edição nº 82

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MERCADO & NEGÓCIOS Depoimento de Nem pode ajudar a prender policiais corruptos Assembléias aprovam greve na Petrobras a partir de 4ª feira CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA DE 15 A 21 DE NOVEMBRO DE 2011 População nas ruas pelos royalties Analistas reduzem projeções para a inflação oficial Financeiras tem mais da metade dos títulos do governo Petrobras tem lucro líquido de R$ 6,3 bi no 3º trimestre C erca de 150 mil pessoas (os números são da Po- lícia Militar), entre populares, artistas e repre- sentantes do Governo do Estado e dos municípios fluminenses, participaram de um grande ato público quinta-feira (10), no centro do Rio. A passeata con- tra a mudança na distribuição dos royalties do petró- leo, aprovada em outubro pelo Senado e que prevê a diminuição do repasse aos estados produtores e um aumento para os que não produzem o óleo, come- çou na Candelária e terminou na Cinelândia. A atriz Fernanda Montenegro leu no palanque o manifesto contra a redistribuição. Somente para Duque de Ca- xias o repasse dos royalties chega a R$ 70 milhões anuais, verba que é investida em educação, obras e saúde, segundo informou a Prefeitura. Dados do go- verno estadual informam que o Rio de Janeiro vai perder já em 2012, caso a mudança seja aprovada na Câmara dos Deputados, cerca de R$ 3,3 bilhões. As principais cidades da Baixada Fluminense marca- ram presença no ato. De Duque de Caxias, estavam presentes, além de lideranças comunitárias, profis- sionais, empresariais e representações políticas de vários partidos, como o PSD, o PPL, o PTN, o PDT e PSDB, entre outros, que ostentavam faixas e bandei- ras. Os principais parlamentares da cidade caminha- ram com populares, como os federais Andreia Zito e Áureo, e os estaduais Claise Maria Zito e Dica. A presidenta Dilma Rosseff disse, ao sancionar lei que amplia os limites de participação de micro e pequenas em- presas no Simples Nacional, que é preciso ter sobriedade diante da crise econômica internacional. Com a nova lei que amplia os limites do Simples Nacional, o limite de enquadramento no regime simplificado de tributação subirá de R$ 240 mil para R$ 360 mil para as microempresas e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões para as pequenas empresas. A presidenta voltou a destacar a necessidade de fortalecer a classe média brasileira. ►PÁGINA 3 Pedida condenação de empresas do cartel do cimento Ano 3 nº 82 www.jornalcapital.jor.br ►PÁGINA 3 Indicadores / Câmbio R$1 País Wilson Dias/ABr Fabio Rodrigues Pozzebom-ABr. Compra Venda % FECHAMENTO: 14 DE NOVEMBRO DE 2011 ►PÁGINA 5 Mantega diz que Brasil não terá década perdida O ministro disse que, apesar da baixa perspectiva de crescimento mundial em função da crise interna- cional, o Brasil não terá uma “década perdida”. A ex- pressão foi usada antes pela diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao alertar para o risco de uma "década perdida" para a eco- nomia global caso as nações não se unam e trabalhem juntas. ►PÁGINA 5 Dolar Comercial 1,766 1,768 1,37 Dólar Turismo 1,680 1,880 1,07 Ibovespa 58.258,23 0,49 Site www. jornalcapital .jor.br ►PÁGINA 5 ►PÁGINA 5 ►PÁGINA 2 Marcelo Cunha

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Jornal Capital - Edição nº 82

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Page 1: Edição Nº 82

MERCADO & NEGÓCIOS

Depoimento de Nem pode ajudar a prender policiais corruptos

Assembléias aprovam greve na Petrobras a partir de 4ª feira

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● DE 15 a 21 DE NOVEMBRO DE 2011

População nas ruas pelos royalties

Analistas reduzem projeções para a inflação oficial

Financeiras tem mais da metade dos títulos do governo

Petrobras tem lucro líquido de R$ 6,3 bi no 3º trimestre

Cerca de 150 mil pessoas (os números são da Po-lícia Militar), entre populares, artistas e repre-

sentantes do Governo do Estado e dos municípios fluminenses, participaram de um grande ato público quinta-feira (10), no centro do Rio. A passeata con-tra a mudança na distribuição dos royalties do petró-leo, aprovada em outubro pelo Senado e que prevê a diminuição do repasse aos estados produtores e um aumento para os que não produzem o óleo, come-çou na Candelária e terminou na Cinelândia. A atriz Fernanda Montenegro leu no palanque o manifesto contra a redistribuição. Somente para Duque de Ca-xias o repasse dos royalties chega a R$ 70 milhões anuais, verba que é investida em educação, obras e saúde, segundo informou a Prefeitura. Dados do go-verno estadual informam que o Rio de Janeiro vai perder já em 2012, caso a mudança seja aprovada na Câmara dos Deputados, cerca de R$ 3,3 bilhões. As principais cidades da Baixada Fluminense marca-ram presença no ato. De Duque de Caxias, estavam presentes, além de lideranças comunitárias, profis-sionais, empresariais e representações políticas de vários partidos, como o PSD, o PPL, o PTN, o PDT e PSDB, entre outros, que ostentavam faixas e bandei-ras. Os principais parlamentares da cidade caminha-ram com populares, como os federais Andreia Zito e Áureo, e os estaduais Claise Maria Zito e Dica.

A presidenta Dilma Rosseff disse, ao sancionar lei que amplia os limites de participação de micro e pequenas em-presas no Simples Nacional, que é preciso ter sobriedade diante da crise econômica internacional. Com a nova

lei que amplia os limites do Simples Nacional, o limite de enquadramento no regime simplificado de tributação subirá de R$ 240 mil para R$ 360 mil para as microempresas e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões para as pequenas empresas. A presidenta voltou a destacar a necessidade de fortalecer a classe média brasileira. ►PÁGINA 3

Pedida condenação de empresas do cartel do cimento

Ano 3 ● nº 82www.jornalcapital.jor.br

►PÁGINA 3

Indicadores / Câmbio

R$1

País

Wilson Dias/ABr

Fabio Rodrigues Pozzebom-ABr.

Compra Venda %

Fechamento: 14 de noVemBRo de 2011

►PÁGINA 5

Mantega diz que Brasil não terá década perdida

O ministro disse que, apesar da baixa perspectiva de crescimento mundial em função da crise interna-

cional, o Brasil não terá uma “década perdida”. A ex-pressão foi usada antes pela diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao alertar para o risco de uma "década perdida" para a eco-nomia global caso as nações não se unam e trabalhem juntas.

►PÁGINA 5

Dolar Comercial 1,766 1,768 1,37Dólar Turismo 1,680 1,880 1,07Ibovespa 58.258,23 0,49

Sitewww.jornalcapital

.jor.br

►PÁGINA 5 ►PÁGINA 5►PÁGINA 2

Marcelo Cunha

Page 2: Edição Nº 82

2 ►15 a 21 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Ponto de Observação

alberto marques

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet:

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CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha, Luiz Linhares,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub, Rodrigo de Castro, e Thais H. Linhares

moReiRa FRanco é ministro chefe da Secretaria de assuntos estratégicos da Presidência da República

Colunado Moreira

Quem poupa tem

A chegada do fim do ano e, com ele, do 13º salário, é momento de tomada de decisões importantes para as famílias sobre o

que fazer com esse dinheiro. Poupar, consumir ou quitar as dívidas? A resposta a essa indagação poderá ser bastante difícil para as que não têm o orçamento sob controle. No entanto, esse período é críti-co para todos por estimular o consumo desenfreado, transformando os consumidores em vítimas de verdadeiras armadilhas financeiras.

Não são poucos os que terminam as celebrações de dezembro e as férias tendo provocando um rombo em suas contas capaz de vir a comprometer o orçamento nos meses seguintes. E não só a questão financeira está em jogo, como também a saúde e o sossego de todos os integrantes da família, uma vez que, como alerta o provérbio popular, “casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”.

Os especialistas em planejamento financeiro argumentam que a prudência é o melhor escudo para evitar os transtornos causados pelas compras realizadas por impulso. E o melhor instrumento para quem pretende agir prudentemente é o planejamento antecipado das compras. Lápis e papel ou uma planilha de computador poderá significar uma economia importante de dinheiro e evitar muita dor de cabeça.

É claro que é possível, em alguns casos, conseguir mais do que evitar aborrecimento e prejuízo. De acordo com o Procon do Rio de Janeiro, o momento agora é favorável para quem pretende rene-gociar ou quitar suas dívidas, pois as empresas estão mais flexíveis para baixar o débito dos clientes. O consumidor pode obter descon-to na taxa de encargos que pode chegar a 50% de isenção.

Nesses casos, o objetivo das empresas continua estritamente comercial. As novas condições de pagamento fazem que o cliente tenha seu limite para compras liberado, de acordo com o valor da dívida renegociada, aumentando as vendas. É por isso que, para começar o ano com um orçamento mais saudável, o consumidor deve evitar voltar a se endividar de novo.

E quem escapar das armadilhas das compras por impulso e do endividamento poderá aumentar a reserva de dinheiro da família poupando o máximo que puder neste fim de ano. A poupança dá ao consumidor a principal vantagem na hora da compra de bens e serviços: o pagamento à vista. E também é o antídoto para se evitar as dívidas ao cobrir os gastos extras e despesas adicionais que cer-tamente vão aparecer no início do 2012.

Os chefes de família, seja o homem ou a mulher, vivem melhor quando o dinheiro é suficiente para cobrir as despesas da casa e para pagar as dívidas contraídas. As famílias que mantém as contas sob controle e ainda conseguem economizar, ainda que seja um pouco, vivem também mais felizes.

Aquelas gordurinhas afetam até os pulmões

Em busca de uma si-lhueta esguia, há séculos homens e mulheres tra-vam uma luta diária com a balança e o espelho. O vilão da história acaba sendo o espelho por re-velar, de forma concreta e absolutamente indiscre-ta, a existência daquelas gordurinhas incômodas, com nomes nada simpá-ticos como pneuzinhos ou estrias. Se antes a ra-zão por essa verdadeira guerra contra os quili-nhos a mais – especial-mente na cintura - era atribuída à vaidade (teu nome é mulher), um es-tudo recente feito pela fisioterapeuta Elisa So-nehara e sua equipe, du-rante 12 semanas, com mulheres a cima do peso em Natal, Rio Grande do Norte, comprovou a re-lação entre o excesso de gordura no abdome com a redução da capacidade respiratória. Com menos oxigênio chegando ao pulmão, o coração acaba sendo sobrecarregado.

Segundo a Agencia Notisa, especializada em noticiário sobre saúde, estar acima do peso al-tera a qualidade da res-

piração. Essa espantosa conclusão está no artigo “Efeitos de um programa de reabilitação pulmonar sobre mecânica respirató-ria e qualidade de vida de mulheres obesas”, publica-do este ano na edição de ja-neiro/março da revista "Fi-sioterapia em Movimento", a obesidade contribui “para alterações no fluxo ventila-tório, ocasionando, em ge-ral, distúrbios restritivos, o que em consonância a outros fatores determinan-tes favorece a morbidade e mortalidade”.

Tais alterações podem levar aos seguintes pro-blemas, diz o texto escrito pela fisioterapeuta Elisa Sonehara e sua equipe: “redução do volume de re-serva expiratório (VRE), diminuição da complacên-cia pulmonar e torácica levando a quadros de disp-néia (dificuldade de res-pirar), em função do acú-mulo de gordura na região abdominal, provocando a compressão diafragmática e consequentemente difi-cultando a movimentação da caixa torácica na inspi-ração”.

O estudo investigou se um programa de reabilita-ção pulmonar era capaz de melhorar as funções res-piratórias e, consequente-

mente, levar a um aumen-to da qualidade de vida de pacientes obesas. Para tan-to, foi ministrado um pro-grama de 12 semanas para 20 mulheres obesas seden-tárias residentes em Natal (RN). O acompanhamento consistiu de aquecimentos e alongamentos, exercícios físicos para fortalecimento de membros superiores e inferiores e melhor condi-cionamento aeróbico, além de sessões de relaxamento.

Ao fim do trabalho, os autores identificaram uma melhora significativa nas funções respiratórias, como na mobilidade torá-cica e pressão inspirató-ria e expiratória máxima. Foi aumentada também a percepção das pacientes sobre qualidade de vida re-lacionada ao estado geral de saúde, incluindo saúde mental, além de aspectos sociais e emocionais.

Segundo os autores, o estudo é consoante com uma pesquisa anterior que buscou avaliar a relação entre qualidade de vida e atividade física. “Os resul-tados demonstraram que os domínios capacidade funcional, aspectos físicos, dor, vitalidade, estado geral da saúde, aspectos sociais e saúde mental apresentaram diferenças significativas

no grupo feminino (de participantes que pratica-vam musculação há três meses, comparado com grupo controle pouco ati-vo), o que é semelhante ao resultado observado no presente estudo”, con-cluem.

Assim, não é surpresa o surgimento de novas academias de ginástica e de clínicas especializadas na reeducação alimen-tar {comer menos e de maneira mais saudável} nas grandes cidades. E a Baixada tem atraído investidores que perce-beram que a luta contra a balança e os qulinhos a mais é um bom negó-cio, tanto para quem está no "tatame" malhando, como para quem apostou numa atividade econômi-ca de sucesso compro-vado. Esse estudo feito no Rio Grande do Norte pela fisioterapeuta Elisa Sonehara e sua equipe demonstra que ajudar homens e mulheres a pra-ticar atividades físicas e melhorar o seu desem-penho pulmonar, além do seu alcance social e em favor de uma vida mais saudável, ainda pode ser um grande negócio, tanto para micro como para pe-quenas empresas.

(*) Fechamento: 14 de noVemBRo de 2011

Brasil assume liderança mundial no biodiesel

O presidente da Petro-bras Biocombustível,

Miguel Rossetto, afirmou que o Brasil deve liderar a produção mundial de bio-diesel no próximo ano. A declaração foi feita dia 9, em audiência publica no Senado. “O país encerra 2011 com produção de 2,6 bilhões de litros e alcança-rá 2,9 bilhões de litros em 2012 com o crescimento da demanda por diesel. Isso nos coloca na lide-rança mundial”, informou. Em sua palestra, Rossetto traçou o cenário atual do programa de biodiesel e destacou seus avanços. “É

uma nova atividade eco-nômica que, em seis anos, antecipou metas, incluiu mais de cem mil agriculto-res familiares e qualificou a matriz energética brasi-leira”, disse o executivo, complementando que esse sucesso é uma resposta do dinamismo da economia e da sociedade brasileira.

O presidente colocou em pauta ainda os desafios do setor para seguir essa rota de crescimento sem perder de vista suas bases econômicas, sociais e am-bientais. “É fundamental ampliar a discussão sobre a atualização dos incentivos

Agência Petrobras

tributários e o crescimento do mercado tanto por meio do aumento do percentual de mistura no diesel quanto pelo desenvolvimento de novos segmentos e o incen-tivo à exportação”.

O investimento em pes-quisa e desenvolvimen-to agrícola no Nordeste e semiárido também fazem parte dos temas que me-recem atenção. “É impor-tante avançar no desenvol-vimento de iniciativas que aumente a produtividade e a diversidade das oleagino-sas, ampliando a participa-ção da agricultura familiar na cadeia do biodiesel”, co-

mentou o presidente. Ros-setto finalizou reforçando a ideia de que o Brasil tem outro pré-sal, de energia renovável, no qual se in-clui os biocombustíveis, e precisa de um programa gêmeo para desenvolvê-lo.

Petrobras tem lucro líquido de R$ 6,3 bi no terceiro trimestre

A Petrobras divulgou dia 11 os resultados

financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano, com destaque para o lu-cro líquido de R$ 6,336 bilhões, inferior em 42% ao lucro líquido do segun-do trimestre, que foi de R$ 10,942 bilhões. Também houve queda se compara-do ao terceiro trimestre de 2010, que atingiu R$ 8,566 bilhões. Já nos nove meses do ano, o lucro líquido foi de R$ 28,264 bilhões, 15% superior ao mesmo período do ano passado, que foi de

R$ 24,588 bilhões.Os resultados foram

divulgados pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa, que creditou o número negativo no trimes-tre em parte às variações cambiais, mas sem maio-res efeitos desfavoráveis na empresa. “A geração de caixa continuou estável na companhia. Ela não é afe-tada pelas variações cam-biais, que afetam o resul-tado líquido. No entanto, a geração de caixa, que é muito importante diante

do plano de negócios que nós temos a implementar, continuou no mesmo ritmo que vinha e até cresceu, de um trimestre para outro”, explicou Barbassa.

A venda de derivados de petróleo no mercado inter-no registrou alta de 4% no trimestre comparado ao tri-mestre anterior, com des-taque para o diesel (+9%) e querosene de aviação (+6%). “O consumo está crescendo acima do PIB [Produto Interno Bruto] no Brasil. Por fatores como distribuição de renda. O

consumo, no conjunto, cresceu mais do que a pro-dução no período. A pro-dução cresceu 1%, com-parado com o ano passado, e o consumo medido pela Petrobras cresceu 9%.” As vendas de gás natural apre-sentaram alta de 8% no terceiro trimestre sobre os três meses anteriores, com destaque para o aumento no consumo de gás natural térmico, de 53 mil barris por dia no segundo trimes-tre deste ano, comparado a 73 mil barris por dia no terceiro trimestre.

CambioMoeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,766 1,768 1,37Dólar turismo 1,680 1,880 1,07

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %Coroa Dinamarca 5,460 5,463 0,89Dólar austrália 1,019 1,020 0,84Dólar Canadá 1,016 1,016 0,59Euro 1,362 1,363 0,86Franco Suíça 0,907 0,907 0,82iene Japão 77,070 77,150 0,01libra Esterlina inglaterra 1,590 1,590 1,07peso Chile 502,400 502,600 0,92peso Colômbia 1,914,990 1.915,010 0,16peso livre argentina 4,250 4,290 0,00peso México 13,507 13,522 0,17peso Uruguai 19,550 19,750 0,25

BolsaValor Variação %

ibovespa 58.258,23 0,49iBX 19.720,30 0,07Dow Jones 12.078,98 0,61Nasdaq 2.657,22 0,80Merval 2.676,91 2,72

CommoditiesUnidade Compra US$ Venda US$ Variação %

petróleo - Brent barril 113,560 113,580 1,61Ouro onça troy 1.779,590 1.781,310 0,02prata onça troy 34,250 34,300 0,03platina onça troy 1.638,490 1.646,000 0,07paládio onça troy 662,750 667,750 0,04

indicadorespoupança 15/11 0,580poupança p/ 1 Mês 14/11 0553tR 14/11 0,050Juros Selic meta ao ano 11,50Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Page 3: Edição Nº 82

3►15 a 21 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta: [email protected] [email protected]

LUIZ AUGUSTO LESCURA, 31 anos, produtor em Cachoeira Paulista (SP) - Com tantos casos de câncer, o governo já cogitou investir na compra de mais equipamentos de radioterapia para o SUS? Presidenta Dilma – O meu governo está comprometido com a ampliação e melhoria da qualidade do tratamento de câncer no SUS. Para isso, o Ministério da Saúde vai criar, até 2014, 32 novos centros de radioterapia em todo o país, especialmente no interior do Brasil. A medida integra o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, que prevê investimentos de R$ 4,5 bilhões nos próximos quatro anos. Só até o fim de 2011, o valor do investimento no setor de oncologia terá um aumento de 22% em relação ao ano passado. Com esses investimentos, estamos ampliando e qualificando a assistência aos pacientes atendidos nos hospitais públicos e privados que compõem o SUS, sobretudo para os tipos de câncer mais frequentes, como fígado, mama, linfoma e leucemia aguda. Atualmente, 300 mil pacientes já recebem assistência especializada e gratuita. Essa assistência é oferecida nos 276 serviços existentes – distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal – e vai desde consultas e exames a procedimentos cirúrgicos, radioterapia, quimioterapia e iodoterapia. O tratamento do câncer, Luiz, é absoluta prioridade para nós, pois é a segunda causa de mortalidade no Brasil e no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares.

ISABELA PALMARES, 27 anos, enfermeira em Nova Friburgo (RJ) - Presidenta, a senhora acredita que até 2014 o Plano "Brasil Sem Miséria" contemplará as famílias que vivem na pobreza extrema?Presidenta Dilma - Isabela, tenho certeza que o Brasil Sem Miséria vai ser muito bem sucedido em contemplar as famílias que vivem na extrema pobreza. Nesses primeiros meses do Plano, já incluímos 1,3 milhão de crianças no Programa Bolsa Família. Isso é importante porque, da população extremamente pobre, 40% têm até 14 anos. Também já incluímos mais 180 mil famílias no Bolsa Família. Ampliamos os recursos para a agricultura familiar e, em novembro, 25 mil famílias de agricultores familiares pobres já estão recebendo assistência técnica, inclusive sementes. Contratamos a construção de 140 mil cisternas, que fazem parte de nosso compromisso de garantir acesso à água de beber a 750 mil famílias. Em novembro, estamos pagando o Bolsa Verde para 7.526 famílias que vivem em florestas nacionais, reservas extrativistas e unidades de conservação e ajudam a preservar estas áreas. Temos 60 mil vagas para qualificação profissional, em 161 municípios, para iniciar cursos ainda em 2011. Esses são alguns exemplos de ações que iniciamos nos primeiros cinco meses do Brasil Sem Miséria. O Plano envolve três linhas de atuação: transferência de renda, inclusão produtiva e acesso aos serviços públicos. Uma das ações estratégicas do Plano é a Busca Ativa. Significa que o Estado brasileiro é que está indo atrás das pessoas extremamente pobres.

VALDECIR PIRES DA HORA, 42 anos, funcionário público em Diadema (SP) - Tenho acompanhado o desrespeito aos direitos dos idosos no transporte público. Há previsão de se fazer uma campanha nacional especificamente sobre este tema?Presidenta Dilma – Para enfrentar as situações de desrespeito aos idosos, no transporte e nas demais áreas, a participação de todos e todas é fundamental. Por isso, o governo federal mantém à disposição de toda a população, através da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, o Disque 100. Qualquer pessoa que sofra, ou tenha conhecimento de algum tipo de desrespeito, deve ligar gratuitamente para o número 100. Temos também o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, que tem a finalidade de elaborar as diretrizes de políticas públicas para esse importante segmento da população. Sabemos que o crescimento econômico e as nossas políticas sociais estão contribuindo para aumentar a expectativa de vida das pessoas. Mas também temos a consciência de que as pessoas precisam viver mais e com qualidade, desfrutando de um envelhecimento ativo e saudável. Nos estados e municípios, os cidadãos podem participar e propor ações nos conselhos estaduais e municipais do Idoso. Daqui a pouco mais de uma semana, nos dias 23, 24 e 25 de novembro, vamos realizar em Brasília a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Será um momento onde a sociedade brasileira vai tomar decisões para melhorar a vida das pessoas idosas em todo o país.

Dilma sanciona ampliação do Simples Nacional

A presidenta Dilma Ros-seff disse na cerimô-

nia de sanção da lei que amplia os limites de parti-cipação de micro e peque-nas empresas no Simples Nacional, realizada no último dia 10, que é pre-ciso ter sobriedade diante da crise econômica inter-nacional. Ela acrescentou que é necessário manter os investimentos e o consu-mo para enfrentar os efei-tos da crise. “Damos hoje uma demonstração de que estamos preocupados com a economia real do país, com aquilo que gera rique-za para esse país e com o que vai assegurar que te-nhamos todas as condições [para crescer e enfrentar a crise]. Porque depende de nós ter uma atitude em relação a essa turbulência internacional, uma atitude de sobriedade. Temos que continuar investindo, con-sumindo, o governo fazen-do projetos de infraestrutu-ra e o microempreendedor continuar produzindo”.

A presidenta voltou a di-zer que é preciso fortalecer a classe média brasileira e contou que, após passar

uma semana discutindo a crise internacional e a dívi-da que atinge vários países da Europa, no encontro do G20 na semana passada, na França, voltou ao Brasil e passou a discutir as con-dições nas quais o Brasil pode continuar crescendo, gerando emprego, consu-mo e riqueza para a popu-lação. Com a nova lei que amplia os limites do Sim-ples Nacional, o limite de enquadramento no regime simplificado de tributação subirá de R$ 240 mil para

R$ 360 mil para as micro-empresas e de R$ 2,4 mi-lhões para R$ 3,6 milhões para as pequenas empre-sas. Esses são os valores máximos que as empresas poderão faturar anualmen-te para permanecer no pro-grama. O teto para os em-preendedores individuais passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil por ano.

A lei também duplica para R$ 7,2 milhões o limite de faturamento anual para as empresas exportadoras. Nesse caso, as vendas ao

mercado externo poderão chegar ao mesmo valor das do mercado interno. Assim, dentro desse teto, a empresa continuará enquadrada no regime simplificado. Outra novidade é a autorização do parcelamento das dívidas tributárias em até 60 meses (15 anos) para as empresas do Simples. A medida bene-ficiará até 500 mil empresas que devem aos governos federal, estaduais e munici-pais e que seriam excluídas do regime tributário em ja-neiro.

Wilson Dias-ABr

Cartel do cimento pode ter causado prejuízo de R$ 1,5 bi aos consumidores

Nove em cada dez qui-los de cimento ven-

didos no Brasil em 2006 tinham como fabricante uma das sete companhias que formavam cartel para manipulação de preços (com tabelamento e mo-nitoramento), fixação de quota de produção, troca de informações e aquisi-ção de empresas menores, fabricantes de concreto, para manutenção de oli-gopólio. A denúncia é da Secretaria de Direito Eco-nômico (SDE), ligada ao Ministério da Justiça, que vai recomendar ao Con-selho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a condenação de Votoran-tim Cimentos, Camargo Corrêa Cimentos, Cimpor Cimentos do Brasil Ltda,

Holcim Brasil, Itabira Agro Industrial (Grupo Nassau), e Companhia de Cimen-tos Itambé por prática an-ticoncorrencial. A sétima empresa, a Lafarge Brasil, foi excluída porque já assi-nou com o Cade termo de compromisso para o fim da prática. A SDE vai reco-mendar ao Conselho Admi-nistrativo de Defesa Eco-nômica (Cade) que multe as companhias produtoras de cimento, associações empresariais, o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento, além de seis pes-soas, por formação de car-tel. As multas vão de 1% a 30% do faturamento.

O despacho da SDE con-tém ainda denúncia contra a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de

Concretagem (Abesc); a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Sindicato Nacional da In-dústria do Cimento (SNIC). O despacho, publicado na edição do último dia 10 do Diário Oficial da União também inclui seis pessoas. O secretário de Direito Eco-nômico, Vinícius Marques de Carvalho, calcula que a manipulação de preços fei-ta pelo cartel tenha causado prejuízo de R$ 1,5 bilhão aos consumidores anual-mente (10% do valor de faturamento do setor medi-do pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 2008). Ele clas-sifica a prática como um “cartel clássico”.

Segundo Carvalho, “por ser um produto homogê-

neo [o cimento], é muito fácil calibrar os preços”. Ele ressaltou ainda a im-portância do produto para o aquecimento do mercado nacional. Segundo a Câma-ra Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e a Fundação Getulio Vargas, o gasto com cimento repre-senta cerca de 8% do custo de uma obra residencial (o metro quadrado construído leva em média 120 quilos de cimento). Quatro das seis empresas apontadas pela SDE são multinacio-nais. De acordo com a se-cretaria, há investigações e condenações por cartel no setor de cimentos em outros países como a Ale-manha, França, o Reino Unido, a Polônia, África do Sul, o Paquistão e o Egito.

Page 4: Edição Nº 82

4 ►15 a 21 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

R$ 100 milhões para combater enchentes na Baixada FluminenseA deputada estadu-

al Claise Maria Zito (PSD) conseguiu, através de uma emenda a projeto de lei enviado pelo Gover-no do Estado e aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a inclusão da Baixada Flumi-nense em um programa de investimentos no valor total de R$ 100 milhões. O pro-jeto foi aprovado e já san-cionado pelo Governador Sérgio Cabral. A proposta original enviada aos depu-tados solicitava a contrata-ção de empréstimo de R$ 100 milhões para investi-mentos na região do Com-plexo do Alemão. O recur-so, a ser contratado com a Caixa Econômica Federal, será destinado a obras de contenção e proteção de en-costas, drenagem, recupera-ção ambiental e demolição de edificações localizadas em áreas de riscos.

De acordo com o go-vernador Sérgio Cabral,

as obras têm como função aumentar a segurança da população na comunida-de. “Estamos propondo a realização de obras extre-mamente importantes do ponto de vista social, eco-nômico e ambiental, con-siderando os aspectos de saneamento, recuperação e proteção destas áreas nos períodos de maior intensi-dade de chuvas”, justificou. Com a emenda modificati-va proposta pela deputada, parte destes recursos serão estendidos para diversos

municípios da região, em especial ás áreas da região onde a população também convive com os problemas de enchentes. “Na Baixa-da Fluminense existem muitos locais onde o alto índice de chuvas ocasiona sempre inundações, des-lizamentos de encostas e desmoronamento de algu-mas habitações. Por isso, achei necessária e perti-nente a inclusão da região neste plano de investimen-tos do governo, como for-ma de corrigir a exclusão

da Baixada Fluminense das ações do governo no que diz respeito à preven-ção de enchentes e aciden-tes causados pelas chuvas. Não podemos esperar que nos aconteça uma tragédia como a da região serrana para tomarmos providên-cias”, defendeu a parla-mentar caxiense.

A emenda proposta pela parlamentar recebeu voto favorável de 29 dos 51 deputados presentes a vo-tação e muitos deputados se mostraram favoráveis a defesa da Baixada Flu-minense. “Parabenizo a deputada Claise Maria por esta eficaz emenda. Sinto muito orgulho de ser de Duque de Caxias e contar com a ajuda dela, brigando aqui na Alerj ao meu lado pelas questões da Baixada Fluminense. Esse investi-mento é uma vitória para o povo da Baixada”, come-morou o deputado Wagner Montes (PSD).

Fellippo Brando /ALERJ

Seminário de Proteção Civil no Teatro Raul CortezNa próxima quinta-feira

(17), será realizado o Seminário de Proteção Ci-vil, a partir das 9h, no Tea-tro Municipal Raul Cortez, em Duque de Caxias. A iniciativa, que visa discu-tir a importância das ações de prevenção aos riscos e ameaças em decorrência do período de chuvas no município, é da deputada Claise Maria Zito. O even-

to contará com palestras do Coronel Sérgio Simões (Se-cretário Estadual de Defesa Civil e Comandante Geral do Corpo de Bombeiros) e do Coronel Luiz Guilherme Ferreira dos Santos (Supe-rintendente Operacional da Corporação), da engenhei-ra civil Rosa Maria For-miga (Diretora de Gestão das Águas e Território do INEA) e Wilson Leal Boi-

ça, geógrafo da Secretaria de Defesa Civil de Duque de Caxias.

- Estamos chegando a mais um período de chuvas fortes e a minha preocupa-ção, que vem desde quando ocupava a Secretaria de As-sistência Social, tornou- se ainda maior diante da ma-téria divulgada na internet pelo site “O Dia on line”, segundo a qual Duque de

Caxias poderá enfrentar a pior chuva dos últimos 70 anos. Ainda que ciente das providências adotadas pela Defesa Civil de Duque de Caxias, na qualidade de De-putada Estadual, procurei a contribuição da Secretaria Estadual de Defesa Civil com objetivo de agregar forças em torno dessa ques-tão - disse a deputada ao Capital.

Antigo hotel no centrode Caxias é demolido

Estabelecimento tradi-cional de Duque de

Caxias, o Hotel Municipal foi completamente demo-lido no final de semana. No local - avenida Go-vernador Leonel Brizola número 1961 (antiga Pre-sidente Kennedy) - não consta aviso de licença da obra e os operários que ali trabalham não souberam explicar que destino será dado ao imóvel. Comer-ciantes da área, porém, informaram que soube-ram, através de terceiros, que o local vai abrigar um grande prédio comercial.

O hotel ganhou o noti-ciário policial no dia 2 de março deste ano, quando o corpo da menina Laví-nia Azeredo de Oliveira, de apenas 6 anos, foi en-contrado embaixo de uma cama do quarto 406. Ela estava desaparecida de casa há dois dias. Luciene Reis Santana, de 24 anos, foi acusada pelo pai da menina, Rony dos Santos de Oliveira, de ter seques-trado a criança por causa

do fim do relacionamento entre os dois.

O antigo hotel que, se-gundo o jornalista Alberto Marques, foi sede pro-visória da Prefeitura em 1943, quando da emanci-pação do Distrito de Meri-ti, que pertencia a Iguaçu (atual Nova Iguaçu), foi, antes da tragédia, cogita-do para ser transformado em um centro cultural. O presidente do Legislativo, Dalmar Lirio, o Mazinho, sugeriu a desapropriação à Prefeitura, para instalar ali um Centro Cultural e o Arquivo Púbico da cida-de. Após a tragédia, po-rém, a deputada estadual Claise Maria Zito apro-vou um projeto de resolu-ção na Alerj recomendan-do ao governo do Estado a desapropriação do imóvel para a instalação de uma Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescen-te (DPCA), que seria a primeira da Baixada Flu-minense. O governo do Estado, porém, não deu continuidade ao projeto.

Marcelo Cunha

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Nesta terça-feira (15), a partir das 14h, os cinco primeiros leitores que ligarem para o Capital no (21) 2671-6611

ganharão um par de convites para assistir os filmes em cartazcinema

de graça

Mantega diz que Brasil não terá década perdida

O ministro da Fazen-da, Guido Mantega,

disse que, apesar da baixa perspectiva de crescimen-to mundial em função da crise internacional, o Bra-sil não terá uma “década perdida”. A expressão foi usada no dia anterior (9) pela diretora-geral do Fun-do Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao alertar para o risco de uma "década perdida" para a economia global caso as nações não se unam e tra-balhem juntas. “Claro que é possível que os países avançados tenham uma dé-cada perdida, mas garanto aos senhores que o Bra-sil não vai ter uma década perdida por que temos as condições de reagir a essa crise, de neutralizar os re-sultado dessa crise sobre o Brasil”, disse ao discursar em evento no Palácio do Planalto.

Mantega disse que o agravamento da crise inter-nacional exige o fortaleci-mento da economia brasi-leira “como um todo” e que para que o país possa ter êxito nessa "empreitada"

é necessário um trabalho incessante do governo, do Congresso, aprovando leis e medidas, e da sociedade. “É preciso que sempre es-tejamos tomando medidas para o fortalecimento da economia brasileira e, so-bretudo, que mantenhamos uma situação fiscal sólida”, explicou.

O ministro comentou ainda que é possível per-ceber que "estamos diante de uma crise de difícil so-

lução” que afeta, sobretu-do, os países avançados e que cada vez mais países entram na mira dos proble-mas. Mantega, no entanto, avaliou que eles consegui-rão amenizar essa situação. “Acho que eles vão acabar resolvendo, amenizando essa situação, mas também devemos estar preparados para que tenhamos proble-mas de baixo crescimento mundial ao longo de mui-tos anos”, explicou.

Fabio Rodrigues Pozzebom-ABr.

Setor financeiro detém mais da metade dos títulos do governo

Mais da metade do que a União deve estão

nas mãos do setor finan-ceiro. Segundo o Tesouro Nacional, as instituições financeiras e os fundos de investimento detêm 56,6% da dívida em títulos do governo federal no merca-do interno, o que equivale a quase R$ 1 trilhão. De acordo com o último rela-tório da dívida pública, a dívida mobiliária (em tí-tulos) federal somava R$ 1,723 trilhão em setem-bro, dos quais R$ 976,28 bilhões estavam em poder do segmento financeiro. Desse total, R$ 524,85 bi-lhões (30,45%) pertenciam a bancos, corretoras e dis-tribuidoras e R$ 451,43 bilhões (26,19%) estavam sob a posse de fundos de investimento.

Em terceiro lugar en-tre os detentores da dívida

mobiliária, estão os pla-nos de previdência aberta e fechada, com R$ 267,36 bilhões (15,51%). Os es-trangeiros detinham R$ 194,65 bilhões (11,29%). Por meio de fundos admi-nistrados pela União, como Fundo de Amparo ao Tra-balhador (FAT), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo Soberano do Brasil (FSB), o governo federal possuía em setembro R$ 155,32 bilhões (9,01%). Apesar das iniciativas nos últi-mos anos, a proporção de pessoas físicas na dívida pública continua pequena. O estoque do Tesouro Di-reto, programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet, so-mou R$ 6,722 bilhões em setembro, o que correspon-de a apenas 0,4% da dívida mobiliária interna.

Assessora política do Instituto de Estudos Socio-econômicos (Inesc), Eliana Graça avalia que a predo-minância do setor financei-ro entre os detentores dos títulos federais é estimula-da pelos juros altos, que, segundo ela, tornaram-se fonte de lucro fácil para os bancos e fundos de in-vestimento. “Observamos um círculo vicioso. Não é o cidadão que detêm os títulos da dívida, mas o mercado financeiro, que lucra com isso”. Para a es-pecialista, essa postura dos bancos afeta o crédito, à medida que as instituições financeiras preferem com-prar em títulos públicos a emprestarem dinheiro. “Os bancos querem ficar no mesmo circuito e espe-cular com títulos públicos, em vez de emprestar para o setor produtivo”.

Infraestrutura: Empresas poderão captar recursos com desconto no IR

Projetos de infraestrutu-ra de sete setores pode-

rão, em breve, contar com incentivos no mercado de capitais. Decreto da presi-denta Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Gui-do Mantega, regulamenta o procedimento para as em-presas captarem recursos destinados a empreendi-mentos considerados prio-ritários, com desconto no Imposto de Renda (IR). O decreto definiu como áreas contempladas logística e transporte, mobilidade ur-bana, energia, telecomuni-cações, radiodifusão, sane-

amento básico e irrigação. Os projetos deverão ser apresentados aos ministé-rios de cada setor, que emi-tirão portarias com a rela-ção das obras que poderão receber o benefício.

Por meio do benefício, as empresas responsáveis pelos projetos poderão emitir debêntures (títulos privados) para captar re-cursos. Os compradores pagarão menos IR. Pesso-as físicas e não residentes no país terão o imposto ze-rado. As empresas nacio-nais pagarão 15% sobre o rendimento desses papéis,

em vez de 34% sobre o lu-cro líquido.

O desconto no IR vale apenas se as debêntures tiverem prazo mínimo de quatro anos, forem corri-gidas pela inflação ou por taxas prefixadas (definidas com antecedência) e se a própria empresa que emi-tir não puder comprar o papel de volta. Como em qualquer título, o emissor pega dinheiro empresta-do de investidores, usa os recursos para um fim es-pecífico e se compromete a devolver o dinheiro com correção.

Analistas reduzem projeções parainflação oficial em 2011 e 2012

A projeção de analistas do mercado financeiro

para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela quarta semana consecutiva. A estimativa para o índice, desta vez, passou de 5,57% para 5,56%. Para 2011, a projeção também foi leve-mente reduzida, de 6,5% para 6,48%. Essas infor-mações estão no boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), elaborada com base em estimativas do mercado fi-nanceiro para os principais indicadores da economia. A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais

para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é 6,5% e o inferior, 2,5%. O principal instrumento usa-do pelo BC para alcançar essa meta são as alterações na taxa básica de juros, a Selic.

De acordo com a ava-liação dos analistas, a taxa básica deve encerrar 2011 em 11% ao ano. Atualmen-te a Selic está em 11,5% ao ano. Portanto, os analistas esperam por uma redução de 0,5 ponto percentu-al, na última reunião do ano do Comitê de Políti-ca Monetária (Copom) do BC, marcada para os dias 29 e 30 deste mês. Com a menor expectativa de in-flação, a projeção para a Selic ao final de 2012 foi

reduzida de 10,5% para 10% ao ano.

A pesquisa do BC tam-bém traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Funda-ção Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,61% para 5,58%, neste ano, e de 5,14% para 5,11%, na pre-visão para 2012. A expec-tativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilida-de Interna (IGP-DI), neste ano, passou de 5,84% para 5,73%, e de 5,23% para 5,19%, no próximo ano. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), neste ano, a projeção foi ajustada de 5,78% para 5,75%. Para 2012, passou de 5,36% para 5,26%.

Pedido de participação no ‘Minha Casa, Minha Vida’

O Diário Oficial da União de segunda-fei-

ra (14) publicou comunica-do do Banco Central (BC) sobre os prazos para envio de documentação de ins-tituições financeiras inte-ressadas na oferta pública de recursos do “Programa

Minha Casa, Minha Vida”. Os pedidos de autorização para participação na ofer-ta pública de recursos do programa deverão ser apre-sentados até as 18h desta quarta-feira (16), na sede do BC, em Brasília. Os pe-didos deverão ter nome e o

número de inscrição da ins-tituição financeira no Ca-dastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e serão fir-mados por representantes legais. As cooperativas de crédito deverão especificar o número de cooperados, relativo à data do pedido.

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Atualidade

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Prefeitura de Caxias inaugura unidadecom cursos para área de petróleo e gás

A Prefeitura de Duque de Caxias, através da

Fundec-Fundação para Desenvolvimento Tecno-lógico e Políticas Sociais, inaugurou dia 11 a Uni-dade de Educação para o Trabalho (UNET) do bairro Centenário. A uni-dade é fruto de parceria com o Senai e está loca-lizada na Rua Dr. Manuel Reis nº 881. Ela oferece cursos gratuitos de solda-dor, caldeireiro, encana-dor industrial e montador de estruturas metálicas. “São profissões que estão entre as que as empresas que lidam com petróleo e gás mais necessitam e Caxias é um polo atrativo para esse tipo de indús-tria”, afirmou o prefeito Zito durante a solenidade, acompanhado da profes-

sora Edite Viana, presiden-te da Fundec.

Os equipamentos ins-talados são de primeiro mundo, atendendo todas as exigências de mercado e de conhecimento técnico e já servem de referência para

outras unidades do SENAI. Luiz dos Santos Silva, che-fe de educação da unidade SENAI/Caxias e da nova unidade da UNET do Cen-tenário, destacou a impor-tância da certificação que os cursos ali ministrados

possuem. “Os certi-ficados que daremos aqui tem a chance-la do SENAI e vão abrir as portas para o mercado de trabalho. Eles são aceitos em 142 países”, afirmou.

PMDC/Everton Barsan

Procon recomenda cuidados na compra pela internet

Fazer compras sem cuidados pode virar

uma dor de cabeça. O Programa de Orientação e Proteção ao Consumi-dor (Procon) recomenda cuidados na compra de produtos no Natal. Veri-ficar se há reclamações

RJ inaugura a primeira estrada de asfalto borracha

da América Latina

O Governo do Esta-do inaugurou dia

8 as obras de pavimen-tação da RJ-122 (Rio-Friburgo), a primeira estrada com aplicação de asfalto borracha na América Latina. O evento aconteceu no entroncamento da ro-dovia com a RJ-116, na localidade de Pa-rada 70, em Cacho-eiras de Macacu, na Região Serrana. De lá, o governador Sér-gio Cabral seguiu para Parada Modelo, em Guapimirim, onde o Estado termina o tre-cho com o novo asfal-tamento.

Nos 36 quilômetros da via, foram inves-tidos R$ 62 milhões na pavimentação por asfalto de alta visco-sidade, com durabili-dade 60% maior que a utilizada tradicional-mente. Uma Usina de

Fabricação de Asfalto Borracha, a primeira do país, foi instalada pelo Departamento de Estra-das de Rodagem (DER) no próprio canteiro de obra, num esforço de in-vestimento e tecnologia inédito no Brasil.

O material é compos-to por agregados sele-cionados e de tamanho uniforme, numa máqui-na que elimina as britas e pedras fora do padrão. O segredo está no ligan-te espesso oriundo de pneus reciclados, que se misturam aos agregados para gerar o asfalto bor-racha em temperatura elevada. O asfalto bor-racha utilizado permitiu a retirada do meio am-biente de 203 mil pneus. A liga tem muitas vanta-gens, como 50% de mais aderência e redução de 40% de ruído, além do custo, pois dura mais, em média, 20 anos.

no cadastro dos órgãos de defesa do consumidor, co-letar referências com ami-gos, averiguar o endereço físico do fornecedor com telefone ou e-mail para es-clarecer eventuais dúvidas, saber dos procedimentos para reclamação ou devolu-

ção do produto, bem como verificar que medidas o site adota para garantir a priva-cidade e a segurança dos usuários, estão entre os cui-dados sugeridos pelo órgão de defesa do consumidor.

O Procon recomenda também não fornecer in-

formações pessoais desnecessárias para as compra e guardar todos os dados refe-rentes à transação, além de questionar a existência de despesas com fretes e taxas adi-cionais.

Mercado de reciclagem de óleo está em alta no RJ

O mercado de recicla-gem de óleo de cozi-

nha está em crescimento no Rio de Janeiro. Este ano, serão recolhidos, através do Programa de Reapro-veitamento de Óleos Vege-tais (Prove), da Secretaria do Ambiente, 7 milhões de litros do poluente, mais que o triplo registrado em 2009. Além de contribuir com o meio ambiente, o projeto ajuda na geração de renda e emprego e no de-senvolvimento econômico fluminense, beneficiando uma cadeia produtiva que inclui cooperativas de cata-dores, residências, hotéis e restaurantes. Nas usinas de transformação, o insumo é usado na produção de bio-diesel e sabão pastoso.

Pioneiro no Estado do Rio, o município de Arraial

do Cabo, na Região dos La-gos, em parceria com o go-verno estadual, inaugurou a primeira usina comercial de biodiesel. Administrada pela CoopClean, uma das cooperativas de catadores que faz parte do Prove, a usina transforma o óleo usado em combustível para barcos. A meta do gover-no é expandir a produção

de biodiesel para municí-pios como Petrópolis, que ganhará sua unidade em 2012.

O programa estadual de recolhimento de óleo ve-getal engloba 30 coopera-tivas de catadores e bares, restaurantes, condomínios, redes de fast food e hotéis. Outro projeto é a instala-ção de uma usina de biodi-

sel em Copacabana, com o objetivo de coletar os óleos de cozinha descartados dos 70 hotéis e 120 restauran-tes do bairro, uma iniciati-va apoiada pelo Sindicato de Hotéis, Bares e Restau-rantes do Rio de Janeiro (SindRio).

- Segundo as empresas que trabalham com a reci-clagem de óleo de cozinha, 80% do material é originá-rio de hotéis, bares e res-taurantes. Nosso setor tem muito a contribuir. É uma oportunidade de favorecer o desenvolvimento susten-tável, já que se reduz bas-tante os resíduos, e também de se criar um mercado e diminuir o desgaste do en-canamento, o que represen-ta economia na manutenção - disse o presidente do Sin-dRio, Pedro de Lamare.

Agência Brasil vence Prêmio Abdias Nascimento

O especial “Dia da Consciência Negra’,

publicado em novembro do ano passado pela Agên-cia Brasil (ABr), conquis-tou a 1ª edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, concedido a reportagens sobre temas relacionados à população negra. O anúncio ocorreu na noite do dia 7 no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro. A Agência Brasil

concorreu na categoria in-ternet. O especial da ABr, produzido pelos repórteres Carolina Pimentel, Da-niella Jinkings, Gilberto Costa (foto), Vladimir Pla-tonow e Wellton Máximo e pelas editoras Lílian Be-raldo e Juliana Andrade, foi publicado no dia 20 de novembro, Dia da Consci-ência Negra.

Na categoria televisão, venceu a TV Educativa

de Alagoas, que integra a Rede Pública de Televisão, com a reportagem Qui-lombola, da jornalista Vera Valério. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também concorreu, na ca-tegoria televisão, com a reportagem Grupo Teatral Caixa Preta, da TV Brasil; e na categoria rádio, com a série Gênero e Igualdade Racial, da jornalista Mara Régia.

O prêmio foi criado em homenagem ao ativis-ta histórico dos direitos humanos e um dos ícones da luta contra o racismo, o jornalista e ex-senador da República Abdias Nas-cimento. É uma iniciativa da Comissão de Jornalis-tas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

SCERJ/Carlos Magno

EDITAL DE CONVOCAÇÃOA Comissão Executiva do Diretório Municipal do Partido Trabalhista Nacional – PTN, de acordo com o Estatuto, convoca seus filiados para a Convenção Mu-nicipal a ser realizada no dia 15 de Dezembro de 2011 (Quinta-Feira), em sua sede (Rua Passo da Pátria, nº 06, Jardim Vinte e Cinco de Agosto, Cep. 25071-220), das 09:00h (nove horas) às 17:00h (dezessete horas), para deliberarem a seguinte Ordem-do-Dia:a) Eleição do Diretório Municipal para o quadriênio 2011/2014;b) Eleição da Executiva Municipal pelo mesmo prazo;c) Eleição de Delegados à Convenção Regional e Suplentes;d) Assuntos Gerais.

Duque de Caxias, 15 de Novembro de 2011Wagner Luiz Pires dos Santos

Presidente Municipal – PTN/Duque de Caxias

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País

Internacional

Depoimento de Nem pode ajudara prender policiais corruptos

O secretário de Se-gurança do Estado,

José Mariano Beltrame, disse que o depoimento de Nem pode ser funda-mental para ajudar a pren-der policiais corruptos. O bandido é apontado como o chefe do tráfico na Ro-cinha e teria, em depoi-mento à Polícia Federal, dito que cerca da metade de seu faturamento com a venda de drogas seria usado para pagar policiais corruptos. "Esperamos o oferecimento de alguma medida judicial para que ele (Nem) pudesse contri-buir com a Justiça e com a polícia. Qualquer tipo de palavra que tiver no de-poimento dele vai ser mi-nuciosamente examinada. Posso dizer que tanto a Subsecretaria de Inteli-gência quanto a inteligên-cia das polícias procuram e acompanham no sentido de prender (os maus po-liciais). Temos policiais que prestam ajuda a ele fora da favela e também dentro", disse Beltrame em entrevista a um pro-grama de televisão nesta segunda-feira (14). O se-cretário ainda comemorou a ocupação na comunida-de da Zona Sul do Rio. "A

porta da Rocinha está aberta desde ontem (domingo)". De acordo com Beltrame, é preciso investigar os poli-ciais civis que teriam nego-ciado a rendição do trafican-te Antônio Bonfim Lopes, o Nem. No momento da pri-são do bandido, advogados de Nem alegaram negociar a rendição com a Polícia Civil e insistiram para que o grupo fosse levado para a 15ª DP (Gávea) e não para a Superintendência da Polícia Federal. "Temos que montar essa cronologia para proce-der daí uma investigação", afirmou.

Segundo balanço do primeiro dia da Operação

Choque de Paz na Rocinha, divulgado pela Secretaria de Segurança Pública, fo-ram presos quatro pessoas e apreendidas 20 pistolas, 15 fuzis, 1 submetralha-dora, 2 espingardas, 20 ro-jões e 3 granadas, além de 672 munições para calibre 7.62. 234 para 5.56, 77 para 9mm, 55 para Ponto 40, 28 para 45 e outras 15 mil para calibres diversos. Os po-liciais recolheram ainda 7 lunetas e 102 carregadores de fuzil e 56 carregadores diversos. Foram apreendi-dos 112 quilos de maconha e 80 tabletes, 60 quilos de pasta base de cocaína, 145 trouxinhas de maconha, 14

tabletes de cocaína, 75 motos e 1 automó-vel Toyota Hilux. A polícia recolheu ain-da 17 máquinas caça-níqueis, 1 pistola des-montada, 1 réplica de pistora, 1 notebook, 1 Ipod. 1 câmera digital, 61 bombas artesanais, 2 rádios transmisso-res, 1 barraca de cam-ping, 1 capa de colete, 2 gandolas, 1 farda do Exército, 1 camisa da Polícia Civil, mate-rial hospitalar. Foram localizadas e desati-vadas duas centrais clandestinas de TV a cabo.

SCERJ/Carlos Magno

Dilma quer rigor na apuração de

vazamento de óleo em Campos

A presidenta Dilma Rousseff deter-

minou atenção redo-brada e uma rigorosa apuração das causas do vazamento de óleo que atingiu o Campo de Frade, na Bacia de Campos. A presidenta ainda pediu rigor na apuração das respon-sabilidades, segundo a nota divulgada dia 11 a noite pela Secretaria de Imprensa da Presi-dência da República. O governo disse que está acompanhando e apoiando todas as pro-vidências de respon-sabilidade da empresa Chevron Brasil para interromper o vaza-mento. De acordo com a nota, o governo está acompanhando as pro-vidências por meio do Ministério de Minas e Energia, da Agên-

cia Nacional de Petróleo (ANP) e da Marinha do Brasil.

A unidade brasileira da petroleira norte-ame-ricana Chevron informou no dia seguinte (12) que estima o vazamento de óleo ocorrido nas proxi-midades do Campo de Frade, na Bacia de Cam-pos, em 404 a 650 barris. O acidente foi notificado à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na quinta-feira (10). A Chevron Brasil comuni-cou que interrompeu as atividades de perfuração no Campo de Frade. A Chevron é a operadora do campo, que contém uma reserva recuperável estimada em 200 milhões a 300 milhões de barris de óleo equivalente. As informações são da Dow Jones.

Mario Monti é oficialmente encarregadode formar novo governo na Itália

O economista e ex-comissário europeu

italiano Mario Monti foi oficialmente encarregado de formar governo pelo presidente da República de Itália, Giorgio Napo-litano. A informação foi confirmada pela Presi-dência italiana no fim da tarde de domingo (13), horário local. A nomea-ção foi feita no final de um longo dia de consul-tas do presidente para

assegurar consenso e uma maioria parlamentar a um governo liderado por Mon-ti. Segundo a Constituição italiana, a nomeação deve ser aprovada no prazo de dez dias pelas duas câma-ras do parlamento.

A Itália, segundo a agên-cia Dow Jones, se com-prometeu a cortar 300 mil postos de trabalho no setor público até 2014 e irá acele-rar o aumento já estipulado da idade mínima para plei-

tear aposentadoria, em uma carta enviada à Comissão Europeia. De acordo com a agência noticiosa, a carta onde estão incluídos estes e outros compromissos foi enviada pelo ministro das Finanças, Giulio Tremonti (prestes a sair do governo, após a demissão do primei-ro-ministro Silvio Berlus-coni), em resposta a várias inquietudes dos responsá-veis europeus.

A carta explica que o go-

verno tomou medidas nos últimos três anos que permitirão essa redução de 300 mil postos de trabalho na função pública e inclui ainda compromissos para agilizar o mercado de trabalho, deixando claro que os sistemas de monitoração das despesas do Estado italiano já estão sendo aplicados nos princi-pais ministérios.

Jornalistas vêem ‘cenário devastador’ na Usina

Nuclear de Fukushima

Os jornalistas que, nO sábado (12),

foram pela primeira vez autorizados a entrar na Central Nuclear de Fukushima assistiram a um "cenário devasta-dor", com caminhões virados, lixo amontoado e prédios por ruir, se-gundo reporta a agência de notícias Associeted Press (AP). Alguns re-presentantes dos meios de comunicação inter-nacionais e japoneses, na visita que tinha como objetivo mostrar a esta-bilização da central des-de o terremoto seguido

por tsunami em 11 de mar-ço, tiveram de usar equipa-mento de proteção em todo o corpo e submeter-se a um teste de radiação no final da visita. De acordo com o re-lato, os caminhões virados pela força do tsunami con-tinuam nas ruas da usina, há pilhas de lixo amontoado e largas piscinas de água ainda cobrem boa parte do complexo nuclear. Mas os responsáveis garantem que a situação na central nucle-ar, que sofreu várias explo-sões na sequência do desas-tre natural, tinha melhorado o suficiente para permitir a visita dos jornalistas.

Irã: Patriota defende o diálogo para evitar agravamento de crise

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu que a comunidade internacional busque “os caminhos do diálogo e da diplomacia” na tentativa de evitar embates e a adoção de sanções ao Irã. Patriota

disse ainda que é “muito prematuro” analisar as hipóteses de reações militares envolvendo o Irã e os Estados Unidos. Mas advertiu que o assunto deve ser tratado no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). “O objetivo que nós perseguimos é o de promover confiança e reduzir tensões. Contribuir para o encaminhamento de questões difíceis e complexas [sejam solucionadas]”, disse o chanceler. “Consideramos que o diálogo e a diplomação são os melhores caminhos para construir a confiança e avançar.”

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Governo Federal amplia limite de endividamento de sete estados

Sete estados poderão pegar R$ 21,3 bilhões

emprestados no sistema fi-nanceiro para obras de in-fraestrutura. Acordo para liberação dos recursos foi assinado dia 10 pela pre-sidenta Dilma Rousseff. A medida beneficia aos es-tados de Alagoas, do Ma-ranhão, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e de São Paulo. A liberação não resultará em desembolsos por parte da União. Isso porque esses estados ape-nas tiveram aumentados os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para a obtenção de empréstimos. O governa-dor do Rio de Janeiro, Sér-gio Cabral, não esteve em

Brasília para firmar o acor-do porque participou de protesto contra a mudança na repartição dos royalties do petróleo, realizado no centro da capital fluminen-se. O estado foi contem-plado com R$ 6 bilhões dos R$ 21,3 bilhões, mas a liberação efetiva ainda de-pende da ida do governa-dor a Brasília para assinar o documento.

No mês passado, a pre-sidenta Dilma havia assi-nado acordo semelhante com mais dez estados, que tiveram R$ 15,7 bilhões li-berados, totalizando R$ 37 bilhões em aumento de re-cursos neste ano. Até o fim do ano, mais oito unidades da Federação assinarão o acordo – apenas o Amapá

e o Tocantins ficarão de fora porque não aderiram ao programa de ajuste das contas públicas. Na última cerimônia de assinatura, a presidenta ressaltou que o acordo aumentará a capa-cidade de investimento dos estados em meio ao agra-vamento da crise econômi-ca no exterior. “O acordo constitui uma certeza do nível de investimentos que o Brasil vai ser capaz de fazer nos próximos anos. Acredito que [a liberação] de R$ 37 bilhões, com es-tabilidade, é algo com que temos de congratular”, de-clarou.

Também presente à so-lenidade, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esclareceu que as libera-

ções não afetam o cumpri-mento das metas fiscais. “Os estados que têm direi-to a isso são aqueles que cumprem rigorosamente as exigências, ou seja, estão diminuindo seu endivida-mento, estão produzindo resultado fiscal anual”, ex-plicou. Para terem direito ao aumento dos limites da LRF, os estados tiveram de assinar um acordo com o Ministério da Fazenda comprometendo-se a cum-prir metas fiscais e a rece-ber uma missão de técnicos do Tesouro Nacional. A equipe econômica analisa o desempenho dos estados e aprova a liberação dos recursos para os estados se endividarem no sistema fi-nanceiro.

José Cruz /ABr]