeto Significativo operação do sistema e Educação Ambiental e

ações de educação Sanitáriaambiental

3 - Melhoria do controle operacional do Positivo - Adequada manutenção e Componente 2:sistema de abastecimento de água em Significativo operação do sistema e Educação Ambiental etoda área do projeto ações de educação Sanitária

ambiental

F) IMPACTOS ESPECíFICOS AO COMPONENTE 1 -MACRO-DRENAGEM

FASE DE IMPLANTAÇÃO - OBRAS1 - Destinação final de entulhos retirados Negativo - Disposição final dos Plano Ambiental dasdos canais para áreas impróprias Pouco Significativo entulhos em local Construções-PAC

adequadoFASE DE OPERAÇÃO

1 - Redução do custo de manutenção e Positivo- Serviço periódico delimpeza dos canais Moderado desobstrução e

manutenção dos canais2 - Possibilidade de recuperação da 39 Positivo- Disposição final doscélula do Açude de Apipucos Significativo entulhos em local

adequado3 - Aumento das áreas verdes ao longo Positivo-dos canais Moderado4 - Aumento da capacidade de vazão dos Positivo - Serviço periódico de Componente 2:canais, garantindo o fluxo em épocas de Significativo desobstrução e Educação Ambiental echeias e reduzindo os alagamentos manutenção dos canais e Sanitária

Ações de EducaçãoAmbiental

5 - Risco de obstrução dos canais devido Negativo - Ações de Educação Componente 2:ao despejo de lixo Moderado Ambiental Educação Ambiental e

Sanitária

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PRQJETO CAPIARIBE MELHOR

Tabela 6.2: Avaliação Final dos Impactos - Projeto Capibaribe Melhor (4/4)

Impactos Medidas Programas Ambientais

Tipo__________S____gn___________cânc_________a_ Mitigadoras - ou Componentes doTipo Significâncla Maximizadoras Projeto

IMPACTOS ESPECíFICOS AO COMPONENTE 1 - AMPLIAÇÃO DA MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA

FASE DE IMPLANTAÇÃO - OBRAS

1 - Prejuízos à mobilidade de pedestres e Negativo - Ampla campanha na mídia, Comunicação Social

veículos decorrente da obstrução de vias Pouco Significativo informando as vias e PAC

interrompidas e desvios

2 - Supressão de vegetação e Negativo - Métodos construtivos PAC

interferência na APP do rio Capibaribe Desprezível a adequados e reposição da

Pouco Significativo vegetação afetada

FASE DE OPERAÇÃO

1 - Melhoria da mobilidade urbana na Positivo - Conservação e sinalização

área de abrangência do projeto Significativo adequada das vias

2 - Proteção das vias contra a erosão em Positivo- Conservação e sinalização

sulcos Moderado adequada das vias

3 - Estimulo ao uso de bicicletas e Positivo - Conservação e sinalização

aumento da segurança dos ciclistas Significativo adequada das ciclovias

4 - Redução da infiltração das águas da Negativo - Arborização das margens

chuva no solo e conseqüente aumento Pouco Significativo das vias pavimentadas,

do escoamento superficial sempre que possível

6.2 SINTESE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL EMPREENDIDA

Devido ao quadro de alarmante degradação ambiental da bacia do Capibaribe, particularmente na área de

intervenção do Projeto e pelo caráter de melhoria das condições de vida da população pretendida, depreende-se

que o Projeto apresenta claramente uma externalidade ambiental positiva.

Observa-se que a maior parte dos impactos negativos refere-se à fase de execução das obras. É preciso ressaltar,

contudo, que tais impactos são em sua maioria de baixa magnitude, localizados e de curta duração, se restringindo

à época das obras.

É importante salientar este Projeto trata de uma conjugação de intervenções de caráter urbanístico, ambiental e

social, promovendo a requalificação ambiental da bacia do Capibaribe, no perímetro do projeto e a redução da

vulnerabilidade urbana e social da população desta área. Isso significa uma multiplicidade de ações de melhoria das

condições habitacionais e de infra-estrutura urbana com relocação populacional para habitações de melhor S

qualidade, de saneamento ambiental em área de forte poluição hídrica, de drenagem, de melhoria da acessibilidade

e na ampliação e requalificação dos parques e áreas verdes. Nesta vertente, o Projeto prevê investimentos com

vistas à melhoria das condições de habitabilidade em 25 áreas pobres selecionadas em sua área de abrangência,

somando 19.725 habitantes.

É importante reiterar que as diversas ações são propostas de forma articulada e integrada pelo Projeto, sendo

tratadas conjuntamente a partir de um planejamento prévio, garantindo, deste modo, soluções ambientalmente mais

sustentáveis.

Os benefícios esperados sociais e ambientais, advindo da implantação do Projeto são:

* Criação de novas alternativas de lazer nos parques criados e requalificados pelo Projeto;

* Ampliação dos serviços de infra-estrutura a uma parcela significativa da população da área do Projeto -

esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem pluvial, ampliação de sistema viário;

* Melhoria das condições sanitárias na área do Projeto e conseqüente melhoria dos indicadores de saúde

pública, notadamente das doenças de veiculação hídrica;

* Reorganização do espaço social urbano nas áreas pobres selecionadas, com a retirada de famílias de áreas

insabubres, tanto do ponto de vista urbano, quanto ambiental e promoção de melhores condições de moradia

para esta população;

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* Incremento da participação popular;

* Melhoria do escoamento e das condições paisagísticas dos canais contemplados pelo Projeto. Com devoluçãoda faixa de domínio das margens dos canais atualmente ocupadas, para uso público, tornando a fiscalizaçãomais eficiente e eficaz;

* Melhoria do escoamento do tráfego na área do Projeto;

* Integração das duas margens do rio Capibaribe, permitindo uma melhoria direta nos padrões de integração debairros vizinhos separados pelo rio, bem como melhorando em grande parte a mobilidade urbana para outrasáreas da cidade;

* Melhoria da capacidade de gestão ambiental das instâncias públicas envolvidas no Projeto

6.2.1 CENÁRIO DE NÃO IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

A grande perda da não implantação do Projeto Capibaribe Melhor está na desarticulação de ações previstas para abacia do Capibaribe, no perímetro do Projeto. O Projeto propõe intervenções que pela sua natureza devem sertratadas conjuntamente, pois só seu planejamento integrado proporciona soluções ambientalmente sustentáveis.Não seriam empreendidas conjuntamente ações de melhoria das condições habitacionais e de infra-estruturaurbana, de saneamento ambiental em área de forte poluição hídrica, de drenagem, de melhoria da acessibilidade ena ampliação e requalificação dos parques e áreas verdes. Em outras palavras, significaria a continuidade daintervenção setorial, com predomínio de soluções pontuais e, portanto, com possibilidade de maiores impactosnegativos sobre o meio ambiente, com a manutenção de níveis de baixa qualidade de vida da população e dequalidade ambiental.

Uma vez que o Projeto prevê investimentos na implantação e recuperação de três Parques Urbanos, caso o Projetonão seja implantado continuará a existir uma carência por equipamentos desta natureza no Recife, tão importantespara integração e sociabilização de uma população residente numa área da cidade cada vez mais adensada.

A não implantação do Projeto condenaria a população da área de abrangência do Projeto a viver em gravíssimascondições sanitárias e ambientais, uma vez que o Projeto prevê investimentos em sistema de esgotamentosanitário. Como conseqüência, seriam retardadas, também, as soluções para os problemas de saúde associados adoenças redutíveis por ações de saneamento. Além disto, a não implantação do saneamento integrado nas vinte ecinco áreas pobres selecionadas resultaria na continuidade da situação atual de extrema carência e insuficiência deatendimento nestas áreas por serviços públicos essenciais para uma população de cerca de 19.725 habitantes. OAçude de Apipucos continuará sendo cenário de grave situação de degradação ambiental e terá seu processo deeutrofização e assoreamento continuado, com grandes chances de agravamento destes.

Caso o Projeto não seja implantado a população terá que conviver com a atual situação de desarmonia funcional dosistema de abastecimento de água no perímetro do Projeto, caracterizada por: racionamento devido à falta d'água,carência de medição e setorização; perdas elevadíssimas e deficiente controle operacional.

Com relação à macro-drenagem, onze canais deixarão de ser recuperados, não havendo a melhoria do escoamentoe das condições paisagísticas pretendidas pelo Projeto, intensificando o risco de grandes alagamentos, comprejuízos econômicos, financeiros e principalmente sociais. A ocupação nas várzeas dos canais continuará sendofeita através da ação antrópica desordenada e ambientalmente insustentável, gerando situações de moradiasubnormal, gerando grande quantidade de entulho e lixo. Também, não serão empreendidas as ações tãoimportantes de cunho não estrutural voltadas para a educação e conscientização ambiental da população,principalmente, a ribeirinha, no que concerne à disposição de resíduos sólidos nos canais de macrodrenagem.

A estrutura viária na área de abrangência do Projeto continuará condiciona pelo rio Capibaribe, pelos canais e,conseqüentemente, pelas pontes existentes, dando continuidade à constantes congestionamentos nos segmentosviários.

Outra conseqüência do cenário de não implantação do Projeto é que não serão implementadas as medidasdestinadas ao desenvolvimento institucional, e portanto, a Gestão Ambiental Municipal não será fortalecida e nemmelhor estruturada, como pretende o Projeto.

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6.2.2 EVOLUÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROJETO COM A IMPLANTAÇÃO DESTE

O impacto das intervenções propostas pelo Projeto Capibaribe Melhor é extremamente positivo na medida em que

amplia a qualidade de vida por meio da requalificação urbano e ambiental da região, disponibilizando áreas de

convívio e lazer para os moradores, melhorias nos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário,

drenagem urbana e viário, além da melhoria do padrão de habitabilidade nas 25 áreas pobres.

As intervenções relativas aos parques irão criar e requalificar áreas verdes e espaços destinados à atividades de

lazer e esporte e de cultura na área do Projeto. Estes parques irão consolidar o uso público por áreas de lazer e

descanso, em ambas as margens do rio Capibaribe, reduzindo a pressão de ocupações inadequadas sobre áreas

de proteção ambiental e atendendo às demandas crescentes por equipamentos desta natureza. O Plano de Gestão

dos Parques deverá garantir a sustentabilidade física e ambiental dos mesmos. É recomendável que o Município

encontre outras alternativas de gestão dos Parques e áreas verdes, alem da gestão pública direta. Entidades e

sociedades civis relacionadas com o meio ambiente urbano e com a representação de interesses de moradores dos

bairros e mesmo empresas privadas poderão, numa política de responsabilidade social, assumir a gestão desses

equipamentos públicos em parceria com o Município. O Programa de Estudos e Pesquisas com Vistas à Definição

de Altemativas de Recuperação do Açude de Apipucos irá promover um melhor entendimento da dinâmica interna

do ecossistema lacustre e subsidiar a elaboração de nova modelagem da qualidade da água deste Açude e a

adoção de medidas de recuperação e manejo.

A implantação do sistema de esgotamento sanitário proposto irá impactar positivamente as condições de sanitáras

e de saúde da população beneficiada, na medida em que reduzirão vetores de doenças redutíveis por ações de

saneamento. Conseqüentemente, serão reduzidos dos orçamentos familiares os custos com medicamentos, e dos

orçamentos públicos os gastos com tratamentos de saúde. O Programa de Monitoramento da Qualidade da Água

do rio Capibaribe irá fornecer indicações da qualidade das águas circulantes no trecho do rio Capibaribe na área de

influência do Projeto permitindo a oportuna adoção ou adequação de medidas de controle para eventuais

problemas. O Programa de Eliminação de Ligações Cruzadas irá evitar que continuem chegando aos cursos d'água

e canais de drenagem nas UEs 39 e 40, esgotos domésticos após ter sido implantado o sistema de esgotamento

sanitáro proposto. O Programa de Monitoramento e Operação da ETE Cordeiro irá garantir a verificação da

eficiência e eficácia das medidas adotadas nas fases de implantação e operação da ETE Cordeiro, bem como das

atividades relacionadas à minimização dos impactos negativos deste Empreendimento.

A implantação do saneamento integrado nas áreas pobres priorizadas irá promover melhorias nos sistemas de

abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de drenagem e pavimentação de vias, remoção e relocação de

famílias para ordenamento urbano com a conseqüente construção de moradias, educação sanitária e ambiental. Os

impactos negativos advindos da relocação de famílias e desapropriação de terrenos serão mitigados pela

implantação do Plano de Desapropriação e Reassentamento Involuntário, que irá promover o reassentamento como

uma oportunidade para o desenvolvimento das comunidades afetadas, estabelecendo os critérios para a

indenização justa e melhoria do padrão habitacional da população reassentada. O Programa de Comunicação

Social irá promover uma comunicação eficaz das ações do Projeto, potencializando a capacidade de abrangência

das metas a serem alcançadas e evitando o surgimento de conflitos.

As melhorias propostas para o sistema de abastecimento de água tornarão este sistema mais eficiente e

operacionalmente mais desenvolvido, na região do Projeto.

A recuperação dos onze canais de macro-drenagem irá resultar no aumento da capacidade de vazão destes,

garantindo o fluxo em épocas de cheias e reduzindo os alagamentos, resultando em melhoria da qualidade de vida

tanto para a população que reside quanto para a que utiliza a área de abrangência do Projeto. O revestimento de

alguns canais ou de parte deles, que se encontram em leito natural, irá facilitar a limpeza, reduzindo os custos de

manutenção. Além disto, o revestimento dos canais irá contribuir para devolução da faixa de domínio das margens

hoje ocupadas para uso público, tornando a fiscalização mais eficiente e eficaz. As intervenções propostas de

arborização das margens de alguns canais irá aumentar as áreas verdes ao longo dos mesmos.

A área do Projeto encontra-se limitada por eixos viáros de suma importância para a cidade do Recife. Com isso, as

intervenções propostas ao sistema viário irão refletir em aspectos positivos de melhoria de mobilidade urbana, não

só na área de abrangência do Projeto, como em todo o município. As duas pontes-viadutos propostas irão

principalmente absorver parte do tráfego que hoje utiliza a ponte-viaduto Torre/ Pamamirim, já operando em

condição próxima da capacidade em períodos de maior movimento, reequilibrando a circulação na rede viária em

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ambos os lado do Rio Capibaribe. Além disto, irão integrar as duas margens do rio Capibaribe, na área deabrangência do Projeto.

A partir da implantação do Centro Público de Promoção do Trabalho e Renda na RPA-4 serão possibilitadasalternativas de geração de trabalho e renda nesta região, contribuindo para desenvolvimento econômico e de auto-estima da população. A implantação de dois Núcleos de Triagem de Resíduos Sólidos na área de abrangência doProjeto possibilitará a inclusão social dos catadores de recicláveis, hoje extremamente explorados no processo. Acapacitação de agentes para atuarem nas áreas de esporte e lazer associada às melhorias advindas da implantaçãoe melhorias dos Parques, contribuirá para o favorecimento de atividades de lazer esportivo e cultural, tãoimportantes para o desenvolvimento da sociabilidade da população e à redução da violência

A implantação de cinco Núcleos de Defesa Civil em assentamentos precários, ao longo da área de abrangência doProjeto, irá permitir que a população local se aproprie coletivamente da necessidade de preservação do meioambiente, estimulando a mudança de comportamento, utilizando a cultura como via de acesso à comunidade.

As ações de fortalecimento institucional irão possibilitar a qualificação operacional e do corpo técnico da Diretoria deMeio Ambiente da SEPLAM, trazendo incontáveis benefícios para a gestão ambiental municipal, que será fortalecidae melhor estruturada. Outro aspecto benéfico da implantação do Projeto é que serão desenvolvidas ações deeducação ambiental e sanitária destinadas à população residente na área de influência do Projeto.

A maioria dos impactos negativos promovidos pela implantação das obras do Projeto Capibaribe Melhor poderão sermitigados com critérios e métodos adequados de construção, constantes do Plano Ambiental das Construções.

6.3 CONDIÇõES DE SUSTENTABILIDADE

Os parques, bem como os canais de macrodrenagem contemplados pelo Projeto serão mantidos e conservadospela EMLURB - Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana.

No caso das vias, pontes-viadutos, praças e ciclovias a serem implantados, os mesmos serão conservados emantidos pela própria municipalidade, por meio da CTTU- Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos.

No caso do sistema de esgotamento sanitário e abastecimento de água a SANEAR, juntamente com a COMPESA,se encarregarão de sua correta manutenção e operação. No caso da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) doCordeiro, a COMPESA se encarregará de sua manutenção e operação, cuidando para que a qualidade dos efluentefinal tratados respeite a classe de enquadramento do rio Capibaribe.

A implementação da coleta de lixo na área de abrangência do Projeto estará a cargo da EMLURB, que aliada aações de educação ambiental irá garantir a limpeza e a adequada destinação final dos resíduos sólidos nestaregião.

Estão sendo previstas, dentro do contexto do Projeto, ações destinadas ao fortalecimento da fiscalização ambientalda Diretora de Meio Ambiente da SEPLAM, no sentido de promover a melhoria da sua capacidade de fiscalização,contribuindo para garantir a segurança quanto às condições de ambientais, bem como a não ocupação das áreasdestinadas à preservação ambiental.

No reassentamento das famílias, através da produção de unidades habitacionais é de extrema importânciaincorporar a preocupação com sustentabilidade física, social e econômica dos empreendimentos. Oacompanhamento dos conjuntos habitacionais após a sua implantação estará a cargo da Secretaria de Habitação.Serão desenvolvidas atividades de preparação das famílias para o novo espaço de convivência, propiciando àsmesmas, uma maior integração com sua nova vizinhança e entomo imediato, bem como, intermediando os contatosque se fizerem necessários com a empreiteira para o encaminhamento de pendências relativas à construção damoradia. Será incentivada a formação de síndicos de quadra visando a preservação das áreas comuns e aorganização da nova comunidade. A Secretaria de Políticas de Assistência Social desempenhará papel relevante nagarantia dos direitos de proteção, promoção e inserção social dos cidadãos impactados pelas intervençõesrealizadas pelo projeto, principalmente aqueles alvo das ações de relocalização de famílias

Estão também sendo previstas, dentro do contexto do Projeto, ações relativas à ampliação da Educação Ambiental.

O Plano de Gestão Ambiental (Capítulo 7) proposto deverá garantir as condições de sustentabilidade do ProjetoCapibaribe Melhor.

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t= M ~Mis PROJETO CAPIaARIBE MELHOR

7 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL - PGA

Com base na avaliação empreendida no Relatório de Avaliação Ambiental concebeu-se o Plano de Gestão

Ambiental do Projeto Capibaribe Melhor. O Plano de Gestão Ambiental é composto por dez Programas Ambientais

destinados a evitar, minimizar, maximizar ou compensar os impactos ambientais identificados; monitorar e controlar

suas manifestações; atender a alguma peculiaridade que possa surgir; apresentar e aproveitar as novas condições

a serem criadas pelo empreendimento. Os programas ambientais propostos encontram-se relacionados a seguir:

Tabela 7.1: Programas Ambientais Propostos

CUSTOSIDENTIFICAÇÃO RESPONSÁVEL

(R$)

Incluso nos custos de1 Sistema de Gestão Ambiental administração e Empreendedor (URB- Recife), podendo ser

_____ gerenciamento do Projeto auxiliado por empresas contratadas

2 Programa de Comunicação Social 81.000,00 Empreendedor, que poderá contratarempresas especializas ou estabelecer

3 Programa de Educação Ambiental 255.000,00 parceras com instituições locais para aexecução direta dos serviços

Empreendedor, apoiado pela SANEAR e4 Programa de Eliminação de 150.000,00 pela COMPESA, por meio de contratos de

Ligações Cruzadas cooperação técnica

Empreendedor, que poderá contratar

5 Plano de Gestão dos Parques e 1 empresas especializas ou estabelecer

Areas Verdes . , 0 parcerias com instituições locais para a

execução direta dos serviços

Os custos deverão ser Empreendedor, com colaboração da

6 Programa de Operação e incorporados ao valor SANEAR e da COMPESA, por meio de

Monitoramento da ETE Cordeiro reservado para contrato de cooperação técnica

implantação da ETE c

Empreendedor que deverá desenvolvê-lo em

Plano de Desapropriação e parceria com a Secretaria de Habitação,

7 Reassentamento Involuntário - 36.731.000,00 sendo que ambos poderão optar por

PDRI contratar empresas especializadas para a

execução do trabalhos

Empreendedor, com apoio da CPRH. Outras

Programa de Monitoramento da instituições deverão participar na produção

8 Qualidade da Água do Rio 120.000,00 de informações, diagnóstico e monitoramento

Capibaribe das águas no âmbito deste Programa, são

elas: COMPESA e SANEAR.

Programa de Estudos e Pesquisas

9 com Vistas à Definição de 00.000 00 Empreendedor, com apoio da SANEAR e

Alternativas de Recuperação do 50.0, da COMPESA

Açude Apipucos

10 Plano Ambiental para Construções Incorporados aos custos Empreiteiras responsáveis pelaPAC implementação das obras, sob fiscalização

- PAs das obras direta do empreendedor

TOTAL R$ 37.937.000,00

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

A implementação dos programas ambientais propostos será responsabilidade do empreendedor, URB-Recife,podendo, para seu desenvolvimento estabelecer parcerias com entidades govemamentais ou não-governamentaisou contratar serviços de terceiros, bem como em alguns casos, das empresas contratadas para a implantação dasobras do Projeto Capibaribe Melhor.

Todos os programas aqui detalhados foram identificados na avaliação ambiental como prioritários para o controleambiental da implementação das intervenções e deverão ser executados de acordo com o cronograma físicoproposto de forma a garantir a sustentabilidade ambiental do empreendimento. O detalhamento dos Programasapresentados a seguir possibilitará mensurar de forma mais exata o custo ambiental do empreendimento, assimcomo as responsabilidades ambientais que lhe incumbem.

Os programas do Plano de Gestão Ambiental, dependendo de cada caso, deverão ser objetos de licitaçõesespecíficas ou deverão constar do Termo de Referência da contratação da obra.

7.1 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL- SGA

7.1.1 OBJETIVO

O objetivo geral do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é dotar o empreendimento de mecanismos eficientes quegarantam a execução e o controle das ações planejadas nos vários programas e à adequada condução ambientaldas obras, mantendo-se um elevado padrão de qualidade na sua implantação e operação. São objetivos específicosdeste SGA:

Definir diretrizes gerais, visando estabelecer a base ambiental para a contratação das obras e dos serviçosrelativos à implantação dos programas ambientais;

1 Estabelecer procedimentos técnico-gerenciais, para garantir a implementação dos programas ambientais, nasdiversas etapas do empreendimerto;

1 Estabelecer mecanismos de supervisão ambiental das obras;

1 Estabelecer mecanismos de acompanhamento, por profissionais especializados, dos Programas AmbientaisMitigadores e Compensatórios.

A Gestão Ambiental garantirá que os Programas Ambientais propostos serão desenvolvidos com estrta observânciaà legislação de qualquer nível (federal, estadual e municipal) aplicável às obras de recuperação e preservação daárea de cabeceira, bem como garantir que serão realizadas todas as atividades programadas estabelecidas nosacordos realizadas anteriormente. Caberá à Gestão Ambiental do empreendimento certificar que as salvaguardasambientais e sociais sejam implementadas durante a implantação das ações.

7.1.2 ESTRUTURA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Uma vez que o Sistema de Gestão Ambiental-SGA integra-se ao Sistema de Gestão do Projeto, este será resumidoa seguir:

7.1.2.1 Sistema de Gestão do Projeto

O Mutuário do Projeto de Capibaribe Melhor perante o Banco Mundial - BIRD será a Prefeitura Municipal de Recife,Estado de Pernambuco. O Projeto será executado pelo município no âmbito da Secretaria de PlanejamentoParticipativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e Ambiental-SEPLAM, órgão da Administração Direta, e sob acoordenação executiva da Empresa de Urbanização do Recife - URB.

A execução do Projeto caberá, então, à URB, a qual o executará mediante a implantação da Unidade deGerenciamento de Projeto - UGP. Tendo em vista a multidisciplinariedade das ações do Projeto, a URB contarácom o apoio técnico de uma série de outros órgãos da Prefeitura, tanto da administração direta como da indireta.Esses órgãos participarão da execução do Projeto através de um Acordo de Cooperação Técnica, o qual deverá sercelebrado entre a URB e cada órgão colaborador. Esse acordo deverá ter como escopo principal a prestação deserviços de apoio técnico por esses órgãos para a execução dos componentes do Projeto de suas áreas afins. Oacordo não deverá prever o desembolso financeiro por nenhum desses órgãos colaboradores, tendo em vista que

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ficonsuitXç PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

todos os recursos do Projeto, tanto da contrapartida como do financiamento, estarão locados na URB, a qual

gerenciará os recursos e os acordos de cooperação através da UGP.

Tendo em vista a natureza das atividades técnicas do Projeto e as atividades de gerenciamento financeiro, espera-

se estabelecer Acordos de Cooperação Técnica com os seguintes órgãos da administração municipal:

_ Secretara de Planejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e Ambiental, através de suas

diretorias- SEPLAM;

_ Secretada de Finanças;

_ Secretaria de Serviços Públicos, através das empresas públicas ligadas à essa secretaria: EMLURB - Empresa

de Manutenção e Limpeza Urbana e CTTU - Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos;

Secretada de Assistência Social;

_ Secretaria de Educação, Esporte e Lazer;

_ Secretaria de Habitação;

_ Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico;

_ Autarquia de Saneamento do Recife - SANEAR

Além dos órgãos da administração do município do Recife, também participará como colaboradora técnica para a

execução do Projeto a Companhia Pernambucana do Recife - COMPESA. No caso da COMPESA, não será

necessário promover um acordo de cooperação técnica, tendo em vista que o Contrato de Concessão em

negociação entre o Govemo do Estado, através da COMPESA, e o Município do Recife já prevê a colaboração

técnica para as atividades de interesse de ambas as partes.

A Figura 7.1 a seguir apresenta o Arranjo Proposto para Gerenciamento e Execução do Projeto Capibaribe Melhor.

7.1.2.2 Detalhamento das Atividades do Sistema de Gestão Ambiental

O Sistema de Gestão Ambiental- SGA integra-se ao Sistema de Gestão do Projeto Capibaribe Melhor,

constituindo-se de:

- Coordenação Setorial de Gestão Ambiental, responsável pela coordenação das ações sócio-ambientais

do Projeto devidamente articulados com as demais coordenações e com as unidades técnicas executoras;

- Unidades Técnicas Executoras - URB 1 Secretaria de Planejamento Participativo, Obras e

Desenvolvimento Urbano e Ambiental, com a função da implementação de todos os sub-componentes do

Projeto, em articulação com os organismos com atribuições afins, conforme Tabela 9.1.

- Supervisão Ambiental de Obras, responsável pela fiscalização, acompanhamento e orientação das

ações ambientais relativas ao Plano Ambiental das Construções - PAC e às medidas mitigadoras

referentes às obras indicadas nas licenças ambientais.

1) FUNÇÕES E COMPETÊNCIAS GERAIS DE CADA ÁREA

A) Coordenação Setorial de Gestão Ambiental

Será responsável pela coordenação das ações relativas aos: Plano de Desapropriação e Reassentamento

lnvoluntário-PDRI; Programa de Educação Ambiental; Plano Ambiental das Construções -PAC; Revisão e

aprovação dos projetos de infra-estrutura referentes à macrodrenagem, sistema viário, esgotamento sanitário;

Revisão e aprovação do projeto do Parque Apipucos; Revisão dos projetos relativos ao reassentamento das

famílias. A CSGA será responsável, também, por garantir o cumprimento dos requisitos sócio-ambientais previstos:

Nos contratos com as empresas construtoras; Nos estudos de impacto e de controle ambiental - EIA e PCA; Na

legislação e nas normas nacionais e estaduais; Nas licenças de instalação - Lis concedidas pelo CPRH/ PE; Nas

autorizações emitidas pelo IBAMA; Nos regulamentos da entidade financiadora (Banco Mundial).

A CSGA deverá ser constituída por profissional sênior com experência em gerenciamento ambiental nas fases de

preparação e/ ou de implantação de obras de saneamento, macrodrenagem, parques, sistema viáro e relocalização

de famílias. Deverá contar, também, com especialista social, pelo período de execução do PDRI, com experiência

na preparação de planos de relocalização e conhecimento da realidade local.

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ESQUEMA PARA ARRANJO INSTITUCIONAL

MUTUÁRIO:

Prefeitura do Recife

ORGANISMO DE COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA

Secretaria de Planeiamento ParticiDativo. Obras e Desenvolvimento Urbano e Ambiental

COORDENAÇÃO EXECUTIVA / GERENCIAMENTO DA EXECUÇÃOURB - Empresa Urbanizadora do Recife

UGP - Unidade de Gerenciamento do Programa

Co-Gestão Financeira Processamento de Licitações e AContratos .P_

Secretara de Finanças -O

URB - Empresa de Urbanização do Recife

ACoordenacão Técnica - UGP Proleto CaDibaribe Melhor O

Urbanizacão Intearada G

Desenvolvimento Social e Econômico E

Desenvolvimento Institucional R R

Nc

UNIDADES TÉCNICAS DE EXECUÇÃO AM DESecretaria de Planejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e N

Ambiental T

URB - Emoresa Urbanizadora do Recife o

ORGANISMOS COLABORADORES /OPERADORES/ MANTENEDORES DOS SISTEMAS

Secretaria de Planejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e Ambiental Coordenadoria deOrçamento Participativo, Diretoria de Meio Ambiente)Secretaria de Serviços Públicos: EMLURB e CTTUSecretaria de Assistência SocialSecretaria de Educação, Esporte e LazerSecretaria de HabitaçãoSecretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento EconômicoAutarquia de Saneamento do Recife - SANEARCOMPESA - Companhia Pernambucana de Saneamento

POPULAÇÃO ABRANGIDA PELO PROJETO

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«,Cf.*1suftk ici PRCJETO CAPIBARIBE MELHOR

8) Unidade Técnica Executora:

Representadas pela URB 1 Secretaria de Planejamento Participativo, Obras e Desenvolvimento Urbano e Ambiental,

que será responsáveis pela execução de todos os Programas Ambientais.

C) Supervisão Ambiental de Obras

Deverá ser exercida no âmbito do contrato com empresa supervisora de obras ou empresa gerenciadora do Projeto

Capibaribe Melhor. A supervisão será responsável por verificar e atestar que todas as atividades relativas ao meio

ambiente envolvidas na construção das obras estão sendo executadas dentro dos padrões de qualidade ambiental

recomendados nas especificações de construção e montagem, no PAC e nas Licenças Ambientais.

2) FUNÇÕES E COMPETÊNCIAS ESPECiFICAS

A) Coordenação de Gestão Ambiental

Além das responsabilidades gerais acima descritas, são atribuições específicas da Coordenação de Gestão

Ambiental:

* Articular-se permanentemente com as demais coordenações setoriais considerando, em especial:

- a elaboração e/ou revisão conceitual dos projetos de infra-estrutura com a adoção de conceitos de

preservação ambiental e de gestão ambiental urbana;

- o programa de fortalecimento institucional da SEPLAM (Diretoria Meio Ambiente);

- as questões de planejamento ambiental das obras envolvendo as ações de macrodrenagem,

saneamento e de implantação/ recuperação de parques urbanos e das intervenções em sistema viário;

* Articular-se com a CPRH, IBAMA e Diretoria de Meio Ambiente da SEPLAM no que diz respeito aos

processos de licenciamento ambiental dos componentes e sub-componentes do Projeto;

* Aprovar, no âmbito da UGP, os projetos de infra-estrutura urbana, garantindo a inserção dos conceitos de

preservação ambiental e de gestão ambiental urbana;

* Garantir que as ações de comunicação social, relativas à convivência com as obras estejam devidamente

articuladas com o planejamento de obras,

* Acompanhar a execução do Plano Ambiental para Construções em conjunto com a Supervisão Ambiental de

Obras;

* Decidir sobre ações e procedimentos de obras, de modo a evitar, minimizar, controlar ou mitigar impactos

potenciais;

* Apresentar periodicamente à Coordenação da UGP, avaliação sobre a eficiência dos programas ambientais

relacionados às intervenções físicas previstas e sobre os ajustes necessários;

* Aprovar, em conjunto com Diretoria de Meio Ambiente da SEPLAM, as penalidades às empresas

construtoras, no caso de não atendimento dos requisitos ambientais, ou seja, na situação de configuração de

não - conformidades significativas e não resolvidas no âmbito das reuniões quinzenais de planejamento de

obras.

* Aprovar, em conjunto com a Diretoria de Meio Ambiente da SEPLAM, no caso de ações que tragam impactos

ambientais significativos ou de continuidade sistemática de não-conformidades significativas, a paralisação

das obras no trecho considerado de modo a possibilitar a adoção, a tempo, de medidas corretivas.

* Preparar e apresentar relatóros periódicos de supervisão ambiental à Coordenação Executiva da UGP e ao

Banco Mundial. Os relatórios de supervisão devem ser, no mínimo, mensais.

* Cuidar, também, dos questionamentos da sociedade civil, incluindo as Organizações Não-Governamentais -

ONGs e outras partes interessadas nas obras e nos programas ambientais do empreendimento.

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B) Supervisão Ambiental de Obras

De acordo com o arranjo institucional proposto para gerenciamento e execução do Projeto Capibaribe Melhor, afunção de supervisão das obras deverá ser realizada por Empresa Supervisora contratada.

Entre as atividades da Empresa Supervisora de Obras deverá constar a atividade de supervisão ambiental de obras.Para tanto, a Empresa supervisora deverá disponibilizar um profissional que será responsável peloacompanhamento do cumprimento dos requisitos ambientais que constam do contrato de execução das obras.Esse profissional será responsável por verificar e atestar que todas as atividades relativas ao meio ambienteenvolvidas na construção das obras estão sendo executadas dentro dos padrões de qualidade ambientalrecomendados nas especificações de construção e montagem, nas licenças ambientais expedidas e o PlanoAmbiental para Construções- PAC.

A supervisão ambiental deve trabalhar em coordenação permanente com os demais integrantes da gestãoambiental do empreendimento, executando inspeções técnicas nas diferentes frentes de obra ou atividadescorrelatas em desenvolvimento. À Supervisão Ambiental cabe:

- Acordar e aprovar e revisar o planejamento ambiental de obras, por meio de reuniões quinzenais com acoordenação ambiental do programa e os responsáveis ambientais de cada construtora / lote de obras;

- Implementar inspeções ambientais, para verificar o grau de adequação das atividades executadas, em relaçãoaos requisitos ambientais estabelecidos para as obras e programas ambientais a elas ligados;

- Verificar o atendimento às exigências dos órgãos ambientais relativas ao processo de licenciamento doempreendimento e às recomendações das entidades financiadoras internacionais;

- Inspecionar periodicamente, e sem aviso prévio, as distintas frentes de serviço no campo, para acompanhar aexecução das obras e sua adequação ou não aos programas de gestão ambiental;

- Sugerir ações e procedimentos, de modo a evitar, minimizar, controlar ou mitigar impactos potenciais;

- Propor, no caso de não atendimento dos requisitos ambientais, ou seja, na situação de configuração de não -conformidades significativas e não resolvidas no âmbito das reuniões quinzenais de planejamento, penalidadescontra a empresa construtora.

- Avaliar, no caso de ações que tragam impactos ambientais significativos ou de continuidade sistemática de não-conformidades significativas, a necessidade de paralisação das obras no trecho considerado de modo apossibilitar a adoção, a tempo, de medidas corretivas. Nesse caso, a supervisão deve preparar relatóriosintético à coordenação de gestão sócio-ambiental, informando das questões envolvidas e da proposição deparalisação.

- Avaliar periodicamente a eficiência dos programas ambientais relacionados às intervenções físicas previstas epropor os ajustes necessários;

- Preparar e apresentar relatórios periódicos de supervisão ambiental ao empreendedor e às entidadesfinanciadoras nacionais e intemacionais. Os relatórios de supervisão devem ser, no mínimo, mensais.

7.1.3 CRONOGRAMA

A implantação do Sistema de Gestão Ambiental está diretamente relacionada com a duração dos ProgramasAmbientais propostos e da gestão operacional do Projeto Capibaribe Melhor, podendo variar sua estrutura deacordo com a demanda ambiental. Portanto, prevê-se que o mesmo tenha duração de 5 anos.

7.1.4 RESPONSÁVEL(IS) PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

O empreendedor é o responsável pela Gestão Ambiental, podendo ser auxiliado por empresas contratadas.

7.1.5 CUSTOS

Os custos do Sistema de Gestão Ambiental deverão estar inseridos nos custos de administração e gerenciamentodo Projeto Capibaribe Melhor.

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7.2 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - PCS

7.2.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Programa de Comunicação Social é imprescindível para absorção da implantação do Projeto Capibaribe Melhor,

pois uma eficaz comunicação das ações planejadas potencializa a capacidade de abrangência das metas a serem

alcançadas e evita o surgimento de conflitos, por desinformação, assim como permite que eventos imprevistos e

indesejáveis sejam rapidamente mapeados e informados aos responsáveis em implementar as medidas necessáras

à mitigação dos eventos ou dos impactos já previstos. Por outro lado o programa serve de medida mitigadora ou

suporte às demais ações previstas no diagnóstico.

O Programa de Comunicação Social já é parte integrante do Projeto Capibarbe Melhor, dentro de seu Componente

3 - Desenvolvimento Institucional - sub-componente de Gestão, Monitoramento e Avaliação do Projeto. Portanto, o

mesmo será aqui descrito, mas seus custos já estão contabilizados no orçamento do Projeto Capibaribe Melhor.

7.2.2 OBJETIVOS

1 Informar, por intermédio dos meios apropriados e em linguagem adequada, acessível, clara e precisa, as fases

e características do Projeto Capibaribe Melhor, suas atividades principais, possíveis impactos e medidas a

serem tomadas frente aos mesmos.

1 Estabelecer princípios, estratégias e prioridades para mobilização social e divulgação do Projeto Capibaribe

Melhor, junto à população;

1 Demonstrar a importância da realização das intervenções para a população do Recife de modo geral e, mais

especificamente, para a comunidade diretamente afetada pelas obras;

1 Contribuir para a visão articulada das intervenções, por parte da comunidade afetada;

Desenvolver campanhas relativas a questões ambientais, a partir de visitas e outras atividades desenvolvidas

junto às comunidades-alvo;

1 Criar e manter uma imagem favorável do Projeto, dando visibilidade aos papéis e responsabilidades assumidos

pela Prefeitura, enquanto mutuaria junto ao Banco Mundial, pela URB-Recife, como organismo coordenador e

pelos organismos municipais tidos como Unidades Técnicas do Programa, e ressaltar a importância da ação

integrada desses organismos e da parceria com as comunidades abrangidas;

Divulgar e manter diálogo com as comunidades afetadas sobre os transtomos que serão causados pelas obras,

tendo em vista motivar a colaboração dos envolvidos e incentivá-los para a busca de soluções paliativas;

1 Sensibilizar a população atendida quanto à necessidade de preservação das intervenções estruturais,

ambientais e sociais, bem como estimular uma nova percepção e apropriação do espaço coletivo;

1 Divulgar periodicamente os resultados obtidos pelo projeto, como forma de obter o reconhecimento da

comunidade e assegurar a transparência das ações governamentais.

1 Divulgar as atividades bem como objetivos, ações, etapas e resultados dos Programas Ambientais e medidas

compensatórias.

1 Contribuir para a conscientização dos trabalhadores das obras e das populações locais sobre os riscos reais

das obras, assim como as regras de segurança, destacando ainda o Código de Conduta do Trabalhador, os

cuidados com a preservação da faixa de servidão, com o tráfego e as áreas de proteção ambiental.

1 Prevenir possíveis transtornos e conflitos decorrentes da circulação de transportes e trabalhadores empregados

na obra, visando, dentre outros aspectos, à ordem, ao respeito à população e à conservação do meio ambiente.

1 Elaborar produtos instrucionais e utilizar meios de comunicação adequados com a realidade socioeconômica e

cultural das populações locais.

7.2.3 METAS

1 Apresentação dos Programas Ambientais aos Públicos alvos.

1 Elaboração e Instalação de canal de comunicação local: Unidade Móvel na Área Diretamente Afetada - ADA.

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o o o oPROJETO CAPIBARIBE MELHOR

1 Elaboração e implementação de projetos para a Comunicação Institucional: poder executivo, e sociedade civilorganizada.

1 Elaboração de projeto e implementação de canais para articulação com os meios de comunicação locais demaior penetração social.

1 Elaboração e distribuição de material adequado às diversas demandas dos públicos alvos por informações, eatendendo às demandas de difusão dos demais Programas Ambientais Mitigadores ou de Monitoramento, emespecial o de Educação Ambiental.

7.2.4 PUBLICO-ALVO

Este Programa está estruturado de modo a direcionar ações de comunicação a diferentes públicos, que podem serclassificados e divididos em dois públicos:

A) INTERNO

Trabalhadores da obra; técnicos responsáveis e representantes do projeto.B) EXTERNO

- Populações Locais: habitantes localizados na Área de Influência Direta do Projeto.

- Instituiçóes Públicas: representantes de instituições públicas com atuação na Área de Influência doProjeto.

- Poderes Públicos: prefeito, secretários e vereadores da cidade do Recife.

- Organizações da Sociedade Civil: representantes de instituições, tais como ONG's, Grupos culturais,associações de moradores, sindicatos, cooperativas, entidades ambientalistas, religiosas, imprensa emgeral, etc. presentes e atuantes na Area de Influência do Projeto.

7.2.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

A Comunicação Social deverá atuar como um do agente facilitador e conciliador das atividades do Projeto, na áreafísica, e, portanto, deve produzir um elo que agregue as ações do Projeto, para que ele seja, na sua totalidade,apreendido, vivenciado e apropriado pelos cidadãos e que, após concluído, espera-se que sejam capazes degarantir a qualidade do uso dos espaços modificados e requalificados. Mais do que a comunicação impessoal dosmeios eletrônicos e impressos, este Programa privilegia a comunicação interpessoal que se dá mediante colóquio,do encontro, do bate-papo, do contato efetivo com as populações locais.

Este Plano consistirá, ainda, no desenvolvimento de um sistema de informações que possibilite o gerenciamentodas ações do Projeto no que diz respeito ao acompanhamento físico financeiro, aos objetivos propostos e aosbenefícios da sua realização para o município e a população, aumentando deste modo a rapidez e precisão dasinformações.

7.2.5.1 Atividades

As ações do Plano de Comunicação serão organizadas em três módulos, que devem ser desenvolvidos de formaintegrada para o alcance dos objetivos propostos.

* Módulo 1 - Marketing Institucional

Envolve a realização de atividades referentes à divulgação do Projeto junto aos veículos de comunicação(rádio, televisão, revistas e jornais) da cidade. A divulgação do Projeto deverá se estender pelo período deexecução - 5 anos, inicialmente no sentido de lançamento do Projeto; em seqüência com notícias sobre oandamento das intervenções e etapas concluídas e sobre os resultados já alcançados, a opinião dosbeneficiados e a melhoria da qualidade de vida conquistada. A comunicação com a população deve sercontinuada.

* Módulo II - Comunicação sobre a Realização das Obras

a. Comunicação direta junto às comunidades-alvo

1 Veiculação de informações sobre o início e sobre o andamento das intervenções físicas previstas, pormeio do Site da Prefeitura Municipal do Recife, de releases enviados à imprensa, de folhetosdistribuídos nos locais diretamente afetados, de outdoors, etc; deverá veicular, com antecedênciamínima de cinco dias úteis, os transtornos a serem causados pelas obras, afetando diretamente ocotidiano das comunidades-alvo;

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1~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

^ "£»uLt ~~~~~~~PPtCETO C:APIRIBE MELHOR

1 Visitas às comunidades-alvo, organizadas por bairros ou regiões, para esclarecimentos sobre o Projeto

Capibaribe Melhor e sobre os seus benefícios, ressaltando que os transtomos (desvios de tráfego,

aumento dos níveis de poeira, cortes eventuais no abastecimento de água e luz, etc) causados

durante a execução das obras, serão compensados por significativa melhoria da qualidade de vida na

região e em toda a cidade;

1 Distribuição de informativos, em linguagem direta e diagramação leve, adequada ao público a que se

destina, sobre as intervenções a serem realizadas, destacando os benefícios que delas advirão; os

conteúdos, ainda que não aprofundados, visam esclarecer dúvidas mais freqüentes.

b. Divulgação junto às entidades envolvidas

1 Contatos pessoais e por meio de correspondências com as Organizações Não-governamentais,

Associações de Moradores dos bairros e outras Entidades Comunitárias existentes nas áreas de

intervenção para obter o seu apoio na divulgação de informações para facilitar a compreensão do

Projeto Capibaribe Melhor e para divulgar, com antecedência, os transtornos que serão causados

pelas intervenções na área.

* Módulo 1I1 - Divulgação Específica de Resultados

As informações sobre a evolução física e sobre a execução financeira do Projeto, bem como a divulgação dos

indicadores de qualidade fixados para o seu monitoramento e avaliação, serão veiculadas para a imprensa,

comunidades-alvo, população em geral, funcionários da Prefeitura Municipal do Recife e outros públicos

interessados, como forma de ressaltar, periodicamente, os benefícios auferidos.

7.2.5.2 Resultados esperados

* Comunidades alvo e população em geral envolvidas e cônscias da importância do Projeto, dos benefícios dele

advindos e da necessidade de sua mobilização, visando a sustentabilidade dos investimentos realizados;

* Comunidades alvo e população em geral informada, de forma transparente, sobre o investimento de recursos

públicos no Projeto;

* Transtornos causados pelas intervenções físicas do Projeto minimizados a partir da prévia informação e da

preparação das comunidades afetadas para a busca de medidas paliativas para a sua superação.

7.2.6 CRONOGRAMA FÍSICO

Este programa deverá ser contínuo ao longo do período de implantação do Projeto Capibaribe Melhor devendo

começar a ser implementado antes do início das obras físicas.

* O módulo de marketing institucional deverá ser mais intenso no mês anterior ao início das obras e será mantido

em um nível mínimo durante os 5 anos do programa.

* O módulo de comunicação sobre a realização das obras deverá ser executado durante todo o projeto, de

acordo com a evolução das obras.

* O módulo de divulgação dos resultados será executado durante todo o projeto até um mês após o

encerramento das obras.

7.2.7 RESPONSÁVEL(IS) PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

Os serviços a serem implementados para este Programa são de responsabilidade do empreendedor, que poderá

contratar empresas especializas ou estabelecer parcerias com instituições locais para a execução direta dos

serviços.

7.2.8 CUSTOS

Conforme mencionado, este programa configura-se como sub-componente do Projeto e portanto, seu custo já está

inserido no custo do Projeto, não havendo necessidade de seu orçamento ser incluído no PGA. A utilização do

recurso será distribuída durante os 5 anos do Projeto Capibaribe Melhor e será aplicado na contratação de serviços

de consultoria, de campanhas publicitárias e materiais de divulgação. São previstos recursos financeiros da ordem

de R$ 81.000,00 para a implantação do Plano de Comunicação Social.

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7I<~CC*1~SLIItX « PROJETO CAPIARIBE MELHOR

7.3 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO SANITÃRIA E AMBIENTAL

7.3.1 OBJETIVO

O Programa de Educação Ambiental e Sanitária já é parte integrante do Projeto Capibaribe Melhor, dentro de seuComponente 2 - Desenvolvimento Social e Econômico do Território - sub-componente de Desenvolvimento daEducação Ambiental e Sanitára. Portanto, o mesmo será aqui descrito, mas seus custos já estão contabilizados noorçamento do Projeto Capibaribe Melhor. O Programa de Educação Ambiental consiste num sistema integrado deproposições, ações e metodologias, assentado em dois pilares:

A) EDUCAÇÃO AMBIENTAL EXTENSIVA: A Educação Ambiental Extensiva relaciona-se à transmissão de valores,conceitos e informações ambientais visando a inserção do meio hídrico preservado, das áreas verdes e depreservação ambiental e da infra-estrutura sanitária e de drenagem, no conjunto de questões pensadas, assumidase dotadas de relevância para a população municipal. A Educação Ambiental Extensiva está voltada para apopulação em geral. A veiculação das mensagens ambientais será efetivada através dos meios de comunicação demassa, buscando-se expor e justificar, para toda a população da cidade, a relevância da preservação das áreasverdes e do meio hídrico municipal. E, nada melhor do que colocar uma questão num contexto onde a abertura paraa recepção de mensagens é a tônica da situação.

A) EDUCAÇÃO AMBIENTAL LOCAL: A Educação Ambiental Local é voltada para a população do entorno dasintervenções e consiste em subordinar e transformar a preocupação sanitária e ambiental em prática, tendo comoeixo central a realidade vivida e experimentada na dimensão do dia-a-dia. Neste segundo pilar, a questão dosaneamento básico, da preservação das áreas verdes e do meio hídrico é segmentada em dois pontos básicos: oda transformação do valor/ saber em prática concreta e o da convocação à atuação prática num lugar privilegiado eredutível às experiências dos cidadãos - o lugar vivido. Encontra-se, também, programado o Monitoramento Sócio-Ambiental voltado para a mensuração quali-quantitativa da percepção social do significado do Projeto CapibaribeMelhor ao longo do tempo e para o acompanhamento sistemático dos valores, conceitos, avaliações e práticas dacoletividade, e suas respectivas mudanças em função das ações de educação ambiental.

A Figura 7.2 mostra a correlação dessas ações, assim como os respectivos públicos-alvo e instrumentos previstosem cada uma das metodologias adotadas.

7.3.2 METODOLOGIA

São previstas as seguintes atividades: (i) Desenvolvimento de ações de mobilização social para a educaçãoambiental e sanitária; (ii) Capacitação/ sensibilização das instituições envolvidas no Projeto para gestão ambientalintegrada; (iii) Capacitação/ formação de agentes institucionais (professores, técnicos, líderes comunitários, agentescomunitários de saúde, agentes de saúde ambiental, dentre outros) para educação ambiental e sanitária; (iv)Produção de material educativo e de divulgação; (v) Atividades diversas de educação sanitária e ambiental; (vi)Atividades do Projeto Artesanear.

7.3.3 CRONOGRAMAA execução do Programa deverá ser realizada durante toda implementação do Projeto Capibaribe Melhor. Prevê-se,inicialmente o detalhamento da concepção do Programa e a contratação de empresa de consultoria especializada.

7.3.4 RESPONSÁVEL INSTITUCIONAL

Os serviços a serem implementados para este Programa são de responsabilidade do Empreendedor, URB-Recife,que poderá contratar empresas especializas ou estabelecer parcerias com instituições locais para a execução diretados serviços. Prevê-se a instituição de um Comitê Gestor constituído por representantes da: URB-Recife, UGP/Projeto Capibaribe Melhor; Diretoria de Meio Ambiente / SEPLAM; Assessoria de Comunicação Social; Secretariade Educação.

7.3.5 ESTIMATIVA DE CUSTOS

Conforme mencionado, este programa configura-se como sub-componente do Projeto e portanto, seu custo já estáinserido no custo do Projeto, não havendo necessidade de seu orçamento ser incluído no PGA. A estimativa degastos com esse programa está na ordem de R$ 255.000,00 (duzentos e cinqüenta e cinco mil reais).

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

. .-. ._~ ~ ~~~ ~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ...

GRUPO GESTOR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EXTENSIVA EDUCAÇÃO AMBIENTAL LOCAL

L l _ | I~~~~~~~~ ~ ~~~~nfanhl |

| População em | | Público l | Comissões Locais dasRegionais Comunidades do entorno imediato das

| geral Escolar Fundaenta intervenções

1 _ _ _ 4 ~~~~~~~~Médio Mensagens Carlilhas do aluno educativas: (Al, A2 e A3) e do 1 Vídeos 1 Cartilha tipo B

I TVs professor (A4) 1 Cartilha tipo B 1 Mapa da bacia

I Rádios Vídeos 1 Capacitação delrideranças Visita pedagógica porta a

1 Revistas 1 Bótons e panfletos 1 Elaboração de diagnóstico por porta (mutirão)

Jomais 1 Concurso municipal RegionalI ódnbus de redação 1 Trabalhos de mobilização e

sensibilização

Incentivos à elaboração e Eventos Ambientais]execução de projetos ambientais

MONITORAMENTO SOCIO-AMENENTAL

Acompanhamento dos resultdos do Programa de Educação Ambiental ei

LEGENDA:

Acões Pesquisas qualitativas e quantitativas

Públicos-alvo

X Instrumentos AVALIAÇÃO E ADAPTAÇÃO DO PROGRAMA82

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M:M I,(RMíUi g PRÇJETO CAPI"IRIBE MELHOR"pj. t. <. ---

7.4 PROGRAMA DE ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES CRUZADAS NAS UNIDADES DE

ESGOTAMENTO-UES 39 E 40

7.4.1 OBJETIVOS

O Programa de Eliminação de Ligações Cruzadas pretende alcançar os seguintes objetivos:* Evitar que continuem chegando aos cursos d'água e canais de drenagem nas UEs 39 e 40, esgotos domésticos

após ter sido implantado o sistema de esgotamento sanitário proposto;

* Evitar que o sistema de esgotamento sanitário (redes, interceptores e ETE Cordeiro) tenha seu funcionamentoprejudicado pela sobrecarga de águas pluviais nele indevidamente introduzidas.

7.4.2 ATIVIDADES

* Cadastramento de todas as redes coletoras e interceptores das UEs 39 e 40;

* Pesquisa e eliminação das ligações cruzadas (esgoto ligado em rede pluvial e água pluvial ligada em rede deesgoto) nas redes dos sistemas públicos nas UEs 39 e 40;

* Pesquisa e eliminação de ligações cruzadas nas ligações domiciliares;

* Pesquisa e eliminação de lançamentos clandestinos de esgotos em cursos d'água, talvegues e terrenos vagos;* Pesquisa e conserto de redes rompidas;

* Interligação de segmentos de redes interrompidos.

7.4.3 RESULTADOS ESPERADOS

Com a implantação do Programa espera-se melhorar o desempenho do sistema de esgotamento sanitário e aeliminação de esgotos urbanos nos cursos d'água nos limites das UEs 39 e 40.

7.4.4 PROGRAMAÇÃO DE TRABALHO

As atividades deverão ser desenvolvidas separadamente por cada UE e a sua programação deve ser estabelecidapela SANEAR com a colaboração da COMPESA, dentro dos seguintes limites:

* Data limite para início: coincidente com o início das obras de implantação das unidades do sistema deesgotamento sanitário a ser implantado;

* Data limite para término: 6 meses após a conclusão das obras de implantação das unidades do sistema deesgotamento sanitário.

7.4.5 RESPONSÁVEL(IS) PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

Os serviços a serem implementados para este Programa são de responsabilidade do Empreendedor, URB-Recife,apoiado pela SANEAR por meio de um contrato de cooperação técnica. A SANEAR, pos sua vez, poderá usar seucorpo técnico ou estabelecer convênio com a COM PESA, para colaborar na realização deste Programa.

7.4.6 ESTIMATIVA DE CUSTOS

A estimativa de gastos com esse programa está na ordem de R$ 150.000,00.

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. G "ConsuItv PRWETO CAPIBARIBE MELHOR

7.5 PLANO DE GESTÃO DOS PARQUES APIPUCOS, SANTANA E CAIARA

7.5.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Plano de Gestão dos Parques Apipucos, Santana e Caiara é imprescindível para sustentabilidade física e

ambiental dos mesmos, pois o uso público de uma área verde está intimamente ligado à manutenção, conservação

e segurança que esta área recebe. Além disto, o Plano serve de medida mitigadora ou suporte às intervenções do

sub-componente Parques e Áreas Verdes. É recomendável que o Município encontre outras alternativas de gestão

dos Parques e áreas verdes, alem da gestão pública direta. Entidades e sociedades civis relacionadas com o meio

ambiente urbano e com a representação de interesses de moradores dos bairros e mesmo empresas privadas

poderão, numa política de responsabilidade social, assumir a gestão desses equipamentos públicos em parceria

com o Município.

7.5.2 OBJETIVOS

O objetivo principal do Plano é assegurar que os parques urbanos e áreas verdes objeto de ações do Projeto

possam continuar a prestar serviços à população, mediante um sistema de gestão capaz de promover condições

permanentes de seu uso adequado. Outro objetivo a ser alcançado é buscar informações capazes de melhorar a

ação desde a fase inicial de implantação desses equipamento. Já na fase de planejamento de uma área verde é

necessária a preocupação com espécies que dão maior demanda de manutenção e altos custos de implantação,

como as capinas de gramas exóticas. Em grandes parques é possível utilizar como substrato as herbáceas

existentes na própria área. À medida que as árvores crescem, essas invasoras tendem a desaparecer dos espaços

sombreados. Posteriormente, pode-se pensar em gramar os espaços expostos ao sol pleno ou mesmo manter a

vegetação existente.

7.5.3 PUBLICO-ALVO

População usuária dos Parques e organizações públicas e privadas encarregadas de sua gestão.

7.5.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PLANO

7.5.4.1 Atividades

_ Primeira fase - levantamento da situação atual e dos problemas de gestão dos parques e das áreas verdes

no âmbito do Projeto;

_ quantificação todos os custos de operação e manutenção requeridos, com uma análise de suas

perspectivas de evolução ao longo do tempo;

_ avaliação dos sistemas atuais de gestão e de financiamento dos custos operacionais;

_ estudos de alternativas de gestão compartilhada (público/privada) e pesquisa de sua aceitação e

viabilidade;

_ formulação de modelos altemativos de gestão e proposição de modelo considerado mais adequado a cada

caso.

São listados a seguir alguns tópicos relacionados ao Plano, cuja abordagem terá necessariamente que ser feita.

A) MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES, SANITÁRIOS PÚBLICOS E OUTROS

Ainda na fase do Projeto Básico é preciso incorporar elementos que facilitem a conservação dos parques, tais como:

materiais adequados ao ar livre e ao "atrito urbano"; mobiliário padronizado que facilite a conservação e reposição;

pisos permeáveis garantindo a drenagem das águas; e principalmente, uma vegetação adequada.

* Reparo e pintura;

* Instalações Hidráulicas;

* Instalações Elétricas;

* Limpeza.

B) MANUTENÇÃO E RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO

Todo elemento natural constituinte de uma área verde, principalmente a vegetação deve ser manejada

constantemente. Alguns tipos de manejo são citados a seguir:

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j,X .iS KYs PRJETO CAPI8RBE MELHOR

* podas em árvores com galhos podres, secos ou lascados;

* extrações de árvores com risco de queda ou que apresentam algum problema fitosanitário irreparável;* plantio de novas árvores, visando a substituição daquelas extraídas, ou mesmo, para adensamento da

vegetação de porte arbóreo;

* poda de levantamento de copa;

* trato com os problemas de pragas e doenças;

* capina do gramado e poda das arbustivas;

* diversificação das espécies utilizadas e priorização das nativas.

* Limpeza (Frutas e lixo);

C) MANUTENÇÃO DE INFRA-ESTRUTURASCom relação aos equipamentos de lazer e a todo mobiliário urbano pertencente ao parque, deve-se reparar tododano existente e paralelamente, desenvolver campanha educativa aos usuários para uso adequado e proteção dosmesmos. Um banco quebrado ou uma luminária que não funcione é motivo suficiente para reprodução desses e deoutros tipos de danos. Deverão ser previstos serviços de manutenção das seguintes infra-estruturas:

* Abastecimento de água

* Esgotamento Sanitário;

* Drenagem;

* Abastecimento de Energia;

* Sistema de Orientação e Comunicação;

* Equipamentos de Lazer

* Controle de Lagos (qualidade da água/ assoreamento)

D) SEGURANÇAI VIGILÂNCIAA segurança em um Parque Urbanos está intimamente relacionada ao seu uso constante pela população e umavigilância ostensiva, que seja mais educativa que punitiva. O uso constante do Parque pela população ocorrerá se oParque estiver dotado de iluminação eficiente, equipamentos funcionando, gramados capinados, árvores de copasaltas e muitos outros itens relacionados à conservação e manutenção dos elementos existentes na área. Estaatividade será feita através da fiscalização da utilização dos Parques, evitando sua depredação e outros possíveisdanos e concorrendo para a proteção do público usuário.

* Controle de Usuários (A visitação estará sujeita às normas e restrições estabelecidas pelo órgão responsávelpor sua administração).

* Segurança Pública;

* Controle de depredações;

E) AÇÕES DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTALAs ações de comunicação social e educação ambiental objetivam favorecer o entendimento pela população usuáriados parques da importância da preservação dos mesmos. A visão equivocada de que o espaço público é deresponsabilidade exclusiva do governo tem conseqüências desastrosas para o uso e conservação destas áreas. Oespaço público é de todos, é complementar às áreas privadas. Cada cidadão deve ser co-responsável por ele. Estarelação de apego à área, cria mecanismos de controle e participação por parte da população, evitando depredaçõese mau uso dos equipamentos.

* Folhetos;

* Cartilhas;

* Folders;

Workshop/ seminários.

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOI

7.5.5 CRONOGRAMA FÍSICO

|DESCRIÇÃO êsMs Ms2, | Ms3 Mês4 Mês 5 MO S

1 Levantamento de dados e diagnostico 1111111112 Workshop sobre Gestão dos Parques e Áreas2___ Verdes

3 Elaboração do Plano - Versão Preliminar

4 Discussão do Plano

5 Consolidação do Plano

7.5.6 RESPONSÁVEL(IS) PELA IMPLANTAÇÃO DO PLANO

Os serviços a serem implementados para este Plano são de responsabilidade do empreendedor, que poderá

contratar empresas especializas ou estabelecer parcerias com instituições locais para a execução direta dos

serviços.

7.5.7 CUSTOS

A utilização do recurso será distribuída durante os 6 meses de elaboração do Plano e será aplicado na contratação

de serviços de consultoria, workshops e pesquisas. São previstos recursos financeiros da ordem de R$ 100.000,00

(Cem mil reais) para fazer face aos custos de implantação do Plano de Gestão dos Parques.

7.6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO E OPERAÇÃO DA ETE CORDEIRO

7.6.1 PLANO DE IMPLANTAÇÃO DO CINTURÃO VERDE

A partir da avaliação ambiental empreendida sugere-se que as bordas dos terrenos da ETE Cordeiro sejam

ocupadas com o plantio de um cinturão verde. Sugere-se que o mesmo seja formado por cortina arbórea de

eucalipto, da espécie Eucalyptus citriodora Hook da família Mirtráceas ou por cortina arbórea de paudalho, muito

comum na região, da espécie Gallesia intergrifolia da família Phytolaccaceae . O cinturão verde com espécies

aromáticas tem a função de quebra-ventos e de minimizar o efeito de eventuais emissões de gases mal-cheirosos

passíveis de serem gerados na fase anaeróbia do processo de tratamento de esgotos sanitários. Para o propósito

de se formar o quebra-ventos ou o cinturão verde em questão, as mudas devem ser plantadas em duas linhas, com

indivíduos intercalados. As árvores adultas contarão com espaços de 7,5 m2 para cada uma. No caso do terreno das

ETE Cordeiro, a faixa de cinturão terá 5 metros de largura.

7.6.2 PLANO DE MONITORAMENTO DA ETE CORDEIRO

Este programa de monitoração tem por objetivo principal a verificação da eficiência e eficácia das medidas adotadas

nas fases de implantação e operação da ETE Cordeiro, bem como das atividades relacionadas à minimização dos

impactos negativos deste Empreendimento.

7.6.2.1 Operação e Manutenção da ETE Cordeiro

Cumpridos os programas de pré-operação das diversas unidades, quando do início da operação normal das ETEs,

deverão ser mínimos os ajustes para o funcionamento adequado de cada unidade e do sistema como um todo,

dentro da eficiência planejada. Na operação normal das ETEs, é fundamental o acompanhamento e monitoramento

da perfomiance de cada operação unitária de modo a se conhecer a relação entre os diversos parâmetros

intervenientes no processo, e assim orientar as medidas necessárias para assegurar que cada fase do tratamento

se desenvolva da maneira mais eficiente, conforme foi idealizada e projetada.

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jfi ons vdty;j PROJETO CAPI8RIBE MELHOR

O manual de operação deverá incluir a descrição, as premissas básicas de projeto e as mais recentes técnicas daoperação das unidades de processo, assim como os sistemas e medidas corretivas relacionadas aos problemas deprocesso. A manutenção, e até mesmo a melhoria de performance do sistema dentro dos padrões planejados,poderá ser alcançada através de uma boa supervisão técnica e administrativa, com uma correta coleta emanipulação dos dados e informações operacionais, através de adequado controle laboratorial.

O controle dos equipamentos e acessórios deverá ser feito através de manuais de manutenção, no qual cadaequipamento será abordado segundo suas funções e premissas mínimas de manutenção e segundo as prescriçõesdos fabricantes, relacionando possíveis problemas com as respectivas medidas corretivas. A implementação de umadequado programa de manutenção é um ponto de grande importância para se evitar falhas nos equipamentos econseqüentes interrupções no funcionamento normal da unidade como um todo. Procedendo, desta maneira, osresponsáveis pela operação da ETE, terão todos os meios para garantir que os objetivos deste Empreendimentosejam plenamente alcançados, assegurando que o efluente lançado no rio Capibaribe estará dentro dascaracterísticas compatíveis com o nível de tratamento estabelecido pelo sistema projetado.

O monitoramento da qualidade do efluente final da ETE deverá ser feito permanentemente, com coletas deamostras no canal do efluente final para determinação dos teores de Demanda Bioquímica de Oxigênio- DBO e dosSólidos em Suspensão-SS.

7.6.2. 1.1 Meio Físico

Com o objetivo de avaliar os níveis de ruído na área de entorno da ETE Cordeiro, quando da sua entrada emoperação, deverão ser realizadas medições do nível de ruído. Caso o nível de ruído se apresente fora dos limitesestabelecidos pela legislação em vigor no município do Recife, recomenda-se que seja estudada uma proteçãoacústica.

7.6f2.1.2 Meio Biótico

A) Fase de Implantação

- Sobre o Ecossistema Terrestre: Os impactos considerados relevantes são ocasionados pelas interaçõesdas ações de terraplenagem e urbanização sobre o meio biótico. A terraplenagem deverá ser monitoradadurante todas as fases de sua execução, cuidando-se para que não se estenda para além das áreasestritamente necessárias às obras, mantendo-se a cobertura vegetal natural nas áreas adjacentes. Assim,recomenda-se a realização de um levantamento fotográfico do projeto de recuperação e recomposiçãopaisagística de taludes._A urbanização, para se configurar como geradora dos impactos positivosanalisados, deverá ser monitorada no sentido de que sejam respeitadas as premissas básicas de projetopaisagístico, revegetação de todas as áreas descaracterizadas, utilização de espécies nativas e plantio deespécies que possam beneficiar a fauna regional._Finalmente, recomenda-se a realização de umacompanhamento fotográfico periódico do empreendimento, durante a fase de obras, indicando a condiçãodo canteiro, do corpo receptor e da área de entomo.

- Sobre o Ecossistema Aquático: Como os impactos ambientais sobre o ecossistema aquático, na fase deimplantação destes empreendimentos, são eventuais e localizados e considerando-se que as obras deterraplenagem e urbanização já deverão ser monitoradas com relação aos seus efeitos sobre o ambienteterrestre, não se verifica a necessidade de um monitoramento específico com respeito ao ambienteaquático.

8) Fase de Operação

- Sobre o Ecossistema Terrestre: Continuidade no monitoramento da conservação da vegetação natural daárea dos empreendimentos. Acompanhamento contínuo do desenvolvimento da vegetação nativareintroduzida, referente ao projeto de revegetação implantada na fase anterior.

- Sobre o Ecossistema Aquático: Embora os efeitos do lançamento de esgotos tratados no rio Capibaribesejam benéficos para a comunidade aquática, é recomendável que seja feito um acompanhamento daseventuais transformações a serem sofridas por este ecossistema. Deve-se proceder da mesma forma com

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fCCnsu tki PRJETO CAPIRIBE MELHOR

relação aos efeitos provocados pelas descargas eventuais. Assim sendo sugere-se a adoção das seguintes

medidas de monitoramento:

i) Acompanhamento dos efeitos provocados pelo lançamento de esgotos tratados:

- Pontos de Coleta: No Capibaribe, a montante e a jusante do lançamento do efluente tratado;

- Parâmetros e freqüência: pH, temperatura, turbidez, cor, condutividade, oxigênio dissolvido, DBO, série de

sólidos, amônia, nitrato, fósforo, óleos e graxas, coliformes termotolerantes (análises mensais);

Este programa de monitoramento deverá ser executado ao longo de um ano. Ao final deste período deve

ser feita uma avaliação global dos resultados e estimada a conveniência ou não de prosseguimento do

programa.

ii) Acompanhamento dos efeitos provocados pelas descargas eventuais

- Pontos de Coleta: o mesmo do item anterior;

- Parâmetros e freqüência: pH, temperatura, turbidez, cor, condutividade, oxigênio dissolvido, DBO, série

de sólidos, amônia, nitrato, fósforo, óleos e graxas, coliformes termotolerantes (análises eventuais);

Sugere-se que este acompanhamento seja efetivado durante o período que cubra pelo menos cinco

descargas de grande porte, após o qual deverá ser feita uma avaliação sobre os efeitos da descarga sobre

o ecossistema aquático.

iii) Acompanhamento da qualidade da água do lençol freático na área do aterro sanitário caso, o mesmo

seja implantado na área da ETE (Disposição Final dos Resíduos Sólidos gerados nas ETEs)

- Pontos de Coleta: No poço de monitoramento a ser implantado em local próximo ao aterro sanitário.

- Parâmetros e freqüência: pH, temperatura, turbidez, cor, condutividade, oxigênio dissolvido, DBO, série

de sólidos, amônia, nitrato, fósforo, óleos e graxas, coliformes termotolerantes (análises eventuais);

7.6.3 RESPONSÁVEL(IS) PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

Os serviços a serem implementados para este Programa são de responsabilidade do Empreendedor, URB-Recife,

com colaboração da SANEAR e da COMPESA, por meio de contrato de cooperação técnica.

7.6.4 CUSTOS

Os custos deverão ser incorporados ao valor reservado para implantação da ETE Cordeiro.

7.7 PLANO DE DESAPROPRIAÇÃO E REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO/ PDRI - MARCO

CONCEITUAL

7.7.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Projeto Capibaribe Melhor, tendo em vista a natureza e a localização de suas intervenções, promoverá a

relocação de 1.438 famílias situadas na área de afetação direta e indireta do Projeto (na verdade, o total geral é

1.453 famílias; no entanto, excluiu-se 15 famílias do Conjunto D do Sistema Viáro que não será executado nessa

fase do Programa). Essas famílias deverão ser reassentadas ou indenizadas conforme um Plano de Desapropriação

e Reassentamento Involuntário - PDRI, o qual deverá ser elaborado pela Prefeitura do Recife segundo as políticas

do Banco Mundial, antes do início da execução de qualquer obra. Tendo em vista a indisponibilidade dos projetos

executivos na etapa de preparação, foi desenvolvido apenas um Marco Conceitual de Reassentamento, o qual

apresentou as principais diretrizes para a futura execução do Plano.

7.7.2 ATIVIDADES

São previstas as seguintes atividades:

* Ações preparatórias para as atividades de desapropriação e aquisição de terras (pesquisa cartorial,

identificação de proprietários, avaliação dos imóveis. etc);

* Mobilização Social

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o o o o

PROJETO CAPI"IRIBE MELHOR

* Cadastro Sócio-Econômico Censitário e Caracterização do Público Alvo

* Elaboração do Plano de Reassentamento;

* Acompanhamento da elaboração dos projetos básicos;

* Implantação do processo de reassentamento (Desapropriação e Aquisição de terras, Negociação comafetados, Pagamento de Indenizações, Construção, Mudança)

7.7.3 RESPONSÁVEL(IS) PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

Os serviços a serem implementados para este Programa são de responsabilidade do Empreendedor, URB-Recife,que deverá desenvolvê-lo em parceria com a Secretaria de Habitação, sendo que ambos poderão optar porcontratar empresas especializadas para a execução do trabalhos.

7.7.4 CRONOGRAMA

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DAS AÇÕES DE REASSENTAMENTO, INDENIZAÇÃO E DESAPROPRIAÇÃO

Item Atividade Ano 1 Ano 1 Ano II Ano III Ano iV Ano V

1 Ações preparatórias para as atividadesde desaproprlação e aquisição de terras

2 Mobilização Social ._ _ - - - -3Cadastro SócIo-Econômico Censitárlo e

Caracterização do Público Alvo

4 Elaboração do Plano de Reassentamento

4.1 Coleta de InformaçãoContatos com a comunidade para

4.2 Preparação do Processo de PlanejamentoParticipativo

4.3 Oficinas de Planejamento _4 Complementação do Diagnóstico da área de

. intervencão4.5 Elaboração de Pré-Planos

4.6 Discussão dos Pré-Planos com aComunidade

4.7 Fechamento do Plano de Intervenção5 Elaboração dos Projetos Básicos _ -

6 Implementação do Plano de Intervenção -

6.1 Desapropriação de terras _ __6.2 Aquisição de terras _6.3 Negociação com os afetados6.4 Pagamento de Indenizações6.5 Construção de Moradias

6.5.1 Em tenrenos públicos _

6.5.2 Em terrenos particulares __

6.6 Mudança -7 Avalíação

71 Acompanhamento dos reassentados durante_ um ano _

Avaliação final do processo de. reassentamento

7.7.5 CUSTOS

O custó de implantação do PDRI é de R$ 36.731.000,00. Vale lembrar mais uma vez, que o mesmo foi construídocom base no cadastro sócio-econômico amostral (não censitário) realizado pela Prefeitura do Recife e que essescustos deverão ser revisados quando da elaboração do Plano de Reassentamento.

89

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I t, j "£Cor....tx PRÇ>JETO CAPIBARIBE MELHOR

7.8 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CAPIBARIBE

7.8.1 INTRODUÇÃO

O Plano de Monitoramento da qualidade da água do rio Capibaribe foi concebido para subsidiar a avaliação dos

impactos do Projeto Capibaribe Melhor na qualidade da água desse curso. Complementa e se integra ao

monitoramento já realizado atualmente pela CPRH- Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de

Pemambuco. Sua importância se fundamenta no acompanhamento contínuo e sistemático das características físico-

químicas e bacteriológicas das águas do rio em seu trecho impactado pelo Projeto, para a obtenção de dados e

informações que subsidiem a avaliação dos resultados do Projeto no curso do tempo. Paralelamente, agregados à

ao monitoramento do restante da bacia, os dados resultantes desta iniciativa comporão o acervo de conhecimento

necessário para o planejamento de ações voltadas para a sustentabilidade do programa e otimização do cenário

hídrico da bacia do Capibaribe.

7.8.2 OBJETIVOS

O presente Plano de Monitoramento das Águas tem por objetivo fomecer indicações da qualidade das águas

circulantes no trecho do rio Capibaribe na área de influência do Projeto. O monitoramento assume também um

caráter preventivo, na medida em que serão diagnosticadas as modificações na qualidade das águas advindas da

transformação dos ambientes. Tais diagnósticos permitirão a oportuna adoção/adequação de medidas de controle

para eventuais problemas. Assim através dos dados obtidos com este Plano, será possível avaliar a eficácia das

ações preconizadas pelo Projeto Capibaribe Melhor para a reabilitação da qualidade das águas circulantes e, ao

mesmo tempo, estabelecer as ações de recuperação da salubridade das águas.

7.8.3 ESCOPO DO PLANO E METODOLOGIA DAS ATIVIDADES

7.8.3.1 Definição da localização das estações de amostragem

A CPRH já monitora a qualidade das águas do Rio Capibaribe em 10 estações de amostragem, sendo duas no

trecho dentro da área de influência do Projeto (CB-80, na ponte da Av. Caxangá e CB-95, na ponte da rua Abdias de

Carvalho). Nas suas estações a CPRH monitora os seguintes parâmetros: temperatura, pH, OD, DBO,

condutividade elétrica, cloreto, turbidez, cor, fósforo, coliformes fecais, salinidade. Propõe-se o monitoramento em

mais duas estações localizadas logo a jusante da foz do rio Camaragibe (Açude de Apipucos) e outra a jusante da

futura ETE Cordeiro.

7.8.3.2 índices e parâmetros a serem Monitorados

Os parâmetros a serem monHorados são praticamente os mesmos já monitorados pela CPRH, com a inclusão de

mais alguns para que se possa calcular um índice de qualidade de referência universal.

Durante o primeiro ano do monitoramento será feita uma coleta mensal em cada bacia hidrográfica já definida, com

análise dos parâmetros que compõe o IQA- índice de qualidade das Águas e a Contaminação por Tóxicos. O IQA foi

desenvolvido pela National Sanitation Foundation, dos Estados Unidos, através de pesquisa de opinião junto a

vários especialistas da área ambiental. Os dados da mencionada pesquisa foram utilizados para definir um conjunto

de nove parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas. Das

metodologias para o cálculo do IQA, sugere-se a metodologia do IQA multiplicativo que é calculado pela seguinte

fórmula:

9

IQA =n qiwi=l

Sendo:qi = qualidade do parâmetro iobtido através da curva média específica de qualidade;

wi= peso atribuído ao parâmetro.

lOA PESO (w,)

Variação de temperatura (oc) 0,10

Turbidez (UNT) 0,08

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o o o oj «,Ccnsuttx PRCJETO CA~PRIBE MELHOR

Ph 0,12

Coliformes fecais (NMP/100ml) 0,15

Oxigênio dissolvido - OD(% od sat) 0,17

Demanda bioq. De 02 -DBO (mg/1) 0,10

Fosfatos (mg/l p04) 0,10Nitratos (mg/1 n03) 0,10

Residuos totais (mgIl) 0,08

Excelente 90<IQA<100

Bom 70<IQA<90

Médio 50<1QA<70

Ruim 25<1QA<50

O<IQA<25

A contaminação por tóxicos é avaliada considerando-se os seguintes parâmetros: amônia, arsênio, bário, cádmio,chumbo, cianetos, cobre, cromo hexavalente, índice de fenóis, mercúrio, nitritos, nitratos e zinco. Em função dasconcentrações observadas, a contaminação é caracterizada como Baixa, Média ou Alta.

_ z _ ~~~~~~~~~Concentração < 1,2P

Média 1,2P<concentração <2P

Concentração>2P

P= Limite de Classe de enquadramento do curso d'água.

7.8.4 PRODUTOS

Ao final do primeiro ano serão obtidos dados para o diagnóstico da qualidade dos corpos d'água dos Cursos d'água,do ponto de vista de suas características físico-químicas e bacteriológicas. Para o monitoramento dos anossubseqüentes será produzida a análise do diagnóstico com o fim de se obter uma seleção de parâmetros para cadaponto monitorado. A produção do diagnóstico e dos dados da sistemática do monitoramento integrará e fomeceráinformações para as respectivas ações das diversas instituições envolvidas com a temática.

7.8.5 RESULTADOS ESPERADOS

_ Acompanhamento da eficácia das ações em prol da melhoria da qualidade das águas do rio Capibaribe;Incorporação e integração dos dados/análises resultantes do processo de monitoramento à RedeMonitoramento das Aguas do Rio Capibaribe e com o Sistema Nacional de Informações sobre RecursosHídricos.

7.8.6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

CRONOGRAMAAÇAO MESES

1 | 2 | 3 4 | 5 | 6 | 7 8 | 9 10 11 12

Diagnóstico 1

Monitoramento 2

Monitoramento 3

Monitoramento 4

Monitoramento 5

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fflC ('YnS"riA PROJETO CAPI8ARIBE MELHOR

7.8.7 RESPONSÁVEIS INSTITUCIONAIS

A responsabilidade pela implantação do Programa é do Empreededor, URB-Recife, em colaboração com a CPRH.

Outras instituições deverão participar na produção de informações, diagnóstico e monitoramento das águas no

âmbito deste Programa, são elas: COMPESA e SANEAR.

7.8.8 CUSTOS

Estima-se um custo total de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) para a execução do monitoramento de

qualidades de água durante os 5 anos de implantação do Projeto.

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o o o - -o; &,XCkSUfitYç PRCOJETO CAPIEARIBE MELHOR

7.9 PROGRAMA DE ESTUDOS E PESQUISAS COM VISTAS À DEFINIÇÃO DE ALTERNATIVASDE RECUPERAÇÃO DO AÇUDE DE APIPUCOS

7.9.1 OBJETIVOS

Sugere-se o acompanhamento da qualidade da água do Açude de Apipucos através de um Programa de estudos epesquisas com vistas à definição de altemativas de recuperação do Açude, a ser executado nos dois primeiros anosde desenvolvimento do Projeto Capibaribe Melhor, compreendendo estudos limnológicos, batimétricos, hidrológicos,hidráulicos (medições de vazão dos tributários), bem como a determinação de: (i) carga orgânica afluente eexistente no Açude; (ii) área de contribuição; (iii) interceptação de todos os tributários que afluem ao Açude. OPrograma, em questão, irá promover um melhor entendimento da dinâmica interna do ecossistema lacustre esubsidiar a elaboração de nova modelagem da qualidade da água deste Açude e a adoção de medidas derecuperação e manejo.

7.9.2 ESCOPO DO PLANO E METODOLOGIA DAS ATIVIDADES

7.9.2.1 Manutenção do AçudeAs atividades de manutenção principais referem-se à retirada periódica da vegetação que prolifera no meio aquático(baronesas) e de todos os detritos carreados pelos cursos d'água afluentes, de modo a manter sempre limpo oespelho d'água. Esta medida deve ser tomada periodicamente com freqüência a ser estabelecida pelos resultadosdo monitoramento a ser feito simultaneamente. Esta atividade se limitará apenas aos dois primeiros anos doempreendimento, considerando-se que a partir dessa fase as medidas de gestão propostas para o Parque a serconstruído incorporem providências para assegurar as condições ambientais do Açude.

7.9.2.2 Estudo LimnológicoO Estudo Limnologico do Açude de Apipucos contempla a pesquisa do conjunto das variáveis hidrológicos físicos,químicos e biológicos das águas do Açude. Através de programas de amostragem e análise da água e sedimentos eda integração dos resultados, pretende-se avaliar as interações espaciais do Açude de Apipucos e sua bacia dedrenagem.

A) Estudos Físico- Químicos e BacteriológicosOs pontos de coleta de material poderão ser os mesmos já determinados por ocasião do Projeto "Apipucos 2000:Uma Janela para o Capibaribe`. Portanto, sugere-se a adoção das 9 estações de amostragem listadas na Tabela7.3 que também apresenta os parâmetros que deverão ser analisados por ponto de coleta. Propõe-se umafreqüência bimestral na leitura das amostras, durante o primeiro ano.

Tabela 7.3: Pontos de Amostragem - parâmetros Físico-Químicos e Bacteriológicos

Ponto Localização Parâmetros a serem analisados

1 Próximo ao Vertedouro do Açude pH, temperatura, OD, DBO, DQO, Amônia, Nitrato, Nitrito,Fósforo Total, Fósforo Solúvel, Condutividade, SST, SSV,Óleos e graxas, Coliformes Fecais, transparência (Secchi),turbidez, clorofila a

2 Junção dos canais na vila São João DBO, Amônia, Nitrato, Fósforo Total, Fósforo Solúvel,3 Junção dos canais Macaxeira e Burity Coliformes Fecais

4 Queda d'água do canal córrego da areia

5 Meio da Lagoa do Banho pH, temperatura, OD, DBO, DQO, Amônia, Nitrato, Nitrito,Fósforo Total, Fósforo Solúvel, Condutividade, SST, SSV,Óleos e graxas, Coliformes Fecais, transparência (Secchi),turibidez, clorofila a

6 Canal do córrego do Jenipapo DBO, Amônia, Nitrato, Fósforo Total, Fósforo Solúvel,Coliformes Fecais

7 Norte da Célula 2 pH, temperatura, OD, DBO, DQO, Amônia, Nitrato, Nitrito,8 Sul da Célula 2 Fósforo Total, Fósforo Solúvel, Condutividade, SST, SSV,

9 Meio da Célula 1 Óleos e graxas, Coliformes Fecais, transparência (Secchi),turbidez, clorofila a

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fI-rGioW#x i PROJETO CAPIBARIBE MELHORMd r4. ,.d

B) Estudos Hidrobiológicos (fitoplâncton e do zooplâncton)

A análise hidrobiológica das águas do Açude Apipucos constitui na determinação das características do fitoplâncton

e do zooplâncton. Estas comunidades são excelentes indicadoras da qualidade do ambiente aquático, sendo que

sua análise permite inferir sobre o desenvolvimento das condições ambientais nas respectivas regiões de

amostragem. O grupo do plâncton é constituído por organismos sem movimentação própria, que vivem em

suspensão na água, podendo ser agrupados em fitoplâncton (algas, bactérias) e zooplâncton (protozoários,

rotíferos, crustáceos). A determinação hidrobiológica do fitoplâncton e do zooplâncton deverá ser feita de forma

quantitativa e qualitativa, com classificação taxonômica até o nível de espécie, quando possível. Para tanto devem

ser utilizadas as chaves de identificação disponíveis na literatura clássica especializada. A coleta será trimensal e

será realizada em quatro estações de amostragem (Tabela 7.4), na parte superficial do Açude. Estas referem-se aos

pontos 1, 7, 8 e 9 já adotados para as análises físico-químicas (Ver Tabela 7.3).

Tabela 7À4: Pontos de Amostragem - Fitoplâncton e Zooplancton

Ponto Freqüência Localização Parâmetros a seremanalisados

1 Próximo ao Vertedouro - Célula 1 Fitoplâncton e zooplancton

7 Norte da Célula 2 Fitoplâncton e zooplancton

8 Trimestral Sul da Célula 2 Fitoplâncton e zooplancton

9 Meio da Célula 1 Fitoplâncton e zooplancton

C) Estudos Sedimentológicos e Batimétricos

Considerando o sedimento como o compartimento que reflete todos os processos que ocorrem em um ecossistema

aquático, a sua composição também deve dar indicação do seu estado trófico. Prevê-se a elaboração de estudos

sedimentológicos e batimétrico para avaliar a composição do sedimento e a profundidade do Açude, bem como

identificar os mecanismos de reciclagem de nutrientes e as interferências dos assoreamentos em sua composição.

Para isto foram definidas 18 estações de amostragem ilustradas na Figura 7.3, com freqüência anual de coleta.

Estas estações são as mesmas das batimetrias já realizadas nos anos de 1988 e 2000.

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Figura 7.3: Pontos de Amostragem do Monitoramento Proposto de Sedimento e batimétrico

Para os estudos sedimentológicos serão considerados como parâmetros:

Granulometria (6 peneiras); Percentual de matéra orgânica e inorgânica; Nitrogênio Total; Fósforo Total;

PT(Platina); Cádmio (Cd); Chumbo (Pb); Cobre (Cu); Cromo (Cr); Ferro (Fe); Manganês (Mn); NI (Níquel); Zinco

(Zn).

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PROJETO, CAPIBARIBE MELHOR

7.9.2.3 Estudos Hidrológicos e Hidráulicos

Um ponto de fundamental importância dentro do plano de monitoramento é a determinação das vazões nostributários do Açude de Apipucos. Sabe-se que a carga de determinado composto solúvel, como é o caso do fósforoé obtida pelo produto da respectiva concentração com a vazão do corpo d'água que o transporta. A relação dedependência entre concentrações e vazão é extremamente variável: às vezes as duas são diretamenteproporcionais (casos de bacias hidrográficas com elevado percentual de cobertura vegetal), em outras situações sãoinversamente proporcionais (casos de rios que recebem fontes pontuais) e muitas vezes não guardam nenhumacorrelação que possa ser expressa matematicamente. Recomenda-se, portanto, que seja feita uma determinação devazão por ocasião de cada coleta. Adicionalmente, devem ser feitas medições de vazão para situações de intensaprecipitação pluviométrica, quando a carga de nutrientes aportada é especialmente significativa. Nestas ocasiõesdeverá ser amostrado o parâmetro fósforo total, que, como referido anteriormente, constitui-se no nutriente limitantepara o Açude de Apipucos. Objetiva-se, portanto, uma amostragem ponderada para a determinação das vazõesafluentes, intensificando-se a sua realização em período chuvoso.

7.9.2.4 Avaliação da Carga de Nutrientes e elaboração de nova modelagem do estado deeutrofização do Açude

A nova modelagem do estado de eutrofização do Açude será elaborada utilizando os resultados obtidos nomonitoramento. Poderá ser feita utilizando o modelo CEPIS, detalhado neste relatório ou por meio de outro similar.

7.9.3 PRODUTOS

Ao final do primeiro ano serão obtidos dados para o diagnóstico mais seguro dos problemas ambientais do Açude,relacionados o aporte de detritos, qualidade de água, eutrofização e assoreamento. Para o monitoramento do anosubseqüente será produzida a análise do diagnóstico com o fim de se obter uma seleção de parâmetros para cadaponto monitorado. A produção do diagnóstico e dos dados da sistemática do monitoramento integrará e fomeceráinformações para as respectivas ações das diversas instituições envolvidas com a temática.

7.9.4 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

CRONOGRAMAAÇAO MESES

| 1 2 | 3 | 4 5 6 6 7_ 8 _ 9 | 10 11 1 2Limpeza

Monitoramento 1

Diagnóstico 1

Monitoramento 2 Freqüência a ser estabelecida após resultados do Diagnóstico do 1 Q monitoramento

7.9.5 CUSTOS

Estima-se um custo total de R$ 500.000,00 para a execução do Programa, sendo R$ 84.755,43 para monitoramentode qualidades de água durante o primeiro ano.

7.9.6 RESPONSÁVEIS INSTITUCIONAIS

A responsabilidade pela implantação do Programa é do Empreendedor, URB-Recife, em colaboração com aSANEAR e com a COMPESA.

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j 4 C = |fi Y9 PFQRJETO CAPIRIBE MELHOR

7.10 PLANO AMBIENTAL DAS CONSTRUÇÃO -PAC

7.10.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVAS

A formulação do Plano Ambiental das Construção do Projeto Capibaribe Melhor representa uma parte da expressão

da política ambiental do empreendedor, estabelecendo princípios que deverão ser seguidos pela empresa

construtora, obrigando-a ao exercício de métodos construtivos compatíveis com a menor agressão possível ao meio

ambiente e à melhoria da qualidade de vida de seus empregados e das comunidades envolvidas.

As exigências ambientais impostas pela legislação requerem do empreendedor um acompanhamento intensivo das

obras, visando cumprir as condicionantes da Licença de Instalação (LI), a implantação efetiva dos Programas

Ambientais propostos no presente Plano de Gestão Ambiental e, principalmente, tomar medidas, de forma prévia ou

imediata para as que requeiram ações urgentes, corrigindo eventuais imprevistos que surgirem no decorrer das

obras, visando evitar, ao máximo, embargos pelas autoridades ambientais competentes. Dessa forma, justifica-se o

cuidado de se contar com o Plano Ambiental para Construção, para que o Projeto Capibaribe Melhor seja

implantado com base nas melhores práticas ambientais.

Portanto, na etapa de implantação do Projeto, torna-se necessária a criação de um Sistema de Gestão Ambiental

(discutido no item 7.1) que permita garantir a eficaz aplicação das medidas de reabilitação e proteção ambiental

preconizadas na presente avaliação ambiental, assim como a implementação e o acompanhamento dos programas

ambientais não vinculados diretamente às obras sejam efetivamente realizados, integrando, com isso, os diferentes

agentes internos e externos, as empresas contratadas, as consultoras e as instituições públicas e privadas,

assegurando ao empreendedor a não-transgressão das normas e da legislação ambientais pertinentes.

A Avaliação Ambiental empreendida demonstrou que grande parcela dos impactos negativos do Projeto Capibaribe

Melhor são, de duração restrita à etapa de implantação das obras, podendo ser minimizados se as diretrizes e

orientações constantes deste PAC forem observadas por todos os envolvidos. É de responsabilidade da(s)

empreiteira(s) a elaboração dos procedimentos construtivos das obras, que devem ter por base o disposto neste

PAC.

O PAC é peça fundamental para que o empreendedor inicie a operação de seu empreendimento com todos os

aspectos ambientais identificados e controlados; portanto, sem passivo ambiental. O PAC deverá constar dos

Termos de referência e Editais para contratação das obras.

7.10.2 OBJETIVOS

O PAC tem por objetivo apresentar as diretrizes e orientações a serem seguidas, pelo empreendedor e seus

contratados, durante a etapa de implantação das obras que compõem o Projeto Capibaribe Melhor, apresentando

os cuidados a serem tomados, com vistas à preservação da qualidade ambiental dos meios físico e biótico das

áreas que irão sofrer intervenção antrópica e à minimização dos impactos sobre as populações diretamente

afetadas e os trabalhadores. Essas diretrizes e orientações, na forma de procedimentos, deverão fazer parte da

documentação de licitação do projeto, pelos proponentes, nas suas propostas para execução das obras, como

também os custos decorrentes da implementação de tais procedimentos, inclusive aqueles referentes à sua

estrutura de gerenciamento ambiental que deverá, no mínimo, contemplar, ao longo de todo o período de

construção, um Coordenador Ambiental, profissional de nível superior.

7.10.3 PÚBLICO-ALVO

O empreendedor, empresas contratadas para a implantação do Projeto Capibaribe Melhor, bem como os

trabalhadores da obra.

7.10.4 DIRETRIZES PARA O PAC

A maioria dos impactos promovidos pela implantação da infra-estrutura no âmbito do Projeto Capibaribe Melhor é

inerente à fase de obras. Esses impactos podem ser manejados com critérios e métodos adequados de construção.

A Prefeitura do Recife incluirá nos editais de obras a obrigatoriedade de execução de diretrizes e procedimentos

construtivos ambientalmente adequados, constantes do PAC, minorando sensivelmente os transtornos acima

citados. O PAC contemplará diretrizes e procedimentos referentes aos seguintes itens:

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PROJETO CAPIEARIBE MELHOR

1. Gerenciamento Ambiental - UGP

2. Supervisão Ambiental de Obras

3. Equipe Ambiental das Construtoras

4. Requerimentos Ambientais para Contratação de Empresas

5. Planejamento Ambiental de Obras

6. Implantação e gerenciamento das Obras

- Canteiro de Obras

- Planos de Gerenciamento de Riscos e Ações de Emergência na Construção

- Educação ambiental dos trabalhadores e Código de conduta na Obra

- Saúde e segurança nas Obras

- Gerenciamento e disposição de resíduos

- Controle de ruído

- Controle de emissão de material particulado

- Pátio de equipamentos

- Interferências com infra-estrutura de serviços

- Controle de Trânsito

- Estradas de Serviços

7. Atividades Construtivas

- Obras especiais

- Obras comuns

8. Plano de Controle e Recuperação das Áreas de empréstimo e Bota-foras

7.10.5 CRONOGRAMA

Este plano deverá ser implementado durante todo o período de implantação das obras do Projeto CapibarbeMelhor.

7.10.6 RESPONSÁVEL(IS) PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

A execução dos trabalhos ficará a cargo das empresas contratadas responsáveis pela implementação das obras,sob fiscalização direta do empreendedor.

7.10.7 CUSTOS

Os recursos necessários para implementação das medidas previstas neste PAC deverão estar incluídos nos custosdas obras e, conseqüentemente, o PAC deverá fazer parte das especificações técnicas das obras, bem como dosseus documentos de licitação.

7.10.8 DETALHAMENTO DO PAC

O Plano Ambiental das Construção (PAC) foi baseado em manuais elaborados pelo Eng2 Alexandre Fortes paraprojetos similares junto às prefeituras de Betim, Belo Horizonte e Uberaba, em Minas Gerais. Este PAC encontra-sedetalhado no Anexo 6.

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f^ cflsuItY?g PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

8 CONSULTA PÚBLICA

Durante a etapa de preparação do Projeto foram realizadas diversas modalidades de consulta pública sobre o

Projeto Capibaribe Melhor durante reuniões no CPRH, Ministério Público e Fóruns micro-regionais do Orçamento

Participativo.

Além das consultas realizadas ao longo da preparação, foi realizada uma consulta pública especificamente para a

apresentação do RAA do Programa. Essa consulta foi realizada em 09 de janeiro de 2006, às 14 horas, no

Auditório Capiba - Prefeitura do Recife e contou com a presença de diversas entidades representativas do poder

público e da sociedade civil.

A divulgação do Relatório de Avaliação Ambiental foi realizada por dois meios:

* "site" da Prefeitura do Recife com aviso da Consulta pública a ser realizada e com cópia ("download") do

Sumário Executivo;

* Correspondências aos organismos, entidades públicas e privadas e ONGs integrantes dos Conselhos

Municipais de Desenvolvimento Urbano e de Meio Ambiente com cópia do Sumário Executivo.

Nos dois meios foi informado que o RAA se encontrava à disposição dos interessados na URB - Empresa de

Urbanização da Prefeitura.

8.1.1 PARTICIPAÇÃO

A consulta contou com a participação de 121 pessoas de diversos organismos governamentais e entidades

representativas da sociedade, entre as quais, além das municipais, citam-se: OAB - PE; Ministério Público, CREA;

IPAD; CODECIR; CPRH; IBAMA - PE. Entre as ONGs presentes citam-se: ASPÀN; ECOS; Movimento

Recapibaribe; Centro Vivo Recife; UNIECO, além de entidades representativas de moradores de algumas áreas a

serem afetadas. A relação completa dos convidados e dos participantes deverá constar do RAA.

8.1.2 APRESENTAÇÃO

A apresentação dos estudos elaborados dividiu-se em duas partes: (i) inicialmente a coordenadora técnica do

Projeto - Evelyne Labanca apresentou a concepção geral do Projeto e o detalhamento dos componentes e sub-

componentes; (ii) posteriormente, o Eng° Mauro Buarque- Diretor de Meio Ambiente da Secretaria de Planejamento

apresentou uma síntese do Relatório de Avaliação Ambiental.

Ao final, foi apresentada uma versão preliminar de "vídeo" de comunicação do Projeto.

A apresentação, bem detalhada, durou cerca de 2 horas.

8.1.3 DEBATES

Os debates foram intensos e com bastante participação do público presente e, na sua maioria, as intervenções

elogiaram a concepção geral do Projeto e buscaram esclarecer dúvidas e colocar críticas sobre alguns aspectos

específicos de sua concepção. Os principais pontos abordados foram os seguintes:

Áreas de Preservação Permanente - APPs - Foi uma das principais preocupações tanto sob o aspecto da sua

recuperação (se o projeto prevê a sua recomposição nas áreas de atuação) quanto no nível de ocupação e de

interferência que o projeto promoverá.

A Prefeitura apresentou os esclarecimentos necessários demonstrando que as interferências nas APPs serão de

forma bastante diferenciadas: (i) retirada de ocupações sub-normais (incluindo palafitas) hoje existentes nessas

áreas com recuperação urbanística-paisagística evitando a sua re-ocupação; (ii) ampliação dos Parques existentes

- Caiara e Santana e implantação do Parque Apipucos incorporando e dando um uso público a trechos de APPs

garantindo a sua preservação; (iii) implantação de ciclovia em trechos das APPs com recuperação da vegetação

nessas áreas; (iv) implantação de infra-estrutura viária e do sistema de esgotamento sanitário como interceptores e

a Estação de Tratamento de Esgotos - ETES.

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o o o o

j &C~Ys xj PROJETO CAPIBRIBE MELHOR

Duas ONGs - ASPAM e ECOS, em documento conjunto apresentado durante a consulta, se posicionaram contraqualquer interferência nessas áreas incluindo a implantação da ETE. Outra ONG - Movimento Recapibaribe seposicionou imediatamente contra os argumentos apresentados pela ASPAM e ECOS defendendo as ações doProjeto especialmente a implantação do sistema de esgotamento sanitário - incluindo a ETE Cordeiro.

A Prefeitura esclareceu que a concepção do Projeto considerou 2 aspectos fundamentais; (i) as restrições epossibilidades da legislação ambiental sobre o assunto; (ii) os estudos e planejamentos já realizados no âmbitoestadual. É o caso da ETE Cordeiro cujo planejamento consta de estudos básicos elaborados no âmbito do PQA(BIRD) e Plano Diretor de Esgotos Sanitários da Região Metropolitana de Recife elaborado pela JICA.

Dos questionamentos promovidos, ficou claro que o RAA e o sumário executivo não são muito claros sobre essasinterferências do Projeto sobre as APPs, devendo esclarecer melhor essa questão e se posicionar com relação aosargumentos apresentados.

Parques e Áreas Verdes - As dúvidas e questionamentos referiram-se a duas questões relacionadas entre si: (i)manutenção e operação; (ii) falta de segurança para o seu uso. Na la questão citouse o estado atual dos parques,a sua ociosidade e a ausência de compromisso da Prefeitura na sua manutenção. Na 2a questão houvequestionamentos sobre a atual "insegurança" no uso desses parques pela população, em especial do Caiara.

A Prefeitura comentou que o Projeto visa exatamente ampliar o uso dos parques, que será elaborado um plano degestão para os parques e que a sua manutenção será prevista adequadamente no planejamento da cidade.

Recuperação do rio Capibaribe - Alguns participantes enfocaram que o Projeto não traz uma efetiva recuperaçãodo rio como seu nome sugere.

A Prefeitura comentou que o Projeto implementará ações estruturantes na Bacia do Rio Capibaribe, ações essasfundamentais para a futura recuperação do rio. Comentou também que as ações do Projeto Capibaribe iniciam oprocesso de discussão na Região metropolitana de Recife sobre a recuperação do rio, uma vez que o rio atravessaáreas de outros municípios e já chega deteriorado ao município do Recife.

Avaliação ambiental genérica - Houve questionamentos sobre essa afirmação contida no sumário executivo. Defato, tanto no sumáro executivo como no RAA constam essa afirmação. No sumário, à página 9: `salienta-se que aprevisão de impactos é genérica, em função da condição também genérica da proposição de intervenções, uma vezque nenhuma das intervenções propostas no Projeto Capibaribe Melhor encontra-se detalhada a nível de ProjetoBásico".

A Prefeitura esclareceu que a expressão genérica foi utilizada no sentido de mostrar que, em um segundo momento,quando todos os projetos básicos estiverem concluídos, a avaliação poderá ser complementada com novasinformações. No entanto, salientou que a avaliação ambiental foi extremamente criteriosa, independente do nível dedetalhamento das proposições e reconheceu que a afirmação e o termo utilizado são inadequados e inconsistentese que proporcionaram uma "confusão" sobre a profundidade e propriedade da avaliação empreendida Essa falha foicorrigida tanto no RAA como no Sumário Executivo.

Impactos não mensurados - NO RAA e sumário executivo constam a previsão de impactos relacionados àdesapropriação de imóveis para implantação da infra-estrutura onde são citados que não foram mensurados.

A Prefeitura esclareceu que ainda não foi realizado o Plano de Reassentamento e Desapropriação Involuntária(PDRI ) do Projeto e por isso os impactos não foram mensurados. No entanto reconheceu que, independentementedo PDRI, essa mensuração pode ser feita ainda nesse momento, contando com a experiência dos técnicosenvolvidos. A mesma foi efetuada e já se encontra incorporada ao RAA.

Divulgação insuficiente - As ONGs ASPAM e ECOS, no documento lido e apresentado na consulta, comentam: (i)não terem sido informados a tempo sobre a consulta e sobre os documentos elaborados; (ii) sobre a épocainadequada de realização da divulgação consulta: "no mês de dezembro ser um mês com diversos feriados e que omês de janeiro é conhecido como o mês de férias da maioria das pessoas..."

A Prefeitura esclareceu que os convites às citadas ONGs tiveram dificuldades de entrega tendo em vista que seencontravam "fechadas" no período. No entanto, lembrou que todos os demais participantes dos conselhosreceberam os convites e não ocorreram reclamações a respeito. Adicionalmente, tanto a consulta quanto o SumárioExecutivo foram divulgados no "site" da Prefeitura, fato que o próprio docunmento reconhece.

99

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j£CorIAsuIt7 9 PRQETO CAPBARIBE MELHOR

8.1.4 OBSERVAÇÕES GERAIS

O RRA e o Sumário Executivo foram revistos de modo a esclarecer as principais dúvidas e questionamentos

surgidos na consulta realizada.

Os documentos de registro da divulgação, apresentação e participação estão apresentados no Anexo 13 -

Documentos da Consulta Pública do RAA, da seguinte forma:

* Parte A - Convite Enviado;

* Parte B - Lista dos Convidados;

* Parte C - Divulgação no Site;

* Parte D - Lista de Presença;

* Parte E - "Análise Preliminar do Documento "Sumário Executivo do projeto Capibaribe Melhor - Avaliação

Ambiental - Dezembro de 2005"", elaborado pelas ONGs: ASPAN - Associação Pemambucana de Defesa

da Natureza e ECOS - Associação Ecológica de Cooperação Social;

* Parte F - Fotos.

100

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o o o o~ !Ir s PROJETO CAPI"ARIBE MELHOR

9 CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO DO PROJETO

101

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

Cronograma Físico-Financeiro

GERAL

Conversão de Moeda: US$ 1,00 - RE 3,00

RESUMO POR FONTE DE 1RESUMO POR FONTE DE AN U$ AO (S)AN [1 1 N v(S) N U$1 Atividade CUSTOTOTAL CUSTOTOTAL RECURSO (USO) RECURSO (%) A (US) ANO i(USS) ANO i (USS) ANOIV (USS) ANO V (USS)

(R$) (USS)________ ___ _

jjjj PR BIRD PR | BIRD PR | BIRD PR R BIRD PR | GIRD PR [ BIRD PR | BIRD

I MACRO COMPONENTE 1 - URBANIZAÇÃO INTEGRADA DO TERRIT RIO

1.1 Parques a Áreas Verdes 12.244.996,00 4.081.665,33 2.614.998,67 1.466.666,67 64,07% 35,93% 2.414.998,67 303.333,33 200.000,00 1.163.333,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1.2 Micro Sliemade Águae Esgoto 65.955.266,97 21.985.088,99 6.215.685,96 15.769.40,03 28,27% 71,73%O 3.769.980,29 614.414,00 512.795,50 3.056.058,37 1.101.017,71 6.736.036,94 679.626,90 4.283.776,78 152.265.56 1.079.117,04

1.3 Recuperio do Macro Sistema de Drenagem 1 3.939.830.00 4.646.610,00 953.145,00 3.693.465,00 20,51% 79,49%/ T 100.945,00 0,00 441.750,00 1.279.250,00 211.950,00 1.240.705,00 103.150,00 608.585,00 95.750,00 564.925,00

4 AÁ.nl,e0aodaAceaôo. OaeeM oo,I,d ei n ..... Urb Dr:21, t 1 .. : : . .V.. aD9'., , - 1é 61.'- 4:E' . 2. ..- d .D -, 2.4 Cí i9 'j 1ld- : r

- TOTALj 124242 41A14106 14.215.747 27.11nJ19 3i 8.95 .515 1.096.247 10.041 Sbt7.451 1 .93Ab1 9 7.201 1 i. 196.91 221.195 2 99l6m5

2 MACRO COMPONENTE 11 - DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONóMICO DO TEERITóRIO

2.1 DesenvolvimentodaEducaçãoAmbientaeeS nitária 1.590.000,00 530.000,00 43.900,00 486.500,00 8,21% 91.79YO% 2.550.00 222.450,00 2.550,00| 22.450,00 24.079,001 144.425,00 11.775,001 74.725,00 2.550,00 22.450,00

2.2 ApoioàPromoção deTrabalhoeRenda 2.350.000.00 763.333,33 117.900,00 665.633,33 15,00% 85,00% 0,00 0.00 0,00 0,00 0o00 0,00 60.500.00 342.833,33 57.000,00 323.000,00

2.3 DesenvolvimentoOdasPolencfalidadesEsportnvase 800.000,00 266.666,67 40.000,00 226.666,67 15,00%/ 85,00% 0.00 0,00 10.800,00 56.666.67 1000000 5666667 10.000,00 56.666,67 10.000,00 56.666,67

2.4 Promoão de Operações Urbanas | 5 oo00 5000000 75000 49.250,0 150% f 98.Y 00 oc °o °0 000 000 300,00 28.700, 450, 20.50,001

2.5 ParteipaçãoPopulareControleSocial 1.600.000,00 600.000.00 90.000,00 510.000,00 1t5,00%. 85,00% 24.00000 136.000,00 16.000,00 90.666,67 16.000,00 90.686,67 16.000,00 90.666,6718.000,00 102.000,001

= ,,,__ ,_______________________________ 9.0T0.0E| 2.2230D00O 291.7Ll91 *92 13Jif | 8& J 2E1.501 3.4so 211.f0I I9i9i1.711il 91.5 291 75 1135 5192|2 99.000x 24.7

3 MACRO COMPONENTE 111 - DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

n31 cProgrmadoMei riadaGestãoFiscal/FInanceirado 1.500.000.00 500.000.0| 75000,00 429.000,00 15,00%/ | 85,00%1 30.000,00 170.000.00 45.000,00 255.000,00 0,00 0,00 0,00 0.00 0,00 0,00

3.2 Gestão Amblenlal Munipal 990.000,00 330.000.00 49.500,00 260.50,00 15,00% 85,00%/ 1-500,00 8.500,00 18.025,00 102.141,67 19.525.00 110.641,67 7.079,00 40.091,67 3.375,00 19.125,00

3.3 Gestão, Monitoramento a Avaliação do Projeto 6.977.800,00 2.325.933,33 0,00 2.325.933,33 0,00% 100,00Y% 0,00 910.600,00 0,00 483.000,00 0,00 399.666,67 0,00 316.333,33 0,00 216.333,33

TOTAL 9.4 7.990 3.19 2 - 124 2. 3121.433 3 31.500,0ii| 129 t 9C2. l 40).142 19.525 510208| 775 336.425| 2.75 23&4586

TOTAL GERAL 140.400, 4.800 14532. 3217003| 31% 1 6- 9033.0 2.543.7971 2.042 76 99474279b 1.7730911 19.9.327 1.442.1561 913i.731 4121.7 2549795

PERCENA AL POR FONTE DE RECURSO . I 31"- 69% . . l 61 *.91 | 1395% 2180% 1164% 3123 | 988% 2840% 26% | 86% |

TOTAL ANUAL - *57 7 63 6 8969iS 12_S2416 1 o059846: 3TM i2e365PERCENTUAL ANUAL .I 24% 19214 , 26,4| 226&3. | 97..

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

Cronogramna Físico-Financeiro

GERAL

C00----40 d. M4.0d8: US$ 1.00 - DE 3,00

k~ ~~ ~~ ~ ~~~~~~~RES-O-O FOJ ERSM O TE DE AW (09 ANiO e(UE ANO 01 (000) AlIO IV <1389) AOEIJ

6*4.4. CUSTO TOTAL ~~~~~~ ~~CUSTO OA RECUIFO (LUS1) RECURSOr ()%)AOv U(R$) I 1~" IO R j fR R ORO FI Rm ~ 8)

1 PARQUES E AREAS VERDESEi1 Plj óo~640. 0.00 0,00 0,00 0,00 - 0.00 0,00 0,00 00 ,0 00 , 00 ,0 00

1.2 EE8 .0. ~ 10. F1.o.o.çi 375.00.0 125,3000,00 75000.00 0.0,0 E,0 00% 7.0.0 2.0,0 00 00.0,00 0,0 0.00 00 0,00 0,00 0.001.3D...plop.8010 0.00 00 000 ~~~~~~ ~ ~~~~ ~~~~ ~~~~~~~~~0,000 600% 4,0. 7.0,00 000p 000 3000, 000 000 000 000 0,00 000

.4Aq.AIçA d. TnsoRgkoço odX -00 0,0 00000 0x 000 000 000 000 000 O0 0.00 000 000 0001.4 ---9~~F..iâi.p- 000 0m 1 ____ - II0

1.0 C- ~ 8OId. Mon.I. 0,0 00 00 ,000 00 0 000 000 0,00 0,00 0,00 000

0,0 0,0 00 . - 0.0000 0,00 0,0 0,00 0.00 0,00 0,00O, 0,00 0,00

2,4 8 .o.oooFndloPl ,0.400000 3 2.42280,30 2.43.000.07 0,01,0 00% 24180.0 0.0 000 00 0,0 000 0.0 ,00 0,00 0,002,9 C88l88n.ÇAO de MOI.d18810.707.000,00 3.009.200,00 38.380,00 3.050.800.00 10.0% 00.00% 107.070500 010.104002 430.724,000 2.440.004.00 ,00 0.000 0,00 0,00 0,00 0,0

2,7 P.1f.-.8950 .. ÁU 37124,00,0 12.40.0,0 09800 2. 04.0000 10.00 80.00% 02.00,2 0,00 0.00 0.00 10,90 1.4 ,2,0 140,012720.0 0,00 00

2.2 098e, "« .E.. 48.çA.d. l IgçUsCno. 30.807.970,6 00.90001 7200. I 4 ,2100 10,00%. 80,00% 0,0 40,0 107,0 1.2,0 185,0 1.0,0 10500 1.2.0 1100 0.3500

2,4 ~ ~ dgb T-1 . R.Cn .40 o.n.çi FI. ET p011 100.0 0,00 333,3 0.000 0,2833.3 150% 8,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.000 13,33 30,00. 170o0

2,8 .l4...8.00. 7SITFDS100^ 50000 2 0.42000,00 7242.00,00 4204,00 15,00 80,0% 0.00, 0,00 0,00 0.00 0,00 0,00 0,00 0,00 750,00 42000

:.oC-o d .-i 10.767.", 21 E2, 58.13(X 3.5080,0iW w *5,00l 10767W 0 61014.00 40171. 2._40___, DWU - . ,0 00 i_____________ESGOTO __32__ 523_ 033___ 1___1_o__1 ____ e UD 1 1*1

2,1 P8o)o8o.EA.Iooo 001.035.00~~~~~~72 ~ 200.54,0 10.54,00 2.9.0.00 10000 05.00% 1 00.400 0.00 0,00 0,00 1400,00 1.420,00 0.00~ 0,00 0,00 0,00

2.a P 88). d. .00c0o dI.c.2ço2010 0.00500.0,0 42.05,00 05,00 10,00% 0.0. 0,00 0.00 10.500) 0.7500 39.000,00 17.0,00 4.0.3 ,0 3.417

3,2 ED...poRpLo9.IS 0,00 03: ,00 - 07.00WW 4250,00 15, . 000 ,0 0,00 0.00 0, 0, 0,00 0.f) 11=,00 300,00 0.A

3,4 A.p4.Ilod.To.s.Rg.4.dd.FodIál.p... 40.000.00 20000 2000 00 L . 1000% ,0% 00 0,00 2.000 000 0,00 000 000- 0,00 7.0000 0001

T_____ 700200.70 _ _ 1 ___ li ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~7.7% L= &J ii_49az-mES Co0n.A 4. U810.55.0,0 000f~00 207 75400 21200 50% 8,0,0 0 ,00 054 , 00 30.000 27,50 4 000 230000 0.00 000 00 0,00

3,0 ~ E. .11.8908 7257.000,00 24080000 40000 200.10, 1,00% 80w,00% 0,00 0,00 000 00000 0 0 40000 0000 504.000 0070 52.42 1,63

4,9 1

Pn8)oR8.RA.looo _______~~~~~~~~.00,0 203.40,20 8402 .0 100%0.00 21,203.410 ~ ,25 0.00 01.ON00 0,00 0, 0,00 0,0 0,0 000 00

3.2 C- ~ .R . m00018 5 I01*-W94.750 0285W030,3 267.970,00 21.00.0,18 14,20 8,0 2770,29 00 8009 00 , 0207 0,00 152, 0,00 30.040,4

4.6 I0f 08oi 5.09.00,00 1.459.33.31003,3 . 0,0 000% £90.33 22S 000 000 1.71 000 4 Of .0,00. 0.0 0,00 0,0 0,004,4 AqohIçAo 4. T.ooo. R.gol.do.çAo FodIldo ~ 407500,00 20.000,001 236.000.0 2M10,00 100,00%/ 05,00% 202000 oo 000 000 000 000 0,0,00 00 0.0 0,00 0,00

4I,0 B00900

~.M00*. 20 ,70,0 70.410-2.0 1M10.125. 097,0 10% 80,00% 23.4100,2 0000 74 00 4 0,050 9 E,00 5200. 0,00 00 .0 00

4.20 ~ Ed. . -~.. T98o 30,24.8978 740.032 22,159 3 4.02712 518114 285% 1,5 40 4 00 94,2 00 3 3,5 023.3 0.7,7 31770,90 72.17,7 44419

L20740 GU5.0 1 004,00,2E 11414,007 .421 ff 27,3 178010 *-,W 1 , 1 ~gi3tíal 089 047 100041 0.8401 12548 RJIJR1 1* 001 E 11917 02

.lI00 m.oA~ MPORPRT- O ECRS9 O . p34~0 22500 20.0,000%. 013 7. *% I 22% 08 2'%8

7034141.0040 1~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~O i,w. 0W1. 2 .0.10,() 92 , 7d4 , 1630 210 0 0039148 , 04100989

&5 C- ~ d. il-fi- 2AZ500,00 78.5MA0 118125,00 66975,00 15.0% &5,W% 3. I ,00 17.S^7o %7237U5. ~127

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Cronogomam Físk»iconnnceiro

GERAL

dov,4 . Mo.4do OS> 1,00. R$ 3,00

REUOPRPRODE RESIUMO=OR FOR SE ~ <S> uoR(S> 88 e~s> 84, UO Oo 08

AOoI4.d. TOTAL CUSTO TOTAL RECURSO (000) RECURSO <%)~~~~~AO 10^H Ns) mm~ AO i AO v(L

TH. PR~P RRO 1 GIRO PR EIO E IDO PR GIRO P.4NID PR UR

1 DSNOVMNODAEDCÇOA

P. .0 -1.E . ~àp 00 00m 166 00.67 0.006 f.7 0,0 oow m16.u6

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1. I l1 H & 0~ d.Á-d 1200.0 0000.00 0,00 0l0000.00 0.00% 100.00% 0,00 8.000,00 0,00 8000o,00 0,00 8 J0000.0 0.0 8 000.00 0.00a 800,00

1.5 J0100Alt~dÓ4 . E~o1A30.~O. S.oOi4 0000,0 000000 -2750.00 725,0 00% 05,00% 20050,00 14 450,00 2000.00 14 400.001 20500.00 14400,0 2000,00 1 4450,00) 20001400

2 APOIO À PROMOÇAO DO TARABLRO O RONDA

2. .. 64..001 ~0 PAI1000000.00 533 333,33 00000,00 453333,33 105,00% 80.00% 0,00 0.00 00 .0 00 .0 80.0220,0 30,011333

0oe114864o4.oAlIúd.otd.Tlag.., 4.R.Ó.o54114o. 0000000 00 66600 25000 141.886.7 15.00% 65.00 0.00 0.0 00 00 00 0 000 00 25000.0 11 888

rODSENVOLVIMENTO DAS POOeNCIALIDADES ESPORTIVAS E CULTURAIS_____5.1 Sm Im' ""a 1868.71 17 500,01 00100,071 10,0% 008,00% 0,00 0.01 4 375.001 241071671 4375,001 24791,671 4375,501 24 791.671 4.375001 24701671

3.2 .RN ,O.04.408.d.N_o.N6. 00L0,0 > ,00 00oo 250,0 127 W>.0 15.00 00.00 0.0 0,00 5 62500 31 87500X 5 625,00 31.875,00 5.625,00 31.8750,00 06250U0 31 87,000E ~ J04.R~1O. IPOO0R0Io.____ ~j ____

4 PROMO AO DE OPEOA ÓES UROANAS ____ ____ ___

451 I.1660...415.oT.~ AloolOoAP-n 13500000 45000000 0,00 40000.00 0,00% 100.-0 0,0 00 0 0 0 .0 .02000 0 000

42 15000.001 1 ,1 7.1 1 _1150%W W

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s PARTICIPA AO POPULAR E CONTROLE SOCIAL ____ ____

4.1 E911060 408440.. o4464084 16000000 533333.3 800000.0 453333.3 15.00% 85,00% 24000,0 1360000.00 10.00000 00068,67 16000),00 90080,87 16 000,00 00 806,67 8000.00 40 333

4,2 ~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~200000,O 80667 10000.00 5 0088,87 15,00% 80,00% 0,00 0 ,00 0 ,00 00 00 0 000 00 0000 0066667

TOTAL _ _ _ i _ _ í _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ o _ia m

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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

Cronograma Físico-Financeiro

GERAL

Conversão de Moeda: US$ 1,00 - R$ 3,00

RESUMO POR FONTE DE TRESUMO POR FONTE DE [ N 1LS)AN 1(S)AO M(S) AOIV(I$ N w AtMdMW CUSTO TOTAL ~~CUSTO TOTAL RECURSO (US$) 1 RECURSO (>AO1U$) j NOI(S>AO US>NOV(S>AN <UsS:]AtIvIdade J (RO> (USO> ~~~ ~~~~~~ ~ ~ ~ ~~~~~~R PRIO Bjjj IRD~j PR BIRO 1 PR GIRO P IO P IO ] P

1 P'ROGRAMA DE MELHORIA DA GESTAO FISCAL / FINANCEIRA DO MUNIC PIO 5000 50% 80% 3000 17.. I 0 j 0

do j~~~~~~~~~~~~~~~TOA [DO 500.00000 425.W060.00 %1 . -11LN I~1 4506000 255X0600 000 -000jelj

2.1 ERotuloaçlo * IoosI.çã do Sub.Coro,11 do borl do d. 150.000.00 50.000,00 7.500,00 42.500,00 15s,00%/ 85,00% 0,00 0.00 1.875,00 10.625,00 1.875.00 10.625,00 1.875,00 10.525,00 1.875,00 10.625,00Caplbdb. d. RMR

22Et ut oab . piao.Çoaão da PolIdo. M.nMp.l do EdudoÇào 150.000,00 55.000,00 7.500,00 42.500.00 15s,00% 85,00% 1.5000,00 8.500,00 1.500,00 8.500.00 1.500,00 8.500.00 1.500.00 8.500.00 1.500,00 8.500000

Ragolanrotod da. ZEPA. (po. D~.ot aspe~lr p-r -ode2,3 Z eroli.d.Z, Açod. do Apuoso, IpuIIoApIpo.... 60.600,00 20.000.00 3.000,00 17.060,00 15.00% 85.00% 0,00 0.00 0,00 0,00 1.500.00 8.500,00 1.000,60 8.500,00 0,00 0,00Parqu. doo Copírarno

Munlolp. &~çd do Usoarolnrotl AoblotI(.6 de L112.4 Mío,dopaí daflnlndo.goqln.oft~ondoíooolato 410.000,00 136.666,67 20.500,001 116.166,671 1 5,00% 85,00%/ 0,00 0,001 10.250,001 58.583,331 10.250,001 58.083,33 0,00 0,001 0,001 0,001ratbaloood sua T-o.)

3 GESIÃO MONrIORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJFIO31 O.,anc.a.aonroaOPrO ia ~~~~~~~~~~~~~~ ( r,1 .¼..r. '"t,tI r.).,

3,.,, ---Aa ,i. 6wo. L' J,,s,r 3<,,1 ...r ,S, 1 'irV. .Cj ,- 16S.6',2 AuOaoa,oEflorn, j,,I..C.I., r.1.,j,. 5331' JI,Irb,rr' 1*, *... IOtr,F .,,.,1A84.¼' ..... ir,--, Ioe.45'1 8úoé,k' ~ -'j 1 U,, F.1 16tÍ.l 634 Pia.-. . Co.--.aa .i sian. Erl~ .o pro o ttJ'', 1, < ,.41'*,, h ,>!1 , 3,>. *.' ,va, ,,a jMon.inro.rionio * o.. ,raoto .'t!,4'L'r -, . ~: , fI3 T-15< r.'ET ,iu0l . . ,,uI,,:, . mA..w. X.. u ... ..... , <,.) OCNo.j úor ,,, j' .** .

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PERCENTUA.ANAL 35%2562% 1 16.70% 1152% 7,57%

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Na M fC S PROJETO CAPIARIBE MELHOR

10 ANEXOS

10.1 ANEXO 1 - DETALHAMENTO DOS COMPONENTES DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

10.2 ANEXO 2 -CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS POBRES CONTEMPLADAS PELO PROJETO

CAPIBARIBE MELHOR

10.3 ANEXO 3 -RELATÓRIO TÉCNICO DAS INTERVENÇÕES PROPOSTAS PARA O SISTEMA

DE MACRO-DRENAGEM NO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

10.4 ANEXO 4 - CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO E DA FAUNA NA ÁREA DE

INFLUÊNCIA DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

10.5 ANEXO 5- DIAGNÓSTICO TÉCNICO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

(SES) CONTEMPLADOS PELO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

10.6 ANEXO 6- PLANO AMBIENTAL DAS CONSTRUÇÕES - PAC DO PROJETO CAPIBARIBE

MELHOR

10.7 ANEXO 7 - AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO EMITIDA PELA CPRH PARA O

ATERRO DE MURIBECA

10.8 ANEXO 8 - FORMULÁRIO DE CADASTRAMENTO DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR

PARA LICENCIAMENTO JUNTO À CPRH

10.9 ANEXO 9 - APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPIBARIBE MELHOR AO MINISTÉRIO

PUBLICO DE PERNAMBUCO

10.10ANEXO 10: MARCO CONCEITUAL DE REASSENTAMENTO

10.11 ANEXO 11: AVALIAÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO DO AÇUDE DE APIPUCOS

10.12ANEXO 12: ESTUDOS DE QUALIDADE DA ÁGUA -QUAL 2E- DO RIO CAPIBARIBE

DO RECIFE

10.13ANEXO 13: DOCUMENTOS REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA

102

Á

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