empresa brasil edição 82

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Abril de 2010 1 CACB ASSINA ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL Com o recuo do PIB, volta a pressão por reformas Opinião de especialistas é no sentido de que crescimento da economia, neste ano, não deve ultrapassar a marca de 3%. Com isso, ressurgem os movimentos a favor da reforma tributária e do maior controle dos gastos de custeio para viabilizar investimentos

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Edição 82 da publicação da CACB Empresa Brasil

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Page 1: Empresa Brasil Edição 82

Abril de 2010 1CACB ASSINA ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL

Com o recuo do PIB, volta a pressão por reformasOpinião de especialistas é no sentido de que crescimento da economia, neste ano, não deve ultrapassar a marca de 3%. Com isso, ressurgem os movimentos a favor da reforma tributária e do maior controle dos gastos de custeio para viabilizar investimentos

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2 Empresa BRASIL

Acre – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doEstado do Acre – FEDERACREPresidente: George Teixeira PinheiroAvenida Ceará, 2351 Bairro: CentroCidade: Rio Branco CEP: 69909-460

Alagoas – Federação das Associações Comerciais do Estado deAlagoas – FEDERALAGOASPresidente: José Geminiano Acioli JuremaRua Sá e Albuquerque, 302 Bairro: Jaraguá Cidade: Maceió CEP: 57.020-050

Amapá – Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIAPresidente: José Arimáteia Araújo SilvaRua General Rondon, 1385 Bairro: CentroCidade: Macapá CEP: 68.900-182

Amazonas – Federação das Associações Comerciais e Empresariaisdo Amazonas – FACEAPresidente: Valdemar PinheiroRua Guilherme Moreira, 281Bairro: Centro Cidade: Manaus CEP: 69.005-300

Bahia – Federação das Associações Comerciais do Estado daBahia – FACEBPresidente: Clóves Lopes CedrazRua Conselheiro Dantas, 5. Edifício Pernambuco, 9° andar Bairro: Comércio Cidade: Salvador CEP: 40.015-070

Ceará – Federação das Associações Comerciais do Ceará – FACCPresidente: João Porto GuimarãesRua Doutor João Moreira, 207 Bairro: CentroCidade: Fortaleza CEP: 60.030-000

Distrito Federal – Federação das Associações Comerciais eIndustriais do Distrito Federal e Entorno – FACIDFPresidente: José Sobrinho BarrosSAI Quadra 5C, Lote 32, sala 101Cidade: Brasília CEP: 71200-055

Espírito Santo – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Espírito Santo – FACIAPESPresidente: Arthur AvellarRua Henrique Rosetti, 140 - Bairro Bento Ferreira Vitória ES - CEP 29.050-700

Goiás – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás – FACIEGPresidente: Marcos Alberto Luiz de CamposRua 143 - A - Esquina com rua 148, Quadra 66 Lote 01 Bairro: Setor Marista Cidade: Goiânia CEP: 74.170-110

Maranhão – Federação das Associações Empresariais doMaranhão – FAEMPresidente: Júlio César Teixeira NoronhaRua Inácio Xavier de Carvalho, 161, sala 05, Edifício Sant Louis.Bairro: São Francisco- São Luís- MaranhãoCEP: 65.076-360

Mato Grosso – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais do Estado do Mato Grosso – FACMATPresidente: Jonas Alves de SouzaRua Galdino Pimentel, 14 - Edifício Palácio do Comércio2º Sobreloja – Bairro: Centro Norte Cidade: Cuiabá CEP: 78.005-020

Mato Grosso do Sul – Federação das Associações Empresariais doMato Grosso do Sul – FAEMSPresidente: Antônio Freire Rua Quinze de Novembro, 390Bairro: Centro Cidade: Campo Grande CEP: 79.002-917

Minas Gerais – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais – FEDERAMINASPresidente: Wander Luís SilvaAvenida Afonso Pena, 726, 15º andarBairro: Centro Cidade: Belo Horizonte CEP: 30.130-002

Pará – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doPará – FACIAPAPresidente: Reginaldo FerreiraAvenida Presidente Vargas, 158 - 5º andarBairro: Campina Cidade: Belém CEP: 66.010-000

Paraíba – Federação das Associações Comerciais e Empresariais daParaíba – FACEPBPresidente: Alexandre José Beltrão MouraAvenida Marechal Floriano Peixoto, 715, 3º andarBairro: Bodocongo Cidade: Campina Grande CEP: 58.100-001

Paraná – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doParaná – FACIAPPresidente: Rainer ZielaskoRua: Heitor Stockler de Franca, 356Bairro: Centro Cidade: Curitiba CEP: 80.030-030

Pernambuco – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais de Pernambuco – FACEPPresidente: Djalma Farias Cintra JuniorRua do Bom Jesus, 215 – 1º andarBairro: Recife Cidade: Recife CEP: 50.030-170

Piauí – Associação Comercial Piauiense - ACPPresidente: José Elias TajraRua Senador Teodoro Pacheco, 988, sala 207.Ed. Palácio do Comércio 2º andar - Bairro: CentroCidade: Teresina CEP: 64.001-060

Rio de Janeiro – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro – FACERJPresidente: Jésus Mendes CostaRua do Ouvidor, 63, 6º andar - Bairro: CentroCidade: Rio de Janeiro CEP: 20.040-030

Rio Grande do Norte – Federação das Associações Comerciais do RioGrande do Norte – FACERNPresidente: Sérgio Roberto de Medeiros FreireAvenida Duque de Caxias, 191 Bairro: Ribeira Cidade: Natal CEP: 59.012-200

Rio Grande do Sul – Federação das Associações Comerciais e deServiços do Rio Grande do Sul - FEDERASULPresidente: Ricardo RussowskyRua Largo Visconde do Cairu, 17, 6º andarPalácio do Comércio - Bairro: Centro Cidade: Porto Alegre CEP: 90.030-110

Rondônia – Federação das Associações Comerciaise Industriais do Estado de Rondônia – FACERPresidente: Marcito Pinto Rua Dom Pedro II, 637 – Bairro: CaiariCidade: Porto Velho CEP: 76.801-151

Roraima – Federação das Associações Comerciais e Industriais deRoraima – FACIRPresidente: Jadir Correa da CostaAvenida Jaime Brasil, 223, 1º andarBairro: Centro Cidade: Boa Vista CEP: 69.301-350

Santa Catarina – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISCPresidente: Alaor Francisco TissotRua Crispim Mira, 319 - Bairro: Centro Cidade: Florianópolis - CEP: 88.020-540

São Paulo – Federação das Associações Comerciais do Estado deSão Paulo – FACESPPresidente: Rogério Pinto Coelho Amato Rua Boa Vista, 63, 3º andar Bairro: Centro Cidade: São Paulo CEP: 01.014-001

Sergipe – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Estado de Sergipe – FACIASEPresidente: Alexandre Santana PortoRua Jose do Prado Franco, 557 Bairro: CentroCidade: Aracaju CEP: 49.010-110

Tocantins – Federação das Associações Comerciais e Industriaisdo Estado de Tocantins – FACIETPresidente: Pedro José Ferreira103 Norte Av. LO 2 - 01 - Conj. Lote 22 Prédio da ACIPA -Bairro: Centro Cidade: Palmas CEP: 77.001-022

• O conteúdo desta publicação representa o melhor esforço da CACB no sentido de informar aos seus associados sobre suas atividades, bem como fornecer informações relativas a assuntos de interesse do empresariado brasileiro em geral. Contudo, em decorrência da grande dinâmica das informações, bem como sua origem diversifi cada, a CACB não assume qualquer tipo de responsabilidade relativa às informações aqui divulgadas. Os textos assinados publicados são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

DIRETORIA DA CACBBIÊNIO 2011/2013

PRESIDENTEJosé Paulo Dornelles Cairoli - RS

1º VICE-PRESIDENTESérgio Papini de Mendonça Uchoa - AL

VICE-PRESIDENTESDjalma Farias Cintra Junior - PEJésus Mendes Costa - RJJosé Sobrinho Barros - DFLuiz Carlos Furtado Neves - SCRainer Zielasko - PRReginaldo Ferreira - PARogério Pinto Coelho Amato - SPSérgio Roberto de Medeiros Freire - RNWander Luis Silva - MG

VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS INTERNACIONAISSérgio Papini de Mendonça Uchoa - AL

VICE-PRESIDENTE ESTRATÉGIGOEdson José Ramon - PR

DIRETOR-SECRETÁRIOJarbas Luis Meurer - TO

DIRETOR-FINANCEIROGeorge Teixeira Pinheiro - AC

CONSELHO FISCAL TITULARESJonas Alves de Souza - MSMarcito Aparecido Pinto - ROPedro José Ferreira - TO

CONSELHO FISCAL SUPLENTESAlexandre Santana Porto - SELeocir Paulo Montagna - MSValdemar Pinheiro - AM

CONSELHO NACIONAL DA MULHER EMPRESÁRIAAvani Slomp Rodrigues

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO JOVEM EMPRESÁRIOMarduk Duarte

COORDENADORA DE ASSUNTOS INSTITUCIONAISLuzinete Marques

COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIALfróes, berlato associadas

EQUIPE DE COMUNICAÇÃO SOCIALMarcelo MeloNeusa Galli FróesThaís Margalho

COORDENADOR DO EMPREENDERCarlos Alberto Rezende

COORDENADOR NACIONAL DA CBMAEValério Figueiredo

COORDENADOR DO PROGERECSLuiz Antonio Bortolin

SCS Quadra 3 Bloco ALote 126Edifício CACB61 3321-131161 3224-003470.313-916 Brasília - DF

Site: www.cacb.org.br

Federações CACB

Page 3: Empresa Brasil Edição 82

Maio de 2012 3

Exatamente na data de fechamento desta edição de Em-presa Brasil, o boletim Focus do Banco Central indicou que a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os produtos e serviços pro-

duzidos no país, caiu de 3,2% para 3,09%, este ano. Para quem acompanha as ações do Ministério da Fazenda, esse

novo cenário para o PIB não é nada surpreendente. A cada mês, o ministro Guido Mantega vem insistindo com o mesmo diagnóstico para a economia brasileira, conforme demonstra a matéria de capa desta edição. O que falta, segundo o ministro, é demanda.

Voz discordante da opção do governo para expandir o PIB, o próprio presidente do BNDES, Luciano Coutinho, advertiu que a hora não é mais de puxar pelo consumo, mas de focar o investi-mento, como lembra, na mesma matéria, o ex-ministro da Econo-mia e presidente do Conselho de Políticas Econômicas da Associa-ção Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Marcílio Marques Moreira.

De fato, o PIB potencial do país parece ter-se reduzido nos últi-mos anos justamente pela estagnação da produtividade e pelo exí-guo investimento, sobretudo do setor público. Nenhum crescimen-to sustentado pode basear-se predominantemente no consumo, especialmente porque não nos falta demanda, mas sim investimento e, consequentemente, produção. A forma de resolver o dilema é reduzir os gastos de custeio para poder aumentar o investimento e, ao mesmo tempo, reduzir os obstáculos fi scais e burocráticos para os investimentos privados, como afi rma o economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Não basta a perspectiva de demanda futura, ele precisa de condições institucionais favoráveis e recursos para investimento. Com a burocracia excessiva, os juros elevados e uma tributação quase confi scatória é difícil investir. Isso é agravado pela falta de infraestrutura, custos crescentes da energia e, em alguns setores, a incerteza regulatória.

Nessa linha, como afi rma o novo presidente da Federasul, Ri-cardo Russowsky, o papel das entidades empresariais é continuar batendo sobre temas que, a cada dia, se tornam cruciais para o de-senvolvimento do país, como a necessidade de uma reforma tri-butária, precedida de amplo levantamento da estrutura dos gastos públicos. Precisamos revisar a efi ciência e a produtividade do gasto público e aquilo que deve ser retribuído à sociedade como forma de pagamento dos impostos recolhidos.

A queda potencial do PIB brasileiro

PALAVRA DO PRESIDENTE José Paulo Dornelles Cairoli

José Paulo Dornelles Cairoli, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil

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4 Empresa BRASIL

3 PALAVRA DO PRESIDENTEO PIB potencial do país parece ter-se reduzido nos últimos anos justamente pela estagnação da produtividade e pelo exíguo investimento, sobretudo do setor público.

5 PELO BRASILRepresentantes do projeto Integra participaram do Acertando as suas Contas, um mutirão de regularização de dívidas promovido pela Boa Vista Serviços.

8 CAPACom a queda nas previsões do PIB para este ano, recrudesce a campanha pelas reformas estruturais.

12 RELAÇÕES INTERNACIONAISA CACB e a Cámara de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo de Santa Cruz (Cainco), da Bolívia, fi rmaram documento de adesão brasileira à Red de Cámaras.

14 TENDÊNCIASÉ cada vez maior o interesse de companhias do setor elétrico pela energia solar, ao mesmo tempo que cresce o uso do sol como energia térmica.

17 COMÉRCIOBrasil entra para o ranking de países com maior volume de negócios pela internet.

20 TECNOLOGIAAssociações comerciais e núcleos setoriais aderem às redes sociais como forma de atingir melhor os associados e sobreviver no universo 3.0.

22 FEDERAÇÕES Novo presidente da Federasul, Ricardo Russowsky, diz que o Brasil precisa de reformas para ingressar em novo ciclo de crescimento.

24 DESTAQUE CACBConfederação facilita acesso à certifi cação digital, alternativa que diminui burocracia e facilita vida do empresário.

26 CBMAEParceria incentiva solução pacífi ca de confl itos no interior de São Paulo.

28 CASE DE SUCESSONúcleo de Pimenta Bueno é referência têxtil em Rondônia.

30 LIVROSClayton M. Christensen escreve sobre o DNA dos Inovadores.

31 ARTIGO Uma análise crítica da nova lei que restringe a isenção dacontribuição previdenciária, por Tônia Russomano.

ÍNDICE

EXPE

DIE

NT

E Coordenação Editorial: Neusa Galli Fróes

fróes, berlato associadas

escritório de comunicação

Edição: Milton Wells - [email protected]

Projeto gráfi co: Vinícius Kraskin

Diagramação: Kraskin Comunicação

Revisão: Flávio Dotti Cesa

Colaboradores: Thaís Margalho e Marcelo Melo

Execução: Editora Matita Perê Ltda.

Comercialização: Fone: (61) 3321.1311 - [email protected]

Impressão: Arte Impressa Editora Gráfi ca Ltda. EPP

17 COMÉRCIO

SUPLEMENTO ESPECIAL

Frente Parlamentar da MPE discutebenefícios para negócios de pequeno porte

8 CAPA

Foto

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26 CBMAE

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Maio de 2012 5

PELO BRASIL

Titular da Suframa reúne-se com empresários O titular da Superintendência da

Zona Franca de Manaus (Suframa), Thomaz Afonso Queiroz Nogueira, reuniu-se com a diretoria da Associação Comercial do Amazonas (Aca), no últi-mo dia 18 de abril. O objetivo era apre-sentar os projetos da Suframa, debates e ouvir opiniões do setor empresarial.

Para Nogueira, este tipo de encon-tro é necessário para o bom funcio-namento da autarquia. “Nós não pre-

cisamos alavancar uma montanha de recursos humanos, nós precisamos dar condições de trabalho e aparato opera-cional, estabelecer um diálogo com o ministério com o qual nós estamos vin-culados, desconhecendo disposições preconcebidas”, destacou. A Superin-tendência da Zona Franca de Manaus é uma autarquia vinculada ao Ministério da Indústria e Comércio Exterior, que administra o modelo Zona Franca.

Representantes do projeto Integra participaram do “Acertando as suas Con-tas”, um mutirão de regularização de dí-vidas promovido pela Boa Vista Serviços, entre os dias 25 e 28 de abril. O Integra, em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (Acsp) e com a Federação

das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), organizou um stand onde foram realizados 151 atendimentos e 68 formalizações. A ação faz parte do projeto da parceria entre Confederação das Associações Comerciais e Empresa-riais do Brasil (CACB) e Serviço de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Também estiveram presentes o co-

ordenador nacional do Integra, Valério Figueiredo, e a consultora do projeto em Minas Gerais, Duda Torres. Este foi o pri-meiro “Acertando suas Contas” previsto para essa fase do projeto.

Integra apoia mutirão contra inadimplência

No encontro, foram realizados 151 atendimentos e 68 formalizações

Thomaz Afonso Queiroz Nogueira

Maio de 2012 5

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6 Empresa BRASIL

PELO BRASIL

O Empreender emFrancisco Beltrão (PR)

“Unir para crescer” é um lema leva-do a sério por 75 empresas de Francisco Beltrão que participam do Empreender, desenvolvido no município por meio da Associação Empresarial da cidade (Acefb). No último dia 20 de abril os empresários dos nove núcleos realizaram uma grande reunião com o Comitê Gestor do progra-ma, para trocar experiências.

“Passamos de uma condição em que sentíamos a necessidade de união dos em-presários do setor de TI, há alguns anos,

para uma em que hoje nossas ações são refl etidas também em outros setores”, dis-se Marcelo de Campos, coordenador do Núcleo de Tecnologia da Informação, que trabalha para implantar um Condomínio Empresarial Tecnológico no município.

A entidade conta com nove núcleos: Design, Decoração e Arquitetura; Tecno-logia da Informação; Gastronomia, Hote-laria e Turismo; Farmácias; Mulher Empre-sária; Jovem Empreendedor; Imobiliárias; Academias; e Comunicação Visual.

Legenda hdiuas hiuds sdgyg yusd gfyugsdyuf gsdhifhsdy df

Município se destaca pela produção agroindustrial, têxtil e moveleira

Associação Comercial de Cuiabálança selo dos 100 anos

A diretoria da Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (ACC) lançou, em abril, o selo comemorativo dos 100 anos da entidade, que reúne o contemporâneo e o clássico em um design diferenciado. Também foi apresentado o projeto das co-memorações do centenário, que incluem uma exposição itinerante e um livro que

conta a história da entidade.Um dos assuntos importantes discutidos

na reunião foi a reestruturação organizacio-nal da entidade, que tem por objetivo me-lhorar os serviços/produtos ofertados aos associados, como o Crediconsult, certifi ca-ção digital e a Câmara Regional de Conci-liação, Mediação e Arbitragem Empresarial.

RS organiza seu 10° congresso anual

Entre os dias 31 de maio e 1° de junho, a Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) realiza seu 10º Con-gresso de Entidades Filiadas e o 4° Encontro de Executivos, com o tema “Educação: por onde começa a mudança”. O objetivo é propor uma refl exão sobre o ensino e contribuir para as saídas que passam, necessariamente, pela boa formação em todas as etapas do ensino.

Entre os palestrantes estão o escritor Carlos Alberto Carvalho Filho, o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tri-butário (IBPT), João Eloi Ole-nike, os economistas Gustavo Ioschpe, Paulo Michelucci e Gustavo Loyola, além de re-presentantes do comércio e de instituições de ensino.

Outras informações pelo telefone (51) 3061.3000 ou pelo e-mail: [email protected].

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Maio de 2012 7

CLIPPING DE ECONOMIA AGENDA LEGISLATIVA

Impostômetro chega à marca de R$ 500 bilhões no ano

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu, no dia 2 de maio, a marca de R$ 500 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais pagos pelos brasileiros no ano desde 1.º de janeiro. No ano passa-do, a mesma quantia foi arrecadada até o dia 4 de maio – dois dias mais tarde.

O Impostômetro foi lançado pela associação em 20 de abril de 2005. No passado, registrou uma arrecadação recorde de R$ 1,5 trilhão. O levanta-mento considera os tributos arrecada-dos pelas três esferas de governo: im-postos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária. (O Estado de S. Paulo)

Inadimplência de empresas cresce 18,8%, diz Serasa

A inadimplência das empresas cres-ceu 18,8% em março ante o mesmo mês do ano passado, registrando a maior alta para o mês de março dos últimos dois anos. A inadimplência dos negócios também aumentou ante feve-reiro, 11,6%. Nos três primeiros meses do ano, o incremento da inadimplência foi de 21,1% em relação ao mesmo período de 2011, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. (O Estado de S. Paulo)

Quarentena de ex-servidorespúblicos deve aumentar

Em 13 de junho, a Comissão de Cons-tituição e Justiça da Câmara dos Deputados debate o Projeto de Decreto Legislativo nº 10, de 2011, que susta os efeitos do ato da diretoria da Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel) que negou o direito dos consumidores brasileiros de serem ressarci-dos por erro da metodologia de cálculo. Por causa disso, as tarifas de energia foram ele-vadas ilegalmente. O objetivo do Projeto é obrigar as concessionárias do serviço público

de distribuição de energia elétrica a restituir o que receberam indevidamente dos consu-midores no período de 2002 a 2009.

(Câmara dos Deputados)

As comissões de Finanças e Tributa-ção; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Defesa do Consumidor realizarão audiência conjun-ta sobre concentração e custos no mer-cado de cartões de crédito.

O debate foi proposto pelo deputa-do Guilherme Campos (PSD-SP). Ele cita estudo do Banco Central e da Secretaria Especial de Acompanhamento Econômi-co do Ministério da Fazenda que mostra

que as duas maiores empresas do setor – Visa e MaterCard – são responsáveis por mais de 90% do mercado.

O estudo, segundo ele, comprova evidente concentração no setor. “É pre-ciso, portanto, avaliar as repercussões dessa situação para o mercado e discutir eventuais providências que os órgãos reguladores precisam adotar”, afi rma o deputado.

(Câmara dos Deputados)

Comissão discute ressarcimento detarifa de energia elétrica ao consumidor

Em debate a concentração no mercado de cartões de crédito

O projeto de lei do Executivo que au-menta de quatro para seis meses o período da chamada quarentena para ex-servidores públicos será analisado e pode seguir a vo-tação no Senado Federal. O projeto original pretendia aumentar o prazo de quatro me-ses para um ano, mas os deputados apro-varam uma emenda do deputado Mendes Thame (PSDB-SP), alterando o texto e es-tabelecendo a quarentena para seis meses.

Logo após deixar o cargo ou empre-

go na administração pública federal, o ser-vidor deve cumprir a quarentena. Nesse período, ele fi ca sujeito a restrições para o exercício de atividades na iniciativa privada. O texto estabelece que, no tempo em que fi car afastada do cargo, a pessoa tem direito a uma remuneração equivalente aos honorários recebidos enquanto funcionário público. O valor ainda será avaliado pela Comissão de Ética Pública.

(Agência Brasil)

Maio de 2012 7

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8 Empresa BRASIL

A palavra de ordem do Ministério da Fazenda é fazer o que for preciso para que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça pelo menos 4% em 2012

Apesar da sinalização do Banco Central de que o PIB deste ano não deverá supe-rar 3,5%, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, continua mantendo seu ponto

de vista de que a média fi cará em 4% e 4,5%.De acordo com Mantega, há uma série de estí-

mulos que já estão encaminhados, como a redução dos juros e investimentos na produção, o que assegura novas condições para um crescimento maior no se-gundo semestre.

Segundo o IBGE, as vendas no varejo brasileiro tiveram alta de 0,2% em março ante fevereiro e re-gistraram elevação de 12,5% em relação a igual mês de 2011. Trata-se da maior variação anual desde mar-ço de 2010, quando foi de 15,7%, e veio acima do esperado pelo mercado. Enquanto isso, o PIB segue bem atrás. Mas nada que um incentivo à demanda não possa resolver, acredita o ministro.

De fato, desde 2006, segundo o economista do Departamento de Economia da PUC-RJ, Rogério L. Furquim Werneck, diante das mais diversas circuns-tâncias, o Ministério da Fazenda tem sempre feito o mesmo diagnóstico: o que falta é demanda. Dada essa insistência, segundo o economista, não chegou a ser surpresa que, em resposta às pressões por medidas que pudessem atenuar a perda de competitividade da indústria de transformação, o governo tenha anuncia-do, há poucas semanas, um programa de desoneração fi scal, benefi ciando 15 setores, a maior parte deles da indústria de transformação, que passarão a recolher encargos patronais sobre faturamento, e não mais so-bre a folha de pagamentos.

Apesar de todo o barulho em torno da desonera-ção, segundo Werneck, a parte que realmente importa nas medidas anunciadas pelo governo é o novo pacote de estímulo à demanda agregada.

CAPA

Governo estimula o consumopara alavancar o crescimento

Em fevereiro, as vendas no

varejo brasileiro cresceram 12,5%

em relação a igual mês de 2011

Page 9: Empresa Brasil Edição 82

Maio de 2012 9

“Sem ir mais longe, basta comparar, por exemplo, o total de R$ 4,3 bilhões de desoneração da folha pre-visto para este ano com os R$ 45 bilhões de recursos adicionais do Tesouro que deverão ser transferidos ao BNDES, por fora do orçamento, em 2012. E a verda-de é que os estímulos à demanda incluem, entre outras medidas, o vigoroso e prolongado afrouxamento mo-netário que vem tendo lugar há vários meses”, ressalta.

Para Werneck, o governo poderia deixar a economia se recuperar naturalmente, para chegar ao fi nal do ano com uma taxa anualizada perfeitamente aceitável. “Mas isso implicaria um segundo ano de taxa de crescimento econômico da ordem de 3%, considerada insufi ciente para a manutenção dos níveis de aprovação que a presi-dente alcançou nas pesquisas de opinião pública. A palavra de ordem, portanto, é fazer o que for preciso para que a economia cresça pelo menos 4% em 2012. A Fazenda insiste em 4,5%. E contempla a possibilidade de que o consumo volte a se expandir a 8% ao ano”, acrescenta.

Voz discordante da opção do governo para expan-dir o PIB, o próprio presidente do BNDES, Luciano Coutinho, advertiu que a hora não é mais de puxar pelo consumo, mas de focar o investimento, lembra o ex-ministro da Economia e presidente do Conselho de Políticas Econômicas da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Marcílio Marques Moreira.

Para Marcílio, o PIB potencial do país parece ter-se reduzido nos últimos anos justamente pela estagnação da produtividade e pelo exíguo investimento, sobretu-do do setor público. Como prova disso – acrescenta –, basta olhar para a infraestrutura, em que o investi-mentos público não é sufi ciente para lastrear a sua ma-nutenção, o que indica a probabilidade maior de um crescimento do PIB entre 2,50 % e 3,50 %. “Nenhum crescimento sustentado pode basear-se predominan-temente no consumo, especialmente porque não nos falta demanda, mas sim investimento e, consequente-mente, produção”, destaca.

Não é essa, entretanto, a análise do economista André Azevedo, professor da Unisinos (RS) e assessor de economia da Federasul. Em sua opinião, a expansão contínua do consumo, nos últimos anos, têm estimulado os empresários a ampliar a sua capacidade produtiva. “Os investimentos privados, por sinal, tem sido alavancados, por um lado, pelo expressivo aumento das importações,

cuja participação de máquinas e equipamentos é signifi ca-tiva, e, de outro, pela elevação dos investimentos diretos externos (IDE), que atingiram US$ 67 bilhões, em 2011”, repara. “Portanto, os investimentos têm crescido e deve-rão continuar se expandindo muito nos próximos anos, especialmente em função da Copa do Mundo, das Olim-píadas e da exploração do pré-sal”, acrescenta.

De acordo com Azevedo, o consumo deverá man-ter seu protagonismo no crescimento da economia bra-sileira nos próximos anos. Para reforçar sua tese, lembra que a ascensão de pessoas à classe C aumentou essa tendência, dada a propensão ao consumo dessa faixa de renda. Entretanto, ressalva: “Com a queda esperada do spread bancário, o crédito se manterá em evolução, o que implica maior cuidado dos bancos e das empresas nesse quesito”, aponta. E conclui: “Portanto, a adoção de medidas que tornem o risco da concessão de crédito menor é algo fundamental para não haver um aumento signifi cativo da inadimplência”.

Com todo esse estímulo ao consumo, como será a infl ação de 2013? “Os números recentes são preocupan-tes, o que deveria limitar o movimento de redução dos juros. O momento exige cautela”, diz o ex-ministro Mar-cílio. Para Azevedo, somente a partir do fi nal deste ano ela poderá aumentar, dado o crescimento da economia do Brasil e dos países desenvolvidos, especialmente Europa e Japão, o que elevará os preços os preços das commo-dities. Entretanto, dentro da meta do governo, acredita.

Para o ministro Guido Mantega, o que falta é demanda

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10 Empresa BRASIL

CAPA

Empresa Brasil - Qual a previsão para o PIB deste ano?

Marcel Solimeo- Parece difícil que o PIB cresça mais de 3,% a 3,5% em 2012, tendo em vista que o ritmo do fi nal do ano passado foi fraco e as estimativas para o pri-meiro trimestre parecem indicar que a recuperação não ocorreu. Com as medidas adotadas pelo Banco Central e pelo governo deveremos ter uma aceleração do con-sumo a partir do segundo trimestre, mas a indústria con-tinua com difi culdades de crescimento e a agricultura tem enfrentado muitos problemas em algumas regiões.

O presidente do BNDES, Luciano Couti-nho, vem repetindo que a hora não é mais de puxar pelo consumo, mas de focar o in-vestimento. Concorda?

O presidente do BNDES tem razão em alertar para a necessidade de aumentar os investimentos, porque senão o desequilíbrio entre produção e consumo vai aumentar e pressionar a infl ação ou a balança comercial pelo crescimento das importações. Somente os inves-timentos podem propiciar o crescimento da economia de forma consistente. A forma de resolver o dilema é reduzir os gastos de custeio para poder aumentar o in-vestimento e, ao mesmo, reduzir os obstáculos fi scais e burocráticos para os investimentos privados.

Qual o risco de desequilibrar as contas ex-ternas, na medida em que o mercado interno se vê obrigado a se suprir cada vez mais de im-portações de mercadorias e alguns serviços?

Historicamente, as grandes crises brasileiras foram provocadas pelo setor externo. Como dizia Mário Hen-rique Simonsen, “a infl ação aleija, mas o balanço de paga-mentos mata”. Embora o Brasil esteja em uma situação

É preciso reduzir os gastos de custeio para aumentar o investimentoEm entrevista a Empresa Brasil, o economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), alerta para a necessidade de o governo aumentar os investimentos, dada a perspectiva de desequilíbrio entre a produção e o consumo, o que pressionaria a infl ação ou a balança comercial pelo crescimento das importações. Acompanhe a entrevista:

Marcel Solimeo: “Somente os investimentos

podem propiciar o crescimento da economia

de forma consistente”

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A arrecadação de tributos federais bateu novo recorde em abril ao totali-zar R$ 92,628 bilhões, segundo dados divulgados pela Receita Federal. O valor, que representa um crescimento real de 3,49% em relação a abril de 2011, é o maior para meses de abril.

No acumulado do primeiro quadri-mestre, a arrecadação totaliza R$ 349,477 bilhões, 6,28% a mais em termos reais em relação a janeiro a abril de 2011.

O ritmo de crescimento da arrecada-ção federal em abril desacelerou, segun-do dados da Receita Federal. Em março,

o crescimento real, na comparação com o mesmo mês de 2011, foi de 10,26%, enquanto que a alta real registrada no mês passado foi de 3,49%, em relação abril de 2011. Com isso, também, reduziu o pa-tamar de crescimento das receitas no acu-mulado do ano, passando de 7,32% no primeiro trimestre de 2012, para 6,28%, de janeiro a abril. Já em relação a março deste ano, a arrecadação de R$ 92,628 bilhões em abril representa um aumento real de 11,74%.

Os dados da Receita mostram que houve uma queda de 31,5% em abril,

ante abril de 2011, no recolhimento de IPI sobre automóveis. A diferença ocor-reu principalmente em função da redução de 7,6% das vendas no mercado interno, no mês de março (fato gerador para o re-colhimento do IPI em abril).

Também houve queda em abril no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (-0,64%)e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) (-1,65%). Segundo informou a secretária adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, foi mantida em 4% a 4,5% a previsão de crescimento real da arrecadação este ano.

Arrecadação de impostos bate recorde em abril

confortável, com saldo positivo na balança comercial e com forte ingresso de capital externo, além de um eleva-do volume de reservas, as possibilidades de reversão do quadro favorável das exportações, pela redução da de-manda da China, existem, e também a de uma desace-leração do ingresso de recursos externos, por mudanças do cenário internacional. O elevado volume de reservas nos conforta enquanto não precisar ser usado. O modelo de crescer via expansão do consumo tem limite, e muita gente teme que já estejamos atingindo esse limite.

Diante da redução da taxa de juro, qual o risco de termos mais infl ação?

O Banco Central parece contar com um efei-to defl acionário externo, pela queda dos preços das commodities, que permitiria manter a infl ação sob controle, mesmo com a redução das taxas de juros. O comportamento dos Índice Geral de Produtos tem confi rmado essa expectativa. O cenário externo conti-nua de muita incerteza, mas a continuidade da expan-são do emprego é fator de preocupação.

O senhor concorda com o discurso ofi cial, de que o défi cit cresce porque a indústria não investe e que, assim, não tem condições de

suprir a demanda por bens de consumo? O empresário somente investe quando tem estí-

mulos para isso. Não basta a perspectiva de demanda futura, ele precisa de condições institucionais favoráveis e recursos para investimento. Com a burocracia ex-cessiva, os juros elevados e uma tributação quase con-fi scatória é difícil investir. Isso é agravado pela falta de in-fraestrutura, custos crescentes da energia e, em alguns setores, a incerteza regulatória. No caso da indústria de transformação esses problemas são agravados por uma taxa de câmbio desfavorável e pela concorrência desleal de alguns países exportadores.

Diante desse quadro, o que fazer para regu-lar o consumo?

O consumo total resulta da soma do consumo das famílias e do consumo do governo. O ideal seria con-ter os gastos de custeio dos governos, o que permitiria acomodar o consumo privado e daria maior sustenta-ção à redução dos juros.

“O ideal seria conter os gastos de custeio dos governos, o que permitiria acomodar o consumo privado e daria maior sustentação à redução dos juros”

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

CACB assina acordo decooperação técnica internacional

A Confederação das Associações Co-merciais e Empresariais do Brasil (CACB) e a Cámara de Indústria, Co-mércio, Serviços e Turismo de Santa

Cruz (Cainco), da Bolívia, fi rmaram, em 23 de abril, o documento de adesão brasileira à Red de Cámaras (RDC), uma plataforma de cooperação e colaboração para a integração regional e internacional voltada para as necessidades das instituições empresariais e suas fi -liadas. A RDC é a primeira rede orientada para facilitar a internacionalização de empresas a partir de institui-ções de defesa dos interesses do setor.

Essa aliança estratégica reúne países como Bolívia, Colômbia, Peru, Equador, Espanha e agora o Brasil. A partir do acordo, as empresas fi liadas às câmaras participantes terão acesso a descontos no comércio internacional com os países envolvidos, e a informa-ções comerciais, oportunidades de negócios com países da rede, captação de clientes e a serviços das instituições integrantes.

Segundo o presidente da Cainco, Luis Fernando Barbery, com esse novo ponto de contato no Bra-sil, a Red de Cámaras planeja oferecer um melhor serviço às empresas fi liadas ao sistema CACB e às instituições empresariais que fazem parte desta rede. “Dessa forma, pretendemos fortalecer a CACB e suas instituições membros, desenvolver e benefi ciar os empresários e suas instituições representativas por meio do intercâmbio de know-how, oportunidade de parcerias, apoio à formação profi ssional, ampliação do networking e da cobertura dos serviços e benefí-cios para os associados.”

O presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, afi rmou que a incorporação da CACB à ini-ciativa converte a entidade no primeiro ponto da Red no Brasil, como referência para a adesão de outras instituições empresariais brasileiras à RDC. A assinatura do acordo é resultado de uma missão rea-lizada no fi nal de março para Bolívia, Peru e Colômbia, que avaliou a adequação das instituições parceiras do projeto Redes Empresariais de Negócios.

Brasil, um case de sucessoNa última década, a visibilidade do Brasil no cenário

internacional, segundo Cairoli, cresceu notadamente por um conjunto de motivos relacionados à sua expan-são econômica, potencial social e ambiental e uma po-lítica externa contínua e coerente. Esse quadro, aliado à consolidação da democracia e à adoção de políticas que se tornaram referência mundial, credenciou o Brasil a se transformar em um prestador de cooperação técnica. O Brasil passou a ser observado e estudado em suas políticas públicas exitosas, passando a atuar como case de sucesso de know-how e tecnologia.

O foco central do Brasil passou a ser a atuação em países em desenvolvimento, como os africanos e os latino-americanos, onde há ações nas áreas de saú-

Confederação é a primeira instituição empresarial brasileira a aderir à Red de Câmaras; com isso será possível ampliar a rede de serviços e a colaboração com outros países

Representantes de Câmaras da América Latina se reuniram em Florianópolis

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Maio de 2012 13

de, educação, agricultura e outros setores. No setor público, a cooperação técnica já é uma ideia dissemi-nada, com a ampla participação do governo federal, principalmente após a criação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Institucionais, em 1987. Entretanto, esse modelo de trabalho ainda é novidade para o setor privado brasilei-ro, acrescentou o dirigente.

O projeto Empreender e a cooperação técnica

O projeto Empreender Competitivo, executado pela CACB em parceria com o Sebrae, surgiu a partir da capilaridade da entidade. Foi organizado em núcleos setoriais, nos quais micro e pequenos empresários de um mesmo segmento são orientados por um consul-tor e trocam experiências na busca de novas tecno-logias e formas modernas de administração. Depen-dendo das especifi cidades de cada núcleo, é possível organizar capacitações coletivas para os funcionários de várias empresas, especializações para os gestores, compras coletivas, troca de informações de mercado e transações de comércio internacional.

O trabalho é desenvolvido desde 1991, em âmbi-to nacional. Somente em 2005 foi estabelecido o pri-meiro acordo de cooperação internacional, a partir do Convênio com a Câmara de Essen para o desenvol-vimento do projeto Capacitar Nordeste, que prevê o desenvolvimento das entidades empresariais da região. Em 2009, foi fi rmado o Convênio com o Centro de Formação Profi ssional das Associações Empresariais da Baviera (BFZ) para a consolidação de uma área inter-nacional da CACB.

Nesse período, foi premiado como segundo me-lhor projeto para o fortalecimento das MPEs, durante o congresso do International Chambers of Commerce (ICC), e o Capacitar Nordeste como a melhor inicia-tiva de Cooperação Internacional pelo International Chambers of Commerce (ICC) realizado na Turquia – à frente de Inglaterra, Alemanha e Espanha. A partir daí, passou a ser cobrada do Brasil uma posição mais proativa no auxílio a outros países em desenvolvimen-to. Em 2011 foi assinado um convênio com o Sebrae para disseminação da metodologia do Empreender em países da América Latina.

RDC tem apoio internacional

As novas fronteiras

A RDC conta com o apoio do programa Al-Invest IV da União Europeia, cujo objetivo é apoiar o processo de internacionalização de empresas da América Latina. A Red de Cámaras conta com 15 instituições membros, entre as quais a Câmara de Comércio de Lima no Perú (CCL), a Asociação de Comercio Exterior de Colômbia (Analdex), a Federação Equatoriana de Exportadores (Fe-dexpor), a Câmara de Comércio de Almería, na Espanha, e a Câmara de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo de Santa Cruz, da Bolívia (Cainco).

A expectativa é de que em maio a RDC expanda sua rede para Chile e Áustria, mediante a assinatura do convênio com a Cámara de Comercio de Santiago e a Austrian Federal Economic Chamber (WKO).

Para a expansão do projeto de núcleos setoriais na América Latina, além da nova parceria com a Red de Cámaras, o Brasil inclui três novas fronteiras de ação: Bolívia, Peru e Colômbia. Esse projeto, que faz parte do Empreender Internacional, será realizado pela CACB em parceria com o Sebrae.

A perspectiva é de que se tornem parceiras as en-tidades Cainco (Bolívia), Confecámaras (Colômbia) e Câmara de Lima (Peru). “É preciso que a entidade seja representativa, tenha infraestrutura e ofereça serviços de qualidade a seus associados, além de ser capaz de multiplicar e continuar o projeto após o fi nal da consul-toria prestada pela CACB”, explica o coordenador do Empreender, Carlos Rezende.

O programa está voltado para países da América do Sul, com o objetivo de fortalecer as entidades empresariais e apoiar as micro e pequenas empresas. O projeto está em fase inicial, e vai atingir cinco entidades e capacitar dez multi-plicadores para a disseminação da metodologia de núcleos setoriais. Para tanto, serão realizados estudos socioeconô-micos específi cos, que servirão de base para um planeja-mento adequado e com avaliação constante de resultados.

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Curitiba testa energia solar na iluminação do Parque Barigui

TENDÊNCIAS

Energia solar entra em novo estágiode desenvolvimento no BrasilChamada pública de Pesquisa & Desenvolvimento estratégico da Aneel desperta o interesse de companhias do setor, ao mesmo tempo que cresce o uso do sol como energia térmica em residências

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Até há pouco tempo, falar em energia so-lar no Brasil era visto como uma fantasia. Apesar de o país deter o segundo maior índice de radiação solar do mundo, o

governo federal nunca cogitara dessa fonte de energia. Mesmo o Programa de Incentivo às Fontes Alter-

nativas de Energia Elétrica (Proinfa), lançado em 2001 por meio de Medida Provisória – uma espécie de cata-pulta da energia eólica no Brasil –, excluiu essa opção, dado o alto custo das placas de energia solar fotovoltai-ca que geram energia elétrica.

Desde então, aquela que é considerada a principal fonte de energia limpa do planeta permaneceu esque-cida. Mas como tudo muda na vida, devido à maciça campanha em prol da sustentabilidade e ao estrondoso sucesso da energia eólica nos últimos anos, que atraiu milionários investimentos, tanto do Brasil como do ex-

terior, eis que o tema está de volta à agenda do setor.Hoje há várias movimentações importantes que po-

dem incentivar a energia solar no Brasil. De outra parte, uma possível redução dos custos nos equipamentos po-deria abrir a porta para os projetos de microgeração – que é a produção de energia pelo próprio consumidor, utilizando equipamentos de pequena escala que pode ser vendida à rede a preços vantajosos. Atenta a esse mercado, em abril a Agência Nacional de Energia Elé-trica (Aneel) criou regras de compensação de energia para microgeração, de até 100 KW de potência, e para a minigeração, de 100 KW a 1 MW.

A norma permite ao consumidor instalar peque-nos geradores na sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é válida para geradores de fontes incentivadas, como a solar. Pelo sistema, uma residência, por exemplo, vai gerar ener-

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Maio de 2012 15

gia, colocar o que não for consumido no sistema da distribuidora e usar o crédito para abater no consumo dos meses subsequentes.

Mas enquanto isso não decola, o potencial maior da energia solar, segundo o ambientalista Ruberval Baldini, é o de utilizar esse tipo de energia como fonte térmica para o aquecimento de água, em substituição aos chuveiros elétricos nas residências e as caldeiras em hotéis e clubes.

Um exemplo recente é o projeto de 24 apartamen-tos que concilia a energia solar com a eólica da incorpora-dora Asas em Florianópolis (SC). Além das duas turbinas eólicas, de 6 metros de altura por 3 de largura, o empre-endimento terá placas para geração de energia solar.

De acordo com os empreendedores, as duas fon-tes combinadas irão suprir 100% da energia necessária para aquecer toda a água quente utilizada pelo condo-mínio, representando uma economia anual estimada em R$ 43 mil no consumo potencial de energia elétri-ca, informou Jaques Suchodolsky, dono da Asas.

Mas o que falta para o sol avançar como fonte de ener-gia no Brasil? É subsídio, responde o eletrotécnico alemão Hans Dieter Rahn, há 55 anos radicado no Brasil, que insta-lou no prédio onde mora um sistema que converte a radia-ção solar em energia elétrica. “Se o governo não comprar a energia solar como fez com a eólica, ninguém vai investir num ativo cujo retorno é inferior à poupança”, ressalta.

Apesar desse quadro, há um fato auspicioso que pode mudar a história da energia solar no país. Várias concessionárias estão desenvolvendo projetos para tes-tar tecnologias que mais se adaptam ao clima do Brasil, o que pode ser fundamental para a viabilidade da fonte. O interesse dessas companhias foi despertado a partir da chamada pública de P&D estratégico da Aneel em 2011.

Projetos que estavam na espera de uma sinalização de mercado foram apresentados à Agência, que apro-vou 17 das 18 propostas apresentadas, envolvendo plantas com capacidade instalada entre 0,5 MWp e 3 MWp, num total de 24,6 MWp, o que demandará um total de R$ 395 milhões nos próximos três anos.

Um dos projetos escolhidos pela Agência foi da CPFL Energia. A empresa, que já vinha pesquisando sobre a fonte há alguns anos com projetos de menor porte, cadastrou no P&D estratégico um projeto de escala maior, de 1,1MW.

Outra que também vai testar tecnologias é a Trac-tebel Energia (SC). Com um investimento de mais de R$ 60 milhões, a concessionária, em parceria com 11 empresas cooperadas, pretende instalar, operar e ava-liar oito módulos de avaliação com sete tecnologias fo-tovoltaicas cada um, e estações solarimétricas em oito localidades com diferentes climas, além de uma usina fotovoltaica de 3 MWp de potência instalada.

Maquete do projeto da Neo Next Generation de Florianópolis

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Além de avaliar o desempenho das principais tec-nologias fotovoltaicas sob condições climáticas diferen-tes, o objetivo do projeto, de acordo com a Tractebel, é conhecer os custos de investimento e de operação e manutenção. “A Tractebel acredita na energia solar como parte de uma mistura diversifi cada. Por isso vai desenvolver o maior P&D da Aneel. A dimensão e meta para essa área dependerão dos resultados e também do desenvolvimento do mercado”, destacou Manoel Zaro-ni, presidente da Tractebel Energia, em nota à imprensa.

Com projetos mais voltados para a área de pes-quisa, a Petrobras e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) também vão investir em energia solar.

No caso da Petrobras, será construída uma usina solar de 1,1 MWp em Alto Rodrigues (RN). A usina fi cará no terreno da UTE Jesus Soares Pereira, da pró-pria empresa, e a energia será utilizada pela própria companhia. O custo total é estimado, de acordo com a estatal, em R$ 20,9 milhões, e a previsão para início de operação é o segundo semestre de 2014.

Já a Chesf fará um projeto de P&D denominado Central Fotovoltaica da Plataforma Solar de Petrolina, que será construída em Pernambuco e terá uma ca-pacidade de 3 MWp. O projeto receberá um investi-mento de R$ 44 milhões e é uma das primeiras inicia-

tivas para a formação da Plataforma Solar de Petrolina. A plataforma, de acordo com a empresa, constituirá um verdadeiro laboratório a céu aberto, destinado à experimentação das mais variadas tecnologias.

De olho no mercado, a Weg S.A., de Jaraguá do Sul (SC), desenvolveu uma tecnologia própria de inver-sores solares. Além disso, montou uma equipe de dez pesquisadores na área e passou a trabalhar em parcerias de pesquisa e desenvolvimento com engenheiros de energia solar de universidades, como a de São Paulo (USP), Federal de Santa Catarina (UFSC) e Estadual Paulista (Unesp), no campus de Ilha Solteira (SP).

Na avaliação da empresa, o segmento de energia solar vai ter um desenvolvimento importante no país nos próximos anos. De acordo com os cenários traça-dos pelos seus pesquisadores, o Brasil deverá deman-dar até 150 GW de energia em 2016 e a solar terá uma participação de 3% a 5% neste bolo. Ao total, o mercado brasileiro de equipamentos e sistemas de energia solar em até sete anos deverá movimentar R$ 25 bilhões ao ano. Dado fundamental para que essas previsões sejam confi rmadas é a necessidade de um leilão específi co para a energia solar.

Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, uma disputa pela energia solar poderia dar “massa crítica” ao setor, o que impulsionaria seu desenvolvimento. Entretanto, ele também acha que a permissão de um leilão específi co para energia solar “abriria a porteira” para que represen-tantes de outras fontes igualmente requisitem disputas específi cas, o que o governo pretende evitar. Conclu-são: o governo ainda vacila em termos de energia solar.

Enquanto no Brasil a energia solar em residências ainda depende de subsídios, países como a Alemanha estão come-morando a expansão recente da energia solar. A associação comercial alemã de energia solar acaba de divulgar um balan-ço, informando que o uso de energia por essa fonte cresceu 60% em 2011. A es-

timativa é de que, em 2050, os sistemas fotovoltaicos integrados serão responsá-veis por cerca de um terço da energia elétrica gerada no país.

O país conta com um sistema que tem sido chamado internacionalmente de smartgrid, e que já funciona em países como Espanha, Estados Unidos e, mais

recentemente, nosso vizinho Uruguai. Pelo smartgrid, uma família que possui painéis solares instalados em casa pode repassar à concessionária de energia a sobra da energia armazenada, ganhando descontos na conta de luz. Com isso, o investimento feito nos painéis é recupe-rado com rapidez.

Um terço da Alemanha com energia solar em 2050

Investimento no uso térmico de energia solar ainda é discutível no Brasil

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MAIO/2012 – SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800

INFORME DO SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

APOIO AO CRESCIMENTOFrente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa discute formas de ampliar os benefícios para os negócios de pequeno porte

Foto Rodrigo Dai

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2 EMPREENDER // SEBRAE

A Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas no Congresso Nacional irá se reunir

com integrantes do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) com o objeti-vo de buscar soluções para confl itos na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de empresas do Supersimples, por meio da substituição tributária (ST). A medida ocorre quando a indústria ou o ataca-dista recolhe o imposto por todos os integrantes da cadeia produtiva.

Entidades representativas e de apoio aos pequenos negócios reclamam que, na prática, a cobrança do ICMS via substitui-ção tributária anula a redução do imposto a que as empresas do Simples têm direito. A reunião com o CGSN é uma iniciativa para resolver esse confl ito. Uma das prin-cipais propostas com esse objetivo será a apresentação de um projeto que altera a lei do ICMS (Lei Complementar 87/96) e regulamenta a aplicação da ST para as empresas do Supersimples.

O anúncio foi feito pelo presidente da Frente, deputado Pedro Eugênio(PT/PE), na reunião da entidade realizada no iní-cio de maio, na Câmara dos Deputados.

De acordo com ele, a ideia é que a entrada nesse sistema especial de tributação seja defi nida apenas pelo faturamento das empresas, que atu-almente determina um teto anual de R$ 360 mil para as micro e de R$ 3,6 milhões para as pequenas.

Também haverá ajustes para bene-fi ciar o Empreendedor Individual (EI) – trabalhador por conta própria que ganha no máximo R$ 60 mil por ano exercendo atividades como costureira, cabeleireira, chaveiro, entre outras. Uma das propostas evita o aumento do valor do Imposto Predial e Territorial (IPTU) para os trabalhadores formalizados.

O outro projeto deverá propor a redução tributária para micro e pe-quenas empresas que atuam na área de bebidas. A entrada no Simples Nacional é um pedido antigo dessas empresas. O presidente da Frente Parlamentar considera mais fácil conseguir redução tributária para es-ses negócios por meio de um projeto específi co. “Trata-se de assunto de difícil consenso, pois conta com re-gulamentações complexas do ponto de vista tributário”, afi rma o deputado.

/ /Em Bras í l ia / /

FRENTE APRESENTA PROJETOS QUE BENEFICIAM PEQUENOS NEGÓCIOSEntre as iniciativas estão o aprimoramento geral do Supersimples e a redução tributária para micro e pequenas empresas do setor de bebidas

Foto Bernardo Rebello/ASN

Reunião da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa,

em Brasília

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3Maio de 2012

Um ambiente legal favorável, com redução burocrática e tributária, é fundamental

para a competitividade dos micro e pequenos negócios. A avaliação é do diretor-técnico do Sebrae, Carlos Al-berto dos Santos, que participou de reunião da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas no Congresso Nacional, no início de maio. O encontro debateu estratégias para ampliar a redução de tributos e da burocracia para os pequenos empre-endimentos.

“Signifi ca soltar as amarras para que os negócios aconteçam e que haja

geração de emprego e renda em nosso país”, disse Carlos Alberto. O diretor do Sebrae explicou que ações nesse sen-tido “já estão acontecendo fortemente no Brasil”, desde a implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei complementar 123/06).

Um exemplo disso é o Simples Na-cional, que conta com mais de 6,3 mi-lhões de micro e pequenos negócios, dos quais mais de 2,4 milhões são Em-preendedores Individuais – trabalha-dores por conta própria que ganham no máximo R$ 60 mil por ano, como vendedoras de roupa e encanadores.

O diretor do Sebrae destacou algu-

mas ações do governo federal, como a redução das taxas de juros. Mas afi r-mou que ainda há espaço para avançar. “O momento vivido pelo Brasil mostra que o ditado ‘dar o peixe ou ensinar a pescar’ está ultrapassado. Hoje, temos que dar o peixe, ensinar a pescar e des-poluir o rio, pois ninguém pesca em um ambiente desfavorável ao crescimento, à distribuição de renda, à inclusão e à cidadania”, exemplifi cou.

O diretor do Sebrae disse acreditar que, juntos, governo, parlamentares, iniciativa privada e Sebrae conse-guirão “mudar o Brasil, como já vem acontecendo”.

/ /Tr ibutos/ /

SEBRAE DEFENDE AMBIENTE LEGAL FAVORÁVEL PARA MPEDiretor Carlos Alberto dos Santos participou de debate na Frente Parlamentar da Pequena Empresa, em Brasília

Foto Bernardo Rebello/ASN

Reduzir tributos e diminuir a burocracia

estão entre as medidas necessárias para

incentivar as micro e pequenas empresas

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4 EMPREENDER // SEBRAE

/ / INOVare jo/ /

PROJETO LEVA INOVAÇÃO A PEQUENAS EMPRESAS DO COMÉRCIOIniciativa será implementada em todo o país a partir do segundo semestre

Para ampliar o acesso das empre-sas a inovação e tecnologia, o Sebrae vai incluir o projeto INO-

Varejo no pacote de serviços oferecidos pelos Agentes Locais de Inovação (ALI), a partir do segundo semestre deste ano. A meta da instituição é atender 43,6 mil varejistas até 2015. O INOVa-rejo, lançado neste ano, vai atender pe-quenas empresas do setor de comércio com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões.

O projeto viabiliza o acesso a ino-vação e novas tecnologias nas áreas de automação comercial, comércio eletrônico e meios eletrônicos de pa-gamento, destaca o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. “Os ALI vão orientar os empresários sobre a adoção dessas tecnologias, pois são uma tendência irreversível, que garante mais competitividade ao pequeno varejo”, diz.

Durante o período de um ano, o ALI fará visitas às empresas para diagnóstico, informações e dicas de como inovar.

Em todo o país, 728 agentes farão o atendimento nesses quase quatro anos. A consultoria prestada pelos agentes é custeada pelo Sebrae.

O ALI identifi cará a situação da empresa em três pontos – automa-ção comercial, comércio eletrônico e meios eletrônicos de pagamento – e fará recomendações para melhorar os processos. Pesquisas do setor de co-mércio eletrônico, por exemplo, apon-tam que 32 milhões de brasileiros já compraram pelo menos uma vez via web. O faturamento das empresas que atuam no setor chegou a R$ 18,7 bi-lhões em 2011, 26% a mais que no ano anterior, de acordo com informações da e-Bit, empresa especializada em informações do e-commerce.

A apresentação que os agentes farão aos empresários sobre as tecnologias na área de automação comercial será por meio de palestra e cartilha. O objetivo é mostrar os benefícios da adoção da nota fi scal eletrônica, que desencadeia uma série de outras melhorias na área de automação.

Para saber mais sobre os benefícios e as formas de comércio eletrônico, os interessados poderão participar do projeto Conecte seu Negócio, uma parceria do Sebrae com a Google, e das soluções Internet para os Peque-nos Negócios. Em ambos os casos, o empresário já viabiliza site, blog e pá-ginas em redes sociais. As vantagens e os critérios para adoção dos cartões eletrônicos de pagamento também se-rão apresentados em palestras e car-tilhas aos empresários do segmento de pequeno porte pelos ALI.

O projeto pretende ampliar o acesso das

empresas a inovação e novas tecnologias

Foto Bernardo Rebello/ASN

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5Maio de 2012

SOLUÇÕES PARA REDUZIR A INFORMALIDADE NO BRASIL

//Trabalho//

Projeto do Dieese, que tem o apoio do Sebrae, mostra caminhos para aumentar a formalização no país

Identifi car os gargalos que difi cul-tam a formalização em áreas onde há grande concentração de em-

presas e trabalhadores informais é o principal objetivo do Projeto Redução da Informalidade por Meio do Diálo-go Social, encabeçado pelo Departa-mento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A iniciativa tem ainda a participação de seis ministérios, do Banco Interame-ricano de Desenvolvimento (BID), da Fundação Banco do Brasil e do Sebrae.

O piloto da ação, que teve início em 2009, inclui trabalhadores e empresas de seis diferentes regiões e setores: co-mércio no Rio Grande do Sul, constru-ção civil em Curitiba (PR), trabalhadores da agricultura familiar em Ituporanga (SC), assalariados rurais em Morrinhos (GO), indústria do vestuário no Agreste Nordestino e cooperados no Ceará. “O projeto termina em 2013, mas quere-mos dar um passo à frente e torná-lo permanente já no segundo semestre. Um indicador de sucesso é a entrada do Sebrae no grupo de trabalho”, disse o diretor Técnico do Dieese, Clemente Ganz. Para Helena Rego, analista técnica de Políticas Públicas do Sebrae, a ação

do Dieese converge com o trabalho que o Sebrae realiza com o Empreendedor Individual (EI). “O EI é hoje o grande cliente da instituição. Queremos levar aos seis territórios do projeto a formali-zação e a capacitação. Vamos também acompanhar o desenvolvimento desses empreendedores individuais e a susten-tabilidade do negócio“, afi rmou.

A informalidade no Brasil diminuiu nos últimos 17 anos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em 2002, 56% da População Economi-camente Ativa (PEA) trabalhava na informalidade, contra 46% em 2009. Fatores como o crescimento da econo-mia e políticas governamentais voltadas para à formalização foram importantes para o crescimento do número de tra-balhadores e empreendedores formais.

“Queremos tornar o Brasil mais formal. Para isso, ampliamos a nossa rede de atendimento, intensifi camos a fi scalização e a qualifi cação do traba-lhador. O projeto mostra onde estão as difi culdades relacionadas ao Ministério do Trabalho nos territórios e nós tenta-mos resolvê-las”, enfatizou o diretor do Departamento de Emprego e Salário do MTE, Rodolfo Torelly.

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O momento de crescimento econômico é favorável ao aumento da formalização no Brasil

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Em 2009, a empresária Franciclei-de Cavalcante pensou em fechar as portas da sua loja de móveis,

no bairro de Jaguaribe, na capital pa-raibana. Ela e o marido eram donos do empreendimento desde 2003, mas as difi culdades fi nanceiras desanimavam o casal. Hoje, a empresa é um exemplo de gestão efi ciente e o faturamento cresceu 100% nos últimos dois anos.

O sucesso da empresa não veio de repente, nem sem muito esforço. Em 2010, a empresária mudou o modelo de gestão, inovou, investiu na capacita-ção e no atendimento personalizado. Os resultados vieram rápido e o estabeleci-mento registrou aumento na satisfação dos clientes e incremento nas vendas. A Espaço Mix Móveis foi uma das 1.478 empresas paraibanas atendidas em 2010 pelo programa Negócio a Negócio do Sebrae na Paraíba.

O atendimento às empresas parai-banas por meio do programa Negócio a Negócio cresceu nos últimos dois anos. Os números de 2011 foram quase cinco vezes maiores que os de 2010. No ano passado, foram 6.769 empreendimen-tos atendidos pelo programa, que ofere-ce orientação especializada na própria empresa. No Sebrae na Paraíba, há 110

Agentes de Orientação Empresarial (AOE) capacitados e aprovados, além de 29 consultores credenciados que atuam no atendimento às empresas, em parceria com o Unipê, a Facisa e o Programa Paraibano de Qualidade.

A empresária Francicleide Caval-cante buscou no Sebrae na Paraíba mais informações sobre atendimento personalizado, com o objetivo de fi de-lizar clientes. Ela participou de cursos e palestras sobre vendas e gestão. “Eu mesma trabalho no atendimento da loja, interajo com o cliente e entendo o que ele realmente precisa. Converso, faço perguntas, vou à casa do cliente e, mesmo depois da venda, telefono para saber se está tudo certo. Quando ele for comprar o próximo móvel, vai querer minha ajuda de novo”, explica.

Francicleide acrescenta que outras mudanças estruturais e gerenciais fo-ram necessárias. “Também investimos em um sistema mais efi ciente de esto-que e de fi nanças. Não tínhamos con-trole e a loja estava dando prejuízo”, diz. Com o caixa equilibrado, ela começou a investir na própria loja. Adquiriu o terre-no ao lado para aumentar o showroom de produtos e comprou um veículo para fazer a entrega das encomendas.

6 EMPREENDER //

/ /Atendimento/ /

Ao participar do Negócio a Negócio, empresa de João Pessoa registra crescimento

ORIENTAÇÃO ESPECIALIZADA AUMENTA FATURAMENTO DE LOJA

Para a empresária, a orientação contribuiu para melhorar a gestão do negócio

Empreender – Informe Sebrae. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Endereço: SGAS 605, Conjunto A, Asa Sul, Brasília/DF,CEP: 70.200-645 – Fone: (61) 3348-7494 – Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800Na internet: sebrae.com.br // twitter.com/sebrae // facebook.com/sebrae // youtube.com/tvsebrae

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COMÉRCIO

E-commerce brasileiro cresce a taxas superiores às de outros paísesCom o crescimento da estrutura logística e de entrega, aliado a serviços de excelência, o cenário do e-commerce nacional é cada vez melhor

Recebido com desconfi ança pelo consu-midor em seus primeiros anos, o e-com-merce brasileiro deslanchou e já faz parte da lista dos maiores do mundo no setor.

De acordo com Cris Rother, diretora da unidade de negócios da e-bit – a principal referência em infor-mações do comércio eletrônico do país –, o Brasil vem apresentando taxas superiores de crescimento em comparação a outros países. Somente neste ano, a expectativa é de uma receita bruta de R$ 23,4 bi-lhões, o que vai representar um incremento de 25% em comparação ao ano anterior.

A queda no índice de atrasos das compras, graças aos investimentos dos grandes players do varejo em lo-gística, centros de distribuição, tecnologia e, sobretudo, em segurança, é fator que alavancou o e-commerce no país, relata a executiva.

De acordo com a executiva, o consumidor não se sentia seguro para comprar esse tipo de produto

via web. “Culturalmente, estava acostumado a experi-mentar antes da aquisição. Os lojistas trabalharam essas questões e o segmento passou da 26°, em 2009, para 5° colocação, em 2011”, destaca. “Os investimentos em logística também ajudaram, o que resultou em uma queda no índice de atrasos durante o período de maior movimento nas vendas, o Natal. Esse número, que era de 17% em 2010, caiu para 13% em 2011”, completa.

Ao mesmo tempo que o setor se aperfeiçoava, as vendas também tiveram o seu perfi l alterado. Até há alguns anos, os itens mais vendidos eram CDs, livros e assinaturas de jornais e revistas. Hoje predominam os de maior valor agregado, como eletrodomésticos, equipamentos de informática e eletrônicos – enquanto moda e acessórios surgem com toda força.

Outro fato novo no setor é a descentralização das lojas virtuais. Segundo Rother, as pequenas e médias empresas vêm ocupando cada vez mais a fatia que antes pertencia somente às grandes varejistas. Para ilustrar esse

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18 Empresa BRASIL

COMÉRCIO

acontecimento, a e-bit fez um levantamento comparati-vo sobre a participação no mercado do 1° semestre de 2009 em relação ao 1° semestre de 2008. O resultado apontou uma perda de 5,5 pontos percentuais dos dez maiores varejistas. Em contrapartida, no mesmo perío-do, o “long tail”, que engloba pequenas e médias varejis-tas, ganhou 1,6 ponto percentual.

Para a executiva do e-bit, a confi ança que o canal traz ao consumidor, além de maior conscientização no ato da compra, continuam sendo fatores contribuintes para essa tendência no cenário do e-commerce. Enquanto que do ponto de vista das lojas virtuais ativas há grande difi culdade em encontrar funcionários qualifi cados.

De acordo com pesquisa realizada pela E-Com-merce School, em parceira com a e-bit, entre as lo-jas entrevistadas, 63% contrataram profi ssionais nos últimos seis meses, sendo que 79% dessas acharam que os candidatos não atendiam a todas as habilidades necessárias. Depois de contratados, esses profi ssionais precisaram ser treinados para atuarem no e-commer-ce. Desses, 73% foram treinados pelo seu próprio gestor e apenas 3% não precisaram de treinamento.

Quando perguntados sobre onde procuram se

atualizar, 54% dos entrevistados disseram usar redes sociais tais como blogs, Twitter e Facebook, para bus-car informações profi ssionais.

O que os lojistas e o mercado de uma maneira geral têm de pensar é em capacitar os profi ssionais que estão ingressando no setor. Hoje, existem escolas e cursos es-pecializados para auxiliar nesse sentido, como a E-Com-merce School e a Universidade BuscaPé, sugere Rother.

“Apesar do crescimento da estrutura logística e de entrega, aliado a serviços de excelência, ainda há espa-ço para melhorias, principalmente no setor logístico, pela complexidade geográfi ca do país e pela guerra fi scal como infl uenciadores ativos”, acrescenta. “Ou-tro dado é a necessidade de investir em tecnologias necessárias para disponibilizar informações aos consu-midores, o que é um ponto muito forte para o varejo virtual. O Brasil possui um território para ser explora-do, tanto fi sicamente quanto digitalmente, tendo em vista que ‘apenas’ 32 milhões de pessoas fi zeram pelo menos uma compra online até hoje. Esperamos que o comércio eletrônico mantenha sua rotina de cresci-mento, ainda que menos acelerado se comparado aos números recentes de faturamento.”

Graças aos investimentos em

segurança feitos pelos lojistas, consumidor

recuperou confi ança nas

compras pela web

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Vendas pela Internet no Dia das Mãescresceram 22% em relação a 2011

Lojas Colombo investe em Centros de DistribuiçãoA Lojas Colombo (RS), cujas vendas

pelo e-commerce cresceram 39% em 2011 em comparação a 2010, começou a construção de um novo Centro de Dis-tribuição em Limeira (SP), num terreno de 60 mil metros quadrados, com con-clusão prevista para o fi nal do ano. Ou-tros três CDs estão localizados em Porto Alegre, Curitiba e Sumaré (SP).

A logística da Colombo é totalmen-te integrada com o setores de compras e vendas, recebendo todas as informa-ções online, o que permite saber a ne-cessidade de expedição e recebimento. Para abastecimento de fi liais e entregas a clientes, é utilizada uma frota de 189

veículos próprios, 135 terceirizados ex-clusivos e oito transportadoras. Cada fi lial recebe abastecimento no mínimo duas vezes por semana, o que garante a entrega das compras às casas do cliente num prazo inferior a 72 horas. A cada mês são feitas 57 mil entregas, com uma movimentação total acima de 1.047 itens. Os três Centros de Distribuição estão totalmente integrados e com sis-temas automáticos de balanceamentos de estoque, minimizando rupturas de estoque e compras desnecessárias. Em 2011, o e-commerce respondeu por 17% das vendas da Colombo e, em 2012, deve chegar a 20%.

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Adelino Colombo: investimento em CDs é o melhor caminho

O Dia das Mães é tradicionalmente a segunda data de maior faturamento do e-commerce brasileiro, atrás apenas do Natal. Segundo a e-bit, neste ano foi alcan-çado um faturamento de R$ 918 milhões, o que re-presenta um crescimento nominal de 22% em relação ao mesmo período em 2011, quando o valor faturado foi de R$ 760 milhões.

“O Dia das Mães tem um forte apelo comercial, e os e-consumidores estão cada vez mais procurando a internet para realizar suas compras. O crescimento nesta data, muito acima do crescimento de lojas tradi-cionais, que reportaram crescimento de 3,5%, segun-do a Fecomércio, comprova esse comportamento”, explica a diretora de negócios da e-bit, Cris Rother.

Inicialmente, a e-bit havia projetado um cresci-mento nominal de 25%, 3 pontos percentuais maior perante o ano passado. De acordo com Rother, hou-ve dois fatores determinantes para a expectativa não ter sido atingida: um foi o frete das entregas. No dia das mães de 2011, 64% dos pedidos entregues pelas

lojas foram com frete grátis, contra 56,3% em 2012. “O frete grátis é um importante fator na decisão de compra dos e-consumidores. Com as lojas oferecen-do menos frete grátis, eles sentiram-se menos estimu-lados a consumirem.” O outro fator foi o impacto da crise europeia, afetando o “humor” dos consumido-res, analisa a diretora e-bit.

Foram feitos 2,7 milhões de pedidos via web e o valor do tíquete médio fi cou em R$ 340. Os pro-dutos mais vendidos foram os eletrodomésticos.A categoria já é a mais vendida normalmente. O IPI re-duzido ainda contribuiu muito para o grande volume de vendas. Em segundo lugar fi cou “Saúde, beleza e medicamentos”, o que é típico da data. “Informática” ocupou a terceira posição, seguida por “moda e acessórios” e “casa e decoração”, res-pectivamente.

Foram feitos 2,7 milhões de pedidos

via web e o valor do tíquete médio fi cou

em R$ 340,00

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TECNOLOGIA

Em um mundo conectado, as associações comerciais e os núcleos setoriais também observaram a necessidade de se comunicar com seus fi liados via redes sociais. Mesmo

as empresas mais resistentes a mudanças renderam-se a esse novo canal de comunicação. Os perfi s servem tanto para atualizar os contatos sobre as ações, promo-ções e eventos realizados quanto para valorizar a ima-gem institucional. O Brasil possui mais de 51,8 milhões de internautas ativos, tornando-se impossível ignorar esse contingente ávido de informações.

As redes sociais constituem-se em ambientes favorá-veis para divulgação de ações institucionais que promo-vam a organização e seu relacionamento com seus públi-cos direto e indireto, favorecendo a interação entre eles. Algumas instituições já desenvolveram guias de conduta na rede, voltados para a atualização tanto da página institu-cional quanto das páginas dos principais executivos, além de manuais de redação para as redes e outros tipos de planejamentos para direcionar o que e quando publicar.

As relações na internet ocorrem de forma dinâmi-ca, pois os dados podem e são alterados em tempo

real. O número de pessoas com 16 anos ou mais com acesso à Internet no Brasil passou a barreira de 40 mi-lhões, segundo dados do Ibope. “Nós já usávamos o e-mail para nos comunicar, mas percebemos que o Fa-cebook seria muito mais efi ciente para atingir os asso-ciados”, conta Nilce Maia, gestora do Núcleo de Moda de Criciúma, no interior de Santa Catarina.

O Núcleo de Moda não realizou nenhum planeja-mento prévio para a execução das páginas institucionais no Facebook e Twitter, o objetivo era apenas mostrar as ações do núcleo para os próprios associados. Nilce conta ainda que a equipe de coordenação do núcleo se esforça para publicar diariamente informações sobre ações, sugestões, cursos oferecidos, matérias de interes-se em jornais e outras informações afi ns. “Acabamos fa-zendo o perfi l mais pela sensibilidade”, explica a gestora.

Já para Tais de Luca, gestora do setor comercial da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), “com as redes sociais, conseguimos atin-gir um público que vai além dos nossos associados”. A gestora conta que quando anunciam algum evento ou promoção no Twitter ou Facebook, o cidadão co-

Espaço virtual já é essencial para a sobrevivência institucionalAssociações comerciais e núcleos setoriais aderem às redes sociais como forma de atingir melhor os associados e sobreviver no universo 3.0

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mum também entra em contato e, assim, é possível aumentar a divulgação das ações da Associação.

A ACICG usa as redes sociais como um apoio para divulgação das informações publicadas no site, que é o veículo virtual principal, replicando e linkando notícias e promovendo campanhas e ações. “Primeiro criamos um perfi l no Twitter para linkar as matérias publicadas no site, depois criamos perfi s no Orkut e Facebook. Agora já estouramos o limite de amigos permitidos na rede e vamos centralizar tudo em uma Funpage”, ex-plica a gestora. Ela revela ainda que “os perfi s já existem há cerca de dois anos, mas ainda temos difi culdade em manter um funcionário específi co para essa tarefa”.

A importância do planejamentoO gerenciamento das redes sociais é uma impor-

tante ferramenta estratégica para divulgação e marke-ting de uma organização. O risco em usar a internet sem um planejamento é o mesmo que de uma cam-panha publicitária maldesenhada, além do perigo de não otimizar o uso dos recursos disponíveis. As redes sociais podem gerar uma crise de imagem ou auxiliar na sua contenção. Mas a entidade precisa conhecer o caminho no qual está pisando.

O professor de comunicação e especialista em mídias sociais Roberto Lemos explica que “para grande parcela das empresas, a maior mudança trazida pela internet não foi na comunicação. Ocorreu principalmente nos mode-los de negócios. As empresas precisam se dar conta disso e começar a se mexer nesse sentido. Por isso, a necessi-dade de ter representante de todas as áreas”.

Lemos aponta cinco passos para criar um modus operandi adequado para atuação em rede: 1) reunir um comitê com representantes das áreas mais sensíveis para planejar um projeto de diálogo permanente com o público; 2) dar a esse grupo acesso direto ao prin-cipal tomador de decisão da empresa, com reuniões periódicas; 3) planejar uma pauta de marketing digital com atividades e metas claras, ampliando atividades de monitoramento da web e o diálogo com o mercado; 4) implementar as mudanças de forma rápida, sempre mantendo o público informado sobre o status do pro-jeto; e 5) depois do projeto implementado, permitir que o público que participou da sua criação seja o por-tador da novidade junto à sua base.

Publicação diária na web expande informações

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22 Empresa BRASIL

FEDERAÇÕES

Brasil precisa de reformas para ingressar em novo ciclo de crescimento

O novo presidente da Federação das As-sociações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul), Ricardo Russowsky, defi niu como metas de sua gestão a in-

trodução de um modelo por meio do qual serão disse-minados os temas da educação e da inovação.

Executivo do setor fi nanceiro, ex-presidente do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) e do extinto Meridional, incorporado pelo Santander, Russo-wsky, 61 anos – 27°presidente da entidade de 84 anos de existência e 40 mil associados –, pretende também dar continuidade ao trabalho de integração com as fi lia-das, que foi intensifi cado pelo presidente anterior, José

Paulo Dornelles Cairoli. Acompanhe, a seguir, a entre-vista de Ricardo Russowsky a Empresa Brasil.

Empresa Brasil - Quais as suas metas para o fortalecimento da entidade?

Ricardo Russowsky - O presidente que me an-tecedeu, José Paulo Dornelles Cairoli, iniciou o traba-lho de interiorização com o objetivo de aproximar a entidade de suas bases. A nova diretoria pretende dar continuidade a esse trabalho ampliando-o no sentido de uma integração. Isso signifi ca permitir maior parti-cipação tanto no processo decisório como no eletivo das próprias associações comerciais do interior. Nessa linha, vamos fazer, ainda neste ano, cinco congressos de associações comerciais regionais. A base de Caxias do Sul, por exemplo, deverá reunir as associações da Serra; em Uruguaiana, as entidades da fronteira e assim por diante. Então, esse trabalho de integração certa-mente irá resultar no fortalecimento da Federasul.

Essa será a meta principal?Essa será a nossa meta principal no sentido de forta-

lecer a entidade. Para que isso seja possível, vamos intro-duzir dois temas atuais: educação e inovação. Isso porque consideramos a educação neste momento como o inves-timento mais importante, sobretudo em função do cres-cimento econômico do país. Se não investir fi rmemente em educação como fi zeram Coreia, Índia, China e tantos outros, o país não vai conseguir avançar muito. Por isso, a educação passa a ser fundamental a partir de agora, ela sempre foi, mas, a partir de agora, torna-se crucial.

Como a Federasul vai agir?Vamos educar a nós mesmos em primeiro lugar.

O que signifi ca educação para nós? Não é simples-mente a educação formal. Trata-se de qualifi cação, da

Russowsky: “Se o governo

não quiser abrir mão dos impostos, teremos de revisar

a efi ciência e a produtividade do

gasto público”

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Para o novo presidente da Federasul, Ricardo Russowsky, a revisão da estrutura de custos do governo federal deve preceder a reforma tributária. Hoje, segundo ele, além de onerosa para os contribuintes, a carga de impostos é incompatível com os serviços oferecidos à população

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“”

“Além da cadeia de impostos ser brutal, a complexidade da cunha tributária é tal que nem o consumidor nem o empresário sabem, afi nal, o que eles estão pagando”

melhora do indivíduo em conteúdo, cuja massa crítica nós temos na própria Federasul. Precisamos melhorar o nível de gestão de nosso contingente de empresas, aprender novas técnicas e inovação, porque é por meio dela que se conquista a competitividade.

Como isso vai ser feito? Nós pretendemos fazer esse trabalho por meio

de parcerias e acordos. Existe já uma parceria com a HSM cujo modelo fi cará pronto até o fi nal deste se-mestre. Por meio dele será possível transferir conteú-do de médio e alto nível gerencial para as empresas via associações comerciais e industriais do estado, que se constituem em uma verdadeira rede de distribuição.

E a inovação? Poderia ser um caminho para o Rio Grande conquistar maior destaque em âmbito nacional?

O estado tem alguns movimentos interessantes principalmente na área de tecnologia, como os polos tecnológicos com parceiros internacionais. Há 40 anos fomos pioneiros na área de computação e hoje temos polos tecnológicos importantes. O RS poderia apro-veitar essa vocação de inteligência nessa área e poten-cializar isso, atraindo mais investimentos.

Como vê o fato de o governo do estado es-tar limitado em matéria de investimento?

O RS é a quarta economia do país, mas o governo do estado há muitos anos vem sofrendo um desequilí-brio em suas contas públicas. Sem resolver essa ques-tão, o estado não terá capacidade de investimentos, sobretudo no que concerne a infraestrutura e a logísti-ca que estancam nosso processo de desenvolvimento.

Qual deve ser a agenda do empresário?É da fi losofi a empresarial da Federasul a defesa da

livre iniciativa e do empreendedorismo. No caso do empreendedorismo é preciso criar-se um ambiente favorável de liberdade de ação que seja capaz de in-centivar novos empreendedores a entrar no mercado. Nessa linha, o governo federal precisa dar condições para que seja possível exercer essas atividades. Nesse sentido, o governo deve fazer uma série de modifi ca-ções. Em primeiro lugar na burocracia, de maneira a

tornar mais fácil a constituição de empresas. Hoje a bu-rocracia brasileira é uma das mais famosas do mundo.

A cadeia de impostos é brutal, de outra parte a complexidade da cunha tributária é tal que nem o consumidor nem o empresário sabem, afi nal, o que eles estão pagando. A reforma tributária, por exem-plo, é sempre adiada. Além da reforma relacionada à distribuição dos impostos, também deve ser feita uma simplifi cação dos impostos.

Se fosse necessário escolher apenas um tema para bater forte, qual escolheria?

A reforma tributária, principalmente para benefi ciar pequenos e médios empresários.

A criação do Simples Nacional e do Empre-endedor Individual não serviram para melho-rar o ambiente da MPE?

Claro que sim, mas foi fruto dessa batalha da CACB, da Federasul, das federações e de várias enti-dades. É resultado da insistência das entidades.

Como vê o fato de o ministro Mantega não querer mexer no sistema tributário, visto por ele como a “galinha dos ovos de ouro”?

O sistema tributário deve ter uma contrapartida efi ciente e produtiva de serviços prestados à popula-ção. Serve para reinvestir na própria sociedade.

Ocorre que a quantidade de recursos para manter a máquina pública é muito grande e muito penosa para quem paga. Por que precisamos cobrar cada vez mais do governo essa questão? Se o governo não quer abrir mão dos impostos, temos que revisar a efi ciência e a produtividade do gasto público. A reforma tributária começa pela estrutura de custos do sistema. Precisa-mos revisar todo o sistema de custos do governo e aquilo que deve retribuir à sociedade como forma de pagamento de impostos recolhidos.

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24 Empresa BRASIL

Ministro Farani, da ABC:“A cooperação técnica é a melhor forma de o

Brasil se posicionar”

Desde 2008 o mercado brasileiro tem se preparado para atender à demanda dos micro e pequenos empresários, que já somam 5,8 milhões em todo o país.

Preocupada com o fortalecimento do associativismo, a Confederação das Associações Comerciais e Empresa-riais do Brasil (CACB) tem facilitado o acesso de empre-sários ao Certifi cado Digital.

A certifi cação digital é equivalente a uma identidade (eletrônica) que permite comprovar a autenticidade de uma pessoa física ou jurídica. Ela permite um maior nível de segurança nas transmissões de documentos, transa-ções fi nanceiras com a presunção da validade jurídica – como a emissão de certidões –, consulta e regularização de situação cadastral e fi scal, entre outros pontos. Ela considera sua integridade, autenticidade e confi dencia-lidade para evitar diversos tipos de fraude. O certifi ca-do digital contém os dados de seu titular, como nome, identidade civil, e-mail e a assinatura da Autoridade Cer-tifi cadora que o emitiu, entre outras informações.

Vladimir Soares, contador da empresa Via Contábil, explica que “antigamente perdia-se muito tempo para fazer uma pesquisa fi scal, por exemplo. Para saber se uma empresa estava inadimplente tínhamos que ir até

a Receita Federal, passar pelo procedimento de nos tornar procuradores, para só então ter acesso às infor-mações da empresa. Agora, com o certifi cado digital á possível acessar as informações facilmente e até retifi car, se for o caso, alguma informação que possa estar erra-da, como CNPJ ou outro dado qualquer”.

Outro benefício, de acordo com Soares, é a emissão da nota fi scal eletrônica. “Hoje, para você emitir uma nota fi scal eletrônica é preciso ter certifi cado digital, o que dimi-nuiu consideravelmente a burocracia, uma vez que, em vez de escrever manualmente as notas e ter que proto-colá-las, posso apenas importar as informações do sistema de certifi cação digital e autorizar que o cliente já imprima a nota, dando maior comodidade para ambas as partes.”

Como funciona A rede CACB de Certifi cação Digital é realizada em

conjunto com a Certisign, empresa líder em soluções de certifi cação e assinaturas digitais. Dois produtos são oferecidos: o e-CPF Simples e o e-CNPJ para Micro e Pequenas Empresas. Ambos garantem a autenticidade e a integridade na comunicação corporativa pela Internet. Com esse certifi cado, as empresas podem comprovar a sua identidade no meio virtual, realizar transações

DESTAQUE CACB

CACB facilita acesso à certifi cação digitalAlternativa diminui burocracia e facilita vida do empresário brasileiro

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comerciais e fi nanceiras com validade jurídica, além de trocar mensagens eletrônicas com total segurança, sigilo e agilidade, dispensando o uso de documentos físicos.

A diferença entre um e outro está na validade e preço. O e-CPF Simples custa R$ 160. Ele possui va-lidade de um ano e vem armazenado em um token criptográfi co. Já o e-CNPJ para Micro e Pequenas Em-presas é uma versão eletrônica do CNPJ, e garante a identidade da organização nas transações eletrônicas. Ele é comercializado a R$ 189, também no formato de token, mas com validade de 18 meses.

Os certifi cados digitais também permitem que as empresas comprem e vendam pela Internet, participem de pregões eletrônicos, atuem como fornecedores do Estado, executem negócios e contratos de câmbio. Além disso, é possível manter comunicação virtual direta com a Receita Federal, inclusive para cumprir obrigações fi scais sem a necessidade do deslocamento físico.

No caso do e-CNPJ para Micro e Pequenas Em-presas, o micro e o pequeno empreendedor tam-bém podem ter acesso ao canal de relacionamento Conectividade Social, a partir do endereço eletrônico www.conectividade.caixa.gov.br, da Caixa Econômica Federal. No site, o empresário consegue obter inú-meros benefícios, como acessar e realizar operações relacionadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Ser-viço (FGTS), acompanhar informações do Imposto de Renda (IR), emitir e resgatar notas fi scais.

O sistema do Conectividade Social, por meio do certifi cado digital, também permite a geração de pro-curações eletrônicas, assinatura de documentos digitais com a mesma validade jurídica de um documento im-presso, acesso a detalhes da Previdência Social (Sefi p), via Internet, bem como ao sistema da Caixa PIS/Em-presa e ao relatório de informação de Saldo (IS).

Hoje, o certifi cado digital da Rede CACB já oferece mais de cem aplicações e serviços ofertados às empre-sas, independentemente do porte e estrutura, além de desburocratizar processos, reduzir as exigências formais e contribuir para a redução dos custos operacionais. Tra-ta-se, portanto, de uma ferramenta de competitividade imprescindível para as empresas. Segundo o presidente da CACB, José Paulo Dorneles Cairoli, a “CACB, que levanta a bandeira em defesa da livre iniciativa e que tem sua base de associados na sua maioria composta

por micro e empresas de pequeno porte, já oferta esta ferramenta de modernização que é o Certifi cado Digital, através de sua rede de 248 postos de atendimento ins-talados nas Associações Comerciais, por um preço que chega a 50% do valor oferecido às grandes empresas”.

O gestor da CACB para a Rede de Certifi cação Digital, Luiz Antonio Bortolin, afi rma que “permanente-mente, a entidade negocia junto aos parceiros da rede de serviços da CACB condições diferenciadas para os micro e empresários de pequeno porte. É o que ocor-re agora com os que necessitam do Certifi cado Digital, especialmente para seu uso na Conectividade Social”.

Como obter o certifi cado digital passo a passo I) Consultar os sites:http://www.progerecs.com.br/entidades/selecionarhttp://www.certisign.com.br/?cod_rev=7020

II) Escolher o tipo de certifi cado:Por exemplo: Nota fi scal eletrônica (Certifi cado NFe); obrigações junto à RFB, como DIRF, DCTF, DACON, CIDE, DIPJ (e-CNPJ); assinatura de contratos (e-CPF de quem assina); conhecimento de transporte de carga (CTe). A escolha deve ser orientada por um contador.

III) Selecionar o produto de compra e confi rmar o pagamento.

IV) A retirada do produto deve ser feita pessoalmente, junto à Autoridade de Registro.A renovação pode ser feita automaticamente online.

Dicionário da certifi cação■ Certifi cado Digital: Identidade eletrônica que pretende reduzir a burocracia e facilitar trocas comerciais em ambiente virtual.

■ Autoridade de Registro (ARs): São as entidades autorizadas pelo governo federal a emitir o certifi cado digital, com a CACB.

■ Postos de Atendimento (PAs): São entidades, ligadas às ARs, que buscam aproximar a certifi cação digital do empresário. No caso da rede CACB, são as federações e associações fi liadas e registradas. Atu-almente, existem 255 PAs para certifi cação, sendo 13 ARs vinculadas à CACB – 10 federações e três associações comerciais. Grande parte do faturamento dessas entidades vem do serviço de certifi cação digital.

■ e-CPF Simples: Versão eletrônica do CPF. Validade de um ano. (R$ 160)

■ e-CNPJ para Micro e Pequenas Empresas: Versão eletrônica do CNPJ, emitido somente para micro e pequenas empresas. Validade de 18 meses. (R$ 189)

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26 Empresa BRASIL

CBMAE

Parceria incentiva solução pacífi ca de confl itos no interior de São PauloVoltada para a solução pacífi ca de confl itos em questões empresariais, a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem de Franca (CBMAE ACIF) comemora três anos de atividades com uma nova parceria de sucesso e um prêmio nacional

Após o estabelecimento de um acordo entre a CBMAE ACIF e Unimed local, a empresa passou a direcionar os confl itos à Câmara, a fi m de estabelecer acordos

antes de um eventual processo judicial. O resultado foi tão positivo que três meses depois a parceria ganhou o primeiro lugar do Prêmio Conde dos Arcos, na ca-tegoria Relações com o Mercado e Sustentabilidade.

“A Câmara de Franca já era bastante reconhecida e procurada na cidade e já atendíamos muitos associados, mas uma parceria com uma empresa grande como a Unimed reforça também a credibilidade de Câmara”, explica o coordenador CBMAE ACIF, Fabio Genovez. Ele revela ainda que “é importantíssimo receber um prêmio desses, pois podemos mostrar para a socie-dade as infi nitas possibilidades e benefícios dos MESCs (Métodos Extrajudiciais de Solução de Confl itos)”.

Antes da parceria, a maioria dos procedimentos eram voltados para o setor imobiliário ou de consumo, apesar de a instituição também receber demandas de outros assuntos. Atualmente, são dez especialistas atu-ando na casa. Já foram realizados 458 procedimentos de mediação, com média aproximada de 15 por mês, com uma queda nos meses de dezembro e janeiro e uma retomada posterior. A parceria com a Unimed já rendeu outros 20 procedimentos desde janeiro de 2012, com um resgate fi nanceiro para a empresa de cerca de R$ 7 mil.

Para o analista fi nanceiro e líder de Contas a re-ceber da Unimed Franca, Daniel Augusto Durigan, “o maior benefício é justamente o campo neutro para negociação que oferece esse espaço de maior pri-vacidade para o cliente”. Com a parceria a Unimed pretendia não apenas receber os valores inadimplen-tes como resgatar o cliente e estabelecer um novo contrato. “Financeiramente também é interessante

Desde a inauguração da Câmara, foram realizados 458 procedimentos

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O coordenador da CBMAE Acif, Fabio Genovez, recebe o prêmio Conde dos Arcos do presidente da Facesp, Rogério Amato

porque se não há procedimento, não há gasto, logo ainda temos um custo atrativo em relação à justiça comum”, revela Durigan.

Novos projetosA CBMAE ACIF não quer parar por aí. Para 2012,

a Câmara aposta em um projeto de crescimento e ex-pansão da atuação em arbitragem. “Já estamos estabi-lizados em relação aos procedimentos de mediação, mas queremos oferecer também a arbitragem, que oferece um melhor retorno fi nanceiro para a Câma-ra”, conta o gestor da entidade, Fabio Genovez. “As mediações continuam, mas queremos crescer mais”, explica. A Câmara deve desenvolver ações como pa-lestras, capacitações e sensibilizações para fomentar a busca pelo procedimento entre os empresários e a sociedade local.

Cultura pacifi staPara o setor empresarial, o grande benefício de

utilização dos Métodos Extrajudiciais de Solução de Confl itos (MESCs) é evitar a falência. Especialmente para as micro e pequenas empresas, que não podem suportar os custos e a demora da Justiça comum para a solução de seus litígios. Esta talvez seja a grande

razão de as Câmaras de Arbitragem, tanto no Brasil quanto no mundo, estarem tão ligadas às Associa-ções Comerciais e outras entidades empresariais. A Câmara oferece um procedimento mais informal se comparada à Justiça comum, diminuindo a buro-cracia com uma técnica ágil e dinâmica.

Para a analista fi nanceira da Funerária Nova Fran-ca, Ana Cláudia Chaves Godoy, o principal benefício foi resgatar antigos casos de inadimplência e trazer de volta os clientes afastados. “Tínhamos um arquivo enorme de pagamentos pendentes, que era como um arquivo morto para nós, e a parceria com a Câ-mara serviu para resolver essas pendências, positivar o nome dos clientes e permitir que fossem reatadas as relações comerciais”, revela.

Ana Cláudia conta ainda que a empresa encami-nha os procedimentos para a Câmara desde junho de 2011 e já foram fechados mais de 30 acordos no pe-ríodo, sendo que apenas dois clientes cancelaram os contratos. “Aqui fazemos planos funerários de quatro anos em média, e oferecemos um serviço essencial, do qual ninguém está isento. Com a quitação das dí-vidas, foi possível organizar nossas fi nanças e o cliente pôde retornar ao contrato, com a proteção do plano funerário”, explica.

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CASE DE SUCESSO

Núcleo de Pimenta Bueno é referência têxtil em RondôniaLigado ao projeto Empreender, da CACB, grupo se consolidou como a maior indústria do segmento na região norte

Produção de confecções na ordem de 2 milhões de peças por ano. É assim que o Núcleo Setorial de Confecções de Pi-menta Bueno (RO) se consolidou como

a maior indústria do segmento na região norte. Os números são signifi cativos, considerando que a cida-de tem apenas 35 mil habitantes e possui 20 fábricas que empregam aproximadamente 600 colaboradores diretos. O núcleo é ligado ao Empreender, da Con-federação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).

O segredo para o sucesso do núcleo está na inicia-tiva e na organização. De acordo com o empresário e responsável pelo grupo, Gerçon Szezerbatz Zanato, um dos fatores que potencializaram a produção na re-gião foi a criação do centro comercial Pimenta Veste. Zanato explica que “com a presença de compradores diretamente nas fábricas, observamos a necessidade de oferecer instalações adequadas para melhor aten-dê-los. O fato de as fábricas estarem dispersas fez com

que a unifi cação no centro comercial fosse necessária”. O Pimenta Veste é um polo de confecção formado

por lojas pertencentes a cada fábrica. Com investimen-tos próprios na casa dos R$ 500 mil, o centro unifi ca 11 empresas que buscam atender lojistas e outros reven-dedores com maior conforto, oferecendo instalações como um restaurante, por exemplo. Suas equipes de venda atuam além do estado Rondônia, abrangendo também o Acre e o Mato Grosso. A ideia é que os lojistas de outras cidades possam comprar os produtos do Pimenta Veste e revender a preço de fábrica.

Outra prova de sucesso do núcleo setorial de Pi-menta Bueno é a participação na Feira Industrial e Co-mercial de Pimenta Bueno (Ficop), que já está em sua segunda edição. A feira, que a princípio aconteceria a cada dois anos, vai ocorrer durante os dias 7, 8 e 9 de junho de 2012, logo no segundo ano consecutivo, por demanda própria do setor da indústria e da comuni-dade. O evento garante a exposição e comercialização de produtos, e até mesmo o fi nanciamento de equipa-

Centro Comercial é um dos fatores

de incremento de negócios

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mentos. Além disso, estimula a geração de emprego, renda e tributos, além da expansão dos investimentos.

A Feira é realizada pela Associação Comercial e Industrial de Pimenta Bueno (ACIPB) – fi liada da Fe-deração das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia (Facern) e da Confederação das Asso-ciações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) – e pela prefeitura municipal. Na primeira edição, a Feira reuniu cerca de 60 expositores. Foram apresen-tados produtos como telhas, tijolos, cerâmica, ves-tuários, moda verão, marcas e grifes, dentre outros dos polos de confecção e cerâmico – carros-chefe do município de Pimenta Bueno.

Valteir Domingos participa do núcleo setorial de Pimenta Bueno há dez anos e é dono da empresa D’griff confecções. Para ele, “participar da feira é óti-mo porque assim podemos promover a imagem da empresa e fechar muitos negócios. É importante po-der atrair novos clientes e mostrar para o mercado externo e interno nossas potencialidades”. O empre-sário ressaltou ainda que os avanços ocorrem a partir da experiência gerada pelas atividades do núcleo se-torial. “Nós fazemos trocas de informações estratégi-cas e reuniões, palestras que visam aperfeiçoar nossas técnicas de vendas e negociação. Aqui é uma prova de que o núcleo está fazendo diferença para nós.”

De acordo com o consultor do Empreender Na-cional Clóvis Consoli, após a participação do núcleo na Ficop “a perspectiva geral mudou, pois todos os muni-cípios despertaram para o grande potencial de Pimenta Bueno, principalmente para este tipo de evento. Com certeza, quem investiu e acreditou estará participando de sua segunda edição”. Entre as atividades previstas para a segunda edição da Ficop estão desfi les de moda, rodada de negócios com indústrias de confecção, pales-tras e diversos estantes para exposição e vendas.

História do núcleoO núcleo setorial de Pimenta Bueno existe des-

de 2000. Ele surgiu da iniciativa empreendedora de uma família do Paraná que, em 1985, iniciou uma pequena fábrica de camisas de fi o. A fábrica, embo-ra desapropriada para climas quentes, teve grande demanda e encontrou seu espaço no mercado. Em pouco tempo começaram a produzir camisetas e outros produtos de malharia.

Com o sucesso do negócio, outras famílias do Pa-raná também iniciaram a produção de produtos que não concorriam no mercado. Em 2000, por iniciativa do setor público, foi realizada a primeira reunião se-torial. Apesar de ter um foco mais voltado à produção de moda feminina, o núcleo trabalha sempre para fortalecimento do setor em geral. Atualmente, o gru-po troca experiências com outros núcleos e polos de confecções, como de o Caruaru, em Pernambuco.

Pimenta Bueno em númerosA CIDADE: 20 fábricas, com 600 colaboradores diretos

NÚCLEO SETORIAL DE CONFECÇÕES: 11 empresas

PRINCIPAL ATIVIDADE:Feira Industrial e Comercial de Pimenta Bueno (Ficop), na 2ª edição

PRÓXIMO EVENTO: 7 a 9 de junho de 2012

INVESTIMENTOS PRÓPRIOS: R$ 500 mil

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30 Empresa BRASIL

No fi nal do ano passado foi lançado pela HSM o novo livro do professor de Ad-ministração de Empresas da Harvard Business Scholl, dos EUA, Clayton M.

Christensen: O DNA dos Inovadores – Domine as Cinco Habilidades Necessárias para Ser um Inovador. Com a colaboração de dois outros professores – Hal B. Gregersen e Jeffrey Dyer –, o livro é resultado de um estudo de oito anos, no qual o autor buscou des-cobrir as origens dos negócios inovadores e muitas ve-zes disruptivos – aqueles em que o novato, em vez de vencer os demais no jogo que estão jogando, muda as regras da competição.

Criador dos conceitos de inovação e ruptura – re-centemente foi escolhido o melhor homem de negó-cios do mundo –, Christensen é um dos pesquisadores mais pragmáticos e sólidos do campo da gestão. Para o livro foram feitas 500 entrevistas com os CEOs das 500 empresas mais inovadoras do mundo – entre elas, Apple, Amazon, Google, Skype e Virgin Group.

A partir daí, foram descobertas as cinco habilidades específi cas que diferenciam empresários inovadores dos gestores comuns: Associação, Questionamento, Observação, Networking e Experimentação.

No prefácio, os autores destacam o fato de que a inovação é a força vital de economia global e uma prioridade estratégica para virtualmente qualquer CEO do mundo. Na verdade, uma recente pesquisa da IBM com 1.500 CEOs identifi cou a criatividade como a principal competência de liderança do futuro.

O poder que as ideias inovadoras têm de revolu-cionar as indústrias e gerar riqueza é evidente ao lon-go da História, dizem os autores. O iPod, da Apple, supera o walkman, da Sony, o café e o ambiente da Starbucks derrubam as cafeterias tradicionais, o Skype usa a estratégia do grátis para vencer a AT&T e a British Telecom e a ebay acabaram com a seção de classifi ca-dos dos jornais. Em todos esses casos, as ideias criativas e inovadoras dessas empresas produziram fortes van-

tagens competitivas e muitas riquezas para as empresas pioneiras. Como conseguiram isso? Como eu posso conseguir isso?

O DNA dos Inovadores aborda essas questões fun-damentais e muitas outras. Como um mapa de bolso num país estrangeiro, o livro serve como um guia na sua viagem rumo à inovação. Na primeira parte explica por que os inovadores são importantes e, com riqueza de detalhes, mostra como dominar as habilidades específi -cas que são as chaves para gerar novas ideias. Na segun-da parte o foco é sobre como as habilidades dos inova-dores funcionam nas organizações e em suas equipes.

O livro traz um teste para você calcular o seu DNA Inovador, e os autores explicam como você pode gerar ideias, colaborar com colegas e funcionários para me-lhorar a performance de sua equipe e criar habilidades inovadoras dentro da sua organização para aumentar a competitividade. Os autores também introduzem um novo conceito, o do Ágio da Inovação. Por meio des-te conceito os autores sugerem um novo ranking das empresas mais inovadoras, determinando o quanto do valor de mercado de uma empresa independe do fl uxo de caixa gerado pelos produtos ou serviços da empresa já existentes nos mercados atuais.

O principal recado de Christensen é questionar sempre. “É preciso estar sempre questionando o sen-so comum, afi nal de contas, ideias disruptivas não nas-cem a partir de ideias medianas”, ensina.

O que fazer para serum inovador

LIVROS

Christensen:“A inovação é aforça vital de nossa economia global e uma prioridade estratégica para virtualmente qualquer CEOdo mundo”

Para o novolivro do criadordo conceito de inovação disruptiva foram entrevistadas as100 empresasmais inovadorasdo mundo

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■ Tonia Russomano Machado*

Ao fi nal de 2011 foi editada a Lei nº 12.513/2011, instituindo o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tecnoló-gico e Emprego (Pronatec), com a fi na-

lidade de ampliar a oferta de educação profi ssional e tecnológica, por meio de projetos, programas e ações de assistência técnica e fi nanceira, de forma a permitir maior capacitação profi ssional e consequente preen-chimento das vagas que têm surgido no mercado bra-sileiro sem a correspondente mão de obra qualifi cada.

Dentre as modifi cações implementadas pela nova legislação, merece destaque a modifi cação das regras atinentes à integração do valor relativo a plano educa-cional ou bolsa de estudo ao salário de contribuição, tema bastante controvertido.

De acordo com o novo texto legal, os benefícios acima elencados que visem à educação básica de em-pregados e seus dependentes ou à educação profi ssio-nal e tecnológica de empregados, quando vinculada às atividades desenvolvidas pela empregadora, não inte-grarão o salário de contribuição.

A nova legislação trouxe também outro benefício importante. A partir de sua vigência, deixou de existir a obrigatoriedade de extensão do auxílio-educação a todos os trabalhadores da empresa, como condição para a não incidência da contribuição previdenciária. Com isso, tornou-se possível à empresa oferecer ca-pacitação a seus empregados de acordo com seus in-teresses e necessidades, focando o curso àquele de-partamento ou setor que possa se ressentir de uma formação mais completa.

Contudo, não só benesses foram trazidas pela Lei nº 12.513/11. Há pontos que vêm recebendo fundadas críticas.

O principal deles diz com a necessidade de

observância de alguns requisitos para a obtenção da isenção. São eles: (i) a vedação de que o valor destinado à educação seja utilizado em substituição à parcela salarial; (ii) a proibição de que o montante ultrapasse 5% da remuneração do segurado a que se destina ou ao valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário de contribuição, o que for maior.

O receio é de que a nova legislação, muito em-bora tenha por fi nalidade o fomento à educação, acabe por ter o efeito contrário, tendo em vista a previsão de que as empresas serão oneradas com a contribuição previdenciária caso concedam benefícios que ultrapassem o teto instituído.

Mais uma vez a responsabilidade pelos custos de direitos básicos, que deveriam ser fornecidos pelo Es-tado, acaba recaindo sobre o empresariado, já onera-do com uma das maiores cargas tributárias do mundo.

A imposição desses novos requisitos certamente dará margem a inúmeros questionamentos judiciais, já que a restrição imposta pela nova legislação não se coaduna com a atual jurisprudência majoritária sobre a matéria, segundo a qual, em razão dos benefícios edu-cacionais não serem fornecidos como contraprestação ao trabalho, não podem ser considerados salários, não integrando, portanto, o salário de contribuição.

Sobre a mesma temática, tramita, ainda, o projeto de lei do Senado (PLS) nº 514/2007, de autoria do senador Paulo Paim, que visa a criar a obrigatoriedade da concessão de bolsas de estudos, pelas empresas, a empregados e seus dependentes, o que poderá acar-retar nova modifi cação quanto à incidência da contri-buição ou à obrigação das empresas de pagarem os valores já mencionados para cumprimento de uma nova cota a cargo do setor empresarial.

*Andrade Maia Advogados S/S

ARTIGO

“Mais uma vez a responsabilidade

pelos custos de direitos

básicos, que deveriam ser

fornecidos pelo Estado, acaba

recaindo sobre o empresariado,

já onerado com uma das

maiores cargas tributárias do

mundo”

Uma análise crítica da novalei que restringe a isenção da contribuição previdenciária

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