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1ª série EM - Questões para a RECUPERAÇÃO FINAL – RF 2017 – PORTUGUÊS TEXTOS PARA AS QUESTÕES 01 A 04 CHÃO DE ESTRELAS Minha vida era um palco iluminado Eu vivia vestido de dourado Palhaço das perdidas ilusões... Cheio dos guizos falsos da alegria Andei cantando a minha fantasia Entre as palmas febris dos corações. Meu barracão no morro do Salgueiro Tinha o cantar alegre de um viveiro Foste a sonoridade que acabou... E, hoje, quando do sol a claridade Forra o meu barracão, sinto saudade Da mulher - pomba-rola que voou. Nossas roupas comuns dependuradas Na corda, qual bandeiras agitadas, Pareciam um estranho festival: Festa dos nossos trapos coloridos, A mostrar que nos morros mal vestidos É sempre feriado nacional! A porta do barraco era sem trinco Mas a lua, furando o nosso zinco, Salpicava de estrelas nosso chão... Tu pisavas nos astros distraída Sem saber que a ventura desta vida É a cabrocha, o luar e o violão... (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa) VOU RETRATAR A MARÍLIA. Vou retratar a Marília, a Marília, meus amores; porém como? se eu não vejo quem me empreste as finas cores: dar-mas a terra não pode; não, que a sua cor mimosa vence o lírio, vence a rosa, o jasmim e as outras flores. Ah! socorre, Amor, socorre ao mais grato empenho meu! Voa sempre os astros, voa, traze-me as tintas do céu. Só no céu acha-se podem tais belezas como aquelas, que Marília tem nos olhos, e que tem nas faces belas; mas às faces graciosas, aos negros olhos, que matam, não imitam, não retratam nem auroras nem estrelas. Ah! socorre, Amor, socorre ao mais grato empenho meu! Voa sobre os astros, voa, traze-me as tintas do céu (Tomás Antônio Gonzaga) 01. Orestes Barbosa e Tomás Antônio Gonzaga adotam em seus textos o princípio da isometria, segundo o qual todos os versos do poema devem apresentar o mesmo número de sílabas poéticas. Levando este fato em consideração, indique o número de sílabas que apresentam os versos de cada um dos dois poemas. 02. Feita a escansão no exercício anterior, agora diga qual o sistema de rimas existente no poema CHÃO DE ESTRELAS, escrevendo sua resposta nas linhas abaixo. 03. Lidos os três poemas percebe-se que, apesar de suas diferenças estruturais e de linguagem, tratam genericamente de um mesmo tema. a) De que tema se trata? b) Qual dos textos mais se aproxima do cotidiano popular brasileiro? Explique. 04. Depois de ter refletido sobre os textos acima, percebe-se que se tratam de obras literárias. Sabendo disso, diga quais os três elementos essenciais, discutidos em aula, que tornam esses textos artísticos. 05. Examine a tira do cartunista argentino Quino (1932- ).

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Page 1: 1ª série EM - sistema.deltacolegio.com.brsistema.deltacolegio.com.br/upload/13122017061213_1aserieEM-RF-R... · a) Pelo conteúdo de sua redação, depreende-se que o personagem

1ª série EM - Questões para a RECUPERAÇÃO FINAL – RF 2017 – PORTUGUÊS TEXTOS PARA AS QUESTÕES 01 A 04 CHÃO DE ESTRELAS Minha vida era um palco iluminado Eu vivia vestido de dourado Palhaço das perdidas ilusões... Cheio dos guizos falsos da alegria Andei cantando a minha fantasia Entre as palmas febris dos corações. Meu barracão no morro do Salgueiro Tinha o cantar alegre de um viveiro Foste a sonoridade que acabou... E, hoje, quando do sol a claridade Forra o meu barracão, sinto saudade Da mulher - pomba-rola que voou. Nossas roupas comuns dependuradas Na corda, qual bandeiras agitadas, Pareciam um estranho festival: Festa dos nossos trapos coloridos, A mostrar que nos morros mal vestidos É sempre feriado nacional! A porta do barraco era sem trinco Mas a lua, furando o nosso zinco, Salpicava de estrelas nosso chão... Tu pisavas nos astros distraída Sem saber que a ventura desta vida É a cabrocha, o luar e o violão... (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa)

VOU RETRATAR A MARÍLIA. Vou retratar a Marília, a Marília, meus amores; porém como? se eu não vejo quem me empreste as finas cores: dar-mas a terra não pode; não, que a sua cor mimosa vence o lírio, vence a rosa, o jasmim e as outras flores. Ah! socorre, Amor, socorre ao mais grato empenho meu! Voa sempre os astros, voa, traze-me as tintas do céu. Só no céu acha-se podem tais belezas como aquelas, que Marília tem nos olhos, e que tem nas faces belas; mas às faces graciosas, aos negros olhos, que matam, não imitam, não retratam nem auroras nem estrelas. Ah! socorre, Amor, socorre ao mais grato empenho meu! Voa sobre os astros, voa, traze-me as tintas do céu (Tomás Antônio Gonzaga)

01. Orestes Barbosa e Tomás Antônio Gonzaga adotam em seus textos o princípio da isometria, segundo o qual todos os versos do poema devem apresentar o mesmo número de sílabas poéticas. Levando este fato em consideração, indique o número de sílabas que apresentam os versos de cada um dos dois poemas. 02. Feita a escansão no exercício anterior, agora diga qual o sistema de rimas existente no poema CHÃO DE ESTRELAS, escrevendo sua resposta nas linhas abaixo. 03. Lidos os três poemas percebe-se que, apesar de suas diferenças estruturais e de linguagem, tratam genericamente de um mesmo tema. a) De que tema se trata? b) Qual dos textos mais se aproxima do cotidiano popular brasileiro? Explique. 04. Depois de ter refletido sobre os textos acima, percebe-se que se tratam de obras literárias. Sabendo disso, diga quais os três elementos essenciais, discutidos em aula, que tornam esses textos artísticos.

05. Examine a tira do cartunista argentino Quino (1932- ).

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a) Pelo conteúdo de sua redação, depreende-se que o personagem Manuel Goreiro (o “Manolito”), além de estudar, exerce outra atividade. Transcreva o trecho em que esta outra atividade se mostra mais evidente e indique-a. b) No trecho “As lojas fecham mais tarde por quê não escurese mais tamcedo”, verificam-se alguns desvios em relação à norma-padrão da língua. Reescreva este trecho, fazendo as correções necessárias. 06. Ainda sobre a escrita de Manolito, seu registro linguístico é adequado para a produção textual elaborada? Que fator justificaria sua escrita?

07. Sobre a tirinha de Manolito, indique quais são os seguintes elementos comunicativos:

Emissor:.4.................................................... Canal: .......................................................................

Receptor: ........................................................ Código: ....................................................................

Contexto/referente: ........................................................................................................................................................ 08. Observe o cartum abaixo, há a presença tanto de linguagem verbal quanto não-verbal. Explique como as duas linguagens juntas (a verbal e a não-verbal) dão sentido ao cartum.

Texto 01 - Mas, afinal, o que é língua padrão? Já sabemos que as línguas são um conjunto bastante variado de formas linguísticas, cada uma delas com a sua gramática, a sua organização estrutural. Do ponto de vista científico, não há como dizer que uma forma linguística é melhor que outra, a não ser que a gente se esqueça da ciência e adote o preconceito ou o gosto pessoal como critério. Entretanto, é fato que há uma diferenciação valorativa, que nasce não da diferença desta ou daquela forma em si, mas do significado social que certas formas linguísticas adquirem nas sociedades. Mesmo que nunca tenhamos pensado objetivamente a respeito, nós sabemos (ou procuramos saber o tempo todo) o que é e o que não é permitido... Nós costumamos "medir nossas palavras", entre outras razões, porque nosso ouvinte vai julgar não somente o que se diz, mas também quem diz. E a linguagem é altamente reveladora: ela não transmite só informações neutras; revela também nossa classe social, a região de onde viemos, o nosso ponto de vista, a nossa escolaridade, a nossa intenção... Nesse sentido, a linguagem também é um índice de poder.

Assim, na rede das linguagens de uma dada sociedade, a língua padrão ocupa um espaço privilegiado: ela é o conjunto de formas consideradas como o modo correto, socialmente aceitável, de falar ou escrever.

FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristóvão. Prática de texto: língua portuguesa para nossos estudantes.

Texto 2 – canção: CUITELINHO* Cheguei na bera do porto onde as onda se espaia. As garça dá meia volta, senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia. Quando eu vim de minha terra, despedi da parentaia. Eu entrei no Mato Grosso, dei em terras paraguaia.

Lá tinha revolução, enfrentei fortes bataia. A tua saudade corta como aço de navaia. O coração fica aflito, bate uma, a outra faia. E os oio se enche d'água que até a vista se atrapaia. *Cuitelinho - pequeno cuitelo ou beija-flor (Cantiga popular brasileira de Paulo Vanzolin)

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09. Como o autor se posiciona diante da língua e suas variações? Justifique e comprove com citações do texto. 10. De acordo com o posicionamento do texto 1, como podemos analisar o texto 2? (Use trechos da canção para comprovar sua resposta). TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES Leia a seguinte passagem de "A hora e a vez de Augusto Matraga": "O casal de pretos, que moravam junto com ele, era quem mandava e desmandava na casa, não trabalhando um nada e vivendo no estadão. Mas, ele, tinham-no visto mourejar até dentro da noite de Deus, quando havia luar claro. Nos domingos, tinha o seu gosto de tomar descanso: batendo mato, o dia inteiro, sem sossego, sem espingarda nenhuma e nem nenhuma arma para caçar; e, de tardinha, fazendo parte com as velhas corocas que rezavam o terço ou os meses dos santos. Mas fugia às léguas de viola ou sanfona, ou de qualquer outra qualidade de música que escuma tristezas no coração."

(João Guimarães Rosa, "A hora e a vez de Augusto Matraga", em "Sagarana"). 11. Identifique o casal que vive junto com o protagonista da narrativa. 12. Explique o comportamento do protagonista no trecho citado, confrontando-o com sua trajetória de vida. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta?? Não. Fusca, mulatinha escura, de cabe-los ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos de vida, vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre farrapos de esteira e panos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.

Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada pelos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo no céu. Entaladas as banhas no trono uma cadeira de balanço na sala de jantar, — ali bordava, recebendo as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora, em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o padre. Ótima, a D. Inácia.

Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a calejara o choro da sua carne, e por isso não suportava o choro da carne escrava. Assim, mal vagia, longe na cozinha, a triste criança, gritava logo, nervosa: — Quem é a peste que está chorando aí?

Quem havia de ser? A pia de lavar pratos?? O pilão?? A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e corria com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões desesperados: — Cale a boca, peste do diabo!!

No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer...

Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, ficou por ali, feita gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a ideia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas não andava, quase. Com pretexto de que, às soltas, reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão de porta. — Sentadinha aí, e bico!! Hem??

Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas. — Braços cruzados, já, diabo!! Cruzava os bracinhos, a tremer, sempre com o susto nos olhos. E o tempo corria. O relógio batia uma, duas, três, quatro, cinco horas — um cuco tão engraçadinho! Era seu divertimento vê-lo abrir a janela e cantar as horas com a bocarra vermelha, arrufando as asas. Sorria-se, então, feliz um momento. “Negrinha” - Monteiro Lobato

13. Apesar da semelhança física, o “casal de pretos velhos” com quem vivia Matraga tem comportamento doméstico muito diferente do de Negrinha. Explique essa diferença e cite um pequeno trecho do conto Negrinha que a comprove. 14. Negrinha, ao longo do conto, sofre castigos físicos, morais e psicológicos intensos. Sabendo disso: a) Quem é responsável por eles? b) Cite um trecho do texto acima, composto por substantivo e adjetivo, que mostre como é vista ironicamente a pessoa responsável pelos castigos. Leia o poema abaixo para responder as questões de 15 a 17: Vício da fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió

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Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. Oswald de Andrade 15. Qual é a comparação estabelecida na leitura do poema? 16. Ao que é relativo à escrita as duas maneiras citadas são permitidas? Explique. 17. Pode-se afirmar a inferência de uma variante linguística presente no Brasil? Em caso afirmativo indique-a e justifique. Leia o texto abaixo para responder as questões de 18 e 19 Trote, uma prática medieval que desafia as universidades As primeiras universidades surgiram na Europa em plena Idade Média. Foram um sopro de liberdade. Permitiram progressivamente ao homem atuar segundo a razão, em vez de apenas obedecer a dogmas. Paradoxalmente, ao mesmo tempo que nasciam os centros de estudo, surgia uma instituição muito mais tributária da ideia que hoje fazemos da “Idade das trevas”: o trote. Os primeiros registros da prática datam do início do século XIV. Calouros da região correspondente à moderna Alemanha eram obrigados a andar nus e ingerir fezes de animais mediante a promessa de que poderiam se vingar dos novatos no ano seguinte. “Os alunos veteranos descontavam nos mais novos a repressão promovida em sala de aula, por professores rigorosos.” afirma Antônio Zuin, professor do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFScar) [...].

Nathalia Goulart. http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/trote-uma-pratica-medieval-que-desafia-as-universidades

18. No texto, a prática do trote entre universitários é situada na Idade Média. Contudo, ela ainda ocorre nos dias atuais, porém com outra motivação. Em que consiste essa mudança? 19. O trote estudantil é uma prática comum nas universidades brasileiras. Qual outro significado para o substantivo trote presente em nossa cultura? 20. “O que dói nem é a frase (Quem paga seu salário sou eu), mas a postura arrogante. Você fala e o aluno nem presta atenção, como se você fosse uma empregada. ”

(Adaptado de entrevista dada por uma professora. Folha de S. Paulo, 03/06/01)

a) A quem se refere o pronome você, tal como foi usado pela professora? Esse uso é próprio de que variedade linguística? b) No trecho como se você fosse uma empregada, fica pressuposto algum tipo de discriminação social? Justifique sua resposta. 21. No transcorrer da obra, ocorre a disputa entre Martim e Irapuã, pois este se sente ofendido por aquele

conquistar o amor de Iracema mesmo não sendo da tribo. No entanto, o conflito entre eles representa mais do que

apenas a luta pelo amor de Iracema.

a) Que conflito indígena acaba por representar a disputa entre Martim e Irapuã?

b) No contexto simbólico do livro, a disputa entre eles também corresponde à tensão nativo versus colonizador.

Sabendo disso, aponte os elementos de conflito religioso e racial que os dois expõem.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES

"[...] Poti refletiu:

— As lágrimas da mulher amolecem o coração do guerreiro, como o orvalho da manhã amolece a terra.

— Meu irmão é grande sabedor. O esposo deve partir sem ver Iracema.

O cristão avançou. Poti mandou-lhe que apressasse: da alijava de setas que Iracema emplumara de

penas vermelhas e pretas e suspendera aos ombros do esposo, tirou uma.

O chefe potiguara vibrou o arco; a seta rápida atravessou um goiamum (caranguejo) que discorria pelas

margens do lago; só parou onde a pluma não a deixou mais entrar.

Fincou o guerreiro no chão a flecha, com a presa atravessada, e tornou para Coatiabo.

— Podes partir. Iracema seguirá teu rasto; chegando aqui, verá tua seta, e obedecerá à tua vontade. Martim

sorriu; e quebrando um ramo do maracujá, a flor da lembrança, [...]

22.

a) Por que, neste momento da obra, Iracema não pode seguir Poti e Martim?

b) Quem ou o que é Coatiabo, termo sublinhado no trecho?

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23.

a) Por que, para representar a não permissão de Iracema seguir Poti e Martim, foi fincada uma seta num

“goiamum” no chão, como descreve o trecho?

b) Logo após este trecho, a relação entre a Natureza e Iracema passa por uma transformação. Explique que

transformação é esta.

24. Iracema segue as convenções românticas das novelas de psicologia amorosa: os amantes são postos à prova

e devem lutar contra os problemas que se opõem à sua união. Sabendo disso, por que Iracema não pode unir-se

a Martim?

25. Leia o texto abaixo e responda às questões:

Embalagens usadas e resíduos devem ser descartados adequadamente Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares de toneladas de lixo. Só nos

22,9 mil quilômetros das rodovias paulistas são 41,5 mil toneladas. O hábito de descartar embalagens, garrafas,

papéis e bitucas de cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado nos últimos anos. O problema é que o lixo

acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, pode impedir o escoamento da água, contribuir para

as enchentes, provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes. Além dos perigos que o lixo

representa para os motoristas, o material descartado poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. Ou seja, o

papel que está sobrando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso também vale para os plásticos inservíveis,

que poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até acessórios para os carros. Disponível em: www.girodasestradas.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.

a) Qual a finalidade do texto acima? b) Indique a função da linguagem predominante (emotiva, conativa, metalinguística, fática, poética ou referencial) e justifique sua resposta.

26. Observe o texto abaixo:

14 coisas que você não deve jogar na privada

Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa

mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:

- cotonete e fio dental;

- medicamento e preservativo;

- óleo de cozinha;

- ponta de cigarro;

- poeira de varrição de casa;

- fio de cabelo e pelo de animais;

- tinta que não seja à base de água;

- querosene, gasolina, solvente, tíner.

Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem

ser levados a pontos de coleta especiais, que darão a destinação final adequada. MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado).

Predominam no texto acima duas funções da linguagem. Indique-as e justifique sua resposta.

27. Indique as figuras de linguagem presentes em cada uma das alternativas abaixo: a) O céu está mostrando sua face mais bela. b) Eduardo tem um olhar frio, desesperador. c) A menina quebrou a perna da cadeira. d) Li William Shakespeare várias vezes. e) Eles choraram rios de lágrimas.

28. Analise a imagem a seguir. Identifique a(s) figura(s) de linguagem(ns) em evidência no título da manchete e explique cada ocorrência.

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29. Observe o poema de Mário Quintana Tic-tac

Esse tic-tac dos relógios

é a máquina de costura do Tempo

a fabricar mortalhas.

Indique 3 figuras de linguagem presentes no texto e explique-as.

30. Diga o nome dos personagens do livro Vidas Secas a que pertençam as descrições abaixo. a) Militar que convida Fabiano para jogar cartas e acaba prendendo o vaqueiro. b) Cachorra da família,é muito querida pelas crianças. Pensa como gente e sofre com as dificuldades da seca e da falta de comida. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

O pequeno sentou-se, acomodou nas pernas a cabeça da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma história. Tinha um vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender. Graciliano Ramos, Vidas secas. 31. No trecho, torna-se claro que a escassez vocabular do menino contribui de modo decisivo para ampliar as diferenças que distinguem homens de animais. Você concorda com essa afirmação? Justifique, com base no trecho, sua resposta. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES

Calçada naquilo, trôpega, mexia-se como um papagaio, era ridícula. Sinha Vitória ofendera-se gravemente com a comparação, e se não fosse o respeito que Fabiano lhe inspirava, teria despropositado. Efetivamente os sapatos apertavam-lhe os dedos, faziam-lhe calos. Equilibrava-se mal, tropeçava, manquejava, trepada nos saltos de meio palmo. Devia ser ridícula, mas a opinião de Fabiano entristecera-a muito. Desfeitas essas nuvens, curtidos os dissabores, a cama de novo lhe aparecera no horizonte acanhado. Agora pensava nela de mau humor. Julgava-a inatingível e misturava-a às obrigações da casa. (...) Um mormaço levantava se da terra queimada. Estremeceu lembrando-se da seca (...). Diligenciou afastar a recordação, temendo que ela virasse realidade. (...) Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo, pôs-se a chupar o canudo de taquari cheio de sarro.

Jogou longe uma cusparada, que passou por cima da janela e foi cair no terreiro. Preparou-se para cuspir novamente. Por uma extravagante associação, relacionou esse ato com a lembrança da cama. Se o cuspo alcançasse o terreiro, a cama seria comprada antes do fim do ano. Encheu a boca de saliva, inclinou-se – e não conseguiu o que esperava. Fez várias tentativas, inutilmente. (...) Olhou de novo os pés espalmados. Efetivamente não se acostumava a calçar sapatos, mas o remoque de Fabiano molestara-a. Pés de papagaio. Isso mesmo, sem dúvida, matuto anda assim. Para que fazer vergonha à gente?

Arreliava-se com a comparação. Pobre do papagaio. Viajara com ela, na gaiola que balançava em cima do baú de folha. Gaguejava: - "Meu louro." Era o que sabia dizer. Fora isso, aboiava arremedando Fabiano e latia como Baleia. Coitado. Sinha Vitória nem queria lembrar-se daquilo.

(Graciliano Ramos, Vidas secas. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2007, p.41-43.)

32. Por que a comparação feita por Fabiano tanto incomoda tanto sinha Vitória? Que lembrança evoca?

33. Tendo em vista a condição e a trajetória de sinha Vitória, justifique a ironia contida no nome da personagem. Que outra personagem referida no excerto acima também revela uma ironia no nome?

34. Leia a tirinha ao lado e responda:

A comicidade da tirinha é criada no último quadrinho. Quais os processos de formação de palavras presentes na expressão “sobremesariano”?

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35. Na tirinha ao lado, o ratinho Níquel Náusea usa uma estratégia para conseguir comida. Para isso, imita um pássaro. Qual é o nome do processo de formação de palavras explorado no 2º quadrinho? Indique mais três expressões com o mesmo processo e dê seu significado.

36. Observe que a palavra “carinho” aparece nos dois quadrinhos. De acordo com o contexto, a expressão “carinho” é derivada do termo “caro”? Explique. (Para isso, apresente também os sentidos possíveis da palavra neste contexto). 37. Relacione os radicais latinos a seus significados e dê um exemplo de seu uso.

Significado Radical Exemplo

( ) 1. além de a) sub

( ) 2. substituição b) super

( ) 3. para baixo c) trans

( ) 4. excesso d) contra

( ) 5. oposição e) vice

38. Leia abaixo o trecho da música de Arnaldo Antunes para responder à questão.

Envelhecer A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer

Qual o processo de formação da palavra “envelhecer”? Indique mais três palavras com o mesmo

processo. 39. A sobrevivência dos meios de comunicação tradicionais demanda foco absoluto na qualidade de seu conteúdo. A internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguardam os meios de comunicação, assim como os partidos políticos e os sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou fazemos jornalismo de verdade, fiel à verdade dos fatos, verdadeiramente fiscalizador dos poderes públicos e com excelência na prestação de serviços, ou seremos descartados por um consumidor cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da informação na plataforma virtual.

(Carlos Alberto di Franco, Democracia demanda jornalismo independente. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14/10/2013, p. A2.)

Os processos de formação de palavras envolvidos no vocábulo “desintermediação” não ocorrem simultaneamente. Tendo isso em mente, descreva como ocorre a formação da palavra “desintermediação”, partindo do princípio de que seu radical é “mediar”. 40. Relacione a primeira coluna de acordo com a segunda, tendo em vista os tipos de substantivos estudados: 1. Substantivo comum ( ) tristeza 2. Substantivo próprio

( ) sol

3. Substantivo abstrato

( ) banda

4. Substantivo concreto

( ) flor

5. Substantivo simples

( ) mulher

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6. Substantivo composto

( ) pedrada

7. Substantivo primitivo

( ) Rita

8. Substantivo derivado

( ) casa

9. Substantivo coletivo

( ) arquipélago

( ) país ( ) flor-de-lis

Orientações:

1. A avaliação de RECUPERAÇÃO FINAL será composta por 10 questões,

retiradas desta lista de 40 questões. Não haverá necessidade de realização

de trabalho complementar.

2. A média necessária para aprovação nas Avaliações de RECUPERAÇÃO

FINAL será 5,0 (cinco) pontos.

3. O aluno que NÃO atingir a média necessária nas Avaliações de RECUPERAÇÃO

FINAL será encaminhado para a realização das Avaliações de EXAME

FINAL.

4. Os resultados da RECUPERAÇÃO FINAL serão divulgados no dia 22 de

dezembro, a partir das 15h; assim como, os dias e horários das avaliações de

EXAME FINAL.

5. O calendário abaixo poderá sofrer alterações por razões técnicas ou

pedagógicas.

Calendário RECUPERAÇÃO FINAL 1ªs e 2ªs séries - EM - 2017

18/dez 2ª feira

19/dez 3ª feira

20/dez 4ª feira

21/dez 5ª feira

22/dez 6ª feira

9h 9h 9h 9h 9h

FILOSOFIA SOCIOLOGIA

REDAÇÃO

BIOLOGIA PORTUGUÊS

FÍSICA INGLÊS

MATEMÁTICA GEOGRAFIA

QUÍMICA HISTÓRIA