pac urbanizacao de favelas. mdasc. 2010

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PAC Urbanizacao de Favelas. Mdasc. 2010

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  • Brasil - 2010

  • Urbanizao de Favelas2

    Copyright 2010, Ministrio das Cidades / Secretaria Nacional de HabitaoImpresso no Brasil/Printed in Brazil

    Os conceitos e opinies emitidas em trabalhos assinadosso de inteira responsabilidade de seus autores.

    Permite-se a reproduo desta publicao, em parte ouno todo, sem alterao do contedo, desde que citada afonte e sem fins comerciais.

    www.cidades.gov.br

    Brasil. Ministrio das Cidades. Secretaria Nacional de Habitao

    Urbanizao de Favelas: a experincia do PAC Ministrio das Cida-des, Secretaria Nacional de Habitao. Braslia, 2010.

    88 p.

    1. Habitao - Brasil. 2. Poltica Habitacional Brasil. 3. Poltica Urbana

    Brasil. I. Ttulo.

    MANGUINHOSRIO DE JANEIRO/RJ

  • 3Urbanizao de Favelas

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    IVO:

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    Presidente da RepblicaLuiz Incio Lula da Silva

    Ministro de Estado das CidadesMarcio Fortes de Almeida

    Secretria Nacional de HabitaoIns Magalhes

    Diretora de Urbanizao de Assentamentos PrecriosMirna Quinder Belmino Chaves

    Diretora de Desenvolvimento Institucional e Cooperao TcnicaJnia Santa Rosa

    Diretora de Produo Habitacional em exerccioMarta Garske

    Crditos da Publicao

    Coordenao-GeralMirna Quinder Belmino Chaves e Alessandra dAvila Vieira

    Projeto GrficoKaco - Grfica & Editora

    Diagramao e Arte FinalRodrigo Souza

    Reviso editorialAlessandra dAvila Vieira, Andra dos Santos Moitinho, Anglia Amlia Soares Faddoul, Caio Manoel de Oliveira Fabiano, Cid Blanco Jnior, Jos de Arajo Silva, Consuelo Franco Marra, Gabriela Perei-ra Albuquerque, Maria do Carmo Avesani, Mirna Quinder Belmino Chaves, Rodrigo Dalvi Santana, Tatiane Leonel de Almeida Silvares e Yuri Holanda Cruz.

    FotosAs imagens das obras foram cedidas pelos executores - Prefeituras, Governos de Estado e DF

  • 5Urbanizao de Favelas

    DEPARTAMENTO DE URBANIZAO DE ASSENTAMEN-TOS PRECRIOS/ SNHDiretoraMirna Quinder Belmino ChavesGerentesAmbrosino de Serpa Coutinho, Antonio Pereira de Melo e Maria do Carmo Avesani.Equipe TcnicaAlessandra Davila Vieira, Alexandre de Sousa Fontenelle, Andr Peixoto San Martin, Andra dos Santos Moitinho, Andra Ramy Mansur, Anglia Amlia Soares Faddoul, An-tonio Rafael Leite da Silva, Antnio Vladimir Moura Lima, Caio Ccero Madrid Magalhes, Caio Manoel de Oliveira Fabiano, Claudia Lucia Soares de Oliveira, Consuelo Fran-co Marra, Elzira Marques Leo, Eugenio Figueiredo de Al-buquerque, Fabiano Meirelles Belm, Felix Roberto Perez Soares, Fernanda Scalzavara, Flavia Ribeiro Cavalcanti, Gabriela Pereira Albuquerque, Geraldo Garcia, Giordano Bruno Zani, Helio Alves da Paz, Hermann Duarte Caste-lo Branco Diniz, Joel Herbert Prado Tapia, Jos de Arajo Silva, Ktia de Oliveira, Li Chong Lee Bacelar de Castro, Limber Ocampo, Marcio Batista Ferreira Martins, Marcos Furiati, Maria Ester Lemos de Andrade, Maria Natercia Ne-gromonte Vasconcelos, Maria Sueli Raiol Alencar, Rafael Rubim Magro, Raimundo Gonzaga Moura dos Santos, Ri-cardo Fiuza Lima, Roberta Pereira da Silva, Rodrigo Dalvi Santana, Rui Pires da Silva, Tatiane Leonel de Almeida Sil-vares, Waldivino Joo Pereira Junior e Yuri Holanda CruzApoio AdministrativoIris Gouva Marques, Jonas Farias Conceio, Karla Souza Abdel Hamid e Lucilene Silva.

    GERNCIA FINANCEIRA/ SNHGerenteMarcos Chagas GomesEquipe tcnicaAdilon Srio Silva Moreira, Adriana de Sousa Regis, Cs-sia Aparecida Viana, Denise Estela Rezende Oliveira, Ed-son Guimares Passos, Elane Fonseca de Oliveira, Fbio Hiroyuki Tanno, Gustavo Assumpo Ribeiro, Jlio Csar Buani dos Santos, Leandro Lombardi, Maria Lucia Coelho Wanderley, Paulo Csar Guedes, Raphael de Sousa Bran-do e Rosanilde Fernandes Lira.Apoio AdministrativoElayne Ramalho Sousa, Gabriela Caixeta Lins, Jaqueline Malta Castro.

    DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO E COOPERA-O TCNICA/ SNSADiretorManoel Renato Machado FilhoGerenteCzar Eduardo SchererEquipe tcnicaGiselle Chalub Martins, Rafael Morgado Soares Braga, Ro-nald Teixeira Garcia.Apoio AdministrativoMarta Silva Brasil e Ftima Soares de Lima.

  • Urbanizao de Favelas6

  • 7Urbanizao de Favelas

    SUMRIO

    APRESENTAO 8

    INTRODUO 9

    ASSENTAMENTOS PRECRIOS 10

    CONCEITO DAS INTERVENES 12

    Integrao urbana 13

    Moradia digna 14

    Regularidade fundiria 16

    Incluso social 18

    Componente ambiental 20

    TERRITORIALIZAO DOS INVESTIMENTOS 22

    Critrios de prioridade para seleo de reas de interveno 23

    PRINCIPAIS ATORES 26

    Impulso do PAC na reestruturao do setor habitacional 27

    IMPLEMENTAO 28

    Processo de seleo e contratao dos projetos 29

    Monitoramento da execuo 30

    INVESTIMENTOS 32

    TIPOLOGIA DAS INTERVENES 34

    ALGUMAS EXPERINCIAS EM CURSO 36

    Obras de grande porte, envolvendo eliminao de risco e deficincias de infraestrutura urbana 38

    Obras com articulao e integrao no territrio 62

    Obras para recuperao de reas ambientalmente degradadas 65

    Obras de apoio a expanso de infraestrutura logstica do pas 76

    Obras em patrimnio da Unio 79

    Complementao de obras j iniciadas 81

  • Urbanizao de Favelas8

    APRESENTAO

    Os assentamentos precrios so uma das manifestaes mais evidentes da grande desigual-dade social existente no pas.

    Por isso, a construo de uma poltica habitacional com foco na urbanizao de assentamen-tos precrios, especialmente na garantia do acesso ao saneamento ambiental, regularizao fundiria, moradia adequada e incluso social foi uma das principais misses do Ministrio das Cidades a partir da sua criao em 2003.

    Com a aprovao em 2005 do Sistema e do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social - SNHIS/FNHIS, foi possvel dar o primeiro passo no enfrentamento do problema com recursos de maior monta. Em 2006, o FNHIS recebeu R$ 1 bilho para iniciar a sua operao, do qual foi alo-cada a maior parte para implementao de projetos de urbanizao de assentamentos precrios, representando a prioridade conferida pelo Governo Federal.

    J em 2007, com a incluso do tema em um dos eixos do Programa de Acelerao do Cres-cimento PAC, a urbanizao de assentamentos precrios ganha nova projeo, garantindo um ciclo de investimentos no setor pelos prximos 4 anos.

    Como resultado maior, espera-se consolidar uma nova perspectiva de polticas pblicas de urbanizao dos assentamentos precrios, reforando o reconhecimento do direito cidade e moradia digna, especialmente da populao de baixa renda.

    Maro 2010.Marcio Fortes de Almeida

    Ministro de Estado das Cidades

  • 9Urbanizao de Favelas

    INTRODUOHistoricamente, o excessivo custo da terra urbanizada nas cidades brasileiras, somado baixa capaci-

    dade de pagamento das famlias e falta de alternativas habitacionais acessveis no mercado formal ou insuficincia das polticas habitacionais para as famlias de mais baixa renda, so fatores que tm levado um significativo contingente da populao a viver em assentamentos precrios e informais.

    Tais assentamentos, em geral, foram produzidos de maneira informal, por meio da autoconstruo de moradias, em reas ocupadas de forma desordenada, muitas vezes sujeitas risco de eroso, desmorona-mentos, alagamentos ou enchentes e, notadamente, caracterizando-se pela precariedade habitacional e urbana.

    Embora esse fenmeno no seja novo, durante muito tempo o poder pblico no enfrentou essa ques-to por meio de polticas pblicas que garantissem o direito moradia s famlias em favelas e outros tipos de assentamentos precrios. a partir da dcada de 1980 que se destacam algumas experincias, sobretudo municipais, de programas e iniciativas de urbanizao de favelas.

    Nos dias de hoje, os assentamentos precrios no se colocam mais como exceo em nossas cidades, dado o enorme percentual de moradias precrias que no atendem a um padro mnimo de habitabilidade, comprometendo tanto a qualidade de vida dos que ali vivem, como tambm a qualidade urbana e ambiental do conjunto das grandes cidades.

    No mbito do Governo Federal, em 2007, foi anunciado o Plano de Acelerao do Crescimento 2007 2010 (PAC), e a criao do eixo da Infraestrutura Social e Urbana, contando com expressivos investimen-tos destinados execuo de aes integradas em habitao, saneamento e incluso social. A partir de ento, passou a ser possvel vislumbrar o tratamento adequado de favelas de maior porte e complexidade, situadas nas principais cidades e Regies Metropolitanas do pas.

    O desafio estava lanado: executar uma poltica nacional de urbanizao de favelas, fortalecendo-se a articulao federativa com a participao fundamental dos estados e municpios e o trabalho social nas reas de interveno, buscando-se resolver o problema da habitao em assentamentos precrios de forma integrada e com qualidade.

    Essa publicao traz um registro das intervenes de urbanizao de favelas em execuo com recur-sos do PAC. Com esse registro, espera-se disseminar a metodologia de interveno adotada pelo Governo Brasileiro, que vem contribuindo para a consolidao da urbanizao de favelas como uma poltica de Estado, fundamental para o enfrentamento do problema habitacional existente em nossas cidades.

    Ins MagalhesSecretria Nacional de Habitao

  • ASSENTAMENTOS PRECRIOS

    Urbanizao de Favelas10

    OCUPAO DE REAS DE PROTEO AMBIENTALMANAUS/AM

  • 11Urbanizao de Favelas

    A precariedade da moradia popular tem alta visibilidade material e simblica na sociedade brasileira, ocupa os espaos das cidades e da mdia, no existindo, contudo, informaes precisas quanto a sua quan-tificao, caracterizao ou localizao.

    Essa precariedade caracteriza-se por vrios aspectos: pela irregula-ridade fundiria e/ou urbanstica; pela deficincia da infraestrutura; pela ocupao de reas sujeitas a alagamentos, deslizamentos ou outros ti-pos de risco; pelos altos nveis de densidade dos assentamentos e das edificaes combinados precariedade construtiva das unidades habita-cionais; pelas enormes distncias percorridas entre a moradia e o traba-lho associadas a sistemas de transportes insuficientes, caros e com alto nvel de desconforto e insegurana; alm da insuficincia dos servios pblicos em geral, principalmente os de saneamento, educao e sade.

    A esse conjunto de carncias soma-se um conjunto de questes so-ciais que configuram, muitas vezes, situaes de extrema vulnerabilida-de, tambm sujeitas, e de forma cada vez mais significativa, ao domnio pela violncia.

    Procurando aprofundar-se no conhecimento das favelas do pas, o Ministrio das Cidades encomendou ao Centro de Estudo das Metrpoles do Centro Brasileiro de Anlise e Planejamento CEM/CEBRAP um estudo para melhor quantificar, caracterizar e localizar o problema.

    A partir disso, foi possvel obter um conjunto de informaes gerais, no apenas organizadas em nvel nacional, mas tambm de forma desa-gregada, a fim de servir de base para o processo decisrio de alocao dos recursos. As informaes dizem respeito quantificao e locali-zao dos moradores e domiclios, alm de indicadores que permitem comparar os aspectos sociais das populaes que habitam as vrias situaes existentes.

    O estudo se apia nas informaes dos setores subnormais, identifi-cados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, e cons-tri, utilizando tcnicas quantitativas, uma representao da presena dos setores precrios que permite delimitar outros setores como simila-res aos classificados na condio de subnormal.

    Este insumo indica os municpios que concentram mais de 90% do fenmeno de domiclios precrios no Brasil, por isso foi utilizada como parmetro para alocao de recursos do PAC Habitao e ser, ainda, instrumento para aperfeioamento do prximo censo.

  • CONCEITO DAS INTERVENESAR

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  • 13Urbanizao de Favelas

    A melhoria das condies de habitabilidade das famlias moradoras de assentamentos precrios no pode ser vista como uma questo setorial, mas como um componente que interage fortemente com os de-mais condicionantes do desenvolvimento urbano, so-cial e ambiental.

    Uma habitao digna compreende, alm da edi-ficao propriamente dita, a qualidade ambiental do meio e a insero e integrao com a cidade atravs da disponibilidade de infraestrutura urbana e de aces-sibilidade ao mercado de trabalho e aos equipamentos pblicos.

    Assim, os projetos de urbanizao de assentamen-tos precrios inseridos no PAC contemplaram aes, obras e servios visando proporcionar a superao das condies de precariedade dos assentamentos escolhidos, incorporando-os cidade formal, com abordagem das questes urbana, habitacional, fun-diria, social e ambiental.

    Integrao urbana

    As intervenes urbanas nos assentamentos pre-crios abrangem o conjunto de aes suficientes para fazer frente a todas as carncias diagnosticadas na rea de interveno e necessrias elevao dos pa-tamares de qualidade urbanstica.

    Desse modo, os projetos devem prever a implan-tao de infraestrutura bsica - incluindo rede eltri-ca, iluminao pblica, sistemas de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, condies adequadas de coleta de lixo -, conteno e estabilizao do solo para eliminao de riscos, cons-truo de equipamentos pblicos, alm da adequao do sistema virio e do parcelamento da rea. As ade-quaes no parcelamento e sistema virio so feitas de forma a possibilitar acesso a servios pblicos e atendimentos emergenciais, melhorando as relaes funcionais da rea de interveno com o tecido urba-no no qual ela se insere.

    RESIDENCIAL CAMBOASO LUS/MA

  • Moradia digna

    Uma vez que os assentamentos precrios foram pro-duzidos, na sua maioria, por auto-promoo da prpria populao, que disps as moradias de forma desordena-da, contando com elevados nveis de densidade popula-cional, inmeras so as situaes em que se faz impres-cindvel promover o desadensamento e o reordenamento da ocupao, implicando no remanejamento recons-truo da unidade habitacional no mesmo permetro da rea que est sendo urbanizada ou no reassentamento de famlias para outras reas, alterando seu local atual de moradia.

    O remanejamento/reassentamento de uma populao no pode ser considerado isoladamente, como um mero projeto de obras, uma vez que afeta no somente a vida das famlias envolvidas e a rea objeto de interveno, mas todo o entorno social e urbanstico. Portanto, de-vem ser estudadas todas as alternativas que minimizem

    a necessidade destes, tornando-os admissveis somente quando as mesmas estiverem expostas a riscos de in-cndio, inundao, desabamento, deslizamento, tremo-res de terra, sob fios de alta tenso, prximas a reas insalubres, em reas de preservao ambiental ou em reas imprescindveis regularizao urbanstica, para implantao de infraestrutura ou sistema virio, ou, ain-da, em reas no passveis de regularizao.

    necessrio que as famlias a serem remanejadas/reassentadas participem de todo o processo de elabora-o e aprovao da proposta e que as regras tenham sido pactuadas com os envolvidos.

    O local de reassentamento dever ser, sempre que possvel, prximo rea original, em respeito aos laos de vizinhana e trabalho j estabelecidos. Dever, ain-da, ser servida de infraestrutura bsica e equipamentos comunitrios, que atendam demanda da comunidade reassentada.

    FONT

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    CONJUNTO HABITACIONAL NO BAIRRO VARADOUROOLINDA/PE

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  • 15Urbanizao de Favelas

    Nos casos de remanejamento/reassentamento deve-se atentar para provveis custos de compensao ou indenizao s famlias afetadas ou para a necessidade de produzir unidades habitacionais de uso misto re-sidncia e comrcio para que no haja diminuio das condies de sobrevivncia das famlias. Alterna-tivamente produo de unidades habitacionais novas, uma soluo que pode ser adotada a aquisio de imveis usados para recuperao ou modificao de uso.

    Quanto s famlias que permanecem em sua mo-radia, podero ser contempladas com recuperao ou melhorias habitacionais, vinculadas a razes de insalu-bridade e insegurana, inexistncia do padro mnimo de edificao e habitabilidade, definido pelas posturas municipais, ou inadequao do nmero de integrantes da famlia quantidade de cmodos passveis de serem

    utilizados como dormitrios.

    Dentre as melhorias habitacionais mais urgentes, encontra-se a construo de instalaes hidrulico-sanitrias domiciliares, que devem ser compostas por vaso sanitrio, lavatrio, chuveiro, tanque de lavar rou-pa e reservatrio. As ligaes intradomiciliares de abas-tecimento de gua e de esgotamento sanitrio devem estar sempre previstas nos investimentos de forma a assegurar sua execuo.

    As melhorias habitacionais so uma forma interes-sante de atuao por aproveitarem os investimentos j feitos pelas famlias em suas residncias, por tanto pos-sibilitam uma condio adequada de moradia a menor custo para o poder pblico, possibilitando o aumento de sua escala de atuao. Alm de respeitarem a configu-rao e transformaes j feitas pelas famlias.

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    COMPLEXO DO ALEMORIO DE JANEIRO/RJ

  • Urbanizao de Favelas16

    Regularidade fundiria

    A questo fundiria impacta as intervenes de duas

    maneiras e em dois momentos distintos. A primeira diz

    respeito identificao e comprovao da titularidade

    da rea objeto da interveno para efeitos de viabili-

    zao do incio das obras; e a segunda a como ser

    garantida a posse ou propriedade dos lotes ou unidades

    habitacionais gerados a par tir da interveno aos bene-

    ficirios finais.

    Sobre o primeiro aspecto, importante relembrar que os assentamentos esto implantados, em sua maioria, em reas de propriedade alheia pblica ou privada, cuja identificao dos proprietrios nos cartrios de registro de imveis e a obteno dos documentos comprobat-rios dificilmente so tarefa simples.

    Desse modo, como se trata de passo obrigatrio para o incio da execuo das intervenes, vrios foram os mecanismos encontrados para viabilizar a comprovao do exerccio pleno dos poderes inerentes propriedade

    do imvel, alternativamente certido emitida pelo car-trio de registro de imveis.

    Nesse sentido, por interesse pblico ou social, passou a ser admissvel, por exemplo, iniciar intervenes em: (i) reas cujo processo de desapropriao encabeado por entes pblicos ainda se encontrasse com registro da titularidade do imvel em trmite; (ii) reas devolutas; (iii)

    reas recebidas em doao por entes pblicos, pesso-as fsicas ou jurdicas, nesse caso, com apresentao de promessa formal de doao irretratvel e irrevogvel; (iv) reas que, independentemente da sua dominialidade, estejam inseridas em Zona Especial de Interesse Social ZEIS; (v) reas objeto de sentena favorvel aos ocu-pantes, transitada em julgado, proferida em ao judicial

  • 17Urbanizao de Favelas

    de usucapio ou concesso de uso especial para fins de moradia; entre outros.

    Sobre o segundo aspecto, que diz respeito regulariza-o fundiria em favor das famlias moradoras do assen-tamento precrio, importante registrar a sua obrigatorie-dade. O objetivo final da regularizao , nesse caso, fazer com que as unidades habitacionais ou lotes, decorrentes da interveno, reflitam compromisso de constituio de direito real sobre o imvel em favor das famlias beneficia-das, podendo ser utilizados, alternativamente transfern-cia de propriedade, os seguintes instrumentos:

    CessodeUso; ConcessodeDireitoRealdeUso; ConcessodeUsoEspecialparaFinsdeMoradia; UsucapioEspecialUrbano; Aforamento; DireitodeSuperfcie; DoaoouAlienao; LegitimaodaPosse(inseridopeloadventodaLeiFe-

    deral n. 11.977/2009).Importante registrar, ainda, que a regularizao fun-

    diria inclui duas dimenses importantes. A primeira a regularizao patrimonial, que diz respeito segurana ju-rdica da propriedade ou da posse, concretizada por meio do ttulo devidamente registrado no Cartrio de Registro de Imveis (CRI).

    A segunda dimenso a regularizao urbanstica, ou seja, a adequao do assentamento legislao urbana e ambiental que, em muitos casos, condio para o re-gistro da rea do assentamento no CRI. A regularizao urbanstica poder exigir a incluso do assentamento em ZEIS, por lei municipal, sendo fundamental para a plena in-tegrao da rea cidade e para a manuteno, por parte do municpio, das obras de urbanizao implantadas.

    Nos projetos integrados de urbanizao de assenta-mentos precrios a regularizao jurdico-fundiria das fa-mlias que integram as comunidades beneficiadas ao indispensvel e deve ocorrer em paralelo execuo das obras habitacionais e de infraestrutura. Este processo per-passa a regularizao urbanstica dos territrios envolvidos

    na interveno, tanto das reas que sero consolidadas, quanto daquelas que sero ocupadas por famlias retiradas de reas de risco, de reas necessrias adequao do sistema virio ou de reas a serem recuperadas e protegi-das ambientalmente.

    Devido complexidade inerente s aes de regulariza-o fundiria em assentamentos precrios, os empreendi-mentos do PAC para esta componente dependem de uma organizada articulao com o trabalho social, com o ritmo das obras de engenharia e com os rgos licenciadores envolvidos. Nesse sentido, recomendvel que a regulari-zao fundiria ocorra com base em um plano especfico no qual estejam organizadas, em um cronograma fsico, todas as atividades jurdicas e administrativas necessrias.

    O investimento em regularizao fundiria composto pelo custo do conjunto de atividades necessrias ao alcan-ce desse objetivo, dentre as quais:

    aidentificaodasituaofundiria,pormeiodepes-quisa junto ao Cartrio de Registro de Imveis, ao Judi-cirio e demais entidades pblicas;

    aelaboraoouatualizaodelevantamentotopogr-fico, preferencialmente georreferenciado, bem como compra de fotos areas ou imagens de satlite, desde que no disponveis no banco de imagens do Ministrio das Cidades para doao;

    aelaboraodeprojetosvoltadosregularizaofun-diria, envolvendo plantas, memorial descritivo da po-ligonal do assentamento e cadastro fsico de lotes e domiclios;

    atividadesdemobilizaocomunitriavoltadasregu-larizao fundiria;

    aelaboraodecadastrosocioeconmicodosbenefi-cirios contendo as informaes necessrias instru-o dos processos de regularizao fundiria;

    acoletadedocumentospessoaisdosmoradores,ne-cessrios instruo dos processos de regularizao fundiria;

    medidas administrativas e legais necessrias para aaplicao dos instrumentos de regularizao fundiria tais como, desafetao, criao e regulamentao de ZEIS, regulamentao de outros instrumentos de re-

  • Urbanizao de Favelas18

    gularizao fundiria, conforme o caso; aelaboraodettulosdeposseoudepropriedade.

    Um recente avano para a regularizao fundiria de assentamentos informais urbanos encontra-se regula-mentado pela Lei n 11.977, de 7 de julho de 2009, que, em seu Captulo III, cria novos instrumentos, flexibiliza parmetros de interveno, estabelece procedimentos e competncias, com o objetivo de conferir maior agilidade e efetividade aos processos de regularizao, sobretudo nos quais esteja configurado o interesse social.

    A lei estabelece dois tipos distintos de regularizao fundiria urbana:

    regularizaofundiriadeinteressesocial,compreen-dendo assentamentos precrios ocupados predomi-nantemente por populao de baixa renda, nos casos em que estejam preenchidos os requisitos para usu-capio especial urbano ou concesso de uso especial para fins de moradia; de imveis situados em ZEIS ou de reas pblicas declaradas de interesse para implantao de projetos de regularizao fundiria de interesse social; e

    regularizaofundiriade interesseespecfico,com-preendendo os casos no enquadrados nos termos acima.Com relao s competncias dos entes federados,

    a Lei n 11.977, de 2009, confere maior autonomia s prefeituras municipais, que podem disciplinar, em norma prpria, os procedimentos para regularizao fundiria em seus territrios, e, nos casos de regularizao fundiria de interesse social, ser responsveis pelo licenciamento urbanstico e ambiental, reunidos agora num mesmo ato, desde que possuam conselho de meio ambiente e rgo ambiental capacitado.

    No aspecto ambiental, uma inovao fundamental foi a possibilidade de se admitir, por deciso motivada, a regularizao fundiria de interesse social em reas de Preservao Permanente - APP, ocupadas at 31 de de-zembro de 2007 e inseridas em rea urbana consolidada, vinculada comprovao em estudo tcnico realizado por profissional legalmente habilitado de que a interveno implica em melhoria da condio ambiental anteriormen-te existente. Ressalte-se que este dispositivo vlido, de maneira indita, para qualquer modalidade de APP.

    Por fim, destacam-se os novos instrumentos da de-marcao urbanstica e da legitimao de posse, que foram acrescidos e passaram a compor o rol de instru-mentos da Lei n 10.257, de 2001 Estatuto da Cidade. Tratam ambos, de promover, por ato do Poder Pblico, o reconhecimento de situaes de fato: dos assentamentos informais, por meio da lavratura de auto de demarcao urbanstica correspondente ao permetro da ocupao; e da posse da populao moradora nas reas objeto de in-terveno, por meio da emisso de ttulos de legitimao de posse, com vistas aquisio de propriedade pelos beneficirios, transcorrido o prazo de cinco anos e de-mais requisitos legais.

    Essencialmente, o que esses instrumentos propem a simplificao de procedimentos e a operacionalizao da regularizao fundiria pela via extrajudicial, com a participao, execuo e responsabilidade compartilha-da pelas comunidades, prefeituras municipais e cartrios de registros de imveis, aos quais compete garantir a segurana jurdica do processo.

    Com esse novo marco jurdico, o comprometimento e os esforos coordenados de todos os entes federados e demais atores envolvidos nos processos de regula-rizao fundiria de interesse social, o Brasil rene os elementos necessrios para avanar definitivamente na melhoria integral e sustentvel, sob os aspectos jurdi-co, social, urbanstico e ambiental, dos assentamentos informais urbanos, assegurando nveis adequados de ha-bitabilidade e cidadania populao beneficiria de pro-gramas habitacionais.

    Incluso social

    O trabalho social realizado nas intervenes, assim como a regularizao fundiria, tambm inclui duas di-menses. Por um lado, estabelecendo as mediaes so-ciais necessrias para a viabilizao das intervenes, por meio de mecanismos que assegurem a participao das famlias nas decises de projeto e no acompanhamento das obras, contribuindo ao mesmo tempo para a organi-zao da populao beneficiada e formao de lideranas. Por outro lado, fomentando o desenvolvimento socioeco-nmico das comunidades, por meio de aes educativas

  • e de enfrentamento das vulnerabilidades diagnosticadas, bem como mediante a promoo e/ou articulao com programas de qualifica-o profissional, de apoio ao cooperativismo e de gerao de trabalho e renda, a partir da anlise das demandas e potencialidades locais.

    A integrao das intervenes fsicas com o trabalho social e a efetivao da regularizao fundiria so condies essenciais para a sustentabilidade das intervenes de urbanizao dos assentamen-tos precrios, compreendendo a conservao das infraestruturas e equipamentos implantados, a permanncia das famlias nas reas be-neficiadas, e a incluso de tais reas nas rotinas de manuteno da cidade e de proviso dos servios pblicos.

    Item obrigatrio nos projetos habitacionais geridos pelo Ministrio das Cidades, visa promover a autonomia, o protagonismo social e o desenvolvimento da populao beneficiria, por meio de aes de participao, mobilizao e organizao comunitria, educao sa-nitria e ambiental e atividades ou aes de gerao de trabalho e renda destinadas populao diretamente beneficiada. A execuo do trabalho social dever ter suas atividades iniciadas aps a assinatura do contrato de repasse, estendendo-se aps a concluso das obras e servios, por um perodo de seis a doze meses, com o objetivo de acompanhar as famlias e consolidar os trabalhos.

    Ressalta-se que os casos de reassentamento, muito frequentes nos projetos de urbanizao de assentamentos precrios, requerem a anlise do contexto social e urbanstico, bem como dos aspectos socioeconmicos e culturais que caracterizam as famlias envolvidas. Desse modo, o plano de reassentamento, construdo sob a perspec-tiva do territrio, mostra-se fundamental para a minimizao desses impactos, buscando o reconhecimento das diferenas e da identida-de, alm do empoderamento da populao diante da nova realidade.

    Outra ao importante atrelada ao trabalho social o financiamen-to construo de equipamentos comunitrios, por meio da aquisio ou edificao de equipamentos pblicos voltados ao atendimento das necessidades identificadas pela populao beneficiada.

    Tais equipamentos podem ser voltados a atender questes como, por exemplo, sade, educao, segurana, desporto, lazer, comr-cio local, assistncia social, convivncia comunitria, ateno in-fncia, ao idoso, ao portador de deficincia e mulher responsvel pelo domiclio e gerao de trabalho e renda das famlias beneficiadas, observando-se as carncias do local e entorno e, principalmente, os equipamentos j existentes na vizinhana.

    19Urbanizao de Favelas

    VILA ESPERANACUBATO/SP

    ASSEMBLIA DE MORADORESPORTO VELHO/RO

    RECICLAGEM - SO PEDROPORTO ALEGRE/RS

  • A articulao com outros programas do governo fede-ral tem sido de relevante valor para o fomento do repertrio oferecido aos executores. Desta maneira, os programas habitacionais dialogam com aes governamentais, tais como: os Telecentros de Incluso Digital e o Programa Mais Cultura, que financia construo, requalificao e equipagem de espaos culturais multiuso.

    Componente ambiental

    Os projetos de urbanizao de assentamentos prec-rios inseridos no PAC seguem a diretriz de atendimento populao de baixa renda com habitaes adequadas ao perfil da famlia e suas peculiaridades (idosos, deficientes e mulheres chefes de famlia) associadas plena funcio-nalidade, ou seja, providas de saneamento bsico redes coletoras e de tratamento de esgotos, drenagem de guas pluviais, coleta e destinao adequada de resduos sli-dos e abastecimento de gua alm de rede de energia eltrica, iluminao pblica, equipamentos comunitrios e tratamentos paisagsticos.

    A mensurao do impacto positivo realizado por essa forma de atuao na rea de habitao toma propores de grande relevncia para as cidades de uma forma geral, quando observados os resultados de mitigao de impac-tos ambientais, tomando como exemplo a destinao ade-quada de 60 milhes de metros cbicos de esgotamento sanitrio por ano, deixados de serem jogados in natura em cursos hdricos.

    Outra diretriz seguida pelos projetos refere-se neces-sidade de realocao das famlias que vivem em zonas de risco ou reas ambientalmente frgeis e protegidas. Nesses casos, a realocao feita, preferencialmente, em lotes prximos, para que se mantenham as relaes afe-tivas e sociais, alm dos vnculos laborais. Grande parte dos projetos atualmente em execuo contempla famlias que residem em reas com alto risco: alto declive (morros e encostas), reas sujeitas a alagamentos e inundaes por serem prximas a cursos hdricos e ao mar, dentre outros.

    Visando evitar novas ocupaes nas reas de onde as famlias so retiradas, a diretriz que estas sejam recu-peradas com destinao adequada ao perfil topogrfico natural e s caractersticas urbana e social da localidade. Para tanto, so financiadas aes de recuperao de reas degradadas, quais sejam: conteno ou recuperao de encostas, limpeza de cursos hdricos, plantio de espcies arbreas e implantao de parques de uso mltiplo.

    Urbanizao de Favelas20

    COMPLEXO DESPORTIVO DA ROCINHA

    RIO DE JANEIRO/RJ

  • Todos os projetos em execuo no mbito do PAC tm obrigatoriamente a ver-tente do trabalho social que, alm das abordagens dos temas de mobilizao e or-ganizao comunitria e da gerao de trabalho e renda, contemplam a educao ambiental.

    Dentro dos programas de educao ambiental so ministrados cursos e pales-tras tanto sobre questes de sade e higiene, quanto sobre questes ambientais referentes, por exemplo, s reas de Preservao Permanente (APP) topo de morros, encostas ngremes, manguezais, dunas e margens de cursos hdricos e aos riscos de sua ocupao. So abordados ainda temas referentes necessidade de preservao e reposio da vegetao e, aos prejuzos e consequncias para a natureza e para a comunidade da disposio inadequada de resduos (lixo e es-goto).

    Deve ser ressaltada, ainda, a importncia que o MCIDADES d participao efetiva dos rgos de controle ambiental no alcance dos resultados de melhoria das condies de habitabilidade dos assentamentos precrios. exigida, de todos os proponentes, a apresentao de licenas ou autorizaes ambientais vlidas ou manifestaes de dispensa, condio que autoriza o incio de obra. So observa-das e monitoradas suas condicionantes, restries ou exigncias para que sejam tempestiva e corretamente cumpridas visando mitigar ou reduzir os impactos ne-gativos que as intervenes provocam no meio ambiente natural e na comunidade.

    RECUPERAO DO RIO BEBERIBERECIFE/PE

    RECOMPOSIO DE MARGEM DE CRREGO BILLINGS/GUARAPIRANGA - SO PAULO/SP

    21Urbanizao de Favelas

    REA DE EXPANSO URBANA SOBRE A FLORESTA AMAZNICA

    MANAUS/AM

  • Para a seleo dos principais territrios em que seriam alocados os recursos do PAC Urbanizao de Assenta-mentos Precrios, o Governo Federal, baseado nos estu-dos fornecidos pelo CEM/CEBRAP e outros indicadores de precariedade urbana e social, definiu o conjunto de cida-des prioritrias para atuao:

    municpios integrantesdasRegiesMetropolitanasdeBelm/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, So Paulo/SP, Cam-pinas/SP, Baixada Santista/SP, Curitiba/PR e Porto Ale-gre/RS;

    TERRITORIALIZAO DOS INVESTIMENTOS

    municpiosdaRegioIntegradadoEntornodoDistritoFederal RIDE/DF;

    capitaisdeestadosquenointegramasregiesmetro-politanas supracitadas e o Distrito Federal; e

    outrosmunicpiosdegrandeporte,cujapopulaototalseja superior a 150 mil habitantes ou que, por sua ati-vidade econmica ou infraestrutura logstica, possuam raio de influncia regional.

    A distribuio de recursos tambm seguiu a proporo da dimenso da precariedade habitacional em cada regio.

    0

    15

    30

    45

    60

    CENTRO-OESTESUL

    NORTENORDESTE

    SUDESTE% RECURSOS ALOCADOS% DOMICILIOS PRECARIOS

    Urbanizao de Favelas22

  • Critrios de prioridade para seleo de reas de interveno

    A seleo de projetos que hoje compem o PAC - Urbanizao de Assentamentos Precrios foi realiza-da de duas formas e momentos distintos: a primeira, no incio de 2007, voltada aos grandes complexos de favelas; e a segunda, anual, voltada seleo dos assentamentos de menor porte, por meio de seleo pblica. Isso implicou em duas estratgias e critrios distintos.

    Num primeiro momento foram selecionados, por meio de pactuao federativa, os projetos priorit-rios de investimentos com foco em grandes assen-tamentos, como j dito, que exigem maior volume de recursos e com grande complexidade de execuo. Foi nesse momento que se decidiu enfrentar desa-fios como o Complexo do Alemo, no Rio de Janeiro, a ocupao na Represa Billings e Guarapiranga, em So Paulo, e a ocupao no Macio Morro da Cruz, em Santa Catarina.

    Essas intervenes visam, dentre outros obje-tivos, erradicar definitivamente palafitas, despoluir mananciais e equacionar reas de risco iminente nas principais cidades do pas.

    Para tanto, foram adotados os seguintes critrios:

    grande porte, assim consideradas aquelas inter-venes que envolvem investimentos superiores a R$ 10 milhes;

    articulaoeintegraonoterritrio,cujasreas

    de abrangncia e execuo envolvam mais de um agente institucional estado e municpio ou mais de um municpio;

    mitigaodedanosaomeioambiente,causadospor assentamentos irregulares em reas de ma-nanciais, de preservao ambiental e/ou de pre-servao permanente;

    eliminaodegargalosnainfraestruturalogsticado pas, tais como aquelas que impedem ou pre-judicam o funcionamento de rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, energia, gua trata-da e esgoto;

    mitigaodeimpactodecorrentedegrandesins-talaes de infraestrutura nacional, que polarizam e dinamizam atividades socioeconmicas na rea de influncia do empreendimento;

    aproveitamentodopatrimniodaUnio;e complementaodeobrasjiniciadas.

    Para as selees anuais, os recursos foram di-recionados ao atendimento de assentamentos de menor porte, desde que a rea de interveno fosse ocupada por, pelo menos, 60% (sessenta por cen-to) das famlias com renda at 3 salrios mnimos, ocupada h mais de cinco anos; ou que estivesse localizada em situao que configure risco, insalubri-dade ou fosse objeto de legislao que proibisse sua utilizao para fins habitacionais.

    Esses projetos foram selecionados por meio de chamada pblica para apresentao de propostas enviadas ao MCIDADES em formulrio eletrnico.

    23Urbanizao de Favelas

  • Centro-Oeste 1.132,94 DF Braslia 441,05 GO guas Lindas de Gois, Anpolis, Aparecida de Goinia, Cidade Ocidental, Formosa, Goinia,

    Luzinia, Novo Gama, Planaltina, Santo Antnio do Descoberto, Senador Canedo, Trindade e Valparaso de Gois 281,35

    MS Amamba, Anastcio, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Campo Grande, Corumb, Dourados,

    Maracaju, Navira, Paranaba, Ponta Por, Ribas do Rio Pardo eTrs Lagoas 264,74 MT Barra do Garas, Cceres, Canarana, Cuiab, Pocon, Rondonpolis, Tangar da Serra e

    Vrzea Grande 145,80 Sul 1.737,25 PR Araucria, Campo Magro, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguau, Londrina,

    Maring, Paranagu, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, So Jorge do Patrocnio, So Jos dos Pinhais, Toledo e Umuarama 595,74

    RS Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Esteio, Gravata,

    Montenegro, Novo Hamburgo, Parob, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Rolante, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santiago, Santo ngelo, So Leopoldo, Sapiranga, Taquara, Venncio Aires, Viamo e Vista Alegre 762,81

    SC Balnerio Cambori, Blumenau, Cambori, Chapec, Florianpolis, Itaja, Joinville, Palhoa, Rio

    Negrinho, So Bento do Sul e So Jos 378,70 Norte 2.145,93 AC Rio Branco e Sena Madureira 170,56 AM Coari, Humait, Manacapuru, Manaus, Parintins e Tabatinga 413,22 AP Macap 70,19 PA Abaetetuba, Ananindeua, Belm, Bragana, Castanhal, Marab, Santa Isabel do Par e

    Santarm 1.042,67 RO Ariquemes, Cacoal, Ji-Paran e Porto Velho 236,48 RR Boa Vista e Mucaja 113,99 TO Angico, Araguana, Araguatins, Lizarda, Palmas, Porto Nacional e So Miguel do Tocantins 98,82

    Investimento por unidade da federao e municpios beneficiados

    Urbanizao de Favelas24

    R$ milhes

  • Nordeste 4.544,60 AL Arapiraca, Delmiro Gouveia, Macei, Taquarana e Teotnio Vilela 227,81 BA Barreiras, Camaari, Candeias, Cruz das Almas, Feira de Santana, Ilhus, Itaberaba, Itabuna,

    Itaparica, Jacobina, Jequi, Juazeiro, Lauro de Freitas, Lus Eduardo Magalhes, Nova Viosa, Porto Seguro, Salvador, Santo Amaro, Santo Antnio de Jesus, Simes Filho, Teixeira de Freitas, Valena e Vitria da Conquista 726,39

    CE Camocim, Caucaia, Chor, Fortaleza, Iguatu, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracana,

    Maranguape, Novo Oriente, Sobral e Vrzea Alegre 903,96 MA Arame, Caxias, Chapadinha, Cod, Graja, Imperatriz, Pedreiras, Raposa, Santa Luzia, So

    Domingos do Maranho, , , So Lus, Timon, Viana e Vila Nova dos Martrios 517,23 PB Campina Grande, Joo Pessoa, Mamanguape, Patos e Solnea 210,27 PE Abreu e Lima, Arcoverde, Bom Jardim, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Goiana, Ipojuca,

    Jaboato dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Petrolina, Recife, Salgueiro e Serra Talhada 1.438,44 PI Esperantina, Floriano, Parnaba, Piripiri e Teresina 174,82 RN Canguaretama, Flornia, Natal, Parelhas e Parnamirim 123,14 SE Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro 222,54 Sudeste 11.909,30 ES Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Maratazes, Serra, Viana, Vila Velha e Vitria 385,13 MG Alfenas, Barbacena, Belo Horizonte, Betim, Congonhas, Contagem, Coronel Fabriciano,

    Divinpolis, Governador Valadares, Ibirit, Ipatinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Nova Lima, Ouro Preto, Patos de Minas, Pedro Leopoldo, Ponte Nova, Ribeiro das Neves, Sabar, Santa Luzia, Santana do Paraso, Sete Lagoas, Uberaba, Uberlndia, Varginha e Vespasiano 2.409,19

    RJ Angra dos Reis, Barra Mansa, Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias,

    Guapimirim, Itabora, Japeri, Maca, Mag, Maric, Mesquita, Nilpolis, Niteri, Nova Friburgo, Nova Iguau, Paracambi, Petrpolis, Pira, Porto Real, Quatis, Queimados, Quissam, Resende, Rio de Janeiro, So Francisco de Itabapoana, So Gonalo, So Joo de Meriti, Tangu, Terespolis e Volta Redonda 3.593,47

    SP Americana, Amparo, Araraquara, Atibaia, Bertioga, Campinas, Carapicuba, Cubato, Diadema,

    Embu, Embu-Guau, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Guaruj, Guarulhos, Hortolndia, Itanham, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Itu, Jandira, Ja, Jundia, Lins, Luclia, Mairinque, Mau, Mogi das Cruzes, Osasco, Penpolis, Perube, Piracicaba, Praia Grande, Ribeiro Preto, Santa Brbara d'Oeste, Santo Andr, Santos, So Bernardo do Campo, So Carlos, So Paulo So Roque, So Sebastio, So Vicente, Sorocaba, Sumar, Taboo da Serra, Tanabi, Vrzea Paulista e Votorantim 5.521,51

    25Urbanizao de Favelas

    R$ milhes

    Brasil 21.470,02

  • PRINCIPAIS ATORES

    Dentre os principais atores envolvidos na operacionali-zao do Programa destacam-se: a Casa Civil e a Secre-taria de Relaes Institucionais da Presidncia da Rep-blica, como Coordenador central; o Ministrio das Cidades MCIDADES, na qualidade de Gestor; a Caixa Econmica Federal CAIXA e o Banco Nacional de Desenvolvimen-to Econmico e Social BNDES, na qualidade de agente operador e financeiro; a Administrao Pblica dos esta-dos, do Distrito Federal ou dos municpios, na qualidade de proponentes e agentes executores; e as famlias aten-didas, na qualidade de beneficirios finais.

    Cada um desses entes exerce papis distintos e signi-ficativos na cadeia de processos que envolve a execuo de um programa federal de financiamento ou repasse de recursos fiscais para entes subnacionais.

    A Presidncia da Repblica, por intermdio da Secreta-ria de Articulao e Monitoramento da Casa Civil SAM/CC, possui o papel de acompanhar, em nvel estratgico e com base nas informaes fornecidas pelos rgos seto-riais, a evoluo dos projetos, alm de auxiliar na busca de solues para superar dificuldades e fomentar o aperfei-oamento dos instrumentos de gesto, regras e normas. deste ente ainda a prerrogativa de estabelecer diretrizes gerais e validar a seleo dos projetos; prestar contas sociedade; e auxiliar no monitoramento e na articulao com estados, Distrito Federal e municpios para identifica-o de problemas e busca de solues.

    O MCIDADES o responsvel pela poltica de habita-o e pela gesto, coordenao geral, gerncia, acompa-nhamento e avaliao da execuo e dos resultados do programa, define as normas e critrios tcnicos para a seleo dos projetos e execuo dos empreendimentos, assim como realizar o processo de seleo das propostas apresentadas pelos Proponentes/Agentes Executores.

    Os agentes operadores/financeiros, CAIXA e BNDES, atuam como mandatria da Unio no repasse dos recur-sos do Oramento Geral da Unio - OGU (somente CAIXA) e como agente operador e financeiro nas operaes de crdito, operacionalizando os programas. Estes possuem a atribuio de celebrar com os proponentes e agentes executores os instrumentos de transferncia de recursos promovendo sua execuo oramentrio-financeira. Para tanto, fazem a anlise a viabilidade tcnica, jurdica e insti-tucional dos projetos selecionados, alm de acompanhar e atestar a execuo do objeto das contrataes efetuadas, procedendo anlise de prestao de contas final dos re-cursos utilizados.

    As administraes pblicas dos estados, do Distrito Fe-deral ou dos municpios so os executores dos projetos, responsveis por identificar rea prioritria para realizao da interveno, preparando e encaminhando projetos para fins de seleo. Executam os trabalhos necessrios con-secuo da interveno, observando critrios de qualidade tcnica, prazos e custos, cadastram e selecionam as fam-lias a serem beneficiadas e, por fim, prestam contas dos recursos transferidos pela Unio. Aps a interveno, de-vem manter e operar adequadamente o patrimnio pblico gerado pelos investimentos.

    Importante destacar o protagonismo que as famlias atendidas exercem, por meio da participao, de forma individual ou associada, em todas as etapas do projeto, no controle da gesto dos recursos financeiros da Unio destinados ao programa, bem como na manuteno do patrimnio gerado por estes investimentos. Aps a inter-veno, e com o trabalho social desenvolvido, espera-se que se apropriem corretamente dos bens e servios colo-cados sua disposio.

    Urbanizao de Favelas26

  • Impulso do PAC na reestruturao do setor habitacional

    Associada a outras iniciativas do Governo Federal no setor habitacional, a incluso da urbanizao de assentamentos precrios em um dos eixos do PAC trouxe importantes avanos na consolidao de uma estratgia nacional para garantir moradia digna para famlias de baixa renda.

    A co-responsabilizao federativa pelos empreen-dimentos, alm da perspectiva de recursos expressi-vos continuados, fez com que Governos estaduais, municipais, do Distrito Federal e o prprio Governo Federal precisassem reestruturar seu setor habita-cional para dar conta do novo cenrio. Prova disso

    que em 2004, apenas 42% dos municpios brasileiros possuam rgo especfico para trato da habitao, j em 2008, 70% dos municpios passaram a possuir tal rgo, segundo dados da Pesquisa do Perfil dos Municpios Brasileiros - MUNIC, realizada pelo IBGE.

    O MCIDADES tambm ampliou sua estrutura, a Secretaria Nacional de Habitao, a partir de 2007, por meio de concurso pblico, passou a contar com corpo tcnico de engenheiros, arquitetos, assisten-tes sociais, especialistas ambientais, triplicando seu quadro de servidores, com isso tem sido possvel desempenhar melhor a gesto dos programas. Igual-mente, a CAIXA ampliou seu quadro de engenheiros para acompanhamento da execuo das obras.

    27Urbanizao de Favelas

  • IMPLEMENTAO

    Urbanizao de Favelas28

    COMPLEXO DA ROCINHARIO DE JANEIRO/RJ

  • 29Urbanizao de Favelas

    Processo de seleo e contratao de projetos

    A seleo dos projetos prioritrios de investimento e a aloca-o dos recursos foram definidas de forma conjunta com repre-sentantes dos governos dos 26 estados da federao, do Distrito Federal, dos municpios de 12 Regies Metropolitanas1, das ca-pitais e dos municpios com mais de 150 mil habitantes, com o objetivo de definir as prioridades de atendimento.

    Governadores e prefeitos foram convidados a participar de dois ciclos de reunies, que se estenderam por dois meses, para a definio dos projetos a serem beneficiados com recursos do PAC.

    Dessa forma, buscava-se promover a articulao federativa necessria para, por meio de parcerias entre Governo Federal, estadual e municipal, potencializar a capacidade de investimento pblico.

    Alm desse procedimento, para seleo dos projetos de me-nor envergadura, foi utilizado o processo de chamada pblica para apresentao de propostas ao MCIDADES, por meio de for-mulrio eletrnico disponvel no stio eletrnico. Governos locais inscrevem suas propostas registrando dados bsicos das inter-venes que pretendem executar e para as quais esto pleitean-do apoio financeiro da Unio. A partir da anlise dessas informa-es o MCIDADES em conjunto com a Presidncia da Repblica seleciona as propostas que sero atendidas.

    Aps a seleo das propostas, por ambos os processos, go-vernos estaduais, municipais e do Distrito Federal apresentam CAIXA ou BNDES, conforme o caso, documentao tcnica, institucional e jurdica para fins de formalizao das operaes. Nessa fase, o MCIDADES monitora a apresentao e anlise dos documentos comprobatrios de titularidade da rea de interven-o e dos projetos de engenharia, do trabalho social e da regu-larizao fundiria; a obteno do licenciamento ambiental; e a formalizao e concluso do processo licitatrio de contratao das empresas construtoras e prestadoras de servios.

    Em seguida aprovao de todos os requisitos formais, au-torizado o incio da execuo das intervenes, que so acom-

    1 Baixada Santista, Belm, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, So Paulo e, RIDE Distrito Federal e Entorno.

  • Urbanizao de Favelas30

    panhadas, atestadas e pagas pela CAIXA ou BNDES, con-forme o caso. Nessa etapa, so monitorados os avanos fsicos obtidos, bem como os gargalos que porventura apaream ao longo da implantao das obras e servios.

    A CAIXA possui estrutura de anlise de projetos e acompanhamento da execuo descentralizada, todos os

    estados da federao contam com uma ou mais Gern-cias de Desenvolvimento Urbano GIDUR ou Regionais de Desenvolvimento Urbano REDUR, essas unidades possuem estrutura de pessoal tcnico multidisciplinar capaz de tratar as mltiplas facetas das intervenes em assentamentos precrios.

    Monitoramento da execuo

    Com o objetivo de assegurar o cumprimento de prazos e resultados; de gerenciar riscos, mediante identificao e soluo de possveis entraves na execuo das intervenes; e de coordenar e articular aes do Governo Federal, dos governos municipais e estaduais e demais atores envolvidos, o Governo Federal criou estrutura especial para monitorar as intervenes inseridas no PAC, conforme diagrama a seguir:

    Nas Salas de Situao ocorrem reunies peridicas para acompanhar o andamento do PAC, com o objetivo de identificar problemas e buscar alternativas de soluo. Essas reunies so coordenadas pela prpria Presidncia da Repblica, por intermdio da Secretaria de Articulao e Monitoramento da Casa Civil, como inequvoca demonstrao do grau de importncia que a execuo das intervenes representa para o Governo Federal. Ao mesmo tempo, um dos mais importantes objetivos desse monitoramento diferenciado a prestao de contas sociedade dos recursos que esto sendo aplicados, por esse motivo, quadrimestralmente, so apresentados balanos de todas as aes inseridas no PAC. importante lembrar que as intervenes do PAC Urbanizao de Assentamentos Precrios so planejadas e executadas pelos governos locais, cabendo esfera federal o estabelecimento de diretrizes, bem como o apoio oramentrio e financeiro com o correspondente acompanhamento e monitoramento. Ressalte-se, ainda, a grandiosidade do territrio brasileiro e a diversidade de realidades locais, que muitas vezes impede a padronizao de solues e encaminhamentos. Desse modo, o monitoramento das intervenes, realizado no mbito federal, pode ser descrito por dois mecanismos bsicos: O monitoramento remoto

    anlise das informaes contidas em bases de dados, disponibilizadas pela CAIXA e BNDES, nas quais podem ser observadas a evoluo das pendncias apuradas em videoconferncias, a execuo fsica das obras e o seu desembolso;

    Salas de Situao MP MF CC Ministrio Setorial

    Coord : SAM

    Petrleo, Gs e Combustveis

    Energia

    Metrs

    Saneamento

    Habitao

    Recursos Hdricos

    Aeroportos

    Ferrovias Portos e Hidrovias

    Rodovias

    Medidas Institucionais

    Presidente da Repblica

    Comit Gestor de Ministros - CGPAC MP MF CC Ministrio Setorial

    Grupo Executivo - GEPAC MP - MF - CC

    Coordenao SAM

    Gesto e Informaes

    Sistema de Monitoramento

    Acompanhamento e Deciso

    Comit Gestor do PAC nos Ministrios

    Acompanhamento e Deciso

    Nas Salas de Situao ocorrem reunies peridicas para acompanhar o andamento do PAC, com o objetivo de identificar problemas e buscar alternativas de soluo. Essas reunies so coordenadas pela prpria Presidncia

    da Repblica, por intermdio da Secretaria de Articulao e Monitoramento da Casa Civil, como inequvoca demons-trao do grau de importncia que a execuo das inter-venes representa para o Governo Federal.

    SNH

  • 31Urbanizao de Favelas

    Ao mesmo tempo, um dos mais importantes objetivos desse monitoramento diferenciado a prestao de contas sociedade dos recursos que esto sendo aplicados, por esse motivo, quadrimestralmente, so apresentados balan-os de todas as aes inseridas no PAC.

    importante lembrar que as intervenes do PAC Urba-nizao de Assentamentos Precrios so planejadas e exe-cutadas pelos governos locais, cabendo esfera federal o estabelecimento de diretrizes, bem como o apoio oramen-trio e financeiro com o correspondente acompanhamento e monitoramento. Ressalte-se, ainda, a grandiosidade do territrio brasileiro e a diversidade de realidades locais, que muitas vezes impede a padronizao de solues e encami-nhamentos.

    Desse modo, o monitoramento das intervenes, reali-zado no mbito federal, pode ser descrito por dois mecanis-mos bsicos:

    O monitoramento remoto

    anlisedas informaescontidasembasesdedados,disponibilizadas pela CAIXA e BNDES, nas quais podem ser observadas a evoluo das pendncias apuradas em videoconferncias, a execuo fsica das obras e o seu desembolso;

    realizaodevideoconfernciasbimestrais,reunindoostcnicos CAIXA e dos governos estaduais, do Distrito Federal e municipais, para aferir o estgio de cada inter-veno e a evoluo das providncias, porventura ne-cessrias, ocasio em que analisado detalhadamente cada uma das intervenes, verificando-se o estgio de anlise tcnica dos projetos de engenharia e do projeto do trabalho social, as providncias adotadas para obter o licenciamento ambiental e a regularizao da titularida-de do terreno onde sero edificados os empreendimen-tos, e, por fim, as medidas adotadas para preparao e realizao do processo licitatrio. Para cada caso, so pactuados prazos para resoluo das pendncias iden-tificadas. Na medida em que as operaes entram em execuo, as videoconferncias contemplam somente as obras com ritmo de execuo lento, paralisadas ou

    problemticas; e convocaodosgovernosestaduais, doDistrito Fede-

    ral e municipais, para tratar os entraves mais graves, de difcil soluo, no mbito mais estratgico do Governo Federal, normalmente com participao da Presidncia da Repblica.

    O monitoramento in loco

    visitaslocaiseventuais,quandosetemaoportunidadede conhecer as obras e a real dimenso da interveno que est sendo executada, alm dos impactos externos que esto sendo produzidos, informaes que no so capturadas por meio do monitoramento remoto; e

    participao no Gabinete de Gesto Integrada GGI,reunies realizadas quinzenalmente nas unidades locais da CAIXA, com a participao dos entes federados, para acompanhamento de pendncias.

    Embora o monitoramento realizado pelo Governo Federal seja distanciado da execuo diria de cada interveno, importante lembrar que a CAIXA, mandatria da Unio, pos-sui estrutura descentralizada que conta com a expertise de um corpo funcional multidisciplinar, assegurando a execu-o das intervenes sobre um arcabouo de normas e pro-cedimentos tcnicos que garantem que os recursos inves-tidos alcancem seus verdadeiros objetivos. Dessa forma, possvel realizar o acompanhamento das obras contratadas in loco, viabilizando a liberao dos recursos financeiros por parcela de obras/servios executados.

    Esse modelo conta com a aprovao dos rgos de con-trole interno e externo, Controladoria-Geral da Unio (CGU) e Tribunal de Contas da Unio (TCU), respectivamente. Sobre a atuao desses rgos, importante relatar sua atuao na verificao da legalidade dos processos, inibindo ou im-pedindo eventuais desvios de finalidade dos recursos alo-cados.

    As intervenes inseridas no PAC passam por auditorias regulares que, ao identificarem impropriedades, acionam os atores envolvidos para correo ou esclarecimento das questes identificadas considerando suas correspondentes esferas de atribuio.

  • INVESTIMENTOS

    Urbanizao de Favelas32

    COMPLEXO DO ALEMORIO DE JANEIRO/RJ

  • 33Urbanizao de Favelas

    23%

    15%

    9%

    29%

    4%

    12%

    4% 4%

    Investimento por categoria

    InfraestruturaSaneamentoProduo habitacional - reassentamentoProduo habitacional - remanejamentoMelhorias habitacionaisAes complementaresEquipamentos pblicos e recuperao ambientalTrabalho social e regularizao fundiria

    Os recursos destinados pelo PAC Urbanizao de Assentamentos Precrios dividem-se em dois grandes grupos:

    recursosfiscais,consignadosnoOramentoGeraldaUnioOGU,repassadosaosestados,Distrito Federal e municpios, com carter no oneroso, sob forma de transferncia obrigat-ria da Unio, mediante assinatura de Termos de Compromisso firmados com a CAIXA, como mandatria da Unio;

    incluem-sea,recursosdoFundoNacionaldeHabitaodeInteresseSocialFNHIS;

    recursosdoFundodeGarantiadoTempodeServioFGTSoudoFundodeAmparoaoTra-balhador FAT, repassados aos estados, Distrito Federal e municpios com carter oneroso, sob forma de financiamentos, mediante assinatura de contratos de emprstimo firmados com a CAIXA ou BNDES, como agentes financeiros.

    Somados aos recursos da Unio, compem os investimentos as contrapartidas dos estados, Distrito Federal e municpios, que podem se apresentar sob a forma de recursos financeiros, bens ou servios economicamente mensurveis.

    Atualmente encontram-se alocados R$ 21,4 bilhes em intervenes em favelas com recur-sos do PAC em 785 contratos, sendo R$ 15,5 bilhes do OGU e R$ 5,9 bilhes do FGTS e FAT.

    Esses recursos iro proporcionar a melhoria das condies de habitabilidade de mais de 1,8 milho de famlias com aes integradas de construo e melhoria de habitaes, saneamento, infraestrutura, equipamentos pblicos, trabalho social, regularizao fundiria e recuperao de rea degradada.

    Para retratar a diversidade de aes envolvidas nessas intervenes, apresenta-se a distribui-o percentual dos recursos investidos.

    ARQU

    IVO:

    FER

    NAND

    A AL

    MEI

    DA, 2

    009

  • Embora haja uma grande diversidade de tipologias de intervenes de urbanizao de assentamentos precrios dentre aqueles que esto sendo executados com recur-sos do PAC, possvel identificar trs grandes grupos:

    1. assentamentos que esto sendo regularizados e con-solidados com manuteno de todas as famlias be-neficirias na prpria rea de interveno;

    2. assentamentos que esto regularizados e consolida-dos com reassentamento de parte das famlias be-neficirias; e

    3. assentamentos no passveis de regularizao e con-solidao com reassentamento total das famlias beneficirias.

    O primeiro grupo representa 67% dos investimentos do PAC Urbanizao de Assentamentos Precrios, o segundo grupo representa 28% e o terceiro 5%. Impor-tante verificar, portanto, que a maior parte dos investi-mentos mantm a populao no local em que j habitava, como claro respeito aos laos de vizinhana e trabalho j

    TIPOLOGIAS DAS INTERVENESestabelecidos, bem como forte reconhecimento do direi-to cidade e funo social da propriedade.

    Para retratar a diversidade de aes envolvidas por tipologia de interveno, apresenta-se a distribuio per-centual dos recursos investidos por tipo de ao execu-tada:

    Urbanizao sem reassentamento ocorre naquelas situaes em que possvel regularizar e consolidar toda a rea sem que haja necessidade de transferir famlias. Nesses casos, os investimentos em produo ou melho-ria habitacional so de menor monta e ocorrem somente dentro do prprio assentamento, sendo que a produo ocorre nos casos de remanejamento das famlias dentro da prpria rea em funo da abertura do sistema virio, implantao das redes de infraestrutura e equipamentos comunitrios.

    30%doinvestimentoparaproduohabitacional

    45%emsaneamentoeinfraestrutura

    Urbanizao de Favelas34

    26%

    19%30%

    5%

    12%

    4% 4%

    Urbanizacao com remanejamento

    InfraestruturaSaneamentoProduo habitacional - remanejamentoMelhorias habitacionaisAes complementaresEquipamentos pblicos e recuperao ambientalTrabalho social e regularizao fundiria

  • Urbanizao com reassentamento parcial - ocorre naquelas situaes em que a implantao das obras e servios necessrios para regularizar e consolidar a rea de interveno exige o remanejamento de parte da populao para outras reas. Nesses casos, os investimentos em produo habitacional ocorrem dentro e fora do assentamento que est sendo urbanizado.

    55%doinvestimentoparaproduohabitacional

    21%paraproduohabitacionalemreadereassentamento

    25%emsaneamentoeinfraestrutura

    Urbanizao com reassentamento total ocorre naquelas situao em que o assentamento precrio est localizado em reas no passveis de ocupao. Nessas intervenes a maior parte dos investimentos destinada produo ha-bitacional, sendo que a rea original recebe o tratamento necessrio para que no seja mais objeto de novas ocupaes irregulares.

    83%doinvestimentoparaproduohabitacional

    35Urbanizao de Favelas

    18%

    9%

    56%

    10%3%4%

    Reassentamento total

    InfraestruturaSaneamentoProduo habitacional - reassentamentoAes complementaresEquipamentos pblicos e recuperao ambientalTrabalho social e regularizao fundiria

    17%

    8%

    21%

    33%

    2%

    11%

    4%3%

    Urbanizacao com reassentamento

    InfraestruturaSaneamentoProduo habitacional - reassentamentoProduo habitacional - remanejamentoMelhorias habitacionaisAes complementaresEquipamentos pblicos e recuperao ambientalTrabalho social e regularizao fundiria

  • ALGUMAS EXPERINCIAS EM CURSO

    Urbanizao de Favelas36

    MARGEM ESQUERDA DO RIO ANILSO LUS/MA

  • 37Urbanizao de Favelas

  • Urbanizao de Favelas38

    Obras de grande porte, envolvendo elimina-o de risco e deficincias de infraestrutura ur-bana

    COMPLEXO DO ALEMORio de Janeiro/RJ

    Investimento2: R$ 833,2 milhes Fonte:OGU Proponente: Governo do Estado do Rio de Janeiro e

    Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro Famliasbeneficiadas:30.266 Principaisservios: Produode920unidadeshabitacionais; Aquisiode1.155unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao, obras virias e dre-nagem pluvial;

    Recuperaodereasdegradadas; Proteo,contenoeestabilizaodesolo; Instalaode recipientesparacoletade resduos

    slidos; Construodetelefricocom07estaes; Equipamentoscomunitrios:Centrodereferencia

    da juventude, centro de gerao de renda, escola de ensino mdio de referncia, biblioteca, centro de inte-grao de ateno sade, centro de servios, 02 cre-ches, 02 centros comerciais e 02 postos de sade da famlia.

    O Complexo do Alemo um bairro-favela da Zona Norte do Rio de Janeiro, oficializado como bairro em 1993 e constitudo por um conjunto de 12 favelas, sendo seu ncleo principal o Morro do Alemo. O bairro desenvolveu-se sobre a serra da Misericrdia, uma formao geolgica de morros e nascentes naturais, quase toda destruda pela construo do Complexo. Restam poucas reas verdes na regio e alguns pontos de nascentes de rios que so usados como fonte de gua pela populao. Todavia, logo aps a nascente, os rios j se tornam vales de esgoto. Boa parte da serra foi destruda devido s pedreiras, muito comuns na segunda metade do sculo XX.

    2 Os investimentos consideram alm de fontes federais OGU, FGTS e FAT as contrapartidas locais.

    A interveno do Complexo do Alemo que, de-senvolvida sob a parceria das trs esferas do poder pblico, prev a construo de uma enorme rede de transpor tes e infraestrutura visando tornar o bairro e seus arredores livres do estigma da favelizao e da violncia. Infraestrutura focada na integrao fsica e social das diversas comunidades, entre elas, e com os bairros do entorno, com implantao de redes de gua, esgoto e drenagem, contenes de encostas e pavimentao de vias.

  • 39Urbanizao de Favelas

    Contempla a melhoria e construo de moradias dis-tribudas em cinco reas de concentrao, utilizando pro-jetos diversificados com proposies de novos padres construtivos que fogem dos usualmente utilizados, bem como a edificao de diversos equipamentos: Centro de Referncia da Juventude Esporte e Lazer, Centro de Apoio Jurdico, Centro de Servios, Escola de Ensino Mdio de Referncia, Centro Comercial, Creche e Posto de Sade da Famlia, UPA Unidade de Pronto Atendimento Sade, Biblioteca, Esporte e Lazer.

    J para a acessibilidade e mobilidade da comunidade, a interveno engloba a implantao de sistema telefrico, com as estaes de Fazendinha, Itarar, Alemo, Baiana, Adeus e Bonsucesso, proporcionando uma reduo do tempo de deslocamento entre a primeira e a ltima parada de 50 para 16 minutos, conectando todo o complexo inter-namente e ao restante da cidade, favorecendo a todos os moradores, principalmente idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais.

  • PARAISPOLISSo Paulo/SP

    Investimento:R$318,8milhes Fonte:OGU Proponente:GovernodoEstadodeSoPauloePrefei-

    tura Municipal de So Paulo Famliasbeneficiadas:20.832 Principaisservios: Produode1.952unidadeshabitacionais; Melhoriade684unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavi-mentao e obras virias;

    ConstruodeViaPerimetral; Equipamentoscomunitriosdesadeeeducao.

    Situada na regio sul do municpio de So Paulo, a interveno urbanstica no Complexo de Paraispo-lis beneficiar mais de 20.832 famlias e busca me-lhorar as condies de habitabilidade, preveno e eliminao de riscos de acidentes causados por fa-tores geotcnicos e por inundaes, alm de ampliar e for talecer a organizao comunitria e melhorar as condies ambientais, urbanas e de seu entorno. Alm destas aes, destacam-se as atividades sociais pro-movidas atravs do Programa Mais Cultura - Espaos Sociais Paraispolis, onde sero disponibilizados es-paos de dana, estdio musical, pontos de leitura e cinema ao ar livre.

    Urbanizao de Favelas40

  • 41Urbanizao de Favelas

    ROCINHARio de Janeiro/RJ

    Investimento:R$231,2milhes

    Fonte:OGU

    Proponente:GovernodoEstadodoRiodeJaneiro

    Famliasbeneficiadas:30.000

    Principaisservios:

    Produode144unidadeshabitacionais;

    Aquisiode603unidadeshabitacionais;

    Melhoriade2.661unidadeshabitacionais;

    Infraestrutura compreendendo abastecimento degua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, ilu-minao pblica, pavimentao e obras virias;

    Proteo,contenoeestabilizaodeencostas;

    Recuperaodereasdegradadas;

    ConstruodoPlanos Inclinados Icom03esta-es e do Plano Inclinado II com 02 estaes;

    Equipamentos comunitrios: Creche, centro deintegrao, centro integrado de ateno sade CIAS, centro de convivncia, cultura e cidadania C4, centro de jud e mercado pblico.

    A Rocinha um bairro localizado na cidade do Rio de Janeiro, entre os bairros de classe alta da Gvea e de So Conrado, destacando-se por ser uma das maiores favelas do pas, contando com cerca de 56 mil habitantes. A co-munidade teve origem na diviso em chcaras da antiga Fazenda Quebra-Cangalha, produtora de caf. Adquiridas por imigrantes portugueses e espanhis, tornaram-se, por volta da dcada de 1930, o centro fornecedor de hortali-as, que abastecia a Zona Sul da cidade. Aos moradores mais curiosos sobre a origem dos produtos, os vendedo-res informavam que provinham de uma rocinha instalada no Alto da Gvea. Da a origem de seu nome. A interveno prev a urbanizao da favela com aes de infraestrutura, mobilidade, melhorias habitacionais, alm de equipamen-tos comunitrios.

  • HELIPOLISSo Paulo/SP

    Investimento:R$203,1milhes Fonte:OGU Proponente:PrefeituraMunicipaldeSoPaulo Famliasbeneficiadas:15.600 Principaisservios: Produode1.813unidadeshabitacionais; Melhoriade1.343unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavi-mentao e obras virias;

    Recuperaodereasdegradadas.

    A interveno ir beneficiar 15.600 famlias residentes na regio sudeste da cidade de So Paulo em rea carac-terizada por alta densidade demogrfica, com habitaes so de baixa qualidade e construdas sem obedincia a nenhuma postura municipal urbana, sujeitando a popula-o a riscos sanitrios. Sero implantadas solues de drenagem pluvial, consolidaes geotcnicas, redes cole-toras de esgotos e de distribuio de gua, recuperao de reas degradadas, pavimentao, canalizao de crrego, construo e readequao de unidades habitacionais, tra-balho social e regularizao fundiria.

    Urbanizao de Favelas42

    EM

    EXECUO

  • JARDIM SO FRANCISCOSo Paulo/SP

    Investimento:R$159,4milhes Fonte:OGU Proponente:PrefeituraMunicipaldeSoPaulo Famliasbeneficiadas:7.913 Principaisservios: Produode876unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavi-mentao e obras virias;

    Recuperaodereasdegradadas.

    Localizado na zona leste de So Paulo, prximo divisa com o municpio de Mau, o Jardim So Francisco possui

    grande parte de sua rea destinada a habitaes de inte-resse social com a existncia de conjuntos habitacionais e ocupaes espontneas, totalizando no bairro 3.541 fa-mlias cadastradas e 12.405 habitantes. Ao longo do tem-po, foi objeto de vrias intervenes pontuais tais como a implantao de alojamentos provisrios, de um loteamen-to por grileiros e de diversas ocupaes espontneas por famlias de baixa renda. O projeto agora elaborado prev solues para a rea de forma integral, principalmente no que se refere a drenagem pluvial, rede coletora de esgotos e abastecimento de gua, remoes de moradias de reas de risco, provises habitacionais, consolidaes geotcni-cas e pavimentaes.

    43Urbanizao de Favelas

  • VILA SO JOSBelo Horizonte/MG

    Investimento:R$155,3milhes Fonte:OGU Proponente:PrefeituraMunicipaldeBeloHorizonte Famliasbeneficiadas:12.500 Principaisservios: Produode1.616unidadeshabitacionais; Recuperaodereasdegradadas; Infraestrutura compreendendo: abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavi-mentao e obras virias.

    Urbanizao de Favelas44

  • DIVERSOS BAIRROSNova Iguau/RJ

    Investimento:R$150milhes Fonte:FGTS Proponente:PrefeituraMunicipaldeNovaIguau Famliasbeneficiadas:9.450 Principaisservios: Produode629unidadeshabitacionais; Urbanizaode145.059,90mdereaspblicas; Pavimentaoeobrasviriasde223.382,30m; Redesdedrenagempluvial.

    A interveno tem por objetivo a consolidao de reas centrais de bairros da cidade com o aumento da oferta de infraestrutura, promoo da acessibilidade universal, melhoria da qualidade de vida e das condies scioam-bientais da populao. Esto sendo executadas redes de drenagem pluvial, construo e/ou alargamento de cal-adas, implantao de abrigos para pontos de nibus, implantao de ciclovia, requalificao do sistema virio, reforo na sinalizao horizontal e vertical, implantao de travessias para pedestres, construo de 629 unida-des habitacionais com regularizao fundiria e urbani-zao do terreno, sendo 9.450 famlias beneficiadas, no total.

    45Urbanizao de Favelas

  • Urbanizao de Favelas46

    ARQUIVO: PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA IGUAU

    CONJUNTO HABITACIONAL JACINTA ANDRADE Teresina PI

    Investimento:R$147milhes Fonte:FGTS Proponente:GovernodoEstadodoPiau Famliasbeneficiadas:4.300 Principaisservios: Produo de 4.000 unidades habitacionais

    concentradas; Produode300unidadeshabitacionaispul-

    verizadas; Equipamentos comunitrios: Creche, dele-

    gacia, escola de ensino fundamental, mercado, quadra poliesportiva, unidades de sade, centro cultural e de produo, universidade aberta, usi-na de tratamento de resduos slidos e centro de educao ambiental.

    A interveno compreende a construo de 4.300 unidades habitacionais para famlias de baixa renda, inclusive pertencentes a segmentos vulnerveis, que vivem em condies precrias, em reas irregulares, de alto risco ambiental e sujeitas ao alagamento. A rea onde est sendo implantado este grande con-junto habitacional fica na localidade de Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina, prevendo em seu agenciamento a reserva para zonas institucionais de uso pblico e destinao de grandes bolses verdes para preservao e implantao de parques.

    EM

    EXECUO

  • BAIRROS ALICANTE, BARCELONA, CIDADE NEVIANA, JARDIM COLONIAL, SO LUIZ E ROSANEVESRibeiro das Neves/MG

    Investimento:R$141,3milhes Fonte:OGU Proponente: PrefeituraMunicipal de Ribeiro das Ne-

    ves Famliasbeneficiadas:14.627 Principaisservios: Produode234unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo: abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavi-mentao e obras virias.

    47Urbanizao de Favelas

    BACIA CADENA E VACACA MIRIMSanta Maria/RS

    Investimento:R$100,3milhes Fonte:OGU Proponente:PrefeituraMunicipaldeSantaMaria Famliasbeneficiadas:8.400 Principaisservios:

    Produode1.763unidadeshabitacionais; Melhoriade1.024unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, pavimentao e obras virias;

    Recuperaodereasdegradadas.

    EM

    EXECUO

  • Urbanizao de Favelas48

    VALE DO REGINALDOMacei AL

    Investimento:R$133,5milhes Fonte:OGU Proponente:GovernodoEstadodeAlagoas Famliasbeneficiadas:7.000 Principaisservios: Produode1.512unidadeshabitacionais; Melhoriade700unidadeshabitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abasteci-

    mento de gua, esgotamento sanitrio, redes de ener-gia eltrica, drenagem, pavimentao e obras virias.

    Urbanizao integrada de favelas do Vale do Reginal-do visa promover, de maneira sustentvel, a melhoria da

    qualidade de vida da populao residente em favelas situ-ada s margens do riacho Reginaldo, em reas de risco e/ou proteo ambiental. O empreendimento prev a remo-o de palafitas localizadas em reas de risco, sujeitas a alagamento, com a construo de 1.512 novas unidades habitacionais. A interveno beneficiar, ao todo, 7.000 famlias.

    EM

    EXECUO

  • 49Urbanizao de Favelas

    NOSSA SENHORA DA APRESENTAONatal/RN

    Investimento:R$108,3milhes Fonte:OGUeFGTS Proponente:PrefeituraMunicipaldeNatal Famliasbeneficiadas:22.000 Principaisservios: Produode32unidadeshabitacionais; Melhoriasem23unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo drenagem pluvial,

    pavimentao e obras virias; Equipamentoscomunitrios:05Escolasequadra

    de esportes.

    Batizado com o nome da padroeira da cidade de Natal, o bairro Nossa Senhora da Apresentao est localizado

    em uma regio composta por micro bacias fechadas com depresses interiores, apresentando afloramento do lenol fretico nos locais mais baixos. Nos perodos de grandes precipitaes, formam-se grandes lagoas que, sem pos-sibilidade de infiltrao imediata, transbordam alagando os imveis da localidade. A ocupao desses imveis se deu de forma irregular, por populao de baixa renda, e de modo bastante acelerado. A ao de urbanizao Integra-da nesta localidade envolve, alm da produo e melhoria de unidades habitacionais, construo de equipamentos de esporte e de educao, esgotamento sanitrio, drena-gem incluindo lagoas de conteno, pavimentao e re-gularizao fundiria, beneficiando de forma direta 22.000 famlias.

    EM

    EXECUO

  • Urbanizao de Favelas50

    FALHA GEOLGICA 1 E 2 ETAPA Salvador/BA

    Investimento:R$99,6milhes Fonte:OGUeFGTS Proponente:GovernodoEstadodaBahia Famliasbeneficiadas:11.200 Principaisservios: Produode220unidadeshabitacionais; Melhoriade520unidadeshabitacionais; Recuperaode05casaresdestinadossfam-

    lias que ocupam o frontispcio, sendo 70 apartamentos de 1 e 2 quartos e 102 unidades habitacionais carac-terizadas por casares espalhados, pontualmente, bus-cando manter os vnculos sociais;

    Reassentamentode100famliaslocalizadasnaviaporturia;

    Recuperaoecontenodeencostaedemura-lhas degradadas;

    Equipamentos comunitrios: Centro comunitrio,praa e horto;

    Aesdegeraoderendaatravsdaqualificaode mo de obra para atuar na restaurao do patrim-nio histrico;

    Requalificaourbansticade19hectaresocupa-dos por 5.075 moradores em 1.015 domiclios; Obrasdeinfraestruturacompreendendoaimplan-

    tao de macrodrenagem, reforma de pavimentos e recu-perao de nascente de gua natural de forte significado para a populao.

    Ao que visa solucionar diversos pontos de fragilidade social no municpio de Salvador, tendo como principal ca-racterstica ocupaes irregulares na encosta criada pela falha geolgica, que divide a cidade em Alta e Baixa, en-volvendo as localidades de Alto do bom Viver, Baixa do Cacau, Costa Azul, Alto de Ondina, Rocinha, gua Brusca, Lapinha, Pilar e Santo Antnio. Ela engloba a recuperao e a requalificao de imveis degradados e/ou em estado de runas, alm dos ocupados coletivamente (cortios), que esto situados no centro antigo - Centro Histrico, integrando-se ao seu constante processo de revitalizao. Este projeto contempla ainda intervenes na via porturia parte de sistema virio estruturante de Salvador - e reas de complementao de investimentos pblicos.

    EM

    EXECUO

  • VILA ESTRUTURALBraslia/DF

    Investimento:R$73milhes Fonte:OGU Proponente:GovernodoDistritoFederal Famliasbeneficiadas:9.450 Principaisservios: Produode1.889unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua e esgotamento sanitrio; Equipamentoscomunitrios:Escolainfantil,esco-

    la de nvel mdio, escola de nvel fundamental e posto policial.

    A interveno beneficia 9.450 famlias que residem em rea de lixes, sujeitas a fatores de risco, insalubridade e degradao ambiental, gerando lanamento de esgotos domsticos na via pblica ou no sistema de drenagem.

    51Urbanizao de Favelas

    EM

    EXECUO

  • Urbanizao de Favelas52

    COMPLEXO DO CANTAGALO PAVO PAVOZINHORio de Janeiro/RJ

    Investimento:R$63,6milhes Fonte:OGU Proponente:GovernodoEstadodoRiodeJaneiro Famliasbeneficiadas:4.882 Principaisservios: Produode227unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, incluindo reservatrio com capacidade para 670 mil litros, esgotamento sanitrio incluindo uma estao elevatria, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias;

    Proteo,contenoeestabilizaodeencostas; Equipamentoscomunitrios:02Praas.

    O complexo de morros do Cantagalo-Pavo-Pavozinho est cravado no centro da Zona Sul carioca, nos bairros de Copacabana e Ipanema, com uma das vistas mais privi-legiadas do Rio: a Lagoa Rodrigo de Freitas e o mar. A obra de urbanizao e infraestrutura do complexo abrange umareade173.000m,atendendoaumapopulaode19.528 habitantes e beneficiando diretamente 4.882 fam-lias. Essa interveno garante: condies de acessibilida-de e transporte da populao, ligaes de gua potvel e esgotamento sanitrio em todas as unidades localizadas na rea de interveno, drenagem objetivando diminuir os riscos ambientais, pavimentao dos becos garantindo a circulao da populao em condies de ergonomia e segurana, reassentamento das famlias cujas residncias foram remanejadas para implantao do projeto, ou em condies criticas de insalubridade. Estas famlias rece-bero regularizao fundiria e as unidades habitacionais apresentam um sistema construtivo moderno e com bom padro de acabamento. Propiciando, dessa forma, uma melhor qualidade de vida e contribuindo para a reduo da violncia local.

  • 53Urbanizao de Favelas

  • FAVELAS DO CENTRO EXPANDIDOGuarulhos/SP

    Investimento:R$44,3milhes Fonte:OGU Proponente:PrefeituraMunicipaldeGuarulhos Famliasbeneficiadas:3.449 Principaisservios: Produode861unidadeshabitacionais; Produode978lotesurbanizados; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavi-mentao e obras virias;

    Recuperaodereasdegradadas; Equipamentocomunitrio:Centrocomunitriocom

    quadra poliesportiva.

    A interveno no Centro Expandido prope a cons-truo de unidades habitacionais na prpria rea, ou nas proximidades, buscando o melhor aproveitamento do ter-reno e permitindo que as relaes sociais estabelecidas, tais como os vnculos existentes de trabalho, a escola e a vida comunitria, sejam preservados. O programa engloba ainda a urbanizao integrada, o trabalho social, a regula-rizao fundiria, alm da melhoria da infraestrutura urba-na local, atravs de obras virias com abertura de ruas e construo de equipamento comunitrio.

    Urbanizao de Favelas54

  • MORRO DO PREVENTRIONiteri/RJ

    Investimento:R$37,2milhes Fonte:OGU Proponente:GovernodoEstadodoRiodeJaneiro Famliasbeneficiadas:1.772 Principaisservios: Produode248unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo drenagem pluvial,

    pavimentao e obras virias; Recuperaodereasdegradadas; Obrasdeconteno.

    A interveno beneficia 1.772 famlias residentes em rea que possui configurao topogrfica em acli-ve, bastante acidentada, com a eliminao de situa-es de risco de deslizamentos atravs da execuo

    de obras de conteno e estabilizao de encostas, alm da implantao de infraestrutura bsica, com a construo de unidades habitacionais, equipamentos comunitrios, sistema de coleta de guas pluviais, obras virias e recuperao de reas degradadas, atravs de reflorestamento. Para o reassentamento das famlias que se encontram em reas de Preser-vao Permanente APPs, sero construdas 248 unidades habitacionais e, atravs das atividades da equipe social, sero implementadas aes de organi-zao comunitria, educao sanitria e ambiental e programas de gerao de trabalho e renda. A situao fundiria ser regularizada com a titulao definitiva dos lotes aos moradores.

    55Urbanizao de Favelas

  • BAIRROS SO MATEUS, PAULA II, CRISTO REI, MAPIM, GUA LIMPA, COSTA VERDE NOVA FRONTEIRA E 23 DE SETEMBROVrzea Grande/MT

    Investimento:R$34,5milhes Fonte:FAT Proponente:PrefeituraMunicipaldeVrzeaGrande Famliasbeneficiadas:12.500 Principaisservios: Produode530unidadeshabitacionais; Melhoriade95unidadeshabitacionais;

    Implantao infraestruturacompreendendo reser-vatrio de gua, esgotamento sanitrio, drenagem, pa-vimentao e obras virias;

    Equipamentoscomunitrios:03unidadesdesa-de, policlnica, 04 escolas e restaurante popular;

    Recuperaodereasdegradadase implantaode parque urbano.

    Urbanizao de Favelas56

    EM

    EXECUO

  • VILA MUCAJMacap/AP

    Investimento:R$28,3milhes Fonte:OGU Proponente:PrefeituraMunicipaldeMacap Famliasbeneficiadas:1.097 Principaisservios:

    Produode592unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao, obras virias e dre-nagem pluvial;

    Construodecreche.

    A interveno tem por objetivo a melhoria das condi-es de habitabilidade para 1.097 famlias que residem em encostas, com risco de desmoronamento, ou em reas parcialmente alagadas e insalubres para moradia.

    SANTA FELICIDADEMaring/PR

    Investimento:R$25,3milhes Fonte:OGU Proponente:PrefeituraMunicipaldeMaring Famliasbeneficiadas:943 Principaisservios: Produode665unidadeshabitacionais; Melhoriade278unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias;

    Recuperaodereasdegradadas; Equipamentoscomunitrios:Centrodereferncia

    de assistncia social - CRAS, centro de convivncia, centro cooperativo para triagem de reciclveis, centro de ateno psicossocial, praa e centro cooperativo de gerao de emprego e renda.

    A interveno beneficia 943 famlias e compreende o redimensionamento dos lotes do Conjunto Santa Felici-dade objetivando a readequao das redes coletoras de esgoto e do sistema virio local. Alm disso, produo de 665 unidades habitacionais, e melhorias em outras 278, em diversos bairros.

    57Urbanizao de Favelas

    EM

    EXECUO

  • PROJETO QUEBRADEIRAS DE COCOSo Miguel do Tocantins/TO

    Investimento:R$22,3milhes Fonte:OGU Proponente:GovernodoEstadodoTocantins Famliasbeneficiadas:884 Principaisservios: Produode884unidadeshabitacionais; Sistema de esgotamento sanitrio por meio de

    fossa-sumidouro.

    As famlias beneficiadas com a interveno trabalham como quebradeiras de coco. Elas residem em rea cujas moradias foram construdas com materiais inadequados, tais como taipa, adobe e palha, estando assim, expostas aos vetores transmissores de doenas. A infraestrutura compreende apenas a implantao de sistema de esgo-tamento sanitrio, por meio de fossa-sumidouro, uma vez que a rea j possui redes de abastecimento de gua e energia eltrica. Tambm ser realizada regularizao fun-diria para toda a rea objeto da interveno.

    NOVA THERESINATeresina/PI

    Investimento:R$15milhes Fonte:OGU Proponente:GovernodoEstadodoPiau Famliasbeneficiadas:871 Principaisservios: Produode527unidadeshabitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abasteci-

    mento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, iluminao pblica, drenagem, pavimentao e obras virias;

    Equipamentos comunitrios:Campode futebol eportal de entrada.

    Interveno em favelas no bairro Pedra Mole com a construo de 527 unidades habitacionais. O conjunto ha-bitacional denominado Residencial Nova Theresina, dis-tante 16 Km do Centro da capital. As famlias beneficiadas residem em situaes de precariedade tais como: reas de risco, reas irregulares e reas agregadas em imveis cedidos ou alugados. Todas as famlias beneficiadas pos-suem renda inferior a 01 salrio mnimo.

    Urbanizao de Favelas58

    EM

    EXECUO

  • MIRANTE SANTA MARIA DA CODIPITeresina PI

    Investimento:R$15milhes Fonte:OGU Proponente:GovernodoEstadodoPiau Famliasbeneficiadas:648 Principaisservios: Produode556unidadeshabitacionais; Aquisiode92unidadeshabitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abasteci-

    mento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, iluminao pblica, drenagem, pavimentao e obras virias.

    Urbanizao de Assentamentos Precrios, com cons-truo de 556 unidades habitacionais, e aquisio de ou-tras 92, no bairro Santa Maria da Codipi. O conjunto habi-tacional chamado Mirante Santa Maria da Codipi, distante 16 Km do Centro de Teresina, e adjacente ao Residencial Jacinta Andrade, beneficiando 648 famlias. A populao beneficiada constituda por famlias de baixa renda, pro-venientes de diversos bairros da capital e/ou outros muni-cpios que residem em imveis alugados, ou agregados, com familiares e segmentos sociais mais vulnerveis.

    TERRA SANTA E LAGUNACuritiba/PR

    Investimento:R$20,1milhes Fonte:OGU Proponente:PrefeituraMunicipaldeCuritiba Famliasbeneficiadas:1.077 Principaisservios: Produode171unidadeshabitacionais; Melhoriade906unidadeshabitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, ilumi-nao pblica, pavimentao e obras virias;

    Recuperaodereasdegradadas; Equipamentoscomunitrios:Centrocomunitrioe

    creche.

    A interveno beneficiar um total de 1.077 famlias, sendo 598 na Vila Terra Santa e 479 no Moradias Lagu-na. Na Vila Terra Santa, 171 famlias recebero unidades novas e as demais sero beneficiadas com melhorias ha-bitacionais e instalaes hidrulico-sanitrias. No Mora-dias Laguna, esto sendo reassentadas 479 famlias que encontravam-se em reas de risco.

    59Urbanizao de Favelas

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    EXECUO

  • Urbanizao de Favelas60

    PROJETO VILA BAIRRO 2 E 3 ETAPASTeresina/PI

    Investimento:R$55,7milhes Fonte:OGUeFAT Proponente:PrefeituraMunicipaldeTeresina Famliasbeneficiadas:1.858 Principaisservios: Produode1.858unidadeshabitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abasteci-

    mento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, iluminao pblica, drenagem, pavimentao e obras virias;

    Equipamentoscomunitrios:Escolae02praas.

    A interveno tem por objetivo o reassentamento de 1.858 famlias que se encontram em reas sujeitas a alagamento e/ou desmoronamentos, e sero assentadas em terrenos nas regies Norte, Leste e Sul, dotados de infraestrutura mnima necessria, alm de equipamentos comunitrios.

    GRANDE CAFETEIRA E RIACHO BACURIImperatriz/MA

    Inv